História do Brasil Colonial I - Pgm 5 - A expansão comercial europeia e o continente america

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História do Brasil Colonial I - Pgm 5 - A expansão comercial europeia e o continente americano - Pa...
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[Música] o fato de existir uma tecnologia não significa que seja uma tecnologia útil que seja uma tecnologia que traduza um modo de vida né Tem um monte de inventores excêntricos aí tem um monte de tecnologias que nos fazem sonhar mas que não são aplicadas na realidade por falta de demanda porque elas não têm utilidade porque elas não são vistas como realmente necessárias relativizando Isso quer dizer as comunicações ocorrem quando é necessário por algum motivo né mesmo que essa necessidade seja imposta como uma mercadoria né quer dizer que você seja obrigado ou seja impelido a desfrutar
de uma determinada comunicação porque aquilo é uma mercadoria em si não porque você tenha parado para pensar quão interessante seria usufruir de um determinado recurso de comunicação de toda de todas as maneiras essa possibilidade então de se ligar com outras partes do mundo e do mundo todo se ligar começou a ocorrer com essas grandes navegações né foi aí foi aí nas palavras Então desse grande Historiador português Vitorino magalães Godinho né Foi aí que o mediterrâneo deixou de ser uma espécie de Lagoa central do mundo para os europeus que o Oceano Atlântico deixou de ser uma
barreira intransponível para os europeus e foi aí que nessa visão de mundo Europeia o globo deixou de ter dois limites que não se tocavam né um extremo ocidente e um extremo oriente o mundo passou a se tocar essa é uma perspectiva eurocêntrica essa que está analisando o Magal Godinho ainda tem gente que repete essa tremenda baboseira né de que o Estado ao interferir na economia atenta contra uma lógica do próprio sistema capitalista ou seja impede a realização de uma economia de mercado que depende por seu turno da de uma de uma não influência dos Estados
Isso é um absurdo tremendo né isso é um discurso ideológico formulado com força no século X e que durou mais ou menos até a crise de 29 até a crise de 29 tinha gente importante e gente esperta que ainda acreditava na incompatibilidade entre estado e economia de mercado economia capitalista depois da crise de 29 ninguém mais tá autorizado a pensar assim se vocês quiserem evocar então Eh conhecimentos históricos mais acessíveis né sim mas quem sabe lá o que se passou na crise de 29 né Tem economista até hoje que enfim Diverge quanto a natureza da
crise e as respostas do sistema internacional a ela tudo bem peguemos a crise do capitalismo de 2008 que foi uma crise sistêmica que foi uma crise estrutural da maior gravidade foi uma crise seríssima E como foi que o sistema capitalista se recuperou dessa crise ainda está se recuperando mas ele sobreviveu né e ao sobreviver ele se mostrou mais uma vez como já tinham apontado Weber Marx brodel um sistema dotado de uma incrível capacidade de reconfiguração é um sistema que segura Baques que segura golpes sérios que se modifica parcialmente preservando a sua natureza essencial mas como
foi então que o capitalismo sobreviveu a essa crise gravíssima iniciada em 2008 né vocês devem estar lembrados vocês Já deviam Ler jornal Já deviam ser Enfim enfim estudantes bem informados à época não é o primeiro socorro do governo norte-americano do governo norte-americano ao sistema financeiro foi da ordem de 900 Bilhões de Dólares o primeiro socorro da União europeia foi da ordem de 1 trilhão de dólares e o segundo socorro do Governo norte-americano foi equivalente ao primeiro da União Europeia mais 1 trilhão de dólares para salvar o sistema financeiro admitamos Então que num primeiro momento governos
dos Estados Unidos e da Europa injetaram no capitalismo por volta de 3 trilhões de dólares vocês sabem qual é a fortuna do homem mais rico do mundo né o homem mais rico do mundo atualmente é o Bill Gates né Eu li aí na revista forbs aí essa notícia né todo ano eles fazem lá a escala né a competição entre os mais ricos do mundo tal tinha uma época que o e Batista entrava bombando era o brasileiro mais rico as indústrias dele quebraram né parenteses não achem que quando a indústria do cara quebra ele quebra né
ele continua sendo Rico A única coisa que ele se torna menos rico menos investidor tal mas esses caras sempre preservam ali a fortuna deles né dificilmente se tornam pobres indigentes vão trabalhar lá com trabalho assalariado não não é assim que funcionam as coisas né mas fica uma alternância aí nos últimos anos entre o Bill Gates e o Carlos slim que é aquele grande empresário mexicano né então o Slim Ficou um tempão aí na liderança como o homem mais rico do mundo e agora o Bill Gates dono da Microsoft recuperou essa liderança a fortuna de cada
