Entendendo a Mente de Pamela Magalhães | Psicologia na Prática

porque eu acho que as situações dolorosas da nossa vida elas nos oportunizam ou uma posição vitimizada ou uma uma posição de o que eu faço depois disso né eu vou ficar para sempre remoendo esse lugar ou eu vou aproveitar isso e e olhar adiante e buscar desenvolver ferramentas e entender Reparações necessárias para eu fazer sobre mim [Música] E aí minha gente sejam muito bem-vindos a mais um episódio do psicologia na prática nessa temporada especial entendendo a mente de hoje a gente vai entender a mente de uma mulher que eu já acompanho há muito tempo vocês

acredito que boa parte vai vai conhecer já um pouquinho da história dela mas hoje a gente vai entender a de pela Magalhães seja muito bem-vinda Pamela muito obrigada pelo convite eu fico muito feliz de alguém entender minha mente porque eu ainda não entendi então fic bem contente de alguém me ajudar nesse processo tá ótimo vamos ainda mais uma psicóloga dessa então assim estou em ótimas mãos né bom obrigada vind muito obrigada só para contextualizar talvez você que ainda não conhece o trabalho da Pâmela ela é uma psicóloga ela é uma comunicadora né hoje além de

atuar como psicóloga S ter a sua clnica ela atua na comunicação da Saúde Mental há muitos anos é uma inspiração também para mim então muito obrigada por ter desbravado né esse a gente tava conversando um pouquinho antes aqui nos Bastidores disso não nós nos encontramos no evento e foi isso que você falou para mim Pâmela ela tava fazendo uma participação maravilhosa apresentando né um num evento E aí ela veio para mim e falou obrigada por você ter desbravado porque ela é de uma outra geração né E ela falou eu procurava vídeo para quem quem falava

para me inspirar e vi o se foi uma das primeiras pessoas que eu encontrei mesmo assim lá ainda na faculdade é faz anos faz muito tempo e e assim eu até tava comentando né eu decidi trazer duas psicólogas para essa temporada a gente trouxe pessoas de várias áreas mas eu queria muito essas duas psicólogas você e mais a outra convidada são psicólogas que eu admiro que eu acompanho o trabalho e que sempre são chamadas nesse lugar de especialistas de professoras de psicólogas e é muito até quebrar esse estigma e esse Tabu porque nós somos seres

humanos também e é muito importante as pessoas também verem que o psicólogo ele também é humano Eu acho que isso tem que se do já precisa Então a gente queria entender a sua mente hoje P Vamos então quem queria começar te perguntando o seguinte por trás né da ps Pâmela especialista em relacionamentos especialista em tanta coisa quem que é a Pâmela fora da Psicologia Como que você se apresentaria se não pudesse falar da tua profissão diria que eu sou uma pessoa muito sensível intensa que vive profundamente todas as emoções sou uma pessoa com muita dificuldade

de delegar sou uma pessoa que aprendeu a dar conta das adversidades da vida eh me sinto muito só em muitos momentos eh sou uma pessoa me tornei uma pessoa com muitos medos Acho que desde quando eu eu eu tive a Luma e acho que era algo tão importante para mim eu queria tanto e foi tão difícil esse processo que eu fiquei com medos as pessoas falam que a maternidade as deixa mais corajosas né e eu sim eu me sinto muitas vezes medrosa mais preocupada do que antes e é como se agora eu tivesse muito a

perder uhum eh e antes eu tivesse entendido que não tenho nada a perder eu eu vou tocar esse barco eu vou dar conta eh Então eu acho que tem um lado da minha vida que me tornou uma profissional muito competente porque eu tenho muita garra e eu sou muito desbravadora eh eu não me preocupo com o que as pessoas pensam Isso é uma característica assim muito positiva minha porque eu já entendi que as pessoas pensam julgam As pessoas sempre acham que fazem melhor do que a gente faz as pessoas se incomodam quando a gente sai

eh de algum lugar que ela elas entendem como padrão de normalidade então isso sempre as perturba e as incomoda mas elas não pagam as minhas contas elas não tão comigo nos momentos de dor difíceis e muito menos né pouquíssimas estão nos momentos de reconhecimento eh de força de validação então eu passei a entender que eu preciso contar comigo e aquilo que vier e me reforçar aquelas pessoas que realmente forem honestas eh e se preocuparem se importarem com a minha felic que são raríssimas elas seram muito bem-vindas e eu perceberei o valor disso mas eu não

dependo disso eh e isso acho que me deu muita obstinação na minha trajetória aprendi muito a contar comigo e às vezes abusar um pouco de mim Eh então reconhecer meus limites eh tem sido ainda um um processo melhorou muito mas tem muito a melhorar eh tenho lidado com esses medos eh tive um um um ataque né que a gente vai chamar uma neurose de fobia um ataque de pânico ano passado em setembro já já fez aniversário né já passou aí de um ano foi a primeira vez que você teve foi foi foi eu sou ansiosa

tá sou uma pessoa ansiosa mas acho que é uma ansiedade sempre foi uma ansiedade produtiva porque a ansiedade ela não é ela não é tão mal quanto as pessoas pensam o problema é quando ela se desequilibra então sempre fui ansiosa uma pessoa assim Acho que a proatividade ela ela carrega ess essa ansiedade você se considera uma pessoa mais acelerada assim sou mais acelerada eu eu sei ser calma eh tem um tom de voz calmo que às vezes confunde as pessoas pessoas falam Nossa você é tão Calma eu falo não ten um tom de voz calmo

