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[Aplausos] senhoras e senhores Bom dia É com grande satisfação que a Universidade Estadual de Campinas recebe a todos para o lançamento da trilha de sustentabilidade olhar para o mundo e ver que não somos só passageiros e que nossa existência depende diretamente das nossas ações do agora é entender que sustentabilidade Não fala só de flora e fauna fala também da sobrevivência do ser humano a Universidade Estadual de Campinas quando adora os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU e estabelece a sustentabilidade como este transversal no seu planejamento estratégico demonstra para a sociedade que não está desatenta desse
olhar esse movimento para gerar um mundo mais justo com o ser humano e com o ambiente O que é desenvolvido o que é pesquisado O que é estudado O que é aplicado O que é gestado dentro da universidade para que isso aconteça a escola de educação cooperativa da Unicamp do corpo a diretoria executivas de direitos humanos de IDH por meio da comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental camisa e a diretoria executivas de planejamento realizarão em 2023 ações nos seus camping para divulgar disseminar e engajar toda a comunidade e a sociedade nas frentes em
que tem atuado por esse motivo fazemos hoje o lançamento desta trilha de sustentabilidade que ao longo deste ano falará sobre o que é sustentabilidade emergência climática consumo sustentável educação ambiental resíduos soberania alimentar segurança energética e mobilidade sustentável esses temas nos ajudarão a caminhar entendendo que Nossas ações resultam em mudanças ao futuro da nossa espécie compondo a nossa mesa direitinho temos Professor Doutor Antônio José de Almeida Meireles magnífico reitor da Unicamp [Aplausos] Professora Doutora Maria Luiza são Lins coordenador da escola de educação corporativa eduk [Aplausos] senhora Talita dalbelo coordenadora de sustentabilidade representando o professor Dr Douglas
Galvão diretora executivo de planejamento integrado [Aplausos] Professora Doutora Silvia Maria Santiago diretora executiva de Direitos Humanos da Unicamp Professora Doutora Sônia Regina da cal Seixas presidente da Comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental da Unicamp [Aplausos] registramos agradecemos a presença do Professor Doutor Ivan Felizardo contra reitor de graduação Professor Luiz Geraldo Pedroso representando a pró-reitoria de extensão e cultura agradecemos igualmente a presença de gestores da administração central das unidades e órgãos os demais convidados e a todos que nos assistem pelo canal da Unicamp no YouTube sejam todos muito bem-vindos [Aplausos] iniciaremos Nossa cerimônia com
a entrega do prêmio de reconhecimento acadêmico em Direitos Humanos Unicamp Instituto Vladimir Herzog 2022 ao nosso palestrante Ailton krenak [Aplausos] escritor jornalista ambientalista e Líder indígena é Doutora noris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora Comendador da ordem de mérito cultural da presidência da república ativista do movimento sócio ambiental e de defesa dos direitos indígenas organizador da Aliança dos povos da floresta que reúne comunidades ribeirinhas indígenas na Amazônia é autor dos livros ideias para gerar o fim do mundo a vida não é útil e futuro ancestral e também é considerado uma das maiores lideranças
do movimento indígena brasileiro reconhecido internacionalmente nosso ilustre convidado foi homenageado com o plano de reconhecimento acadêmico em Direitos Humanos Unicamp instituto brasileiro este prêmio é uma iniciativa da Unicamp e busca valorizar pesquisas comprometidas com a vida digna e nível de graduação mestrado e doutorado em todas as áreas do conhecimento e realizadas em instituições incentiva a criação e a difusão de conhecimentos que contribuem para a proteção e a promoção de dignidade da vida e de todas as formas de existência a premiação também prever homenagear aqueles que se destacam para o fortalecimento dos direitos humanos na edição
passada aí o tão crinar que foi um dos homenageados por representar a luta das populações indígenas e por sua atuação como político e como intelectual convidamos ao palco a Professora Doutora Josiane que a professora do Instituto do departamento de história do Instituto de Filosofia e ciências humanas coordenadora do Observatório de Direitos Humanos da Unicamp e neste ato representando a comissão organizadora do reconhecimento acadêmico em Direitos Humanos para realizar a entrega do troféu ao nosso homenageado e para convidamos agora ao palco será Ailton krenak Nossa homenageado palestrante do dia [Aplausos] [Música] [Aplausos] comprimento o reitor Tom
Zé é e a professora Sônia Regina da cal Seixas em nome dos dois toda a mesa cumprimento todos todas todas que estão aqui presentes e aqueles que estão no YouTube É uma honra imensa Entregar pessoalmente esse esse prêmio e eu já avisei a todos que vou desmaiar mas antes disso pretendo ler brevemente algumas algumas palavras aqui vai me segurar certo a homenagem que tem uma honra de conferir a trenaque resulta do Propósito coletivo desta Universidade ao instituir uma política de direitos humanos como princípio transversal de suas ações sabendo da importância da pesquisa para esta universidade
em parceria com uma instituição essencial na defesa dos Direitos Humanos instituímos o prêmio de reconhecimento acadêmico em Direitos Humanos Unicamp Instituto Vladimir que elege anualmente pesquisas comprometidas com a vida digna em todas as áreas do conhecimento o pra DH Como chamamos está em sua terceira Edição e já comprova o potencial transformador que toda a pesquisa acadêmica pode assumir convido a saber mais sobre o prath e a quem é pesquisador alinhar-se com os seus princípios visitando o site da diretoria executiva de direitos humanos é o buscador conta para vocês coloquem lá direitos humanos e Unicamp e
ele encontra para vocês o site todo ano além de Pesquisas desenvolvidas nas instituições públicas de ensino e pesquisa no Estado de São Paulo o para DH elege três homenagens entre destacadas atuações em favor da dignidade da vida na segunda edição do prêmio a edição anterior a cerimônia de premiação ainda ocorreu de modo remoto e por isso só hoje o prêmio chega às mãos do krenak encontramos sinais e frutos de suas iniciativas em numerosos lugares seja denunciando as várias violências sobre o mesmo corpo o corpo indígena seja compartilhando sua aguda crítica aos valores da sociedade capitalista
que nos conduzem continuamente A negação da vida alienação do ser humano sobre seu próprio lugar no mundo em suas próprias palavras aqui licença praticitar eu acho que como o indivíduos temos cada vez menos margens para atuar sobre esse colapso parece-me que ele vai exigir cada vez mais medidas coletivas colaborativas e vai se tornar uma jornada de afirmação da capacidade de colaboração e de atuar de maneira cooperativa talvez essas palavras pudessem ser entendidas como uma tradução do prêmio e uma tradução da política de direitos humanos que é Unicamp abraça isso tá no livro no tremor do
mundo é pela potência transformadora de cada uma de suas ações a Unicamp e o Instituto enorme satisfação e entregar aí então Alves Lacerda um prêmio de reconhecimento acadêmico em direitos humanos [Aplausos] a gente vê isso [Aplausos] passaremos agora as atividades da mesa diretiva desta solenidade Aproveitamos a oportunidade para registrar também a presença da Professora Doutora Adriana Nunes Ferreira chefe de gabinete adjunta convidamos a usar a palavra Professora Doutora Sônia Regina da cal Seixas presidente da Comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental da Unicamp Bom dia a todos todas e todos é eu tinha imaginado
uma coisa diferente né mas a emoção é muito grande então eu já peço desculpa se por acaso eu der alguma rateada na minha fala porque eu tô extremamente emocionada por estarmos aqui hoje bom e além do meu bom dia eu Saúdo a mesa que presente principalmente nas pessoas do professor Tom Zé Meireles nosso reitor e da professora Maria Luiza Moretti coordenadora geral da Universidade na qual eu complemento a todos e todos aqui presente na mesa a comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental cameja há mais jovem das sete comissões assessoras que compõem a diretoria
executiva de Direitos Humanos da Unicamp tem realizado um conjunto de ações desde sua Criação em 2020 através do trabalho e dedicação de seus 44 membros representantes de todos os segmentos da Unicamp docente pesquisadores pesquisadoras discentes de graduação de pós-graduação funcionários externos da sociedade civil vinculados ao tema com a missão nossa missão primordial é estimular e convidar a universidade a repensar seu compromisso com o presente seja na gestão de todos os seus processos seja na formação humana e produção de conhecimentos em todas as áreas centrados nas mudanças ecológicas e justiça ambiental vinculadas aos princípios dos direitos
humanos e da dignidade da vida assim é com imensa emoção que contamos Estamos aqui hoje para o lançamento da trilha de sustentabilidade que é um excelente exemplo de nossa atuação fruto de uma forte sólida parceria que está ocorrendo desde 2022 entre a escola de educação corporativa da Unicamp e edukof da diretoria executiva de planejamento integrado da Unicamp e da diretoria executiva de direitos humanos ddh através da nossa comissão kaneja a trilha de sustentabilidade procurará disseminar durante todo o ano de 2023 através de palestras vivências oficinas para toda a comunidade de temas fundamentais que são pesquisados
