Aaai! O agro é tech. O agro é pop.
Ele não é responsável por destruir a Amazônia, transformar tudo em pasto, pela quantidade absurda de veneno que vai parar na nossa água, no nosso solo. O agro não tem nada a ver com manutenção de pobreza no Brasil. Com o fato de que ainda existe trabalho escravo no campo.
O agro é ótimo pro pequeno produtor e ele não beneficia apenas o latifundiário que lucra com ele. Um beijo, Teresa Cristina! Primeiro de abril!
Bom, como você deve ter visto, em algum local desta tela, o tema do vídeo de hoje é "Agroecologia e Agricultura Familiar". E pervertidinhos, pervertidinhas e as pessoas que frequentaram convento na primeira infância, como eu. Esse vídeo se pretende que a gente possa fazer.
. . Vai estar cheio de coisa na descrição, tá?
Podcast. . .
enfim, material pra vocês estudarem. E ele se pretende que a gente possa fazer uma discussão sobre emergência, importância e um futuro. A gente caminha por uma era que os nossos amigos ecossocialistas, há muito, nos dizem que é uma era que ou a gente entra no ecossocialismo ou a gente vai entrar na extinção.
É porque tô gravando, aqui, antes, mas esse vídeo vai ao ar no primeiro. . .
nessa coisa mesmo do primeiro de abril né? O dia da mentira ou do *****naro, você escolhe. Mas tem uma série de coisas que estão acontecendo no país que eu queria que fossem mentiras, né?
Agroecologia como salvação é uma grande verdade, né? Mas vamos pensar coisas que a gente queria que fosse mentira. O TRF-5 acabou de decidir que o Governo Federal, agora, pode celebrar, comemorar o golpe civil-militar, no Brasil de 64.
Ui! A gente tem também uma outra coisa que a gente sonhava que fosse mentira, né? Que é o Projeto de Lei 5435 de 2020, do Senador Eduardo Girão, do Podemos, né?
("Podemos ****prar" vai ser o nome do Partido agora) que vai gerar Bolsa Estu***, né? Para que mulheres que foram vítimas de viol***** se*ual e engravidem, levem suas gravidezes ao cabo, né? Gerem esses bebês frutos de viol***** se*ual e eu gosto muito Projeto de Lei porque ele fala sobre direito à paternidade do est***ador.
Olha que fofo, gente! A gente passou de 300 mil mortos, no Brasil, por ineficiência e inação do Estado e o Dr Miguel Nicolelis fala que se nada for feito, se a gente não tiver uma mudança brusca e imediata no curso das ações, a gente pode chegar em meio milhão de mortos até o meio do ano. O Brasil entra pra história com a triste marca de, além dos Estados Unidos, ser o único país que passou três mil mortes/dia.
Sendo que a gente já teve dia com mais de 3. 600 mortes por causa de coronavírus. Aliás, dia 23/03, quando a gente bate a triste marca, o acéfalo do presidente faz um pronunciamento repleto de mentiras.
O Arthur Lira, presidente da Câmara, acabou de falar sobre um sinal amarelo pro governo Bolsonaro. Que bom, né, que só precisou morrer meio milhão de brasileiros para que o Congresso acendesse um "sinal amarelo". Ai gente, eu tô tão contente com o rumo da política institucional no Brasil.
E outra coisa que eu queria que fosse mentira é que tem plano de saúde, no Brasil, oferecendo o "kit covid" pra idosos, composto de cloroquina e Whey Protein. É, a gente queria muito que fosse mentira. Isso sem falar na médica que nebulizou pacientes com cloroquina e matou três pacientes por causa da nebulização.
E a última coisa, também que eu queria que fosse mentira é que o Átila "Marinho" acabou de nos avisar. . .
que o Átila Marinho. . .
que o Átila Marinho que o Brasil desenvolveu três novas cepas, três variantes do vírus que podem ser resistentes à vacina. Bom, mas agora que a gente já passou pelo que é mentira e o que a gente desejaria que fosse mentira, a gente começa o vídeo. Então, antes da gente começar propriamente o assunto da agroecologia, né, de uma reforma rural e falar sobre justiça social, um caminho pro Brasil, sobre a história do nosso país, eu quero deixar, aqui, listadas as referências que eu vou usar de início no vídeo.
Se você clicar em "descrição" vão aparecer todas as referências que eu tô usando, inclusive as complementares como, podcast, mapa de agrotóxico e etc. A gente começa com dois livros bárbaros, tá? Você precisa lê-los.
