Boa noite que momento especial estarmos nessa noite com a professora Terezinha rios a professora Selma Garrido pimenta é uma alegria uma honra nesse momento que um instante temos uma repetição de fala de fundo que agora foi resolvido Agora sim temos a situação resolvida ou não né bom Eh boa noite nos equivocamos aqui mas já estamos prontos para iniciar essa noite me desculpem porque O equívoco foi todo meu eh Recebemos a professora Terezinha rios e Celma Garrido pimenta para uma live que compõe o nosso curso de extensão didática crítica no Brasil e escola pública Esta é
uma atividade da Associação Nacional de didática e práticas de ensino eh realizadas entre o mês de abril e novembro de 2024 com um total de nove lives essa é uma ação de extensão em parceria a a andp a editora Cortez e o canal YouTube da UFG oficial essa parceria nos possibilita gratuitamente ofertar o curso e dar maior visibilidade ao debate que se produz nós temos a alegria de ter a colaboração de três grupos de pesquisa o grupo didaque eh que é o grupo de estudos e pesquisas em didática e questões contemporâneas da faculdade de educação
da UFG o gepef da faculdade de educação da Universidade de São Paulo grupo de estudos e pesquisa sobre formação do educador o gped da Universidade Federal de Uberlândia grupo de estudo e pesquisa em didática desenvolvimental e profissionalização docente tudo que fazemos em colaboração tem um outro sabor e uma outra possibilidade eh nesse momento é importante para nós da associação compartilharmos que o encontro nacional de didática e prática de ensino que é o a 22ª edição ocorrerá do dia 5 ao dia 9 de novembro em João Pessoa na Paraíba e nesse momento convidamos a todos a
conhecer o site do evento Eh estamos certos que nos encontraremos vários de nós estaremos presentes no evento com muitas mesas conferências simpósios comunicações então fica aí a dica para que todos possam acessar e ver a programação do endp que já está disponibilizada no site agora a pouco teremos no chat a o acesso a esse link do evento bom na noite de hoje nós temos duas eh intelectuais que muito me inspiram e por certo inspiram vocês também é a beleza da sabedoria da maturidade e do compromisso com a educação pública com a escola com a aprendizagem
das crianças e a seriedade do trabalho do professor das escolas brasileiras então Que honra né nesse momento eu estar ao lado de Terezinha Rios Terezinha Azeredo Rios aí na bio vocês tem o link com o lápis completo da professora dado o tempo curto Eu apenas vou apresentar mínimamente que a professora é graduada em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais com mestrado em filosofia da educação pela pontifícia Universidade Católica de São Paulo doutorado em educação pela Universidade de São Paulo atualmente a pesquisadora do GPF e tem uma trajetória belíssima com mais de 30 anos pertencente
ao quadro de docentes do departamento de teologia e ciências da religião da PUC de São Paulo trabalhou como professora colaboradora do programa de pós--graduação em educação currículo num convênio da PUC de São Paulo com a universidade pedagógica de Moçambique não vou contar mais porque tem muitas obras muitas publicações e uma participação importante na produção intelectual brasileira a professora Selma Garrido pimenta é a nossa convidada também da noite Ela é professora titular aposentada Senor da faculdade de educação da Universidade de São Paulo graduada em pedagogia com especialização e orientação Educacional e pesquisa Educacional mestrado e doutorado
em ação filosofia pela pontifícia Universidade Católica de São Paulo é livre docente em didática pela Faculdade de Educação da USP E aí tem também um currículo enorme com muitas e muitas publicações que todos nós conhecemos mas eu queria destacar que é membro fundador é uma mulher importante à frente da Associação Nacional de didática e práticas de ensino como eu disse vocês tê tem como acessar o currículo completo das duas professoras aí na bio abaixo eh para essa transmissão professora Selma é um prazer para nós este momento Solicito que a Alice coloque Terezinha Rios na na
tela e eu nesse momento me Retiro e desejo um excelente diálogo para as duas estarei aqui atenta acompanhando bom trabalho mulheres professora Terezinha muito boa noite para todo mundo também eu tô querendo manifestar a minha alegria por aqui estar com vocês nessa noite né É fundamental que a gente possa seguir adiante nesse diálogo e eu quero em primeiro lugar agradecer o trabalho de suporte nosso eh que é feito por Alice Brito de Luca Ana Paula Vieira eh Marília Sabino e Pablo Lisboa e agradecer marius a você por essa acolhida Generosa que você eh nos traz
aqui nesse momento e é claro revelar a minha alegria maior por est de lado de alguém que não só me acolhe me ensina me mostra caminhos etc que é essa criatura Celma Garrido Pimenta né eu fiquei muito contente de a gente poder eh seguir com a conversa aqui porque preciso de contar a vocês para aqueles que ainda não conhecem o a nossa caminhada que é um diálogo que se inicia há muitos anos ali na década de 70 né quando eu entro na PUC São Paulo para fazer o mestrado e aí tenho como colega a professora
Selma Pimenta mas colega num desnível porque Selma tava no doutorado já e eu tava ainda no mestrado mas ali começou essa conversa que se prolonga até hoje e de um jeito muito especial porque no momento em que fui eh fazer a minha dissertação de mestrado no término quem Eh tava ali na minha banca ao lado do Professor Carlos Roberto Jamil Curi Era exatamente Selma garre do Pimenta né então foi a minha orientadora foi Miriam Ward que nos deixou Infelizmente há algum tempo e eh ali estavam Selma e Curi junto com Miriam para me questionar para
me trazer referências etc coisa muitíssimo importante né E já naquele momento a minha preocupação Era exatamente com a didática de alguma maneira com esse gesto de ensinar eu tava preocupada eh em ser uma boa professora uma boa professora de Filosofia e aí Queria pensar no no jeito de ser não é só no como pensar no que fazer por fazer Para que fazer e aí Celma pôde me trazer alguns referenciais que me estimularam a ir buscá-la na USP e eh querer que ela fosse a minha orientadora no doutorado Então olha só primeiro é ali junto com
como se fosse colega aí depois era aquela pessoa estimuladora e apontadora de caminhos e em seguida era a pessoa que vinha comigo apontador de caminho eu tô falando mas na verdade o que aconteceu foi que eh conhecendo Selma melhor ali no mestrado o que que eu fiz fiz Como diz Chico Buarque numa de suas músicas Eu ajeitei o meu caminho para encostar no dela E aí eh fomos juntos o caminho se tornou nosso e efetivamente Foi mesmo essa perspectiva disso mas bem antes ou concomitantemente a gente estava junto na na and né a gente tava
junto em projetos do ministério a gente tava juntas na anped no GPF que antes mesmo eh do doutorado etc então é é uma coisa muito boa a gente tá de novo aqui para seguir na conversa essa conversa que se dá entre a filosofia da educação que é o meu espaço de formação e de prática e a didática né e acho que aqui a gente terá oportunidade de eh retomar de alguma maneira isso aí né eh portanto coisa boa agora entrar nesse curso e poder falar sobre essa didática multidimensional né crítico emancipadora que é essa proposta
que nos traz a Selma eu vou eh pedir licença para ler para vocês uma coisa que eh eu já descobria lá na no enquanto fazia a tese eu defendi a tese em 2000 lá vão eh 24 anos né E então que eu já eh pegava ali uma coisa de 1997 escrita pela professora Selma leio uma questão fundamental é a necessidade de se construirem teorias fertilizadoras da Praxis dos professores no sentido da transformação das persistentes condições de ensino e aprendizagem seletivas e excludentes da gestação de práticas pedagógicas capazes de criar nos âmbitos escolares as condições de
ação e desenvolvimento cultural social e humano dos alunos pertencentes aos segmentos desfavorecidos da sociedade e que por isso sofrem o processo de marginalização em nossas escolas Pimenta 1997 não é de agora o emancipatório da proposta da professora Selma não é de agora o crítico emancipadora né que ela nos traz ali no conjunto do livro que é tema eh desses nossos encontros e é por isso mesmo exato que é importantíssimo a gente levar adiante essa conversa mas sem mais delongas quero que CMA possa nos eh dar com essa eh explanação etc e eu dizia a ela
quando a gente conversa a propósito disso esse diálogo a a filosofia quando se volta para outros Campos do conhecimento ela tá buscando compreender tá buscando o sentido ela é um tipo de conhecimento de caráter conceitual e portanto ela sempre pergunta pelo que é procurando explorar os conceitos que estão presentes eh nas propostas etc e então a minha pergunta para Selma que na verdade vou desdobrar a primeira é que especificidade é que tem a didática multidimensional crítica emancipatória que a distingue né que a distingue de outras propostas que a gente já veio analisando nas outras lives