produzidos estudados aplicados dentro da nossa universidade cumprindo forte papel da universidade pública de mostrar a sociedade formas para enfrentar os grandes desafios sociais ambientais e econômicos que estão cada vez mais presentes não só no nosso país mas no planeta através do conceito de suas de sustentabilidade em suas diferentes abordagens críticas é possibilitará entendemos O que é emergência climática consumo sustentável soberania alimentar segurança energética e mobilidade sustentável Preparando o terreno para refletirmos sobre Nossas ações e compromissos individuais e coletivos com a sociedade enfim É uma honra e um privilégio o desenvolvimento desse projeto agradeço a todo
o grupo desses parceiros incríveis que não mediram esforços e me permito citar três colegas especialmente a Leila Ferreira que é a vice-presidente junto comigo a Raquel mudou do ddh e é o Mateus maquete da edukof é que na medida esforços e se dedicaram ativamente para esse o acontecimento desse evento hoje agradecemos ainda ao apoio Incondicional da Reitoria e da diretoria executiva de direitos humanos para a realização desse evento e desse projeto que tenhamos todos um excelente resultado de todas as nossas ações durante esse ano muito obrigada a todos e todas e todos [Aplausos] convidamos a
usar a palavra Professora Doutora Silvia Maria Santiago diretora executiva de Direitos Humanos da Unicamp Bom dia também a todos todas todos é aproveito para cumprimentar o reitor Professor Antônio José de Almeida Meireles querida professora Maria Luiza Moretti coordenadora geral dessa universidade em nome dos dois também aproveito para cumprimentar toda a mesa e também cumprimento especialmente nosso querido homenageado hoje o também Professor Ailton krenak muito obrigada pela presença bem eu também como a Sônia Tomou muito emocionada de ver essa esse auditório tão cheio e me lembro que estamos no ainda né no final de uma pandemia
mas já vacinados já de mãos dadas com a ciência podendo estar juntos podendo estar juntos em comunidade no dia de hoje então é uma emoção uma alegria né Para quem passou esses últimos três anos com muitas dificuldades então hoje é um dia por todos os motivos muito especial então É com grande alegria que estamos hoje nesse lançamento das importantes discussões formativas que as trilhas de sustentabilidade darão início hoje a diretoria executiva de direitos humanos tem foco especial nas discussões e preocupações tratadas pela comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental akameja e que se ampliam
para as outras seis comissões que tratam da diversidade étnico-racial da inclusão e participação dos povos indígenas com quem temos aprendido a cada dia o respeito ao cuidado de si e o respeito a toda a natureza também o acolhimento aos refugiados o respeito às questões de gênero e sexualidade acessibilidade àqueles portadores de alguma deficiência ou necessidade e o Observatório de direitos humanos com sua missão de formar para os direitos humanos e refletir sobre as iniquidades e injustiças na sociedade Essa é a ddh por hora todas as comissões apontam e propõem soluções que corrijam e ou mitigam
as iniquidades fruto das relações humanas de exploração do homem pelo homem e do homem da natureza pelo homem encerro agradecendo o esforço da camisa e da educort nesta empreitada desejando que as discussões formativas para além dos conceitos da sustentabilidade e dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU os ods possam avançar rever como convém as discussões universitárias que apontam para o mundo melhor ou seja um outro mundo que Estabeleça relações mais amorosas e de cuidado muito entre as pessoas e dessas com a natureza incorporar outros conceitos como da Preservação do que ainda aqui está e o
da Regeneração do que já não está que nossas práticas avancem para Constituição de comunidades fortes e defensoras da vida que nossas práticas avancem do simples e capturado termo da sustentabilidade para as ações concretas da Preservação das Nascentes da terra do ar dos animais e das plantas nos colocando nós humanos dentro como parte de todo mundo natural a natureza se expressa a natureza nos fala enchentes secas terremotos aumento da incidência de doenças como câncer no país e mesmo a ocorrência da covid-19 a natureza vem nos falando vamos aumentar nossa capacidade de ouvi-la vamos acompanhar com carinho
interesse e colaboração as trilhas da sustentabilidade para que a expansão necessária de conceitos de preservação e regeneração da natureza da vida também estejam em Pauta o mundo nos pede isso muito obrigado [Aplausos] convidamos a senhora a Talita dos Santos dalbelo coordenadora de sustentabilidade representando o professor Dr Douglas Galvão diretora executivo de planejamento integrado da Unicamp Bom dia também a mesa cumprimento os presentes aqui e os que estão virtualmente também gostaria de comentar Agora sim passamos alguns tempos alguns anos de pandemia e estamos passando talvez só no início dos tempos de emergência climática questão de habilidades
no cotidiano da Universidade não temos dúvida se aqui que a estrutura tomadores de decisão são formados para suas funções como líderes na economia no meio ambiente Nas questões relacionadas à sociedade é aqui que deve ser o espaço de aprendizado e troca de saberes acerca de inovações da resiliência dos Desafios dos 18 sustentável das sustentabilidade no ensino na pesquisa na extensão a construção e a aplicação desse conceito na gestão dos camping e no engajamento da comunidade é meta da Unicamp para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 20 30 da ONU a Unicamp está oficialmente
em busca da sustentabilidade dos seus Campos desde os anos 2000 quando iniciou-se uma busca por ideias de como seria uma política ambiental para a universidade Hoje em dia a pandemia sustentabilidade a qual representa da diretoria executiva de planejamento integrado explicita-se compromisso institucional com os elementos sustentável e o traz como visão de futuro para Unicamp através do planejamento da Concepção do monitoramento e da gestão de processos e projetos sustentáveis na comunidade acadêmica e no entorno já caminhamos um pouco nesse sentido temos alguns projetos que já estão em andamento como projeto dos corretoras ecológicos que é um
projeto que faz a conexão entre fragmentos de legislação existente dentro e fora do campo nós temos também o projeto da Rodrigues da sensibilidade busca concentrar e uma rubrica única todas as iniciativas voltadas para sustentabilidade no nosso campo e temos também os projetos relacionados à eficiência energética em objetivo de reduzir até 30% o consumo de energia já caminhamos um pouco nesse sentido mas ainda temos muita caminhada temos uma lista de desejos desejos que envolvem projetos e mobilidade ativa projetos e drenagem sustentável redução da geração de resíduos e apenas no início das caminhadas até agora enfrentamos uma
série de desafios e sabemos que os desafios que iremos enfrentar são ainda maiores mas temos a convicção de que esse é o caminho para Universidade do futuro então aguardamos todos vocês nos próximos eventos da sustentabilidade obrigado [Aplausos] convidamos a usar a palavra senhor Edson Lins coordenador da escola de educação corporativa da Unicamp e educop Bom dia todas as pessoas presentes aqui e eu acho que talvez seja um dos maiores públicos que se auditório já recebeu e representa fortemente um posicionamento da Unicamp a favor da vida ao receber aqui o crenac a Unicamp reafirma é toda
sua história né de comprometimento com uma sociedade melhor então eu cumprimento na pessoa do reitor [Música] especificamente cumprimento das frações Silvia e a Talita nós aqui representamos os pais nessa mesa brinquei com a Talita sobre isso mas eu preciso dizer que eu me sinto privilegiado porque quando eu assumir a do corte eu lembro das primeiras conversas com o reitor e com a Dra Maria Luiza e aí como diretrizes de gestão a recomendação foi a edukorg precisa continuar o trabalho que vem sendo feito mas precisa ampliar também para outros temas para outros formatos E aí lembro
na primeira conversa que Doutora Silvia também e o que tá acontecendo aqui hoje é um conjunto de esforço de várias áreas da universidade e também nos lança né Um Desafio porque se tem mais seis estâncias né a gente tem que fazer eventos como esse para cá pelo menos um para cada tema que tá envolvido aí nas nas comissões assessoras então fica um desafio aí e já estamos tentando né docinho e também quero registrar aqui a compreensão que a equipe da educort né que já estava lá é sob né compreender os novos desafios da edukof de
pensar assim na educação corporativa mas no sentido mais abrangente essa semana por exemplo eduk tá lidando junto dega com a questão das novas lei da nova lei das estações mas ela também tá tanto de um tema tão importante como esse que traz o trenack aqui e a equipe eu queria citar que já foi citado mas eu queria reiterar o Mateus e também movimentaram em nome do Eduardo corte esse acontecimento e a presença do grande Público aqui e de todas as homenagens alternack e só ficar nesse auditório nós temos que caminhar aí ampliar e continuar realizando
eventos dessa natureza e aí já foi citado aqui todo um tudo que faz parte então é agradecimentos aí a atual gestão pelo incentivo pelo apoio é pela integração que está havendo aí em várias áreas da Universidade caminho é esse a favor da vida muito obrigado [Aplausos] passamos a palavra Nossa coordenadora geral Professora Doutora Maria Luiza Bom dia a todas todos e todos aqui presentes eu confesso que emocionante estar aqui olhando para esse auditório ele antes de cumprimentar a mesa eu quero transmitir a minha emoção de ver essa essa esse auditório essa diversidade é sequidade essa
