O Que Aconteceu com os NFTs? | Elementar Investiga

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Video Transcript:
Esse é um Bored Ape. No ano de 2022 eles eram a última moda entre celebridades, que estavam  desembolsando milhões de dólares para ter um desses macacos digitais. Neymar, Stephen Curry e  Justin Bieber foram alguns deles.
Isto nada mais é do que um NFT. Non-Fungible Token, é um tipo  de token que representa a propriedade exclusiva de um item único, seja ele digital ou físico. Se você não entendeu nada, você não está sozinho, e eu vou te mostrar exatamente o que eles  são nesse vídeo.
Mas só pra te dar uma ideia, os NFTs foram a grande febre do mundo digital em  2021 e 22, quando em 28 de agosto de 2022 o preço médio dessas “imagens” de macacos atingiu  um pico de 243 mil dólares na cotação da época. O que antes era uma febre, agora parece  estar esfriando, porque em 21 abril de 2024, o preço havia caído para cerca de 47  mil dólares, uma queda de 80%, fazendo com que as celebridades perdessem muito dinheiro. Mas por que esses macacos digitais não valem mais nada?
E como mesmo a tecnologia sendo bastante  útil, acabou sendo usada da pior maneira possível? Antes de responder isso, vamos  entender o que de fato é um NFT. Em 2009, Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin,  foi a primeira vez que alguém fez uma moeda que funcionasse totalmente online, sem precisar  de um banco ou governo para controlá-la.
Mas sua grande sacada não foi essa moeda digital, e  sim a tecnologia por trás dela, a blockchain. Blockchain nada mais é do que um grande banco de  dados público, contendo o histórico de todas as transações realizadas. No mundo real, quando  você compra um pão na padaria com seu cartão de crédito, o sistema do cartão atua como um  intermediário, verificando se você tem dinheiro suficiente e, então, transferindo o pagamento para  a padaria.
Esse processo envolve várias partes, como bancos e operadoras de cartão. A blockchain  funciona de uma forma diferente do cartão, como se todos que usam a tecnologia pudessem confirmar  sua compra num grande livro de registros que todos conseguem ver, mas ninguém pode alterar ou apagar  nada. Quando você for de fato pagar pelo pão, as transações anteriores são verificadas  na blockchain de modo a assegurar que os mesmos bitcoins que estão pagando pelo pão  agora não tenham sido previamente gastos em outra coisa.
Na prática ela registra  todas as suas transações anteriores, incluindo quando você adquiriu a criptomoeda que  agora vai pagar pelo pão e todas as compras depois da padaria. Se você gastar todo o dinheiro que  adquiriu lá no início, as transações não vão mais ser aprovadas. Ou seja, a rede global composta  de milhares de usuários é o intermediário.
A blockchain do Bitcoin foi a primeira a ser  criada e tem como principal objetivo servir como um sistema de dinheiro digital peer-to-peer. Ela  simplesmente permite a transferência de bitcoins entre os usuários. Peer-to-peer é um termo que  descreve a capacidade de compartilhar arquivos, dados ou informações diretamente  entre cada usuário, ou “peer”, sem a necessidade de um servidor central ou  intermediário, como um banco, por exemplo.
A grande diferença entre o método tradicional  por cartão e a blockchain, é que na blockchain, a transação é validada por uma rede de  computadores e disponibilizada em um registro público compartilhado, o que pode oferecer maior  segurança e transparência, mas também enfrenta limitações, já que possui um número menor de  transações processadas por hora se comparado aos sistemas de cartão de crédito. O Bitcoin consegue processar apenas 7 transações por segundo. Em sistemas de  pagamento eletrônico mais tradicionais, o PayPal consegue processar uma média  de 193 transações por segundo e a Visa, uma das maiores redes de pagamento do mundo,  tem capacidade de 24 mil transações por segundo.
Mas com a blockchain, dá para fazer  várias coisas além do dinheiro digital. Por exemplo, as "moedas coloridas" As"moedas coloridas" podem ser usadas para representar ações de uma empresa. Cada token  colorido representa uma parte da empresa, e os proprietários desses tokens têm direitos  similares aos acionistas tradicionais, como receber dividendos, por exemplo.