Eu acho que com os outros como eu não espero do outro eu dou muito espaço pro outro entendi mas eh ir respeito o outro não fico me misturando com o outro né mas eu comigo sou uma pessoa muito ah ah me cobro muito sou uma pessoa que eh me exijo muito me sobrecarrego muito então eu tô num processo aí de tentar aliviar e e e tô melhorando bastante tratando essa minha ansiedade né Eh entendendo que eh essa ansiedade desencadeou um quadro depressivo então tô com medicação eu acho importante falar porque como você tá falando da

Pâmela né Eu acho que a Pâmela é um ser humano então assim muito embora eu tenho as as ferramentas que que eu sempre falo gente psicólogo não é um ser perfeito não é um guru eh é um é um ser humano que aprendeu a a como usar as ferramentas emocionais né e e e e faz com que as pessoas também reconheçam as suas ferramentas emocionais e consigam conduzir as suas vidas eh de uma maneira mais eh inteligente mais sábia Mas isso não quer dizer que não sofra muito pelo contrário todos sofremos né Eh com as

ferramentas Nós aprendemos a a contornar e lidar melhor com as adversidades mas não é Nossa eu tô te ouvindo falar eu acho que assim é muito diferente conversar com alguém que tem esse nível de autoconsciência de autoconhecimento que você tem Claro por ser psicóloga né acredito que já tem esse diferencial então é muito interessante ver o quanto você se conhece aos lados eh né mais mais sombrios e os lados também a sua a sua luz e eu fiquei pensando alum várias coisas eu queria entrar nessas coisas que você falou tá a primeira delas você até

trouxe né Você tem um tom de voz calmo Você fala de questões com muita propriedade você se comunica muito bem acredita em tá ouvindo já percebeu e isso Às vezes acho que pode dar essas essa impressão de alguém que é muito madura e até alguém totalmente bem resolvido E aí quando você traz essas questões de Poxa eu enfrentei recentemente isso eu tô enfrentando esse tratamento é Traz esse essa realidade mesmo de até as pessoas que podem ter esse nível de maturidade isso não significa não passar por momentos difíceis é eu acho que a maturidade emocional

ela é um processo eh eu me acho bastante madura emocionalmente me acho bastante empática sou muito observadora detalhista mas isso quando volta para mim também é bastante perturbador porque eu também consigo perceber numa num numa visão panorâmica em camadas mais profundas alguns lugares que são difíceis porque reconhecer o que o O que é difícil para nós O que é dolorido não quer dizer que eu consiga dar conta disso porque tem tem muitos buracos que eu não sei como preencher né porque eh algumas coisas não dependem só de mim né Tem coisas que são eu falo

que tem alguns buracos que a gente descobre que já vieram né Eh então obviamente que eu tento fertilizá-lo e Plantar coisas boas e aquilo que eu entendo que vai ser construtivo para mim mas nem sempre consigo dar conta de todos os meus buracos e e percebê-los às vezes é bastante Sombrio Entendi então tenho muitos medos tenho medo medo de perder as pessoas que eu amoos achoi que você trouxe uma coisa muito muito interessante é da Maternidade e te fez descobrir outras outros lados seus e que realmente existe esse essa eu já ouvi muitas vezes né

nossa como eu me sinto uma mulher muito mais forte muito mais capaz acredito que de alguma forma sim a gente cria capacidades que a gente nunca imaginou que teria mas eu me identifiquei muito com isso que você falou porque eu também me vi eu não sou uma pessoa ansiosa mas eu me vi pela primeira vez muito ansiosa nesse momento de maternidade eu tive uma internação do meu filho que me fez ficar muito paranoica com qualquer tipo de de situação de saúde eu queria até explorar um pouquinho mais essa questão da Maternidade que você trouxe dos

medos tem muita coisa que eu quero perguntar depois de antes mas já que a gente falou de medos eh a maternidade assim como você falou Traz essa questão de a gente reconhecer forças e muitas vezes se vê muito mais capaz do que a gente imag imaginava ser mas também nesse lugar de reconhecer medos eu me identifico com isso porque também assim vejo muito isso me me vi capaz de muitas coisas mas com medos que eu nunca imaginei pelas circunstâncias que eu passei eu queria entender um pouco mais da tua experiência nesse sentido é é muito

desafiador quando você vê um ser humano que veio de você então parece que carrega um pedaço seu com identidade própria então a gente quer prever tudo que pode acontecer com ele porque é o alguém muito especial e acho que só vivendo mesmo a maternidade para entender a profundidade desse amor e e as as especificidades assim desse sentimento né então é alguém que depende de você então depende de você mas existem muitas coisas que vão acontecer que saem do do seu poder de de de controle de ação então isso mobiliza um lugar de impotência que para

personalidades eh mais controladoras mais obsessivas como a minha é algo muito violento então quando você pode dar um exemplo mais prático assim do que que te traz essa essa ansiedade posso é minha filha minha filha com 5 meses as pessoas não sabem disso porque na época eu achei que é algo tão dela que eu não achei e não acho que eu tenho que contar detalhes né mas por cima ela teve minha filha sofreu um acidente gravíssimo com 5 meses eh que não não dependeu Da gente foi foi um algo em casa de um objeto em

casa né num móvel na verdade em casa e e os médicos na época diziam para mim quando eu tava na UTI com ela que a minha filha poderia morrer meu Deus e aquilo era para mim era algo tão tão Improvável mas ao mesmo tempo tão factível né tangível do que tava acontecendo e e parecia assim um pesadelo em vida eh eu iria eu iria perder o maior amor que eu já tinha Ass e eu tinha que ficar olhando para ela para qualquer coisa que tivesse ser avisado e tal Lógico que tinha todos os aparelhos mas