um deles é de cerca de 60 Bilhões de Dólares 60 Bilhões de Dólares ou seja junta as duas fortunas dá aí mais ou menos 120 Bilhões de Dólares isso não é nada perto dos 3 trilhões de dólares injetados por governos por gestões de estado para salvar o capitalismo em 2008 e são é um exemplo extremo mas é um exemplo que toca no âmago do problema desde sempre o capitalismo dependeu do estado para se desenvolver não existe capitalismo sem gestão sem gerência do estado não é interferência do Estado a ideia de interferência do Estado frequentemente em
seja uma concepção ideológica da relação entre política e economia interferência Ora se desde sempre o capitalismo precisou ou do Estado essa necessidade revela algo mais do que circunstâncias específicas de suposta anormalidade nas quais então os estados se mobilizariam para mexer nas economias todas elas economias do sistema capitalista por que que eu tô dizendo isso então né abandonando Então essa baboseira Essa ilusão da possibilidade de uma economia de mercado que repito teve vigência no século XIX numa parte do século XX e a ilusão quer dizer a ideologia da economia de mercado foi magistralmente destruída por um
grande autor chamado cpol num livro que vale a pena ler viu pessoal a grande transformação a grande transformação do caolan que é um autor austríaco da década de 40 a grande transformação as origens da nossa época o subtítulo alguma coisa assim que é um grande clássico aí da história e da literatura econômica mundial né Tá bom depois do livro do polani escrito na década de 40 ninguém mais deveria acreditar nessa nessa suposta normalidade de uma economia capitalista sem a gestão sem um papel protagonista desempenhado pelo Estado como isso se realiza aqui então nessa expansão europeia
as empresas ultramarinas repito são caras são onerosas são perigosas elas dependem de capitais privados Mas elas dependem sobretudo desse grande Patrocínio dessas monarquias que ao se tornarem então poderes políticos centralizados são capazes de acumular capital numa escala diferenciada E aí então são capazes de atender a demanda específica de algumas dessas próprias monarquias por uma expansão comercial né assim assim essa unificação dessas monarquias se processa aí né Portugal já no século X com a revolução de Avis de 1383 1 385 a Espanha a monarquia hispânica se forma ao longo do século X inicialmente com a união
entre as coroas de Castela e Leão e logo enfim outras coroas e tudo isso vira Então essa monarquia hispânica ou espanhola e outros estados vão Seguindo os mesmos passos no século X um dos contextos específicos importantes dessa dessa crise de rearranjo da política europeia em direção então a essa centralização de poderes né são primeiro lugar a grande crise do século eh do século X a crise que tem a ver então com um dos surtos o mais pestilento de que você tem notícia de uma peste negra a partir de 1376 né Mais ou menos é quando
acredita-se que essa peste vinda então Eh do oriente da índia de algum lugar do Oceano Índico Mas provavelmente da Índia chegou a Veneza e daí se espalhou para Europa causando uma mortalidade enorme gigantesca e um declínio populacional uma retração brutal das atividades econômicas dessa Europa uma contração portanto desse desenvolvimento do capitalismo na Europa essa é uma dimensão importante outra dimensão tem a ver já com o próprio século XV que são as guerras de religião após a reforma protestante iniciada em 1517 ora para nós entendermos O que significa Então essa essa essa demanda por uma estabilidade
de tipo política num em sociedades fundamentalmente agrícolas como são as sociedades europeias desses séculos eh 14 15 e 16 né Um Bom exemplo no plano das sensibilidades eh é um filme o filme não retrata o contexto europeu ele retrata um outro contexto o contexto japonês né mas é justamente de de de fragilidade do homem Diante da sua dependência estrita em relação à terra e de como isso causa digamos Enfim uma brutal comoção social é o filme do Akira Caua os sete Samurais alguém assistiu aqui os sete Samurais né Legal 2 3 4 pronto quem não
assistiu aá tem minha sugestão né Tem uma refilmagem boa também linguagem buang Bang né Os Sete Homens e Um Destino né que é basicamente a transposição da mesma história para que ele contte de Far oest norte-americano o filme do cusal é uma maravilha viu vale a pena assistir tem aí em DVD filmaço cinema de primeira uma pequena Aldeia né de de agricultores que planta que cole semeia regularmente é saqueada também também regularmente por um bando de enfim de de ladrões de um grupo de bandoleiros e resolve Então se armar e resistir né a esses ataques