Isso  facilita a negociação de ações em plataformas digitais sem a necessidade de intermediários. Mas as “moedas coloridas” são limitadas pelas funcionalidades e pelo espaço de dados  disponíveis na blockchain do Bitcoin, que não foi originalmente projetada  para suportar tokens complexos. Isso porque, pra funcionar, elas utilizam o modelo  Unspent Transaction Outputs, algo como Saídas de Transação Não Gastas, da sigla UTXO.
Nesse modelo,  cada transação de Bitcoin gera novos 'outputs' ou saídas que não foram gastas, que representam  quantidades de Bitcoin disponíveis para serem usadas em transações futuras. As moedas coloridas  aproveitam esses outputs para associar Bitcoins específicos a ativos externos, como propriedades  ou ações, marcando-os com informações adicionais que indicam o que eles representam. Esse sistema  permite que ativos sejam negociados e gerenciados diretamente na blockchain do Bitcoin. 
Quando Zezinho compra 1 BTC de Joãozinho, Joãozinho envia esse BTC para o endereço de  Zezinho na blockchain. Esta transação cria um novo UTXO que agora está sob controle de Zezinho,  representando o 1 BTC que ele acabou de adquirir, e aí sim Zezinho pode optar por colorir esse  UTXO, usando um protocolo de coloração de moedas, para associá-lo a um ativo específico. Mas existem outras blockchains que não a do Bitcoin.
O Ethereum é uma delas,  onde a moeda nativa é chamada de Ether. Blockchains como o Ethereum  operam de maneira diferente, usando um modelo baseado em contas, não em  UTXOs. Neste modelo, o estado das contas, incluindo saldos e outras informações, é  atualizado diretamente com cada transação, sem a necessidade de gerar UTXOs.
Este sistema se  assemelha, de forma geral, às contas em um banco, mas com a diferença crucial de ser totalmente  descentralizado e transparente. Ao contrário do modelo UTXO utilizado no Bitcoin, que é  ideal para a criação de moedas coloridas, a tokenização no Ethereum é realizada por meio  de contratos inteligentes. A rede do Ethereum permite que qualquer pessoa escreva contratos  inteligentes onde eles podem criar suas próprias regras arbitrárias para propriedade e formatos  de transação, as executando automaticamente caso as condições e critérios sejam atendidos.
Ao contrário das moedas coloridas do Bitcoin, que são limitadas pela falta de suporte  nativo a lógicas complexas de contratos, os contratos inteligentes do Ethereum permitem a  criação de tokens que podem representar qualquer coisa, desde uma obra de arte digital até  propriedades imobiliárias ou ações de empresas. Mas é aqui que a coisa fica interessante. A  maneira mais comum para representar ativos do mundo real em blockchains é na forma de tokens  baseados em Ethereum Request for Comments ou ERC.
Em portugês é algo como "Solicitação de  Comentários do Ethereum", e são documentos técnicos que definem padrões de programação na  rede Ethereum, ajudando a padronizar como os aplicativos descentralizados interagem entre si.  Os tokens mais utilizados são o ERC20 para tokens fungíveis e o ERC721 para tokens não fungíveis.  O termo “Não fungível" faz referência a algo que é único e não pode ser substituído por  outra coisa idêntica.
Isso significa que cada token tem características específicas que  tornam ele diferente de qualquer outro token. O artigo 85 do Código Civil Brasileiro  diz que “São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma  espécie, qualidade e quantidade. ”.
Por exemplo, uma nota de R$20 é fungível porque  pode ser trocada por outra nota de R$20 sem perda de valor. Ambas têm o mesmo valor e função. Claro  que estamos falando no contexto econômico, o valor de duas notas de R$20 é considerado o mesmo,  independentemente dos seus números de série, tornando elas fungíveis.
Isso significa que  para propósitos de troca e valor monetário, uma nota de R$20 pode ser substituída  por outra sem qualquer perda de valor. Mas vamos pegar como exemplo esses bonés da  Mercedes. Em 2016 quando essa foto foi tirada os bonés eram idênticos e um poderia facilmente  ser substituído pelo outro sem perda de valor ou função.
