[Música] olá olá boa noite sejam bem-vindos bem-vindos a mais esse encontro ao vivo da casa do saber para quem tá chegando aqui pela primeira vez e para quem não se lembra meu nome é Guilherme Peres Eu trabalho na curadoria da casa e hoje eu tenho prazer e a honra de fazer a mediação aqui de mais um encontro ao vivo dessa vez com o que ele disse no talentosíssimo Alexandre Patrício que tá aqui nos Bastidores já eu já vou fazer apresentação dele e só explicar como é que vai funcionar um pouco esse esse bate-papo aqui eu
vou fazer essa abertura fazer uma apresentação do Alexandre vou abusar aqui um pouco do meu da minha posição e vou furar a fila aqui na Hora das Perguntas enfim tem algumas questões para levantar com ele aqui já prontas mas por favor façam perguntas aí nos comentários aqui no chat que a gente vai ter um tempinho para trazer as perguntas de vocês também na segunda metade do encontro tá legal e enfim como como vocês já viram aqui o nosso papo hoje é sobre Melanie Klein tem esse subtítulo o poder da infância e a formação do humano
e mas eu já queria deixar um disclemer aqui logo de cara que enfim algumas pessoas sabem principalmente quem já tá envolvido com como psicanálise que a melanickline ela é reconhecida por entre muitas coisas ter desenvolvido conceitos e ideias em relação ao Desenvolvimento Infantil ela é uma referência na psicanálise com crianças e mas é fundamental entender que todos esses processos eles exercem Claro influência sobre o comportamento da vida adulta Então o que a gente vai conversar aqui é de interesse geral então por favor vão mandando perguntas e comentários aí no chat que depois a gente vai
trazer algumas perguntas de vocês aqui para o Alexandre para a gente incluir vocês também na conversa é bom fazendo uma um outro aviso antes lembre-se por favor de se cadastrar no link que tá aqui na descrição desse vídeo para receber material complementar sobre o assunto a gente preparou um conteúdo extra bem interessante Então clica no link que tá aqui na descrição e também no chat né tá então mandando no chat para você se inscrever e ter acesso quem é para quem não conhece o Alexandre Patrícia Ele é psicanalista e pedagogo é doutor mestre em psicologia
clínica Pela PUC de São Paulo é especialista em psicopedagogia pelo Mackenzie com uma formação pelos centros estudos psicanalíticos o CEP aqui de São Paulo e o Instituto sede da psicanálise da criança ele é membro do Instituto Brasileiro de psicanálise unicotiana e da International winnicott Association e também do Lips que é o laboratório de estudos da intersubjetividade da psicanálise contemporânea ele fez realizou estágio Clínico natávio stock clínica de Londres na Inglaterra é autor entre outros do perto das Trevas a depressão em seis perspectivas psicanalíticas foi publicado o ano passado pela bruxa e psicanálise de Boteco o
inconsciente na vida cotidiana publicada pela Pai Nosso também ano passado ele é curador do projeto de democratização da transmissão da psicanálise como podcast psicanálise de Boteco os links do Alexandre também estão aqui embaixo então por favor sigam ele e escutem o psicanálise de Boteco que é sempre um calor no coração Alexandre Patrício seja muito bem vindo e muito obrigado por ter aceitado esse convite por estar dedicando um tempinho aqui bom gente boa noite é um prazer né tá aqui com vocês na casa já namora a casa faz tempo acompanha a casa foi minha companheira no
tempo de pandemia fiz uma série de cursos lives acompanhei todas né enfim é um privilégio enorme um sonho tá aqui eu acho que é uma referência de transmissão de democratização também do conhecimento porque a gente sabe o quanto isso é importante no nosso país e é uma coisa que eu acredito muito né nessa democratização nessa transmissão do conhecimento nesse poder Libertador da educação uma coisa meio freiriana né tá aí meio voltado com Paulo Freire tem a ver Total com a minha formação com as minhas origens e acho que vai ser uma noite aí muito produtiva
para a gente falar dessa autora que foi uma autora que eu pesquisei durante dois anos e meio assim no meu mestrado na boca em São Paulo em psicologia Clínica por uma altura que eu já tinha um interesse enorme pelas obras pelo dela e essa pesquisa acabou resultando no meu primeiro livro né psicanálise educação escolar contribuições de Melanie kline né publicado pelas agogôni tá esgotado vai ser lançado agora uma segunda edição revista e ampliada gigante que tá saindo aí belíssima belíssima novidade E bom tanto aleija sabe mas avisar o público aqui é a gente tá falando
de Melanie Claire mas a proposta é um pouco assim em vez de seguir uma uma definição ali um pouco mais tradicional de conceitos e tudo mais a gente pensou em trazer algumas questões um pouco mais concretas e que tá um pouco mais próximas da gente aqui no cotidiano E aí a gente vai tratando de conceitos e das ideias da Melanie Klein ali por meio deles desses elementos desses acontecimentos como eu avisei né enfim feito esse Alerta que ela é mais conhecida por pelo trabalho com pelas pesquisas com crianças e tudo mais além eu queria primeiro
te perguntar assim que período da vida a gente pode classificar aqui como infância e do tempo da Claire para cá Quais elementos com os quais a criança atende a ter contato nesse período da vida você entende como cruciais e que tem maior impacto assim o que que mudou nessa infância do tempo da clain para cá e como isso afeta esse desenvolvimento psíquico na tua perspectiva bom acho que essa pergunta fundamental existe um jargão entre os canalistas cranianos né a gente diz assim o Freud descobriu a criança no adulto e a clyde descobriu o bebê na
criança então a infância que a melan Klein vai olhar é a primeiríssima infância né Ela é mãe de três filhos teve aí uma maternidade bastante complexa porque ela própria foi acometida por uma depressão pós-parto principalmente com a primeira filha né que foi a Melita depois no Hans também ela teve depressão Mas aí ela já começou a buscar um tratamento e no Eric ela já tava se tratando com a psicanálise que foi o último filho mais novo né então a maternidade dela foi atravessada por questões bastante espinhosas Eu acho que pelo fato dela ter enfrentado isso
