[Música] meu nome é Paulo tenho 34 anos e o que vou compartilhar é algo que Carrego comigo como um peso era o ano de 2014 e eu trabalhava como jornalista independente sempre em busca de histórias marcantes Recebi um convite para participar de um document que marcaria os 40 anos do incêndio no edifício Joelma o produtor queria não apenas retratar a tragédia histórica mas explorar os mistérios e as lendas que cercavam o lugar para mim era a chance de ouro um tema intrigante e sombrio que poderia alavancar minha carreira mal sabia eu que essa decisão me
colocaria diante do inexplicável minha investigação começou como qualquer outra Consultei arquivos históricos reportagens antigas e relatos sobre o Dia do incêndio li sobre as 191 vítimas os sobreviventes que escaparam por um fio e os heróis anônimos que tentaram ajudar mas foi ao entrar em contato com pessoas que viveram o horror de perto que comecei a sentir o peso daquela tragédia minha primeira entrevista foi com Júlio um homem de quase 70 anos que trabalhava como estagiário no nono andar no dia do incêndio encontramo-nos em sua casa em um bairro tranquilo de São Paulo ele me recebeu
com uma expressão que misturava curiosidade e desconfiança Você acredita nessas histórias de fantasmas perguntou ele antes mesmo que eu começasse a gravar respondi que estava ali apenas para ouvir e entender Júlio começou a contar sobre o caos do dia 1eo de Fevereiro de 1974 ele descreveu o calor insuportável o cheiro de fumaça que parecia grudar na pele e os gritos de desespero que ecoavam pelos corredores eu vi colegas tentando subir pelas escadas para fugir do fogo sem saber que estavam indo direto para a morte disse ele com os olhos marejados mas sabe o que é
estranho quando eu estava perdido sufocando Ouvi uma voz que parecia vir do nada era uma mulher eu acho me dizendo para descer para não subir não vi ninguém mas Segui a voz foi assim que saí vivo perguntei se ele acreditava que tinha sido um anjo ou algo sobre natural não sei só sei que não estava sozinho naquele momento mas o que me assombra até hoje Júlio fez uma pausa como se estivesse escolhendo as palavras é que desde aquele dia às vezes eu sinto que alguém ainda me observa não é uma sensação ruim mas também não
é algo que eu gostaria de sentir depois de entrevistar Júlio e outros Sobreviventes senti que precisava visitar o edifício Embora tenha sido reformado e renomeado como Edifício Praça da Bandeira o local ainda carrega as marcas do passado ao me aproximar pela primeira vez senti um arrepio estranho como se o ar ao redor fosse mais denso talvez fosse apenas sugestão Mas era inegável o lugar tinha uma energia peculiar Entrei em contato com a administração e consegui permissão para subir aos andares superiores no dia marcado fui acompanhado por um segurança que parecia tão desconfortável quanto Você acredita
nas histórias perguntei a ele enquanto esperávamos o elevador eu não acredito mas também não duvido respondeu com um olhar nervoso já ouvi coisas aqui que me fazem querer ir embora cedo quando chegamos ao 12º andar onde o incêndio começou uma sensação de opressão tomou conta de mim o corredor era silencioso mas parecia que o ar ali carregava ecos de Sofrimento enquanto caminhava senti uma leve tontura como se estivesse drenando minha energia comecei a tirar fotos e gravar algumas impressões para a matéria mas algo estranho aconteceu meu gravador que estava com a bateria cheia simplesmente desligou
tentei ligá-lo novamente mas ele não respondia ao mesmo tempo senti uma leve brisa passar por mim mesmo que as janelas estivessem fechadas o segurança notou meu desconforto e sugeriu que descemos concordei mas antes de sair ouvi algo que me deixou paralis um leve sussurro não consegui distinguir as palavras mas era uma voz feminina baixa e quase familiar naquela noite mal consegui dormir quando finalmente apaguei tive um sonho perturbador estava novamente no Joelma cercado por fumaça e gritos Mas no sonho eu via figuras paradas olhando para mim seus rostos estavam desfigurados como se ainda carregassem as
marcas do incêndio acordei frio com o coração disparado tentei me convencer de que era apenas o impacto emocional da visita ao prédio mas os pesadelos continuaram todas as noites eu revivia o incêndio sentindo o calor ouvindo os gritos vendo aquelas figuras e não eram só os sonhos durante o dia comecei a perceber coisas estranhas em minha casa o som de passos no corredor objetos que mudavam de lugar e em uma noite a impressão de que alguém estava parado ao pé da minha cama acordei naquela manhã com uma sensação de cansaço profundo como se não tivesse
dormido decidi organizar as informações coletadas e continuar minhas entrevistas entre Os relatos um nome se destacava o crime do poço diziam que o terreno onde o Joelma foi erguido já carregava uma história sombria antes mesmo do incêndio curioso decidi investigar mais sobre o caso em 1948 o a casa que existia ali foi palco de um crime brutal Paulo Camargo um professor aparentemente pacato assassinou a mãe e as duas irmãs enterrando os corpos em um poço no quintal quando a polícia descobriu os corpos Paulo tirou a própria vida transformando o local em um cenário de tragédia
desde então a história ganhou contornos Sobrenaturais ao mencionar isso para um colega jornalista ele sugeriu que eu visitasse o arquivo histórico de São Paulo onde estava registros originais do caso passei uma tarde inteira ali mergulhado nos documentos o que mais me marcou foi a foto do poço uma estrutura simples mas que parecia irradiar algo macabro Os relatos falavam de vizinhos ouvindo gritos de pessoas que evitavam passar por perto à noite e até de pássaros que se recusavam a pousar na casa enquanto Lia sentia um leve desconforto o ambiente estava silencioso mas eu tinha a impressão
de que alguém me observ olhei ao redor mas não havia ninguém continuei folando os papéis até que algo estranho aconteceu uma folha que estava no meio de um bloco de documentos voou para o chão como se tivesse sido puxada peguei-a e percebi que se tratava de um relato não oficial de um policial que investigou o caso ele mencionava ter ouvido murmúrios vindos do poço enquanto trabalhava no local isso me deixou inquieto atir hav uma conexão entre o crime do poço e o incêndio do Joelma seria possível que o terreno estivesse amaldiçoado decidi que precisava voltar
ao Edifício para buscar respostas minha segunda visita foi marcada por um sentimento de apreensão Desta vez fui sozinho sem a companhia de seguranças consegui permissão para entrar durante a noite sob o pretexto de captar imagens para o documentário o edifício estava vazio exceto por mim e pelo porteiro até o 12 andar novamente Mas desta vez a sensação de opressão era ainda mais forte enquanto caminhava pelos corredores comecei a ouvir passos a princípio pensei que fosse Eco mas os passos não estavam sincronizados com os meus parei e o som continuou como se alguém estivesse andando logo
