Sérgio Buarque de Holanda | Resumo | Saiba o essencial

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e Salve galera bem-vindos ao se liga eu sou professora Renata teve sociologia nesse vídeo nós veremos um grande sociólogo brasileiro que é o Sérgio Buarque de Holanda sim ele pai do Chico mas aqui a gente vai ver que ele é muito está muito além de ser apenas o pai do Chico não os veremos Nesta aula sobretudo a obra sociológica dele pé Raízes do Brasil Então a gente vai falar um pouquinho sobre quem é o Sérgio Buarque como que ele construiu essa obra e eu vou trazer aqui para vocês um pouquinho Resumindo de cada capítulo dele
claro nós vamos nos concentrar no capítulo 5 que é o homem cordial a principal parte da obra Bora Se liga vamos começar aqui trazendo uma breve biografia sobre o Sérgio Buarque de Holanda Ele nasceu em 1902 em São Paulo e faleceu em 1982 em São Paulo também então vamos e ele tá no comecinho do século é ele se formou em Direito em 1925 lá no Rio de Janeiro e ele foi correspondente da escola de Arte Moderna vale a que a gente lembrar de algumas características importantes do modernismo que vão influenciar fortemente o Sérgio Como por
exemplo o nacionalismo crítico da escola Modernista valorizava bastante Brasil compreender o Brasil mas de maneira crítica ou seja sem deixar de lado os problemas sociais depois como jornalista ele foi correspondente Internacional e foi para a Alemanha viveu em Berlim ali ele entra em contato com grandes pensadores alemães antes filósofos quando os sociólogos e aqui a gente a gente vai pensar sobretudo não beber e não se meu que vão colaborar bastante com o desenvolvimento do pensamento do Sérgio buar ele retorna para o Brasil depois e pensam nazismo em 1936 é que ele publica a obra que
nós estaremos vendo aqui né que é o países do Brasil aí em 1956 ele assume a cátedra interina de história da civilização brasileira neste momento ele passa a ser convidado principalmente ali nos Estados Unidos para ser professor universitário para fazer várias palestras Ou seja é um grande Pensador que nos ajuda de alguma maneira a compreender identidade brasileira e até mesmo a entender o pensamento brasileiro até hoje começaremos então com Raízes do Brasil o Sérgio Buarque de Holanda aquele quer compreender Quem Somos Nós Qual que é a identidade do brasileiro Richa é uma questão que os
sociólogos brasileiros no início do século 20 aqui ele vai nos responder o brasileiro é um homem cordial Esse é o Capítulo cinco é o centro da obra Oi gente tem que tomar um pouquinho de cuidado com o significado dessa ideia de cordialidade porque quando a gente fala com uma pessoa é cordial a impressão que a gente tem que uma pessoa civilizada e Gentil tá tem alguma relação mas não seria bem assim O importante aqui é que o Sérgio ele traz uma nova interpretação sociológica ele traz alguma novidade nessa história da sociologia que era antes a
explicação sociológica de quem era o brasileiro era sobretudo vinda do europeu EA gente tinha aqui uma linha evolucionista de entendimento do seriam as civilizações de uma maneira geral a ideia de que a civilização estava em uma linha improgresso ou seja a gente estaria evoluindo e o Brasil seria um país que ainda estaria no primeiro estágio de evolução caminhando para uma possível civilização a ideia aqui e a Europa representa o progresso a ideia máxima de civilização e o brasileiro estaria apenas no seu início Então a gente tem também aqui uma ideia muito assista aliás vários sociólogos
vários intelectuais aqui no Brasil não somente sociólogo explicavam que o atraso no brasileiro se devia a existência do negro e indígena que possuíam uma natureza voltada para caso que ele não está muito voltado nunca adaptados para civilização Então a gente tem até um contexto bem racista na época mesmo um pouquinho até antes do Sérgio Buarque A gente tem o pensamento do Gilberto Freyre se tenta romper com essa ideia evolucionista o Gilberto Freyre opera mais na ideia do relativismo Ou seja a ideia de que não existe culturas superiores e culturas inferiores a questão é que o