Porém, 8 anos depois, eles já possuem  características de uso e marcas completamente diferentes, tanto que o boné que era  do meu pai e que ele me deu depois, permaneceu praticamente sem uso por 5 anos  enquanto eu usei praticamente todos os dias o meu, e isso torna cada um deles único, não podendo mais  serem substituídos sem perda de valor ou função. E um dos usos mais populares dos NFTs é na  arte digital. Artistas podem criar uma obra digital e tokenizá-la como uma NFT, garantindo  que ela seja única.
O comprador dessa NFT tem a garantia de que possui uma "edição" original  ou limitada da obra, o que pode incluir direitos exclus ivos, como exibição ou revenda. Mas como exatamente? Bora pro exemplo.
Digamos que você decide transformar uma  de suas obras em um NFT na plataforma Ethereum. Você primeiro precisa ter Ether  (ETH) disponível em sua carteira digital, que é essencial para cobrir as taxas de transação.  Você se registra em um marketplace de NFTs como o OpenSea, que usa contratos inteligentes  para gerenciar a criação e a venda de NFTs, conecta sua carteira ao site, e faz o upload  de sua obra de arte.
No marketplace mesmo você realiza algo chamado de cunhagem do NFT. Isso  nada mais é do que o processo de transformar um arquivo digital em um ativo digital registrado  e verificável na blockchain, estabelecendo a propriedade e autenticidade do ativo digital. O contrato inteligente registra esses detalhes na blockchain do Ethereum,  garantindo que a obra digital seja transformada em um token único e não replicável.
Após cunhar sua NFT, você pode escolher colocar para venda diretamente ou através de um leilão,  ambos gerenciados pelo contrato inteligente, que facilita a transação e garante a  execução segura das regras definidas. Quando um comprador decide comprar o NFT,  ele envia o pagamento em ETH ao contrato. O contrato inteligente automaticamente verifica o  pagamento, transfere o valor para a sua carteira, e move a propriedade do NFT para a carteira do  comprador.
Todas essas etapas são registradas de forma transparente e imutável na blockchain. Este processo não apenas facilita a venda de arte digital de maneira segura, mas também emprega  contratos inteligentes para garantir que todas as transações sejam executadas conforme as regras  estabelecidas, proporcionando autenticidade e propriedade exclusiva ao comprador sobre o NFT  adquirido. Contratos inteligentes são essenciais nesse processo, pois automatizam as transações,  reduzem a necessidade de intermediários e aumentam a confiança entre as partes envolvidas.
As NFTs são únicas porque elas tornam itens digitais, como arte ou música, exclusivos na  internet. Se você tem um NFT, você é o único dono daquela versão específica do item digital, algo  que não dá para copiar ou substituir. Isso faz dos NFTs uma maneira especial de possuir coisas  na internet, dando valor único a itens digitais.
Toda essa tecnologia muda a forma como  pensamos sobre a propriedade e coleção digital, tornando possível coletar, exibir ou  vender itens digitais como se fossem físicos. Só que os NFTs não foram muito notados  quando surgiram entre 2012 e 2013, mesmo se utilizando da mesma tecnologia do bitcoin. O primeiro NFT reconhecido, o "Quantum", foi criado em 2014 na blockchain Namecoin. 
Contudo, foi só com a Ethereum em 2017, que os NFTs ganharam mais popularidade. CryptoPunks são uma coleção de 10. 000 personagens colecionáveis digitais únicos. 
Cada punk é um retrato em estilo 8-bit de 24x24 pixels com um conjunto único de atributos  e traços. Inicialmente, eles eram gratuitos para qualquer pessoa com uma carteira Ethereum, exceto  pelo custo nominal de cunhagem. Em 2021, durante a explosão dos NFTs, os CryptoPunks tiveram um  aumento significativo em seu valor de mercado, com alguns sendo vendidos por dezenas de milhões  de dólares.
