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[Música] [Música] Olá você está no critique podcast uma mais uma frente grandiosa do Flu sa que é onde o mercado se conecta e hoje eu estou aqui num um episódio especial um episódio que eu estarei sozinho conversando com das pessoas mais brilhantes da nossa atualidade Chegarei lá muito em breve e falar um pouco de história falar um pouco de coisas que aconteceram aí no nosso Brasil e mas antes disso queria dar alguns recadinhos básicos nossos parceiros que sempre estão com a gente aí primeiro né não é nem surpresa falar do FB que é para você
que é uma grande de empresa ou tá escalando seu negócio começou a ter problemas por ex gestão pagamento contoles Ninguém quer pagar aquela multa no final do mês porque os seus processos não estavam bem desenhados corretamente eh então se você quer uma empresa que já faz isso há bastante tempo mais de 16 anos de mercado 480.000 clientes aí espalhados por todo o Brasil você precisa conhecer FB Então vai ter um link na descrição vai ter vários momentos aqui tanto no episódio quanto aqui passando na nossa tela para você conhecer um pouco mais da e escalar
o seu negócio de uma vez por todas E além disso obviamente né falar do da do cie ou CIEE como diriam os cariocas eh que é nosso parceiro já há bastante tempo também aqui no no critique e é muito difícil né não conhecer uma pessoa que não tenha passado não tem alguma história e quando foi começar no no na na sua empreitada profissional não tenha cruzado com o c seja conseguir um estágio ou um primeiro emprego a gente tem vários exemplos aqui e seja o nosso time até o o próprio e do Flow ele teve
a sua primeira oportunidade dentro de uma oportunidade com o c também e agora tá rolando aí uma campanha de a minha história com o cie então se você tem uma história para contar entre lá no portal portal. ciee.org.br bar 60 anos então são 60 anos de história e a gente quer ouvir também as suas histórias as nossas histórias vão ser compartilhadas lá para fazer uma campanha ainda maior certo sem mais delongas para a gente começar essa esse papo que vai ser super gostoso Eh vou apresentar aqui a Lilia schwarz eh que é uma historiadora e
antropóloga brasileira obviamente eh Doutora em antropologia pela USP e atualmente eh professora de filosofia letras e ciências humanas na fefel na USP também eh ela que já lançou aí mais de 30 livros mais de 30 livros não estou enganado mais de 30 livros eh muitos deles contando diferentes passos diferentes momentos da história do Brasil eh visões sobre um Brasil e meio mais Historiador Então hoje eu tenho certeza que vai ser um papo muito gostoso pra gente e discutir um pouco mais né De onde viemos e para onde caminhamos eh sem mais delongas um prazer ter
você hoje hoje aqui todo meu muito obrigada pelo convite imagina eh aqui na no critique a gente costuma ter uma começar pela uma ótica de trabalho eh porque eu acho que de alguma maneira ela nos conecta né com quem a gente da onde a gente vem conta muito também da visão que a gente tem de mundo né Então essa riqueza de cada dia ter uma pessoa diferente presente nessa mesa É somar as histórias né então a gente tem eh tentado ser um um ambiente diferente né no mundo da internet que é um ambiente conciliador né
que tenta trazer visões para serem exploradas eh e acho que talvez para você dentro da da da sua história eh inclusive eh recentemente promovida a a comp de letra certo foi a 11ª mulher cadeira número nove Exatamente olha só tá afiada afiadíssima afiadíssima eh como que você enxerga a a as narrativas da história e como que isso foi eh como que isso te atraiu para você lá no começo falar assim talvez eu quero me aprofundar nisso bom primeiro muito obrigada pelo convite e parabéns pelo programa A gente vive numa época tão polarizada né De tanto
ódio é muito bom para parpar de um programa tão propositivo né E que na verdade quer expor as várias experiências e menos do que cancelá-la né promovê-las O que é ou relembrá-las também às vezes né é que é um ambiente saudável e não tóxico eu acho que a gente precisa muito né desse tipo de ambiente na rede social e bom a pergunta ah eu eu venho de uma família de historiadores não profissionais Ah meus dois avós um avô italiano um avô francês vieram para cá na época da segunda durante a segunda guerra mundial vieram com
de repente com poucos com pouco dinheiro mas com todos os livros Não esqueceram as bibliotecas e eu fui sempre educada nesse ambiente cheio de histórias para você ter ideia meu avô armão avô francês contava histórias de Russos e americanos quando eu era pequena nunca esqueci Ah mesmo assim como diz o conselheiro Ares que é um personagem do Machado de Assis que é Eu adoro as coisas só são previsíveis quando já aconteceram uhum na hora de escolher pro vestibular eu pensei que tinha prestado para história no entanto na minha época que já vai falar do meu
marcador de geração a gente podia você aplicava a mão não era ainda pra Fuvest E aí você eu pensei que eu não tinha conseguido entrar na minha primeira opção porque eu notei que que eu tava que eu tinha AD nas Ciências Sociais daí o pessoal falou não você pegou a sua primeira opção para te resumir uma história complexa eu entrei n Ciências Sociais adorei as Ciências Sociais e fui pra história e no momento eu sou uma espécie de terceira margem eu me localizo entre a história e a Ciências Sociais eu acho que são narrativas né
tanto que eu dou aula no curso de Antropologia da da Universidade de São Paulo mas dou aula de literatura de história em princeton nos Estados Unidos então eu sempre sentei nessas cadeiras todas e acho que o Brasil sempre teve uma historiografia não sei o que você acha você me diga depois muito masculina Ou seja todos os nossos protagonistas são homens quando são mulheres logo aparece uma espécie de derivativo esposa deum filha D né ah os nossos personagens também são muito brancos muito masculinos e das elites então Ah eu sempre achei isso eu sempre achei mesmo
que era possível fazer uma historiografia e uma narrativa diferente como diz um o Evaldo Cabral de Melo que é diplomata e Historiador também a casa da história tem muitas portas e janelas então é possível perguntar aos documentos às vezes aos mesmos documentos questões diferentes e aí a narrativa muda totalmente então eu tenho feito uma historiografia mais feminina mais também porque nós vivemos num país de maioria Negra mas que enfim são maiorias minorizadas porque não aparecem na representação mais indígena sem tirar o que trouxeram Claro os povos europeus a ideia não é tirar nada mas acrescentar
muito é eu acho isso super interessante eu compartilho essa visão acho assim acho brilhante que você tenha tido essa visão eh tão lá atrás no tempo se for pensar assim que as as Chagas ou as discussões e de pautas eh da negritude ou da mulher seja no trabalho ou seja no na criação de conteúdo que é a realidade atual que a gente vive examente eh ela sempre vem com atraso né então assim as histórias não deixam de ser contadas eu sempre falo bastante também que eh a estrutura de você ter por exemplo mais criadores negros
na no YouTube que seja ela vem de um lugar de privilégios que não são neamente os privilégios que às vezes eh as pautas identitárias acabam combatendo mais mas o privilégio às vezes de poder tentar de ter alguém que fala assim não vem aqui faz assim que faz então não é que a pessoa tem uma super outra ajuda mas quem começou antes em geral vem de uma classe de poder de Capital Então quem que vai escrever um livro quem que vai escrever uma história em geral quem pode bancar aquilo e aí nessa estrutura com a nossa
história você vai atrasando todos os passos movimentos sejam de mulheres de pessoas negras você enxergou isso lá atrás Então isso é uma coisa Super Interessante do do primeiro ponto de vista mas até do do Trazendo um pouco para paraas dificuldades da de como historiadora eh eu sempre acho assim muito maluco que a gente vê que a gente ainda tem consegue achar papéis e história de 5000 anos atrás e o quão é pobre em em geral a nossa história aqui do Brasil de 500 anos atrás então a gente não tem quase contos a gente não tem
de fato eh escritores que são de origem indígena ou eh de origem Negra que assim realmente eh conseguiram não só serem criadores porque ISO também hoje mesmo no conteúdo muitos conseguem mas sucederem a um a uma elite que fomenta né que isso eh continue surgindo Então continue fomentando novas escritoras mulheres etc como que foi para você ao se deparar com a realidade de de fazer o histori momento disso as barreiras que você enfrentou olha eu tive muitas bar barreiras se eu disser para você que eu já tinha um objetivo e persegui esse objetivo direto eu
estaria mentindo que muitas vezes a gente faz fazendo em todas as áreas né Ou seja é a própria dinâmica ah do trabalho que nos abre muitas oportunidades né é os filos vão se juntando né Eu acho totalmente e eu eu como antropóloga que sou também eu acho que eu defendo a diversidade de um lado porque é preciso que esse país pense em políticas de reparação não é possível que nós eh tenhamos tentado silenciar durante tanto tempo como você tão bem disse as histórias das populações negras das populações indígenas das populações quilombolas das populações lgbtq a
mais Ah e das mulheres né E que a gente não pense em políticas para reparar é preciso muitas vezes ah diferenciar para depois igualar uhum diante de populações durante tanto tempo diferenciadas então eu acredito por conta disso por isso que eu sou a favor de cotas e de políticas de ação afirmativa que podemos falar depois mas eu também acredito na diversidade porque mais é mais que é o que você tá dizendo quanto mais experiências nós trouxermos quanto mais experiências nós tivermos em todas as áreas melhores nós seremos vamos imaginar assim a população negra se nós
pegarmos os dados do IBGE que juntam a população segundo os termos v a população preta e parda corresponde a 56.4 por do total dos brasileiros e brasileiras uhum O que significa você deixar a margem 56.4 da população eu sempre destaco que nos Estados Unidos a população chamada afro-american corresponde a de 13 a 16% varia um pouquinho Ness nessas estatísticas lá eles são uma minoria agora não dá pra gente chamar de minoria no nosso caso são maiorias minorizadas na representação Eu me refiro a representação Empresarial a a representação nas esferas públicas nas esferas privadas na educação