Gilberto Freyre ele não traz uma em relação uma análise tão crítica da sociedade né que é comum também aos elat vistas Por Um Olhar de cima pensar e cada cultura tem a sua própria história e cada cultura tem o seu próprio valor Mas a partir dos estudos do Sérgio Buarque A gente entende que é um estudo um pouco mais crítico entende a entender a sociedade brasileira a partir de estar problemas sociais embora de alguma maneira valorize os aspectos culturais da nossa sociedade já o Sérgio Buarque como que ele vai operar ele utiliza os conceitos principalmente
do ver e doce meu como ferramenta para compreender o brasileiro e aí a gente vai ter que aqui voltar um pouquinho no cima eu não ver para entender de que maneira eles operam e de que forma que o Sérgio Buarque de Holanda também vai operar vamos lembrar aqui que o Sérgio Buarque ele supera essa ideia de Oi Luciane mesmo na ideia de que nós estamos em um progresso e alcançaremos a civilização tal qual a europeia e ele também supera o relativismo ali do Gilberto Freyre vamos começar pela palavra raízes a ideia de raízes é que
ele quer investigar as profundezas das origens da identidade do brasileiro e as raízes não seria uma linha reta em ascensão na ideia de que a gente está evoluindo as raízes elas são meio deformadas né Elas estruturam mas elas não estruturam em linhas certas então ele vai investigar de que maneira a cidade essas estruturações a partir de culturas por exemplo e não como uma linha e ascensão aí vamos pensar no Max Weber Max Weber opera Sobretudo com o conceito de ação social e ele entende que para modernidade a uma importância na ação o Ou seja a
modernidade constituiu exatamente uma uma racionalização um processo de racionalização e de burocratização tão pra pessoa se moderna né o espírito moderno do europeu ele se forma a partir de um processo de burocratização Então imagina assim antes de existir os estados modernos você tem lugares menores regiões menores a gente pode pensar até no feudalismo Então como que funciona organização nesses lugares menores são organizações mais pessoais a pessoa se conhecem pode pensar aí até Uma cidadezinha pequena em que você pode imaginar Pastelaria do Seu Zé e todo mundo conhece o seu Zé agora quando Os Casos eles
vão se tornando maiores eles precisam ser burocratizar e isso gera uma maior eficiência para ficar bem claro vão pensar por exemplo a rede de lanchonete em vários da Pastelaria do Seu Zé imagina que você precisa de ministrar o McDonald's o Habib's é nessas grandes essas grandes redes de fast food não dá para você conhecer as pessoas não existe mais o seu Zé então contato passa a ser mais burocrático quando você vai lá no McDonald's você pega uma senha tem um número que a pessoa provavelmente que vai te servir ela não te conhece então processo que
se deu com a modernização foi isso e o beber vai dizer que os motivos pessoais do homem moderno são mais Racionais são mais burocráticos são mais desencantados o cima eu ele também vai mais ou menos nessa mesma linha ele Analisa qual é o espírito do homem Urbano em comparação com homem ali da cidade e ele caracteriza o espírito do homem Urbano como um isso a fazer porque porque o homem Urbano o homem da cidade esse homem moderno ele lida com muitos estilos no seu dia a dia então se ele for se afetar por cada um
desses estímulos ele enlouquece imagina são muitos prédios são muitos problemas sociais são muitas pessoas que a gente vê no dia a dia então até mesmo como uma forma de proteção da Saúde Mental a gente vai ver que as pessoas de Cidade Grande São pessoas que terminam reagindo menos aos estímulos são pessoas mais a pacas o que ele chama de espírito Blaser que eu tô trazendo esses dois porque foram grandes Mestres para o Sérgio Buarque e o que que eles estão fazendo investigando espírito alma comportamento o caráter do homem moderno e o que que o Sérgio
Buarque vai tentar fazer aqui a desmistificar o espírito o caráter do homem brasileiro Ele vai tentar entender como que funciona a alma do brasileiro a identidade do brasileiro assim é que o Sérgio investiga os corações e mentes dos brasileiros O que é a alma do brasileiro como que se forma à identidade do brasileiro Ele explica isso em sete Capítulos O importante aqui é o Capítulo cinco que fala sobre o homem cordial ou seja quem é o que caracteriza o homem brasileiro é justamente a cordialidade Mas pra que ele chega até o capítulo 5 ele vai