eh eu puxei uma cadeira não tinha onde onde ficar na UTI Eu puxei uma cadeira e fiquei olhando para ela assim né eu fiquei assim três dias eu nunca imaginei que uma pessoa pudesse ficar três dias sem dormir eu tinha era era pandemia né fim de pandemia eu tinha que ir num banheiro tinha que andar bastante para ir no banheiro eu ia uma vez por dia correndo com a chave que abria tal 5 minutos eu ia fiquei três dias sem tomar banho eh sem fazer cocô fazendo xixi só e sem dormir literalmente sem dormir eu

nunca imaginei que uma pessoa pudesse ficar sem dormir ó e eu fiquei assim né Eh e qualquer coisa que eu vi eu chamava e tal tal e eu consegui na minha fantasia eu fiquei tão ligada eu consegui pegar tudo que poderia acontecer antes daquilo se pronunciar e e por enfim minha filha foi um milagre acabou obviamente sobrevivendo ficando sem sequela passei por milhões de exames ficamos em observação e um ano uau e e e isso acho que foi um doss desencadeadores e de um stresse pós-traumático em mim que resultou num num num Pânico né numa

ansiedade assim absurda você percebe que antes disso acontecer esses 5 meses dela isso ainda não tava tão latente eu eu tava ansiosa claro que é natural desses mosa é tudo novo né e acho que é uma fase muito difícil sim tinha os meus momentos de Baby BL ali né de eu eu eu ami livre demanda Então eu tinha muitos momentos de solidão na minha amamentação de olhar porque eu lembro que meu marido ia mas ele não ficava ali mesmo que eu falasse fica aqui ele não se sentia e isso é minha são minhas palavras né

ele não se sentia confortável em ficar ali ele dizia que era um momento nosso nosso e eu dizia não mas eu fica também e ele não ficava e eu aumentei muito foram muitas madrugadas muitos momentos assim eh e aquilo em muitos momentos eu chorava e eu me culpava por chorar gente quis tanto esse filho eu amo tanto por que que eu tô chorando é muito contraditório essas emoções né É E aí se o meu racional sabia o que eu estava sentindo meu emocional tava ali nessa briga Então tinha ansiedade mas eu acho que esse fato

ele ele desencadeou essa esse medo essa dor eh era ver naturalmente eu sou uma pessoa que ao ver pessoas em sofrimento isso me isso me impacta sempre me impactou uma empatia muito muito sempre eu sempre fui uma pessoa que me importei sempre se eu tiver aqui tiver uma pessoa que tiver eu vou est lhe ajudando eu vou est fazendo alguma coisa eu me sinto convidada a fazer algo é é meu e ver a minha filha que dependia de mim 100% e eu impotente para poder arrancá-la dali eh eh aquilo foi assim uma tortura Nossa pila

que forte isso é eu lembro que não tinha não conseguia achar não conseguiam achar veia nela para para tirar o sangue e tinha que dar umas injeções E aí eu lembro que teve uma cena que teve que segurar ela com 5 meses né que a gente trata um bebê em casa com com todo cuidado não dava nem tilenol para ela e aí ela tinha que tomar aquelas E aí tinha que dar uma injeção no pé pezinho dela e ela gritava com sofrimento e aí eu pensava como a vida é a gente protege tanto a gente

quer tanto que nada acontece aí vem um um algo de fora que a gente não tem qualquer controle e aí você vê aquele ser que precisa tanto de você que confia tanto em você passa aquela dor que por alguma razão ela precisou passar eu não sei a vida dela também né mas esse esse esse essa primeira experiência de diferenciação e de e de ter que considerar que é algo da vida dela e que eu poderia ir até um lugar mas eu não poderia ir além disso eh foi muito difícil obrigada por compartilhar com a gente

algo tão tão íntimo assim eu eh Nossa me vejo muito em tudo que você tá falando né meu filho com 20 dias também teve uma situação muito parecida e acho que essa e se deparar com esse com essa fragilidade da vida e com a nossa vulnerabilidade diante desse amor tão grande né um amor tão grande que dói e quando a gente vê sofrendo é uma dor quase que Física mesmo né É que eu eu entendo a maternidade eu entendia eu já estudava muito a maternidade sem ser mãe né mas eu nunca eu nunca imaginei que

fosse Alana uma experiência de tanta doação é muita né né Eh e que eu aproveito aqui eh obviamente que eu respeito quem não quer ter filho porque quem fala que não pode ter filho eu falo mais ou menos né porque você pode não ter o filho da sua barriga enfim mas você pode viver a maternidade se você quiser se você tiver esse desejo mas quem não quer ter filho por exemplo quem não quer viver a maternidade eu super respeito mas quem tiverem dúvida quem tiver dúvida ouça isso eh a doação o exercício da doação mais

do que o amor que a gente sente essa camada incrível esse esse lugar indescritível mais do que isso processo de doação o ápice da generosidade né tem aquele livro que eu adoro que chama árvore Generosa que descreve a maternidade a a o prazer em em ser útil eh o amor né no no exercício de de perceber que você cuida de você se importar de você se preocupar de você eh se de alguma forma eh se desenvolver crescer amadurecer e se transformar no processo do maternar Eu acho que isso é de uma magnitude eh para mim