na saúde Ah é preciso reparar essa situação reparar vem da ideia também de reparar de olhar então é preciso que a gente Olhe com muita atenção para isso as mulheres também são maioria da nossa população e não tem o protagonismo que deveriam ter e representação significa muito significa experiência conhecimento privilégio poder poder Então acho que essas são a fazem parte da nossa agenda da modernidade muita gente fala de identitarismo identitarismo não existe porque é como se fosse uma doença Aham eu falo de identidade de políticas de identidade que são políticas de justiça e E é
isso que eu sempre falo também né a gente tem uma eh uma abordagem né dentro do nosso lugar de fala do meu lugar de fala que é a do homem branco então assim realmente tem que mais observar eh e colocar ponto de vistas onde eu acredito que são construtivos do que qualquer outro tipo de de opinião que não vá agregar também não vai ajudar mas dentro do do que eu vivi né a história da onde eu venho eu tive um privilégio de trabalhar talvez em uma das companhias mais diversas mais globais do mundo que é
a pig Uhum Então a pig ela já está presente em 180 países não sei ou mais então ela já tem 180 anos ou mais de história também Então imagina que a o que muitas vezes esses conflitos de pessoas migrando de um lugar para outro uma empresa que tem 180 anos já passou já teve que se que estar na frente há muito tempo Uhum Então e Óbvio isso é um é um tamanho de mercado que atinge esses profissionais muito pequenininho Uhum Então eu entrei em 2007 no Mercado na PG e eu sempre falo que eu tive
de sete chefes eu tive cinco mulheres cinco mulheres eh sendo uma delas Negra eh 2007 então eu sempre convivi com um ambiente já diverso que muitas vezes é engraçada Porque quem tem a a quem tem o privilégio de ver algo desse tipo acha que o Brasil inteiro é assim então eu por momento eu tinha essas confusões não pô mas a PG trata todo mundo igual então sempre fui muito usava o exemplo que eu tinha dentro de casa e dentro da da da empresa onde eu trabalhei positiva para muitas vezes negligenciar dores reais então Não reparar
eh o que eu tenho reparado eh hoje em dia que é um pouco mais complexo que é é quando você vai dando conta de entendendo a história né é que é não é só uma cota numa faculdade ele é muito mais porque se eu tenho a cota na faculdade mas não tenho eventualmente um empresário negro que vai vai puxar pessoas da cota porque da ou que foram eh entraram nesse processo para que eles também um dia possam abrir seus negócios E aí sim eu tenho uma comunidade que prospera vão ser vão ser só eh Talvez
uma falsa diversidade que é onde eu coloco eventualmente pessoas que são diversas mas numa equação de poder que não é a mesma equação de poder não e também quando muitas vezes nas empresas você tem sensos étnicos e o pessoal faz uma contabilidade não qualitativa mas quantitativa aham e eu sempre pergunto mas em que lugar estão as pessoas negras né estão impostos de direção né quantas são e provenientes de que lugar Como é o processo de recrutamento muitas vezes no processo de recrutamento a gente já começa a falhar ah como como se dá o recrutamento por
idiomas porque a gente sabe que quem é que pode fazer curso de idiomas não é verdade sim essa eu tô eu vou publicar agora um livro que se chama imagens da branquitude presença da ausência que eu mostro a presença da branquitude nas imagens a branquitude é um fenômeno tão forte que a gente em geral não nota a branquitude que nós estamos acostumados vamos falar aqui do nosso lugar de fala nós estamos acostumados a classificar o outro mas não sermos classificados né a gente fala vou tratar de questão racial você vai tratar do outro não de
você nós estamos acostumados a criar normas mas não viver nessas normas e ela é uma situação tão normalizadora tão [Música] naturalizados a partir de detalhes por exemplo mapas porque será nós sabemos isso que a Europa se o mundo é redondo que a Europa fica sempre no centro do Globo aham senão porque é uma leitura naturalizados tempo os as propagandas de sabonete usavam os produtos para clarear a pela lembra disso aquelas propagandas de Olha cada vez mais claro por que que a gente pensa sempre nessa ideia de mérito como se fosse uma realidade como falar em
mérito sendo o Brasil o sétimo país mais desigual do mundo então nós estamos falando de lugares que em geral não foram tematizados por isso a presença da ausência Ness é preciso que nós pessoas brancas passemos por experiências que vão ser difíceis mas importantes na nossa cidadania que é o que que é chamado de letramento racial ou seja ao invés de racializar apenas os outros racializar as pessoas brancas também uhum eh eu assim obviamente por até pela minha natureza e pelas coisas que o grupo enfrentou e a gente tem eh visões bem assim reais né do
do dia a dia eh do do que tá em torno da gente né então a gente tinha eu lembro no momento do cancelamento a gente tinha mais de 60% das lideranças entre pessoas de comunidade lgbtq mulheres etc pessoas negras na equipe etc eh e eu cheguei a ter uma reunião com uma empresa onde eram nove pessoas brancas numa tela dizendo que a gente era racista assim do tanto que foi o negócio para outro lugar e eu falar assim que é absurdo então Eh eu sei que é injusto muitas vezes a gente também se eu for
reparar pra realidade Ok estão sendo injustos comigo mas a gente não pode devolver de volta em quem não não merece eh porque o mais difícil pra gente era naquele momento que a gente notou era a diversidade porque que eu para trir por exemplo um o Mário meu sócio que não está aqui hoje por exemplo é que tem uma equação de vida que já tinha passado por grandes empresas para ele ficar se meses sem receber ele podia Então mas como é que eu vou manter um criador um host negro que eventualmente se não tiver essa condição
Acabou então o cancelamento ele é ele é o o silencioso ele é muito difícil porque ele bate um lugar mas ele atinge completamente outros então sempre ficou essa dor de Ok mas se isso não não dá e se isso não dá como que é o o modelo de congruência onde a gente de fato começa a fazer atividades então pensar por exemplo as cotas de lei ranet Será que elas não deveriam estar não para criadores mas para empresários dessas comunidades comunidade Negra Comunidade da mulheres por exemplo como líderes não só como aparenta porque senão na estrutura
política que a gente tem no Brasil eu acabo só reforçando os meus vizes os ar continua sendo artistas e em geral quem vai est na captação desses valores é o homem branco que é conectado ao governo ou algum governo Ou alguma pessoa eh bom Eu particularmente sou a favor de cotas em vários vários lugares e sou a favor de toda a iniciativa então por exemplo eu sou a favor da Lei ran porque no mercado das Artes essa é uma realidade bastante Evidente né ou seja ou você discrimina que você você vai fazer uma captação para
criadores negros ou esses criadores pelos mesmos motivos que você já destacou excesso de criatividade excesso de produção especializada mas no entanto falta absoluta de recursos nunca vão ganhar esses projetos você fica sempre refém né refém Mas eu particularmente se você me perguntar eu sou eu defendo cotas na no no ambiente da Universidade na minha academia e não só cotas para entradas de alunos porque vamos pensar a Universidade de São Paulo foi a última a última não sei mas enfim não foi das primeiras digamos assim uma perspectiva mais positiva mesmo assim a entrada de cotas já
alterou totalmente o perfil do alunado da da Universidade mas nós precisamos mais precisamos manter esses alunos Porque como você chamou atenção eles podem não ter onde morar podem não ter Onde comer precisam ter bolsas precisam ter livros precisam ter recursos de dientes e outros lados para falar de um lado que eu domino você fala mais daí do seu lado mas por exemplo do lado Empresarial que eu quero muito ouvir mas por exemplo a gente também precisa de mais professores negros e ainda não temos a grande maioria dos docentes é branca e mais precisamos precisamos alterar
o currículo porque se a gente não alterar o currículo como é que essa questão vai ser de fato alterada como é que a gente mexe nas mentalidades eu sou uma pessoa que vem das humanas então eu sempre dou os exemplos de humanas mas acho que eles ajudam estudam a pensar por exemplo as nossas crianças elas vão aprender que nós todos descendemos de gregos e Romanos ok descendemos também mas e se eu te contar que o Brasil recebeu a maior parte da população escravizada e eu tô me referindo à escravidão Mercantil existem outras formas de escravidão
já existia escravidão também mas essa escravidão comercial que começa no século XV que transforma as pessoas em bens em coisas eram chamadas né ou seja essa é nova do total há um há um site público que eu recomendo todos e todas a abrirem que se chama slave voyagers que é um site feito por historiadores de todo o eixo afro Atlântico nesse site e esses números vão aumentando a gente sabe discriminar quantas foram as viagens quantas pessoas morreram em que portos pararam Qual era o nome dos Capitães tudo isso Uhum aí a historiografia da escravidão é
do Brasil é reconhecida internacionalmente pois bem Hoje nós sabemos que 12.5 milhões de pessoas saíram compulsoriamente de várias partes da África desses 12 milhões P5 apenas 10 milhões chegaram com vida nas Américas Olha a taxa de perecimento uhum nós sabemos tudo como morriam de que forma quais as doenças bom desses 10 milhões 4.8 tiveram como destino o Brasil ou seja o Brasil é um país marcadamente africano das várias áfricas e as primeiras notícias de Africanos datam de 1503 nas províncias de Pernambuco ou seja Vamos falar agora de um da escola pública e da escola privada
também esses alunos têm que aprender Grécia e Roma tem que aprender tem que aprender a história dos Estados Unidos com certeza tem tem que aprender a história da Europa tem que aprender tem que aprender a história das várias áfricas que fizeram a forma as nossas organizações familiares a nossa linguagem as nossas a nossa culinária as nossas formas de de trabalhar o ferro a a o osso o barro uhum tem que aprender também então isso a gente tem que mudar é como você disse é toda uma cadeia que tem que ser alterada no no mundo corporativo
né Eh e falo isso por exemplo até próprios exemplos da PG tô falando assim lá de trás tá eh tem alguns em alguns ambientes quando eu tenho uma produção significativa né então vamos sup produzo fraldas e a fralda ela vai precisar de um plástico qualquer lá ou um a GM ou algo do tipo e então em teoria eu tenho fornecedores que muitas vezes são gigantescos eu tenho que ter mais que um porque se aquele um quebrar eu tenho que ter o plano B e o plano C claro o que foi o primeiro movimento que as
companhias começaram a fazer é o seu vedor C como ele tem uma margem ele pode ser um pouco mais cara inclusive eh eles começaram a colocar isso como cota então 5% do material que eu consumo deveria vir de empresas onde os donos ou sócios são de etnias ou de grupos minorizados uhum eh Isso já é uma ótima coisa porque aí de fato você vai ter um uma empresa a produzindo 60% do volume que é Quem garante o dia a dia da empresa aí se tem um plano b que se deixa maior com uns 30% uhum
