[Música] imagine um homem que desde a juventude recusava-se a aceitar a passagem do tempo chamava-se Adrian Valente um renomado alquimista do século X Adrian dedicou sua vida a uma busca insaciável pela imortalidade inspirado por lendas de fontes da Juventude e elixires da vida eterna ele sacrificou tudo riqueza relacionamentos e até sua saúde mental Adrian acreditava que a permanência era possível que o ser humano podia vencer a natureza e moldar o tempo à sua vontade durante décadas ele trabalhou em um laboratório escuro cercado por manuscritos antigos e substâncias químicas perigosas seus experimentos eram tão audaciosos quanto
insanos desde a tentativa de capturar A Essência Vital de plantas e animais até a criação de Poções que prometiam rejuvenecer o corpo mas o tempo Implacável não se comu com sua ambição Adrian envelheceu e sua obsessão pela imortalidade tornou-se seu maior tormento Ele viveu até os 78 anos um feito notável para sua época mas morreu consumido pela angú de não ter conseguido deter a única verdade absoluta da vida a mudança seus últimos escritos revelaram uma reflexão profunda e perturbadora passei toda a minha existência tentando ser eterno mas esqueci que a eternidade não é para os
homens O que é feito no tempo não pode fugir do tempo essa história nos convida a uma pergunta essencial por é tão difícil que a permanência é uma ilusão agora Vamos explorar essa questão a partir de diferentes perspectivas no primeiro capítulo mergulharemos na psicologia entendendo como nossa mente lida com a ideia de mudança mortalidade o que nos faz resistir tanto a impermanência a resistência à mudança é uma característica intrínseca da mente humana profundamente enraizada em nosso instinto de sobrevivência psicólogos e neurocientistas apontam que nossa aversão a impermanência surge de um desejo primordial segurança o cérebro
humano é programado para buscar estabilidade padrões e previsibilidade pois isso nos ajuda a evitar ameaças e a conservar energia Adrian Valente em sua busca pela imortalidade exemplifica um mecanismo psicológico conhecido como aversão a perda segundo Daniel ceman ganhador do prêmio Nobel de Economia os seres humanos sentem mais intensamente o impacto de uma perda do que o prazer de um ganho equivalente no caso de Adrian a percepção de que o tempo roubaria sua Juventude e vitalidade tornou-se um gatilho emocional para sua obsessão outro aspecto relevante é a dissonância cognitiva um conceito cunhado por Leon festinger quando
acreditamos em algo que contradiz nossa realidade o cérebro entra em um estado de desconforto Adrian acreditava na possibilidade de imortalidade mas seu corpo envelhecia dia após dia para aliviar essa tensão ele mergulhou em uma busca interminável por soluções externas ignorando a natureza inevitável da mudança estudos modernos reforçam como nossa relação com a impermanência afeta nossa saúde mental uma pesquisa publicada no Journal of positive psycholog destaca que indivíduos que aceitam a transitoriedade da vida tendem a relatar níveis mais elevados de bem-estar e Menor incidência de transtornos como ansiedade e prão isso ocorre porque aceitar a mudança
nos permite focar no presente enquanto a resistência cria um ciclo de expectativas irreais e frustrações Adrian também reflete outro fenômeno psicológico a ilusão de controle esse conceito popularizado pelo psicólogo Julian rotter sugere que as pessoas acreditam poder controlar eventos controláveis para reduzir sua ansiedade A Busca Pela imortalidade de Adrian não era apenas uma tentativa de escapar da Morte mas também uma tentativa de controlar o que está além do alcance humano Por que somos tão resistentes à ideia de mudança talvez porque ela nos força a confrontar a fragilidade de nossa existência como Adrian muitos de nós
passamos a vida construindo castelos de areia na tentativa de congelar o tempo esquecendo que a verdadeira Liberdade está em aceitar sua fluidez no entanto o que acontece no nível do cérebro quando enfrentamos a impermanência como a neurociência explica essa batalha interna A Busca Pela permanência tão Evidente na história de Adrian Valente encontra explicações mais profundas na neurociência nosso cérebro uma máquina fascinante de adaptação e sobrevivência é paradoxalmente também resistente à própria ideia de mudança essa dualidade entre adaptação e aversão define muito do nosso comportamento diante da transitoriedade da vida o cérebro humano opera em grande