Eles foram um dos primeiros projetos de tokens não fungíveis e abriram caminho  para outras coleções de NFTs bem-sucedidas, como CryptoKitties, CrypToadz  e, claro, Bored Ape Yacht Club. A Ethereum popularizou as NFTs,  por isso quando se fala em NFT, o valor atrelado é em Ether, e a partir daí  a coisa começou a sair um pouco do controle. Mike Winkelmann, conhecido profissionalmente como  Beeple, é um artista gráfico e animador americano que se tornou uma das figuras mais notáveis  no mundo dos NFTs.
A história dele no mundo NFT atingiu um ponto interessante em março de  2021, quando sua obra "Everydays: The First 5000 Days" foi vendida por $69,3 milhões na casa  de leilões Christie's. Esse foi o momento em que o martelo foi batido. Esta venda não só  quebrou recordes para arte digital e NFTs, mas também colocou Beeple entre os três artistas  vivos mais valiosos em termos de uma única obra vendida em leilão.
"Everydays: The First 5000  Days" é uma montagem de todas as obras que ele aderiram à onda dos NFTs, lançando coleções  próprias, inclusive de obras de arte digital. Mas o mercado de NFTs não se limitou a artes:  memes, músicas, jogos, royalties e até tweets foram tokenizados e vendidos como NFTs. Por exemplo, o primeiro tweet do ex-diretor executivo do Twitter, Jack Dorsey, foi vendido  por $2,9 milhões como NFT.
A mensagem dizia: “Apenas configurando meu Twitter”. O gif Nyan Cat foi vendido por 580 mil dólares. Porém nada chamou mais a atenção do  público do que esses macacos estilosos, que à primeira vista parecem simpáticos, mas  que na minha modesta opinião, com o tempo se transformaram em algo ridículo.
A história é a seguinte: Em abril de 2021 era lançado o “Bored Ape Yacht  Club”, que nada mais é do que uma coleção de NFTs. Cada NFT na coleção é uma imagem digital única de  um macaco entediado, ou Bored Ape no inglês, com diferentes acessórios. A coleção foi criada pela  Yuga Labs e rapidamente se tornou uma das séries de NFTs mais populares e valiosas do mercado.
O Bored Ape Yacht Club começou com 10. 000 NFTs de macacos exclusivamente desenhados, cada  um gerado algoritmicamente a partir de mais de 170 possíveis traços, incluindo expressões  faciais, acessórios de cabeça, roupas e outros. Além de possuir a arte digital, os  compradores dos Bored Apes se tornaram membros de um "clube" exclusivo, com acesso a  eventos, mercadorias e benefícios adicionais.
Madonna, Stephen Curry e Justin Bieber entraram na  onda dos NFTs. Até o Neymar entrou e torrou algo em torno de 6 milhões de reais em 2 Bored Apes. Só que muitos começaram a se perguntar o porquê de gastar milhões em algo tão inútil. 
Afinal é uma imagem digital que eu posso baixar ou tirar um print. Que valor tem isso? ?
Era o início de uma grande bolha especulativa. Então, como os NFTs foram de  investimento pra chacota da década? O vídeo a seguir mostra Paris Hilton e  Jimmy Fallon interagindo numa entrevista, Paris fala sobre sua NFT e a audiência aplaude. 
(inserção do vídeo a partir dos 4:26) Em seguida, Fallon mostra a sua NFT. Esse vídeo não envelheceu muito bem. Em Setembro de 2023, a dappGambl lançou  um relatório usando dados do NFT Scan analisando mais de 73 mil coleções de NFTs.
Incríveis 95%  deles hoje tem um valor de mercado de 0 Ether, o que significa que mais de 23 milhões de  pessoas agora possuem investimentos sem valor - se é que dá pra chamar de investimento. O entusiasmo em torno dos NFTs atingiu o pico na alta do mercado em 2021/22, com quase 2,8  bilhões de dólares em volume de negociação mensal registrado em agosto de 2021. Nesse período, os  NFTs capturaram a imaginação coletiva em todo o mundo, com diversos relatos de negociações de  milhões de dólares por ativos NFTs.