porque se algo der errado aqui quebrou uma fábrica algo do tipo esses que T 30 consegue rapidamente equalizar e nesse que é o finalzinho da sua vai do seu Pool né do seu pote de fornecedores você coloca alguém que em teoria você quer priorizar muito mais do que o custo alguma mensagem ou alguma alguma construção de sociedade porque assim imagina que esse cara como tem um volume muito maior ele pode chegar em R 1 por peça o custo esse segundo ele chega em R 1,5 e esse outro mas tudo bem talvez esse aqui é 1,20
mas quando eu junto tudo isso o meu custo tá em 1,7 Uhum Então eu consigo ter minha equação onde eu promovo diversidade e de fato eu vou mexendo na veia que não é eventualmente contratar uma pessoa mas é fomentar uma empresa que tem um sócio que tá nesse nesse perfil exatamente não é Perfumaria né nesse sentido exatamente não é Perfumaria tem que ser para valer não é cosmética mas eu acho que ao mesmo tempo talvez pela frustração De não ver isso acontecendo o Brasil para Brasil e eu acho que algumas pautas identitárias de fato roubaram
a cena ainda mais nesse show de horror que muitas vezes na internet que é o debate pelo debate então todo mundo se odeia por algum motivo e E aí surgem coisas por exemplo até na [ __ ] negra né como a a branquitude você falar do os termos palmitar e coisas do tipo que também são muitas vezes é parece que a gente vai jogando as pessoas contra as pessoas para não resolver o problema principal que é o problema que todo mundo deveria se beneficiar de mais diversid ponto a partir daí Aí você vai colocando temperos
sociais temperos políticos temperos de indução do próprio capital que muitas vezes também usa isso conforme eh soa bonito né porque as mesmas empresas que muitas vezes T uma bandeira LGBT aqui no Brasil quando tão em países que tem uma outra cultura não Não batem no peito se Calam então a sabe também como existe todas as forças acontecendo eh você nessa construção né nessa nessa sua jornada Quais foram as coisas que mais te impressionaram positivamente talvez de histórias de eh de caminhos que foram construídos ou negativamente que você ficou surpresa de não é possível que isso
assim é desse jeito Então como que foi esse os descobrimentos na Jornada para você bom ah é uma jornada longa no meu caso né mestrado doutorado livre docência né então esses livros todos que você falou eles na verdade fazem parte desses patamares da academia né Eu venho da escola pública dou aula na universidade pública né e Tenho muito orgulho dessa dessa minha formação né seguir todos os degraus assim toda todas as etapas dessa dessa formação e dentro dessa formação eu fui descobrindo muita coisa né Por exemplo muita gente até por conta desse ambiente mais tóxico
das redes acha que você não pode mudar de opinião não pode errar né Como diz marchado de Assis Deus me livre de ideia fixa né Ou seja a gente tá nessa jornada para também poder rever poder dizer não aqui eu não tava certa eu por exemplo no começo da Ainda bem jovem na época da graduação e no começo do mestrado também eu achava que não que era contra cotas porque tem que ser o critérios universais e essa foi uma grande descoberta na minha vida ou seja pensar que no momento em que nós dois estamos aqui
conversando o Brasil é considerado o oitavo país mais desigual do mundo Uhum Então como é que a gente pode falar em em critérios universais num país que o ponto de partida é tão desigual né quer dizer a desigualdade cobre o seu pedago pras pessoas Então é preciso levar isso em conta então essa descoberta me fez refletir mais sobre o lugar que eu tô por que eu estou né Por que que eu cheguei nesse lugar eu também uso branquitude que é uma coberta forte para mim não como uma categoria de acusação não é um critério normativo
categoria branquitude é uma questão de prática Ah não E se você ouviu e quando eu falei desculpa não foi intenção entendi eu entendi muito bem só pra gente ficar bem claro e e uma coisa importante também que você destacou logo no começo da sua fala e que eu gosto muito que é essa questão de lugar de fala mas por que que esse o tema do lugar de fala foi sobretudo desenvolvido pela Jamila e pela Angela Davis ou seja pelo negro Uhum é que vamos combinar aqui que nós pessoas brancas que são todas muito diferentes também
não adianta a gente falar ah se eles são assim porque é um universo Mas a gente sempre teve lugar de Fala Uhum quem tem que defender esse conceito mesmo né quem começou com esse contexto são justamente pessoas que durante muito tempo tiveram esse lugar solapado então eu acho que essa é uma grande descoberta sabe na minha na minha formação mesmo né não é a to que eu fiz ah toda meus livros de alguma forma de um jeito ou de outro versam sobre isso né versam sobre esse tema e procuram abrir essa possibilidade para um ambiente
maior né para um universo maior e sempre com essa perspectiva sabe olha gente não é para destruir é para construir mesmo né mas assim eh o que eu acho que é difícil hoje porque por isso que eu falo que são muitos anos muitos anos e talvez uma o mais mais importante de se pensar e discutir se eu não quiser cair nas falácias de promessas políticas coisas do tipo é pensar de de fato no fomento porque vamos supor que hoje até tem a gente recebeu aqui eh o casal esqueci o nome agora do conta Black um
banco imagina um banco eh focado para muitas vezes eh negros que eram desbancarizados eh Em algum momento se ele cresce bastante o capital Branco chega porque agora você vai ser incorporado e quem tem dinheiro para investir milhões em alguém né Então assim é é uma estrutura tão além que muitas vezes quando é é se consegue a prosperidade dentro daquilo que se proposa fazer seja um banco seja uma padaria seja uma franquia Em algum momento já tem um capital lá pronto para agora ficou grande bastante tchau pode viver sua vida e de novo é escanteado então
entendi a gente tem um modelo que não é um modelo de construção é um modelo que talvez a gente tá minha humilde opinião em alguns critérios dando privilégios a poucos eh não pela construção que tá sendo feita mas muito mais porque é é o importante para fechar uma lacuna Entendi então não estanco eu não construo entendeu pro futuro é é difícil isso a gente fez aqui o noar por exemplo né é um podcast com visões diferentes e da de pessoas negras que não necessariamente convergiam uma mais à direita uma mais à esquerda Paulo Cruz aí
passou o flip passou eh também outras pessoas pela pelo programa a gente teve quase 100 programas E aí em geral ficava ainda mais muito aquele conflito do Ah mas o Paulo Cruz pensa assim a tal pessoa pensa assim fal não é possível que dentro de tudo que a gente tá propondo aonde vocês estão se apegando é no conflito e não na na onde a divergência de fato enriquece eh Então eu não sei eu não sei qual que é a qual que é o caminho que a gente vai tomar eh e aí a gente tem alguns
testes estão sendo feitos a gente pode até discutir um pouco sobre isso eh na conclusão por exemplo de uma ideia que foi ventilada essa semana de eh que escolas públicas tivessem para aqueles que T mais condição pagassem pelo estudo Você é a favor ou contra como que vocês como que o corpo docente tá vendo isso Olha acho que é difícil falar do corpo docente porque esse tema tá aparecendo agora aqui que nós estamos conversando de toda maneira eu sou uma pessoa muito impactada pela educação Eu acho que eu sempre digo que eu só acredito em
um gatilho porque eu não acho que o problema de segurança brasileiro será resolvido arm né quer dizer distribuindo armas pra população civil Mas eu acredito demais na educação eu acho que a educação é o grande caminho pra gente combater essa que é a maior mazela da sociedade brasileira que é a desigualdade então ah como que a gente vai fazer isso Qual o segredo para fazer isso né ou seja Investindo na educação pública de qualidade né Eu acho que isso é muito importante ah quando eu falo da educação pública eu tô falando aqui de todas as
esferas Aham eu dou aulas em prinston H agora já são 12 anos e eu vejo bem como na universidade norte--americana Essa não é uma educ uma universidade pública uma universidade privada mas mesmo assim as pessoas que têm mais recursos pagam por aquelas que não podem pagar a cultura também inclusive né de o giveback né ex é do giveback essa é uma questão importantíssima que você tá trazendo inclusive as pessoas que participaram de uma universidade continuam contribuindo para aquela Universidade porque o suposto é que aquilo que elas ganharam naquele momento não se encerra depois dos seus
qu 5 6 anos de Formação começa começa só então que você deve contribuir Então eu acho que como isso será feito está em Pauta está em discussão mas durante muito tempo isso era não se podia falar disso no Brasil era uma questão vexame eu acho que não há vexame na justiça social Então acho que essas questões tê que ser ventiladas e li dadas com equilíbrio e com justiça Mas eu acho que não há tema tabu na agenda brasileira que venha a concorrer pela para que a gente redima ou pelo menos diminua a desigualdade é o
que o que eu sempre acho por exemplo é que a gente não precisa como acredito muito na cultura também educação e cultura né Eh eu acho que a gente gostaria que a gente não precisasse do estado que a parte que as pessoas não entendem que eu sou li mais liberal né Eu gostaria que a gente não precisasse do estado para promover as coisas positivas então eu não preciso do Estado por exemplo para ter uma cultura de giveback de Eu me formei essa faculdade então vou pegar aqui bom os os as pessoas que são mais religiosas
não dão pra igreja Uhum Então por posso dar pegar 5% do que eu tenho de receita e colocar de volta na faculdade onde Eu me formei E aí isso é um Ah mas é um pedacinho sim mas é um pedacinho que um dia a faculdade tá exportando tecnologia E aí sabe muito bem Como que prinston funcionam as grandes escolas Americanas que é assim é um pote de formação de pequenos startupeiros que vão ser pro mundo inteiro e e a coisa vai voltando né vai multiplica eh você chegou nas suas quando você se debruça da história
do Brasil ela se mistura com várias outras histórias né Eh como que eu como que eu deveria assim porque o que eu vejo é que muuito em muitos sentidos a própria África muitas vezes também padeceu desse esquecimento então Eh agora acabou a escravidão naquele modelo mas a gente ainda tem várias outras formas de escravidão né então eu obrigo que eh mineiradinha lugares então ainda continuo não formando eh a educação e a prosperidade eu continuo ainda [Música] eh eu não vou chamar de um novo tipo de escravidão mas ainda pode chamar é eu continuo mantendo na