em outros momentos do curso né eu brincava com ela dizendo aqui na filosofia a gente para fazer a definição recorre ao gênero próximo e a diferença específica o homem é um animal racional animal gênero próximo racional diferença específica Há muitos animais mas o animal racional ser animal racional é específico do ser humano muito bem há muitas teorias de didática que são críticas Selma tá lá mostrando o livro é isso mesmo é didática CR no Brasil mas tem uma tendência digamos assim que é multidimensional crítico emancipatória o que que isso nos diz para dizer que não
é sensível ou será Não é materialista dialético ou será como é que conversa são essas diversas didáticas esse diálogo é rico e nós já experimentamos ele mas eu acho que agora é a vez de Selma falar da diferença específica né Selma e a primeira é exatamente é a ideia de Quais são esses conceitos estruturantes da didática multidimensional que fazem com que ela Receba essa denominação [Música] obrigada tá sem som você Celma conseguiu não pronto ativei o som ótimo tudo bem sim Diga lá ok então quero dizer meu boa noite a todas e todos todas as
pessoas que aqui se encontram tanta gente querida que tá aqui colocando seu nome no chat Quero agradecer imensamente as palavras de Terezinha com a qual dialogare mas quero agradecer toda a equipe que está aqui eh possibilitando esse evento e eh por parte da corteza editora por parte da andp que eu quero cumprimentar em nome da Sandra popof a nossa querida presidente que é a a amali musi eh e quero agradecer imensamente eh tudo que eu aprendo com a Marila nossa querida Marila vice-presidente da andp que não poupa esforços para não só fazer desse encontro essa
beleza que tem sido né Esse já é o o sétimo Se não me engano mas principalmente de nos apoiar de nos assessorar para que tudo dê certo então eu agradeço imensamente também quero cumprimentar meus colegas coeditores coorganizador desse livro A Andreia maturan maturano longar e o Roberto Valdez poentes que foram os grandes estimuladores para que nós reuníssemos num único livro eh as Vertentes críticas da didática no Brasil e e a cada dia eu acho que nossa Eu agradeço muito a eles porque eu confesso a vocês que eu já tava meio desistindo e eles me deram
um gás assim que não tem não tem como agradecer Mas vamos lá eu vou eh conversando aqui um pouco com a nossa querida Terezinha como vocês viram a nossa relação vem de longa data e e não foi por acaso que eu eh pedi a ela a gentileza de fazer essa mediação Porque ela foi ressaltando todas as minhas contribuições para o desenvolvimento dela né mas a Terezinha desde o começo desde que eu a conheci ainda no mestrado ela já se mostrava como uma companheira de possibilidades de ideias não é de postura e E aí eh eu
entendo que hoje ela preste essas esses reconhecimentos a mim mas eu digo que ao longo dessa trajetória de quase já mais de 30 anos eh nós somos na verdade companheiras colegas eu aprendo demais com a Terezinha Aprendo muito eu fiz o o meu curso de pós--graduação tanto mestrado quanto doutorado que se chamava educação dois pontos filosofia da educação eh e eu confesso a vocês que eu fui aprendendo filosofia com os meus colegas que eram filósofos como a Terezinha Rios além do próprio saviane que foi meu orientador do mestrado e depois em parte do doutorado Mas
eh e aí quando ela tava falando agora T eu percebi que não foi por acaso que eu escrevi esse texto né nossa ao mesmo tempo que ele me pareceu antigo como você fez referência ele foi amadurecendo no contato com você além dos colegas como eu citei né a própria Maria Rita quando aprofunda a perspectiva do materialismo histórico dialético né com o meu colega Libânio que sempre eh tivemos muita proximidade em várias das questões eh e com tantos outros né com meu colega José fusari também coordenador do GPF que me puxa sempre para pôr o pé
no chão né E então Eh é muita alegria eu tô quero dizer isso para vocês é muita alegria estar aqui mas sem mais delongas vou colocar o que a Terezinha me solicitou né veja quando Andreia Roberto e eu pensamos esse livro e depois e convidamos os autores todos não é e depois quando nós vimos a o livro publicado que apresentamos no e lançamos e apresentamos na anped no GT de didática eh o ano passado em Manaus eh nós fomos percebendo e depois conversando também com outros colegas que escreveram Maria Rita por exemplo nós fomos percebendo
que na verdade nós estamos falando de um conjunto de contribuições altamente significativas que tem em comum eh se colocar eh contrários a lógica neoliberal que quer e está conseguindo ressus tá a que nunca desapareceu didática tecnicista vou falar um pouquinho mais adiante sobre isso e eh nós três percebemos que esse material todo com a colaboração de outros colegas que estão lendo analisando etc nós podemos entender isto como uma síntese superadora no bom sentido da dialética eh marxista né materialista histórica uma síntese superadora de perspectivas que não são Opostas uma contra a outra ou uma melhor
do que a outra mas elas eh elas apontam para o campo da didática para os professores de didática e para os professores em geral eh uma perspectiva que poderá ser uma arma muito fse forte eh Contra isso que eu falei e que vou explicar daqui um pouco um pouco mais sobre as tendências atuais políticas e ideológicas na educação Então nesse sentido quando a Terezinha me formulou essa primeira pergunta eu quase diria para ela assim olha vai me pergunta o que que soma mas como ela bem explicou conceitualmente né Eh eu vou dizer aqui o que
configura eh o que eu trato nessa perspectiva é que eh a distingue vamos dizer né Eh do conjunto então eu diria que são quatro três qu cinco pontos que eu vou considerar rapidamente e depois vou desenvolver eh a didática multidimensional crítica emancipatória dois pontos princípios EP olgos a uma Praxis docente transformadora veja só vocês não sabem o tempo que eu levei para escrever esse título porque eu queria colocar tudo no título E aí ficou enorme Mas tá tudo OK mas se explicar né então eu começo respondendo a Terezinha que o primeiro ponto é que nós
procuramos explicitar a imbc entre educação enquanto um processo de humanização e direito dos humanos a pedagogia enquanto uma ciência crítico dialética que é base da atividade de pedagogos e professores né e a didática uma ciência crítico dialética que tem o ensino como seu objeto eh base da atividade profissional de professores então uma imbricação entre educação Qual é o conceito de educação que está aqui presente o conceito de pedagogia e o conceito de didática eles estão imbricados e eu uso essa expressão imbricação trazendo uma colaboração da botânica que eh eh para definir a planta né ela
diz assim eh um conjunto A PL né é um conjunto imbricado do qual nenhum elemento é isolável por exemplo as partes da planta as partes da planta se a gente isolar a folha ou a flor do caule é a morte para eles todos a planta perde o sentido ela pode ser tecnificada coisificada Por exemplo quando você pega uma folha seca e coloca num quadro ela assume uma outra finalidade fragmentada da sua origem e da sua existência né Poderíamos dizer então a imbricação que eu assumo aqui É nesse sentido o outro ponto é de que eu
busco explicitar claramente Quem são os nossos interlocutores quando eu tava escrevendo quem é que eu estou pensando são os professores e os alunos ou seja ess sujeitos humanos em sua Praxis efetiva em sua Praxis de efetivar a relação dialética conhecimento ensino aprendizagem humanização em determinados contextos e essa essa esse foco é aí que eu eu aposto tudo eh como oposição à ideologia neoliberal o terceiro ponto o texto valoriza portanto os sujeitos professor e alunos como produtores de conhecimentos conhecimentos pedagógicos conhecimentos didáticos e conhecimentos das áreas específicas conhecimentos necessários a praxes de ensino aprendizagem e panto
não como transmissores de conhecimento Para que sejam assimilados pelos alunos aliás eu confronto essa ainda presente eh compreensão de da finalidade do ensino de transmissão e o papel do professor é transmitir do aluno é assimilar e assim eu afirmo a a didática multidimensional crítico emancipatória que ela se figura como uma Ode od Ode no sentido od nessa palavra no sentido de homenagem um louvor aos professores valorizando os profissional e moralmente valorizando a formação e o trabalho docente contra o que vocês já estão sabendo e por fim eh ela eh essa nossa perspectiva considera a escola