O primeiro, do Rob Wallace, chamado "Pandemia e agronegócio - doenças infecciosas, capitalismo e ciência", no qual o Rob Wallace vai falar sobre como, né, essas ondas de contaminação (a gripe aviária, a gripe do porco, as variantes e, até mesmo, a nossa pandemia de agora) são resultado de um avanço capitalista sobre as áreas que deveriam ser mantidas como naturais, como florestas. Como o uso do solo pra monocultura, o uso capitalista da agroindústria faz com que essas pandemias cheguem até nós. O segundo livro é do Luiz Marques "Capitalismo e colapso ambiental".
Esse aqui é um pouco mais desesperador, tá? E, logo na introdução, existe uma figura de uma pirâmide tentando explicar para gente que nunca houve, na história do planeta, um momento de tamanha desigualdade de poder e de dinheiro como esse no qual a gente vive. A terceira dica é o canal do Thiago Ávila, "O Bem Vivendo" e uma playlist que eu tô deixando aqui listada pra vocês sobre o agronegócio e o mundo no qual vivemos.
Thiago preparou cinco vídeos explicando o assunto. Se a gente quiser se aprofundar, se a gente quiser se apropriar. E é um trabalho muito bom que eu tô deixando recomendado pra vocês.
A próxima referência é o podcast "Jornal do Veneno", da Ju Gomes. Você acha ele em todas as plataformas e é super importante ouvir. Por último, o portal de notícia "De olho nos ruralistas".
Eu comecei o vídeo mandando beijo para Tereza Cristina, não é à toa. Tô também deixando, aqui, três artigos científicos do Paulo Petersen e do Denis Monteiro sobre agroecologia ou colapso ambiental. E, agora que a gente tirou da frente as referências bibliográficas, ou melhor, que a gente construiu o alicerce científico sobre o qual vamos fazer nosso debate, é importante pensar qual é a urgência e a emergência da gente discutir a agroecologia, a reforma agrária, da gente pensar essa saída pro Brasil.
Acho que não é nenhum mistério pra vocês, né, por exemplo, o fato de que, por ano, a gente tem 500 mil toneladas de veneno, né, de agrotóxico sendo utilizado no nosso país. O que representa 20% da produção de agrotóxicos do planeta e é um gasto pro nosso país de 35 bilhões ao ano. Ou seja, a gente gasta um valor absurdo para apodrecer o nosso solo e tornar irrevogável um processo de destruição das nossas águas.
Além disso, é importante contar pra vocês que, todo mundo que tenta parar o agronegócio ou que tenta chamar a nossa atenção pra importância da gente pensar meio ambiente e reforma agrária, no Brasil, acaba assassinado, né? O Brasil é o país, do planeta, que mais mata ativistas ambientais. Numa lista muito curta dos principais nomes que vêm à memória, em 88, a gente tem o Chico Mendes, em 2005, a missionária Dorothy Stang.
Também, em 2005, um assassinato brutal de mais uma liderança do MST, o nosso companheiro de luta, Jaelson Melquíades. A gente poderia, também, falar da professora Larissa Bombardi, né, e de que, agora, ela precisa fugir do país depois de ter publicado a geografia do uso de agrotóxicos no país e a íntima relação que isso tem com os mercados da União Europeia. Vale contar pra vocês que o Thiago Ávila, nosso camarada que eu indico no começo do vídeo, acabou de ser preso, no Distrito Federal, por tá lutando contra, durante a maior pandemia do século, o despejo de famílias que trabalham pra ecologia, famílias que trabalham com a catação e a reciclagem de materiais descartados.
"Mas, Dona Ritinha, já vou ter que pausar o vídeo porque tá me dando taquicardia" Não, meus anjo, esse é o lixão, né? Eu começo pelo lixão pra falar: "Oi, anjos, é urgente, tá? Não dá para você esperar a semana que vem, mês que vem, ano que vem, seu próximo trabalho pra começar a agir.
É para começar a agir agora. Mas vamos pra parte boa. É importante que a gente saiba que existem ações, grupos, organizações que tentam frear esses avanços do agro é pop, né, da agroindústria.
Que tentam construir um futuro numa outra direção, né? Importante, de cara, que você saiba. .
. Tô deixando uma matéria, de 2019, que lista 35 coisas que você precisa saber sobre o MST. E aí você pode usar na sua próxima conversa com seu tio ou tia reacinha, né, quando a pandemia acabar ou mandar no grupo da família e ver o circo pegar fogo.