em primeira pessoa Ela traz isso para psicanálise vamos olhar para os bebês vamos olhar para esse desenvolvimento primitivo que é tão essencial para a formação humana Então ela começa a analisar crianças muito pequenininhas crianças de dois anos um ano e meio o que gera aí um grande debate Na Comunidade que fica analítica porque na época depois que melanic Klein começou a publicar os textos dela ali por volta de 1919 o primeiro texto grandioso foi publicado em 21 1921 isso gerou muito impacto na comunidade que fica analítica e quem se colocou contra as ideias da kline
foi ninguém menos que é na Freud né então Ana Freud com toda a sua influência com todo seu peso seu sobrenome né ela vira e fala assim pera aí não é bem isso né não tem como analisar bebê imagina coisa doida analisar uma criança de um ano e meio as crianças têm que ser educadas antes da análise né elas precisam passar por um processo educativo e só entrar em análise por volta dos sete oito anos seis anos enfim a Claire fala nada disso né o Freud Analisa os adultos os adultos deitam lá e começa a
contar seus sonhos sua vida cotidiana As crianças dele no consultório e brincam e através desse brincar eu consigo acessar o mundo inconsciente esse mundo de fantasia E aí que tá novidades craniana né ela vai trazer esse conceito para nós tão importante de fantasia que é um mundo externo modificado a partir dos nossos instintos para cá em nós já somos atravessados pelo instinto de morte por essa dualidade instintual opcional depende da tradição que vocês queiram utilizar mas na escola inglês a gente usa instinto né lembrando para cá e o bebê já nasce atravessado por essa dualidade
instinto de vida instinto de morte poção de vida porção de morte né Então essa porção de morte nata ela precisa ser refletida ela precisa ser jogada para fora então bebê projeta isso no ambiente então para cá já existe um ego desde o início muito embora atravessado por essas angústias do instinto de Morte primeiro mecanismo de defesa de cego é a cisão ele finge para poder se organizar porque a quantidade de instinto de morte é muito forte né Eu brinco se nascer fosse bom ninguém nascia chorando né a gente faz um estado de Plenitude que tá
ali no ventre né materno de repente vem enfrentar as dificuldades da realidade né validade barulho fome dor angústia então primeiro mecanismo de defesa para klaring também é uma grande diferença do Freud né o Freud vai dizer o primeiro mecanismo de defesa legal que imagina o grande mecanismo de defesa do psiquismo é o recalque para pai o primeiro a cisão esse ego estilhaça porque não aguenta a pressão do extinto de morte essa essa frustração que a gente lida quando vem ao mundo e projeta isso para fora então todo mundo externo fica manchado por essas projeções e
aqui entra a importância do ambiente que vem modificar essas projeções né então o ambiente que cuida um ambiente que acolhe consegue transformar esses elementos em elementos bons né experiências boas de acolhimento de Cuidado então o bebê aos poucos vai integrando esse ego né vai saindo desse estado estendido vai se tornando uma pessoa inteira Olha que Fantástico tudo isso nos primórdios da vida a gente está falando de bebês de três meses quando ele começa a se integrar que ela chama de posição depressiva né a conquista da posição depressiva a gente nas pesquisa paranoide e tá aí
A Grande descoberta da Klein ela vai meio que desconstruindo essa ideia de normalidade como Freud já fez né o Fred já falava assim que que ia ser normal né somos todos aí neuróticos um pouco mais ou menos né mas essa normalidade era muito relativa a Clarinha ela brinca ainda mais com esse conceito porque ela fala olha só nós não somos essa unidade toda que a gente acha não tá Às vezes a gente tá ali sofrendo persecutora achando que o outro tá falando mal de mim que tem a respiração né que que Ou seja eu tô
ali totalmente esquizo paranoides que isso quer dizer decisão para nós esses elementos que Retornam para mim né E às vezes eu tô mais integrado tô na posição depressiva tô mais apreciando a vida tô mais me responsabilizando pelos meus impulsos então a gente oscila o tempo todo na posição esquizoparanoide e na posição depressiva e essa oscilação ela é fundamental para que a gente possa enriquecer o nosso mundo psíquico se a gente fica parado fixado ou na posição esquizou paranoide ou na depressiva vai dar ruim a gente vai ter uma patologia né Então essa transição mais fluido
ele desconstrói essa ideia de normalidade porque querendo ou não todo mundo flerta um pouquinho com a Psicose e a gente flerta né Às vezes a gente tem os nossos surtos fica ali com aquela mania de perseguição que atacar todo mundo mas depois a gente se acalma pede desculpa liga chorando dessa devagar pela parede né chorando tá tudo certo né então eu acho que ela traz a importância dessa vida institucional primitiva que atravessa toda a nossa existência humana nós somos formados por esses estados de mais integração e de menos integração e tá tudo certo né E
ela vai Observar isso através do brincar infantil das angústias primitivas do bebê tem um texto dela lindíssimo né aí é mais para frente de 52 que ela vai falar do desenvolvimento emocional do bebê ela percorre tudo isso que eu tô falando para vocês é enfim eu acho que a infância cleniana essa primeiríssima infância que não foi olhada pelos seus antecedentes né Muito embora ferem se preocupou com os cuidados da criança que nasce desprotegida falarem se foi um grande precursor de olhar para essa Infância no adulto né esses adultos trauma frágeis é a tua em que
vai apontar para esses fenômenos de uma forma muito mais aprofundada né mas a gente não pode esquecer também na influência aferenciana no seu pensamento ela foi paciente do ference por quase sete anos ou seja ela esteve em boas mãos né depois ela foi paciente do abra né do kauabra né que foram dois grandes discípulos do Freud Geniais né com ideias próprias e que também acabaram se afastando do Freud por terem as suas próprias ideias né por fazerem as suas próprias descobertas teóricas e isso atraem também herda né ela tem uma hora que ela percebe que