dentro de uma réia dentro de um controle né Eh isso mesmo pros países que são vistos como esquerda pra própria França que tá aí com uma história Super Bonita aparentemente sendo Ada da esquerda que voltou contra um levante da direita agora nas últimas eleições mas ao mesmo tempo tem eh tem relações um pouco conturbadas com os seus eh países que que elas dizem proteger nas colônias na na África prot então assim o mundo para mim eu acho que o mundo tá muito maluco o mundo as pessoas estão se batendo não consigo mais Enxergar com clareza
a realidade tem tanta distração entre jogos políticos entre jogos de poder que tá cada vez mais distante a conversa real de como que a gente muda o dia a dia e não se eu deveria ter não vaga para pessoas lgbtq a mais ou pessoas negras deveria ser assim o menor minoria é um indivíduo eu acredito nisso Uhum mas aí você tem que ter a ótica de reparar o que está acontecendo para falar assim hum se eu não estou atraindo esse tipo de talento O que é onde eu estou errando e é um processo de construção
enfim falei bastante coisa mas para jogar para você assim como que que você entende a consciência do mundo em relação a essa Ótica olha são muitas coisas aí que fal que você cham atenção e muitas questões muito importantes eu queria começar com um dado de pesquisa realizada por Harvard que mostrou como sociedades educadas né educadas Ah eu trabalho com um conceito amplo de educação também educação não é só aquela formal da escola né senão você vai de novo a gente tá falando o tempo todo sobre isso mas de novo você vai segmentar né educação é
a minha aqu eles são pessoas não Eu trabalho com um conceito amplo de educação mas que essas pessoas que são sujeitas a processos de socialização educativos são pessoas em geral que apostam não tanto em governos tirânicos governos autoritários que apostam em em democracias eu sei que a democracia no Ah tem que as tem sido sequestrada né inclusive por discursos mais radicais mas e até que não se invente um outro regime Eu ainda acho que a democracia é o melhor regime porque ele é que permite ex eh lidar melhor com a igualdade com a desigualdade também
quer dizer permite de alguma maneira ah mensurar a desigualdade e tentar implementar políticas contra a desigualdade Então eu acho que essa é esse é um primeiro ponto importante que que eh populações que passam por processos de socialização educativos tem em geral perspectivas imaginários contrários à tirania a governos autoritários e também populistas né que é isso que está acontecendo muitas vezes ah temum temos eleito muitas vezes aparecem perspectivas que se dizem democráticas mas são tão somente populistas em segundo lugar eu diria vamos falar um pouquinho da França né França passou agora ah por esse processo tão
extraordinário né extraordinário eu digo no sentido de novo não normativo no sentido da surpresa mesmo né as redes sociais o próprio macron Ah todos davam como barbada a Vitória da Extrema direita Esse é um ponto important pra gente destacar eu como uma pessoa que acredita na democracia eu não tenho nada contra ah políticos conservadores e de direita eu sou contra políticos de extrema direita que eu não chamo de políticos de extrema direita eu chamo de políticos retrógrados no sentido de que eles querem fazer retroagir pautas que foram conquistadas por lutas democráticas Então acho que a
gente deve distinguir esses campos que são muito importantes mesmo pensando nisso eu acho que a França se nós pensarmos na história da França é sabido por exemplo que no contexto da revolução do Haiti que foi uma revolução muito silenciada né ou seja uma revolução em que os escravizados provaram que não eram escravizados para sempre a própria França silenciou a revolução do Haiti os próprios grandes filósofos da Ciência Política Hegel Por exemplo quando falavam de escravidão no contexto em que eles conheciam muito bem as a escravidão das colônias e portanto você tem toda a razão iam
pra antiguidade ou seja silenciando apagando a escravidão existente nas suas colônias a França teve um processo muito complexo em relação à Abolição da escravidão porque aboliu a escravidão no continente mas não nas colônias depois aboliu e depois voltou atrás então a escravidão infelizmente a escravidão vamos falar com calma escravidão Mercantil virou uma linguagem uma linguagem com consequências terríveis porque ela socializou processos de hierarquia as pessoas tem eu gosto muito de uma de uma teórica chamada Cida Bento negra que ela fala toda vez que a gente fala de escravidão nós nos referimos apenas e tão somente
a população negra que foi a maior vítima da escravidão Uhum mas o que aconteceu com as populações brancas que foram socializadas nesse lugar do mando da naturalização do mando o ex da França é super eloquente porque a França o país da da Igualdade da Fraternidade da Democracia também tava socializado pela linguagem da escravidão E você tem toda a razão quando você falou timidamente mas que nós temos ainda situações de escravidão de trabalho escravo não só no Brasil como pelo mundo afora Então essa é uma questão premente e que precisa ser discutida e denunciada né Ou
seja a posse de um de um uma pessoa por outra pessoa não é um processo natural ela tem que ser então só para terminar a França dito isso a França que tem sim esse processo tão complexo deu um exemplo pro mundo Ou seja que ah não é à toa que o grupo que se uniu o grupo de esquerda que se uniu emprestou o nome de quando do contexto da Segunda Guerra Mundial que foi quando na França um grupo se uniu para lutar contra o fascismo Uhum Então eu acho que a França deu um exemplo de
que quando necessário a sociedade civil Porque é dela que nós estamos falando pode e deve se unir contra qualquer extremo eu eu concordo eu acho que assim qual que é o grande ponto e aí não sei de novo não tenho resposta não tô aqui e não sou Historiador então não tô dando cagando regra de jeito nenhum imagina e mas o interessante que acontece na França que eu acho que é assim muito a gente não viu falou assim a Vitória da esquerda eh a direita dobrou de tamanho então assim Foi uma foi uma derrota menor talvez
porque ainda conseguiu manter o governo nas rédias vamos dizer assim eh em nome disso se aliando a até uma parte que culturalmente não é natural da França eh essa parte mais muçulmana a parte mais dos Imigrantes por exemplo como até o próprio biden tem tentado fazer agora então um um um aceno a que todos os imigrantes São bem-vindos então é uma união da esquerda vamos dizer assim eh mas que esse conflito que para mim não não me entra muito na cabeça é quando você começa a esvaziar tanto a conversa que aí você vê pessoas na
nos Estados Unidos Por exemplo isso foi muito muito claro e pessoas eh de um grupo de uma parada LGBT brigando com pessoas que estavam PR Palestina então Eh as pessoas estavam LGBT estavam em prol da Palestina E aí encontraram com um grupo que se viam nós somos todos esquerda né nessa visão e pera aí não nãoé não você é um outro tipo de de de esquerda eh e quando você pega a construção por exemplo dos últimos anos no do Egito aquela região ali você pega na fotografia o que eu acompanhei tá posso hisar errada mas
o papel da mulher voltou vários Passos também então a preocupação que eu fico é ser a franç não está se aliando a uma esquerda que eventualmente e vai poder tirar conquistas que estão em outros lugares que ela não está enxergando então assim esse movimento né um movimento que constante mas pode pode ISO que falar é porque eu acho que essa é uma é um ponto muito importante que você tá trazendo que é o crescimento desses grupos de Eu repito de ultra direita que esses sim são grupos que querem sequestrar pautas esses sim são grupos que
acreditam num só numa só religião na deles num só projeto familiar do deles próprios é normativo e e só numa forma de ser e estar no mundo esse a gente deve mesmo combater a gente deve mesmo temer esses grupos de direita que T inclusive isso é muito importante sequestrado conceitos importantes pros governos liberais como conceito de igualdade como conceito de democracia como conceito de liberdade de expressão são Quando eu digo sequestro é quando sequestram pautas para que elas façam sentido para pautas que não tem nada a ver com a ideia de liberdade de expressão ao
contrário como você tá dizendo querem impor uma forma de ser e estar no mundo o que aconteceu na França Eu repito não me parece que são grupos primeiro a questão da imigração na Europa é uma questão natural diferente do que você né Eu acho que é uma questão que os governos europeus vão ter que lidar por por qu a centralidade europeia foi feita nós sabemos a partir do domínio Colonial são consequências é o preço que você pagou agora você não desenvolveu agora vai ter que receber você parasit certo durante anos e agora você vai dizer
que não quer receber esses grupos que viveram que trabalharam para você tempo to suua que falam a sua língua então como você vai chamar de estrangeiros eu digo que é o melhor exemplo não sei o que você acha é Eurocopa aham Aham você olha lá os Olha a formação da Esquadra espanhola da esca francesa de todas elas eles a a as áfricas já são parte da realidade europeia então esses governos vão ter que lidar e não são estrangeiros como você tão bem lembrou eles falam a mesma língua e eles são cidadãos desse país não são
estrangeiros Então como nós vamos lidar com esse mundo que todo mundo é estrangeiro sim nós somos Imigrantes é um desafio do Século XX e xx2 não é verdade é eu acho assim acho que assim e não acho que tá só começando porque o meu medo é que cada vez cada vez mais as bolhas de conflito estão se fragmentando então eu entendi aí eu ia comentar isso eu penso que a gente também não pode legislar a partir da exceção uhum existiu Sim esse caso que você comentou Mas eu ainda acredito que a que pessoas que defendem
que acreditam plenamente que praticam a diversidade hão de se reconhecer eu sempre digo eu brinco que eu sou otimista no atacado e pessimista no varejo ou seja o momento não tá bom e você tem toda a razão mesmo assim eu não vou perder essa grande angular lá pra frente e e estamos vivendo momentos de retrocesso estamos Mas é por isso que a gente tem que abrir por isso que a democracia pede de nós o quê vigilância por isso que a cidadania é a grande virtude da Democracia porque o que o que é a cidadania do