pública como um direito democrático e não um privilégio por isso que eu tenho uma parte do texto que eu trato dessa questão da escola pública né e o título da nossa Live já já coloca nesse sentido Então veja que Terezinha e todos né que o que eu tô colocando tem a ver com h tem muita dialoga muito e pode ser complementado com o que as demais Vertentes colocadas no livro apresentam né mas eu vou então agora aprofundar um pouquinho detalhando um pouco cada um desses aspectos que eu fui colocando né então já ficou claro que
a motivação fundamental para essa escrita é ser contra o avanço da ideologia neoliberal nas políticas educacionais e em todo o sistema de escolaridade desde a educação básica até a educação superior n exemplos vocês têm para isso não é e trago aqui algumas eh alguns trechinhos do laval e da Marilena Chi não é eh quando afirmam que nessa ideologia a escola passa a ser uma empresa portanto é uma escola da produção do trabalho do rendimento é preciso preparar o trabalhor o trabalhador eficiente é o que eles querem eh ou então podemos encontrar também ela definida como
um centro comercial do consumo com os valores de escolha e satisfação hedonista a introdução da publicidade do marketing e do Patrocínio na escola que se ajusta perfeitamente à socialização do jovem essa perspectiva de utilidade ela só se rege a a a cultura escolar é rejeitada por essa perspectiva porque ela é regida totalmente pela utilidade pelo retorno pela eficiência pela aplicação mensurável veja os rebatimentos disso nas nossas escolas e nos procedimentos chamados didáticos não é E aí eh eu destaco aqui dois pontinhos importantes paraa Nossa análise não é porque nessa perspectiva a relação dos alunos com
o Saber foi se tornando eh uma coisa na qual eles não consegu se envolver nas atividades escolares que exijam uma atitude autônoma de pensamento por quê Porque eles vão sendo colocados com um saber como um conjunto de ferramentas incluindo as virtuais com regras ou competências que lhes permitam responder tão somente a uma questão ou resolver um problema isolado então a dificuldade que a gente identifica nas pesquisas do envolvimento do Estudante com o processo de eh pensamento eh tá marcada por essa ideologia pela influência dessa ideologia não é e por outro lado os professores veja quanto
que eles apresentam isso que eu vou dizer agora não é frequentemente desenvolvem uma atitude fatalista que os leva sob o pretexto de se adaptarem a um público desfavorecido com as cotas sobretudo na universidade não é ou com os estudantes sobretudo nas escolas públicas a propor atividades pobres em termos de conteúdo intelectual e e pouco ambiciosa em termos de progressão pedagógica né então Eh seguindo ainda no neoliberalismo eh segundo agora é mariaelena chi que tá lá falando perde-se a ideia da formação Isto é o exercício do pensamento da crítica da reflexão e da criação de conhecimentos
isso é substituído por uma transmissão rápida de informações não fundamentadas pela inculcação de conceitos pela difusão da estupidez contra o Saber contra a ciência um adestramento voltado à qualificação para o mercado de trabalho ora com Yang Michael Young é no processo de escolarização que as novas gerações podem encontrar o que em nenhuma outra Instância social lhes é disponibilizado especialmente para os de baixa renda para os pobres que é o quê disponibilizado o conhecimento poderoso na expressão dele decorrente dos Campos das disciplinas não é disciplinares das ciências e capaz de fornecer explicações confiáveis ou novas formas
de pensar a respeito do mundo contribuindo para a produção de novos conhecimentos Então essa relação instrumental neoliberal com o saber impede a aquisição dos conhecimentos Nesse contexto o acesso aos conhecimentos e a escola públicas deixam de ser um direito como diz xi sendo transformado em Privilégio de alguns em um instrumento de exclusão sociopolítica cultural Eh Ou seja como um instrumento de desumanização bom e aí o que a didática multidimensional crítico emancipatória tem a ver com isso vou vou seguindo aqui tá bom T Então vamos lá eu vou começar agora entrar nessa perspec nessa vertente que
eu denomino então da didática crítica estabelecendo imcando não é a didática crítica a pedagogia crítica dialética e a educação emancipatória e vou trazer aqui uma epígrafe eh que eu de um autor que eu gosto muitíssimo que eu estudo desde dos anos 80 que é este aqui não sei se vocês conseguem ver é o livro do schmid kovarik um autor alemão que tem esse livrinho tá em português 1983 em que o kovas nos diz o seguinte aspas para guiar o trabalho didático concreto para referindo ao educador né Eh o educador aí eu acrescento pedagogos e professores
precisa de uma doutrina ou teoria Educacional colada à Praxis veja aqui já começa né A Teoria colada à Praxis como também de uma determinação de sentido de da educação ou de uma teoria da formação cultural como ele chama ou seja qual é a finalidade da educação para que que eu eu ensino e o ensino é uma atividade educativa qual é a finalidade para quê Qual é o sentido para poder tomar autonomamente decisões pedagogicamente basadas para ambos os problemas da didática que é o da teoria e da prática aliás da pedagogia também pedagogia teoria prática prática
prática prá a didática ficou marcada ainda o é rejuvenecida né pelo neotecnica do neoliberalismo porque a eles não interessa que os professores tenham essas compreensões né então a didática multidimensional crítica emancipatória Com base no pressuposto de que os conhecimentos ensinados são reconstruídos pelos educadores e educandos e que a partir dessa reconstrução T possibilidade de se tornarem os professores e os estudantes autônomos emancipado emancipados questionadores ela valoriza os pedagogos e professores em seu trabalho e em sua formação isso é muito importante porque vamos lembrar hoje no Brasil 92% das matrículas nos cursos de formação de professores
é realizada pelos conglomerados que eh São eh o braço operacional né dessa eh ideologia eh neoliberal né então o nosso caminho é dotar esses professores de uma teoria Educacional colada Praxis com instrumentos de análise e de crítica Teoricamente sustentada Para quê Para que eles compreendam os contextos históricos sociais culturais institucionais Olha aí a multidisciplinaridade como a Vera candô colocava lá na década de 80 né Nos quais o ensino ocorre e noss quais ocorre a sua complexa atividade de ensinar então e assumindo uma determinação de sentido desse trabalho que ele realiza para tomar decisões que embasem
as suas Prates transformadoras T aqui sim eh gostaria de interferir no seguinte sentido para elevar algo que você tá nos trazendo quando você faz referência ao contexto não é mesmo eh eh é uma ciência a didática é uma teoria crítica que se volta para eh o ensino mas não um ensino qualquer é algo generalizado é num contexto esse contexto da sociedade capitalista na qual nós vivemos e sociedade que é sustentada por essa ideologia a qual você faz referência Mas o que eu quero destacar aqui é exatamente essa eu buscaria o corvas para eh como epígrafe
de seu texto mesmo para eh marcar isso que você trouxe há pouco que é a questão do is da educação né da educação da pedagogia da didática sim educar é construir a humanidade pergunta qual a aí a pedagogia vai perguntar qual humanidade porque não é toda humanidade que tem as características da humanidade que a gente gostaria que tivesse ok Ok então e a didática diz então Eh qual ensino Ok qual ensino para que formação e aí você traz essa Perspectiva da emancipação isso eu não falo em humanização se eu não tiver emancipação isso meso Uhum
E se eu não me desenvolvo enquanto ser humano na maneira como a gente pensa mas não ser solto o cidadão isso é dentro um determinado contexto eu acho é aí que você marca bem a questão da Cidadania e não do do operário para eh construir determinadas coisas mas do cidadão para construir a sociedade junto com os outros com os direitos is acho que essa é uma marca importante que você nos traz e você aproxima da da filosofia quando você diz que o que se quer é compreender e compreender é buscar o sentido a finalidade etc
né É isso aí isso obrigada você faz uma síntese muito apropriada né desse meu pensamento e aí eu vou pulando aqui um pouquinho eh alguns elementos porque aí como você bem destaca acho Ficou bem claro essa imbricação não é porque a educação que fundamenta né a nossa compreensão da dessa dessa didática é a educação como sendo o que você falou uma atividade exclusiva do humano e que ocorre entre eles com vistas a humanizá-lo porque nós Não nascemos pronto né quer dizer então a educação ela é essa atividade ela tem essa finalidade e só os humanos
é que precisam ser educados os demais animais não precisam né e e são educados na relação com o outro onde ele vai então construindo se construindo como um sujeito que é igual e diverso em relação a sociedade em que ele vive né esse novo humano Portanto ele ele vai se construindo com a capacidade de transformar a realidade em que ele vive por qu e como é que ele transforma não é só eh fazendo igual o macaco fez muito bem aliás de juntar uma vara na outra para buscar o alimento né Tem um nível de raciocínio