ela não tá tão fleidiana E aí chegam e falam para ela olha sinto muito a senhora é claro mas eu acho que a senhora não é mais saidiana a senhora é uma craniana já no finalzinho da idade dela que é muito bonito né ela se consolida com pensamento original nessa história é muito legal e ainda trazendo um pouco dessa pergunta anterior de como você o que que você considera crucial aí de mudança do tempo dela para cá enquanto você tava falando tem uma existe ainda uma visão idealizada da infância de certa forma com ideias de
Pureza ou de ingenuidade tem até brincadeiras do tipo Elas falam que pensam sobre sem filtro sem noção e tal parece uma reconstituição histórica e essa ideia da Pureza de ingenuidade mas é coisa muito próxima da gente né e o que eu queria te perguntar agora levando em conta que tipo de letramento emocional entre aspas né que dá para a gente chamar assim você acha que é possível aprender com a klar em hoje né tanto produto que que tem consciência das questões de Infância com as quais ele precisa lidar mas também para o produto que se
vê hoje na posição de criar um filho né de cuidar desse mundo exterior da criança se apresentou perfeito de Olha o que eu acho Fantástico da Claro que ela não tem vergonha para dar nome aos bois né brincando ela vai nomear os sentimentos Então ela fala assim olha desde o início nós somos destrutivos nós somos tomados por uma força sádica né a criança tem prazer na destruição E aí eu costumo falar isso as pessoas meio que se assustam né mas se você deixar a criança brincando um pouco sozinha você vai ver que logo logo ela
arrancou a cabeça de boneco rabiscou a parede rasgou alguma coisa e tá tudo certo faz parte da natureza humana gente a gente não pode demonizar a destrutividade afinal de contas a destrutividade também é necessária para criatividade né Por exemplo para escrever você destrói uma folha em branco né você vai você precisa ter essa destruição apropriada por você então a Claire ela vai nomeando esse sentimentos ela observa as crianças brincando ela não tem dor para nomear para interpretar né ela fala assim olha só que esse brinquedo que você pegou é o papai que você tá com
raiva e você arrancou a cabeça dele né e a criança ficava aliviada de alguma forma porque quando aquilo tá guardado aquela destrutividade Ou aquele a própria sexualidade da criança né os seus desejos da sua descoberta do corpo e aqui a gente não tá falando de uma sexualidade adulta de forma alguma genital mas a gente está falando da descoberta sensorial do corpo que também acaba sendo muito ignorada hoje né essa criança vista como um anjinho pura não Freud já desconstrói e aclain vai olhar mais ainda ela fala não a criança ela responde por ela em alguns
momentos Sim ela tem destrutividade ela tem excesso de curiosidade em relação ao corpo a Sexualidade e é importante que o adulto saiba lidar com isso nomeando esse sentimentos né então o que a gente vê hoje eu penso que do tempo da carne para cá é uma coisa meio 8 80 então a gente vê famílias que querem Romantizar demais a infância né protegendo os filhos da realidade externa e sustentando às vezes uma pureza uma Inocência que eles não encontram na realidade né vão para escola e precisam lidar com as frustrações com as diferenças com uma série
de coisas que não existem ali no ambiente familiar Ou a gente vê o 80 o outro lado né crianças que crescem num entorno de violência de hierotização precoce crianças que precisam agir como adultos nas redes sociais produzir conteúdos porque são famosas e pagam as contas dos Pais para tudo muito bagunçado né então ela ela por mais que ela indique a natureza humana ali na infância primária ela nunca deixa de considerar criança criança você nomear o ódio nomear sexualidade nomear o desejo não significa que você tá tirando a criança do lugar de criança muito pelo contrário
você tá nomeando aquilo que para criança ainda é inominável né então ela falava Nossa a mamãe te deixou sozinho que raiva você tá sentindo da mamãe por isso você tá rasgando esse papel É como se você tivesse rasgando a mamãe e a criança fala É verdade é isso né E ela ficava aliviada Então tudo aquilo investimento que ela tava ali fazendo para preservar esse ódio se liberta ela consegue aprender né então por exemplo as crianças chegavam nela com dificuldade de aprendizagem porque Com todas essas questões explodindo dentro deles como que ia aprender né E hoje
a gente vê também trazendo novamente para contemporaneidade esse excesso diagnósticos né Todo mundo quer entrar numa caixinha então ah eu tenho isso eu tenho aquilo tem esse transtorno tem transtorno disso tal e aí onde fica essa subjetividade né eu falo que é muito transtorno para pouca singularidade né para pouca subjetividade a gente pode começar a pensar por aí também e ela eu acho que isso é uma aprendizado inclusive para esse momento do tipo que a gente aprende com Klein não vai explicar tudo era um outros tempos mas assim dá esses indícios né ou esses caminhos
possíveis e só queria fazer uma uma pausa rápida porque tem um monte de gente perguntando eu tava segurando a informação para um pouco mais para frente mas assim tem muita gente perguntando se não vai ter curso com você sobre é o seguinte ou a lei gravou para casa um curso sobre kline que vai estrear amanhã dia 28 de Abril na plataforma da casa então assim podem ficar todos tranquilos vai ter curso sobre kline tá com a Lena na plataforma da casa o nome do curso é Melanie Claire psicanálise infância humana vai estar disponível na plataforma
da casa amanhã dia 28 tá E daqui a pouco enfim a gente vai bater mais um pouco de papo aqui depois vai Inclusive a gente vai passar um trailer do curso para vocês daqui a pouquinho enfim vamos só conversar mais um pouco e aí a gente faz uma pausa aqui para tomar um gole d'água respirar um pouco enquanto vocês assistem o trailer daqui uns minutinhos Tá mas Só adiantando isso porque tava uma uma super demanda aqui nos comentários Então já quis adiantar tá só voltando aqui para o assunto é entre eu sei que existe um