MST é um desses exemplos. O Movimento Sem Terra é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. A gente tá falando de 27 mil toneladas, né?
Então, enquanto o arroz da agroindústria, né, do agro é pop chega a custar 40 reais o saco, o arroz do MST seguiu, durante a pandemia, sendo vendido por menos de um terço desse valor. Isso sem falar nas mais de 4 mil toneladas e as mais de 750 mil marmitas distribuídas na periferia, pelo MST, durante a pandemia. Aonde tava o grande produtor do agronegócio?
E tô, aqui, falando do MST porque a prática do MST é agroecologia. Todas as faculdades que se prezem, os cursos sérios, né, que pensam sobre o meio ambiente, que pensam sobre o uso da terra já inseriram agroecologia no seus currículos de estudo, né? É, esse modo de lidar com a terra e de fazer o plantio, que data das populações campesinas, dos quilombolas, dos povos indígenas, que foram povos que viveram sem destruir o planeta pra produzir seu sustento.
Vale contar pra vocês também que o Armazém do Campo, essa iniciativa do MST levar a comida até a cidade, agora tem loja virtual, né? Eu participei de uma live de inauguração, ó, vou deixar aqui a arte com os meus camarada. Vale contar também pra vocês que o MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, tá com uma campanha de financiamento (tá aqui na descrição) pra construção de cozinhas coletivas pela cidades no Brasil.
Essas cozinhas coletivas têm o objetivo de fazer com que não falte mais comida do que já está faltando na mesa do povo pobre e periférico do país. Tô deixando aqui também o @vozdacomunidade e a campanha deles #PratoDasComunidades, né, que visa arrecadar pra distribuir comida para as pessoas na periferia. Vocês precisam saber, o agravamento da crise econômica que já existia, mas que é deflagrada, que se aprofunda, que se enraiza por causa da não ação política, por causa de não termos políticas públicas, da ineficiência do Estado, etc.
, vai fazer com que a população brasileira passe fome. Nós já voltamos pro mapa da fome da ONU, nós já passamos da dezena de milhão de população em situação de instabilidade e insegurança alimentar. Enquanto isso, onde tá a bancada ruralista, né?
Nossa camarada, Nathália Camargo, tá produzindo material nas redes sobre os ataques que a bancada ruralista tá fazendo, tentando passar a boiada, como o Salles disse, agora, por exemplo, ao PNAE, né, o Programa Nacional de Alimentação. Eles querem que nutricionistas não tenham mais nada a ver com a feitura dos cardápios das crianças, das merendas escolares e eles querem inserir, no cardápio, processados e lixo que sobra da indústria da carne. Ou seja, exporta o que é bom e, com o lixo que fica aqui, põe na merenda das crianças pobres.
Olha que bancada maravilhosa! Desde 2016, o Greenpeace tem uma campanha de conscientização chamada "Agricultura e Alimentação". Eu tô produzindo esse vídeo com a ajuda da galera do Greenpeace pra falar sobre essas emergências.
A discussão é que a gente precisa, urgente, de uma transição no sistema de produção alimentar. A gente precisa sair de uma matriz que visa o lucro, a produção de commodities pra exportação, para uma matriz que pense em sustentabilidade, em regenerar e recuperar solos, em não destruir aquíferos e mananciais e em produzir alimento pra população e não lixo. Desde o 1500, o Brasil tá configurado, pro resto do mundo, como uma colônia de extração ou um celeiro do planeta, né, um território que produz essas commodities que vão virar ração, os bichos que vão ser exportados.
Quando eu tô falando commodities, se você não conhece o debate, são esses produtos que circulam economia agrária, né, café, açúcar, milho, soja. Então, o Brasil tá, desde sempre, historicamente configurado desse jeito. Sou professora de Literatura, quem não sabe, tô contando, mas conto isso todo vídeo, também, vocês devem tá careca de saber.
Quando dou aula de "Jogos Vorazes", né, do livro, eu falo: "Olha, que loucura, gente! Imaginem um mundo. .
. Apocalíptico, tá? Distopia.
Imaginem um mundo no qual a galera vive bonita e cheirosa na capital, tá? Não é a França! É "a capital", não tem nada a ver com a centralidade do sistema capitalista.
Não é Londres, tá? Não é a Suíça, a Noruega. .