é Divino assim eu acho que não tem nada que eu não conheço nada e eu falo com propriedade de alguém atrevido como eu que já fiz muita coisa na vida eu não consigo pensar em nada que seja tão transformador do que isso porque eh aquilo que algumas pessoas apontam como algo que possa ser ruim que seria privar-se ceder ter que flexibilizar não dormir e sei lá o qu se abster das suas vontades eu digo assim essas pessoas que falam isso tem respeito a escolha mas eu eu trago uma questão vocês lembram que vocês estão fazendo

aqui nesse mundo porque eu entendo eu que nós estamos aqui para nos aprimorar e o aprimoramento ele inclui Gozo sim mas ele inclui também exercitar-se conhecer-se eh trabalhar as inquietudes trabalhar as sombras tornar-se alguém melhor porque no final das contas eu penso que a reflexão vai ser assim lá no fim da vida espero que possamos viver muito seja assim eu me tornei um pouquinho melhor do que quando eu cheguei aqui eu aprendi Eu sou um ser humano que eu me orgulho sobre aquilo que acrescentei e para que a gente se torne alguém melhor para que

a gente se torne alguém apto para que a gente se torne uma pessoa mais aprimorada a gente vai ter que fazer concessão vai ter que flexibilizar vai ter que negociar com o nosso egoísmo e e vai precisar olhar além do próprio umbigo o outro incrível isso P podia ficar te ouvindo assim em algumas horas eu eu concordo plenamente eu acho que você CONSEG colocar linguagem em algo que eu sinto e nunca consegi me expressar também então se alguém tinha uma dúvida do que eu penso da Maternidade acabou de pega as palavras dela aqui muito incrível

isso p e assim você falou de uma dor muito forte recente que mexeu com a tuu senso de identidade mexeu com a tua saúde emocional com o teu equilíbrio mental Mas você falou no início né se apresentando aqui sobre já ter passado por muitas adversidades e acredito que muito dessa bagagem que você tem dessa forma de ver o mundo e dessa maturidade não vem só da Psicologia Mas vem da história de alguém que passou por muitos desafios você falou da maternidade como ess esse desafio que nada se compara e eu concordo plenamente Mas eu acredito

pelo que você falou que já passou por muitos outros Desafios que também te exercitaram também te aprimoraram eu queria entender um pouco de quais foram esses eventos que você considera assim marcantes que formaram a Pâmela como a gente conhece hoje sabe eu eu acho que a gente nasce com uma essência aí você entenda a essência como você quiser né Alguns vão entender que que há fatores genéticos outros vão entender que são características que nos tornam mais eh seres mais sensíveis que absorvem mais daquilo que que Experimenta outros vão achar que tem uma questão de espiritualidade

Então vamos respeitar o que Cada um pense acho que temos que considerar isso também eh não acho que eu tenho uma vida mais sofrida do mundo eu acho que seria hipócrita dizer isso mas eu eu tive sim eh eh adversidades e Sofrimentos emocionais na na fase da minha infância eh na fase da minha adolescência eh que eu acho que eh me permitiram desenvolver ferramentas eh de reconhecimento disso e de elaboração de onde colocar isso porque eu acho que as situações dolorosas da nossa vida elas nos oportunizam ou uma posição vitimizada ou uma uma posição de

de reconhecimento Sabe aquela coisa de que eh o que eu faço depois disso né então eu vivi isso tá Ah eu vou ficar nisso tal o que que eu faço depois disso né Isso aconteceu na minha vida eu vou ficar para sempre remoendo esse lugar ou eu vou aproveitar isso e e olhar adiante e buscar desenvolver ferramentas e entender Reparações necessári para eu fazer sobre mim né bom eu eu particularmente das situações difíceis eu gosto de ter reconhecimento delas mas eu não fico no lugar de de vítima Ah mas você foi vítima Ok eu acho

que sim claro acho que uma criança que passa por situações difíceis naquele momento ela foi vítima mas eu já sou uma mulher e eu vou pegar a minha criança que foi vítima eu vou acolher a minha criança porque eu como mulher eu tenho recursos hoje que podem reparar tudo isso e eu posso ir daqui paraa frente eu não vou ficar ali para sempre naquele lugar eu não quero a criança foi foi mas adolescente foi foi eh mas a a mulher hoje ela tem recursos para salvar essas essa esses capítulos né eu falo que é um

novo capítulo que a gente pode pode fazer Reparações maravilhosas sobre sobre aquilo que acon eu quero quero s falar sobre isso esse esse processo de elaboração e essa essa narrativa que você tá trazendo eu concordo 100% e e mas eu imagino que a criança Pamela adolescente pammela não tinha ainda essa noção não não na época dessas questões que aconteceram você teve ajuda para elaborar você não entrou num papel de vítima nunca a terapia entrou que momento da sua vida só para eu entender um pouquinho mais gente antes de chegar aqui eu caí isso e por

isso que eu estou assim com pé e eu acho que eu saberei em breve depois de um raio X que eu fiz com o meu pé ai meu Deus sim tropecei e caí Mas é por isso que eu tô com esse pé assim o pessoal vai falar que é que ela tá assim com esse pé né tá tá dolorido aqui mas eu eu tô vendo a Lana nessa posição tá tão gostoso eu tô com uma inveja de fazer essa posição mas não dá o meu pé não tá deixando Vamos lá eh quando a gente passa

situações dolorosas na vida e nós somos muito solitários sobre sobre dividir com alguém sobre ter respaldo validação ser dicernimento de terceiros nós não temos o reconhecimento do que realmente acontece então nós normalizamos o que não é normal isso aconteceu com você comigo eh nós eh simplesmente vamos tocando a banda como dá e e sem entender o que é abusivo sem entender o que não é legal sem entender o que não deve acontecer eh tolerando intolerável Então são centenas de pessoas que vão passar por situações que vão experimentar de dinâmicas disfuncionais dolorosas complicadas mas que talvez