ideal aí nesse jogo de forças talvez dos ambientes externos da criança Vamos pensar por exemplo escola família o campo social ali com enfim as amizades que vão se formando e tal mas assim entre esse ideal e a realidade é como você entende essas inter-relações entre escola família amigos ao longo desse processo de desenvolvimento cíclico da criança assim dá para falar em papéis de cada cada instituição ou de cada esfera limites enfim como você enxerga isso de uma forma parafraseando aquela ideia do iníquos também é como se enxerga isso de uma forma suficientemente boa foi a
grande inspiração do winnicott né ela deu supervisão para ele foi professora dele é lindo também a forma que o único reconhece isso né quando ele passa a estudar com a Clara ele fala assim é impressionante que do dia para noite eu deixei de ser um profissional né assim experiente e passei a ser aluno né porque eu não sabia nada quando eu cheguei perto da Claro né Eu queria estudar criança e ela foi que me ensinou tudo e é fantástico ele diz assim porque a memória lembrava dos meus casos clínicos melhor do que eu mesmo então
ela tinha uma mega memória ela era super detalhista e a gente percebe isso nos textos dela que provavelmente o pessoal deve estar perguntando também que os livros estão esgotados tal mas tem coisa boa por aí né Essa festa para Clichê Cafona para caramba mas nem coisa boa por aí eu vou falar isso mesmo porque vem a editora o burro vai lançar só para tacar isso já provavelmente no segundo semestre é um spoiler muito bom que tá vindo e esse Resgate super necessário de uma mulher que revolucionou psicanálise Mas voltando um pouquinho a sua pergunta de
eu fico pensando se cadastição tem o seu lugar eu acho que tem mas esse lugar não pode ser apartado não pode ser tão separado sabe elas precisam estar de uma forma funcionando a partir de uma disposição horizontal né e não vertical eu acho que essa comunicação Família escola cultura ela precisa ser constante né quando uma criança vai para escola é importante que a escola esteja alinhada ali junto com os pais né considerando essa criança como indivíduo E é claro aqui não adianta a gente culpar as escolas enquanto a educação se tornar uma prioridade das políticas
públicas né a gente tem que pensar nisso em primeiro lugar as escolas de hoje não prestam os professores de hoje não sabem eu ouço muito isso eu fico muito chateado porque é sempre uma responsabilidade tão grande para as escolas e para os Professo e a gente esquece de pensar que a educação precisa ser tratada como prioridade pelas políticas públicas não pouco ou quase nada vai ser feito né em relação a isso então por isso que eu penso muito nessa comunicação psicanálise educação né Eu acho que fica e o Fred escreve isso né o Fred ele
diz um dos textos dele mais marcantes nas conferências introdutórias nas novas conferências introdutórias um texto de 33 1933 o Fred diz assim talvez seja a colaboração mais importante da psicanálise a sua aplicação a educação e isso vai ficar na lista do Futuro porque eu não fui capaz de fazer né então eu acho que quando a gente começa a transmitir a psicanálise e a divulgar esses pensamentos tão Geniais para outros Campos que escapam ali dos limites da Clínica né do consultório particular a gente começa a alinhar outras formas de pensar outras possibilidades de enxergar a singularidade
de enxergar o sofrimento humano e de entrar né em ressonância com essas instâncias então a família tem mais recursos para compreender escola a escola tem mais recursos para compreender a família e elas juntas fazerem um trabalho de integração né de desenvolvimento dessa criança em relação à cultura em relação à democracia que é tão importante né se a gente tá falando de uma saúde psíquica que começa ali nos primórdios quais os impactos disso para o processo democrático por exemplo Porque que a gente acha que hoje as pessoas estão tão 8 ou 80 esse extremismo esse ódio
todo né ou eu vou para isso Ou eu vou para aquilo não tem um equilíbrio né a gente tá parece que fixado na posição esquisito paranoide a gente não encontrou um ponto de equilíbrio na posição depressiva né que é se responsabilizar e lidar com a diferença lidar com alteridade né então existe esse fanatismo essas posições extremas porque porque não tem essa ponte de comunicação é a escola condenando a família a família Condena na escola a família que condena a cultura a cultura Condena o professor não existe um ponto de diálogo né E isso precisa ser
urgentemente pensado perfeito e enfim tem um outro assunto bem sério para a gente entrar mas antes disso né antes da gente entrar nesse assunto sério me avisaram aqui que vão a gente vai antecipar o lançamento então assim já vão conseguir assistir acabando aqui tá o curso enfim não vai mais ser amanhã vai ser hoje então a gente vai já passar para você assistirem aqui o trailer do curso vocês vão poder acompanhar um pouquinho do que que vai ser apresentado ali enfim foi foi linda e foi um privilégio poder acompanhar essa gravação mas eu vou deixar
todo mundo ver por si mesmo então a gente vai entrar com trailer agora e lembrando em vez lançamento não vai mais ser amanhã dia 28 vai ser vai estar disponível na plataforma assim que acabar essa conversa aqui então fiquem Por enquanto com trailer prestem atenção porque vai ter enfim possibilidade de desconto para assinatura e tudo mais então eu vou deixar vocês com trailer agora enquanto a lei a gente dá uma respiradinha toma um copo d'água e depois a gente volta e eu prometo que eu tenho só mais uma pergunta e depois a gente já entra
também com algumas perguntas de vocês aqui que estão muito boas muito mesmo então vamos nessa [Música] Olá pessoal tudo bem Meu nome é Alexandre Patrício de Almeida eu sou psicanalista Mestre Doutor em psicologia clínica Pela PUC de São Paulo e vou lecionar para vocês esse primeiro encontro essa esse curso introdutório sobre as ideias de Melanie Klein [Música] psicanálise dela é machista Nesse sentido porque que predomina tanto nos campos psicanalíticos pensamentos de Freud Lacan winnicott beyon e tão pouco se fala sobre Melanie Klein que é uma autora genial que influenciou inclusive todos esses autores posteriores né