E aí contrata um grupo de samurais e esses Samurais então abnegados Eh se dispõe a treinar e a ajudar essa Aldeia de de dependentes da terra né a contra os saques externos Isso é uma pode ser visto como uma espécie de uma metáfora das dificuldades dessas sociedades agrícolas né crises de abastecimento levando então a uma grande comoção social é disso que a gente tá falando também na Europa desse século 16 desse século XV já o filme do kurosawa é ambientado no Japão do século X e as guerras de religião Mais especificamente quer dizer essa brutal
instabilidade política que tem efeitos terríveis também na economia na vida material das pessoas tem um um filme enfim não é da mesma estatura que o filme do corosa Mas é uma boa recomendação também que é um filme chamado a rainha margô não sei se vocês assistiram né é um filme protagonizado pela Isabele adjani né e eu não sei o nome do ator que faz o casal lá tal enfim eu só sei que a protagonista é Isabele adjan que faz a rainha margô né então a noite de São Bartolomeu e os conflitos entre protestantes e católicos
na França do século X olha filme de época muito legal viu muito bom os franceses sabem fazer filme comercial também viu é um tremendo preconceito aliás um preconceito completamente idiota todo preconceito é idiota né mas esse é especialmente idiota achar que os franceses só fazem filmes enfim profundamente intelectuais e incompreensíveis pra maioria das pessoas né filmes franceses de época de temática histórico temática histórica costumam ser muito melhores Na minha opinião do que esses blockbusters norte-americanos anos aí Troia Alexandre tem tem agora esse 300 aí do cherches da Persia e não sei o que lá esses
filmes aí eles são muito sedutores né ô tratam de história Outro dia eu vi a a metade pro fim de Troia que não tinha assistido né porque eu sempre fico meio assim de passar na locadora e pegar um Blockbuster né porque tem tanto filme bom que a gente não viu né aí vai ver esses comerciales aí vamos pô a gente é Historiador precisa saber que que tá rolando tal aí eu assisti na TV acabo segunda metade do do Troia né e Pô o filme Medíocre né pô tratar da guerra de Troia o protagonista é o
Aquiles quer dizer que é o paradigma do Herói grego né aquele herói enfim elevado cheio de defeitos e com todas as virtudes é o paradigma do Herói né o Brad Pitt não deu conta do recado viu vocês me desculpem mas é um F um filme bem Medíocre a rainha amargou como filme histórico numa toada de filmes franceses é é uma boa reconstituição de época bem legal e mostra Então essa instabilidade que se resolve finalmente ao cabo dessas guerras de religião no século X com uma nova eh onda de formação de estados de monarquias centralizadas daí
no século X a Europa continua a todo vapor esse processo de expansão material e esse processo de expansão cultural só Fari uma ressalva já de cara quanto a ideia das monarquias ABS autistas é necessário um certo cuidado aliás um cuidado enfim básico no emprego desse termo é um desses termos que de tão empregados tornou-se um jargão e como todo jargão ele simplifica excessivamente algumas realidades que são bem mais complexas né um livro clássico sobre a matéria um livro que vocês devem ler em algum momento da formação né e não sei mais H quantas Anas você
sabe que também tem um tem clivagens geracionais né nas nossas formações né o que se estudava enfim quando eu era aluno não é exatamente o que vocês estudam hoje o que se estudava enfim 20 Anos Antes 30 Anos Antes tem algumas mudanças né algumas Modas saem de cena entram outras alguns clássicos se tornam um pouco menos clássicos outros são mais clássicos do que eram antes mas de todo modo relativização à parte uma obra absolutamente essencial pro começo de qualquer estudo da chamada idade moderna é o livro do Perry Anderson linhagens do Estado Absolutista em linhas
muito Gerais o Estado Absolutista não existe de modo perfeito um estado é mais ou menos absolutista a depender de uma série de fatores históricos da história daquele estado um desses fatores um dos mais importantes as sociedades europeias dessas monarquias centralizadas elas possuem instâncias de representação não são sociedades tiranas não são sociedades de poderes completos de poderes Avassaladores tanto é que todas essas sociedades possuem instâncias de representação como por exemplo as chamadas cortes em Portugal e em Espanha O parlamento na Inglaterra sobretudo a partir das revoluções de 16 1689 os estados gerais franceses as dietas no