nunca saibam disso achem que isso é normal que era assim mesmo era coisa de época porque era assim porque P pá época era assim mesmo era isso e nunca vão perceber Ou aquelas que vão em algum momento perceber né você percebeu quando ai antes de eu perceber eu eu fui uma uma menina com muita dificuldade de me posicionar eu fui uma menina por exemplo o bullying que eu sofria na escola escola eu nunca eu nunca tive uma uma característica física que estimulasse bullying porque existem características físicas que são mais convidativas pro bullying eu não tinha

uma característica física mas eu tinha uma característica comportamental muito convidativa que é ser uma menina tímida uma menina que não sabia se defender uma menina quieta eh muito submissa Uhum Então eu tinha eh muitos medos como eu não conseguia me posicionar eu passei assim acho que eu não sei quantos né seria leviano falar eu não sei quantos se foram meses foram anos mas eu ficava todo o intervalo no banheiro uau na cabine do banheiro trancada isso que que faixa itria mais ou menos isso 11 12 muito novinha né é 11 12 principalmente e eu nunca

falei em casa isso nunca falei em casa na minha cabeça eu não queria frustrar meus pais eu não queria dar problema pros meus pais eu não queria trazer dor de cabeça para eles eles já trabalhavam demais já era muito empática já desde Essa época eu pensava isso e eu lembro que eu fiz amizade com a com a tia do banheiro sabe tia do banheiro sei e que ela era minha companhia então a gente entrava dentro do tem um banheiro né a gente entrava ali num lugarzinho que tinha que ela tomava café ela trazia um pãozinho

para mim mas olha que risco Olha ela era um amor boazinha tudo bem mas e se não fosse era uma presa fácil ali para qu clo Olha minha vulnerabilidade né 11 12 anos né e mas na na situação foi um era um conforto assim era era bom ter alguém ali para conversar e para tomar café ela me trouxe até presente de Natal nunca me esqueço ela me levou uns sabonetinhos de Natal ou seja eu desenvolvi um vínculo né ali eu e ela não sei não sei aquilo que serviu para ela né acho que talvez ela

deveria ser solitária também e e eu era uma criança que enganava muito porque eu era boazinha eu era simpática né assim não era uma criança que parecia Nossa é um bicho do mato não mas eu não me não conseguia me colocar então eu eu me um dia muito isso eh isso era foi uma coisa muito sofrida Então demorou muito para eu conseguir me eh me colocar para eu entender que eu existia eh que eu poderia ser uma pessoa né Eh acho que é isso existir eu lembro profess isso foi na adolescência na vida adulta Quando

foi que não quando começou a ter essa noção de infancia isso não não é não é esse o tipo de de vida que eu quero viver ou não é a forma que eu quero vir isso não tinha Acho que até pela falta de informação da época para mim a minha vida era essa eu tinha que ficar numa escola que eu que eu não que eu não me sintia bem na minha cabeça era era isso escola era isso é o normal da é eu tenho amigas que mudaram de escola e e elas falam assim por que

que você não mudou né Por que que você tá eu falei gente mas eu não eu não cogitava isso para mim era era assim que tinha que ser e os seus pais não sabiam também não contava PR eles e eu era uma aluna boa né uma boa aluna então é eu falo que a escola ela se importa muito hoje eu não não posso dizer mas na época ela se importava muito para quem ia mal na escola ou quem era indisciplinado eu era uma menina boazinha quietinha ia bem então tá tudo bem tá tudo bem né

então Eh existia uma coisa muito do meu sofrimento calado né E aí isso se se se prolongou né claro que a terap você fez encontrou a terapia em algum desses momentos de adolescência eui fazer teria aos 16 anos nunca mais Parei porque meus pais meus pais estavam num processo de separação entendi meus pais vieram se separar quando eu tinha 17 para 18 bem época de de vestibular né Tá e mas mas aí eu entrei porque minha mãe achou minha mãe psicóloga Ah sua mãe também é psicóloga psicóloga minha mãe é psicóloga e meu pai médico

e aí minha minha mãe falava acho que vai ser importante pra Pâmela tal ela ela tem uma acanhamento para evitar algo né mas é que eu era uma menina eh eu sou ainda eu eu sou uma pessoa que eu engano muito você olha para mim e você acha que eu sou extrovertida você olha para mim e você acha que e Nossa ela é tão expansiva e eu sou eu falo eu eu tenho isso né e eu eu costumo dizer que eu sou uma pessoa muito eu me tornei também né uma pessoa muito preparada pro mundo

Eu acho que eu eu eu fui criada de uma forma para agradar sabe então você consegue performar muito bem É eu sou uma pessoa que eu eu sei agradar então se eu sou eu sou a pessoa que eu eu vou ser agradável entendi né mas a que custo quantas vezes eu tô passando por cima de mim e quantas vezes eu não tô nem sabendo o quanto eu quero então no meu processo terapêutico até hoje você quer isso porque para mim sempre foi tudo bem não tem alteração né então foi um processo muito difícil eu começar

a entender o que eu quero acho que até hoje ainda eu luto por isso porque eu sempre eh você é minha amiga você vai dizer vamos comer vamos aí você vai perguntar para mim o que que você quer eu vou dizer assim ah por mim né ah eu quero um eu vou falar sei lá um japonês aí você fala para mim ai mas eu tô com uma vontade eu vou falar Ah tá bom eu sou muito fácil de ced porque eu aprendi a ser assim por questões da minha vida né entendi e isso isso pode

parecer por um lado bom mas por outro lado não é tão bom porque às vezes eu me perco em mim Uhum E é uma característica tão tão e reforçada né que a gente vai levando mas sabe o que eu fiquei muito curiosa Pamela ouvindo assim você então era uma criança quietinha submissa boazinha tímida que sofria muito né nessas relações ao ponto de não querer se expor a isso nos intervalos e ficar escondida e Como que você se torna uma Pâmela que trabalha com a sua imagem com comunicação que vai pra televisão que vai sabe é