lá em uma grande influenciadora do pensamento vamos lembrar que seminário o mundo Lacan é totalmente direcionado ao atendimento do caso Dick que melanic lá em paz né tratando ali o primeiro caso de uma criança que se pode eu analiso meus pacientes pequenininhos Crianças mesmo modo que o Freud Analisa os adultos A diferença é que as crianças não tentam de van para contarem seus sonhos elas brincam e eu analiso brincar melanic kline realizou descobertas muito impactantes para Clínica psicanalítica ampliando o tratamento que antes era restrito somente a neuróticos também para pacientes psicóticos esquizoides e borderlines né
então toda sua investigação Clínica amplia os limites de atuação do psicanalista que na época do Freud ficava restrito apenas aos adoecimentos neuróticos [Música] sou suspeitíssimo para falar mas enfim como eu disse antes tá tá muito legal e de novo foi um privilégio e enfim tá sendo um privilégio né voltar esse assunto agora ao vivo com você ela é Ah eu eu fiquei super emocionado ficou incrível é nossa eu acho que é o que eu falei é clins sempre foi a minha paixão né foi a primeira autora que eu pesquisei no mundo acadêmico depois das formações
em psicanálise que eu fiz E aí quando eu escolhi a pesquisa eu fui para a teoria dela porque eu achava que tinha pouca coisa publicada no Brasil sobre né e ver a casa montando esse curso a senha que eu falei no início a realização de um sonho e perceber que a teoria daquela em pode chegar em muitas pessoas né e de novo só te agradecer publicamente aqui em nome da casa também precisa ter topado é se empreitada e por toda generosidade atenção Todo carinho como que se tratou esse convite e muito obrigado mesmo de coração
em nome da casa como eu disse eu tenho só mais uma pergunta prometi que eu ia fazer só mais uma Apesar de eu ter outras Preparadas aqui é mas é uma questão difícil que eu queria trazer e que eu acho que provavelmente passou pela cabeça de muita gente que tá assistindo que diz respeito aos episódios de violência dentro de escolas que enfim pais assistiu nessas últimas semanas neste último mês e o que parece praia grande maioria enfim são eventos difíceis não impossíveis de dar alguma explicação né apesar de muita gente ter tentado achar sentido ou
razão disso tudo tem quem culpe videogame tem quem culpe falta de limites tem quem queira armar Professor colocar polícia nas escolas enfim tem de tudo no meio e pensando aqui na verdade a partir da Clin né O que que é possível pensar a respeito do que está em jogo no desenvolvimento da criança que pode eventualmente levar a uma situação limite dessas né O que que tem jogo também para as crianças que presenciam são vítimas dessas situações Lembrando aqui que a intenção não é explicar enfim não é dar um sentido último mas o que que é
possível pensar a partir das ideias da klink pode eventualmente trazer algum caminho possível para a gente começar a olhar esse tipo de situação bom Que coisa né quando você começou com a pergunta eu comecei pensando aqui em uma série de coisas e eu acho que uma dessas coisas principais né que você já se alimentou eu não pretendo fazer nenhuma explicação da origem disso porque isso ocasionou cada caso é um caso né Vamos condenar tal coisa vamos escolher tal coisa para colocar como culpado não eu vou lançar algumas reflexões Gerais para a gente poder pensar juntos
nesse fenômeno de violência sobretudo relacionado a educação né bom como eu falei para vocês então é melhor que lá vai dizer que nós somos desde o início Freud também dizia né atravessados pela poção de morte né essa poção que por Freud leva ao inorgânico ao estado zero de tensão e que para lá em apresenta isso em 1920 no texto chamado além do princípio do prazer e para cá ela faz uma releitura da porção de morte como uma porção destrutiva como algo que busca uma destruição por isso que é tão intolerável por isso que precisa ser
projetado no princípio da vida né projeta e a gente faz isso muitas vezes quando a gente tá numa situação de angústia de ansiedade de pânico a gente projete isso para o outro né a gente falar tá vendo você é culpado você fez isso Você fez eu esquecer tal coisa tá tudo muito ruim dentro de você e você jogue isso para o outro e às vezes quando esse outro tem maturidade ele fala não eu não fiz isso né porque se ele também tá desorganizado psicamente emocionalmente ele se deixa envolver por essa projeção o que a melanclain
vai chamar de identificação produtiva a gente se identifica com a projeção do outro é um nome complexo mas não é tão difícil de entender Então você fica desorganizado você fica com raiva Você também fica com ódio porque você aceitou que o outro te jogou né no ápice da do sofrimento dele da angústia dele bom esse funcionamento é o funcionamento esquisito paranoide a posição esquizoparanoia Ela traz para nós esse conceito de posição no desenvolvimento psíquico que algo muito mais dinâmico espiral né não é algo linear o Freud fala de Fases Faso oral fase anal fase fálica
genital algo que vai amadurecendo a Claire fala de algo cíclico ora a gente está numa posição pesquisa para nós já a gente tá na depressiva E como eu falei é fundamental que essas posições aconteçam né isso promove o nosso crescimento Nossa amadurecimento psico na Perspectiva cleniana bom porque eu tô dizendo tudo isso né ela vai dizer no final da obra dela e isso a gente acabou deixando para parte 2 do curso né porque o curso vai pegar a primeira parte da obra dela vai focar na primeira parte da obra mas no final da obra dela
traz um conceito interessante que é o conceito de inveja ela vai falar que essa função destrutiva ela é uma manifestação da Inveja de uma inveja inata de uma força extremamente destrutiva que aniquila o que é bom que destrói o que é bom e ela fala que isso é um fator inato e que depende muito de sujeito para sujeito Mas é claro os cuidados ambientais eles são fundamentais para transformar esse fator agressivo inato da Inveja numa capacidade de amar de fazer reparação de ter consideração pelo outro eu penso e aí eu vou muito pela perspectiva de