parte por meio de padrões ele busca Constância para economizar energia formando rotinas e hábitos que ajudam a simplificar a vida diária essa preferência por padrões é mediada pelo córtex pré-frontal responsável pelo planejamento e pela tomada de decisões no caso de Adrian a fixação na ideia de imortalidade pode ser vista como uma tentativa de seu cérebro de criar uma narrativa estável em um mundo caótico curios o cérebro também tende a criar a ilusão de permanência uma armadilha cognitiva em que acreditamos que as coisas permanecerão as mesmas mesmo diante de evidências contrárias Essa ilusão é uma forma
de autoproteção como mostram estudos de pesquisadores da Universidade de Harvard que indicam que a previsibilidade reduza a ativação da amídala a área do cérebro associada ao Med e a ansiedade apesar de nossa resistência o cérebro tem uma capacidade incrível de se adaptar a neuroplasticidade essa habilidade permite que ele reorganize suas conexões em resposta a novas experiências e desafios no entanto essa adaptação exige esforço consciente Adrian ao resistir à mudança travou um conflito interno que impediu seu cérebro de se ajustar e aceitar a inevitabilidade da impermanência pesquisas publicadas no Nature neuroscience sugerem que a aceitação da
mudança ativa áreas do cérebro relacionadas ao aprendizado como o hipocampo e o córtex cingulado anterior Isso demonstra que ao invés de lutar contra a transitoriedade abraçá-la pode nos tornar mais resilientes e criativos a busca incessante de Adrian pela imortalidade também pode ser explicada pelo papel da dopamina o neurotransmissor associado ao prazer e a recompensa a cada Nova Descoberta ou técnica que parecia prolongar sua vida Adrian experimentava Picos de dopamina reforçando sua obsessão no entanto como mostram estudos de Ana L autora de dopamine Nation esse ciclo de busca por Recompensas externas pode levar a um estado
de insatisfação crônica conhecido como défice de dopamina por trás da busca de Adrian estava o medo da morte que ativa a amígdala e o sistema límbico desencadeando uma resposta de luta ou fuga esse medo profundamente enraizado em nossa biologia é uma reação evolutiva Projetada para garantir nossas sobrevivência no entanto em um mundo onde a morte é inevitável essa reação pode se transformar em ansiedade existencial como a que Adrian vivenciou Adrian não estava apenas lutando contra o tempo ele estava lutando contra sua própria biologia o cérebro humano embora altamente adaptável ainda é uma máquina propensa a
resistir àquilo que não pode controlar mas o que os grandes pensadores da filosofia têm a dizer sobre essa luta contra a impermanência como Adrian Valente pode ser comparado a figuras históricas que enfrentaram questões semelhantes a luta de Adrian Valente contra a transitoriedade da vida é um reflexo de um dilema humano que atravessa os séculos Como lidar com a inevitabilidade da mudança e da Morte diversos filósofos de diferentes tradições enfrentaram essa questão fundamental cada um oferecendo perspectivas únicas que ressoam com a história de Adrian Heráclito o filósofo pré-socrático afirmou que ninguém entra no mesmo Rio duas
vezes para ele a mudança era o princípio fundamental da realidade o rio embora pareça o mesmo está em constante movimento e assim é a vida Adrian ao tentar cristalizar sua existência ignorava a essência fluida da realidade descrita por Heráclito Heráclito também nos lembra que a luta contra a mudança é em si inútil ele acreditava que o conflito e a transformação eram forças naturais e necessárias para o equilíbrio do Cosmos Adrian ao resistir à mudança tornou-se paradoxalmente o maior causador de sua própria angústia os estóicos particularmente ceca ofereciam uma visão prática para lidar com a impermanência
em suas Cartas a Lucílio ceca escreveu a vida não é curta mas nós a tornamos assim desperdiça para os estóicos o foco deveria estar no presente e naquilo que está sob nosso controle aceitando o que não podemos mudar com serenidade AD a filosofia estóica poderia ter encontrado Paz ao aceitar a finitude de sua existência em vez disso sua recusa em aceitar a mortalidade o afastou do presente condenando-o a uma vida de inquietação no budismo a impermanência ou a Nica é um dos três selos da existência sidarta gutama o Buda ensinou que o sofrimento surge do