inserção de pessoas aqui presente que vieram nos homenagear homenagear essa universidade em especial homenagear ao professor Ailton krenak quero cumprimentar a nossa mesa diretiva que ao meu lado ao professor Tom Zé nosso reitor o senhor Edson Lins coordenador da escola dia de educação corporativa a professora Silva Santiago minha amiga querida De Tantas lutas antigas né E que sempre seguimos juntas né Silvia aqui desenvolve o trabalho maravilhoso o tempo da diretoria executiva de direitos humanos a professora né Regina presidente da Comissão assessora de mudança ecológica e justiça ambiental Parabéns professora pela por ter aceito essa comissão
e trazer o destino tão bonito a ela e a nossa querida Talita tal Belo que coordena a área de sustentabilidade da Pepe que veio representar seu diretor executivo professor Douglas comprimento meus amigos de Reitoria que presente Professor Donato Professor Adriana Professor Ivan Antônio e de mais colegas que trabalham comigo e trabalham na gestão estão sempre estão sempre juntos para melhorar e para esta sociedade maravilhosa que hoje eu vejo aqui em frente eu quero parabenizar a iniciativa todos os demais que me antecederam parabenizaram mas não é um parabéns é um parabéns que vem de dentro da
gente né porque nunca eu peço e confesso até pelos demais que não esperavamos tanta gente tantas pessoas tanta inclusão dentro desta deste lançamento da trilha de sustentabilidade e então isso me deixou bastante emocionada e ao mesmo tempo eu sinto a responsabilidade que essa universidade e seus dirigentes em especiais especial os aqui presente nessa mesa em desenvolver a trilha de sensibilidade e também trabalhar nas 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU né nesse sentido atual gestão ela tem essa trilha de trabalhar no desenvolvimento sustentável da universidade e ser também a Unicamp um laboratório de sucesso de
bons resultados para um para ensinar outras universidades ensinar outros alunos ensinar outros locais do mundo que é possível uma universidade como a nossa a gente também desenvolver a sensibilidade a universidade ela visando essa importância de sustentabilidade ela fez um investimento no total de 46,4 milhões de reais querendo por que que eu quero dizer com isso eu não gosto não sou da área dos números né mas isso mostra que é realidade então saiu do papel e virou uma realidade a universidade está investindo a sustentabilidade não só através do trabalho mas também fina tem um apoio financeiro
para esse trabalho queria destacar alguns trabalhos da nossa comunidade o plano de arborização da Unicamp da prefeitura três projetos da dep aqui presente eficiência energética corretores ecológicos da Unicamp o projeto de prevenção de resíduos da Faculdade de Tecnologia de Limeira então um outro canto nós temos em Limeira a política de acessibilidade na Unicamp da de eth acho que é toda esse trabalho fez com que a Universidade de Campinas também fosse premiada em um dos rankings de universidades sustentáveis pelo ranking o ranking métrico que chama you Green no entanto é preciso reconhecer que ainda estamos caminhando
nós temos ainda tempo pela frente projetos compromissos mas sem os projetos sem os compromissos e sem financiamento nós não vamos seguir à frente e É nesse sentido que a Unicamp se compromete eu queria deixar aqui caminhando já para o final uma especial homenagem ao professor Ailton crenaque que como o senhor pode notar Professor todos vieram homenageá-lo O senhor será e é um exemplo para nós da comunidade mas principalmente para esse jovens da nossa universidade que vieram em para homenagear Parabéns professor [Aplausos] e da nossa responsabilidade com esse jovens que estão aqui presentes que nós queremos
formá-los e que vocês tenham dentro da Universidade o acolhimento o aprendizado e que fiquem conosco até o encerramento de suas atividades e que levem daqui no seu nos seus corações sempre o símbolo da Unicamp queria deixar aqui fiquei pensando como que eu finalizaria meu retorno meu meu minha fala né com esse tema tão complexo mas aí sempre vem a mente alguma coisa do que a gente tem na mente né Aí lembrei desse verso e eu queria dedicar esse verso a todos aqui a todas a todos e é o professor Ailton que hoje duas representa em
termos de sensibilidade de sustentabilidade ganhador desse prêmio eu vou falar o verso debulhar o trigo recolher cada bago do Trigo forjar no trigo o milagre do pão e se fartar do pão Esse é o trecho de uma canção que se chama Cio da Terra de Chico Buarque na voz maravilhosa de Milton Nascimento muito obrigada um ótimo dia um ótimo encontro [Aplausos] convidamos agora a usar a palavra O Magnífico reitor da Unicamp Professor Doutor Antônio José de Almeida Meireles [Aplausos] eu tenho uma preferência por falar de pé então eu não resisti a manter essa preferência queria
começar a cumprimentando a mesa né Maria Luiza Sílvia Sônia o Edson e a Talita já aproveitar a oportunidade para cumprimentar a camisa de IDH adep aí do corp é por essa por esse evento e por marcar esse início de uma discussão é cada vez mais necessária na nossa instituição acho que isso também caracteriza uma coisa que eu gostaria como reitor de valorizar que é a própria atitude transversal do evento né envolvendo Várias Vários órgãos na universidade eu acho que tem sido uma característica que a gente gosta como administração de fortalecer essa ideia que a gente
precisa envolver o conjunto dos órgãos e da comunidade nesses Desafios que nós temos né Eu gostaria de cumprimentar muito Ailton né agradecer estar aqui fazer essa palestra para gente como instituição isso tem um significado muito importante né Talvez seja você a que melhor sintetize aspirações que nós temos como instituição né em várias áreas em particular nas áreas de direitos humanos na defesa do meio ambiente e na defesa dos direitos dos povos originais Então esse prêmio mais do que reconheceu o seu papel é de certa forma reconhecer o nosso compromisso com essas causas que são suas
causas né então eu gostaria de de valorizar isso a Unicamp é uma universidade que em vários momentos da sua história ela teve na Vanguarda de desafios né eu vivo nessa Universidade desde 1976 acompanhei a nossa luta pela democracia uma luta que tinha dois grandes momentos um momento que era fala dos seus intelectuais vamos lembrar recentemente homenageamos o professor Paulo Sérgio Pinheiro de papel essencial na Luta pelos direitos humanos e foi o professor dessa Universidade depois é professor da USP hoje é nosso homenageado né ocorreu aí recentemente tivemos um momento importante que foi a luta contra
a intervenção do governador da época que na Unicamp e ela foi uma luta que marcou o início de um grande movimento pela autonomia universitária que se concretizou no final da década de 80 hoje as três universidades de São Paulo São um exemplo de autonomia único no Brasil e provavelmente no mundo né e que também foi novamente uma conquista em que intelectuais e a nossa comunidade teve uma participação essencial na figura por exemplo do Professor Luiz Gonzaga de Melo belluz o que também será homenageada em breve com o título de professor emérito e que teve uma
participação intensa da nossa comunidade na garantia dessa desse direito né E que a gente está sempre defendendo aí da autonomia universitária teve outros momentos importantes é importante dizer que em ações muito específicas por exemplo década de 80 nós acho que devemos ter sido a primeira Universidade e o primeiro órgão público que criou um hospital da mulher né o caism é uma marca Histórica de reconhecimento das necessidades de um atendimento especial as mulheres nós tivemos sempre essa luta marcada dos Direitos Humanos com o desejo que essa luta fosse geral na Unicamp participou desde o início da
comunidade solidária foi extremamente importante no Fome Zero e no Bolsa Família na alimentação escolar eu destaca essas coisas para mostrar que em vários momentos a gente teve ligado a esse espírito que é o espírito de construir um país diferente uma civilização é melhor melhor né É de fato hoje mais do que nunca a gente tem a aspiração de ser como instituição uma das universidades brasileiras latino-americanas e mundiais que mais se destaque valorize o compromisso na defesa dos direitos humanos no sentido bastante amplo né a própria Constituição da de IDH na gestão anterior Marca um momento
disso e a própria constituição das várias comissões na diretoria executiva de direitos humanos marca a visão que a gente tem como algo que envolve vários aspectos da vida humana e esse é o compromisso que a gente quer manter e a realização dessa trilha de sustentabilidade é tem Esse aspecto necessário de transformar essas instituições que a gente criou esses compromissos que marcaram vários momentos da nossa história é transformar isso em algo que contamine completamente a nossa comunidade e que essa voz que seja das nossas gestões Mas também da comunidade Gere um impacto aí fora cada vez
mais significativo né esse compromisso no entanto tem desafios e eu gostaria só de pontuar dois aí que eu acho que são importantes do ponto de vista da visão que eu tenho de gestão né um primeiro é que a gente precisa realmente e a trilha pode cumprir esse papel mas é importante é que temos aqui o Ivan né nossa pró-reitoria de graduação que isso contamina os nossos cursos equipe da graduação né a gente precisa que isso comece a fazer parte integrante dos nossos cursos da formação dos nossos profissionais que faça parte integrante do conjunto das nossas