outros cranianos também que a teoria da Clarine sentido ela nos apresenta um ponto de esperança Porque por mais que nós nascemos com essa poção de morte destrutiva o ambiente quando oferece cuidado ele é capaz de modificar né então que dá para a gente pensar a partir desse conceito ela diz algo muito fundamental para essa situação Ela diz que o objetivo da Inveja essa inveja inata que tá grudada na gente que a gente tem que se desfazer dela né a gente vai desconstruindo ela a medida que a gente vai amando internalizando os cuidados bons objetos né
Essa inveja mata ela busca a destruição do potencial criativo do outro e isso é muito fantástico porque quando a gente pensa em ataques nas escolas a gente está pensando em ataques ao saber ao conhecimento eu não tolero conhecimento eu não tolero emancipação eu não tolero brincar então preciso destruir aniquilar né porque o conhecimento é sempre uma ameaça alfanatismo dá para a gente pensar muito por aí o Fanático ele busca uma vida eterna ele busca aquele sentimento de infinito Ele acha que quando ele tá destruindo o outro Ele tá em Glória Ele tá em ascensão qualquer
educação emancipadora ela rompe os paradigmas do fanatismo porque ela traz o sujeito para realidade para frustração Então você desconstrói esses impulsos destrutivos invejosos a medida que você proporciona um sistema educativo que acolhe que cuida e que emancipa e nisso né o Fanático por querer a vida eterna o triunfo ele precisa fazer o quê com essa morte dentro dele colocar no outro então ele aniquila tudo que é externo E se a gente atrela com a teoria claniana ele vai aniquilar principalmente o que oferece potencial de criatividade de libertação que a educação por isso a educação não
de hoje há muito tempo tem sido alvo de ódio de ataque porque ela promove transformação ela liberta Vamos botar isso na home do Google botar deixar esse trecho disponível eu fiquei Fiquei muito feliz emocionado com isso que você falou eu acho que é algo que todo mundo de ouvir isso devia ser Ainda bem que vai ficar público isso aqui né mas enfim eu queria trazer agora algumas perguntas do de quem tá assistindo aqui e seis desculpem se parecer que eu tô olhando para vários lugares é porque enfim aproveitando o tema aqui eu tô um pouco
fragmentado em telas e enfim tem tem aqui o Alê tem um roteiro Tem a parte das perguntas então elas estão um pouco elas estão tratando de temas diferentes tá então eu vou trazer elas aqui em ordem na ordem que elas foram enviadas tá então a gente vai ser até bom porque eu acho que a gente vai trafegando aqui por enfim revendo coisas que a gente já falou enfim dando outros outros caminhos também E aí eventualmente seu errar algum nome por gentileza a pronúncia né a pronúncia de algum nome por favor a pessoa me perdoe mas
a primeira que eu queria trazer para você ela é da Mariana pervic que ela pergunta lá em defende que nascemos com a personalidade formada ou até quantos anos ela é moldada pode respondendo já fazendo eu vou respondendo é isso eu acho que pode ser uma por vez senão enfim acaba acumulando Como eu disse elas estão tratando de temas um tanto diferentes aí pode acabar confundindo Como eu disse para vocês uma das precursoras da teoria da relação de objeto né que que seria a teoria da relação de objeto para ela a gente nasce com ego um
ego arcaico primário imaturo mas não é um ego que se relaciona né é um ego que projeta essas partes intoleráveis no outro e que ao mesmo tempo em projetam que esse outro tem a oferecer no que eu falei seu projeto muita destrutividade no ambiente esse ambiente não transforma essa dedutividade em Cuidado em acolhimento em amor eu vou introjetar o mundo Pior né vou introjetar um ambiente caótico né então para Claire a gente nasce com ego formado e esse ego já estabelece relações ambientais relações com outro por meio das projeções introjeções quanto a personalidade não não
a personalidade não nasce com a criança Ela é construída ao longo da interação todo mundo interno com o mundo externo né E isso envolve também os fatores inatos constitutivos uma coisa que a gente vê circular muito por aí que a psicanálise ignora a questão da genética de forma alguma o Freud fala da genética do fator hereditário em diversos textos dele a Melanie Claire a mesma coisa o winnicott a mesma coisa o bioma a mesma coisa o farense também lá canta também a questão genética ela sempre circula né a gente não Ignora isso de forma alguma
então tem todo o peso construtivo né constitucional do indivíduo resinato orgânico e o peso das relações com o ambiente das relações ambientais que vão modificando né e dando contornos a esse ego que pode ser mais integrado mas amoroso mais responsável né pela destruição que causa os outros aí fazer uma reparação ter menos inveja desenvolver mais gratidão você percebe que a obra da Klan ela tá sempre nesses impasses ela vai tocar em feridas narcísicas da sociedade tão complexas quanto Freud tocou né imagina uma autora que vem falar Magina todo ser humano é invejoso aceite ou não
a gente vai trabalhar isso ao longo da vida o que importa é o que você faz com essa inveja né se ela conhecesse Instagram Já pensou [Risadas] a ler aqui a pergunta da Camile Rebouças Pode trazer que devemos nos preocupar nessa posição esquizo paranoide acho que assim tem algum sinal de alerta eventualmente que a gente deve estar Atento bom como eu falei para vocês a gente passa por isso né em vários períodos da vida é importante que a gente passe mas o complicado é quando isso se fixa né então quando a criança se torna muito
persecutória em que sentido tem uma série de inimigos atrás de mim sei lá e às vezes a gente não tá falando nem de um adoecimento mais Psicótico tá gente a gente tá falando de algo uma neurose fábica uma fobia né Em que sentido a criança começa a ter muito medo medo de ficar sozinha medo de ficar e tal lugar tal Porque os objetos maus vão pegar ela né ela tá fixada na posição esquisito paranoide ela não conseguiu integrar o ego ela tá projetando essas partes mas para fora isso tá retornando para ela então ela tem
muito medo se torna muito insegura se torna extremamente com mania de percepção ela acha que as pessoas estão olhando ela vigiando ela ou punindo ela aí a gente pode falar também de um outro conceito da Fantástico que é o super ego arcaico né que ela vai olhar para um bebê ela não vai falar assim olha o super ego só nasce ali por volta de 5 6 anos ela fala superego começa a formar desde bebezinho porque ele é produto justamente das projeções e das introjeções desses aspectos destrutivos da poção de morte então a gente vai formando