atrás de mim tem alguém aí perguntei com a voz vacilante não houve resposta continuei andando mas agora a virar um corredor vi algo que nunca esquecerei uma figura feminina parada ao longe ela parecia olhar diretamente para mim seu rosto estava obscurecido pela pouca luz mas sua presença era inegavelmente real pisquei e ela desapareceu minha primeira reação foi fugir mas algo me impulsionou a continuar peguei meu Celulari aaro cha figa em voz você vó saiu mais firme do que eu esperava de repente senti uma brisa gelada passar por mim e a porta de uma sala próxima
se fechou com força corri até lá mas ao entrar não encontrei nada além de escuridão Foi então que ouvi uma risada baixa quase infantil que fez meu sangue gelar Depois dessa visita meus sonhos mudaram não eram mais apenas pesadelos sobre o incêndio agora eu via o poço em meus sonhos eu estava no quintal da antiga casa olhando para aquela estrutura sombria sempre havia algo ou alguém me chamando para olhar dentro dele mas eu nunca conseguia ver o fundo certo dia ao acordar de um desses sonhos percebi marcas em meu braço como se alguém tivesse me
segurado com força não havia explicação lógica para aquilo e comecei a questionar minha sanidade em busca de respostas Entrei em contato com uma mulher chamada Ana que havia trabalhado como fachineira no Joelma nos anos 1090 ela relutou em me receber mas após muita insistência concordou encontramo-nos em uma padaria no centro de São Paulo Ana era uma mulher discreta com um olhar que parecia carregar anos de segredos o senhor tem certeza de que quer saber perguntou ela enquanto mexia no Café confirmei com um aceno e ela comeou a falar Ana contou que durante os anos em
que trabalhou no edifício ouviu inúmeras histórias de colegas que viam figuras nos corredores ou ouviam vozes nos andares mais altos ela mesma presenciou algo que nunca conseguiu explicar era um fim de tarde e eu estava sozinha no 12º andar enquanto limpava ouvi alguém sussurrando meu nome pensei que fosse um dos seguranças me pregando uma peça mas quando olhei não havia ninguém continuei trabalhando mas de repente senti um toque no meu ombro quando me virei e vi uma mulher de vestido branco ela me olhava com tristeza mas quando tentei falar com ela desapareceu Ana disse que
pediu demissão pouco depois do ocorrido desde então evitava passar por perto do prédio aquele lugar tem algo de errado senhor não é só o incêndio ou o crime é como se o próprio terreno estivesse amaldiçoado depois do encontro com Ana decidi focar minha investigação em possíveis conexões entre o crime do poço e o incêndio do Elma encontrei um Historiador local que possuía objetos resgatados do terreno original antes da construção do prédio ele mencionou que um antigo anel havia sido encontrado no poço onde os corpos foram enterrados e que se acreditava pertencer a uma das irmãs
assassinadas por Paulo Camargo curioso perguntei se ele sabia do paradeiro do anel ele hesitou mas me informou que um colecionador o comprara há alguns anos após várias tentativas consegui marcar um encontro com o I um homem reservado chamado Marcelo Marcelo era claramente desconfortável ao falar sobre o anel quando finalmente concordou em mostrá-lo senti uma onda de desconforto ao vê-lo era uma peça simples mas parecia carregar um peso invisível desde que comprei isso minha vida nunca mais foi a mesma confessou Marcelo eu vejo coisas ouço vozes não sei se é minha mente ou se o anel
realmente é amaldiçoado pedi permissão para para segurar o objeto e ele relutou antes de concordar assim que o Toquei uma sensação gélida percorreu meu braço por um breve momento Tive uma visão um homem enterrando algo com pressa Sob a Luz pálida da lua podia ouvir os sussurros de vozes femininas carregadas de dor e lamento devolvi o anel rapidamente mas o impacto da Visão ficou comigo tive certeza de que o objeto estava diretamente ligado ao que acontecia no Joelma convencido de que precisava confrontar os mistérios do edifício mais uma vez decidi retornar ao Joelma levando comigo
um padre conhecido por lidar com casos de fenômenos Sobrenaturais Padre Antônio era um homem calmo e seguro mas até ele parecia desconfortável com a ideia chegamos ao prédio no final da tarde Subimos diretamente para o 12º andar onde mais relatos Sobrenaturais ocorriam assim que pisamos no corredor senti a mesma opressão de de antes mas desta vez estava mais intensa Padre Antônio começou a rezar em voz baixa e o ar parecia vibrar com cada palavra de repente uma porta se abriu com força Sem Explicação uma brisa gélida percorreu o corredor e ouvi um som baixo como
se alguém estivesse chorando o padre ordenou que eu permanecesse onde estava enquanto ele entrava na sala poucos segundos depois ele gritou venha rápido quando entrei vi algo que me deixou paralisado marcas de mãos feitas com fuligem cobriam as Paredes No centro da sala o anel que Marcelo me mostrara estava caído no chão embora eu soubesse que ele o guardava em casa Padre Antônio continuou rezando enquanto as marcas começavam a desaparecer lentamente após o ocorrido o padre me explicou sua interpretação segundo ele as almas Presas no edifício eram vítimas não apenas do incêndio Mas também de
algo mais antigo Possivelmente ligado ao crime do poço a presença do anel reforçava essa conexão ele sugeriu que o objeto precisava ser enterrado em Solo Sagrado para tentar trazer paz aos espíritos marcamos uma cerimônia discreta na igreja de Padre Antônio quando o anel foi enterrado senti um alívio imediato como se um peso fosse tirado de meus ombros desde então meu sonho sobre o poço cessaram e a sensação de ser observado desapareceu mesmo depois de anos não consigo esquecer tudo o que Vivi durante essa investigação o Joelma continua a ser um símbolo de tragédias e Mistérios
se as almas encontraram paz ou não nunca saberei Com certeza mas acredito que em lugares marcados por tanta dor as energias negativas permanecem À Espera De alguém que ouse desafiá-las nunca mais voltei ao Joelma algumas coisas aprendi são melhor deixadas no minha história está profundamente conectada ao Joelma mas não se trata apenas de fatos que você pode encontrar em livros ou registros históricos o que Vivi lá acredito foi uma experiência que tocou algo além do que podemos compreender minha ligação com o ício começou em 2014 quando fui contratado por uma empresa de tecnologia que acabara
de se instalar no prédio confesso que apesar de conhecer sua história e as tragédias que o cercam nunca dei muito crédito às histórias Sobrenaturais sempre fui cético e me considerei uma pessoa prática mas minha visão do mundo mudou depois do que vivi no 13º andar no início tudo parecia normal o edifício havia sido reformado e modernizado com recepcionistas simpáticas elevadores rápidos e corredores bem iluminados no entanto logo percebi que havia algo estranho na atmosfera do local era difícil explicar mas parecia que o ar era mais denso como se eu estivesse sendo observado o tempo todo