. não. E aí a galera vive bonita na capital enquanto os fu**do vive extraindo metal.
(Isso aqui não é a Índia, tá? ) Extraindo o produto agrícola. (Isso aqui não é a Bahia) Então, a galera se mata para sobreviver enquanto a galera da capital se diverte com o processo, né?
Não tô falando de Londres e da França. Então, quando a gente tá falando sobre isso, a gente tá mexendo num vespeiro que é o funcionamento da economia mundial, né? A gente tá falando sobre uma coisa chamada "teoria marxista da dependência".
Tô deixando, aqui, listado, um vídeo do Jones Manoel, um vídeo do Professor Humberto Matos, no qual eles explicam teoria marxista da dependência. Lá nos anos 90, o FHC, Fernan. .
. o príncipe da sociologia brasileira, né, (Credo! Quero distância dessa família real) é, ele era um entusiasta dessa divisão social do trabalho do mundo, né, de que tava tudo bem que o Brasil fosse um agroexportador de commodity, que dava pra gente se desenvolver assim.
Pula pra 2020. Olha só como é que estamos. É disso que eu tô falando.
Quando a gente olha esse cenário, a gente tem que tentar olhar uma totalidade, né? Como, politicamente, o agronegócio é manejado e como isso impacta nas nossas vidas. Então, a gente tem um imbecil do presidente ocupando um púlpito da ONU para dizer o seguinte (peguei até as aspas do es***to): "Nosso agronegócio continua pujante" Né?
Ele fala isso, na mesma semana, pra ONU, no qual o IBGE mostra que o Brasil volta pro mapa da fome. Então, continua pujante pra quem? Continua pujante para que?
Se esse dinheiro nunca existe, se esse dinheiro não volta. Se como. .
. (espero que você assista os vídeos do Thiago Ávila) Esse aronegócio é DE-FI-CI-TÁ-RIO se não tiver ajuda do governo, não dá para produzir desse jeito. É burro!
É um negócio burro! Então, quando a gente fala no superávit primário, na balança de importações e exportações. .
. Como que um país, que tem mais de 10 milhões de pessoas em situação de instabilidade alimentar (não sabemos se elas vão passar fome ou não). .
. Gente, eu tô falando da população campesina, tá? Tô falando que quase a metade, 40 e tantos porcento de quem mora no campo, não sabe se vai almoçar amanhã.
Como esse país exporta 5. 67 bilhões, em janeiro, só de produtos agrícolas. A conta não fecha, né, moçada?
E a resposta pra tentar entender isso tá em tentar entender o processo histórico. Tô falando para vocês que o Brasil é mais ou menos esse lixo desde ali do 1500, né? Quando Portugal decide que é para rapar o que tem aqui e levar para lá.
Quando a gente pensa no nosso processo histórico, se a gente olha ali pros anos 60, a gente começa a entender como que aquilo deu nisso, né? João Goulart, lembra o que tomou o golpe, o Golpe de 64, que agora vai poder ser comemorado. O João Goulart, ele acabou de viajar para China para ver como que a China, nos anos 60, tá fazendo reforma agrária, tá distribuindo terra pra pobre, tá fazendo com que a população campesina não precisa de êxodo rural, possa continuar produzindo pra abastecer, né?
E aí o João Goulart sequer volta, né? Ele vai voltar da China para pensar reforma agrária no Brasil e vai ser deposto, né? E começa uma ditadura civil-militar.
Por que civil-militar? Porque quem apoiou os milicos, gente? A bancada ruralista!
Tem outra merda também chamada "Revolução Verde", né? Não sei on. .
. verde de vômito, né? Verde que a gente fica de fome.
Que, a partir ali da Segunda Guerra Mundial, tem essa política mundial de que "Olha, que bonitinho, gente, dá para fazer uma berinjela desse tamanho! Dá para fazer uma abóbora que tem duas cabeças, né? Dá pra uma uma maçã com um rim, dá para fazer uma pêra que sangra.
É só lotar de agrotóxico. " E essa Revolução Verde era a ideia de que "olha, se a gente usar bastante agrotóxico, ninguém passa fome". E aí eu tô deixando, aqui, o vídeo da Dona Sabrina maravilhosa Fernandes falando "E que legal, né, moçada?
Parece que, dos anos 60 para cá, enchemos o c* de agrotóxico e ainda tamos passando fome". E o que a gente vê são essas políticas, os acordeões, né, as bancadas se infiltrando e de que modo elas vão tomando poder pra si, né? Segundo o IBGE.
