O papel do SAF e do etanol na transformação do setor energético | AgroForum 2024

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BTG Pactual
Diante das discussões em prol da transição energética, o etanol, o Combustível Sustentável de Aviaçã...
Video Transcript:
Bom dia a todos obrigada por estarem presentes aqui no nosso evento eh a gente vai falar aqui um pouco do transformando né o setor energético no com papel aqui do saf e do etanol né então tô com aqui com com o Rafael Abud com o Ricardo muso com o Tomás Manzano e eu queria começar a fazendo uma uma provocação aqui né a gente sabe que a gente tá num momento em que o mundo tá buscando soluções para descarbonizar eh a própria indústria de óleo e gás eh começa a olhar essa necessidade e sobretudo no segmento
de transportes a fazer essa descarbonização talvez a gente esteja no momento mais importante eh pros biocombustíveis que a humanidade já viveu e aí eu queria que vocês começassem a comentar eh O que que você enxergam sobre essa sobre isso né e e como é que vocês veem essa oportunidade eh Rafael se eu puder começar com você obrigado GR Bom dia e obrigado BTG pelo convite cumprimentar aqui meus companheiros de de painel um prazer est aqui novamente ah bom o que a gente tem tem visto né Acho que o o mundo oscilou ao longo de um
tempo sobre o papel eh dos biocombustíveis na transição energética né começou tendo um papel bastante relevante depois começou-se a observar especialmente alguns lugares eh do mundo eh pensando que o biocombustível teria um papel transitório para um mundo que no futuro fosse ser elétrico e acho que hoje eh tá se recuando bastante dessa visão nas jurisdições que avançaram muito nessa direção para entender que os biocombustíveis são eh de fato eh a um tem um papel fundamental no processo de transição energética Global não só nos setores óbvios de descarbonização como mobilidade terrestre mas também em outros setores
de mais difícil descarbonização como setor aéreo marítimo a gente vai falar um pouco mais e disso aqui no painel né e o que a gente tem observado é um movimento e cada vez maior na direção do reconhecimento do etanol como essa Alternativa de custo competitivo de alta escalabilidade e de relativa fácil aplicação n nessas a nessas várias eh soluções de mobilidade e e vendo isso aumentar eh no mundo né então você vê vários países adotando programas de mistura de etanol além do Brasil ou inspirados né no próprio Brasil e Estados Unidos que são os grandes
eh países produtores de etanol eh a Ásia tem aumentado bastante o consumo de etanol seja misturas para mobilidade terrestre misturas existentes e aumento eh eh de percentuais eh de mistura então a gente vê uma uma demanda crescente eh pro etanol como solução de descarbonização para várias finalidades né então acho que com isso eh E você tem setores por exemplo você vê hoje na na Ásia você ainda tem a mistura e de maneira muito relevante do mtbe né que é um aditivo a gasolina Estados Unidos usava isso eh baniu completamente substituiu pelo etanol um mercado de
30 bilhões de litros só na Ásia que vai poder ser substituído senão integralmente parcialmente eh com o uso do etanol então tem vários movimentos eh de aumento de demanda o setor aéreo como a gente vai falar hoje aqui é um setor que tem um potencial de consumo enorme eh de etanol eh ao longo dos anos né um setor de 390 bilhões de litros de consumo atual eh dos quais 119 120 estão nos Estados Unidos o resto eh no restante do mundo mas que demanda eh com uma pequena mistura uma quantidade muito grande de etanol né
que é uma das das grandes rotas então e a gente tem visto com muito otimismo eh a possibilidade do etanol continuar crescendo no Brasil e no mundo né Tem movimentos aqui no Brasil também para aumento e do consumo do etanol como aconteceu recentemente e com a lei combustível do futuro então a gente vê esses mercados se aprofundando se sofisticando e demandando cada vez mais o etanol como solução de descarbonização Ricardo consegue comentar um pouquinho pra gente a tem uma assim uma eu tenho uma visão muito e interessante do assunto eu tive eu tive a visita
do presidente do conselho da Shell e é um cara que ele respira e energia né Então imagina o cara tá acho que 8 ou 9 anos e ele ele pensa em barril de petróleo ele olha uma garrafa de vinho ele converte o barril de petróleo porque ele ele pensa ele tá visitando a raizen lá ele ele foi a gente é um dos maiores produtores de etanol do mundo ele fez uma conta rápida com ele falou Pô R Se você pegar não a raízem de hoje mas daqui todas as plantas Eternal de segunda geração aumento de