construindo a sua cultura brasileira até mesmo antes do período colonial E aí no capítulo 6 e 7 Ele explica mais ou menos quais são as consequências deste homem cordial para o Brasil Capítulo 1 Fronteiras da Europa aquele vai nos explicar os traços o nosso do brasileiro assim não vai explicar exatamente o brasileiro ele vai explicar as nossas heranças ibéricas ou seja Espanha e Portugal qualquer o português e o espanhol Então vamos lembrar que segundo ver a modernização foi um processo de racionalização e o Sérgio Buarque não identifica a esse processo nem na Espanha nem Portugal
Então como funciona é um país mais caótico mais desorganizado que não tem tanto respeito ou tanto apreço pelo que ele chama de trabalho regular isso que vai ser importante ali para o desenvolvimento do capitalismo então aqui a gente vai ver é uma exaltação principalmente do prestígio pessoal o que funciona o português eo espanhol eles estão interessados sobretudo no prestígio pessoal o quê um lugar que chama de individualismo aristocrático então eles vão desenvolver o individualismo ali do liberalismo mas é um individualismo aristocrático Porque eles estão interessados sobretudo em na manutenção dos privilégios então a gente não
vai até aqui exatamente um processo de racionalização ou até mesmo um desenvolvimento de uma cultura Liberal que normalmente ocorre no capitalismo aqui vai ser mais uma bagunça a gente vai ver uma preço Ao ócio ao invés deixar preço que eu falei pelo trabalho regular um personalismo que é exatamente esse individualismo aristocrático as pessoas elas querem se diferenciar Mas elas querem se diferenciar para poder manter os seus privilégios então a vendo de longe até parece que existe um processo parecido com aquele que ocorre no capitalismo e seria Justamente a individualidade mas não esse individualismo estaria relacionado
sobretudo ao prestígio pessoal o que vai gerar que uma dificuldade em compreender o que que é esfera privada e o que que é esfera pública então a essas pessoas não é essa cultura confunde o que é esfera pública que aquele quer voltado para o interesse de todos com aquilo que é voltado para os seus interesses individuais e essa cultura no fim das contas vai reverberar na personalidade do brasileiro Capítulo 2 de trabalho Aventura neste capítulo ele vai ou por a ética do trabalho que é um conceito dos beber em que ele fala sobre tudo de
uma ética que foi desenvolvida pelos protestantes e termina colaborando para o desenvolvimento do capitalismo a uma ética da Aventura EA que a gente tem um conceito bom Então como que funciona a ética do trabalho a ética do trabalho preza sobretudo por um trabalho continuou porque eles buscam segurança então tem a ver com capitalismo que é o trabalho continuou regular que lá na frente ao longo prazo vai te trazer lucro vai trazer segurança essa ética é fundamental para o desenvolvimento do capitalismo contrapondo-se é isso a gente tem a ética do Aventureiro que aquilo que está relacionado
a algo mais provisório é aquilo que está mais preocupado com o descobrimento Aventura do que de fato com algum tipo de estabilidade para o Sérgio Buarque a colonização das Américas sobretudo do Brasil predominou essa ética da aventura a gente pode identificar isso em alguns momentos como por exemplo na escravidão o tipo de trabalho que existe ali na escravidão tá mu o relacionado com Aventura porque a gente tem uma superexploração e não desenvolvimento de uma cultura do trabalho teremos ali no capitalismo além disso a gente tem também aqui a monocultura a ideia da monocultura é que
consiga dinheiro rápido né O que o lucro seja rápido então não é algo que a gente vai construir para Dark um tempo a gente usufruir não mas tá dando dinheiro Cana ou seja precisa de cana Então a gente vai usar um latifúndio gigante para poder produzir cana e levá-la para outro país ou seja a ideia não é muito construir um país aqui uma base material uma base econômica aqui no Brasil Então se no primeiro capítulo ele indica qual era o espírito do ibérico do espanhol e do português aquele tá nos indicando dois tipos de éticas