As pessoas, e especialmente os famosos, tavam empolgadas  com esse novo tipo de ativo online, e algo semelhante a uma corrida do ouro parecia começar. Mas as coisas não foram bem assim e a oferta de NFTs simplesmente superou significativamente a  demanda. A risada de Keanu Reeves ainda em 2021 diz tudo, ele reagia a uma pergunta  sobre o que ele achava das NFTs.
O mesmo jornal que anunciou que 22 bilhões  de dólares foram “investidos” no mercado de NFTs em 2021, menos de 2 anos depois  noticiou que 23 milhões de pessoas perderam todo o dinheiro investido. Em 2023, 69 mil das 73 mil coleções de NFTs que existiam no mundo, ou seja,  94% delas tinham zero valor de mercado. Um Justin Bieber, ou Neymar da  vida perder dinheiro é uma coisa, mas imagina um cidadão comum que gastou dinheiro  nesses macacos como um investimento, incentivado por pessoas como Jimmy Fallon, Paris Hilton  e Madonna?
As celebridades foram processadas e segundo o processo, elas venderam os tokens  não fungíveis sem divulgar que são investidores da empresa por trás dos NFTs, a Yuga Labs. Um cidadão comum que foi incentivado por eles a comprar a NFT perdeu muito dinheiro, e  ninguém gosta de perder dinheiro, nem em NFTs, nem em investimentos e muito menos em impostos e  taxas quando vai viajar pro exterior, e é por isso que a NOMAD é a patrocinadora desse vídeo, por que  na conta global da NOMAD você só paga 1,1% de IOF, ao contrário dos cartões de crédito que cobram  4,38%, e usando o valor do dólar comercial, que é bem mais barato que o dólar  turismo, das casas de câmbio. O saldo é em Dólar, assim você tem o  seu dinheiro em uma moeda forte sem se preocupar com a desvalorização do real.
Além disso, a conta da Nomad é aceita em mais de 180 países, o que significa que  você não vai ter que se preocupar se seu cartão vai ser aceito fora do Brasil ou pior,  ter a surpresa de ver a taxa salgada que foi cobrada de câmbio quando chegar a fatura, quando é  feita uma conversão automática para outras moedas. O melhor de tudo é que você consegue  abrir uma conta na Nomad agora mesmo, sentado da sua casa e com seus documentos  brasileiros, usando o seu celular - e é sem taxa de abertura, manutenção ou anuidade. Pra adicionar saldo na conta, é só você fazer um Pix da sua conta atual pra conta da Nomad, daí  é só converter o saldo em reais, para dólares em poucos cliques e o dólar já é convertido em  minutos e Então abrindo agora sua conta na Nomad, você pode ir guardando dinheiro pra viajar já  em dólar, ou até mesmo investir no exterior, sem corretagem, e não ter um susto lá na frente,  ou até mesmo pra proteger seu patrimônio.
Pra quem ainda não é cliente NOMAD, abrir uma  conta é simples, é só acessar o primeiro link na descrição ou apontando pro QR Code aqui na  tela, usando o cupom ELEMENTAR no cadastro e ganhando até 20 dólares de cashback  na sua primeira operação de câmbio. E além de tudo isso, tá rolando um sorteio para  quem abriu uma conta com o nosso cupom, com duas viagens com acompanhante + 10 iPhones 15 Pro. Você  pode conferir mais detalhes no comentário fixado.
Quem aparentemente não tem uma conta na NOMAD  e adora perder dinheiro é Sina Estavi diretor executivo da empresa Bridge Oracle. Foi ele  quem comprou a imagem do primeiro tweet, pagando a bagatela de2,9 milhões de dólares  em março de 2021 Sina Estavi então colocou a venda no mês seguinte, e seu plano era  vender o NFT por 48 milhões de dólares e doar metade do resultado para caridade — o  que falhou miseravelmente, segundo o CoinDesk. Uma das maiores ofertas foi  de cerca de 280 dólares.
Em outubro ele colocou novamente à  venda no OpenSea e recebeu uma oferta de 132 dólares. Não 132 mil dolares, 132 dólares. Um evento significativo que abalou o mercado de ativos digitais foi o colapso do Terra  Luna, um importante projeto de criptomoeda.