que o que é a nossa capacidade de votar e de representação e a gente nunca delega voto e a gente nunca entrega Voto para todo sempre a democracia é feita de cidadania vigilante e mais ela é feita de cada lugar que é o nosso debate aqui você trazendo seu argumento do lugar da onde você se inscreve e eu trazer né que eu pass possa trazer o meu lugar de inscrição também e eu acho que é nesse ponto que essas pessoas se inscrevem esse é um bom ponto que até você falou sobre a Eurocopa e também
debateram aqui do eh muito sobre a Argentina que não tem muitos jogadores negros né Uhum é isso já foi pavo na própria Copa do Mundo e agora também na Copa América demonstra mais uma vez isso tem eh pros idiotas que são gostam das piadinhas do conflito fica falando assim ah vai lá França ganhou na esquerda e perdeu na Eurocopa Olha o ponto que chega né Eh Mas eu vi um argumento que eh as maiores colônias ou as maiores eh fazendas ou engenhos que a gente tinha eh no Brasil as mais prósperas eram no Nordeste e
que eram quem os os os catas que tinham dinheiro para comprar de fato escravos então como no sul elas não eram tão representativas eles não tinham tanto dinheiro então eles muito mais no Brasil é hum eles não tinham tanto dinheiro para comprar escravos como o Nordeste tinha e por isso se desenvolveu menos não na mesma proporção de pessoas de escravos na região Vamos tornar isso mais complexo um pouquinho isso ótimo is isso que eu queria entender agradeço muito essa sua pergunta primeiro você deve ter notado que eu não falo escravos eu falo escravizados aham sabe
por quê não posso eu não quero dar aula aqui às 4 da tarde pare ser educado mas olha só primeiro lugar a eu falo escravizados porque ninguém foi escravo no seu passado eles tem um lado didático muito grande mostrar com como essa foi uma situação totalmente compulsória e forçada então por isso eu uso escravizados e e acho que esse é um termo que vai se socializando muito não sei se você tem filhos mas enfim as crianças já não tenho mas quero ter quero ter alguns você vai ter e vai ver as crianças já estão aprendendo
com escravizados outra coisa evite essas explicações como muito diferenciadas entre Nordeste e Sudeste Ah o que aconteceu no século no momento em que o país foi ah invadido que eu não uso descoberto se quiser comentamos depois ah a se esperava ah acha que invad se esperava encontrar Mas eu posso te justificar porque não é só uma palavra de ordem Ah se esperava encontrar ouro como se tinha como as jazidas riquíssimas tinham sido encontradas no que viria a ser a América Espanhola não encontrando o ouro os portugueses levaram pro Brasil uma tecnologia que eles já tinham
aplicado em várias ilhas sobretudo do Caribe que era o açúcar na época o açúcar era tão valioso que ele constava de testamentos da realeza tantas gramas de açúcar e de fato os os portugueses implementaram essa técnica do açúcar de uma forma super requintada contando com o quê com a expertise dos africanos uhum tanto que TR trouxeram sobretudo africanos do Norte que eram os os yorubá de culturas yorubá especializados no quê no ferro porque precisavam criar os engenhos e a eram fazendas ah absolutamente Assassinas porque não sei se você tem ideia no Brasil com 28 anos
os escravizados eram descritos como velhos de tanto que eles trabalharam e de tanto que eles morriam e também Portugal tinha interesse porque Portugal tinha controle das feitorias e ganhava você que entende de mercado ganhava em todas as etapas vinha da África com o navio cheio de escravizados voltava com com açúcar ganhava em todas é engraçado Como tudo tem um mercado né assim eu lembro da quando eu descobri a primeira história era criança ainda acho que talvez vai 12 anos eu tinha quando eu descobri a história por trás da manga com leite então que era porque
os escravos os escravizados pode falar como você quiser juro que eu não eles eh tinham as mangueiras naturalmente que eles podiam comer manga E aí e quando eles pegavam que alguém tomou leite que não deveria ter tomado porque o leite em geral era ou para PR venda ou para aluma outra coisa eles iam lá e matavam a pessoa exatamente aí você diz que é proibido proibido para quem E aí fala assim é não faz mal não faz né faz mal para quem exato agora já ouvi falar dos ciclos econômicos Já que é tudo é mercado
na primeira fase portanto do século X ao 1 O Grande ciclo foi do açúcar daí o que aconteceu lembra da expulsão dos Holandeses agora tá parecendo aquela altura queria saber nunca perguntou mas vamos lá vamos que vamos então quando os holandeses foram expulsos eles levaram a tecnologia paraas suas próprias colônias E aí começou uma competição muito grande da qual os portugueses saíram perdendo até porque os holandeses eram especializados no quê na distribuição do açúcar inclusive do açúcar brasileiro aí vem um novo ciclo que são ciclos concomitantes que foi do ouro em Minas Gerais toda a
mão de obra vai pro ouro isso quer dizer que é porque o ouro era mais bem trabalhado em Minas do que não era porque o interesse econômico foi todo para Minas Gerais Uhum E foi um momento em que o olo do Brasil até hoje tá em todas as igrejas de Portugal ocorre que o ouro foi tão explorado o ouro e o Diamante que se esgotou é nessa época que começa um outro ouro o ouro negro que era o café Uhum E o café começa a ser desenvolvido justamente nas províncias do sudeste que até então eram
províncias de passagem não de chegada Uhum agora a mesma especialização que aconteceu no nordeste nas províncias do Nordeste para cultivar o açúcar existia daí a partir do século XIX para cultivar o café e não à toa a mão de obra escravizada migrou do Nordeste pro Sudeste e e começou um ciclo Que nós conhecemos como segundo nós historiadores como segunda escravidão que era uma escravidão que vinha de Moçambique E aí você tem três três três grandes portos esc de saída de escravizados no norte como que é a região lá de Gana da atual Nigéria da da
África Central que eram os escravizados que vinham os africanos que vinham de Angola e do interior e da outra região Meridional que vinham de Moçambique mas Ah não é uma questão de especialização ou de melhor indústria é uma questão de demanda porque uma colônia é uma colônia de mercado aberto Ou seja e é É nesse ciclo que que que desenvolve ali o Porto Maravilha que São Paulo é isso Exatamente é nesse ciclo que primeiro se desenvolve a província do Rio de Janeiro não é à toa que em 1763 a capital do Brasil que era Salvador
uhum passa para onde para o Rio de Janeiro que não é era nada mas o que tinha no Rio de Janeiro o novo ciclo econômico é isso que explica e primeiro o café é plantado no rio na região do Vale da região ah lá do norte do Rio de Janeiro mas foi plantado de uma forma totalmente predatória nós sempre trabalhamos com esse esquema que até hoje nos Castiga muita terra e portanto vamos estragar a terra vamos destruí-la ele vai escorrendo e entra por onde no oeste paulista é Essa época que São Paulo entra no mapa
por conta do café entendido bom interessante eh é é interessante isso mesmo porque assim não fica preocupado que não vai ter prova no final do prog eu saio é o bom de quando depois você passa da das partes obrigatórias de de estudo é que as coisas começam a virar interessantes então assim pô legal aí eu vou chegar em casa vou ver alguns vídeos no YouTube é é eh o que que eu i te perguntar eu ia te perguntar como que você vê nessa nessa construção né do último século e de do espaço que a gente
vive hoje no Brasil como que você enxerga a questão da religião e a integração das religiões no no Brasil eh porque muitas matrizes africanas por exemplo foram silenciadas também eh muitos preconceitos foram gerados nessa época onde existi um afastamento talvez da das populações vamos dizer assim eh só que isso tem mudado né Quanto mais pessoas mais diversidade AF Flora então mais as pessoas parecem mais você vai entendendo as nuances e entendendo que no final não não é todo mundo é ninguém é não ninguém é muito forte mas eh as crenças diferentes podem conviver em paz
né então mas como que isso na sua visão eh joga o seu papel dentro do Brasil no último século muito bom a questão da religião é a questão aqui pra gente pensar Brasil né A Você tem toda a razão as religiões de matriz africana que foram relidas aqui no Brasil ah foram durante muito tempo reprimidas mesmo né Não era possível ter Os cultos atabaques não podiam tocar como se dizia uhum mesmo assim Nós criamos essa essa Ginga né Eu não tô falando is como elogio que se a gente pensar na figura do que é a
capoeira é muito interessante usar a capoeira de novo como metáfora porque a capoeira é uma dança e é uma luta então quando quando as autoridades vinham eles diziam nós só estão dançando mas é famoso como existiam grupos de de capoeiristas que foram importantíssimos paraa abolição da escravidão que pressionaram as autoridades se você pensar o Candomblé durante muito tempo a cada orixá existia uma correspondência com um santo católico aham por que isso porque era uma forma de cultuar os orixá sem que a repressão batesse nos terreiros isso como você diz poderia parecer que está muito bom
no Brasil né nos anos 30 nós divulgamos um mito poderoso que é o mito da democracia racial eu digo que é um mito Ah porque não é que é uma mentira eu não acredito em mito como mentira mas é uma grande contradição da sociedade brasileira que a gente continua a afirmar uhum Se você pegar os dados de intolerância a intolerância cresceu muito no Brasil você deve estar acompanhando desde 2018 Qual é o item em que a intolerância cresceu mais a intolerância religiosa Ah isso é paralelo a ao crescimento das religiões não todas as religiões H
evangélicas mas sobretudo as Pentecostais e eu falo isso aqui com muito cuidado eu não tenho problema com religião alguma Gosto de todas mas eu não gosto quando você tem um modelo que tenta perseguir outras que é o que está acontecendo no Brasil do momento em que nós conversamos os terreiros estão sendo reprimidos tá tendo muita repressão tá tendo muita gente que tá sendo machucada assassinada esse essa é a primeira intolerância intolerância religiosa Então essa é uma questão muito brasileira né que nós somos que nem a ponta do iceberg a gente vê aquela pontinha e fala
que beleza mas não olha a profundidade desse pico né O um outro estudo que eu vi eh que fala um pouco também da da formação eh em especial aí tô falando dos Estados Unidos tá eh eu vou prometo me debruçar um pouco mais sobre estudos dos brasileiros inclusive eh mas dizia que grande parte na parte acadêmica eh quando eles comparavam as dificuldades quando fazeram entrevistas etc que as pessoas tinham para atingir os os Picos ali de nota né que é a parte ali mais não estou olhando pra história estou olhando para uma nota que foi