leste europeu são momentos em que se reúnem os corpos da sociedade porque essa é uma sociedade toda ela desigual naturalizada como desigual organizada por quê Porque esse fortalecimento comercial é critério de fortalecimento político e um dos meios de mediação entre poder político e poder econômico é o poder militar porque se um estado pode acumular capital ele pode também montar Armadas né enfim máquinas de combate e essas máquinas de combate se tornam então instrumentos de fortalecimento político Mas também de fortalecimento econômico ora nesse mercantilismo n cidade moderna em formação para que que serve economicamente uma máquina
de guerra né pra conquista de mercados pra conquista de territórios eventualmente para saque Esse é um mecanismo trivial básico comum de acúmulo de riqueza por estados nessa competição interestatal do Mercantilismo da idade moderna é você ir lá e roubar a riqueza do outro né ora os espanhóis então vinham na América e enchiam aí os seus os seus barcos de tesouros vamos chamar assim né Para que que os ingleses vão aqui então chegar antes dos espanhóis expulsar os espanhóis se eles podem saquear o barco em alto mar né Mas como que os ingleses vão saquear isso
daí eles podem ir com uma própria armada e fazer isso eles podem contratar Piratas e aí Os Piratas ficam com uma parte disso são intermediários né E a outra parte fica então pro pagamento desses serviços assim sendo Os Piratas esses Piratas do século 16 17 18 são agentes comuns importantes desse jogo da competição interestatal essa relação então entre a mediação do poder político do poder econômico pelo poder militar tem a sua história também isso vai mudando ao longo da história né isso tem uma vigência muito dramática hoje que guarda dessa época As certas lógicas não
é a mesma mediação né uma guerra hoje não serve exatamente paraa mesma coisa que servia Então nesse contexto do Mercantilismo mas Existem certas lógicas que são comuns né tomemos um caso aqui vai o caso da da guerra do Iraque né então não faz muito tempo os Estados Unidos bombardearam invadiram o Iraque depuseram o governo do Saddam Hussein eh instituíram um um governo com uma uma pretensa lógica de democracia Liberal né e estabilizaram entre aspas a região não é o pretexto político para isso foi a destruição de armas de destruição em massa como todos nós sabemos
foi um discurso de pura justificativa né o Iraque não desenvolvia armas de destruição em massa eh não estava a ponto de desenvolver armas de destruição em massa ao passo que a Índia por exemplo tem bomba bomba atômica Israel tem bomba atômica a França tem tecnologia a Alemanha tem tecnologia e no entanto esses países não foram invadidos não foram destruídos etc bom uma das lógicas dessa guerra né Outra lógica a guerra o terrorismo né também sabemos que o Iraque Não Era exatamente um campo de treinamento da al-qaida né o Afeganistão sim né mas o Iraque não
bom justificativa então a Guerra ao terrorismo mas existem outras lógicas ainda E aí estamos diante de lógicas historicamente constituídas essas duas às quais eu me referi né tô chamando aqui de lógica e são argumentos com com força de conversão em realidade eles podem se tornar algo na realidade mesmo que saibamos que o Iraque não treinava terroristas da alcaida e nem desenvolvia armas de destruição em massa mas isso foi suficiente para convencer parte da opinião pública república norte-americana por exemplo então há uma lógica nesse tipo de argumento mas outras lógicas são mais antigas por exemplo aquela
lógica que faz com que os Estados Unidos então promovam uma guerra numa região rica em petróleo né destruam a infraestrutura do país e convoque então uma vez necessária a reconstrução do país empresas norte-americanas não é uma delas a hy Burton era inclusive do próprio vice-presidente dos Estados Unidos né uma das empresas mais atuantes então na reconstrução do Iraque foi a empresa justamente da Qual era um dos acionistas majoritários o próprio vice-presidente dos Estados Unidos né mas então é só de enriquecimento pessoal Isso é só porque o sujeito é um safado sem vergonha hã talvez haja
uma certa lógica nisso também né mas não é exatamente disso que a gente tá falando né o estado promove então uma guerra né o estado precisa se armar ao se armar porque o exército é o exército público é o exército norte--americano ele dinamiza a própria economia norte-americana né então comprando os mísseis comprando os armamentos enfim os aviões porta-aviões que são máquinas de guerra caríssimas o estado dinamiza a economia né armando-se o utiliza então esses armamentos o estado permite a reconstrução do país em parte também por capitais privados que são capitais privados que obviamente financiarão as