. . IBGE que tá sendo desmontado.
IBGE que a que a gente não sabe, com os cortes do *****naro, se vai ter grana pra fazer senso esse ano. Sem senso a gente não tem essas informações, né? O IBGE vai listar que, de 2000 a 2019, em 19 anos, as áreas nas quais a gente plantava arroz e feijão encolheram, respectivamente, 53 e 37%.
Enquanto isso, as áreas de monocultura (milho, soja, café, cana) se expandem. E enquanto o boçal do *****naro comemora "nunca exportamos tanto", os dados são de que 44% das famílias, no campo, estão em estado de insegurança alimentar. E o que que pode mudar esse cenário?
Meus anjo, minhas anja, vamos lá. Se vocês acompanham. .
. eu tô até cansado. Eu olho até pro lado, né, que é para ver se, sei lá, Santa Terezinha, Teresa Cristina, me dá uma luz porque, assim, eu canso, mas eu volto já renovada.
Se vocês acompanham meu trabalho desde o início, vocês sabem: não existe saída individual pra problema social. Vamos repetir? "Não existe saída individual pra problema social" Como que a gente muda esse cenário?
Com luta social, né? É todo vídeo a tia Rita fala: "você já se coletivizou? ".
E se você tá assistindo essa merda desse vídeo, nessa semana, e ainda não se coletivizou. Meus anjo, pra eu achar você, descobrir onde você mora e te dar uma facada é 1,2. E eu não dou facada mal dada igual uns e outros, não.
Se fosse eu, essa facada tinha feito história, gente! Então, vamos lá. Não há saída individual, você entendeu.
Mas que que a gente pode fazer? Individualmente a gente pode fazer coisas, né? Eu tô deixando, aqui, o Armazém do Campo, o Instituto Feira Livre, o Mercador Chão.
Toda. . .
o Raízes. . .
todas essas iniciativas que ligam, tira o mercado, a grande rede de mercado do jogo e liga o pequeno produtor rural com a sua casa, né? A feira de orgânicos do MST, as feiras de pequenos produtores na cidade. Isso é o que você pode fazer, assim, para espiar sua culpa burguesa, né?
Fazer igual a Tina. É o mínimo, é o zero. Só que existe uma luta política que precisa ser encabeçada.
Eu falo tanto e com tanto entusiasmo dos meus camaradas do ecossocialismo, desses movimentos, da agorecologia, dos quilombolas, dos povos indígenas, né, do Bem Vivendo, porque não existe alternativa pra gente que não passe por aí. Se as nossas lutas não nomeiam os nossos amigos, se a gente não entende que não há futuro numa terra arrasada, como a Sabrina sempre nos fala, meus amor, a gente não faz nenhuma luta, tá? Esse é o ponto zero da nossa luta política.
É garantir que haja um próximo século. A ONU tem um programa de alimentação mundial que já recebeu o Nobel da Paz e tudo e, assim, assim como o Greenpeace, assim como o MST, eles estão apontando, desde sempre, que a gente precisa mudar a matriz de produção, né? Agronegócio é o fim do mundo!
Ele não serve pra nada a não ser pra continuar enchendo os bolsos de dinheiro de quem sempre encheu, né? Os chefe de capitania hereditária, os latifundiários. A nossa alimentação, que a gente põe no prato, vem do pequeno produtor, né?
Os mercados são abastecidos por pequenos e médios produtores. A verdura, o legume, a fruta que você come vem do pequeno e do médio produtor. E a gente precisa de um sistema que não esteja focado em destruir e lucrar, mas no sistema que esteja focado em colaboração, alimentação e PRE-SER-VA-ÇÃO.
Tô fazendo esse vídeo, deixando todas as referências, chamando a atenção de vocês porque, gente, é para ontem essa luta, né? Estarmos informados, entender do que estamos falando. Eu começo com dois livros que falam sobre fim do mundo ou ecossocialismo porque o tempo está acabando, né?
A gente tem previsões de que, a partir de 2030, o clima do planeta vai começar a ficar hostil com seres humanos e se a gente pretende ter um mundo pra seres humanos, a gente precisa lutar contra esses vilões históricos que, há muito, lutam contra a gente e a nossa vida no planeta. É isso. Espero que vocês tenham gostado, que se informem e que se instrumentalizem pra fazer luta coletiva, tá?
Até semana que vem. Beijinho.