pesquisas e do conjunto das nossas atividades de extensão né é Um Desafio Isso é Um Desafio porque ao longo do tempo a tendência de nós no meio acadêmico é especialização né e as questões que a gente tá discutindo aqui elas obviamente envolvem aspectos específicos quando a gente pensa na significado que é estar reduzindo o nosso consumo energético interno é obviamente que isso envolve questões técnicas que são relevantes mas a gente tem que fazer com que isso também se junte a uma perspectiva geral o específico vai ganhar Se as pessoas tiverem em cada ação que a
gente realizar comprometido com esses ideais mais Gerais né dos Direitos Humanos vendo nesse sentido amplo Então acho que essa é um desafio para nós como comunidade para o conjunto dos nossos cursos por Conjunto das nossas atividades de pesquisa de extensão e não é uma algo fácil né combinar o específico e a perspectiva geral é Um Desafio no mundo acadêmico que hoje é extremamente especializado Então eu queria dizer que isso é um dos aspectos o outro que eu gostaria de mencionar e daí particularmente vendo na posição que a gente se coloca como reitor a gente é
obrigado a olhar a diversidade da Universidade né a nossa universidade é profundamente diversos hoje em dia isso é extremamente Positivo né a diversidade mais recente é a diversidade da incorporação das diferentes etnias a incorporação dos povos originários o retomar do papel que os estudantes de escolas públicas tinham na história já tiveram eu a minha história foi sempre estudar em escola pública quando estudei a maioria das pessoas que frequentar essa Universidade vinho de escola pública a gente tá retomando essa tradição mas a gente também tem uma diversidade de perspectivas políticas de perspectivas religiosas e não religiosas
né de interesses diversidade de Visões sobre o próprio papel da universidade O Grande Desafio nosso encarar uma universidade que está em transformação permanente transformação E essas transformações geram tensões Isso faz parte de qualquer processo de crescimento Qual é a Dose Certa disso né para nós avançarmos mas ao mesmo tempo conseguimos ter um intenso diálogo com as diferentes perspectivas e que isso seja capaz de elevar a maioria da nossa comunidade nessa direção eu tenho muita fé que a tradição democrática da Unicamp seja capaz de viabilizar isso mas cada um de nós aqui nessa sala seja a
administração seja a comunidade que de uma forma maravilhosa está preenchendo esse anfiteatro temos essa responsabilidade de estar sempre abertos e disponíveis a realizar as transformações mas conquistando as pessoas para essas transforma eu falo isso obviamente porque óleo esse processo de um lugar em particular mas queria que essa mensagem chegasse a cada um de vocês eu tenho muita convicção hoje em dia que nós temos uma oportunidade não só em termos da nossa instituição mas em termos do país de mudar a nossa história e o nosso papel com pessoas que formulam políticas que estão normalmente na Vanguarda
dessas atividades e as possibilidades que o Brasil de hoje oferecem são únicas agora isso depende de indivíduos de instituições e da nossa ação para construir essa trajetória que seja capaz de levar a maioria nessa direção e a gente conta com Aliados extremamente importantes quando a gente pensa que a Organização das Nações Unidas definiu 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e que todos eles são civilizatórios a gente tem hoje legitimidade inclusive para polinizar positivamente e com convencimento em aqueles que tem muita desconfiança dessa perspectiva a gente só vai construir esse futuro baseado no profundamente dialógico democrático e
essa é uma tradição da nossa universidade e eu espero que a gente seja capaz de construir isso aqui dentro e de contaminar a sociedade aí fora com esse espírito de transformação era essa mensagem que eu queria deixar parabenizar muito pelo evento parabenizar muito o Ailton né e dizer que é uma felicidade para nós Universidade poder entregar esse prêmio e ouvir as suas palavras muito obrigado pela atenção de vocês [Aplausos] encerramos a mesa de abertura desta solenidade agradecendo as autoridades que a compuseram e as convidando a tomar os seus lugares junto à plateia e agora convidamos
a subir ao palco o nosso palestrantes seja muito bem-vindo [Aplausos] Vamos tomar água bom dia bom dia bom dia bom dia bom dia eu vou ficar aqui sentado porque eu vou falar um tempinho extenso quase correspondente a todas cerimonial [Música] e eu não vou aguentar ficar em pé lá fazendo essa fala o tempo inteiro então eu vou ficar aqui vou ficar aqui segurando esse microfone sentadinho e o microfone eu pensei será que eu tô dando uma entrevista para televisão mas eu acho que eu estou mesmo tá gravando a nossa nosso encontro esse nosso encontro festivo
porque a maneira que vocês me saudaram aqui desde que eu cheguei eu me senti totalmente não num ambiente cheio de Palmas e agradeço sinceramente essa saudação estendida claramente há um momento que os nossos povos originários estão [Música] vivendo a realidade do Brasil eu sei que a minha presença provoca em vocês essa mesma reflexão nós estamos vivendo um momento no nosso país em que os povos indígenas que historicamente sempre foram maltratados institucionalmente passam a ser acolhidos pelas instituições no esforço e corrigir o racismo institucional aquele que historicamente segregou Esses povos como uma marca fundadora da nossa
nacionalidade e é claro que isso é muito importante ele está expresso naquela imagem do presidente Lula subindo a rampa do Planalto acompanhado do Chefe Raoni e de outras e outros sujeitos da nossa história que também sempre foram invisibilizados Então essas visibilidade ela é flagrante a visibilidade é flagrante e isso é maravilhoso porque a ocultação não é flagrante a ocultação ela dura 3 4 5 séculos e ninguém então se agora estão vendo viva a visibilidade dessa gente invisível eu quero saudar o nosso querido reitor [Música] o Tom Zé que de uma era resumida Ele nos disse
que essa Universidade assim como algumas outras com a irmãs dela decidiram fazer um gesto de empoderamento curativo Talvez não tenha ocorrido a eles assassinatos essa relação mas foi um gesto corporativo dessa Universidade encarar o estado brasileiro autoritário e reivindicar sua autonomia autonomia é isso se a gente tem a Universidade com autonomia significa que em algum momento Essa instituição teve o desejo de autonomia reivindicou autonomia e depois diante do compressor com alteridade com a disposição de enfrentar essa disposição de enfrentar é o que nos convoca o tempo inteiro a pensar onde estamos onde estamos então cumprimentar
a universidade na pessoa do nosso querido reitor e cumprimentar a comunidade na pessoa da professora Maria Luiza Maria Luiza Santiago é isso Maria Silvia Santiago eu estou com muitos nomes na minha cabeça mas a professora Silvia sabe que estou falando dela está relacionado isso com a condução que foi feita ao longo do período da pandemia desse processo que resultou na minha nomeação para esse prêmio de direitos humanos que me comove por estar relacionado com a memória livra de mim receber qualquer vinculação com a memória de Vladimir em Soccer honra uma pessoa de maneira Ampla então
gratidão viva esse lutador Vladimir Herzog a memória dele é a memória de um homem a memória de um sujeito desarmado que enfrentou a ditadura Às vezes a gente acha que a única maneira da gente enfrentar a violência é armado armando-se também Ainda bem que nós temos exemplos espalhados pela história que nos mostra que é possível também enfrentar tempos violento com poesia desarmado e com um pensamento plural com o pensamento corajoso e às vezes também com uma disposição para ouvir aquilo que é doloroso ouvir escuta aquilo que a gente não está acostumado a escutar e às
vezes você escuta tá assim um mal-estar e esse escutar é um exercício que eu tenho procurado fazer com mais frequência escutar e contraditóriamente é quando eu sou mais convocado a falar parece que quando a gente finalmente acha a bola e agradece a oportunidade de ficar quieto e falar nossa agora eu vou ficar quieto aí com você para você falar o tema que nós estamos em torno dele agora é um tema de uma gravidade tão radical que o último dirigente da república das reuniões a união das repúblicas soviéticas ou Gorbachev aquele que estava se despedindo daquele
modo de governar na Europa o Gorbachev disse antes da eco-92 ele disse O Mundo É Um Só a Terra é como uma canoa uma embarcação e ela já sofreu o primeiro dano se a gente não Despertar agora não vai ter mais o que fazer hora um estatisto um sujeito que tinha o poder político que ele tinha e que achava que era preciso convocar os outros para consertar a embarcação ele teve que declinar da arrogância de um cara muito poderoso seria como o presidente da China agora convidar os outros para pensar o que fazer com o
planeta então naquela época que o Gorbachev disse que nós estávamos começando a entrar pelo cano é ninguém prestou atenção teve a conferência do Rio de Janeiro a conferência do Rio de Janeiro foi como esse encontro nosso aqui foi um unanimidade foi uma maravilha só que o pessoal saiu da conferência do rio não fez nada E aí nós tivemos depois uma série de acordos tratados compromissos que são esses que estão sendo mencionados para vocês aqui como ods os objetivos de desenvolvimento do milênio inicialmente Essa ordem de S gente era um programa quase que vinculado exclusivamente as