um superego Cruel Que condena que devora que massacra todos aqueles instintos infantis primários né o bebê que suga que morde né tá aprendendo ali com seu sadismo a sua destruição eles vão ser o núcleo desse superego tirânico que também paralisa a criança né deixa ela com medo deixa ela insegura então esses aspectos são importantes da gente olhar caso a criança esteja fixada na posição esquisito paranoide você trouxe alguns elementos aqui de uma pergunta da Kátia Santos eu vou trazer a pergunta da Kátia ainda apesar de parecida apesar de você já tem mencionado algumas coisas mas
vou trazer caso você queira complementar e também aqui pela pela leitura do processo né ela Pergunta assim ela é um adulto pode manter características da primeira infância que sejam capazes de geradores atrapalhem seu desempenho social com toda certeza com toda a certeza depende muito como a gente vai atravessando tudo isso e do ambiente que vai ser capaz de modificar todas as nossas fantasias Diminuir a intensidade da poção de morte diminuir a nossa destrutividade ou trabalhar com a nossa destrutividade lembra a gente o objetivo do ambiente não é eliminar isso a desta atividade faz parte da
natureza humana é a forma que a gente transforma isso isso faz toda a diferença né você usar a sua destrutividade para criar alguma coisa né para ter uma ideia para escrever para gravar um vídeo legal eu vejo adolescentes assim a gente a gente Condena bastante o uso das redes né mas eu atendo pacientes adolescentes e o quanto eles trazem conteúdos riquíssimos que eles produzem nas redes sociais né Fala aí eu tive uma ideia escrever um texto e esse texto viralizou eu gravei um vídeo com uma música que eu criei E aí todo mundo começou a
compartilhar elogiar né então você vê como é precioso se a gente começa a usar o que é pura destruição para criação isso é muito perfeito mais mais difícil que a gente trouxe tem tem uma pergunta aqui que eu acho interessante trazer também e aí você pode comentar é da Bárbara Guimarães que é nesse contexto Quais os riscos para formação das crianças quando a gente fala de projeto que envolve policial e a arma dentro da escola Nossa gente essa surreal né Fico Imaginando assim vamos vamos sair um pouco da psicanálise vamos para a realidade né Vamos
pegar dados quantitativos vai pesquisas que mostram né que comprovam que países fortemente armados são países onde a gente tem mais violência onde mais tem ataques a educação né ou seja não é a arma e o policiamento que vai resolver a violência isso vai gerar mais violência vai deixar as crianças ainda mais perceptórias inseguras né então não é isso a solução do problema não é essa solução do problema é algo se a gente tá falando aqui o tempo todo né de uma mulher genial que percebeu que a infância é muito mais profunda do que a que
o Freud apontou ela olhou e falou assim olha pera aí olhar para o bebê é tão fundamental quanto olhar para criança vamos olhar para os primórdios né para as origens porque tá dando errado para que tanta violência né O que que tá gerando impulsionando isso então as consequências dessa alternativa né de armamento de policiamento ela pode ser muito mais desastrosa do que benéfica né você gera ainda mais angústia ansiedade na criança medo né ou identificações em relação a aí vem o fanatismo e a idealização é idealização é muito perigosa né é a arma que salva
é a polícia que salva então preciso ter a arma imagina uma criança introjetando isso com cinco seis anos introjetando essa realidade né então o que que ela tá cultivando de bom sendo que ela tá desde o início construindo um pensamento que ela precisa aniquilar o outro para se salvar né a conta não fecha entende claríssimo claríssimo mesmo a gente tá batendo aqui no nosso teto de horário eu vou trazer mais duas para você tá E aí a gente já encerra Porque eu sei que você veio direto de uma aula enfim o dia tá longo então
eu vou trazer mais duas e a gente já a gente já se despede do pessoal mas a próxima é que eu queria trazer ainda tocando nesse ponto é como você pensa o papel de pais e professores que não tem essa formação enfim esses fundamentos psicanalíticos enfim o ambiente acolhedor solidário colaborador né Sempre Mais Positivo para as crianças Independente de conhecer ou não esses aspectos psicanalíticos em si de alguma forma né começou por Freud olhar para singularidade para subjetividade aclar e também né para os conflitos para o sofrimento psíquico para angústia para aquilo que paralisa o
humano né para aquilo que impede a nossa mente o nosso psiquismo né de crescimento de expansão eles se atentaram para esses fenômenos mas todos eles olhavam para algo que era muito natural a Klein no começo do trabalho Clínico dela ela acreditava que uma educação psicanalítica poderia prevenir o sofrimento psíquico e depois ela foi percebendo que não era bem assim ela foi percebendo que uma sociedade talvez mais ancorada no Cuidado com sujeitos mais integrados mais responsáveis pelas suas próprias ações e pelos outros poderia resultar numa educação num processo de formação humana muito mais significativo do que
uma uma um tratamento né uma uma prevenção psicanalítica essa escola fizesse ali uma prevenção de base que fica analítica não mas se orientar pelo cuidado e pelo acolhimento as famílias e as instituições elas poderiam gerar indivíduos muito mais responsáveis mais maduros então às vezes é o que acontece de uma forma muito natural e Sutil mas que ancorada né e guiada norteada por princípios teóricos facilita muito para quem não consegue dispor né oferecer esse esse cuidado né se manejo essa técnica Então eu acho que quando a psicanálise por isso que eu falei quando ela se articula
com a educação ela colabora não apenas para formação de professores né para libertação das angústias infantis enfim até porque o professor não vai fazer análise com a criança e não é um psicanalista ali no consultório a gente tá falando de uma educação ancorada por esses saberes né então o meu aluno tá sofrendo por Tal condição O que eu posso oferecer aqui no meu projeto pedagógico na minha saia educativa né a partir desse conhecimento que eu tenho eu acho que nesse sentido que a gente tem muito a ganhar Sim esse recurso para identificar sinal né e