Sua queda resultou na perda de bilhões de  valor de mercado quase instantaneamente, afetando a confiança dos investidores não só em  criptomoedas mas também nos NFTs. Esse episódio destacou os grandes riscos e a instabilidade  associados a esses novos tipos de ativos digitais. A queda da FTX, juntamente com um  cenário econômico global mais desafiador, criou uma tempestade perfeita para o mercado de  NFTs.
A bolha que havia inflado rapidamente em torno desses ativos digitais estourou. E como sempre acontece em uma bolha, a febre dos NFTs levou a comparações com  a Tulipomania do século 17 na Holanda. A "Tulipomania", é frequentemente citada como uma  das primeiras bolhas especulativas da história.
O evento começou em 1634 e atingiu seu pico em  1637, marcando um período de intensa especulação e investimento nas tulipas recém-introduzidas,  vindas da Turquia. Essas flores rapidamente se tornaram símbolos de status e luxo entre os  holandeses, gerando uma demanda sem precedentes. A especulação chegou ao ponto de as tulipas serem  negociadas como títulos financeiros.
Ou seja, antes mesmo de as tulipas serem colhidas o pessoal  já comprava elas através de contratos de compra, esperando vendê-las a preços mais elevados quando  tivessem elas na mão e a demanda aumentasse. O mercado tornou-se altamente especulativo, com  preços subindo demais em questão de dias. Em certo ponto, o preço de um único bulbo de  tulipa rara poderia custar o equivalente a uma casa de classe média alta na Holanda.
No entanto, como toda bolha especulativa, a "Tulipomania" estourou. O pessoal começou a  perceber que estavam pagando caro demais pelas tulipas, fazendo com que compradores parassem  de comprar ao mesmo tempo que os vendedores tentavam desesperadamente vender as  tulipas para evitar maiores perdas, resultando em uma oferta que superou a demanda. Em 1637, os preços caíram drasticamente, deixando muitos investidores com enormes prejuízos.
Aqueles  que haviam investido grandes somas de dinheiro na compra de bulbos ou contratos de tulipas, de  repente se viram com ativos praticamente sem valor. O colapso teve um impacto significativo  na economia holandesa, servindo como um lembrete precoce dos perigos da especulação desenfreada. Assim como as tulipas, que se tornaram extremamente valorizadas a ponto de uma  única flor custar o mesmo que uma casa, os NFTs enfrentaram críticas por serem ativos de  valor altamente especulativo, cujo preço depende da expectativa de vendê-los por um valor  ainda maior no futuro.
Algumas celebridades que adquiriram a foto dos macacos não estavam  preocupadas em ganhar dinheiro no futuro, mas isso não deixou de ser prejudicial para o mercado. Mas apesar de tudo isso, de os NFTs terem ganhado visibilidade com esse uso idiota, eles  transformaram a maneira como concebemos a propriedade e a comercialização de arte digital,  permitindo a tokenização de quase qualquer coisa, desde desenhos simples até álbuns de música.  Como já era esperado o mercado de NFTs sofreu uma desaceleração em 2022, com a oferta  superando a demanda e as vendas caindo drasticamente, refletindo a volatilidade  e a incerteza deste mercado emergente.
Mas a parte boa da tecnologia não  tem nada a ver com pagar milhões em macacos estilosos. A blockchain tem seus  pontos positivos, especialmente quando falamos de contratos inteligentes. Ethereum é um tipo de blockchain bem especial que deixa as pessoas criarem seus  próprios contratos e sistemas, só escrevendo um pouco de código.
Isso abre um mundo de  possibilidades para inventar novos tipos de jogos, serviços e muito mais, tudo funcionando  de forma segura e automática na internet. Então qual é a aplicação verdadeiramente  útil pra essa tecnologia? Cartório.
Só de ouvir esse nome  você sabe que vai pagar caro, perder o dia inteiro e ser mal atendido pra poder  colocar um simples carimbo numa folha de papel. Desde o nascimento, o brasileiro é envolvido pelo  sistema de cartórios. O primeiro passo é a emissão da certidão de nascimento e, a partir daí, surge  uma sequência de necessidades burocráticas que só se encerram literalmente depois que você  morre, com a emissão da certidão de óbito.