o primeiro incidente aconteceu numa noite de sexta-feira minha equipe e eu estávamos trabalhando até mais tarde para finalizar um projeto por volta das 22 horas percebi que só restavam eu e outro colega Eduardo no escritório o silêncio era absoluto exceto pelo som do ar condicionado de repente um ruído baixo chamou minha atenção era um sussurro vindo do Corredor a princípio pensei que era minha imaginação mas Eduardo também ouviu você ouviu isso perguntei sim parece alguém falando Fomos até o corredor para verificar mas não havia ninguém o som entretanto continuava agora mais próximo como se viesse
de uma das salas vazias decidimos abrir a porta de onde parecia vir o ruído mas ao fazer isso tudo ficou em silêncio olhamos um para o outro desconfortáveis e voltamos para nossa sala sem dizer mais nada na semana seguinte comecei a ouvir relatos de colegas que evitavam usar um dos Elevadores especificamente o do lado esquerdo diziam que ele frequentemente parava no 13º andar mesmo quando ninguém o chamava e que Em algumas ocasiões sons estranhos podiam ser ouvidos em seu interior uma tarde fui o último a sair do escritório e sem perceber entrei justamente nesse elevador
assim que as portas se fecharam senti um calafrio percorrer minha espinha olhei para o painel de controle e percebi que Embora eu tivesse pressionado o botão do térreo o elevador estava subindo quando as portas se abriram no 13º andar fiquei imóvel o andar estava completamente vazio mas do ar era quase palpável carregado com uma energia que eu não sabia descrever então ouvi um grito abafado vindo do fundo do Corredor apavorado pressionei repetidamente o botão para fechar as portas mas elas pareciam travadas só quando o grito cessou é que o elevador começou a descer saí do
prédio trêmulo prometendo a mim mesmo nunca mais usar aquele elevador algumas semanas depois a empresa contratou um padre para abençoar o itrio um dos diretores era muito religioso e havia insistido na ideia após ouvir Os relatos de funcionários o padre chegou numa tarde ensolarada e logo que entrou no prédio seu semblante mudou ele parecia inquieto olhando ao redor como se sentisse algo que os outros não podiam ver quando chegou ao 13º andar pediu para ficar sozinho por alguns minutos antes de iniciar a bênção fiquei observando de longe e vi quando ele colocou as mãos sobre
a parede e começou a rezar subitamente ele recuou visivelmente perturbado algo terrível aconteceu aqui disse ele com a voz trêmula as almas que pereceram ainda estão presas clamando por ajuda especialmente 13 delas depois da Bênção o padre me chamou para uma conversa particular Ele explicou que sentiu uma presença forte e que as 13 Almas estavam conectadas de alguma forma aos eventos do passado elas não encontraram paz e por isso continuam vagando pelo prédio especialmente nas áreas próximas aos elevadores e escadas onde muitas pessoas perderam suas vidas no incêndio após o encontro com o padre comecei
a ter pesadelos frequentes sonhava com corredores escuros preenchidos por uma fumaça densa e ouvia vozes chamando meu nome em uma das noites acordei suando com a sensação de que alguém estava parado ao lado da minha cama na manhã seguinte ao olhar no espelho notei marcas de mãos pequenas e sujas em minha camisa como se uma criança tivesse me tocado fiquei aterrorizado mas ainda relutava em acreditar que algo sobrenatural estava acontecendo as noites de pesadelos foram se tornando cada vez mais frequentes e minhas idas ao trabalho começaram a ser acompanhadas de uma sensação crescente de pavor
decidi que não podia mais ignorar o que estava acontecendo e comecei a buscar respostas Foi então que resolvi conversar com os funcionários mais antigos do prédio um dos seguranças um senhor chamado Seu Ernesto se mostrou especialmente disposto a compartilhar algumas histórias as 13 almas não descansam rapaz elas aparecem para quem elas escolhem pode ser porque querem algo de você ou porque precisam ser lembradas o que quer que seja Não ignore escute perguntei o que ele queria dizer com aparecem para quem elas mas Ernesto apenas sacudiu a cabeça e me advertiu a não ficar sozinho no
13º andar depois das 19 horas claro que a curiosidade Acabou falando mais alto e poucos dias depois tomei a decisão de investigar por conta própria numa noite de sexta-feira Esperei até que o prédio estivesse praticamente vazio a única luz vinha das lâmpadas de emergência e os corredores estavam envoltos em um silêncio opressivo armado apenas com a lanterna do celular subi ao 13º andar e comecei a caminhar lentamente pelos corredores a princípio tudo parecia normal embora a sensação de estar sendo observado fosse quase insuportável de repente a temperatura no corredor despencou o ar ficou tão gelado
que meu hálito se tornou visível como se eu estivesse ao ar livre em pleno inverno Foi então que ouvi passos lentos e pesados ecoando no corredor vazio a a lanterna começou a piscar e por um instante pensei ter visto uma sombra cruzar de uma sala para outra minha respiração ficou ofegante e um instinto primitivo me dizia para correr mas algo me Manteve no lugar foi nesse momento que ouvi as vozes nos ajude sussurrou uma voz feminina seguida de outra mais rouca eles não nos deixam ir o som parecia vir de todas as direções ao mesmo
tempo então as portas das salas começaram a bater uma após a outra como se algo invisível estivesse passando por elas meu coração quase parou quando olhei para o final do corredor e viu que parecia ser um grupo de pessoas paradas envoltas em uma neblina espessa Eles não eram totalmente sólidos mas também não eram apenas sombras cada figura parecia emanar dor e desespero seus rostos eram indistintos mas eu conseguia sentir a intensidade de seus olhares como se ES implorando então uma das figuras deu um passo à frente uma mulher de vestido simples e queimado o tecido
ainda soltando fumaça não foi Nossa culpa disse ela sua voz quebrada e carregada de Sofrimento antes que eu pudesse reagir uma explosão de calor me envolveu e a visão mudou por um instante eu não estava mais no corredor vazio do Joelma em um espaço tomado por fogo e Fumaça estavam correndo em todas as direções enquanto Chamas engoliam tudo ao redor senti a pele queimar meus pulmões se contraírem com a fumaça e a única coisa que ecoava na minha mente era a dor quando a visão finalmente se desfez eu estava ajoelhado no chão do Corredor completamente