grandes corporações globais era para serrar o dente delas como elas estavam com os dentes tudo os programas da ONU o esforço interno da ONU dessa super estrutura era de conter a violência corporativa que estava comendo o planeta nos termos que o gorbachó já tinha denunciado petróleo madeira água e comida a indústria alimentícia no planeta ela parece boazinha mas ela causa o mesmo dano que uma petroleira se você encontrar dois caras passaram em cima de uma Pinguela um eu dou uma petroleira e o outro tem Indústria de Alimentos Qual dos dois você jogaria lá embaixo Pense
nisso não vai achar que o cara da indústria de alimentos é bonzinho e o da petroleira é um capeta os dois fazem o mesmo serviço comem a terra ora você já ouviram que os nossos ancestrais ensinaram para a gente que a Terra é a nossa mãe nossa mãe Como eu posso ouvir conversar dialogar com alguém que quer predar esse organismo mãe predar e que diálogo a gente pode estabelecer como conversar não mas eu só cortei um pedaço da orelha da sua mãe não cortei o cabelo na verdade a hora que eu tava cortando o cabelo
aí a tesoura portão pedaço da orelha mas desculpa aí e a gente foi cortar um enquanto do tempo desculpa aí essa conversa corporativa ela foi se estendendo pelo planeta até o ponto em que a unir a ONU o Banco Mundial e até mesmo Organização Mundial da Saúde passaram a olhar para parece que os objetivos do desenvolvimento sustentável para O Terceiro Milênio não vai dar para cumprir Então vamos rever isso aí vamos ver o que que é o protocolo os protocolos vamos ver o que que a gente tirou da agenda de Paris vamos ver o que
que é o protocolo de Nagoya vamos ver o que são esses acordos a cópia 10 a copy 20 e eles viram gente que era tudo [Música] cheque sem fundo promissórias que ninguém saudou do ponto de vista ambiental o planeta virou Século 21 com risco de falência múltipla mas esses organismos que tem a função de manter a super estrutura funcionando assim como evitar guerras guerras como essas que estão acontecendo agora na Europa durante muito tempo gente a Europa não tinha guerra já haviam até tirado do Repertório a ideia de uma guerra interna na Europa guerra na
periferia do mundo na Europa não imagina a percepção dos finlandeses noruegueses Holandeses [Música] aquela confiança de que o estrago ia acontecer longe de casa desmoronou Hoje os líderes europeus não tem confiança nenhuma de que vai existir um futuro digamos assim seguro para a Europa separado do resto do mundo quer dizer eles estão começando a cair na real mas eles também não faziam concessão nenhuma nas conferências que eles iam nas reuniões lá de davos nessas conferências do clima não fazer concessão nenhuma porque nós chegamos a uma situação no mundo hoje que os grandes executivos mandam nos
países onde eles vivem agora com a crise na Europa Ficou claro que os grandes executivos grandes Milionários uma qualidade de gente eles governam os países governos países a gente pensava que a gente elegia os governos Agora nós estamos de cara com a situação em que quem elege o governo são as corporações quando nós nos fomos dentro de uma instituição de ciência a promover uma experiência corporativa quando nós trazemos para dentro da universidade uma escola de educação corporativa Será que nós estamos cientes de que nós vamos estar beirando a homologação de uma moto de governar o
mundo que é antidemocrático apesar da gente querer a democracia reivindicar a democracia a gente se rende a motos de operar que são corporativos e se tem uma coisa que é impossível é incompatível com a democracia gente é o poder corporativo [Aplausos] o dilema é como lidar com uma possibilidade que é humana porque foram comunidades humanas que produziram a experiência corporativa As instituições mais antigas que nós temos que tem a natureza corporativa gente são as igrejas as igrejas são corporativas o papa é o chefe de uma corporação católica global a outra a outra marca estruturante do
pensamento corporativo são as organizações militares aqueles aquele grupo de soldados Romanos aquela Legião que botava um escudo na frente e marchava em cima do mundo expandir as fronteiras de Roma ela era mobilizada por uma dinâmica corporativa ali não tem um soldado ali tem uma legião e já que a gente falou no Papa vocês de matriz cultural europeia sabe que a coisa mais parecida com Legião não é exatamente um grupo de soldados Então vamos pensar nisso corporações corporações religiosas corporações militares durante talvez dois mil anos a gente tenha sido governado por corporações sem saber o que
a gente era governado pela igreja católica e pelos militares fica aparecendo aquela história de Chapeuzinho Vermelho Chapeuzinho Vermelho tava indo pelo caminho hoje com o lobo encontrou com ela falei e aí onde você tá indo Ah tô levando um biscoito para vovozinha Ah mas espera aí eu vou junto com você então essa história da gente descobrir de uma hora para outra que tá andando no caminho com lobo não é legal quer ver veja bem a gente conviveu com uma narrativa abrangente do cristianismo do catolicismo do missionárioismo o Jesuítas chegaram aqui na praia dominaram Esse negócio
todo a gente conviveu com isso ninguém falou com a gente ó é uma corporação que chegou aí ele fala não é um padre Ele é legal as mesmas fortalezas que os Jesuítas construíram em Itanhaém Peruíbe todos os Foz de Rio e litoral nós elas tinham o esquema para hospedar os monges as freiras e também tinham a área que era filo armamentista com os canhões virados para todo lado é só vocês irem visitar as nossas cidades históricas vocês vão ver o canhão lá aí tem uma pergunta que qualquer criança podia fazer o que que religião e
canhão tem a ver além de rimar canhão religião além dessa rima de mau gosto a gente não perder a poesia além dessa rima de mau gosto canhão religião o que que essas duas coisas têm a ver uma com a outra elas são um modo de governar o mundo modo de governar o mundo nós chegamos no século 20 fazendo um elogio da técnica da indústria do Progresso do desenvolvimento E aí o espírito corporativo Ressurge aparece agora ele aparece numa coisa que eu só conheci lá naquela década de 70 quando o professor consegue já estava aqui em
76 eu conheci o projeto que dava status as empresas brasileiras que antes eram empresas familiares elas podiam agora virar S A sociedade anônima Eu acho que eu acho que eu e o reitor temos quase a mesma idade ele também Aprendeu o que que era uma sa quando já era rapaz em um grande s a sociedade anônima Olha eu não tinha nenhum engajamento com o mundo digamos acadêmico não iria tanto mas o dia que eu vi o jornal impresso escrito lei das SCA foi no governo Geisel por aí gás não mexe letras S.A eu falei que
isso o vírus corporativo estava chegando aqui com tudo agora uma família que tinha uma Lavoura de café que tinha sei lá um sítio que fazia qualquer outra coisa mesmo um garimpo ela deixava de ser possível pegar ela pelo pé porque agora ela era uma coisa corporativa uma sa você deve tá pensando não é mas o Ailton inventou de investigar o DNA das corporações achou a igreja depois da sua religião e finalmente as suas empresas familiares se transformando num monstrinho corporativo eu estou insistindo nesse tema porque no meu livro desta de ao fim do mundo eu
já disse que é super estrutura de governança do mundo ela é arbitrária E mesmo quando ela diz que é para a gente ser democrático ela não é e quando ela diz que é para a gente ser sustentável ela também não é então é como se fosse um pai abusador cretino que quando senta para tomar o café da manhã que é que as crianças fiquem todas educadas e gentis mas ele é um cretino que é o tipo de sociedade que a gente reproduz há séculos e que causa mal estar criticar mostrar que tá errado nós produzimos
um jeito errado de estar no mundo o jeito errado de estar no mundo se nós estamos de um jeito errado no corpo da Terra no planeta como que nós vamos fazer alguma coisa certa a gente só pode fazer a coisa certa se a gente tiver alcançado modo pelo menos próximo de certo de evitar o mundo de ocupar o mundo quando me dizem que é possível compatibilizar o modo errado de estar no mundo com jeito certo de fazer as coisas eu fico com dificuldade de entender Mas se a gente ocupa o mundo de uma maneira errada
como que nós vamos fazer a coisa certa toda vez que a gente fizer a coisa certa nós vamos ter algum problema nós vamos ter algum problema com o modo preocupado ao mundo eu tenho amigos que gostam de fazer agroecologia alguns desses amigos agroecologista eles conseguem sair daqui do Brasil e ir na Califórnia da Consultoria para milionários de como recuperar suas Áreas queimadas estragadas um deles não vou mais eu tô fazendo papel de bobo eu saio daqui vou lá ensinar aqueles caras a recuperar a terra deles e eles continuam predando o mundo inteiro então que o
quintal deles também se dane então é uma reação é natural de uma pessoa inteligente de dizer para que que eu vou continuar tentando fazer a coisa certa se organismo onde eu tô dentro dele opera de maneira errada o organismo que nós estamos dentro dele é a comunidade planetária que não conseguiu produzir Outra experiência Econômica se não o capitalismo se a gente não é capaz sequer de produzir uma alternativa ao capitalismo como é que nós vamos achar que a gente vai arrumar um modo diferente de estar no mundo é como um menino ou uma menina que
tá na faculdade fazendo Sei lá engenharia ou medicina quebrando a cabeça lá e quando ele é avaliado ele não consegue passar naqueles estreitos caminhos que implica nele produzir uma resposta satisfatória para uma maneira de atuar naquele campo que ele vai se formar seja um engenheiro um médico se ele conseguir chegar a resposta satisfatória Pronto ele é um engenheiro e ele é o médico mas ele não der uma resposta satisfatória não vai dar essa resposta satisfatória ela está condicionada gente ela está condicionada por uma epistemologia ela está condicionada por uma linguagem ela está condicionada por algum