aí né de articulação sei lá mas não vou comentar isso mas ele o nós humanos fazemos eh interferimos nessa realidade na medida em que a gente a conhece criticamente portanto por meio da ciência por método científico não é se apropriando dos dos conhecimentos daí o que veio antes de nós conhecimento que foram elaborados ao longo da história enfim que permitam compreender como é que foram produzidas as situações de desumanização que estão na o na atualidade então é esse o conceito de educação não é eh tô aqui trazendo contribuição de Marx de Freire de kovas etc
né mas vamos seguir nessa nessa linha que eu diria então que esse movimento teórico e em diálogo com vários autores eh alguns que eu já citei Marx Freire koval que teoria a teoria crítica autoriz da teoria crítica no âmbito da pedagogia e da didática ah com o materialismo histórico dialético e as categorias Principalmente as categorias todas elas para explicitar os conceitos de dialética e Praxis e a dialeticidade da educação pedagogia didática né Essa imbricação é dialética eh isso vem sendo trabalhado por colegas nossos né Nós próprio eh Libano saviani Severo pinto e outros colegas que
TM se debruçado sobre mais diretamente sobre a questão da pedagogia não é e eh vou explicitar os conceitos da eh didática multidimensional crítica emancipatória com a escola pública trazendo xi Almeida fusar e Pimenta né e outros autores e enfim depois falarei dos princípios e os conceitos estruturantes mas antes disso reafirmo que esse movimento em diálogo com esses autores que me referi das teorias críticas da educação é que me permitiram explicitar as bases epistemológicas dialético crítica da ciência pedagógica aqui eu dou uma varinha veja bem como eu estou dizendo a pedagogia é uma ciência crítico dialética
É essa a sua epistemologia Ela não é uma ciência pura e simplesmente nem uma ciência qualquer e nessa direção é que eu vou ressignificar a multidimensionalidade da didática enquanto ela também uma ciência crítico dialética emancipadora nos processos de ensinar que é o seu objeto daí esse nome que eu atribuí didática multidimensional os seus fundamentos decorrem portanto da ciência pedagógica crítico dialética que se debruça sobre a educação partindo da das práticas e a ela se volta apontando as possibilidades para a Praxis transformadora Então veja deixo muito claro aqui que esta concepção ela tem provocado debate Nem
digo debates eu diria quase que acusações contra contra nós eh de um lado por que tanto a pedagogia quanto a didática elas foram sendo entendidas por várias por vários determinantes que eu não vou dizer aqui trabalhar aqui agora como a prática então a pedagogia tá tão tá tão desconsiderada academicamente que há há cursos de pedagogia que não estudam pedagogia que que eles estão formando pedagogos sem ped I né por outro lado a própria didática que foi muito atacada contra nós né Eh no final dos anos 90 e continua sendo nesta década eh mas principalmente lá
quando ela nós nos propun ser contrários ao tecnicismo E aí nos acusavam de cientistas positivistas eh então Isso foi um equívoco histórico monumental entre nós aqui no Brasil né E que eh ainda que viessem de colegas nossos que eram da área progressista da educação essa e esse movimento contrário à pedagogia como ciência e à didática eh acabaram se juntando com a defesa do n pelo neotecnica do Neo aliás pelo neoliberalismo do neotecnica que é o que eles defendem que é prática prática prática sem teoria né então fecho o parênteses isso aqui eu tenho vários artigos
publicados sobre isso não é mas o que eu quero deixar muito claro aqui é que essa imbricação é dialética educação pedagogia e didática porque a pedagogia é uma ciência eh crítico dialética que estuda o quê tem qual é o seu objeto a educação que é praticada na sociedade na escola e fora da escola em todas as instâncias da sociedade eh Por que que ela tem que fazer por que que ela faz isso porque ela tem no ponto de partida o compromisso com as práticas educativas e pelo método dialético ela vai poder evidenciar as contradições [Música]
Quando essas práticas onde quer que elas aconteçam São contrárias à humanização emancipatória então não sei se tô sendo o suficientemente Claro mas eu sou muito apaixonada por esse assunto né tô voltei a ficar apaixonada por estímulo de todo essa rede da andp da reped e e dos colegas mais jovens também enfim para eh afirmar portanto que a pedagogia é uma ciência crítico dialética que estuda as práticas sociais educativas em suas contradições para apontar as possibilidades de praxes educativas transformadoras vocês estão percebendo que há muito o que se modificar nesse nosso país né não só no
em termos da macroestrutura ideológica como eu falei mas eh no nosso próprio Campo dos dos educadores eh das nossas ações das nossas entidades eh representativas das nossas associações enfim que educação que que nós estamos fazendo com a educação nesse país né não Só fazemos críticas às políticas eh governamentais né mas que também é fundamental sim mas veja quero colocar outro destaque Eu acho que eu tô seguindo a sua fala Selma como se eu tivesse lendo o artigo sabe como E aí tem hora que eu grifo e né destaco na lateral põe uma setinha porque chama
atenção né se eu emprestar o livro para alguém na vai ser uma leitura Quase meio viciadinha porque ele vai caminhar pelos meus grifos mas eu tô achando que é fundamental duas coisas que você colocou fundamentais o risco de pedagogo sem pedagogia sim e a forma a acusação de uma prática sem teoria isso ok pedagogo sem ogia como é que a didática multidimensional ia responder a isso porque fica esquisito não fica é é igual triângulo sem triangularidade não é meso triangularidade e e prática sem teoria eu acho que esse é prática sem você o que você
quer levar é uma proposta teórica porque é científica pedagogia didática mas que quer iluminar o quê uma prática né Isso é que eu acho que é que ressalta ah coisa ao falar em multidimensionalidade de alguma maneira e ao falar em emb bricação de alguma maneira você já tá trazendo isso aí isso ok né Podemos seguir é é é o meu grifo obg Ok então vou vou vou continuar pressando um pouquinho porque eu já vi a hora aqui né se lá então vou lá então entendendo essa embc né Eh Só lembrando mais uma vez com os
nossos teóricos eh do Marxismo histórico dialético que não é a teoria que muda a realidade mas é a ação dos sujeitos não é é na Praxis que nós mudamos eh mas a teoria ilumina os caminhos e as possibilidades e o método eh científico para eh desvelar não é usando Freire eh as contradições Então mas seguindo então e caminhando um pouquinho mais indo um pouquinho mais né Eh eu queria falar ainda então você como uma frase que sintetiza o que eu disse até agora não é a pedagogia enquanto ciência teórico-prática que estuda a educação que se
pratica na sociedade não transforma a realidade mas ao criar as novas teorias a partir da realidade oferece aos educadores pedagogos e professores fundamentos e perspectivas para em sua Praxis transformarem as práticas educativas desumanizadoras visando a emancipação humana né que eu tô ressaltando aqui grifando pedagogos e professores que são profissionais diversos e que tem que ter formações com bases profundamente comuns mas que T também especificidades então se eu pedagoga não posso ensinar matemática porque eu não sei matemática e os professores de matemática precisam aprender a pedagogia que ilumina o ensino de matemática para poder ensinar bem
bom só uma observação Zinha né E por que emancipatória aqui só vou dar esse destaque e já vou para paraas características da dmce por eh não apenas explica ou compreende os fenômenos educativos como são ou deveriam ser idealmente mas ao penetrá-lo em sua concretude em seus contextos históricos sociais apontando E analisando os obstáculos a serem superados evidencia as potencialidades melhores no presente no existente que possam se realizar enquanto oportunidades de emancipação relativamente à dominação vigente essa é uma citação de um autor da teoria crítica né veja T olha aqui a pia que você nos fala
que você nos ensina depois se você quiser você fala para todos nós aqui olha aqui o inédito viável freiriano não é olha aqui o esperançar e não o esperar o esperançar é aqui agora com vistas ao que eu quero eh então é esse o conceito de emancipação que tá aqui não é vamos lá seguindo portanto essa imbricação né Já você já fez a síntese aí para mim da embc Lembrando que as finalidades do ensinar aliás esse Isso aqui é uma coisa é é tão importante e Ela desaparece quando você vai olhar os programas eh de