apego especialmente ao que é Adrian ao se apegar à ideia de imortalidade perpetuou o seu próprio sofrimento incapaz de perceber que a libertação reside na aceitação da mudança o budismo também nos ensina que a aceitação da impermanência pode ser uma fonte de profunda Liberdade quando deixamos de lutar contra o inevitável podemos viver de forma mais autêntica e significativa algo que Adri alcançar Friedrich n em sua teoria do Eterno Retorno desafia-nos a viver de tal forma que se tivéssemos que repetir nossas vidas infinitamente não mudaríamos nada esse conceito Exige uma aceitação radical da vida como ela
é com todas as suas mudanças e imperfeições Adrian ao contrário vivia uma vida voltada para o futuro incapaz de encontrar significado no momento presente a história de Adrian nos mostra que a tentativa de Resistir à mudança é em última análise uma negação da própria essência da vida a filosofia nos oferece um caminho para transcender esse medo não ao evitar a impermanência mas ao abraçá-la como uma parte inevitável e bela de nossa existência mas como essa luta se manifesta na vida cotidiana como a mudança afeta não apenas indivíduos como Adrian mas todos nós a história de
Adrian Valente não é apenas uma narrativa sobre um homem específico mas um espelho que reflete a luta Universal contra a transitoriedade da vida no cotidiano todos enfrentamos em diferentes graus o mesmo dilema como lidar com o fato de que nada permanece igual no trabalho relações pessoais ou mesmo em nossos hábitos muitas vezes nos apegamos a aquilo que é familiar queremos que o emprego do sonhos seja eterno que os amigos nunca mudem que os momentos felizes durem para sempre no entanto a realidade insiste em nos lembrar que tudo está em constante transformação Adrian em sua busca
pela imortalidade ecoa o comportamento de quem resiste a mudanças no dia a dia a promoção que nunca chega a amizade que esfria a saúde que declina cada uma dessas experiências nos confronta com a impermanência e nossas reações frustração negação ou aceitação determinam como vivemos o apego aos resultados as pessoas ou as situações é um dos principais obstáculos para a paz de espírito como o budismo ensina o sofrimento nasce do apego imagine alguém que como Adrian tenta manter tudo sob controle o trabalho os relacionamentos até mesmo o tempo essa tentativa de controle absoluto não só é
impossível mas também exaustiva e destrutiva um estudo publicado no Journal of Happiness studies revelou que pessoas que aceitam a mudança como parte inevitável da vida tendem a ser mais resilientes e satisfeitas essas pessoas compreendem que o fluxo da vida não pode ser interrompido apenas vivido as relações humanas são um campo fértil para entendermos a impermanência amores que começam intensamente podem acabar amizades podem se distanciar e até mesmo laços familiares mudam com o tempo aceitar a mudança nas relações não significa abandonar o afeto mas aprender a apreciá-lo no presente sem a ilusão de que será eterno
na história de Adrian sua incapacidade de aceitar a mutabilidade das relações foi um reflexo de sua luta interna contra o tempo muitas pessoas hoje vivem algo semelhante idealizam relacionamentos perfeitos e eternos apenas para se desiludir quando a realidade não corresponde à fantasia no mundo moderno o sucesso é frequentemente associado a estabilidade o emprego perfeito o carro dos sonhos A Casa Ideal mas a realidade é que o sucesso é tão transitório Quanto qualquer outro aspecto da vida os desafios no trabalho as mudanças no mercado e até mesmo O esgotamento pessoal nos lembram constantemente que nada é
permanente é Adrian ao buscar a eternidade ignorava que a verdadeira realização está em Navegar pelas ondas da mudança não em tentar detê-las embora a mudança possa ser desconfortável ela também é uma oportunidade a impermanência nos permite evoluir aprender e crescer sem ela ficaríamos presos em ciclos estagnados incapazes de nos Reinventar nunca viu a mudança como uma aliada mas ela pode ser exatamente isso no dia a dia aceitar a impermanência nos liberta do medo e nos permite viver com mais autenticidade a vida de Adrian Valente é um lembrete de que enquanto resistirmos à mudança seremos prisioneiros
de uma ilusão mas ao aceitar que a permanência é apenas um mito podemos uma liberdade Inesperada O que resta então quando tudo muda talvez a resposta não esteja em lutar contra o tempo mas em aprender a caminhar com ele sabendo que cada passo por mais breve que seja tem seu valor h