Eu sei que até agora eu não tô sendo muito  simpático com a causa NFT, mas e se eu te dissesse que os cartórios podem estar ameaçados com  essa tecnologia? parece interessante agora, né? Apesar de ter sido usado para algo  aparentemente bem inútil e sem valor algum, como macacos estilosos, tweets e até gifs, a  tecnologia por trás dos NFTs é bem interessante e tem bons usos no nosso mundo burocrático.
A propriedade intelectual e os royalties, por exemplo. Segundo Samir Kerbage, da Hashdex  "Hoje, mesmo que você queira pagar um royalty pelo uso de um . jpg, por exemplo, você não  vai conseguir, pois não é possível rastrear o artista.
Com NFT, é possível pagar  diretamente para ele, usando o token". Além dos macacos, alguns clipes da NBA  também foram vendidos como NFTs. Não há nada que proíba o proprietário desse NFT  de compartilhar seu conteúdo no YouTube, então comprar o ativo digital não seria uma  necessidade pra assistir ele.
Porém, o que torna esses NFTs especiais é a blockchain, que confere  exclusividade e autenticidade ao item adquirido. Já que NFTs são ativos únicos e insubstituíveis,  essa regra vale para uma música, vídeos da NBA, uma pintura ou até um apartamento. Assim,  baseados em blockchain, é possível rastrear seus autores e verificar sua autenticidade.
A digitalização permitiria a compra de casas em qualquer lugar do mundo, de maneira muito  mais rápida e menos burocrática do que hoje. Em termos de legislação, as mudanças exigidas  também seriam mínimas, afirma Felipe Dannemman. Já há precedentes internacionais de  judiciários aceitando provas atreladas ao blockchain, e, em relação à propriedade  intelectual, esse tipo de transação é mais segura.
"Teremos de fazer pequenos ajustes  para nos adaptar, mas já é uma realidade". Com a criação de tokens para cada imóvel, é  possível garantir a autenticidade do título da propriedade e facilitar uma futura transferência.  E assim como as empresas podem ganhar dinheiro vendendo partes delas, através de ações na bolsa  de valores, a tokenização de imóveis permite que as pessoas comprem pedaços de propriedades, o que  diminui o quanto precisam investir inicialmente.
Em 2021, a Imovelweb e a Netspaces fizeram  o primeiro lançamento imobiliário no Brasil com a tecnologia. Eles transformaram 16  apartamentos em NFTs, por cerca de 600 mil reais. Os compradores receberam seus tokens representando  suas frações dos apartamentos e puderam decidir se queriam morar no apartamento ou alugar ele  e receber a renda proporcional à sua parte.
12 meses depois, o detentor do token ganhou  o direito de adquirir o percentual restante do imóvel em um período de até dez anos. Mas talvez o mais importante disso tudo: a redução da burocracia e das despesas de  transação, graças à eliminação de intermediários. Imagina nunca mais ter que entrar em um cartório  e pagar caro por um mero carimbo num papel?
– A tecnologia também facilita a verificação de qualidade  dos produtos, já que todas as suas informações são vinculadas ao NFT. Para as indústrias  farmacêutica e alimentícia, isso é ótimo. Na área da saúde, a Aimedis está  trabalhando em uma proposta interessante: transformar seus dados de saúde em NFTs.
O objetivo da plataforma é utilizar os tokens para que os pacientes consigam vender suas  informações para ajudar em pesquisas médicas, sem precisar se identificar para isso,  mantendo o anonimato durante todo o processo. No setor automotivo, os tokens já estão sendo  usados para fazer a certificação de veículos. Em 2022, a marca de carros de luxo Alfa Romeo,  lançou o primeiro automóvel com certificado NFT.
O certificado reúne todas as informações sobre  o carro, durante todo o seu ciclo de vida. Claro que as manutenções só são registradas  quando feitas em uma autorizada, mas ainda assim já é um começo. Ainda existem muitos obstáculos regulatórios que impedem o uso de NFTs  para provar a propriedade de carros.