enfim não precisa ser resolver toda a situação mas saber encaminhar enfim conseguir enxergar né Eu acho que quando a gente fala de acolhimento é escuta também né e olhar esse olhar atento mas percebendo isso aqui trazer a última pergunta que é do Carlos Rodrigues Ele pergunta que porque há tanta crítica em relação a obra da kline como se ela fosse ultrapassada para os tempos atuais né No começo do trailer Se mencionou uma questão no certo machismo aí na psicanálise e aqui eu tô me aventurando já me meter na sua resposta mas o que que você
enxerga de motivo por trás das críticas em relação a obra dela Bom eu acho que não é só com a obra dela né isso acontece fica análise de forma geral psicanálise ultrapassada a gente escuta isso desde quando ela continua ultrapassado e continua fazendo sucesso é um paradoxo que eu não consigo entender muito bem mas tudo bem e aí o que acontece ela faz muito sentido né ela tá ultrapassada Mas faz muito sentido isso que eu quero dizer olha vamos lá por que que a gente escuta muito isso sobre a Klein Eu particularmente não escutei que
a obra da kline está ultrapassada né Eu Nunca escutei isso o que eu escuto é muita crítica em relação as próprias descobertas cranianas né então lá Imagina ela fala de primórdios ali do bebê tal sendo que várias pesquisas no campo da neurociência né Tem comprovado que ela firmou lá atrás né hoje com os recursos que a gente tem e a gente tem que ficar na listas atuais fazendo um diálogo dessa dessas Duas Faces do saber né da neurociência com a psicanálise O Thomas é um deles que vai pegar ali descobertas neurocientíficas e costurar com pensamento
craniano isso é fantástico Mas por que que a gente pode os meios que fica analíticos não estudam a Claro a gente vê muito lá em sendo estudada instituições filiadas a internet chama ela sai com analítica social tem que estudar institutos de Formação que não são filiados a Ipa geralmente não passam por km ou quando passam é uma aula só né nas próprias faculdades de Psicologia eu tive a sorte da ONU faculdade que os alunos aprendem a metade do semestre eles tinham né Mas nem toda a faculdade tem então por que que acontece esse movimento de
descartar as contribuições cranianas ou de achar que não faz sentido eu acho que sim tem um machismo sim presente no campo científico não tinha formação acadêmica não era médica ela cresceu num ambiente erudito ela fez uma formação autogerida em psicanálise a partir da análise pessoal dela de anos ela entrou na psicanálise por conta do sofrimento dela pessoal a depressão dela e às vezes a gente ouve frases muito pejorativas né a meleca é aquela senhora depressiva da psicanálise né De novo justamente por ser mulher justamente por não ter formação acadêmica ela acaba sendo alvo dessas críticas
então destrutivas então eu acho que quando a gente ouve essas coisas a gente tem que pensar da onde que tá partindo e olhar né entender a origem dessa crítica se está sendo feita por alguém que de fato mergulhou na obra de um autor quando eu vejo alguém criticando Freud criticando Lacan criticando winnicott essa crítica muitas vezes vem de lugares que geralmente não estudaram a obra desses autores né e ter essa críticas muito superficiais então a gente precisa mergulhar na obra de um autor para a partir daí terceira Nossa crítica e eu acho que a Clara
Ela é alvo disso constantemente justamente por conta desse ponto de fragilidade né que a cultura enxerga como fragilidade uma mulher sem informação acadêmica divorciada imagina que ousadia ainda mais para aquela época se tornar tão genial escrever textos tão fantásticos olhar para fenômenos que ninguém olhava e descrever com tanta precisão é claro que causa incômodo né se causa incômodo hoje que Dirá ali naquela época Alê eu quero aproveitar então para te agradecer mais uma vez pessoalmente em nome da casa não só pelo tempo pela conversa que a gente teve aqui hoje mas de novo pela generosidade
pela atenção pelo carinho é que você dedicou ao convite ao projeto que a gente montou juntos e que você conduziu lindamente tanto quanto agora que isso não mais e agradecer a todos que que ficaram aqui até o final também a gente conseguiu manter o público audiência até o final eu quero agradecer todos e todas também pelas perguntas pela participação pela presença antes de ir embora reforço mais uma vez que que o curso que a gente gravou com a ler chama Melanie Klein psicanálise infância e formação humana ele já tá disponível no catálogo da plataforma da
casa que você pode assinar aqui no link que tá na descrição Inclusive tem um cupom de desconto tá passando pelo [Música] pelo chat tá que é o clien 10 e o link está aqui embaixo na descrição tá no chat você pode se inscrever também para receber esse material e ainda mais importante não impossível esquecer os links para as redes do Alê estão aqui na descrição do vídeo também então sigam Ouçam podcast Leiam os livros enfim é uma pessoa fantástica que a gente teve o privilégio de de receber aqui na casa e que eu espero de
coração poder receber mais vezes seja para falar sobre Klein seja para falar sobre biondi qualquer outra coisa importante a gente tá sempre junto então obrigado Mais uma vez a lei Eu te deixo agora um espacinho para se despedir também bom Gui só agradecer mesmo a oportunidade se encontra tão rico como eu falei tá na casa para mim é um prazer né ao lado de pessoas de pesquisadores de professores que eu admiro tanto e agradecer toda audiência o pessoal que acompanham a gente que mandou as perguntas que participou eu acho extremamente enriquecedor se contato Vivo e
despedir né porque eu acho que eu encontro foi muito bonito fiquei muito emocionado com curso com lançamento enfim agradeço muito a oportunidade de confiança da casa Muito obrigado gente eu aguardo vocês aqui no próximo encontro ao vivo que a gente fizer até a próxima boa noite bom descanso para todos vocês e para você também Alê boa noite [Música]