é tão distante e justamente você falou no início assim eu não me importo com a opinião das pessoas isso não é uma questão mas não parece nada parecido com aquela criança é verdade o que que aconteceu nesse caminho é porque muito embora eu ainda não tenha conseguindo chegar aonde eu estimulo as pessoas a chegarem eu sei da dor dessas pessoas ou pelo menos eu tô muito próxima da desse universo de dor eh eu não sei a dor exata que a pessoa está sentindo Acho que ninguém sabe o que o outro sente né só sente quem

sente mas quando você já sentiu dores parecidas e quando você já se sentiu inferiorizado e quando você já se sentiu Não valorizado eh quando você já se sentiu preterido quando você já se sentiu só quando você já se sentiu rejeitado abandonado quando você já duvidou da sua capacidade e quando você já passou por esse lugar eh como eu disse você tem duas principais opções ou você se vitimiza se paralisa fica ali eternamente justificando porque há muitas justificativas para que você seja ou faça ou esteja de uma determinada maneira ou então você vai buscar recursos para

aprender a viver melhor né E eu resolvi ir por essa então resolvi mergulhar que que eu preciso aprender que que eu o que que eu precisaria aprender para lidar melhor com isso Quais quais são os lugares que eu gostaria de estar e como eu posso estar nesses lugares ainda que eu não tenha chegado a todos os lugares que eu sei que seriam lugares incríveis eu já cheguei a alguns mas não a todos eu tenho eu eu tenho aprendido e aprendi muitas ferramentas para habilitar as pessoas nessa busca uhum porque eu não acho que é sobre

conquista essa vida mas é sobre viagens e jornadas em busca daquilo que nos fará melhor então eu optei em ensinar as pessoas a se conhecerem se valorizarem se amarem a a almejarem melhores lugares do que aqueles que elas estejam reconhecendo com empatia eh abraçando acolhendo reconhecendo as emoções porque ao ao estimular ao processo de cura Eu também me curo porque eu não sou melhor do que elas eu sou como elas Eu só aprendi as ferramentas eu as ensino a também habilitar as suas ferramentas então estamos juntos a cada Live que eu faço faz 14 anos

que eu faço Live toda segunda-feira chama Live terapia 14 anos 14 e e as pessoas falam Nossa você fala coisas tão legais né nossa como me faz bem eu falo também me faz bem porque eu falo para mim também Uhum eu sou eu sou me considero uma boa comunicadora mas eu sou um aprendiz de mim então eu também tô tentando melhorar eu também tô tentando alcançar muito do que eu falo hum né Eh é isso que faz o conteúdo ser tão real e conectar tanto eu acho que o que você tá falando então é que

por causa dessa história e por causa de ter vivido na pele tantas dificuldades isso te encorajou e te estimulou de alguma forma a vencer esses teus próprios medos para conseguir chegar nesse lugar onde você consegue ajudar as pessoas também é porque quando eu falo para você que eu não me preocupo com o que os outros falam eu me apoio na minha honestidade porque as pessoas podem não gostar do que eu faço não são obrigadas a gostarem e as pessoas podem não aprovar podem julgar o ser humano é assim ele é crítico por natureza mas eu

já passei por tanta coisa Lana por tanta coisa tanta coisa eh que eu realmente não me apego nisso hoje ou porque já faz um tempo já faz um tempo que você me falou um pouco assim dessa jornada até de na psicologia e de começar a divulgar e tal e que no início era difícil esse esse esse bullying talvez voltando um pouco no caminho na hora que eu que eu tô lá no porque você fez uma colocação muito boa eh eu acho que na hora que eu tô ali no no banheiro na cabine do banheiro trancada

eh eu ainda não eu ainda não busquei nenhum recurso para tentar sair dali porque eu nem entendo que eu posso sair dali eu ainda tô esperando do outro alguém ven ali te convidar PR sair Salve me salve acho que o meu sonho era que alguém me achasse lá né Vamos lá fora vamos conversar vamos ficando com você eu nunca tinha pensado isso mas obrigada eu acho que é isso eu acho que eu esperava que alguém batesse ali no banheiro e diss é Sai daí vem para cá vem brincar com a gente né acho que era

isso e nunca aconteceu e eu não me lembro quando mas em algum dia eu saí dali né Não me lembro e e resolvi buscar com os meus recursos eh é engraçado isso porque eh é um processo muito muito doloroso a gente eh como vou dizer isso a gente desacreditar desistir de esperar não é desacreditar é desistir de esperar vou repetir desistir de esperar por entender que não vem dali né não vai não vai acontecer esse ideal nessa fantasia infantil mas que eh pode vir daqui isso e como vem daqui muito muito suor eu achei Fantástico