ensino não tem a finalidade do ensinar tem lá objetivos operacionais não tem finalidade do ensino porque o ensino Qual que é a finalidade que eu defendo né Eh contribuir a formação e desenvolvimento humano dos Estudantes por meio da apropriação crítica dos conhecimentos que foram produzidos historicamente confrontados com os conhecimentos de de que eles são portadores portanto eles têm conhecimentos confrontados de modo que eles consigam se situar no mundo agora é Freire ler o mundo do analisar e compreender o mundo e seus problemas e suas origens as origens dos problemas como nos diz sempre saviane com
vistas a que venham a propor formas de superação e emancipação humana muito bem eles vão se formar Engenheiros ok que Engenheiro qual é a finalidade da engenharia na formação humana da humanidade Qual é a direção de sentido e os médicos Por que que tem tanto médico que não quer se envolver com pobre e E aí vai não vou falar muito disso senão vou ficar 10 horas aqui falando e tem vários escritos sobre isso mas vou para para diante não é esses processos de ensinar como eu coloquei aqui com essa finalidade eles são multideterminados e complexos
a marilusa aqui nos aproximamos muito não é marilusa porque a Mariusa tem o seu Capítulo no livro e que ela fala da da da [Música] da teoria de Edgar mohan né da complexidade não é nos aproximamos muito mas vamos lá e aí vamos lá então tô avançando vamos lá agora eu vou trazer aqui alguns conceitos estruturantes dessa perspectiva Nossa não é e vou trabalhar com dois deles o primeiro que eu já fui um pouco adiantando é que ensino aprendizagem é uma unidade dialética ou seja seja o ensino interfere na aprendizagem a aprendizagem interfere no ensino
e eles têm nessa interferência que se superar com vistas a finalidade do ensino como eu acabei de colocar e o outro conceito é o de conhecimentos no lugar de conteúdos na didática Vamos lá eh ensino aprendizagem com unidade dialética na relação aluno conhecimento mediada pelo professor as ides contínuas de ensino realizadas pelos sujeitos envolvidos nesse processo visam provocar aprendizagens Em ambos claro que o professor é mais velho em geral mais experiente eh tem outra experiência eu diria elaborada que o estudante não tem e o Que Nós aprendemos com os estudantes a finalidade desse processo é
permitir que os estudantes reconstruam R signifiquem reelaboram os conhecimentos que foram produzidos historicamente n todas as áreas do conhecimento mediatizados pelo mundo ensinar não é transferir conhecimento gente mas criar as possibilidades para que a sua produção ou a sua construção eh seja eh viabilizada transformando Portanto o papel do professor e da didática não é eh mobilizar os conhecimentos que possibilitem essa formação Então como é que eu escolho que conhecimentos eu vou trabalhar da matemática ou da geologia ou da física ou sei lá do que não é eh por eh se eu não relacionar esses conteúdos
esses conhecimentos melhor dizendo com o momento histórico no qual eles foram produzidos a se eu não souber explicitar Qual é quais foram os problemas que a sociedade humana colocava né No momento que foi produzido o conceito x y z nesta área na outra e na outra eu perco essa dimensão do significado dos conhecimentos Então e o o trabalho de professor direto com isso não é eh os com essa finalidade como eu coloquei do ensino né Por que que eu tô colocando conteúdos versus conhecimento conhecimentos versus conteúdos né olha o termo conteúdo ele é muito usado
na didática em mu por muitos colegas nossos eh a maioria deles não atribui o sentido que eu vou colocar aqui agora eh por exemplo libanio trabalha a questão dos conteúdos de uma maneira com a qual eu eu concordo né ã o que eu quero chamar atenção é que eh o termo conteúdo ele se refere a um a por exemplo um conjunto de objetos de ideias e temas contidos no interior de algo de um recipiente de uma caixa ou então um plano um projeto um conjunto de ideias argumentos assuntos que formam um texto por exemplo em
determinados espaços e tempos finitos Isso é para ser mostrado apresentado transmitido entendido retido e reproduzido adjetivado com a expressão conteúdo educativo esse conceito foi amplamente configurado como um tipo de conteúdo cujo objetivo é o de transmitir conhecimento então Eh vamos usar conhecimento no lugar de conteúdo bem ainda em favor de usar conhecimento né supera esse conceito Estreito que o conteúdo historicamente foi associado ao termo conteúdo a palavra conhecimento que vem do latim cognos que significa ato de conhecer conhecer é a capacidade humana a já falou isso No começo nãoé é a capacidade humana de entender
aprender compreender e algo a partir do que for apreendido poder criar no como se faz na ciência e nas artes então a produção do conhecimento é isso ele é um fenômeno complexo efetivo e racional o conhecimento ele somente é aprendido pelos seres humanos desenvolvido elaborado organizado codificado decodificado por meio da linguagem dos humanos os outros animais têm outra linguagem e por nossos mecanismos Racionais né É por isso que nós colocamos então fortemente a opção de eh trabalhar os conhecimentos e não os conteúdos algumas ancoragens teóricas da da didática multidimensional crítica mpat cória eh nós trouxemos
aqui três autores que nos ajudaram a lá no início das formulações da multidimensionalidade na década de 70 de 10 desse século né eu Maria Amélia fusar eh junto com a Maria Isabel de Almeida eh vários textos que a gente foi escrevendo eh nós trouxemos de um autor chamado Arduino um francês eh o conceito de multirreferencialidade ou palavras minhas articul diversos aportes multirreferencialidade Por que que ele traz esse conceito para eh deixar claro um problema que no nosso ver eh ainda permanece eh na didática que é a história da transposição didática também proposta lá por um
francês porque na concepção da transposição é assim eh filosofia até estudou filosofia ela transpor o processo de produção do conhecimento da filosofia para a prática de ensino de filosofia não tem nada de pedagogia não tem nada de educação ali então é uma potência absurda do da área científica daquela área de conhecimento o professor de ge vai transmitir eh vai transpor para o ensino de geografia o método de produção do conhecimento da geografia eu não tô dizendo que ele não deva considerar mas ele não pode desconsiderar a didática nessa perspectiva que a gente está colocando que
é uma área uma ciência que só tem sentido na imbricação com a pedagogia que por sua vez tem a sua imbricação no conceito de educação o outro conceito foi o de de Freire que é a curiosidade epistemológica ou que ele chama de prazer de aprender vou falar mais adiante sobre isso e o terceiro que é do Bernard Charlot no seu livro Uma antropologia do sujeito que é o conceito de relação com o saber ou múltiplas formas de aprender em que chalot nessa antropologia vai apontar que a racionalidade é super importante eu não vou detalhar esses
aspectos aqui teria bastante coisa para falar mas em síntese eu vou afirmar que esses conceitos configuram os fundamentos epistemológicos pautados na hermenêutica crítica que atribuímos a multidimensionalidade do ensino e que agora eh ampliamos com os aportes teórico epistemológico crítico emancipatório da multidimensionalidade do ensino H crítico dialética né Então aí trazendo já portanto as categorias do materialismo histórico dialético como a historicidade que acho que ficou Clara né ao longo da minha fala a totalidade a contradição mediação e Praxis e a teoria crítica para quem a teoria não pode se confirmar senão na prática educativa eu diria
na Praxis educativa transformadora das relações sociais vigentes bem então aí eu vou lá pro finalmente que são os princípios fala então CMA isso Eh mas antes ali eu queria pensar junto com você uma coisa que a gente vem discutindo há bastante tempo mas antes disso eu quero registrar aqui a alegria nossa com a presença de professores e professoras eh junto conosco aqui fazendo grifando também aí as suas palavras eh professores da da Educação Básica como a emic Mick o a leonida Marques Silva Magna murini Assunção e professores e professores colegas nossos da educação superior tá
lá Lenilda né nossa colega de de epf e Evando guedim Giovania Bazo Noeli Maria Rita tão querida Alba Natália Oliveira beleza ter Todo esse pessoal por aqui para entrar na conversa junto conosco o que quero eh trazer é algo como disse de uma conversa antiga todos os saberes que um professor vai Pô em exercício no seu trabalho eh merecem a denominação de saberes pedagógicos porque são saberes que ele usa para educar para ensinar você tava falando do geógrafo do engenheiro etc a geografia geral que a gente chama de conteúdo do trabalho do geógrafo quando ela
é ensinada ela é um saber pedagógico não é mesmo ela adquire afeição de um saber pedagógico porque senão a gente cai naquela Velha História de que saber pedagógico é didática filosofia da educação psicologia da educação metodologia percebe né descaracteriza O que você traz faz a gente pensar nisso daí nessa nessa caracterização né e eu acho que isso é que ajuda a a a nessa configuração que você traz Mas vamos aos princípios que eu acho que aí que aí fecha mesmo isso que você tá falando tá bem antes de entrar neles eu quero só fazer um