campanhas do partido repúblicano são capitais privados enfim com grande peso de atuação na política norte-americana na sociedade norte-americana e a roda gira os Estados Unidos se manté então posição de liderança Mundial os Estados Unidos mantém um exército forte mantém uma economia forte mantém um estado forte cria-se um ciclo vicioso E com isso os Estados Unidos lideram uma competição interestatal que ainda existe nos dias de hoje não é a Rússia ameaça a China ameaça mas nenhuma delas chega ao pé aos pés dos Estados Unidos em termos da eficiência da do estabelecimento dessas articulações todas para para
efeitos de análise histórica as lideranças individuais elas são muito menos individuais do que políticas né são políticas no sentido de que elas atendem a determinados interesses que elas jogam certos jogos de poder para nós isso é muito mais interessante do que as idiossincrasias pessoais de cada um do que os planos conspiratórios ah eh as histórias secretas Estamos diante novamente de lógicas essas lógicas são essas que eu tô analisando aqui né E aí se me permite volto aqui para essa para essa questão das monarquias centralizadas dessa época e dessa conjugação de poder político econômico e militar
né para mostrar então né aliás para constatar que vocês já sabem Cristóvão Colombo estava a serviço da coroa espanhola interessada que estava em promover a expansão material expansão do mercado da Espanha mas também uma expansão espiritual uma expansão cultural não é um empreendimento puramente público é um empreendimento com capitais privados esses capitais podem ser então capitais florentinos capitais venezianos capitais genovez que são muito importantes nessa época que estão lá também financiando Armadas como a de Vasco da Gama índia de Cabral Brasil esses capitais então eles se unem a esses capitais do Estado a esses interesses
do estado e estabelecem então parcerias que se tornam bastante coerentes e que permitem essa expansão material Barra espiritual da Europa mas eu dizia também que há uma dimensão demográfica dessa expansão ela pode ser observada nesse gráfico também publicado por Fernando brodel civilização material economia e capitalismo esse gráfico nos mostra uma tentativa de quantificação da população mundial do ano de 1200 até cerca do ano de 1800 impossível obtenção de dados precisos de dados completamente confiáveis como grande Historiador que foi brodel buscava aproximações lidava com escalas na história essas aproximações com todas as suas imprecisões mostram coisas
fundamentais independentemente então do grau de precisão desses números né brodel nos mostra que né multiplicando a população da China por quatro ou por cinco vezes uma população aproximada da China ou a população da Europa por quatro ou cinco vezes então nós temos da China essa linha contínua da Europa essa linha pontilhada quer dizer brodel sabe mais ou menos a população da China sabe mais ou menos a população da Europa multiplica por quatro ou por cinco supondo que isso daria algo próximo do total da população mundial independentemente dos números nós temos um movimento que movimento é
esse né ora uma tendência a estabilização aqui nos séculos xi nos séculos x século X então promove um declínio né sobretudo da população europeia a população chinesa não Então essa grande catástrofe demográfica que tem a ver com a peste negra de 1376 né uma recuperação nos séculos seguintes um grande crescimento da população mundial tomando-se por base ou a China ou a Europa a no começo do sécul século XV aqui então quando a curva chinesa se torna abrupta a curva europeia já é importante no século XV então nós temos o início do crescimento da população mundial
de modo que ela Jamais deixará de crescer o século XIX um novo Boom e no século XX uma escala até então inimaginável até chegarmos nesses cerca de 7 bilhões de indivíduos que nós somos 7 bilhões né sendo que no século X isso aí estaria em torno enfim de U 500 milhões de habitantes quando muito para 7 bilhões quer dizer multiplicando-se por 14 né o tamanho do planeta é o mesmo a quantidade de gente vivendo no planeta começa a se tornar cada vez maior há então uma certa dimensão a ser compreendida nisso daqui essa planetara do
Comércio europeu das rotas europeias vai de encontro ao início de um crescimento sem precedentes da população mundial não estamos aqui dizendo que isso ocorre porque a população cresce porque a população podia crescer e ficar quetinha lá no seu canto não é verdade só que esse crescimento ocorre já tendo por base um movimento de globalização [Música] anterior
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