adquirida aqui através de um de um recurso e eles viam que muitas vezes eh o asiático ele conseguia apesar da pobreza eh similar a ao povo negro americano ele conseguia prosperar muitas vezes com uma estrutura familiar mais e centrada na família então eles avaliaram que por exemplo 80% das pessoas que passavam asiáticos tinham pai e mãe dentro de casa então que isso dá uma estrutura de que o pai trabalha muitas vezes é o o modelo ainda um pouco mais tradicional mas o pai trabalhava então a mãe estava mais presente quando o pai voltava e tinha
uma relação familiar aceitável né porque conheço também amigos que tem eh famílias asiáticas também é uma cultura diferente a família para um asiático eh mas muitas vezes paraa pessoa negra americana ele tinha problemas porque o pai tinha saído e ou porque a estrutura tinha muitos filhos coisas do tipo isso se reflete também no Brasil eh da de um de um a partir do momento que a gente marginalizou eh um por um bom período de tempo uma toda uma comunidade você começa a Gerar essas fenômenos que não são porque eles são negros né mas e sim
porque eles foram marginalizados eh tanto que isso também se replica a brancos que estão marginalizados eh por isso que eu falo sempre do Poder da educação né como que a gente tenta trabalhar a questão da família né da Nesse contexto do Brasil sem que também que pareça esse ah lá direitista a família não não é sobre isso é só que também há comprovações de que a família eh joga um papel muito importante na formação de um cidadão como que você vê esses conflitos no acontecendo na nosso dia a dia vamos lá Bom eu acho que
a família tem um papel fundamental todos os tipos de família não só pai mãe pai pai mãe mãe contanto que você tenha uma uma família que que receba afetivamente essas crianças e cuide da educação há um grande preconceito no Brasil e nos Estados Unidos porque eu como leciono lá eu dou história comparada ah com relação à família de escravizados por mais que a família fosse proibida há estudos e mais estudos Eu recomendo no Brasil os estudos do professor Robert lin eh sobre como durante todo o período da escravidão as famílias escravizados se mantiveram a despeito
de muitas vezes os senhores quererem vender as famílias sem parado então essa já é a maldade a perversão do sistema escravocrata eu diria para você que nos Estados Unidos como no Brasil por mais que as populações asiáticas vieram numa situação de de não fácil de penúria que o passing foi totalmente diferente porque o que aconteceu no Brasil que também é a história dos Estados Unidos Mas vamos falar de Brasil Brasil foi o último país a abolir a escravidão Mercantil o último o fez depois de Estados unid Unidos Cuba e Porto Rico e o fez com
uma lei absolutamente conservadora e nesse sentido tô falando conservador ruim é uma lei curta na época para você não me chamar de anacrônica existiam projetos que previam a inclusão dessas populações nada disso foi feito então eu costumo dizer que o dia 13 de Maio de 1888 foi o dia mais longo da nossa história porque era preciso reparar era preciso incluir nada disso foi feito o que acontece é que essas populações de origem africana foram durante séculos primeiro a escola era proibida para essas para essas populações formação de família era proibida Às vezes a manutenção de
seus filhos era proibida então não há como comparar a situação dessas populações com as situações das populações Eu incluiria As populações orientais asiáticas né melor falando asiáticas e com as populações europeias tanto que rapidamente se você pensar na na emigração italiana essas pessoas se elevam ó japones aqui em São Paulo que é a segunda maior comunidade do do mundo fora do Japão aqui no em São Paulo exo e com muito orgulho porém essas populações chegaram ao país sem os constrangimentos e os impedimentos que graçavoce voltando a essa questão Então essas foram Quest foram populações alijadas
da Cidadania e que continuaram alijadas porque eu analiso nesse livro imagens da branquitude H uma série de fotos de 1930 há uma foto impressionante de um h um fotógrafo que se chama de estilo Alkmin de Minas Gerais em que você vê a é uma fotografia de arquivo e uma fotografia que na verdade não foi aprovada pelo fotógrafo mas eu historiadora eu quero trabalhar justamente com documentos não aprovados e nessa foto vou tentar descrever visualmente Você tem uma família burguesa ao centro um homem e uma mulher brancos do lado direito você tem a titi a titila
Alkmin que é a esposa do do Fotógrafo mas que nunca ganhava nome Então veja um lugar de de exclusão Ah no centro esse casal tem duas crianças um menino e uma menina as duas super bem vestidas e com sapatos e do lado esquerdo há uma menina negra totalmente descabelada com a roupa toda suja e descalça porque no Brasil não sei se você sabe não havia nada da Lei na lei Mas era uma lei costumeira que as populações escravizadas não podiam usar calçados tanto que no 13 de Maio várias dessas dessas pessoas foram as lojas de
sapatos compraram sapatos mas como os pés estavam acostumados a andar no chão do ah os pés fizeram bolha E essas pessoas foram vistas levando os sapatos a tiracolo como se o sapato fosse um símbolo de liberdade pois bem nessa foto de 1920 essa menina negra Continua trabalhando e continua sem direitos então estamos falando de 1920 não estamos falando de 1888 Quais são as consequências e como você compara essa menina uhum com a roupa toda suja o cabelo desgrenhado e trabalhando sem direito à educação com essas duas crianças no centro eu não quero que as duas
crianças no centro não tenham esses direitos eu quero que essa menina tenha os mesmos direitos é e até porque as crianças do centro em geral já T né porque assim [Música] eh eu tenho eh quando você eh põe a sua cara tapa né nessa jornada de você vai saber que vai ter também ser atacado por coisas que às vezes você não merece também claro e às vezes a gente tem que e entender realidades porque pessoas brancas pobres que muitas vezes Falam assim sentem que numa corrida onde ele também era pobre também não teve educação ele
tá ficando para trás ele está sendo desprivilegiado e mas eu entendo que uma diferença porque essa pessoa se ela conseguir um emprego 90% da dos kmas se resolvem imediatamente exatamente é bem recebida ela já entra em outros em outros eh em em lugares que ela talvez não imaginava chegar há um tempo atrás eh mas o que eu sinto muitas vezes é que assim o que que eu acho que falta pra gente de fato integrar eh realmente ter uma população diversa eh produtiva e producente um educação acho que isso é básico porque aquilo a educação ela
abre abre uma ferramentas para você sonhar com coisas diferentes eh e muitas vezes quando eu tenho críticas a a a pauta identitária eh de cor que muitas vezes também existe é quando eu acho que eh muitas vezes ela é sequestrada por pessoas que estão só pensando em política eh e tão mais pensando na diversidade pela diversidade o que que é diversidade para mim então diversidade para mim é não é eu ter um podcast com pessoas negras eh eu ter uma um podcast de ciência com uma pessoa pessa Negra É tem um podcast de futebol com
pessoa negra um podcast de direito direito é que as pessoas negras sejam inseridas e não em algo que é eh colocado como um cantinho e eu sinto que na melhor das intenções muitas vezes as frentes que estão trabalhando pela diversidade não tão pensando muito na diversidade estão pensando na nessa bolha da diversidade que é a militância mas é muito importante eu sei mas talvez essa seja o esse seja o lado mais ruidoso aham Mas por outro lado vamos pensar em projeto de futuro que eu sei que você você pensa muito já te ouvi falar muito
sobre isso essa criança que durante tanto tempo quando foi estudar a história imagine nós duas pessoas brancas a gente estudava papel dos brancos né na civilização Essas são políticas de autoestima para nós imagina essa criança que durante anos só estudava África como um lugar Bárbaro dos animais selvagens ah ou então as pessoas ficavam reclusas à domesticidade ou os trabalhos subjugados inferiorizados eu penso longo prazo uhum os nossos livros didáticos estão sendo alterados então a gente não precisa olhar só a pintura mais ruidosa vamos olhar na base O que significa agora essas crianças que vão estudando
outras áfricas que podem ter orgulho do seu passado podem ter orgulho devem ter orgulho dos seus ancestrais isso vai mudando é claro que você tem uma comissão de frente que tem que ser mais ruidosa mas para mim políticas de identidade são é é eu tô falando disso ou seja de políticas de longo curso né políticas a gente muitas vezes trabalha em cobertor curto não é verdade que é você puxa de um lado o pé descobre puxa do outro lado o braço fica fora e hoje tá frio né então a gente sente mais frio mas a
beleza a Utopia da as políticas de identidade tem a ver com redistribuição de justiça e eu acho que é isso que a gente vai alterando no Brasil e é isso que eu penso que é um caminho uma marcha sem volta eh eu entendo da onde você vem desse lado otimista eu eu compartilho esse lado otimista né que você tem eh Mas recentemente tá até vendo um filme da um filme não um dois vídeos da senorita Bira dá um salve senhorita Bira muito bom seus vídeos tá eh que é tenta se Debar um pouco na prática
né do eh das realidades que a gente implantou na cabeça do Brasileiro né então assim o meu cunhado ele é negro eh então eu tenho um sobrinho e uma sobrinha negras eh e minha irmã é loira olho azul e já teve passagens por exemplo de policial parar na rua não vir no lado dele porque achou que era alguma outra coisa vir do lado delaa assim tá tudo bem é eh e aí o ponto é sempre pergunta assim bom era uma pessoa branca né que fez isso não era um policial negro negro mas então gente todo
ideologia O que é né a gente pensa assim a ideologia Essa é a falsa imagem de ideologia ela é feita por uma pessoa para enganar os outros a boa ideologia é o que faz sentido em todos e todas Ah por que que o racismo é estrutural e sistêmico no Brasil porque ele estrutura a nossa a linguagem e estrutura de todos e de todas ele é sistêmico por quê Porque ele atua como um sistema isso faz com que o o preconceito Ah eu penso assim o preconceito ele é punível por lei O problema é a discriminação
que é o que você tá me contando a discriminação que tá no dia a dia essa lei não pega Uhum E esse policial queria ajudar sua irmã mas ele faz parte desse racismo que é porque Ele estudou se você fez educação pública como eu os mesmos livros que eu estudei e Ele estudou para discriminar as populações negras Então o que eu tô querendo dizer é que a gente Como o racismo é estrutural a gente tem que combater com elementos estruturais esse exemplo que você tá me dando só põe mais água no meu caminhão né Essa
