CONGRESSO DE VIENA | Prof. Rafael Chaves

Oi, pessoal! Tudo bem? Sou o professor Rafael Chaves, e vamos conversar sobre Congresso de Viena.

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Napoleão, coitado, está exilado na Ilha de Elba, solitário, cabisbaixo, pensando, tendo que apertar o estômago por conta de sua úlcera: "O que foi que eu fiz? ", e está pensando em retornar. Não sei se você leu um livro chamado "O Conde de Monte Cristo", tem até livro, e mostra exatamente como Napoleão sai desse exílio, volta e assume o poder, mas mesmo com ele reassumindo, o Congresso continua rolando em Viena, na Áustria, e daí o nome Congresso de Viena.

Temos 4 países reunidos: Áustria, Prússia, Russia e a Inglaterra. Esses quatro recebem alguns outros países dependendo da reunião, da temática da reunião, e a própria França acaba participando. No caso da França, há um interesse em não ter perdas territoriais.

O que o Congresso fará à princípio é definir qual será o mapa da Europa pós-Napoleão, e vale lembrar que ele se expandiu, mesmo pequenininho expandiu seu ego, e com o seu ego foi a própria França. Ele expandirá o que chamamos de Liberalismo Político, essa ideia de participação ampliada são valores burgueses, valores da Revolução Francesa. Se o Napoleão vem na esteira da mãe de todas as Revoluções, a Revolução Francesa, o fim do Napoleão é levado por uma onda conservadora.

O que esses países querem fazer não é só recortar o mapa, qual fronteira de um e de outro; o que eles querem fazer, na verdade, é retomar o absolutismo, e para isso vão se reunir em Viena entre Setembro de 1814 e Junho de 1815. Ali, vão basear suas decisões em alguns princípios. Um deles é o princípio da Legitimidade, de que aquelas famílias nobres que foram destronadas por Napoleão durante sua expansão tinham o direito legítimo de retomar seus tronos.

Com isso, a própria França garantia que a família Bourbon, que foi destronada durante a Revolução Francesa, retomaria o trono. Além disso, há o princípio de Igualdade, ou de Equilíbrio, que faria com que nenhum dos países tivesse uma força militar muito maior do que o outro, ou que não tivesse recursos minerais etc, muito maiores que os outros. Para isso, terão que refazer o mapa da Europa.

Vão acabar gerando outro problema, juntando várias etnias diferentes nos mesmos países. Por fim, temos um princípio que é. .

. Opa, esqueci. .

. O último dos princípios é o da Restauração, porque não só as monarquias e as fronteiras podem ser restauradas, mas os próprios países e seus regimes serão restaurados, e falamos dos regimes absolutistas. Portanto, fica claro que o Congresso de Viena tem um caráter restaurador, um caráter monárquico e absolutista.

A prova disso é que 3 desses países, a Prússia, a Rússia e a Áustria, compõe uma aliança militar para evitar qualquer tipo de revolta liberal que possa ocorrer na Europa, chama-se Santa Aliança. O que uniria ele seria a religiosidade, embora sejam um pouco diferentes, são cristãos, mas tem protestantes, católicos, ortodoxos, são diferentes. Se unem para impedir revoltas liberais.

Por conta da possibilidade de ação da Santa Aliança na América para impedir as independências das colônias espanholas, o que teremos é a formação nos Estados Unidos da Doutrina Monroe, que é a ideia de "América para os americanos". Na verdade, é América para os norteamericanos, porque eles querem impedir a atuação europeia na América, para que os EUA use esses países que eram colônias como mercados. O Congresso de Viena tem um impacto imediato no mercado europeu, no mapa dos países que participam, e também na América, É no próprio Congresso de Viena que Portugal consegue fazer que a Família Real fique no Brasil, mesmo com o direito de voltar para Portugal e ser restaurada no trono.

É nesse congresso que o Brasil passa a ser um reunido unido ao reino de Portugal, e assim o Rei poderia ficar no Brasil O Congresso de Viena, por fim, é aquele que vai manter o equilíbrio europeu, que durará todo o século XIX. Alguns vão chamar de Concerto Europeu, mas Equilíbrio talvez seja um termo mais interessante. Não temos grandes guerras entre esses países, porque eles chegam no início durante o Congresso de Viena.

O curioso é que Napoleão volta de seu exílio na Ilha de Elba, governa a França por mais 100 dias até ser derrotado 9 dias depois do fim do Congresso de Viena, na batalha de Waterloo. Aí, no dia 18 de Junho, ele é derrotado e enviado a uma ilha muito mais longe, a ilha de Santa Helena, no litoral africano, onde ele fica isolado, cercado por soldados ingleses. Ali ele escreve sua autobiografia, e morre logo depois.

É isso, galera. Um grande abraço para vocês, foi um prazer, e não esqueça de dar seu like e dizer quais outros assuntos você quer ver no nosso canal no YouTube. Grande abraço!