que esteve presente na modernidade e que o se caracteriza sobretudo como ética do trabalho mas que o Sérgio Buarque Aqui tá dizendo que houve outro tipo de ética na modernidade que é a ética da aventura e que isso predominou na colonização das Américas Capítulo 3 Rural e urbano aquele opõe à esfera Rural a esfera Urbana Então como que se formou esse cenário aqui no Brasil nós tínhamos um predomínio da esfera Rural mas não só no sentido de que existiam mais fazenda do que cidade mas sim no sentido de que a cidade nada mais era do
que uma extensão da fazenda e aí a partir disso ele começa a identificar como que era essa cultura brasileira como que se forma essa cultura brasileira então Imagine que a gente tem uma cultura do não trabalho porque ela está apoiada na escravidão está apoiada na superexploração então aquele desenvolvimento neste o capitalismo para a modernidade que seria o que a gente já disse no capítulo anterior a ética do trabalho aqui não vai ser desenvolvida e aí vamos pensar também como que se dá essas relações políticas entre essas fazendas então Imagine que antes de se desenvolver As
instituições públicas a gente tinha o patrimonialismo fixo quer dizer uma sociedade patriarcal uma figura masculina que é dono de um pedaço de terra e ele se sente Dono de tudo que está dentro deste pedaço de terra ele tem domínio sobre tudo e sobre todos inclusive sobre as pessoas sobre os escravos sobre a sua família mulheres filho isso vai se confundir com a coisa pública Então a gente vai ter um desenvolvimento da Democracia aqui no Brasil um pouquinho complicada porque o brasileiro ainda hoje confu e o que é privado O que é público ele entende que
tudo aquilo que ele pode ele tem certa autoridade certo poder seria dele e não do interesse de todo do interesse do coletivo mas sim o interesse dele o interesse individual Capítulo 4 semeador eo ladrilhador aquele o põe esses dois tipos de ideais de pessoas na verdade aquele o põe o português eo espanhol Então se no primeiro capítulo ele tava tratando de como era o português e o espanhol agora ele diferencia esses dois e aí o português será ainda pior do que o espanhol no sentido de desenvolvimento democrático então ele desiste um tipo né de alma
de espírito que é o espírito do ladrilhador existe outro que é do semeador ele vai identificar isso na arquitetura colonial é interessante e vai identificar que o Brasil é seria diferente né ter uma arquitetura diferente dos países que foram colonizados por exemplo pela Espanha tão por exemplo São Paulo é diferente de Lima diferente de Cidade do México e o que que a gente pode observar aqui os espanhóis ele irá chamar de ladrilhador que é o tipo de pessoa que pensa o projeto projeta a cidade tanto que essa cidades elas vão ser parecidas com as cidades
espanholas então aqui por exemplo existe o que ele denomina de empresa da razão ele vai construindo a cidade de forma contrária à natureza ou seja ele vai superando os problemas que provavelmente aquele estado natural das coisas trás Então vai ser uma construção muito mais vagarosa uma construção que Visa muito mais os resultados a longo prazo enquanto do lado do português nós temos o tipo que ele denomina semeador gente imagina um semeador você pega a semente Joga Se nascer nasceu se não nascer não nasceu esse nascer nasceu e você já pega acolhe e manda para outro
lugar aqui vai funcionar mais ou menos assim ele identifica que a cidade brasileira elas são parecido as suas cidades portuguesas Por que levam uma ideia de uma 110 de pobreza Franciscana e que as feitorias serão construídas junto ao litoral de forma desorganizada o que está se buscando aqui é uma riqueza rápida Vale lembrar que a colonização aqui como de outros lugares também era de exploração mas isso vai ficar ainda mais claro aqui no Brasil porque a ideia é jogar semente o que der certo Deu pega e leva para outro lugar ou seja E se a
gente consegue identificar um projeto no ladrilhador que é o espanhol estaria presente na arquitetura Colonial da colonização espanhola nós não iremos conseguir identificar isso aqui se processo aqui aqui a coisa vai ser muito mais caótica muito mais bagunçadas Capítulo 5 o homem cordial então aqui esse vai ser o capítulo Central vejam que os quatro primeiros Capítulos ele tava construindo a identidade do brasileiro e aquele vai dizer que o Brasil dar ao mundo o homem cordial a princípio essa palavra cordial é traz a ideia de civilizar civilidade generosidade mas não é bem assim cordial vem do
