Caminhos da Reportagem | Indígenas, a luta dos povos esquecidos
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TV Brasil
O Caminhos da Reportagem vai a várias partes do país e mostra a luta dos índios para permanecer na t...
Video Transcript:
Agora você me chamou um gravado uma coisa assim me chamou agora todo mundo no Brasil inteiro me ouv por eu tenho meu culturo diferente tanto é que lutando pela vida humana também lutamos pela vida ou seja pela nossa natureza por isso que nós não queremos que danifica a nossa Cachoeira nós vamos se lutar por esse nosso povo nós vamos eh fazer R tomada sim porque esta esta daqui é nosso é Nossa Terra ela a nossa via e ninguém vai tomar de nós a questão indígena no Brasil está longe de ser resolvida nossa equipe viajou por várias partes do país para mostrar a realidade de aldeias tanto em terras já demarcadas quanto naquelas aonde ainda há conflitos com os fazendeiros o caminos da reportagem de hoje traz à tona a luta indígena para permanecer e sobreviver na terra de seus antepassados em Guar est Av dela moravam na terra que pisamos agora uma terra que hoje já não pertence mais a eles então quando ela tinha acho que de 10 anos idade tinha um desse daqui era Du que onde ele plantava guardava o arroz e as coisas de comer quando o fazendeiro começaram a chegar a fazer o tiro e mandar embora a família Passando pro lado do Rio a etnia Guarani Caiuá é uma das 305 que existem no Brasil homens e mulheres que fazem parte de uma população de cerca de 897 mil pessoas que se reconhecem como índios apesar de reconhecerem como indígenas as etnias conseguiram conquistar seu território os Guarani Caiuá ainda lutam pelo reconhecimento da terra Sagrada o tecor na aldeia laranjeira em andu em Rio Brilhante Mato Grosso do Sul vivem 140 pessoas é uma das 39 terras que estão sendo indicadas pelos Guarani Caiuá na região e que a Funai ainda estuda se é mesmo o território indígena assim que chegamos fomos questionados se o fazendeiro dono das terras era quem tinha nos enviado o clima de desconfiança com a imprensa é grande já que se sentem atacados o tempo todo pelos jornais do Estado portugês após convencê-los de que estávamos ali para tentar entender a sua realidade nos receberam com cantos e danças o cacique Farid Mariano diz que a situação aqui não é das melhores Hoje nós estamos vivendo aqui é na miséria nós não plantando nada nada os Guarani caiá não vivem juntos um do outro cada família tem sua casae do vizin uma pequena mata é o único local que eles têm para caçar os animais que ainda restam por aqui o dono das terras colocou uma cerca ao redor da Aldeia daqui eles não podem passar alguns dos barracões improvisados são feitos da lona de embalagens de agrotóxicos que deveriam voltar para o fabricante as condições Miseráveis são encaradas pelos índios como uma resistência por uma decisão da justiça eles aguardam no local a definição de qual área será demarcada como território sagrado dos Guarani caiá o ideal para o cacique seria uma área de 11000 he hoje eles estão concentrados em apenas 25 he uma situação vista também em outras aldeias Guar Caiuá procurador do minú em Mato Grosso do Sul faz uma comparação estão lá confinados né e e assim e de uma perspectiva objetiva eles têm menos espaço que o gado em Laranjeira em andu uma Porteira trancada com cadeado acentua O isolamento e impede o acesso à estrada asfaltada que leva até a cidade por isso para sair dali eles são obrigados a dar uma volta de mais de 4 km a pé ou de bicicleta do outro lado está seu Raul o fazendeiro que tem parte da terra ocupada pelos índios além dele só quem tem a chave do Cadeado é a equipe da cesai a secretaria de atenção à saúde indígena e o motorista do ônibus escolar uma decisão da justiça garantiu que as 52 crianças da Aldeia tem o direito a transporte para chegarmos até a aldeia pedimos permissão para seu Raul que também se dispôs a conversar com nossa equipe então isso aqui é uma coisa particular ISO aqui o direito de vir existe mas mas