Ideia de que a polícia a gente tem tanto problema com a polícia não é verdade hoje que nós estamos aqui conversando o menino João Pedro que foi morto de 14 anos que foi morto numa batida da polícia militar e civil ah por uma tiro nas costas a casa dele foi alvejada por 70 balas os próprios policiais Disseram que ele não tinha culpa que eles estavam querendo pegar um outro outros traficantes uhum hoje esses policiais foram liberados né Por causa da enfim a como isso fica para Essa sociedade como é que isso fica para nós né
como é que a gente fala da impunidade eu não quero aqui condenar os policiais os policiais fazem parte dessa nossa estrutura e precisam ser educados como nós e precisam Ganhar mais como ganha um bom empresário né esse é o nosso problema esse policial que parou a sua irmã para ver se estava tudo bem com ela faz parte dessa engrenagem Por que que a gente vai exigir que ele não faça tem um eh tem uma passagem não sei aonde você falou isso Tá Mas é que você fala de acho que uma pesquisa que exato É 90%
96% das pessoas elas eh não se achavam racistas ou preconceituosas mas 99% conhecia alguém e em geral esse alguém não era alguém um amigo é não minha tia meu vizinho alguém próximo então assim a conta não fecha né como essa não fecha todo brasileiro e brasileira Branco se sente uma ilha de democracia racial cercado de racistas por todos os lados quer dizer para você que tem essa lógica empresárial a conta não fecha qual que Qual que é sua visão Da a gente começa a caminhar aqui para uma parte final da nossa conversa n você também
tem mais compromissos assim vai ser um vai ser sempre um prazer eh receber você novamente eh mas eu queria entender de você Qual que é a sua perspectiva sobre a as narra as narrativas no sentido de a ficção eh versus a pura retratação da realidade porque por exemplo durante os anos 80 90 foi uma criança que acompanhou muito a Globo como qualquer outro pessoa no Brasil né era a sua opção Ah que você tinha ali era isso e obviamente sempre era quando novelas retratando a escravidão tinham as pessoas sempre os brancos em posição de poderes
os os escravizados né Como os negros eh mesmo em novelas que não eram particularmente para falar sobre a Ática existia sempre a construção das das as pessoas empregadas sem a pessoa as pessoas negras e o empresário é sempre o branco uhum eh então existia uma desculpa eventual de que isso era um reflexo da realidade então não faria sentido eu colocar o empresário como negro Olha só n onde vivíamos mas eu queria ouvir a sua opinião na D tudo que você estudou o quão é positivo o reforço sobre a ficção então mesmo que ainda não tenha
é bom que eu coloque isso nem nessa situação para que as pessoas possam sonhar com aquilo e visualizar ela sendo aquilo um dia como que você vê isso e hoje acho até a mainstream já mudou bastante acho que isso é um bom ponto da da própria Globo né então já existe outro uma outra situação verso que a gente antes mas como que você vê isso na nossa realidade hoje Então olha que que exemplo lindo que você tá trazendo né que eu penso que nada disso mudou por milagre não há arco-íris né pote de ouro no
final do arco não há mas isso mudou por força da militância negra que desde os anos né o movimento negro Unificado foi criado nos anos 1970 São muitos movimentos que tensionar de uma forma bastante importante para que essa imagem pública fosse alterada eu estudo Eu tenho um livro sobre Lima Barreto chama Lima Barreto triste visionário Lima Barreto foi um grande escritor um grande escritor que lutou por um Brasil diferente no início da República que denunciou as políticas de exclusivismo da primeira república brasileira Ah que publicou livros fundamentais pro cânone literário brasileiro Triste Fim de Policarpo
Quaresma é só um deles né Clara dos Anjos ah eh tem contos maravilhosos e que morreu aos 42 anos eu digo que morreu aos 42 anos de racismo porque o o racismo mata o racismo produz depressão o racismo produz a a a pessoa deixa de consumir a ministra ní acaba de dizer isso o quanto o racismo é nocivo pra saúde das pessoas pois bem Lima Barreto tentou entrar três vezes na Academia Brasileira de Letras e o que não é coincidência é que os dois biógrafos de Lima Barreto eu mesma e Francisco de Assis Barbosa entramos
falando de Lima esse tempo vai mudando vai mudando devagar mas vai mudando hoje nós temos grandes escritores negros Jeferson Tenório e Tamar Assunção a Conceição né uma grande escritora a Elana Alves Dutra São grandes escritores negros que tem estão aí e que devem estar ao lado de escritores brancos também escritores enfim porque eu acho que a literatura é esse palco é esse Palco para verdade e acho que nós estamos vivendo no Brasil um momento muito importante em que nós temos Ah esse tipo de protagonismo né ou seja não é só o protagonismo ah do esportista
que sem desmerecer de maneira nenhuma não é só o protagonismo do cantor ou do ator como você mesmo falou mas agora a gente tem o protagonismo de grandes escritores e grandes escritoras Na minha opinião você já me chamou uma vez de otimista demais mas eu continuo eu sou também sou também sou eu tô brincando mas na minha opinião isso tá nos fazendo muito bem eu fico muito feliz ao saber que um adolescente não vai deixar de ler esses mas vai ler Tony Morrison uhum sabe vai ler Shima Amanda que vão trazer esses universos tão lindos
e que a gente pode se admirar né e a gente pode sonhar um adolescente pode sonhar vendo esses ess e quer dizer lendo esses livros o Jeferson Tenorio por exemplo Ele conta uma história maravilhosa de um professor de Literatura negro que ganha os seus livros quando ele vai descrever dostoyevski eu não vou contar o final porque eu não quero dar spoiler chama-se o avesso da pele mas é um livro que mostra esse poder Libertador da literatura né E como nós queremos como você bem disse que pessoas negras tenham lugares de proeminência não só nos Espaços
pré-determinados mas em todos os espaços que elas possam querer e que isso vai ser vai ser vai produzir um país muito menos odioso muito menos tóxico e acho que políticas de identidade repito Não identitarismo elas falam disso né que é preciso desigualar para depois igualar a gente vai chegar num momento que não vai ser preciso mais essas são medidas Provisórias né e que não vai ser necessário porque essas pessoas estão vindo essas pessoas estão chegando é só essas portas continuarem abertas né você acha que a gente tá vendo um momento em que o Brasil eh
tá olhando para esses problemas encarando eles ou não como que você vê dentro do otimismo como você vê a prática a prática do de nós como país assim como uma nação Olha primeiro eu sou historiadora e antropóloga que eu sou nunca falo dos brasileiros né o Brasil porque são muitos brasis né nós vivemos nesse país de realidades continentais né então São muitos os brasis eu acho apenas que o Brasil deu Passos né quer dizer a Constituição de 1988 a constituição cidadã é uma constituição muito generosa no que se refere aos direitos uhum ah se nós
vamos aplicar ou não é outra história a gente precisa de um outro programa mas essa constituição ah determinou Limites por exemplo no Brasil o racismo é crime uhs pração da Constituição não está na primeira há países em que não é nós vimos no caso da Espanha com o Vini Júnior né que foi um caso criminoso não tem como punir porque não há não há o crime de racismo lá então acho que são pequenas Estacas nas quais nós devemos nos nos agarrar como eu te disse eu sou otimista no atacado e pessimista no varejo Infelizmente eu
falei que o primeiro item de intolerância é intolerância religiosa né Aham o segundo item de intolerância é a intolerância racial o terceiro item é a intolerância de gênero Eu trabalho com isso que eu chamo de marcadores sociais da diferença Essas são diferenças construídas pela sociedade nós falamos isso o programa todo não existem não existe mas a sociedade e a cultura são que nem tatuagem elas se grudam na nossa pele grudam de tal maneira na nossa pele que elas constituem uma espécie de segunda natureza que é muito difícil de atar e o Brasil vive esse momento
eu não sei dizer talvez você é o especialista se são as redes eu não demoniza as redes eu tô nas redes Como você sabe não eu assim eu sou eh talvez pessoas tenham tenham visões diferentes mas sem temho que explicar o que eu enxergo da no meu lado otimista para as pessoas entenderem eh o por que eu penso isso mas eu acredito que a o a liberdade né que é o que eu acredito que é o meio do caminho entre ent o capital e o social uhum tá meio que uma se eu focar um capital
que dá liberdade à pessoas Pura Liberdade é em teoria o caminho do meio né que é o capital produtivo Então pessoal todo mundo aqui pode trabalhar junto que a gente conquistar a gente conquista junto é meio que um modelo de cooperativa que é um capitalismo mais social vamos dizer assim mas eu acho que as redes e a mais do que as redes a nós já vivemos em alguns algumas camadas num mundo que é meio ancap o mundo Existem os países existem uma esfera geográfica política de coisas acontecendo e tem uma outra esfera que é dentro
de cada uma dessas lugares estão nascendo sementes E aí eu vou primeiro falar a parte otimista e depois a a pessimista a otimista é talvez se o vin estivesse eh num país onde não há comunicações externas eh isso ficasse isolado no país e ele é só sofrer lá e ninguém nunca saber exato hoje com a visibilidade que a gente tem no mundo a gente aproxima o nosso olhar de meu Deus Olha que causa Olha esse extremo que a gente vê extremos no mundo inteiro mas ao mesmo tempo o poder de ver esses extremos ajuda todo
mundo entender que pô pera aí vamos todo mundo caminhar para algum lugar então acho que quanto mais a gente liberar as redes sociais mesmo para besteiras mesmo para coisas absurdas mas as pessoas vão conseguir enxergar a caminho do meio e caminharem juntas Qual que é o lado pessimista se isso não acontece e eu começo a isolar quem já está isolado eu vou poder eu vou criar um ambiente e tão com uma pressão tão grande internamente por quê se hoje você gostar de desenhos animados japoneses e rock and roll e vestir é roxo você na internet
você pode achar 200 pessoas que gostam de assistir japonês etc e roxo você vai encontrar E aí quando você sai na rua seu vizinho ele é um cara que gosta de gospel tem um cachorro E reza todos os dias se a gente criar comunidades que estão isoladas virtualmente mas que vão se enfrentar no mundo da realidade aí pode ser o caos então eu prefiro que as pessoas não se isolem que elas continuem conversando com os seus expoentes conversando com pera aí vamos caminhar para um centro nem a direita nem a esquerda extrema é legal nem