sozinho o silêncio era absoluto Mas a sensação de que alguém estava ali comigo persistia com dificuldade me levantei e Desci correndo escadas jurando nunca mais voltar depois daquela noite pedi demissão e me mudei para outra cidade os pesadelos persistiram por um tempo mas gradualmente começaram a desaparecer sempre que lembro daquela noite penso nas 13 Almas e no sofrimento que elas carregam não sei se o que vivenciei foi real ou fruto de minha mente sugestionável mas algo dentro de mim mudou para sempre até hoje evito passar perto do edifício Joelma mas rezo frequentemente por aquelas almas
na esperança de que um dia elas encontrem a paz talvez de alguma forma o simples fato de compartilhar minha história possa ajudá-las a serem lembradas e quem sabe libertadas de sua dor eterna se há algo que aprendi com tudo isso é que certos lugares carregam energias que vão além do que podemos compreender o Joelma é um desses lugares e suas histórias e almas continuam vivas esperando que alguém as escute quando me mudei para o bairro o Joelma já era famoso meus amigos brincavam sobre eu ter coragem de morar tão perto mas Eu ria disso é
só um prédio eu dizia tragédias acontecem em qualquer lugar eu repetia essa frase como um man sempre que alguém comentava mas no fundo não podia negar que o lugar tinha algo estranho as primeiras noites foram tranquilas meu apartamento era pequeno mas aconchegante e a vista do Joelma era curiosamente hipnótica mesmo durante o dia o prédio Parecia envolver-se em uma aura que fazia com que seus arredores parecessem Mais Escuros como se uma sombra pairasse permanentemente sobre ele ainda assim não sentia medo a Apenas uma curiosidade incômoda até a primeira noite de barulhos era por volta de
1 hora da madrugada quando fui acordada por um som peculiar era como o ruído abafado de vozes misturado a algo que parecia ser passos rápidos e arrastados Pensei que talvez fossem vizinhos mas o som vinha de fora da direção do Joelma espiei pela janela mas não havia ninguém na rua exceto os postes solitários iluminando o asfalto vazio o barulho por mais alguns minutos e de repente cessou tentei voltar a dormir mas a inquietação permaneceu com o tempo percebi que eu não era a única a ouvir esses sons a vizinha do andar de cima Dona Matilde
uma senhora de quase 70 anos certa vez mencionou casualmente enquanto conversávamos na portaria você também ouve os gritos perguntou como se fosse algo tão normal quanto o trânsito fiquei sem palavras por um momento mas acabei admitindo que ela deu um sorriso triste e disse que era algo que todos os moradores daquela rua conheciam eles vêm do prédio explicou são almas que ainda estão presas gritando por socorro Matilde me contou sobre um homem que morava no prédio em frente ao Joelma e que durante anos evitava olhar pela janela à noite ele dizia que sempre que o
fazia via luzes fracas como se fossem Chamas dançando e às vezes sombras humanas passando de um lado para o outro nos andares superiores ele jurava que essas figuras não eram fruto da sua imaginação mas algo muito mais sombrio pouco tempo depois dessa conversa tive minha própria experiência com as luzes era uma madrugada quente e eu não conseguia dormir abri a janela para deixar o ar entrar e enquanto olhava para o Joelma vi um brilho fraco em um dos andares superiores não era a luz elétrica parecia algo mais vivo quase como se fossem pequenas Labaredas flutuando
pensei estar imaginando coisas mas então as luzes começaram a se mover como se estivessem dançando de um lado para o outro meu corpo congelou queria desviar o olhar mas não conseguia foi quando uma sombra passou rápido na frente de uma dessas luzes bloqueando-a por um instante a sensação foi como se alguém tivesse colocado uma mão fria Em meu ombro eu me afastei da janela e Fechei as cortinas tentando ignorar o medo crescente na semana seguinte enquanto voltava para casa após o trabalho cruzei com seu Arnaldo um porteiro que trabalhava no prédio Vizinho ao Joelma há
quase 20 anos decidi perguntar a ele sobre os barulhos e as luzes ele me olhou de forma séria antes de responder isso não é coisa para brincar menina já vi muita coisa nesses anos mas nada me assusta mais do que as escadas do Joelma Arnaldo contou que durante as noites muitos juravam ouvir o som de Passos correndo nas escadas do prédio alguns diziam que os passos vinham acompanhados de gritos enquanto outros ouviam vozes murmurando como se estivessem Chamando por alguém nunca suba lá ele advertiu nem por curiosidade certa noite decidi caminhar pelo bairro para tentar
relaxar era tarde e as ruas estavam desertas passei pelo Joelma tentando evitar olhar diretamente para ele mas algo me fez parar uma sensação de peso tomou conta de mim como se o ar ao redor tivesse ficado mais denso ouvi um som baixo como se alguém estivesse sussurrando meu nome olhei ao redor mas não havia ninguém de repente uma rajada de vento gelado passou por mim seguida por um forte cheiro de queimado Foi então que vi no reflexo de uma janela próxima uma figura parada na entrada do Joelma parecia uma mulher com roupas chamuscadas olhando diretamente
para mim quando me virei ela havia parecido corri de volta para casa mas a sensação de estar sendo observada não me deixou até o amanhecer depois de tantos anos morando tão perto do Joelma aprendi a conviver com a sensação de desconforto ainda ouço os barulhos à noite ainda sinto o peso no ar quando passo por ali mas com o tempo isso se tornou parte do cotidiano algumas coisas aprendi não podem ser explicadas Talvez o Joelma seja um portal para algo que nunca entenderemos completamente um lembrete constante de que o passado nunca desaparece completamente sempre fui
cético em relação ao Sobrenatural mas minha vida mudou completamente Depois de uma noite no edifício juelma Sou técnico de som e trabalho com grupos de investigação Paranormal a anos já Participei de inúmeras explorações em hospitais abandonados casas mal assombradas e cemitérios esquecidos mas nada poderia me preparar para o que Vivi naquele prédio o convite veio de um grupo de investigadores renomados que planejavam passar a noite no Joelma para captar fenômenos paranormais eles tinham autorização para permanecer no local após o expediente um feito raro devido às histórias perturbadoras que cercam o edifício apesar das dúvidas aceitei
participar convencido de que seria mais uma oportunidade de provar que o sobrenatural não passava de superstições mal sabia eu que essa decisão marcaria minha vida para sempre chegamos ao Joelma ao entardecer o prédio agora reformado ainda carrega um peso que é difícil de descrever cada passo que dava em direção à entrada parecia aumentar o peso em meus ombros como se o lugar me desafiasse a entrar enquanto os investigadores montavam seus equipamentos me ocupei em ajustar os microfones e gravadores o plano era simples passar a noite no edifício Principalmente nos andares mais altos onde o incêndio