Devem haver limites para o direito de vir se você tiver uma chácara com eu posso varar sua chácara sem pedir licença e tudo mais ao contrário de outros locais do país onde houve invasão de terras indígenas a região de Dourados fez parte da marcha para o Oeste de Get Vargas para povoar o centrooeste do país com isso nos anos 40 e 50 as terras que tinham sido demarcadas como indígenas na década de 20 foram doadas a colonos pela união seu Raul mostra os documentos aqui eu tô H 50 anos agora vem os antropólogos e dizem o seguinte que o gitu roubou a terra do índio do para dar pro Branco não ele fez uma reforma agrária porque precisava povoar a fronteira não precisava povoar a fronteira Fronteira aqui tá povoada hoje podia ser do Paraguai índios e fazendeiros T argumentos completamente diferentes mas em um ponto há consenso os dois lados concordam que aqui nessa região falta uma ação mais firme do estado brasileiro acabar de matar na beira da a situação aqui já se arrasta a quase 5 anos a Funai está fazendo estudos antropológicos que se baseiam principalmente no que os próprios indígenas contam já que a terra tomada por plantações nem sempre revela resquícios históricos esse tipo de levantamento é contestado pelos fazendeiros E aí o antropólogo da FUNAI vai lá ninguém acompanha ninguém sabe o critério ninguém avalia os antropólogos não a gente tem as nossas avaliações a oralidade Vale houve sempre movimentos tanto parte dos Produtores Rurais né do próprio Governo do Estado para que não houvesse identificação desses territórios ações judiciais foram foram movidas toda uma mobilização eh foi efetivada para que não houvesse a identificação desses territórios mas ainda não há um resultado desses estudos e quando há alguma decisão bate de frente com disputas judiciais aqui no na região dos Guarani Caiová a gente tem terras indígenas já homologadas né já reconhecidas demarcadas delimitadas e homologadas e registradas em território da União mas que foram judicializadas ou seja tiveram seu decreto de homologação suspenso estão na justiça e portanto os indígenas não têm posse efetiva dessa terra só no ano passado duas lideranças foram mortas e neste ano um garoto de apenas 15 anos foi assassinado quando pescava com o irmão em uma fazenda ao lado de sua Aldeia em Carapó vai pescar e depois o pito vai atirar vai atirar e depois e minha irmão ficis el morre o fazendeiro sumiu que atirou quando ouvi os cachorros latindo o corpo do Adolescente fo enterrado na fazenda que reivindicada como a terra Sagrada fatos como ess só aumentam ainda mais ação na região do restante do país desde o fim do ano passado quando uma carta da comunidade de pelit tuui foi divulgada nela as lideranças indígenas dizem que todos vão morrer em pouco tempo já que não há perspectiva de vida digna e justa ainda afirmam que o governo poderia decretar a morte coletiva de todos ali para já serem enterrados juntos aos antepassados a carta não citava o suicídio mas foi interpretada dessa forma e ganhou a atenção do país nas redes sociais as pessoas se mobilizaram para divulgar a história dos Guarani Caiuá tanto que no fim de 2012 uma comissão do governo federal foi até a região para minimizar a tensão que a gente tá querendo eh encontrar uma solução de curto prazo para resolver essa situação eh difícil aqui do Estado de Mat hoje eh nossos filhos né Caiu a nascem né na luta vivem na luta né crescem na luta morre lutando pelos seus pedacinhos de terna desde então quase 5co meses se passaram e nada mudou para os Guarani caioá o secretário de articulação social da presidência da república Paulo Maldos vem acompanhando todo o processo e diz que a solução não deve ser rápida são os antropólogos contratados que fazem os estudos né então esses estudos que eu posso dizer que foi feito um compromisso na na Assembleia indígena os antropólogos foram todos lá todos coordenadores de grupos de trabalho e se comprometeram calendo de entrega dos relatórios referentes a cada uma das são 36 terras Se não me