aqui eu tenho refletido sobre o uso da expressão saberes e conhecimentos sim eh eu tenho um texto que eu escrevi que são saberes pedagógicos né saberes da experiência eh esse texto é dos anos 90 e a gente teve alguma literatura que veio do exterior que usou essa expressão saberes numa outra perspectiva banalizando o que a gente ali colocava talvez se eu fosse reescrever o texto dos saberes pedagógicos hoje eu chamaria de conhecimentos pedagógicos Mas isso é papo para uma outra outro momento não é isso tudo bem claro então vamos lá então os princípios primeiro todos
eles são articulados né e eles são o que eu diria assim o nosso diálogo direto com os professores eh e que não são estratégias não são práticas são eh possibilidades de ele ser ele próprio autor do seu trabalho pedagógico de ensinar de modo que os estudantes aprendam né Uhum Então eh Por isso que eu digo que eu coloquei aquele subtítulo não é das princípios epistemológicos para uma Praxis docente transformadora eh o ensinar com pesquisa ensino e pesquisa constitui uma unidade dialética a pesquisa assentada nas abordagens nessas abordagens eh epistemológicas crit dialética e fenomenológica hermenêutica não
é ela é entendida como atividade básica da ciência na sua indagação e construção da realidade Isto é a mino maravilhosa pesquisadora da área da saúde que nos ensina não é Então veja a pesquisa é inerente Não no sentido de que é naturalmente presente ela tem que ser eh uma uma busca eh porque nesse sentido ela se torna um método para o ensino que favorece a problematização do conhecimento porque não é transmissão do conhecimento é problematização do conhecimento não é E aí ela essa autora completa dizendo a pesquisa alimenta a atividade de ensino e o atualiza
frente à realidade do mundo aí tem a contribuição de Freire tem a contribuição de Severino quando ele considera que ensinar com pesquisa significa adotar uma concepção de aprendiz agem como processo de construção de conhecimento então trago aqui várias citações que reforçam essa minha nossa formulação o outro princípio é o do diálogo crítico que a gente também já escreveu bastante sobre isso não é porque a educação problematizadora que tem a pesquisa como um de seus princípios metodológicos né na dialética fundamenta-se em práticas e processos dialoga pautados na possibilidade de construir sentidos por meio do Diálogo Das
interações das trocas das descobertas Olha que relação aluno conhecimento professor né de aprofundar as interlocuções entre professores estudantes entre os diferentes conhecimentos e experiências formativas o diálogo como criticidade como diz Freire pois ele vai além da simples conversa né sem fundamento né o diálogo vai nos dizer o con né filósofo que eu aprecio muito o diálogo não elimina as contradições ao contrário as pressupõe Mas lhe dá um tratamento especial cuidadoso reflexivo porque nele o exercício da crítica se completa com autocrítica o outro Me põe em contato com uma realidade que o isolamento pode me impedir
de enxergar o próximo princípio da mediação didática que consiste em estabelecer as condições necessárias a ativação do processo de aprendizagem Ela depende pois de uma relação de caráter também psicopedagógico além e epistemológico estabelecida entre professor aluno e de uma relação didática estabelecida de modo disciplinar ou inter entre professor e os objetos de conhecimento é a Cristina Dávila que nos coloca essa definição cujo texto didática sensível também tá colocado no nosso livro a construção do conhecimento passa a ter sentido para professores e estudantes por meio da mediação crítico-reflexiva entre os valores e a cultura que a
sociedade dissemina o que dem então a importância do professor né o que demanda considerar a complexidade do trabalho pedagógico nesse processo de negociação revisão dos conhecimentos como lidar com as tecnologias virtuais tá aqui uma uma questão ótima para ser trabalhada com junto com esse conceito de mediação né a construção de rede de saberes é o outro princípio os saberes são produzidos pelos sujeitos na relação uns com os outros nas experiências prod ID historicamente de conhecer o mundo se apropriar e situar no mundo e nele intervir traduzidos cientificamente em conhecimentos são sempre questionados aprofundados e ampliados
por meio da reflexão crítica entre os sujeitos nas situações de ensinar e aprender na dialética ensinar aprender conhecimentos a realidade a ser conhecida enfim é profusa complexa etc bem a essa nossa perspectiva didática valoriza o docente como Quem produz conhecimento pedagógicos e científicos e os mobiliza intencionalmente para alcançar os objetivos aos quais ele propõe o seu trabalho de ensinar não é daí a Ode aos professores não é por fim eh o princípio da Praxis na docência eu coloquei aqui três três subitens né que eu diria assim primeiro vamos entender a Praxis dois a igual unidade
teoria e prática como sabemos a Praxis na concepção de Marx não se limitou a unir a teoria e a poes a prática o fazer pois envolvia também necessariamente Olha aí a atividade política do cidadão a sua participação nos debates nas deliberações da comunidade suas atitudes e e nas relações com os outros cidadãos a ação moral intersubjetiva envolvia em sumo aquilo que os gregos antigos chamavam de Praxis essa é uma frase do con 92 página 128 maravilhoso o conceito de prax se configura portanto na dmce como um princípio articulador dos anteriores né Praxis na docência Praxis
igual prática transformadora já acho que eu já coloquei elementos suficientes para entender isto posso ir para os finalmente is aqui e a outra outra o outro igual né Eh Praxis na docência Praxis unidade teoria e prática transformadora igual a valorização dos professores e trago o que o kem dizem que fortalecem os professores pesquisadores da Praxis quando eu publiquei um texto sobre isso eu fui acusada por tudo quanto é canto que vocês podem imaginar mas fui salva né Por esse autor aqui que eh trabalha na Perspectiva epistemológica que eu a mesma não é e que entende
que os professores eles não são inferior es aos pesquisadores cientistas da Universidade todos nós conhecemos a separação entre pesquisa ensino e extensão e todos nós sabemos que os pesquisadores são muito mais valorizados em todos os sentidos do que se professor de graduação por exemplo tanto que muitos pesquisadores não querem dar aula na graduação bom peço aqui agora é a expr reitora que tá falando né mas Veja isto é absolutamente valorização dos professores porque o professor não é uma alguém que é eh Executor de programas ele não é transmissor ele é produtor de conhecimento o conhecimento
do professor proporciona o conhecimento que ele tem é um ponto de partida para uma reflexão crítica eh simplesmente não pode dar-se por pronto ou sistematizado numa teoria nem nessa que eu tô falando nem tornar-se definitivo na prática como sempre fazendo sempre daquele jeito vai dar tudo certo não é E isso não ocorre porque o conhecimento do professor é menos exigente do que os outros pesquisadores profissionais né mas por quê usar atos educativos são atos sociais e portanto reflexivos historicamente localizados e abstraídos de contextos eh de contextos intelectuais e sociais concretos de tal maneira que a
educação deve está de acordo com as circunstâncias históricas os contextos sociais e os diversos entendimentos dos protagonistas durante o encontro educativo para que a gente busque no presente as melhores possibilidades do Futuro que Queremos portanto da emancipação que se produz aqui superando os problemas aqui Bom eu acho que é isso eh Que pena que a gente tem um tempo tão curto porque são múltiplas coisas que a gente gostaria de ir investigando né Celma mas eu quero antes de passar até a outras perguntas do pessoal colocar umas que quem sabe você pode também eh explorar mas
quero marcar uma coisa do Diálogo o que a gente você fala do valor do Diálogo não há diálogo do mesmo é por isso que o diálogo não supera né a contra as contradições ele traz elas à à tona eh o diálogo se faz é na difer é na diversidade E aí acho que é tarefa talvez não só para o nosso ensino aos professores mas a a dos professores a todos os alunos que é essa valorização da da diferença do pensar diferente que provoca a gente a seguir adiante na conversa não é que eu aceito todas
as eh ideias e opiniões mas eu tenho que investigar criticamente isso meha Couto tem uma coisa belíssima numa conferência que ele fez aqui no Brasil ele diz assim temos medo dos que pensam diferente e mais medo ainda dos que pensam tão diferente que achamos que não pensam danado né Uhum é isso o direito de pensar é reservado a mim com as minhas teorias etc e eh tô provocando você no sentido de que eh você falou do da Utopia e eu quero pensar no que que a didática multidimensional eh crítico emancipadora eh Que recursos ela poderia