você falar isso pamila a gente tem até um lencinho aqui porque muitas pessoas que estão nos ouvindo talvez possam se reconhecer nessa mesma experiência de passar uma vida inteira esperando que alguém venha e solucione que te pegue pela mão e fala não eu tô aqui eu vou resolver vamos vamos juntos mas esse é o maior sonho do mundo seria incrível tem pessoas tiveram alguém que fez isso mas muitas não tiveram e nem terão Ah sim aliás em muitos momentos da nossa vida seja quando for tudo que a gente mais quer na nossa fantasia é que

venha uma fada madrinha e com uma varinha de condão e fale cheguei resolver ou o Gênio da Lâmpada né Eh mas isso Seria maravilhoso mas ainda que a gente tenha fé eu acho que a fé ela move Moinhos mesmo e move muita coisa eh eu sempre falo né até desculpa falar que de Deus que às vezes parece né Você tá no lugar certo para falar dele po falana sabe que a gente passa nos psicólogos a gente passa por por uma uma crítica grande sobre isso né mas aqui eu tô como Pâmela né então eu posso

falar fal e eu acho que Deus como nosso pai ele ele nos ajuda e ele vai nos ajudar dá em muitos momentos quando nós realmente pedirmos do coração e quando ele achar que é um pedaço que se ele não fizer ninguém fará e talvez nem mesmo a gente vai conseguir fazer e quando a gente não vai alcançar esse lugar de resto ele sempre vai querer que a gente se empenhe ele sempre vai querer que a gente faça a nossa parte Ele sempre vai e inclusive viabilizar meios da gente desenvolver aquilo que a gente precisa pra

gente se tornar melhor então eu sempre digo Tenha fé peça a Deus e tenha certeza que ele te ouve que ele te vê mas saiba ele como um bom pai não vai fazer a sua parte Faça o seu pedaço descubra em você peças que você não nunca viu capacidade que você duvida supere-se Então você vai estar cada vez mais alinhado ao que esse pai eh tem para você porque ele tem muita coisa boa mas existem adversidades e situações que você terá que passar porque fazem parte da sua jornada fazem parte da sua vida então isso

para mim é muito claro né então eu eu eu costumo dizer que eu peço muito pouco eu sei pedi muito pros outros para mim eu peço muito pouco tenho melhorado pedido um pouco mais mas mas eh vamos fazer o nosso pedaço né Vamos eh olhar Será que aqui não dá para eu me me empenhar um pouco mais será que eu não posso descobrir por aqui por ali isso faz com que a gente fique mais fortalecido nesses recursos e a gente chega mais longe incrível Hum eu eu fico com pena só de a gente não ter

conversado antes porque tem tanta coisa em comum aqui é para falar de você né mas eu tô aqui falando gente essa mente é muito parecida com a minha mente muito lindo isso Pâmela muito lindo mesmo bom E aí então eu tô entendendo que você fez essa sua essa parte você se resgatou você fez né claro com ajudas que acredito que i apareceram no caminho para além da Ajuda divina mas eh você citou que a terapia entrou na sua vida ali com 16 anos e a gente fala aqui muito no psicologia na prática do papel da

terapia a gente eu sei que não é a única forma e e é uma forma que não é acessível a todo mundo mas na sua vida então a terapia noss teve um papel queria entender um pouco como que ela fez parte da sua vida e faz parte até hoje e compartilha um pouco com a gente assim como que é essa experiência da da Pâmela como paciente e em que momentos você talvez parou de fazer voltou a buscar ajuda como que é a terapia para você gosto muito da daquela daquela fala do Sara magago né Uhum

que é para ver a ilha Precisamos sair dela né A gente só consegue enxegar enxergar a nós mesmos quando a gente sai de nós mesmos e de alguma forma porque quando a gente tá na situação muitas vezes é difícil né por isso que é tão difícil a gente falar de nós estando em nós né por isso que é mais fácil falar eh do que passou enfim ou falar dos outros por isso que o ser humano fala tanto do outro é fácil falar do outro eu falo que aquela pessoa que fala muito de alguma outra outra

pessoa ela tá revelando né eu falo que é é um momento que ela ela tá conseguindo de alguma forma enxergar as próprias sombras né é uma confissão né quem fala muito de alguém quem pega muito alguém para Cristo eu falo i lá o confessionário né é eh terapia para mim é fundamental essa essa experiência Nossa é terapêutica porque experiências terapêuticas elas são essenciais pra gente poder trabalhar as emoções os sentimentos acessar lugares eh nos tornar mais íntimos sobre nós e a terapia como eu dizia é uma forma de uma pessoa que eu confio uma pessoa

que é habilitada a isso ela ela usa das Ferramentas que ela ela ela Se habilitou e ela ela conheceu para conseguir eh me mostrar algo meu que eu ainda não consiga ver com tanta clareza me reapresentar ou ou junto comigo viabilizar releituras de episódios da minha vida que acontecem ou que aconteceram fazendo com que cada vez mais eh eu afie as minhas ferramentas e eu eu possa conduzir melhor a minha jornada então eu eu digo que todas as pessoas mas todas todas Todas deveriam experimentar esse processo e lembrar que não é fácil isso é real

tá não é fácil a gente encontrar um profissional que a gente realmente eh tenha empatia que a gente tenha essa essa afinidade essa conex essa conexão eh que tem empatia conosco eh pessoas que a gente se sinta pessoa que a gente sinta confortável para trazer o mais íntimo da nossa vida mas não não não leva em conta a primeira experiência ou a segunda que não foi legal busque Porque no momento certo você vai encontrar e isso vai te habilitar para tudo porque assim como as conquistas são desafiadoras mantê-las é mais ainda E se você não