engano né esses relatórios vem sendo entregues a situação já era prevista pelos próprios índios no atig Guaçu a grande assembleia deles ocorreu no início de dezembro de 2012 cha de massacre chega de nós ol aqui para vocês e você falando que vai vai acontecer vai acontecer a demarcação mas quando não traz nenhum solução para o meu povo láo foi torturado e viu seu pai o cacique Marcos veron será assassinado a gente né sofreu muito n nessa nessa eh massacre que a gente teve né com os fazendeiros n a gente perdemos o grande Cacique nosso liderança também maior do Mato Grosso do Sul que era o cacique Marco veron meu pai né mas no caso Marcos veron os acusados não foram condenados pelo crime de homicídio apenas por sequestro tortura e formação de quadrilha com essa demora to já foi aí 284 lideranças mortos né e e a gente aguarda mesmo que um dia a gente espera Justiça né justiça por essas pessoas que hoje estão livres solto que mataram nossos lideranças algumas áreas na região já estão demarcadas a terra indígena Dourados que abrange as aldeias de Bororó e jagu F na periferia de Dourados homologada em 1965 o local não parece uma aldeia e sim várias chácaras com Casas de Alvenaria o cacique de jaguapiru está lá mas não é reconhecido e respeitado como Cacique por todos ali ao procurarmos o cacique fomos recebidos Como manda tradição mas esse tipo de boas-vindas é cada vez menos vista por aqui Getúlio cque se esforça para manter as tradições em uma terra contaminada pelos costumes dos brancos os mais novos estão sendo ensinados na casa de reza que foi feita há pouco tempo o canto de boas-vindas é entado por várias gerações da família de Getúlio sons que estão se perdendo à medida que os índios migram para a cidade na aldeia de Getúlio vivem cerca de 14. 000 pessoas em uma área de 3. 500 haar que convivem três etnias que no passado não viviam no mesmo ambiente um mês para chegar lá esse é o vizinho mais perto já então ess ess nossos vizin antigamente vivia assim então nosso viho que um espaço bom para nós chega lá fica uma semana un Du sem lá aí volta PR casa então agora não do jeito que nós estamos aqui ó tira os pé da casa a já vê a casa da do vizinho a indigenista Carmen Figueiredo explica que muitas vezes os espaços reivindicados pelos índios sendos éis que h noeses de forma de lidar com o espaço a sua Cultural de uso e tudo dos índios é diferente então eles precisam daquela Floresta se eu preciso caçar para sobreviver eu preciso vou caçar um porcão esse Porcão para reproduzir se você for fazer a cadeia para reproduzir que espaço que ele precisa ele vai se alimentar também de outros né ele também tem alimentação dele se for fazendo até o topo da cadeia o espaço que todo mundo precisa as pessoas falam Ah mas ara indígena é muito grande e tal não sei lá o quê faça a cadeia toda mas o tamanho da terra é questionado pelos fazendeiros que acreditam que as reivindicações por mais espaço não vão parar já que a população indígena cresce numa velocidade maior que a do restante do país a gente tá numa discussão que se for seguir essa lógica de raciocínio de precisa mais território demarca amplia precisa de mais território demarca ampli al a a pergunta é onde nós vamos parar quando na verdade é uma falsa questão porque nós temos terras indígenas exemplo Parque Nacional de Xingu né Ele é de fe 50 anos né H Há algum pedido de ampliação do Parque Nacional de Xingu né alguma um pedido de ampliação da terra indígena dos cadel algum pedido de ampliação de terra indígen que estão titulada a 50 60 70 anos então eu desconheço com confinamento em pequenas áreas surgem outros problemas para o cacique Getúlio a falta de esperança resulta muitas vezes em atitudes drásticas como suicídio então isso suicídio traz aqui para nós mas esse que a gente vê existe essa doença mas essa doença quem pode curar médico não pode curar ninguém não pode curar mas os sonhos de Getúlio não morrem ele imagina um dia voltar vi em um espço maior e ter a vida de quando era criança eu espero que