havia sido mais devastador e no subsolo palco de lendas e rumores quando o sol se pôs o prédio ganhou uma nova vida o silêncio era perturbador interrompido apenas pelo zumbido distante de aparelhos eletrônicos e pelos Passos ecoando nos corredores vazios por volta das 22 horas começamos a explorar o prédio no 15º andar onde muitas pessoas haviam perdido a vida no incêndio um dos investigadores colou um gravador evp Eletronic voice phenomena em uma mesa ficamos em silci absoluto por alguns minutos e foi quando ouvi pela primeira vez algo que nunca esquecerei um som baixo e distante
quase como um choro abafado ecoou pelo corredor olhei para os outros esperando que alguém estivesse pregando uma peça mas todos pareciam tão confusos quanto eu revisamos o áudio imediatamente e o gravador captou claramente uma voz feminina sussurrando algo que soava como por favor me ajude meu coração disparou até então eu sempre encontrava explicações lógicas para os ruídos e sons que captável era diferente o Tom a clareza era impossível ignorar decidimos investigar o famoso elevador que segundo relatos nunca mais funcionou direito desde o incêndio ele era conhecido por parar sozinho em andares vazios e às vezes
abrir as portas mesmo sem ser chamado enquanto ajustável desceu sozinho até o subsolo e voltou ao nosso andar com um ding perturbador as portas se abriram lentamente revelando um interior vazio mas com um odor forte e metálico que nos fez recuar isso é cheiro de sangue murmurou um dos investigadores de repente ouvimos um som de passos no corredor corremos para investigar mas não havia ninguém lá pouco depois da meia-noite decidimos descer ao subsolo onde o famoso crime do poço aconteceu na década de 1940 muitos acreditam que o local carrega uma energia negativa devido à tragédia
e Os relatos de manifestações são inúmeros ao chegar lá a atmosfera parecia mais pesada o ar era mais frio e tinha um cheiro de mofo um dos membros do grupo que se dizia sensível às energias espirituais começou a passar mal alegando sentir uma pressão no peito instalamos os equipamentos e nos sentamos em círculo perto do local onde o poço havia sido lacrado em poucos minutos captamos uma série de ruídos estranhos arranhões estalos e até uma risada baixa e gutural então algo aconteceu que me fez questionar tudo uma sombra alta e com um formato humano passou
lentamente por trás de um dos investigadores a figura era escura demais para ser apenas uma falha de luz e seu movimento era deliberado quase zombeteiro por volta das 3 horas da manhã o ambiente ficou insuportavelmente denso um dos gravadores registrou uma sequência de vozes abafadas como se várias pessoas estivessem falando ao mesmo tempo as câmeras começaram a falhar exibindo imagens distorcidas Foi então que sentimos toques leves e gelados em nossos braços e pescoços como se mãos invisíveis estivessem nos rondando o investigador mais jovem entrou em Pânico e começou a gritar que precisava sair dali decidimos
encerrar a explora imediamente mas enquanto subíamos as escadas ouvi claramente meu nome sendo chamado em um sussurro olhei para trás mas não havia ninguém no dia seguinte analisamos os materiais captados durante a noite além das vozes e sons inexplicáveis uma das câmeras no subsolo registrou uma imagem perturbadora uma figura feminina com roupas antigas e expressão de Puro desespero olhando diretamente para a lente desde aquela noite f soelma não consigo dormir sem lembrar dos sons das vozes e daquela sombra o edifício não é apenas um lugar Assombrado é um elo entre o passado e algo que
ainda persiste esperando observando e se me perguntarem se voltaria ao Joelma minha resposta é simples jamais nasci e cresci em São Paulo na mesma casa onde minha família vive H gerações no centro da cidade Nossa Rua Estreita e quase esquecida pelo movimento intenso da Metrópole está localizada H poucos metros do edifício Joelma cresci ouvindo histórias sobre o prédio e para ser honesto sempre as tratei como exageros de vizinhos supersticiosos eu era cético até que algo mudou para sempre minha percepção a história começa em uma noite abafada de verão em fevereiro estávamos nos aproximando do aniversário
de mais um ano da tragédia que marcou o edifício para quem não conhece os detalhes o Joelma foi palco de um incêndio Terrível em 1974 que tirou a vida de quase 200 pessoas mais do que isso o local já carregava antes um passado Sombrio envolvendo um crime macabro que ficou conhecido como o crime do poço a história de mortes e sofrimento parece ter impregnado o lugar de algo que não pertence ao nosso mundo era tarde quase meia-noite eu estava na varanda fumando meu último cigarro antes de dormir quando percebi algo incomum apesar de ser uma
noite silenciosa um som baixo e constante chegou aos meus ouvidos Parecia um murmúrio mas sem palavras Claras vinha da direção do Joelma de início achei que fosse o vento passando pelas janelas ou até mesmo algum morador conversando em voz baixa mas conforme prestava mais atenção percebia que era diferente era como se várias vozes falassem ao mesmo tempo em tons confusos criando um som perturbador e indistinto fechei a janela e tentei ignorar aquilo mas naquela noite mal consegui dormir meus pensamentos estavam inquietos como se algo tivesse sido ativado dentro de mim no dia seguinte comentei Sobre
o ocorrido com dona uma senhora que morava no fim da rua ela era conhecida por saber de tudo sobre o Bairro quando mencionei os murmúrios seu rosto ficou sério Álvaro não se brinca com isso menino o que você ouviu não é coisa boa Como assim dona Vera perguntei meio incrédulo desde o incêndio essas vozes aparecem não é sempre mas quem mora aqui h tempo suficiente já ouviu são os que não conseguiram sair do prédio presos no fogo tentei rir mas o olhar dela me fez engolir a seco Ela contou que muitos moradores da região evitavam
passar perto do Joelma à noite tem gente que até muda de caminho mesmo que seja mais longo ela disse dona Vera Então falou sobre as luzes segundo ela em algumas noites dá para ver clarões estranhos nas janelas do edifício como pequenas Chamas que se acendem e desaparecem em segundos e não adianta chamar de reflexo ou coisa da sua cabeça ela disse você vai saber quando ver vai sentir no ar dias depois as palavras de dona Vera se tornaram reais para mim era madrugada e o calor insuportável me obrigou a sair para tomar um pouco de
ar fresco caminhei até a calçada em frente ao Joelma o lugar estava quieto mas havia uma sensação no ambiente que eu não conseguia descrever era como se o tempo tivesse parado ali foi então que vi no 15 andar diz pessoas ficaram presas durante o incêndio uma luz fraca começou a pulsar ela brilhava por alguns segundos e sumia para depois reaparecer em outro ponto da janela não parecia elétrica e a cor não era natural tinha um tom amarelado como fogo vivo enquanto observava senti algo mudar no ar um cheiro forte de queimado chegou até mim e