latim Cordis que significa coração ou seja o brasileiro age com o coração mas isso é bonito né o brasileiro assim que Mental é amoroso não é bem assim e o que ele tá fazendo aqui é o pondo ação racional esse conceito que foi trazido pelo ver ação afetiva enquanto homem moderno age sobretudo a partir da racionalidade o homem brasileiro age sobretudo a partir da afetividade lembrem-se afetividade tem uma ideia assim de amor de carinho mas também tem uma ideia de ódio Então ele pode agir tanto com amor quanto com ódio a questão é ele não
age de maneira racional e como a gente já disse aqui se a modernidade EA democracia precisarão de um processo de racionalização e o homem brasileiro ele não Age dessa forma ele age de maneira muito mais afetiva isso termina afetando a construção da modernidade EA construção sobretudo da Democracia aqui no Brasil Então como que a gente age se a ação ra Oi tá relacionada a uma burocratização ou seja as relações são impessoais lembra que eu falei do McDonald's que você recebe o lanche através de uma senha e só uma relação um pessoal agora lembra que eu
falei do Pastel do Seu Zé e você conhece o seu usar essa pergunta da família é esse tipo de relação que o brasileiro desenvolve aqui só que ele desenvolve aqui no meio público né esfera pública ou seja a esfera pública ela tem uma dependência dessa racionalização e dessa burocratização para que ela se torne mais eficiente e mais democrática também porque vamos que você esteja procurando um emprego se a sociedade democrática você vai alcançar esse emprego por meio do seu médico se a sociedade funciona mais por relações pessoais talvez você alcança esse emprego porque você conhece
e o seu Zé na pastelaria E aí ele te comprava assim então aqui vai se desenvolver o homem cordial o que a gente também conhece como jeitinho brasileiro porque a gente resolve tudo no jeitinho na impessoalidade percebam que as outras culturas Elas têm uma maneira mais formal nas suas relações pessoais né então em outros países os professores são chamados às vezes de mestre ou às vezes pelo seu sobrenome aqui a gente chama as pessoas pelo apelido ou pelo diminutivo Professor a gente chama de Prof E aí para conseguir uma nota maior eu chego lá no
professor que é amigo do meu pai falou próprio você pode dar um jeitinho aqui aumentar um pouquinho a minha Noca é isso que vai ocorrer no Brasil de forma geral ou seja essa nossa cultura calorosa que a gente fala no diminutivo se trata todas as pessoas vêm ela oculta alguns problemas ela oculta por exemplo essas relações democráticas Alô Conta as relações anti-democráticas né a corrupção e ela oculta também os conflitos então por isso que aqui por exemplo a gente não vai enxergar o racismo a violência racial porque a relação entre brancos e pretos entre patrões
e empregados entre patrões e empregadas doméstica são relações calorosos as em que as pessoas se tratam pelo nome em que as pessoas parecem ser amigas mas no fundo existe um conflito de classes existe um conflito racial que termina sendo até mais violento do que em outros lugares então ele tá identificando essa cordialidade do brasileiro essa forma com que o brasileiro trata as coisas de maneira afetiva e não de forma racional a realidade um verdadeiro problema um problema para construção da Democracia porque oculta algumas corrupções ou melhor facilita várias corrupções né imagina se você conhece alguém
que trabalha no governo e ali você consegue um emprego e a gente vê muito isso acontecer no Brasil e o conta também os conflitos os conflitos raciais os conflitos clássico os conflitos de gênero quantas vezes aqui no Brasil o machismo eo racismo são transformados em piadas piadas engraçadas que não é para gente achar ruim então aqui é tudo muito assim a gente fala muito na intimidade e muitas vezes a gente quer alcançar essa intimidade que na realidade é uma infinidade falsa para obter algum tipo de privilégio ou para manutenção O Privilégio Capítulo 6 Novos Tempos