vai dar tudo certo só gente ir PR no espaço pra gente tomar aquele espo aquele nosso tecana ali alegri ali ali ali nós aqui vai ser difícil resolver nesse pedacinho de diário porque é difícil e no próximo bloco nós fomos até Rondônia conhecer duas etnias o Suruí e o cinta larga que vivem numa área de conflito e lutam para que as suas culturas não desapareçam a luta não acaba quando se conquista a Terra no caso dos indígenas a luta está longe de acabar após a demarcação no Brasil há 505 terras indígenas reconhecidas um total de 12,5% do território uma delas é a 7 de setembro a data representa não o Dia da Independência mas quando o primeiro acampamento Branco foi montado ali a terra indígena Suruí foi demarcada em 1976 mas apenas 7 anos depois é que os indígenas receberam a posse Total das terras de lá para cá já se passaram 30 anos o surui ou paiter em Tupim mondé como preferem ser chamados ainda lutam para preservar seu território nos anos 80 metade da área acabou nas mãos de fazendeiros e empresas mas a consolidação das terras e a luta do surui paiter não acabaram por aí ainda hoje eles têm que conviver com a invasão ilegal de madeireiros por satélite é possível ver que a área é a única preservada da floresta amazônica na região já tomada por fazendas a maior parte de criação de gado a área de Floresta chama a atenção dos madeireiros por ter árvores nativas grandes e antigas que tem um preço no mercado e não é difícil perceber a atividade legal na região foi uma dessas estradas paralelas à Terra indígena que a noite encontramos um caminhão carregado com toras de madeira abandonado na estrada de terra Provavelmente o carregamento era ilegal e os motoristas fugiram ao ver as caminhonetes da nossa equipe parecidas com as da Polícia Federal apesar de alguns indígenas se envolverem no mercado ilegal de madeira a maioria não concorda com atitude os surui tentam combater essa exploração com alguns projetos um deles foi usar a tecnologia a favor de quem muitas vezes era isolado culturalmente um projeto com o Google criou um mapa cultural do Suruí no Google Earth basta procurar pelo Suruí no mapa para encontrar informações sobre a cultura as tradições histórias e costumes do Suruí com isso os jovens aprenderam a usar o computador também passaram a usar câmeras para registrar o que acontecia n Alias e do meio da floresta levar ao resto do mundo informações sobre como vivem o Suruí as pessoas podem conhecer a cultura do povo paiter Suruí e dar valor para esses essas pessoas pros índios suru o cacique alir Suruí é quem está por trás de projetos como ess o escritório da associação exibe troféus e fotos aer crticas de que a tecnia poderia mudar a cultura indígena não vejam como que tecnologia Pode Acabar com a nossa cultura por exemplo n Pelo contrário né Eu acho que tecnologia não faz sozinho né quem que informações que estão aqui são as pessoas do escritório para o meio da floresta Almir nos leva para conhecer onde é a terra do Suruí ele é acompanhado pela força nacional por causa de ameaças de morte que sofreu logo na entrada Almir nos mostra uma área de reflorestamento foram feito estudo a partir de um diagnóstico que nós fizemos do nosso território Então esse diagnóstico fe trouxe quantos por Cent da cultura já foram estão sendo esquecido e quantos por do território a floresta no território já foram desmatado o reflorestamento começou em 2005 o madeireiro legal para não ser preso preferiu pagar sua Pena em serviços comunitários Foi aí que o primeiro plantio de 79 mudas foi feito depois disso ones do mundo todo começaram a ajudar Chegamos na aldeia a maioria das pessoas estava no meio do mato fazendo o plantil das mudas encontramos na floresta um grupo grande que limpa o solo para fazer o plantio de árvores típicas da região desmatamento ainda ocorre dentro da terra indígena até porque a fiscalização segundo Almir é insuficiente Ainda temos no nosso país um modelo que a gente acha que destruir Floresta que vai trazer mais resultado eh urgente o