por um instante Achei que estava ficando louco o cheiro era tão intenso que comecei a tosir quando olhei de volta para o prédio vi uma sombra se movendo rapidamente cruzando de uma janela para outra eu não conseguia me mexer meu corpo parecia paralisado por um medo ancestral como se algo estivesse prestes a acontecer de repente Ouvi uma voz Clara e desesperada a gritar me ajude o som parecia vir de todos os lados e mesmo que eu soubesse que ninguém estava ali era impossível ignorar o pedido meu instinto foi correr de volta para casa as semanas
seguintes foram marcadas por sonhos perturbadores no mais recorrente deles eu estava preso dentro de um lugar escuro cercado por fumaça e calor podia ouvir vozes choros e gritos mas não conseguia ver ninguém decidi procurar um padre da igreja local para tentar entender o que estava acontecendo ele me ouviu com paciência e disse algo que me arrepiou você entrou em contato com o sofrimento das Almas daquele lugar elas não descansam talvez você tenha uma sensibilidade maior e por isso elas se aproximaram ele sugeriu que eu evitasse passar perto do prédio e mais importante que não tentasse
mais interagir com o que vi ou ouvi mesmo depois de me afastar do Joelma a sensação de que algo me observa permanece viver tão perto de um lugar marcado por tanta dor muda as pessoas a tragédia deixou cicatrizes não só nas paredes do prédio mas também No Ar ao redor como se cada tijolo carregasse um grito silencioso Seja lá o que aconteceu naquela noite sei que nunca serei o mesmo quando recebi a tarefa de inspecionar a estrutura do edifício décadas após o trágico incêndio não imaginava que esse trabalho se tornaria o maior pesadelo da minha
vida o Joel para mim era apenas um edifício carregado de história e tragédia Um Desafio técnico porém ao colocar os pés naquele terreno percebi que estava diante de algo muito mais profundo algo que transcende o físico e adentra o território do inexplicável Recebi o convite Em uma manhã chuvosa Meu chefe me convocou para uma reunião de última hora na qual explicou que precisavam de alguém experiente para liderar uma nova análise estrutural no Joelma era um projeto financiado por investidores interessados em modernizar o prédio mantendo sua relevância no cenário urbano de São Paulo aceitei sem hesitar
o Joelma era famoso não apenas pelo incêndio Mas pela aura de mistério que o cercava confesso que como bom Engenheiro es cético sempre considerei essas histórias como superstições populares exageros criados para alimentar o medo mas ao longo dos dias que se seguiram minha visão Começou a Mudar continuei a escrever vou agora ampliar e detalhar ainda mais para atender a solicitação completa aguarde enquanto elaboro o restante Cheguei ao edifício em uma manhã abafada de verão o ar da cdade estava pesado como se a própria atmosfera pressentisse o que estava por vir ao estacionar próximo à entrada
senti um arrepio que percorreu minha espinha sem motivo aparente era um prédio como qualquer outro pelo menos à primeira vista a fachada apesar de reformada ainda guardava resquícios de algo Sombrio algo que parecia resistir ao tempo e as tentativas de renovação enquanto caminhava para encontrar a equipe Percebi que os arredores estavam estranhamente silenciosos apesar do trânsito intenso de São Paulo parecia que o som não conseguia penetrar aquela área isso me incomodou mas segui em frente tentando me concentrar no trabalho que tinha pela frente fomos recebidos por um dos responsáveis pela administração do prédio um homem
cordial mas que mantinha um tom quase melancólico em suas palavras ele nos guiou pela recepção explicando detalhes do projeto e nos informando quais áreas seriam liberadas para a inspeção Foi então que percebi algo peculiar na sala de espera uma senhora de cabelos grisalhos estava sentada olhando fixamente para um ponto no teto seus lábios se moviam mas ela não emitia som algum quando nossos ol senti como se ela estivesse tentando me dizer algo antes que eu pudesse perguntar o administrador interrompeu meus pensamentos Essa é Dona Maria uma das poucas que trabalha aqui há anos não se
preocupe ela sempre está por perto aquilo ficou em minha mente durante todo o dia ao longo da semana conversei com alguns funcionários que trabalhavam no edifício mos estavam reticentes um segurança chamado que aparenta Terus anos concordou em compartilhar algumas histórias olha Doutor não sou de acreditar em coisas sobrenaturais mas aqui aqui é diferente às vezes durante o turno da noite escuto Passos nos andares superiores mas quando vou verificar não tem ninguém ele fez uma pausa olhando para os lados antes de continuar Mas o pior mesmo é o elevador tem um o da direita que dizem
ser amaldiçoado já ficou preso mais de uma vez mas não é isso que assusta quem fica preso lá dentro fala de vozes e não são vozes de uma só pessoa são várias como se fossem almas Roberto parecia genuinamente abalado enquanto contava ri para aliviar a tão mas dentro de mim algo dizia que ele estava sendo sincero na terceira semana de trabalho fui autorizado a inspecionar o subsolo uma área que parecia ser evitada por todos a escada que levava até lá era mal iluminada e emanava um cheiro de humidade assim que desci os últimos degraus fui
tomado por uma sensação de opressão era como se o ar fosse mais denso ali difícil de respirar ao explorar o espaço notei algo incomum no chão havia uma sessão onde o cimento parecia mais novo como se tivesse sido refeito recentemente lembrei-me das histórias sobre o crime do poço e um calafrio percorreu minha espinha ao me aproximar ouvi um som baixo como um gotejar constante olhei ao redor mas não havia vazamentos aparentes Foi então que senti algo um toque frio em meu ombro virei-me rapidamente mas não havia ninguém o som do gotejar continuou mas agora Pareci
mais próximo segui em direção à origem e para meu horror vi uma pequena poça no chão ela era avermelhada como sangue diluído minha mente tentava racionalizar mas meu corpo dizia outra coisa antes que pudesse reagir ouvi claramente uma voz feminina quase um sussurro Por que você está aqui naquela noite tive dificuldade para dormir sempre fui cético mas algo no subsolo mexeu comigo quando finalmente adormeci fui Assombrado por pesadelos terríveis Sonhei que estava preso no edifício cercado por fogo e sombras que sussurravam o meu nome acordei suando com a sensação de que alguém estava no quarto
olhei ao redor mas estava sozinho ou pelo menos parecia estar os dias seguintes foram marcados por eventos estranhos objetos desapareciam do meu escritório apenas para reaparecerem em lugares improváveis sentia um frio repentino mesmo em ambientes quentes e comecei a ouvir murmúrios em lugares silenciosos decidi procurar ajuda um amigo me recomendou um médium renomado alguém que tinha experiência em lidar com situações como a minha relutante marquei um encontro Quando entrei na casa do médium ele me olhou fixamente e disse algo que me deixou sem palavras você esteve em um lugar marcado pela dor as almas daquele