mais ainda exigente ela está condicionada por um modo de estar no mundo se você está no mundo de um modo [Música] sistêmico que tudo está implicado Você vai bater a cabeça vai bater a cabeça vai bater a cabeça porque o organismo não quer essa implicação que já foi chamado de transversal sistêmico não quer que isso vingue não pode vingar eles não pode vingar porque a Organização Mundial da Saúde a Unesco a ONU o Banco Mundial são super estruturas junto com a otan para fazer funcionar o modo corporativo do planeta se você perguntar para um sujeito
que tem acento numa dessas super estruturas Será que nós temos outra maneira de operar no mundo ele vai dizer não cara não tem se a gente se distrair explode tudo porque a gente operou entrou na modernidade com essa fé cega no progresso e no desenvolvimento agora a gente tá armado até os dentes o planeta inteiro E tem dono se a gente não botar uma polícia para tomar conta desse negócio vai dar confusão quem é a polícia que vigia para Essa ordem global não virá uma confusão é uma associação invisível entre as corporações os governos regionais
e o capital eles estão encrencados feito uma granada tirar a tampinha explode então alguém pode vir aqui falar de trilhas da sustentabilidade com vocês e poupar vocês dessa visão terrível e dizer para vocês que na verdade nós podemos fazer melhor distribuição de renda Quem sabe a gente pode no caso da América do Sul América Latina bacia amazônica nos comprometer com uma governança é orientada pelo novo constitucionalismo latino-americano plure nacionalismo onde a gente para de brigar com Os argentinos peruano boliviano E começamos a cooperar o Lula quer fazer isso ele quer reativar o Mercosul ele quer
reativar todos os termos e contratos que transcendem essa Ridícula é divisão aqui na América do Sul tem uma moeda comum fazer as coisas todo mundo junto ele acredita que é possível fazer esse movimento Regional uma espécie assim de restauração do organismo desgraçado da América Latina onde as pessoas chegaram ao ponto de fazer piada uns com os outros e dizer que é melhor a gente contratar argentinos porque eles são mais doces eles são pobres e trabalham e voltam para casa agradecida enquanto que esses anos e nordestinos querem ficar na praia batendo tambor então o Lula foi
melhorar isso [Aplausos] regionalmente né pessoal vamos pensar assim ó Regional América do Sul os Andes é uma ideia que impulsiona impulsiona uma agenda de sustentabilidade aí você fala mais você não acabou de dizer que esse negócio é uma granada quando Nós pensamos o planeta quando nós Pensamos a terra nós estamos tão fragmentados globalmente que se alguém disser para vocês que é possível esboçar políticas globais de sustentabilidade essa pessoa é um mentiroso tá bom qualquer um a menos que eles estejam propondo uma coisa tipo aquela do cara da Tesla que quer vender robô para todo mundo
a única sustentabilidade que essa gente imagina é de todos nós guiados por robô uma vida urbanizada onde ninguém vai trabalhar mais e todo mundo vai ter uma renda para ficar brincando no aplicativo é um mundo Teletubbie aquele bichinho teletub assim só que eles não respondem como que essas pessoas vão morar comer e se cuidar ele não respondem porque isso não está previsto porque está previsto essas pessoas sumirem você não vai mais existir o mercado de trabalho você não vai existir mais a dinâmica do trabalho que que você vai fazer com 8 bilhões de pessoas vai
ficar todo mundo em casa assistindo televisão Claro que não a distopia produzida pelo progresso ela põe uma interrogação diante de nós que é muito séria quando foi lido um citado um texto meu falando sobre a maneira de nós estarmos no mundo com indivíduos inviáveis ela abre a possibilidade da gente estar no mundo como coletivos solidários implicados uns com outros ao ponto da gente não saber viver sozinho seria quase que um paradoxo nós todos fomos ensinados a viver sozinho tem 200 300 anos de Cultura principalmente europeia centrados na Europa que ensinou as pessoas a serem sujeito
um sujeito tem um sujeito muito ilustre da cultura acadêmica uma espécie de pai das universidades que começou dizendo penso eu penso existe penso logo existo árvore não pensa Floresta não pensa montanha não pensa em rios não pensam um passarinho não pensa uma onça não pensa Fiquei sabendo que uma onça voltou para casa por aqui tocamos então gato não pensa mas a peste do homo sapiens pensa só a peste do homo sapiens tudo que o planeta produziu em quatro bilhões de anos não pensa dinossauro não pensa aliás é por isso que ele morreu coitado tem um
monte de gente também que não pensa coitado mas esse sapiens principalmente pensa quando ele tem as condições materiais para se impor ao mundo aí ele pensa mesmo porque ele pensa como vou comer a terra e se a Terra é Nossa mãe a gente tinha que dizer para o sapiens Que tal a gente desaparecer com você aí no outro livrinho a vida não é útil eu disse a vida não é útil e as pessoas disseram mas a gente tá saindo de uma pandemia apavorante e você vem e fala com a gente que a vida não é
útil eu falei olha útil é um aspirador de pó no liquidificador uma geladeira um fogão um carro é tudo útil a vida não a vida é uma fruição a vida é uma dança cósmica é uma experiência tão maravilhosa que nos confunde com aquilo que acontece entre a lagarta e a borboleta eu tenho diálogo com um filósofo chamado Emanuelle Cotia o Emanuelle me disse e mostrou num passeio dele no Jardim Botânico lá na Itália acho que foi em Milão ele viu uma lagarta comendo folhas aquele mandruvá aquele que fica comendo um monte de folha e incrível
porque no instante aquele carinha comeu quase que um arbusto inteiro comeu comeu comeu ele disse esse sujeito é um feixe de estômago que a única coisa que ele faz é comer fecho de estômago Ele come come ele não sabe que ele vai ser uma borboleta Então eu fico imaginando uma parábola sobre nós que nós somos aquela lagarta comendo a folha mas nós não sabemos que a gente podia ser borboleta esse fenômeno que o Emanuelle demonstra da lagarta o casulo a borboleta Ele disse que nós na verdade humanos Independente de forem indígenas negros brancos quem seja
essa humanidade nós somos organismos da terra Assim Como a lagarta Assim Como a minhoca nós somos essa bobagem de Pensa logo existo é um equívoco nós somos e muitos desses organismos que a gente não respeita e não conhece eles pensam através de nós aqueles organismos que o descarte achou que não pensa pensam e eles pensam através de nós nós somos a lagarta a minha pergunta para não cansar vocês é quanto mais vocês querem comer [Aplausos] [Música] bom pessoal depois dessa aula magnífica dessa inspiração o crenac vai responder algumas perguntas Então eu preciso de ajuda para
poder acompanhar e passar a palavra para ele bom quem se manifesta por favor você pode é Raquel obrigada por favor estudante indígena engenharia elétrica da Unicamp mais uma vez aí obrigado é por tá Dividindo o mesmo espaço [Música] Eu costumo sempre trazer na memória o movimento da constituinte na assembleia nacional da constituinte Né desde o seu discurso sobre de como a gente vive da nossa forma de olhar o mundo se relacionar com a natureza mas acredito que eu queria fazer né provocar uma mensagem na verdade duas né sobre aquele jovem né Cheio de energia estava
ali De certa forma falando para o mundo não só né entendendo que aquela incidência era importante para colocar na carta rege na Constituição aqueles dois artigos né 231232 E aquele movimento da União das Nações Unidas da União das Nações de povos indígenas que foi criado por vocês são grandes lideranças que a gente tem até hoje na memória e que realmente faz com que a gente pense sobre do qual é importante estar dentro da universidade para tentar dar continuidade a todo isso qual seria a mensagem para aquele jovem cheio de energia que entendeu que é de
certa forma aquela incidência teria que ser algo que marcasse não só a história do Brasil mas que de certa forma colocou um direito de certa forma foi desrespeitado muitas vezes eu queria que [Música] o Airton drenagem com toda a sua diferença de hoje o que que ele falaria para aquele jovem e qual a mensagem daquele momento né a gente já trabalhava a gente não vocês já trabalhava o tema do meio ambiente que ninguém faltava isso naquela época e hoje é muito pautado com vários nomes sustentabilidade né entre outros é mas no seu discurso você já
chamava Atenção para isso então trazer um conselho para aquele jovem e para todo mundo que tá aqui mais do que isso né trazer uma mensagem para os indígenas estudantes é presente hoje na Unicamp no segundo momento a gente entende que se mobilizar se organizar seria uma forma também de fazer incidência no estado né de ir lá temos o modelo da nossa consciência que é estado democrático direito né Então a partir de lá no nosso na nossa primeira conversa sobre pensar o Enem no encontro nacional dos Estudantes indígenas que era a nossa reflexão sobre o estado
democrático de direito né Mas qual estado que a gente quer né ele precisa trazer isso e pensar de certa forma Qual estado o estado que sempre desrespeitou né os nossos direitos sobre democracia a democracia que sempre deixou a nossas faltas nas periferias do debate e o direito né os direitos sempre foram violados e a partir disso fazendo essas perguntas a gente vê a necessidade de criar a união puro nacional dos Estudantes indígenas para pautar exatamente Ou até confrontar eu diria o estado democrático de direito eu fiquei muito feliz quando você falou sobre né o movimento