imediato né E que esse achando que esse modelo que a gente precisamos para nosso futuro mas o povo Suruí está dividido politicamente de um lado os que apoiam Almir de outro os que não concordam com o jeito dele governar e acham que ele pode estar se beneficiando com isso Fomos até uma das Aldeias que se desligaram da liderança de Almir em gabir ao contrário do outro grupo vivem uma batalha constante para conseguir dinheiro para os projetos fomos recebidos como humand da tradição a tinta feita de Gen papo serve para mostrar que fomos aceitos pela comunidade e o que que significa essa pintura aqui essa pintura aqui é pintura da Onça da menina moça e demora a sair demora mais ou menos uma semana um dos projetos da Aldeia é o do Mel 12 jovens foram capacitados para trabalhar com a apicultura através de um recurso da Caixa Econômica Federal Josafá é um desses jovens aprendeu a criar as abelhas e gostou do trabalho eu adoro trabalhar com meu eu mexer com as abelhas pessoal é é o Projeto né chamou é um o cara que mexe com abelha assim aí deu Cap aí a gente vem ensinar a gente aqui a a gente já tá sabendo mexer com hoje você já consegue até ensinar sozinho a gente vai lá e já pode capturar pros mais novos que já já estão vindo aí a gente vai passar esse ensinamento o que a gente aprendeu né a gente vai ensinar para eles mas como o projeto ainda é pequeno a produção não é suficiente para vender fora da terra indígena o cacique conta que a comunidade tem tido acesso a pequenos projetos mas que ainda não conseguiram ter bons resultados nós temos vários projetinho que é Nossa Associação fazendo né Por exemplo tem essa apicultura aqui agora nós tem o projeto da pisicultura né com apoio do Ministério Público agora né então esse aí Agora nós tem o projeto da castanha nós tem projeto do castanho para nós né Para dar renda a luta por projetos na aldeia quer dar renda à famílias e evitar que os índios se envolvam com práticas Ilegais o cacique diz que a situação na comunidade é bem diferente do que é mostrado na TV muitas vezes eu vi muito imagem que passa na televisão passa no jornal fala que ío tá bem ío não tá ío tá muito bem né Então já chega de falar ouvir isso aí o jeito que tá aí nós vive aqui na na aldeia não tem nada de de de bom para nós né não tem nada de bom para nós ele confirma que os madeireiros ainda atuam na terra demarcada e a falta de fiscalização agrava o problema eu vou lá no Funai fala para ele muas vezes Funai fala que não tem recurso para para mandar a polícia lá tirar né então fica difícil para nós aí mais representantes da FUNAI dizem que a fiscalização tem sido feita junto com a polícia federal entretanto acreditam que não basta apenas voltar ao olhar para a terra ou para os indígenas esses municípios em especial eh por exemplo Espigão do Oeste que é onde fica Pacarana que é o Entroncamento entre as terras indígenas oró cinta larga e Suruí e é um município que tem na sua atividade econômica principal a venda e legal de madeira Então por mais que a gente faça várias operações eh se não não trazemos alternativas outras econômicas para o município é muito difícil é uma uma guerra muito injusta a principal ação conjunta do governo federal o programa de proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas usou no ano passado R 652 milhões 600.
000 70% do que havia sido autorizado no orçamento só que desse valor total 92% foram para ações de saúde indígena sobrando pouco para outras áreas como fiscalização projetos sustentáveis e preservação dos conhecimentos perto da terra do Suruí está uma outra reserva a do cinta larga a conhecida reserva roswell tem 2 milhões 600. 