terreno estão clamando por atenção e você as perturbou Ele explicou que o crime do poço e o incêndio eram apenas partes de uma história maior o terreno carregava uma energia antiga muito antes de qualquer construção algo obscuro atraí tragédias para aquele local alimentando-se do sofrimento humano o médium decidiu realizar uma visita ao Edifício para entender melhor o que estava acontecendo quando chegamos ele estava visivelmente perturbado como se pudesse sentir algo que eu não conseguia perceber Este Lugar é uma ferida aberta Rafael o que quer que esteja aqui não deseja ser perturbado enquanto caminhávamos pelos corredores
ele parou abruptamente em frente ao elevador com uma expressão grave colocou a mão sobre a porta e fechou os olhos há algo preso aqui não são apenas os mortos do incêndio são os ecos de algo muito mais antigo este terreno nunca deveria ter sido tocado seguimos até o subsolo onde ele pediu para ficar sozinho por alguns minutos quando voltou estava pálido e tremendo Eles querem que você saiba Rafael querem que você veja antes que eu pudesse o que ele queria dizer ele começou a recitar algo em latim e o ambiente ao nosso redor mudou o
ar parecia vibrar e as paredes do subsolo pareciam se estreitar foi então que vi de repente fui transportado para uma cena que parecia tirada de um pesadelo o subsolo estava iluminado por tochas e homens vestidos com trages antigos realizavam um ritual no centro uma figura de mulher chorava e implorava por misericórdia enquanto era amarrada o médium explicou com voz trêmula que o terreno havia sido usado para práticas obscuras séculos antes da construção do edifício sacrifícios humanos eram realizados ali e as energias invocadas nunca foram completamente seladas as imagens eram tão vívidas que era impossível acreditar
que aquilo fosse apenas minha imaginação as vozes os gritos e a sensação de desespero pareciam ecoar dentro de mim após essa experiência saímos do subsolo o mais rápido possível o médium me aconselhou a não retornar ao Edifício mas meu trabalho ainda não havia terminado nos dias seguintes os fenômenos se intensificaram no elevador houvi risadas e sussurros e certa vez ele parou entre andares por quase 20 minutos sozinho ali dentro senti mãos invisíveis tocar em minhas costas no último dia do projeto enquanto revisava os documentos no meu escritório recebi um envelope sem remetente dentro havia uma
foto antiga do terreno onde o Joelma foi construído ela mostrava um grupo de pessoas ao redor de um poço mas o que me chamou a atenção foi a figura de uma mulher ao fundo ela era Idêntica à figura que vi na visão no subsolo desde então nunca mais voltei ao Edifício pedi transferência para outro projeto e tentei esquecer o que vivia ali mas os pesadelos continuam o Joelma não é apenas um prédio é um portal um local onde as tragédias se repetem e as energias nunca encontram descanso ainda hoje evito passar perto do lugar mas
algo me diz que a história do Joelma está longe de terminar sou técnico de som e trabalho com grupos de investigação Paranormal há anos já participi pe de inúmeras explorações em hospitais abandonados casas mal assombradas e cemitérios esquecidos mas nada poderia me preparar para o que Vivi naquele prédio o convite veio de um grupo de investigadores renomados que planejavam passar a noite no Joelma para captar fenômenos paranormais eles tinham autorização para permanecer no local após o expediente um feito raro devido às histórias perturbadoras que cercam o edifício apesar das dúvidas aceitei participar convencido de que
seria mais uma oportunidade de provar que o sobrenatural não passava de superstições mal sabia eu que essa decisão marcaria minha vida para sempre chegamos ao Joelma ao entardecer o prédio agora reformado ainda carrega um peso que é difícil de descrever cada passo que dava em direção à entrada parecia aumentar o peso em meus ombros como se o lugar me desafiasse a entrar enquanto investigadores montavam seus equipamentos me ocupei em ajustar os microfones e gravadores o plano era simples passar a noite no edifício Principalmente nos andares mais altos onde o incêndio havia sido mais devastador e
no subsolo palco de lendas e rumores quando o sol se pôs o prédio ganhou uma nova vida o silêncio era perturbador interrompido apenas pelos zumbido distante de aparelhos eletrônicos e pelos Passos ecoando nos corredores vazios por volta das 22 horas começamos a explorar o prédio no 15º andar onde muitas pessoas haviam perdido a vida no incêndio um dos investigadores colocou um gravador evp Electronic voice phenomena em uma mesa ficamos em silêncio absoluto por alguns minutos e foi quando ouvi pela primeira vez algo que nunca esquecerei um som baixo e distante quase como um choro abafado
ecoou pelo corredor olhei para os outros esperando que alguém estivesse pregando uma peça mas todos pareciam tão confusos quanto eu revisamos o áudio imediatamente e o gravador captou claramente uma voz feminina sussurrando algo que soava como por favor me ajude meu coração disparou até então eu sempre encontrava explicações lógicas para os ruídos e sons que captamos Mas aquilo era diferente o Tom a clareza era impossível ignorar decidimos investigar o famoso elevador que sego relatos nunca mais funcionou direito desde o incêndio ele era conhecido por parar sozinho em andares vazios e às vezes abria as portas
mesmo sem ser chamado enquanto ajustável mas antes que pudéssemos reagir o elevador desceu sozinho até o subsolo e voltou ao nosso andar com um ding perturbador as portas se abriram lentamente revelando um interior vazio mas com um odor forte e metálico que nos fez recuar isso é cheiro de sangue murmurou um dos investigadores de repente ouvimos um som de passos no corredor corremos para investigar mas não havia ninguém lá pouco depois da meia-noite decidimos descer ao subsolo onde o famoso crime do poço aconteceu na década de 1940 muitos acreditam que o local carrega uma energia
negativa devido à tragédia e Os relatos de manifestações são inúmeros ao chegar lá a atmosfera parecia mais pesada o ar era mais frio e tinha um cheiro de mofo um dos membros do grupo que se dizia sensível às energias espirituais começou a passar mal alegando sentir uma pressão no peito instalamos os equipamentos e nos sentamos em círculo perto do local onde o poço havia sido lacrado em poucos minutos captamos uma série de ruídos estranhos arranhões estalos e até uma risada baixa e gutural então algo aconteceu que me fez questionar tudo uma sombra alta e com