Mas já existem empresas como a CarForCoin  que vendem NFTs associados a carros de luxo. Só que apesar de parecer maravilhoso, o mundo  das artes NFTs passou por muitos problemas, golpes e fraudes. Entre os tipos mais comuns de  fraude, destacam-se a falsificação e o plágio de obras de arte, golpes de phishing visando  roubar informações sensíveis de usuários, e a manipulação de mercado através de técnicas  como o "wash trading", que cria uma falsa percepção de valor e demanda por determinados  NFTs.
Além disso, projetos abandonados e esquemas de investimento que prometem retornos irrealistas  deixam ainda mais claro os perigos do negócio. Um tipo específico de fraude que  ganhou visibilidade é o "rug pull", uma tática onde desenvolvedores de um projeto de  NFTs coletam fundos de investidores prometendo grandes retornos ou desenvolvimentos futuros  e, em seguida, abandonam o projeto sem cumprir com as promessas, muitas vezes retirando  os fundos coletados de maneira abrupta e deixando os investidores com ativos sem valor. Existem muitos casos de fraudes e golpes tanto com NFTs quanto com criptomoedas e quem virou uma  grande referência nesse assunto foi Coffeezilla, que investiga os casos mais emblemáticos e  ajuda muitas pessoas a entenderem melhor esse mundo pra que não caiam no conto do vigário.
Ele ganhou reconhecimento internacional após fazer uma série de vídeos que investigavam  o token Save the Kids, uma criptomoeda amplamente vista como um esquema de valorização e  desvalorização rápida, chamado de pump and dump. A mesma coisa aconteceu quando ele investigou  a Safemoon, FTX e Logan Paul com o criptozoo. É curioso como não falta assunto pra ele. 
Com cada vez mais fraudes grandes, de grandes influenciadores e fraudes que estouraram a bolha  da internet, ele fez o nome dele no último ano. Além dos golpes, outros problemas preocupam  para o uso mais amplo da tecnologia. Segundo matéria do The Guardian 100 milhões de  dólares em NFTs foram roubados de julho de 2021 até agosto de 2022.
Claro que os ladrões não  fazem um print do macaco pra usar como foto de perfil do twitter, na verdade o roubo se refere  a propriedade e os direitos exclusivos associados a esses ativos digitais na blockchain. Quando clicamos com o botão direito do mouse em uma imagem e vamos em “salvar imagem  como”, estamos salvando aquela imagem no nosso computador, mas não somos o verdadeiro dono  dela, e é nisso que os ladrões de NFTs focam, na propriedade segundo a blockchain. Basicamente a febre em torno do Bored Ape Yacht Club e outras NFTs trouxeram à tona  debates sobre a especulação excessiva e o uso sem propósito desses ativos digitais, tencial  revolucionário da tecnologia por trás deles não deixa de ser interessante.
A blockchain, com sua  capacidade de oferecer segurança e transparência, promete transformar não apenas o mundo da arte  digital, mas também a maneira como lidamos com a propriedade de ativos reais, como casas e carros. Enquanto o mundo das NFTs ficou conhecido por esse uso idiota, a verdadeira inovação tá  no uso da tecnologia blockchain, abrindo portas para um futuro onde transações são mais  eficientes, seguras e acessíveis a todos. Então, existe sim um bom uso para a tecnologia, que  vai além dos ridículos macacos estilosos, e podemos sim pensar em um futuro repleto  de possibilidades e menos burocrático.
E você, o que acha das NFTs e dos malucos  que torraram dinheiro nisso? E acha que a tecnologia é interessante? Comenta aqui abaixo que eu quero saber.
Ah e pra ganhar um presente de até  20 dólares na sua conta para viajar, comprar e investir no exterior, abra agora sua  conta na Nomad pelo primeiro link na descrição, ou apontando sua câmera pro Qr Code aqui na  tela, usando o cupom ELEMENTAR no cadastro. Agora, pra descobrir como o Kwai  consegue ser pior que o Tiktok, roubando conteúdos e sendo até investigado  pelo MP, confere esse vídeo aqui que tá na tela. Então aperta nele aí que eu te vejo lá, por  esse vídeo é isso, um grande abraço e até mais.
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