000 ha de terra uma imensidão de Floresta Amazônica onde vivem 77 índios ao chegarmos na aldeia esperamos Até que a Assembleia de caciques pudesse aprovar nossa presença ali rosevel ficou conhecida pelos diamantes debaixo dessa terra está uma das maiores reservas do mundo os garimpeiros Ilegais foram atraídos pela notícia invadiram a terra seduzindo inclusive alguns indígenas estima-se que daqui já saíram mais de 200 milhões de dólares da pedra mais cobiçada do planeta não há sinal de riqueza por aqui as casas São Humildes famílias vivem muitas vezes dependendo do que chega do governo o coordenador das organizações indígenas da Amazônia brasileira acredita que a política assistencialista dada pela Funai no passado contribuiu para isso isso trouxe para eles grandes problemas porque eles não têm iniciativa nenhuma por parte do próprio governo que é a Funai e a gente vê muito pouco a educação para esse povo e a conscientização de que fazer valer a cultura deles é importante e não fazer para eles e sim ensinar eles preservação a gente tá querendo é assim sociedade olhar diferente não assim como índios ricos que índios tem isso tem não vocês estão vendo aqui ó Pobreza aqui o contato com a cultura do homem não indígena trouxe para dentro da reserva não apenas as invasões de terra trouxe o Diabetes resultado da mudança nos hábitos alimentar as ca e hortaliças foram substituídas pelo que vinha n cestas de alimento enviadas pelo governo principal doença que os enfrenta mais hoje é questão do diabet essas comid que o homem branco produz n na cidade que passa muitas químic muito veneno talvez Deve ser isso que a gente não aguenta né e a gente acaba se prejudicando bastante aos poucos a cultura cinta larga está desaparecendo as crianças muitas vezes não tem aprendido os costumes dos pais como é difícil hoje em dia aluno nosso ele fazer uma flechinha Sozinho João Bravo maior líder do cinta larga não fala bem o português mas é possível compreender sua preocupação com o que vem de fora interfere na cultura de seu povoar telefone ind um brincadeira telefone não adianta quem ensin préa e não ensinar entendeu Por isso que nós com preocupado hoje a principal luta do cinta larga não é apenas manter os garimpeiros longe mas também conseguir incentivo para que a cultura possa ser preservada dentro da própria Terra indígena então assim tiver um projeto que possa eles vamos fazer um exemplo né o índio você é um um construtor de você Carpinteiro né então o próprio ele né existe a madeira dentro da dentro da reserva ele mesmo pode serrar construir a sua casa é mecânico para para consert C então ele seria o mecânico e ele mesmo puder sobreviver Através disso equipamento que o governo através da fun traz é muito muito não é suficiente né porque tem muitas aldei então assim é muito muito pouca assistência né o povo cinta larga nos mostrou que eles merecem ser lembrados não pelas riquezas que T abaixo do solo mas por algo que tem mais valor que isso a reafirmação da própria identidade e daqui a pouco você vai saber como está raposa Serra do sol a terra indígena que foi Foi motivo de muita luta no judiciário até que os fazendeiros de arroz fossem retirados do local a gente volta já solo que é motivo de luta de permanência de sobrevivência nem mesmo uma das terras indígenas mais conhecidas do país teve descanso após conseguir a demarcação e a retirada dos brancos do local em 11 de de 1998 pensar em raposa Serra do Sol é relembrar toda uma disputa judicial em torno da Terra a planí tão característica do Estado de Roraima é substituída para uma paisagem de Serras de pedra uma vegetação que leva o nome de Lavrado que é a Savana brasileira rios que cortam os vales com águas cristalinas e surpreendem quem vem aqui pela primeira vez há 4 anos muitas dessas paisagens haviam sido substituídas por plantações de arroz mas com a saída dos fazendeiros da região agora quem mora nas casas da vila surumu são os próprios indígenas a Vila inclusive mudou de nome agora é a comunidade do Barro por aqui ainda vivem também os wapixana taurepang patamona E ingaricó todos foram empurrados por décadas para fora de seus locais de origem pelo agronegócio agora com a terra devolvida se esforçam para recuperar o solo dos problemas que as fazendas deixaram para trás o agrotóxico o desmatamento As valas feitas para conter a nas plantações de arroz o resultado foi a extinção das florestas a fuga dos animais nativos a redução da água continuamos nossa viagem pela raposa Serra do Sol até chegarmos a comunidade de Pedra Branca uma das principais atividades por aqui é a pecuária somando as de todas as comunidades indígenas dentro de raposa Serra do sol hoje já se chega ao número de 70. 