tiver um bom autoconhecimento você vai ser a primeira pessoa a puxar o Seu tapete o único o único inimigo que pode realmente nos derrubar somos nós mesmos ninguém ninguém é mais aniquilador sobre você do que o seu desconhecimento sobre si Uhum Então a pessoa que não se conhece a pessoa que se projeta a pessoa que foge das próprias sombras a pessoa que não quer entrar em contato com alguma coisa que ela sabe que muitas vezes eh a paralisa muitas vezes eh a obstrui internamente é uma pessoa que em algum momento ela vai parar por ela

ela vai justamente cair no próprio buraco que ela cava Então quando você entender que o pulo do gato eu acho que o maior segredo eh é nós nos tornarmos mais conhecedores sobre nós mesmos Amigos da gente eh Aliados à nossa Solitude e reconhecendo as nossas próprias sombras isso vai fazer com que a gente tenha mais paz conosco e a gente possa enxergar melhor os outros porque enquanto você não tiver clareza sobre si você vai enxergar sua própria escuridão refletida nas pessoas à sua volta dificilmente você vai confiar nas pessoas que te queiram bem eh dificilmente

você vai perceber quem não te queira bem eh dificilmente você vai reconhecer o teu merecimento e se apropriar daquilo que você conquistar nunca vai ser o suficiente e você não vai entender que a felicidade a realização ela tá nos detalhes e que é justamente a capacidade da gente tirar proveito deles que vai fazer com que a gente construa o nosso legado sustentador da nossa vida que lindo isso Pâmela você é muito poeta né Muito profunda isso muito profundo isso que você falou e você né assim tem tá sendo uma conversa muito de muita reflexão para

mim mesmo então muito obrigada por est compartilhando isso a minha filha tava outro dia esses dias ela ela é toda musical ela ela faz música de tudo e ela ela tava cantando uma música E Aí do nada ela parou ela começou mamãe e tal e fazer e fez uma música tinha com mamãe né e naquele minuto eu olhei para aquilo aquilo me emocionou tanto que eu falei assim isso é felicidade né A minha filha olhando para mim e fazendo uma musiquinha doce é mostrando que confia e que me ama então assim o que pode ser

mais singelo rico que isso eu vou sentir tanta saudade disso com tempo porque daqui a pouco ela vai achar banal vai achar vai achar ridículo fazer isso É verdade e e naquele momento tá tão sincero tão gostoso então Eh Ou então quando ela vem eu chego do trabalho ela vem correndo e abraça minha perna né Eh em que as emoções elas estão livres para acontecerem porque ela confia nesse acolhimento então Eh que a gente não demore muito para perceber que a felicidade ela tá nos detalhes tomar um banho quentinho um abraço espontâneo do filho um

olhar de confiança de aprovação eh uma mensagem de uma amiga que não quer nada emprestado seu mas quer saber como você tá alguém que não tem interesse sobre a ponte que você pode fazer mas gosta de estar em você como uma ponte que acolhe que abraça que conforta em você se sentir útil para alguém que você ama e em você poder estar com alguém em qualquer lugar sem precisar de nada da companhia você poder ler um livro ter tempo para isso você eh fazer uma maquiagem ou cuidar de si gostando daquilo que você vê você

por um instante se orgulhar de alguma conquista que foi muito Suada de você receber uma notícia de que algo está melhorando e de que algo não era tão grave de alguém ou de você que é tão essencial na sua própria vida e de você e Deitar a cabeça no travesseiro e ter a certeza de que você fez tudo que você pôde independente do resultado e de que você eh tem Total orgulho daquela pessoa que você é e que muito embora você não ganhe todas as lutas você tem admiração da forma dos valores que você lutou

se Honrar né daquilo que você é isso é isso é maravilhoso L obrigada por compartilhar você acabou respondendo as minhas últimas perguntas Nessa fala maravilhosa pamelo eu queria te agradecer de coração de verdade por você ter ter vindo mesmo com os percalços né quase caindo do camin ISO isso isso eu falei para você e vou deixar aqui pras pessoas eh eu vim aqui o o ela delicadamente pediu para um Uber Black chique me buscar Obrigada pela gentileza e ele me deixou numa casa errada e e eu fiquei preocupada com o horário eu fui ligar e

na hora que eu tava falando com o Pedro eu eu tropecei não vi o degrau meu pé virou e e doeu muito né E a vida é assim a gente vai cair muitas vezes eh em momentos que a gente não pode cair eh em momentos que a gente não quer cair mas que nós tenhamos sempre sabedoria o suficiente porque muitas vezes nos pedem força e quando alguém diga Seja forte Você você pensa eu não tenho força é horrível quando alguém fala Seja forte Você não não não se vê forte mas a gente pode ter sabedoria

sabedoria que inclui o reconhecimento da dor a consciência de que dói mas a certeza de que a gente não vai desistir de bom e era importante para mim est aqui eu tava muito feliz de estar aqui então com pé latejando ou não Que bom que estamos aqui e Que bom que tivemos essa conversa porque para mim fez muito bem para mim também obrigada Espero que todo mundo que tenha nos ouvido até aqui possa ter ol iG iG gente obrigada você que nos ouviu até o fim dessa conversa Espero que possa ter te ajudado um pouco

mais da sua mente aí do outro lado também porque no fim das contas Todos nós temos dores semelhantes histórias que se cruzam e se conectam de alguma forma então deixa nos comentários aí o que que você sentiu a nos ouvir Não esquece de compartilhar também com amigos familiares pessoas que possam se beneficiar desse conteúdo a gente se vê no próximo episódio um beijo e até a próxima tchau tchau [Música]