nacional que a gente defende como Bandeira política como movimento estudantil E para finalizar né eu pergunto se a gente tá como estudantes dando sequência Estamos no caminho certo e de como a gente pode trazer evidência por nacionalismo que a nossa identidade política como movimento estudantil indígena além da nossas bandeiras de luta que são as políticas de acesso permanência e formação dos Estudantes indígenas nas Universidade é isso obrigado obrigada agradeço muito Parente você refletir sobre esses últimos 30 40 anos de tangenciamento da vida indígena ao que a gente chama de direitos democracia estado brasileiro porque há
40 anos atrás o objetivo do estado brasileiro era desaparecer com os povos indígenas a PUC fez um evento muito importante naquela naquele período 76 78 onde reuniu quase que todo mundo né o professor Lucas Vidal Manuela Carneiro da Cunha a USP a Unicamp todo mundo para dizer não há um projeto que o final da ditadura tinha para os índios que chamava emancipação então a linha se a gente tivesse de emancipado lá a gente nem existia mais então assim Às vezes as palavras são Traiçoeiras né O que que o que que sugere a ideia emancipação a
gente virar agora alcançamos a emancipação feminina que é isso aí emancipação indígena no discurso estatal emancipação indígena era arrancar Debaixo dos Nossos Pés os direitos territoriais aniquilar a diversidade cultural acabar com a possibilidade de falar uma língua materna quer dizer a gente ia ser incinerado ele chamavam isso de emancipação a gente teve que lutar contra essa coisa com esse nome tão simpático mas com o objetivo então é corrosivo então é olhar o que está atrás das palavras dos enunciados Às vezes a gente fala se a nossa juventude for para a universidade se projetarem no meio
da sociedade não indígena eles vão fortalecer a estratégia digamos étnica originária isso pode ser um engano lá nos Estados Unidos desde a década de 40 50 que os indígenas estão dentro das instituições dentro das Universidades dentro de tudo mas comparativamente os nossos parentes da América do Norte Eles olham para nós dizendo Nossa a gente já foi igual a eles a gente entrou pelo Cano a gente não tem terra a gente tem muita grana Mas a gente não sabe comer dinheiro vocês meus amigos queridos não indígena para não ficar um monólogo aqui você já prestaram atenção
na situação dos índios que vivem na América do Norte eles perderam tudo os Estados Unidos tomou tudo deles mas deu para ele ficar tão corporativo Então olha bem como é que a coisa é complexa se teve um dia que eu achei que era bons jovens indígenas disputar um lugar de representatividade no meio da universidade em alguns no campo da arte eu me pergunto como vocês mesmo se É a coisa certa porque a razão que nos distingue a ideia mesmo que ela seja uma ideia arbitrária de que tem uma diferença no nosso modo de ver o
mundo e de estar no mundo dos Colonos que vieram para cá para o continente americano nesse caso aqui colônia todo mundo tá inclusive os afrodescendentes porque eles vieram para cá a força mas eles são uma força Colonial não sei se alguém já alertou para isso os nossos irmãos que vieram da África trazidos algemados e amarrados para cá a partir do momento em que ele se associaram involuntariamente ao modo de produção capitalista eles colonizaram ajudar o branco colonizar esse território indígena dá para entender isso é difícil eu não sei o que que o Abdias do Nascimento
ia falar disso ou mesmo [Música] não pensei no Professor Milton Campos Milton Santos o geógrafo talvez o Professor [Música] Milton Santos concordasse comigo porque ele tinha uma ideia sobre globalização que é bem próximo dessa ideia crítica que eu tenho em torno da ideia de global globalização nós estamos imersos na globalização independente da gente querer ou não não adianta esperar a gente vai espernear mas está dentro da globalização a globalização ela lembra aquele texto que o Viveiros de Castro lançou antes da pandemia que tinha um título de involuntários da Pátria involuntários da Pátria quer dizer se
o sujeito é involuntário o que que ele vai fazer é compulsório né é involuntário aí você tá fazendo aí não sei tô aqui dentro Então muitos de nós está dentro sem saber o que está fazendo lá são os involuntários da Pátria quando a gente pensa em termos regionais locais é isso mas quando a gente pensa em termo Global hoje a economia do mundo é uma só tem alguém que chama ela de necrocapitalismo porque ela já deu metástase mas a gente quer operar lá dentro como se fosse um cirurgião uma inteligência artificial consertando o negócio por
dentro Mas já deu metástase como integrar isso na nossa perspectiva Sana Sana no sentido saúde eu tenho ouvido muita gente falar o bem vivir sou uma calçai um modo indígena de estar no mundo eu pergunto para isso é preciso ter mundo não é isso porque você pode ter um modo incrível de estar no mundo mas você olha o mundo acabou parece a piada do mineiro que faz pão de queijo você chega no café lá meninas e pergunta ou tem pão de queijo aí ele fala tem mas acabou se acabou não tem nós estamos falando destentabilidade
no mundo que tá pelas beiradas então sustentabilidade nesses termos aqui seria um difícil equilíbrio entre o razoável impossível se você está hospedado na casa do professor e ver um aviso na parede dizendo se você deixar a toalha em cima da pia nós vamos trocar roupa de cama se você deixar ela pendurada significa que você vai usar ela mais uma vez a gente fala eu não preciso trocar de toalha toda vez que eu tomo um banho então vou economizar água certo aí você sai dali se sentindo engajado no esforço sustentabilidade E alguém falou aí você quer
um carro para te levar não eu vou de bicicleta Você já fez um ato educativo lá atrás agora você tá de bicicleta não sujou a toalha andou de bicicleta tá ficando sustentável mas espera aí que você tá usando Ah esse tênis a indústria agora planetária ela pega o tênis velho e [Música] em países pobres Nossa então ele tá juntando Direitos Humanos sustentabilidade meio ambiente ele tá praticamente sustentável tem uma grande marca de tênis por aí eu não vou pedir para minha amiga contar como é que foi uma coisa mas ela me contou que uma grande
marca de tênis lançou uma campanha de sustentabilidade Global porque ela vem de tênis para o mundo inteiro só que no Brasil e era para as pessoas entregar o tênis passa o tênis aí e aí eles pegava aquele tênis e botava ele de volta na trilha sustentabilidade fazendo quadras esportiva para meninos pobres não ficando pistas deslizantes na Índia para pessoas que tinham que fazer exercício em lugares duros de roer então foram amaciando o mundo com aquele tênis só que uma jornalista muito indecente e curiosa enfiou o chip do solado do tênis aquela doa para campanha e
acompanhou o destino do seu lado falado nunca foi para lugar nenhum ele foi para um outro tênis que foi vendido de novo quer dizer essa Corporação fabricante de tênis descobriu uma maneira de vender o mesmo tênis duas vezes que coisa chocante antes ela vendia quando ela não era sustentável ela vendia um tênis você comprava um tênis era um agora que ela ficou sustentável Ela Vem de um e você paga dois olha basta raciocinar para a gente ver que a equação entre o que a vida e a natureza e a terra nos dá e o que
a gente saca tá desigual [Aplausos] alguém diz Ah então a gente não vai fazer nada vamos ficar por aqui deixa quebrar tudo não é por isso que nós estamos aqui dialogando nós estamos opondo ideias e pontos de vista o ponto então eu não fui convidado para vir aqui fazer uma propaganda do programa que se inaugura trilhas da sustentabilidade mas eu vim provocar vocês a olhar por dentro esse organismo e ver se ele tem alguma coisa lá dentro que a gente podia pensar como restaurador desse tecido machucado que a nossa confiança na ciência na democracia no
Exercício da vida que não seja o tempo inteiro bloqueado por essa poderosa máquina de fazer dinheiro que é incrível gente incrível a capacidade de reprodução do capitalismo é uma droga tão Alucinante é pior do que o craque porque o cara consegue sair do crack mas o cara não consegue sair do capitalismo Olha a professora Conceição Evaristo disse o seguinte se você fizer uma pesquisa com opinião comum com senso comum perguntando para eles O que é mais fácil acabar o mundo ou acabar o capitalismo ela disse eles vão dizer que é mais fácil acabar o mundo
porque eles não conseguem pensar o mundo sem o capitalismo o Davi copional ianomami disse que nós inventamos a sociedade da mercadoria o ser humano e óleo fala aquilo lá é a sociedade da mercadoria eles estão pagando com a vida por não pertencer a sociedade da mercadoria se você não pertence a sociedade da mercadoria meu filho você tá morto detrito lixo resido se a gente se a gente não pertencer a sociedade da mercadoria não ser resíduo desse mundo corporativo que eu já apresentei para vocês aqui em vários instantes como uma máquina de comissão do mundo esse
é uma expressão do poeta Carlos Drummond de Andrade que eu costumo invocar como um escudo invisível quando eu tô diante de uma situação meio esquisita eu penso nesse poeta que nasceu no mesmo Vale do Rio Doce onde eu nasci ele nasceu bem antes de mim e que passou a vida inteira dizendo que estavam comendo a Itabira dele e que tinha uma montanha que era o Pico do Cauê que se inverteu e virou um buraco do Cauê tem o livro dos Miguel terminou a vida numa tristeza sem cor porque ele não conseguia mais voltar para cidade