000 cabeças de gado a criação começou com um projeto da Igreja Católica que doou uma vaca para cadao começamos com 52 cabeças de vaca e hoje hoje tá chegando nós temos 150 cabeças do gado se aproveita a carne e o leite e se faz o tradicional queijo de manteiga mas basicamente serve de consumo interno apesar da quantidade de cabeças de gado há dificuldade em vender a carne por não haver matadouro por perto nossa viagem por dentro da terra indígena continua rumo a comunidade considerado o coração de raposa Serra do sol maturuca toda a aldeia já nos esperava foi uma das recepções mais emocionantes que tivemos na grande maloca as principais lideranças nos recebem como tradi dessa região das Serras E essas duas malocas aqui atrás tem toda uma simbologia a média foi construída assim que o processo de demarcação foi iniciado e a grande veio com a homologação representando a união de todos os tuxauas que são as lideranças de todas as etnias presentes na raposa Serra do Sol os anos de luta fizeram com que quase todos dentro da raposa Serra do Sol entendessem de leis de projetos enf termos jurídicos e legislativos que se referem às terras indígenas hoje a principal preocupação são as 19 condicionantes regras criadas durante a homologação da raposa Serra do sol que dão abertura para atividades como mineração e hidra elétricas serem feitas com a aprovação do governo sem o consentimento dos índios existe 19 condicionante temos PEC 215 que é muito contra povos indígenas então nós nós ainda estamos preocupado muito né nesse momento aqui a gente tá pensando como que a gente vai fazer e nós estamos sendo ameaçado ainda pelas grandes minerações e hidroelétrica né na cachoeira do tamanho do ar tem projetos de emenda constitucional também tentando trazer a volta desses invasores para cá ainda tem as 19 condicionantes que eles colocam que não favorece a indígena nenhum é uma preocupação que não não não descansa uma preocupação constante entre os indígenas qual vai ser a sorte dessas 19 condicionantes há uma condicionante que diz que não pode haver ampliação de terras indígenas apesar de já terem conseguido a homologação e a desintrusão da Terra com a retirada dos fazendeiros vários projetos ainda ameaçam a integridade de raposa Serra do Sol alguns deles estão em trâmite no congresso nacional com uma proposta de emenda a constituição 215 que quer deixar apenas nas mãos do congresso a tarefa de aprovar a demarcação de terras indígenas e com relação a PEC 215 isso para nós não funciona né aqui não vai funcionar se caso isso entrar em vigor primeiro a gente todos os interessados são parlamentares e donos de de terras aquis de todos eles estão formados por pessoas interessadas pelas próprias terras indígenas que tem a maior parte recursos naturais os parlamentares n que eles faz lei mas só PR lei para destruir as comunidades indígenas se torna uma coisa que não é bom pras comunidades indígenas que temos aqui na nossa região o senador Romero juc Pernambucano mas eleito por orima defende ainda um outro projeto a aprovação de explorar minério em terras indígenas já homologadas o meu projeto diz como isso ocorrerá aqui no Congresso Como será o audiência dos índios porque a Constituição diz também que os índios deverão ser ouvidos então poderá ser feito mineração em terras indígenas ou não dependendo da vontade de cada comunidade indígena esse processo será feito através de licitação pública Com acompanhamento do ministério público e a comunidade indígena receberá royalty ou seja receberá o resultado da Lavra do resultado da mineração o governo não se posiciona oficialmente quanto a assunto mas segundo o Instituto socioambiental is Isa atualmente há 4.