um formato humano passou lentamente por trás de um dos investigadores a figura era escura demais para ser apenas uma falha de luz e seu movimento era deliberado quase zombeteiro por volta das 3 horas da manhã o ambiente ficou insuportavelmente denso um dos gravadores registrou uma sequência de como várias pessoas estivessem falando a mesmo tempo as câmeras comearam a falhar exibindo imagens distorcidas Foi então que sentimos toques leves e gelados em nossos braços e pescoços como se mãos invisíveis estivessem nos rondando o investigador mais jovem entrou em Pânico e começou a gritar que precisava sair dali
decidimos encerar a expl imediamente mente meu nome sendo chamado em um sussurro olhei para trás mas não havia ninguém no dia seguinte analisamos os materiais captados durante a noite além das vozes e sons inexplicáveis uma das câmeras no subsolo registrou uma imagem perturbadora uma figura feminina com roupas antigas e expressão de Puro desespero olhando diretamente para a lente desde aquela noite tenho evitado falar sobre o Joelma não consigo dormir sem lembrar do sons das vozes e daquela sombra até hoje não consigo explicar tudo o que Vivi no Joelma não sei se foram apenas alucinações causadas
pelo medo ou se realmente Entrei em contato com algo além da compreensão humana o Joelma não é apenas um prédio marcado por tragédias é um lugar onde o passado se recusa a ficar em silêncio onde histórias não contadas continuam a ecoar pelos corredores e se há algo que aprendi é que alguns mistérios nunca devem ser completamente desvendados se quer entender o Joelma precisa entrar com o coração aberto foi o que ouvi de um antigo colega de faculdade Felipe quando me convidou para uma visita guiada ao famoso edifício em São Paulo ele tinha acesso especial devido
a uma pesquisa histórica que fazia sobre o local mas seu tom de voz ao falar sobre a experiência parecia mais espiritual Que acadêmico nunca fui muito de acreditar em lendas urbanas ou histórias Sobrenaturais mas sempre tive curiosidade sobre o incêndio que marcou o lugar e as tragédias associadas quando aceitei o convite imaginava uma simples caminhada por corredores antigos e algumas informações sobre arquitetura e história o que recebi no entanto foi muito mais do que isso ao chegar o edifício me surpreendeu reformado o prédio tinha perdido o aspecto Sombrio mas algo nele parecia imutável o ar
ao redor era estranho pesado apesar do burburinho da cidade a área em frente ao Edifício era silenciosa quase como se o som se recusasse a entrar ali Felipe me encontrou na entrada com um sorriso tenso ele carregava uma pasta cheia de documentos e um gravador antigo isso aqui é mais do que história ele disse com um olhar que beirava o medo Subimos ao 15º andar o epicentro das tragédias onde tantas vidas foram perdidas no incêndio de 1974 assim que as portas do elevador se abriram senti um calafrio inexplicável como se tivesse acabado de entrar em
outro mundo no andar Felipe começou a me contar histórias de Sobreviventes ele falava sobre pessoas que durante o incêndio ouv viram vozes chamando seus nomes ou indicando caminhos para a saída alguns chegaram a relatar ter sentido mãos invisíveis puxando seus braços guiando-os para longe do fogo ele mencionou um caso em particular uma mulher chamada Ana que estava grávida na época Ana sempre dizia que viu uma figura Luminosa no meio da fumaça apontando para bar escada de emergência ela sobreviveu mas perdeu o bebê pouco depois desde então sonhava com Joel todas as noites sempre ouvindo um
choro de criança enquanto ouvia essas histórias comecei a sentir um desconforto físico o ar parecia ficar mais denso e um cheiro estranho como de algo queimado invadiu minhas narinas você está sentindo isso zenia perguntei a Felipe ele apenas assentiu olhando fixamente para um corredor escuro decidimos caminhar até o final do andar cada passo Parecia um esforço como se algo invisível estivesse tentando nos deter as luzes piscaram algumas vezes mas Felipe garantiu que era normal em prédios antigos no meio do Corredor paramos diante de uma porta que parecia diferente das outras Felipe tirou uma chave do
bolso e a abriu era uma sala de reuniões que segundo ele havia permanecido quase ocada desde o incêndio entramos e o ar ficou ainda mais pesado o lugar estava gelado Apesar do calor lá fora no canto da sala havia uma mesa com marcas de queimadura que formavam algo parecido com uma mão de repente ouvi um sussurro não era Felipe ele estava parado ao meu lado igualmente assustado o som parecia vir da mesa uma voz baixa feminina dizia ainda dói naquela noite depois de voltar para casa tive pesadelos terríveis Sonhei que estava preso em um lugar
cheio de fumaça e calor ouvindo gritos por todos os lados em um momento vi uma mulher de cabelos longos e roupas chamuscadas me encarando ela não falava mas seus olhos transmitiam um pedido de ajuda desesperado acordei suando frio e com a sensação de que alguém estava me observando olhei ao redor do quarto mas estava vazio Decidi voltar ao Joelma com Felipe desta vez com equipamentos de gravação e alguns amigos interessados em fenômenos paranormais nosso objetivo era captar qualquer evidência das histórias que ouvimos instalamos gravadores no 15º andar e no subsolo onde o crime do poço
aconteceu o subsolo tinha uma energia diferente mais pesada e opressiva enquanto configurável um dos gravadores captou um som estranho como de Passos arrastados ao reproduzirmos o áudio ouvimos claramente uma voz masculina dizendo saia daqui por volta das 3 horas da manhã quando estávamos quase prontos para encerrar algo aconteceu que nunca esquecerei um dos amigos sentiu um toque gelado em sua mão como se alguém tivesse segurado seus dedos ele gritou e deixou cair a lanterna que iluminou brevemente uma sombra humana no final do Corredor corremos para lá mas não havia ninguém no entanto o gravador captou
o som de uma risada baixa e sombria antes de deixar o Joelma pela última vez decidi rezar não sou uma pessoa religiosa naquele lugar necess deede Mura senti uma paz momentânea como se algo ou alguém estivesse me ouvindo Felipe me disse que muitas pessoas relatam sentir uma presença benevolente quando rezam no prédio como se as almas das vítimas agrade pelas orações até hoje não consigo explicar tudo o que Vivi no Joelma não sei se foram apenas alucinações causadas pelo medo ou se realmente Entrei em contato com algo além da compreensão humana o Joelma não é
apenas um prédio marcado por tragédias é um lugar onde o passado se recusa a ficar em silêncio onde histórias não contadas continuam a ecoar pelos corredores e se há algo que aprendi é que alguns mistérios nunca devem ser completamente desvendados se você gostou desses relatos não se esqueça de deixar seu like comentar o que achou e se inscrever no canal para não perder nenhuma história Ah e se você assistiu até o final deixe um emoji de asma nos comentários assim eu saberei que você é um dos Corajosos que enfrentaram as histórias até o fim e
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