trazer pra gente pensar no adiante no no que tá por vir mesmo é como se no caminho eh houvesse transformações mas ainda há perspectiva de outras transformações E então valeria a pena pensar nisso daí né E para não deixar de falar Selma Eu gostaria que você explorasse também a questão da escola pública porque isso aparece como o objetivo deste curso né mesmo e aí é que ideia a gente teria desse público para todos né e emancipadora etc a gente tem algumas perguntas já aqui no chat eh na medida em que você traga a resposta essas
minhas considerações eu já eh coloco elas aqui mesmo mesmo que não haja tempo de você responder será bom registrar eh a a ressonância que isso teve eh nos colegas que nos nos trazem as suas perguntas tá bom Ok vai lá você vai colocar talvez vha a pena não é porque assim quem sabe na sua resposta a mim você possa considerá-las também tem uma que é trazida por zomer E aí é essa é fácil de ser respondida Qual o nome do seu livro Qual o nome do seu livro que você mostrou no início você trouxe foi
o próprio livro não foi Celma foi foi o próprio livro is é o livro Onde está o capítulo didática crítica no Brasil isso organização longar Pimenta poentes cortea Editora que vai ser sorteado um exemplar aqui para os presentes isso a segunda pergunta é de Patrícia Pereira ela diz assim perspectiva emancipadora e emancipatória é a mesma coisa sim e por por fim Sandra popof a Sandra traz o conhecimento avança na interação humana e na comunicação em situação áulica o conteúdo conteúdo aspas parece ter uma tendência a cristalização no que foi construído no passado é isso mesmo
professora Celma são essas as questões fique à vontade aí para você nos trazer o que você julga mais conveniente começo com esta da Sandra popof eu acho que a sua compreensão Sandra é a que eu procurei explicitar mesmo aqui que é isso mesmo há uma tendência de cristalização e eh a palavra conteúdos de ensino assumiu essa característica de cristalização do do conhecimento né e portanto me parece que é preciso retomar aos conceitos eh mais eh fundantes né Eh eh nesse sentido eu quero também dizer que o o a a área progressista da educação incluindo as
produções de Terezinha portanto Seria maravilhoso se a gente tivesse uma live como esta com a Terezinha aqui falando no meu lugar eh e que a gente também teria muita riqueza eh e eu não consigo explorar Tudo Que Ela traz de contribuição mas fica aí o convite aí né para futuramente and chamar você eh mas o que eu ia dizer É que muita produção teórica eh embasada nessa perspectiva emancipatória ou emancipadora já respondendo a minha compreensão o que nós percebemos é que nós educadores progressistas não somos os únicos educadores que temos no Brasil portanto e no
mundo né portanto outros educadores alguns até que tiveram foram nossos colegas formação e tal que eh se alinham a outras concepções de educação que não é esta emancipadora eh a educação como direito a educação como um direito que a de escolarização né que a escola pública hoje é concretamente o único espaço onde eh Os estudantes pobres podem eh ter essa formação que nós estamos defendendo né daí portanto a importância de trazer a questão da escola pública vou falar mais um pouquinho daqui a pouco mas o que eu queria acentuar é que eh muitos educadores de
da direita e ultradireita né Poderíamos dizer assim eh sequestram vários conceitos nossos e eh utilizam no seu ideário e eu vou dar um exemplo aqui concreto disso se vocês lerem a tivemos agora a aprovação né das diretrizes curriculares nacionais número 4 de 24 diretrizes curriculares nacionais para a formação dos profissionais da educação e é muito vocês sabem que as diretrizes sempre são precedidas de um parecer que é o parecer da da comissão do Conselho Nacional que elabora enfim para depois fazer a proposição das diretrizes se vocês examinarem o parecer e as diretrizes vocês vão identificar
que é água e vinho ou melhor vinho e água porque no parecer eles fazem o sequestro que eu falei dos conceitos nossos vários deles e nas diretrizes eles explicitam a deles ou seja dis o parecer seria para justificar eh as diretrizes nas diretrizes eles afirmam tudo que eles querem que é o oposto do que nós queremos como eu falei né a desqualificação da formação do professor a o professor como alguém que eh transmite nem transmite ele opera um um um objeto virtual para passar os conteúdos que eh os empresários e eh educadores empresários definiram como
sendo aqueles que precisam ser aprendidos ou seja para eh Os estudantes né pelos estudantes para serem aquele eh sujeito que não desenvolve a capacidade de pensar né então eh ter eh trazer a escola pública eu diria né assim o meu meu meu desejo desejo no sentido daquilo que te mexe que te movimenta né Uhum aquilo que para o que vale a pena você investir sua energia colocar o eh enfim eh o por que você vive né Principalmente depois dos 80 Como é o meu caso né nossa né Eh trazendo as experiências todas que nós tivemos
algumas você se referiu que foram com o sindicato dos professores do estado de São Paulo de Formação contínua dos professores eh eu você e vários colegas que eu já citei a nossa experiência com os professores das escolas técnicas federais nesse Brasil inteiro não é e que foi sempre dialogando com os professores valorizando-os eh como eh eles precisam ser valorizados Porque nós não podemos descartar os professores é isso que tá sendo feito no momento presente no Estado de São Paulo e vários outros do Brasil não é São Paulo importou o modelo e o cidad o cidadão
não o o que foi eh secretário da Educação de lá não chamo de cidadão que não merece eh que é de descatar os professores cada vez mais Ora por primeiro porque não interessa desenvolver o pensamento crítico da população oprimida Não interessa que os estudantes pensem reflitam conheçam não interessa e aqui usando mais uma vez o gramit né que eles se empoderem pelo conhecimento pelo conhecimento das origens dos problemas que eles tenham um conhecimento da economia porque senão eles vão ser propositores de outra configuração da relação conhecimento e construção social e humana Mas é isso acho
que é é é aí que você traz essa configuração que a gente tem que pensar de uma escola para todos não um direito não um privilégio como você vinha falando antes eh e eu acho que quando você traz a faz a referência a bncc e fala de um sequestro de ideias tá um pouco naquela perspectiva do que eu trazia que é eh você já me ouviu falar isso eu tenho repeti uma uma ideia que acho magnífica de ja rancier JAC rancier no seu livro que se chama o desentendimento ali o rier diz assim o desentendimento
existe Não quando eu digo branco e você diz Preto ele existe quando eu digo branco e você diz Branco Mas o que você chama de branco não é o que eu chamo de branco percebe Onde tá o que que quer dizer democracia emancipação humanização etc no documento como é mesmo o que será que é o que nós estamos falando assim Acho que essa é uma dica para eh a formação dessa criticidade eu porque as coisas estão colocadas exatamente dessa maneira né simum o tempo tá aqui esgotando e e a gente pra segundo Marila de fazer
Marila tem que entrar aqui conosco sim ou não Marila nós vamos fazer o sorteio do livro né Eh eh que eh as pessoas que estão participando que se inscreveram aí eh terão livro lindíssimo Olha aí didática crítica no Brasil quem sabe quem era zomer que perguntou né que livro era ganha o livro hein os nós temos o número de 1 a 128 Selma diga um E aí a Marilda nos dirá Quem é que ganhou o livro 113 113 vamos lá quem será o sortudo ou a sortuda Mara está aí será enquanto a Mariusa vai chegando
Ah ela já já colocou aqui no site colocou Francisca Pereira Paiva francisa Paiva Parabéns Francisca Beleza você vai ter se ainda não tem vai ter a oportunidade de fazer o que nós vios fazendo ler com atenção conversar com esses autores importantes e e receber essa contribuição rica que eles estão nos trazendo né Eh diga ainda tempo de uma pal tem tempo agora exato antes de Mariusa entrar eh para trazer o que você julga ainda que merece ser contemplado nisso daí você não falou como é que é a o que se segue a didática né aham
sim se segue a didática né que de certa forma eu perguntei pensando mesmo Selma nessa história do inédito viável eu acho muito boa a expressão freiriana é é o da Utopia mesmo o que é utópico é o que é necessário e desejado e que é possível né porque a partir de hoje então inédito inédito porque ainda não existe ainda não é expressão da esperança Da Utopia nós ainda não temos a escola que precisamos não temos o país não temos a didática mas ainda não né O que que é possível acho que a minha provocação vai