agora a gente vai falar das consequências para o Brasileiro deste homem cordial a sociabilidade aqui é apenas aparente o brasileiro ele tem aversão a leis e as regras e lembrem-se leis e as regras são importantes no processo de burocratização que são importantes no processo de modernização então na construção do democrático então aqui a gente não consegue separar aquilo que é público do que é privado isso a gente vai identificar muito no brasileiro se você perguntar para um brasileiro seria a favor de determinada política pública ele vai pensar primeiro neles aquilo serve para ele ele imagina
até as leis são feitas então para ele né como Sérgio Buarque dizia existe um comportamento infantil no brasileiro de achar que o mundo está a favor dele né serve para ele pergunta aí para se você conhece se a pessoa é a favor ou não dos corredores de ônibus e veja qual vai ser a resposta a eu só favor porque o ônibus aí eu sou contra porque eu uso o carro ou seja a pessoa não consegue ter a dimensão da tampa é público daquilo que está relacionado a uma necessidade coletiva e não há uma necessidade individual
fora disso o brasileiro também vai sofrer com essas consequências no que concerne ao desenvolvimento da Democracia porque aqui com essa ideia de relação de intimidade a gente também vai pensar os políticos com esta relação de intimidade então aqui o que vai se desenvolver os anjos de novo beber é um poder carismático que a gente não entende de regras de lei então a gente não entende projeto político nós brasileiros não estamos interessados em qual projeto político o governante x vai a do carro Oi gente não existe governantes que a gente gosta da figura são sempre figuras
carismáticas de vão ganhar as eleições no Brasil pode pensar agora nós temos aí nessas eleições duas grandes figuras carismáticas ela achou põe em ideia mas os dois são figuras carismáticas que muitas vezes o brasileiro Está mais interessado em pensar no Fulano do que exatamente um projeto que ele tá trazendo o projeto que ele tá trazendo é burocrático são ideias São Regras coisa que o brasileiro ainda não se familiarizou então o Brasileiro pensa no candidato E que provavelmente esses candidatos também são tratados por meio de seu apelido isso dificilmente ocorrerá em outras culturas isso é muito
característico do Brasil a gente vai identificar essa confusão entre público e privado o tempo todo nós tivemos um processinho e no Brasil em que as os argumentos para que a pessoa em questão funcionam intimada era pela minha família pela minha religião pelas minhas ideias eu sou a favor ou eu sou contra última se nós estamos discutindo o impeachment a sua família as suas ideias EA sua religião não pode ter nada a ver com a sessão e a gente vai identificar e socorrendo no Brasil o tempo todo o Sérgio Buarque tenta dar conta de compreender esse
comportamento brasileiro que é um comportamento de certa forma antidemocrática finalmente Capítulo 7 Nossa revolução acho que durante Toda obra O que ele quis trazer aqui é que houve um descompasso entre o desenvolvimento da infraestrutura da economia com desenvolvimento da superestrutura da e da cultura brasileira isso se deu sobretudo porque tentou se importar o liberalismo de fora mas tentando manter os privilégios que existe aqui na aristocracia rural EA gente pode identificar também no processo de escravidão como que acaba a escravidão aqui trazendo homens livres estrangeiros e migrantes de outro país para poder construir a modernidade aqui
no Brasil Então veja o que se deu de forma completamente artificial então dá para a gente esperar que o Brasil tenha o mesmo processo de modernização Ou seja a partir da ética do trabalho a partir da racionalização da burocratização porque foi meio que forçado bom então assim o Sérgio Buarque termina a sua obra claro que aquele vai trazer várias outras reflexões importantes como será que nós Deixaremos de ser o homem cordial conforme o capitalismo aqui no Brasil foram evoluindo enfim perguntas e hoje a gente pode de alguma maneira por outros pensadores e trazer a resposta
espero então que vocês tenham compreendido um pouquinho mais nessa grande obra eu vou ficando por aqui beijos e até a próxima aula
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