dele porque agora a cidade dele era só um retrato na parede Isso é uma frase de um poema do Drummond Itabira não há mais Itabira é só um retrato na parede você Já pensaram que tristeza você dizer minha casa minha terra não há mais só um retrato na parede é uma desilusão falava isso esse tá valendo ainda a poesia a gente deveria pensar ora Será que a gente ainda tem tempo de fazer alguma coisa para não terminarmos as nossas existências numa tristeza de quem tem 70% de Ferro nas almas 90% de Serra de Ferro nas
calçadas é um lugar onde você vive onde a calçada e a alma já estão carregadas de Ferro uma das commodities que o Brasil mais exporta minério nós somos exportadores de montanhas eu costumo dizer tão provérbio que diferente de muitos provérbios que são educativos parece que ele nos deseduca é um provérbio que diz se Maomé não vai à montanha A montanha vai a Maomé Alguém conhece esse provérbio é só eu que conheço Então vamos lá se Maomé não vai à montanha piso repetido exaustivamente durante uns 100 anos vai naturalizar que a montanha tem que ir para
o Maomé naturaliza mas não veio a montanha vai e às vezes a montanha vai e não fica nada no lugar da montanha Se a gente fosse pensar nos termos de compensação compensação financeira Justiça ambiental vamos aqui citar o nosso programa de Justiça ambiental Ora xandental que legal que tem justiça ambiental e como que a gente vai fazer um ato reparatório no caso das montanhas que já foram que que a gente faz dá um dinheiro para os caras que ficaram no buraco tampa o buraco faz um prédio no buraco E se a gente fizer um conjunto
de prédios no buraco me distribui apartamento com todo mundo Será que é um ato reparatório do buraco a gente podia inaugurar uma narrativa que dizia no começo era o buraco então fizeram um conjunto de edifícios incríveis e distribuíram com as pessoas e acabou o buraco isso seria um ato reparatório nos termos da Justiça ambiental gente porque a gente faz Justiça ambiental Então tem que dar pelo menos um exemplo eu moro num buraco ele se chama médio Rio Doce é a extensão de 630 km de um rio que foi avassalado pela lama de três grandes corporações
a bhp billington que tem sede lá em Londres a Vale do Rio Doce que nasceu com o nome roubado do nosso Vale do Rio Doce e que no meio do caminho vendo que estava fazendo a coisa errada tirou [Música] o sobrenome e ficou só com o prenome vale mas você não tem sobrenome mas ela nasceu no Rio Doce comeu no Rio Doce virou um monstro no rio doce e mudou de nome Vale do Aço Vale do Aço Vale do Aço que mania né tem o Vale do Silício tem um Vale do Aço se a gente
seguir desse jeito nós vamos acabar comendo então gente é importante a as narrativas Como diz Aquela nossa querida shimama manda diz o mundo que tem uma história só está fadado ao desaparecimento o mundo que tem uma narrativa só está fadado ao desaparecimento a gente tem uma narrativa só a nossa narrativa se chama Ordem e Progresso desenvolvimento crescimento não tem outra não não tem então o decreto é tá falido vai acabar o crie em outras narrativas ou vamos todos entrar pelo cano alguns amigos meus que me conheceram quando era jovem Fala comigo nossa Aílton Você tá
ficando muito amargo você fica falando com a gente que a gente já pretou o planeta você escreveu um livro idéias para tirar o fim do mundo depois escrever um outro que a vida não é útil Ainda bem que agora você escreveu um que dá um alento que é futura ancestral como é que a gente faz para fazer uma viagem de conhecimento onde alguém constata que o mundo tá indo em direção errada identifica que essa direção é errada foi estabelecida por nós acharmos que a vida é útil quer dizer por um valor equivocado que a gente
tem então a gente tem um valor equivocado e leva a nave no Home errado mas que a gente pode restabelecer um sensível vínculo com a nossa memória com a memória dos nossos povos e nos alimentado essa memória que eu chamo de futura ancestral que não é uma mitologia é uma experiência sensível que nos possibilita expandir a nossa subjetividade sair dessa coisa maníaca de reprodução do capitalismo e imaginar outras possibilidades de mundo principalmente depois da pandemia Parece que todo mundo ficou muito pouco imaginativo parece que estão agradecidos de não ter todo mundo morrido e esse tipo
de gratidão é subalterna a gente tem que ficar de pé diante da vida a vida gosta de desafiar a gente como diz Guimarães Rosa a vida gosta de desafiar a gente então a gente tem que falar com ela então vem para vida [Aplausos] não não não é gente eu sei que todo mundo a gente quer ficar aqui ouvindo o krenak a tarde inteira né só que agora a gente vai ouvir a Marcela que é representante do coletivo ayu acadêmicas indígenas o uirapuru Cadê a Marcela por favor Marcela você não estava pronto Eu convido todos os
indígenas para subir aqui junto comigo Bom dia a todos eu eu primeiramente gostaria de agradecer a sua presença Airton estamos muito gratas meu nome é movati sou pertenço o povo ticona do Amazonas e sou estudante do iar sou a única mulher indígena do meu curso e por muito tempo fui a única pessoa indígena da música e eu queria deixar uma mensagem para que a gente possa ampliar as cotas indígenas para estudantes e professores indígenas presentes cada vez mais [Aplausos] tô nervosa um pouquinho mas a gente ouvir na nossa liderança né Sempre é um aprendizado e
eu ficava ali pensando né porque acho quebrou um pouco protocolo para gente não ficar silenciado né não a voz indígenas aqui presente nesse buraco não ficar silenciado mas aí a gente tá fazendo um evento que é o primeiro encontro dessa acadêmicas indígenas que começou dia 8 e termina dia 10 hoje às 14 horas no Teatro de Arena já ficou com convite estendido para todos e todas e todos principalmente e eu ficava pensando nas palavras que a nossa liderança estava falando né como que eu vou vir aqui falar para nossa voz não ficar silenciada se meus
parentes estão chegando né no vestibular indígena estão sem moradia é como que eu vou falar tá aqui sendo que alguns de nós não estão aqui porque estão atrás da moradia como que eu vou falar de assunto sustentabilidade se a gente não consegue cuidar dos Guardiões né nas Floresta desses biomas e eu acabei esquecendo me apresentava eu sou Marcela do Povo panquearu nordestina com muito orgulho para que bater no meu mar a cá [Aplausos] né e pedindo né que antes de fazer o vestibular indígena conhecer o contexto porque a gente se prepara para estar aqui dentro
se organiza e pede que a universidade também se organiza para nos receber para receber os indígenas para receber os quilombolas né [Aplausos] E aí eu vou ler uma carta que o coletivo da acadêmicos escreveu para o evento um pouquinho nervosa então são gaguejar me perdoe chama Ainda bem que a gente é coletivo então eu não consigo fazer nada sozinha né Sempre tem o meu povo nossos povos aqui indígenas estamos a diversidade carta das indígenas acadêmicas o uirapuru somos raízes e a cura da terra mulheres biomas coletivo dos indígenas acadêmicas Uirapuru de Campinas é um movimento
coletivo ancestral criado e constituído por indígenas de seres biomas Amazônia Caatinga Cerrado Pantanal Mata Atlântica e Pampa coletivo vem com a necessidade de viabilizar e discutir Nossa protagonismo saúde moradia bolsa permanência e é claro nossas vozes não só dentro da Universidade como fora dela cada um mais de nós é importante pois apresentamos cada bioma estamos aqui interligadas animais e nem menos importante junto Estamos numa só somos um só Guardiões de nossas biomas desde do chão da Aldeia a aldeia desde o chão da Aldeia ao chão do mundo somos diversas somos avós mães filhas e netas
está em uma universidade é um ato de coragem e que traz muita responsabilidade imagina para quem vem de longe cada um trazendo sua história seu contexto muitas mães né pai de família e às vezes chega aqui e se depara com uma outra situação mas enfim [Música] vocês não estão só e não andam Só enquanto tivermos umas as outras nós falas que vierem Antes de nós nós por nós e pelas que virão o encontro precisa olhar conhecer e se preparar para receber essas mulheres esses homens essas crianças que também trazemos que são sementes e precisam de
cuidados para Florescer estamos aqui para reflorestar essa Universidade com nossos saberes ancestrais informamos que os nossos corpos são sagrados e deve ser respeitado dentro dele carregamos o nosso sagrado e geramos vidas é o nosso primeiro território jamais pode ser violado e silenciado somos a mãe desse Pindorama Somos Filhos da ventania somos mulheres biomas somos luta e resistência cura raízes somos mobilizadas somos mulheres trazendo os nossos saberes e vozes ancestrais somos a continuação de muitas e muitos somos a luta pela vida somos a mãe Terra somos corpo território somos indígenas acadêmicas do uirapuru eu fiz um
breve resumo para se prolongar [Aplausos] a gente vai cantar um Toré um grande festividade [Música] nasceu um galo cantou o dia nasceu quem chegou aqui agora quem chegou fui eu quem chegou aqui agora [Música] [Música] [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Aplausos] um dois três indígenas presentes nunca mais o meu encanto e sem nós muito obrigada as acadêmicas indígenas da Unicamp Parabéns Muito obrigada a todos e todas e todos presentes até agora e está considerado finalizado o nosso grande evento agradecemos muitíssimo bom nem tenho palavras para agradecer ao Ailton krenak pela sua fala [Aplausos] [Música]
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