a direita extrema é legal e eu vejo um mundo que muitas vezes em nome de proteções do que é o mais moral acaba dizendo que ah não mas não existe extrema esquerda é extrema direita e o resto centro pera aí aí você também não né existe tudo existe a direita o conservador o centro O Liberal e tudo eh só que se a gente vai tratar de uma população que mal tem educação formal e a educação de base como é que eu vou dar educação política para as pessoas Então posso falar uma coisa eu ao contrário
eu tô adorando imagina gostei demais eu não democrati não demoniza as redes sociais de maneira nenhuma tanto que eu tenho um Instagram bastante forte inclusive dá já deixa o Instagram para quem quem quiser @lil Schwartz são 550.000 e olha não tem mas eu não sou assim não tem é uma coisa só totalmente orgânica porque não não não tem nenhum problema Moral com quem faz mas eu sou uma cade então e nesse eu tenho um Instagram tenho até um podcast que tá de número agora vai fazer já está no número 50 Então olha só Parabéns cois
já tudo e tudo sem é só uma coisa eu que faço eu que organizo e tudo mais e uma coisa que a mim toda vez me é muito que é muito bonito para mim é quando eu eu não sabia nada para você ter ideia Eu nem sabia que as minhas respostas que eu respondo tudo na ma educação as pessoas falam algumas coisas eu falam Você podia me dar sua fonte que eu preciso aprender e eu não sabia que as pessoas podiam ler então não tinha noção alguma também não sabia dizer que tava crescendo tanto eu
só comecei a perceber quando as pessoas começaram deve acontecer com você a a fazer demonstrações de carinho e o que mais me me agrada é na rua as pessoas me reconhecerem e falarem professora ou seja uma professora ah ter 550.000 seguidores é bacana e toda vez que me pedem assim você tem uma opinião eu falo eu posso trocar por uma informação aham estô dizendo que como professora eu sou uma pessoa neutra que eu não dou opinião claro todo mundo tem opinião mas eu tento dar uma opinião abalizada Então qual é o meu grande medo dito
isso eu acho que a as redes democratizaram o conhecimento que é muito importante que é o que você tá falando e também ajudaram na denúncia né ou seja tem denúncias que não podem passar né a gente eu Concordo totalmente contigo qual é o problema quando as redes E aí eu concordo também criaram especialistas em tudo se você for me perguntar eu sei que você podia me perguntar porque você sabe mais sobre economia provavelmente eu diria Olha eu não acho que eu sou a melhor pessoa para te dar essa resposta e é importante a gente poder
dizer isso olha eu talvez não seja a melhor pessoa para te explicar isso mas eu posso te explicar na minha área você quer e o que aconteceu é que muitas vezes as redes surgiram com a promessa de estourar as bolhas mas as bolhas são frágeis e acabaram criando Como você mesmo disse verdadeiros condomínios aham e esses condomínios não são frágeis não são frágeis e muitas vezes eu temo pela má informação Então eu acho que há um limite aí ou seja quando algumas pessoas dão informações propositadamente errôneas aí eu acho que temos problema eu acho também
e até para trazer um ponto que é tá em discussão por exemplo leis né sobre e a pele da censura lá essas coisas a o meu ponto de vista é que a lei atual já é já é a lei escrita já nos protege é sempre o uso porque por exemplo na lei escrita hoje ela Veda a A impessoalidade então assim você se você tem uma um perfil seu com seu nome e é identificável eu acho que você pode falar o que você quiser porque vai ter uma lei para cumprir o negócio ali o que muita
gente faz hoje que eu acho que não deveria existir mesmo é o cara que se esconde em um perfil eh x com uma carinha de anime para falar as melhores babar Artes que quiser falar e aí você não tem como encontrar você não tem como como culpabilizar aquela pessoa então mas acho que a gente vai evoluir muito ainda até até eu acho que vai e eu acho o seguinte que a gente deve levar em conta a eu não sou a favor da censura de maneira nenhuma mas eu acho que há um problema que é a
a verdade viaja de tartaruga né Aham e a mentira viaja de jato Opa de foguete então a gente também tem que criar alguns mecanismos autorizados pela sociedade para que a gente possa denunciar o que não é liberdade de expressão é fake News fake News não é projeto é mentira eu Concordo concordo Então eu acho que aí é o meu limite sabe é eu concordo eu não acho que muitas vezes assim medo e não vou nem falar nem chamar do atual ou do futuro ou do passado eu não confio no governo para eh para ele ser
o sensor para legis para ele Di não para ele dizer o que é fake News ou não é uhum para mim assim existe uma polícia existe uma justiça e deveria existir o jornalismo por exemplo para apurar que fqu não é porque assim se eu dou um poder do estado de dizer o que é feis ou não é mudou a na próxima eleição a direita vem forte que que acha que vai acontecer inverte os outros vão ser perseguidos até então assim eu não gosto muito da perseguição gosto muito mais do eu acho que governos autoritários atacam
rapidamente o qu o jornalismo Ah e a academia e a ciência porque são justamente setores que que se movem por Boa Informação o que que eu considero Boa Informação uma informação com apuração também acho ou seja com apuração com contraste quando eu vou te dar aquela explicação sobre a cana de açúcar e o café eu tô me pautando em muitos documentos não é um documento só não porque a gente já falou aqui que às vezes o documento vem viciado você tem que pegar um conjunto de documentos para verificar se esse conjunto de documentos te leva
para um sentido ou para outro sentido é o contraste das fontes que me mostra onde está a boa informação isso é o que o bom jornalismo faz e Isso é o que a boa ciência faz isso infelizmente é o que a gente tá enxugando é o que a gente porque se você for pensar mesmo no entretenimento o jornal ele servia para um propósito na Globo que era credibilidade mas o que carregava de fato as marcas ou o a parte do capitalismo era o esporte ou o BBB ou a novela Então o que tá acontecendo com
a internet mu em muitos casos é um sucateamento do jornalismo eu acho e Pô isso é muito triste mas são ISO muito triste quando eu te quando a gente estava conversando aqui como todo mundo agora é especialista em tudo tem a ver com esse movimento ah e e pensa no tamanho do Jornalismo do Jornal Agora jornais diminuiram muito agora as matérias T que ser muito diminutas você não tem mais aquele jornalismo apurao hard News é 3 minutos agora sabia é uma loucura não se TR minutos hard News Olha só então tem a notícia depois de
3 minutos já tá velha já já fica velha Esse é o problema enfim temos temos emblema Lucão temos um Tod todos que vem aqui eu critiquei também são emblematizado ah mesmo e você pode resgatar em em www né Como nv.com.br nv99.com.br bar resgatar ó lá uma foto pinup ali de uma olha só uma o critique foi elev no é porque agora a gente fez a gente tá fazendo e movimentos então a gente fez um movimento primeiro que era um movimento de avatare zinhos então era um um bonequinho meio que apresentava a profissão da pessoa etc
e agora a gente tá indo para esse movimento que é um movimento mais de assim é como é que fala é duas cores uma coisa mais olds schol assim então né como ficou do do Humberto com a Bebel retrô mesmo é retrô retrô meio Cartoon é o retrô Cartoon é a nova novidade assim ele agora tá o borga nosso borga Nossa borga já conheço o borga faz tempo o café dele é ótimo é exato ótimo café he o borga falando isso eu vou querer um cafezinho viu borga falando tanto em café aqui é qual que
é o código Lila Imortal Lilia Imortal Imortal aqui homenagem muito bom B você é um cara fenomenal ol imal é só a nossa amizade certo Exatamente exatamente as as a imortalidade é as palavras que ficam né a nossa história é sempre e eu compartilho isso também eu gosto de sempre falar que quando você constrói as coisas pros outros e você construir elas para sempre né porque assim se eu construir uma casa e essa é minha casa eh quando eu morrer em teoria a minha casa morreu comigo ela pode servir a outra pessoa mas se eu
construir uma casa que ela vai servir pensando já em servir outras pessoas mesmo que você sa de lá ela Continuará servindo então é é isso que eu acredito aqui é o sou o livro novo então o livro novo se você eh quiser adquirir onde pode adquirir onde que você recomenda Ele ainda tá em pré-venda Então pode adquirir na Amazon onde for mas daqui a pouco já sai eu vou fazer uma série de lançamentos Amazon boa eh e Inclusive eu acho que comenti uma gaf no começo que eu falei fui falar Academia Brasileira de Letras E
aí Confundi com a companhia das letras e aí falei as duas coisas juntas Mas são coisas separadas né então S coisas bem separ componendo das letras e a editora né que você montou com o seu marido foi muito tempo atrás né examente O Luiz schartz é então assim acompanhe não só os livros da lilan mas também Editora vai ter vários livros lá para você acompanhar muita história muita reflexão sobre a nossa vida recados finais acho que que é isso queria só agradecer essa conversa tão boa ah eu quero que você volte já eu quero falar
com mais tempo então assim prendi um montão sei que você tá apertada mas a gente remarca Com certeza para ter novas conversas eh quem sabe com uma pessoa negra nessa mesa pra gente enriquecer ainda mais seria muito lindo né chamem o Douglas belos Silvio Almeida o nosso Ministro bo borga Com certeza não é né Ótimo então a gente vai marcar isso aí tantas pessoas incríveis né a enfim a própria Sida Bento eu acho que tem várias teóricas negras a Bianca Santana que você vai adorar conversar ser incrível boa vai ser um prazer com certeza e
então é isso pessoal amanhã temos e temos Pablo Marsal olha só que Que loucura né Saímos de lilan E amanhã temos Pablo Marsal loucura é loucura mas vocês e que estão nos acompanhando sabem que a gente conversou com quase todos né os potenciais prefeitos de São Paulo é uma primeira vertente aí do do critiquei falando com Então já passou tá tá aqui vocês podem acompanhar já passou Kim bolos já passou bolos Já duas vezes né inclusive agora recentemente uma mas já tinha vindo no passada então amanhã uma conversa com o Pablo né que tem os
seus os seus é também tá aí se projetando vai ser prefeito de São Paulo e Existem várias polêmicas né do e do que o povo discute sobre Coach não Coach etc Eu tenho algumas opiniões bem particulares e e vamos discutir Amanhã vamos falar um pouco mais sobre isso Vamos tentar ver se existe um common grounds né um senso comum pra gente tentar pensar ainda mais se o cara pegar porção de São Paulo a gente é melhor que ele esteja preparado né então e vamos conversar sobre isso perun é preparem perguntas aí pessoal algo mais borga
não lam prazer enorme muito obrigado e até amanhã Lucão solta a vinheta [Música] h [Música]
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