nessa direção sabe Ok Uhum Então nesse sentido é que eu completo A questão que você tinha colocado não é que esse eh o que vem a seguir né Eh bom primeiro eh veja eh os professores que são os interlocutores eh deste desta minha conversa toda não é eh são eles que TM que tomar esse material todo do livro eu diria não só do capítulo nove que é esse que eu expus hoje brevemente Mas eles dialogarem criticamente a partir do conhecimento que eles têm da realidade onde eles atuam e eu colocaria para os professores de escola
pública prioritariamente porque a minha utopia ou o meu inédito viável ou a emancipação eh tá aqui nós não podemos largar mão da escola pública se a gente larga a mão a gente perde a possibilidade que temos no presente de o melhor que temos que é eh O local aonde Os estudantes eh oprimidos podem eh ter é o único espaço que eles têm para ter uma escolaridade que forme nessa perspectiva que estamos falando não é e a gente não pode perder isso então eu tô aqui nessa luta né agora eh eu estou dizendo que os meus
interlocutores são os professores das escolas públicas não como salvadores da Pátria mas eh se se nós todos não nos envolvermos numa num processo de primeiro de defesa da escola dos professores e da formação dos professores portanto se nós não nos opuser a essa invasão do neoliberalismo na formação de professores com as escolas as faculdades públicas que são eh eu não tô aqui quero fazer deixar um esclarecimento muito importante eu não tenho absolutamente nada contra os professores que atuam nas nesses conglomerados porque é o local de trabalho que eles Encontraram o problema não são eles O
problema é a a postura né de lucratividade e de exploração dos trabalhadores desses professores trabalhadores por se eles antes tinham uma turma de 60 alunos no presencial aí aproveitou-se a pandemia o virtual não sei quê e agora eles têm uma turma de 600 ou de 800 ou de 1000 como eu já vi alunos né então Eh eu faço aqui eh uma uma um apelo mesmo para nós todos eh e para termos as nas nossas entidades né nas nossas entidades com DIP como a reped e outras eh entidades e associações eh a gente tem que ser
o coletivo para poder eh não abrir mão do potencial que tem no presente para a emancipação e não abr mão portanto dessa possibilidade emancipatória a a gente precisa chegar nas políticas todas elas né estamos conseguindo aqui a colar muito devagar na área da Educação quase muitíssimo devagar não é mas sabíamos que ia ser difícil pra gente avançar mais nessa esfera pelo menos neste governo neste governo que ainda bem que temos Lula né queremos outra vez mas eh é preciso adentrar eh adentrar o que tá mais próximo de nós são as nossas entidades por exemplo a
a aned é uma é uma associação é uma eh dos dos pesquisadores em educação precisa evidenciar mais fortemente lá na Ed essas questões que são sendo colocadas pela didática crítica eh o GT de didática tem tem força mas ele é subsumido por outros GTS como política como não sei que parcelar fragmentados que não enxergam esse movimento pelo processo de escolarização pela academia né Eh incluindo portanto as Universidades mas também fora do sistema escolar como um todo né então eh é isso que eu queria colocar assim como essa palavra final porque nós estamos no momento bastante
crítico mundialmente falando né Eh temamos aí a beira de uma guerra uma Terceira Guerra Mundial mas estamos e à beira da destruição H do meio ambiente do ambiente das condições de vida que tá atingindo Agora não só os mais pobres e oprimidos está atingindo todo o mundo aqui em São Paulo a fumaça já chegou em grandes mansões ex né onde moram os dominantes né Eh Enfim então é isso né eu termino lá eh na minha minha coisa na minha apresentação colocando essa pergunta não é a quem interessa sgar a autoria intelectual dos professores entregando-lhes pelo
celular planos de ensino prontos para serem usados onde quer que estejam Isso é questão da didática a quem interessa vender aos sistemas públicos de ensino planos ou disciplinas prontos para os professores acessarem pelos meios eletrônicos e passarem para os estudantes reduzir precarizar etc etc transformar os cursos de licenciatura em formação de práticos sem teoria cursos instrumentais na USP A TR anos atrás nós tivemos uma uma investida do Conselho Estadual de Educação a USP Unicamp Unifesp São regulamentadas eh pelo Conselho Estadual de Educação que relação universidades estaduais pois bem o Conselho Estadual para reconhecer os nossos
cursos montaram equipes para ir aos cursos e retirar obrigar os professores a retirarem do programa Deles autores teorias que era a condição pro curso ser reconhecido olha que absurdo que nós chegamos né Eh nesta Universidade mas não é só aqui né Eh aqui é é como alguém disse é o o balão de ensaio para o restante né aqui é é o ninho da serpente a gente poderia dizer né certamente não interessa eh a esses a essa ideologia que está predominando na educação então a didática crítica como um todo todos os autores têm clareza dessa perspectiva
e portanto o que ali aparece no nas suas contribuições no livro elas são contribuições para esta unidade que eu estou colocando não é de luta Claro aham uma luta que é teórica teórica e práxica para iluminar as nossas praxes É isso aí Selma nós temos só um restinho já de tempo já estamos chegando eh ao final devemos eh antes de mais nada agradecer a todo mundo que teve com a gente aqui a a sua atenção a acolhida a nossa conversa ela não termina aqui ela na certa eh digo isso a você se é uma gerou
gerará muitos frutos etc mas eu quero antes disso até voltar para o que para o que você respondeu à minha pergunta de e depois essa ideia da contribuição que a didática crítica e mais particularmente a didática multidimensional pode trazer a prática mesmo o trabalho também de teorização eh dos professores eu quer o que você traz me faz lembrar de algo que eh foi dito há muito tempo num Belo livro eh por neidson Rodrigues nosso colega que nos deixou já bastante tempo Mineiro da da melhor qualidade o nson tem uma imagem uma metáfora que acho muito
bonita uma quase uma analogia ele diz que o pensamento crítico funciona como um farol farol de mar não farol de trânsito sabe eh um farol que existe para iluminar e não para determinar Para onde as pessoas devem seguir se elas são autônomas elas terão a possibilidade de ao ver iluminado os caminhos escolher criticamente aquele por onde elas vão caminhar e eu acho que de alguma maneira o que você tá nos dizendo é que vamos esperar o que virá os professores é que nos dirão até agora a nossa tarefa foi quem sabe oferecer subsídio pedi a
eles que pensassem conosco eu quando eu recomendo um livro ou um texto para os alunos eu digo pensem nisso que é diferente dizer pensem isso isso grande diferença olhem is Leiam isso e pensem nisso não é mesmo ao receberem o livro A ao saberem todas as tendências na próxima é a complexa eh complexidade da Marina da da da Marilsa e com o Leonardo Severo né quando virem isso digam E eu com isso por qual é o caminho melhor E aí as contribuições serão muito ricas eu de minha parte quero dizer Muitíssimo obrigada por eh essa
possibilidade dessa noite eh de Sabedoria de crescimento etc e deixo para você eh dizer o o até logo até breve Quem sabe né para o pess Até breve um até logo que eu quero agora me dirigir diretamente aos professores de didática professores de didática esta conversa toda é para empoderá-las nós sabemos o quanto que o professor de didática É desprestigiado nos seus departamentos nós sabemos também que muitos professores que prestam concurso para a disciplina didática que é uma disciplina obrigatória eh não trabalham a didática eh e substitu a didática por outros temas ou simplificam s
não é mais professor de professor de avalia que isso n ou professor de política não dá mais prestígio ser professor disciplina política do que a disciplina didática então nós professores detica temos que atir ação e da importância do nosso trabalho com os nossos estudantes na formação de futuros professores nós podemos nós somos um dado do presente que podemos a partir dele transformar essa qualidade da formação dos professores muitos professores vou me dirigir agora ao curso de pedagogia saem do curso sem serem pedagogos e sem saberem ser professores também então gente isso depende de nós não
precisamos alterar grandes fazer grandes transformações No País porque tem nós somos os sujeitos da Praxis Então é isso t um prazer enorme ter você aqui beijo para vocês abrimos possibilidades de novas interlocuções aprendi muito com suas questões e Muitíssimo obrigada a todos que colocaram aqui a sua reflexão Não quase não houve perguntas houve reflexões que os colegas foram colocando E mais uma vez um agradecimento a todo o grupo que proporcionou a possibilidade Desses desse YouTube Um grande abraço você qualidade para você beijo para todos muitíssimo boa noite n