produção e pegar a raízem daqui a oit 10 anos e multiplicar por 200 200 raízes né isso vai dar 0.6% do consumo mundial de petróleo é nada né então fal assim a dificuldade do mundo hoje é que para escalar eh a a a questão do biocom musivo É muito difícil você não tem fonte você não tem como fazer essa essa essa combate à mudança climática é muito complicado Então esse é o primeiro ponto primeiro ponto é o tamanho do problema que acho que pouca gente tem noção da dificuldade que é a gente produzir biocombustível para
acelerar Outro ponto quando eu vou eu vou todo ano naquela quem conhece lá tem em hillston tem uma uma feira de energia chama Sera é a maior feira de energia do mundo e eu fui esse ano lá e foi impressionante esse ano eles as made oal companies todas estavam abraçando os biocombustíveis porque a maneira deles acelerarem a manterem Vivo o combustível fóssil por mais tempo rentável e reduzir as emissões de forma mais rápida que eu quero dizer com isso hoje não tem problema de demanda quando a gente olha a quantidade acho que o mundo hoje
consome 8 trilhões de litros de combustível por ano a gente aqui no Brasil faz 30 bilhões de litros é nada né comparado com o tamanho da produção Global Então hoje não vejo problema de demanda e a demanda vem aumentando não só em combustível T comentando com você antes eh a demanda por por etanol paraa indústria que é para plástico para químicos também V todo mundo tá querendo descarbonizar e você precisa de um produto que seja escalável e barato então o Brasil tem isso hoje hoje a gente tem um produto que não tem subsídio você comete
na ponta com o consumidor lá pro pro no Poo de combustível sem subsídio com preço Então o que eu vejo a a escala é muito maior não vejo problema de demanda a gente vê eu vejo o Brasil a própria nossa empresa lá a gente exportava 60 70% da produção só não exporta mais tem fiscais aqui no Brasil alguns estados então eu vejo que o Brasil vai ter uma demanda absurda e muito mais até no mercado de exportação vai continuar termin local Então a gente vai ter problema de demanda a discussão toda é é oferta como
é que a gente aumenta a oferta dado que vem sustainable aviation fel vem biobank vem uma série de pontos então isso é um problema tem acho que a gente tá do lado da solução e não do problema aqui no Brasil então a gente precisa aproveitar isso como oportunidade para escalar mais rápido e produzir mais aí tem o etanol de milho tem muita coisa acontecendo mas eu não vejo uma questão de demanda eu vejo muito mais uma questão de como é que a gente vai eh produzir mais para atender o que o mundo tá precisando legal
Quer comentar também um pouquinho Tomás Bom dia GR Bom dia muça Rafael Bom dia a todos Obrigado pelo convite do BTG eh acho que um ponto interessante da discussão da transição energética Sem dúvida nenhuma né n nós estamos num momento muito especial com grandes oportunidades e um potencial muito grande à frente mas é que essa agenda é uma agenda dupla na minha visão é uma agenda que conecta biocombustível e alimento né a gente tem vivido condições climáticas muito severas isso afeta diretamente a agricultura alimento e por consequência biomassa né a o desafio de escala dos
BIOS combustíveis estão muito né Eh vinculados à escala de biomassa ou a disponibilidade de biomassa para produção de uma série de alternativas de soluções Esse é um aspecto um outro aspecto importante que também é um grande desafio o musa comentou sobre a a demanda né é Um Desafio de múltiplas soluções a gente tem hoje uma dispersão de regulação a gente tem desafios de custos diferentes para soluções diferentes e a gente tem vocações naturais para geografias específicas Então essa discussão ela passa também por uma viabilização daquele ótimo local e a soma desses ótimos locais é que
tem o potencial para gerar uma escala maior no futuro legal e Ricardo dado que você comentou um pouquinho de de exportação você acha que essa é uma oportunidade pra gente tornar o etanol brasileiro aqui um produto de exportação e a gente colocar ele efetivamente em outros países então tive a essa essa uma conversa interessante tinha quem conhece o é um cara super estudioso sou fã dele da da da da da tagro Eu sempre tive um debate com ele de tornar o etanol ele fala Vamos tornar o etanol uma uma commodity Global eu tive no Japão
e com o ministro lá o ministério de Minas e energia do Japão e a conversa foi por que que vocês não adotam o etano no Japão eu falou não porque vou depender do Brasil Então assim a dificuldade do etanol é que você não tem disponibilidade então é difícil para um país também adotar porque mais fácil de depender do petróleo que tem mesmo a upep tem mais 15 países do que depend de um único país ou dois países então eu acho difícil uma coisa que tem difícil tornar o etanol acomoda global e nem sei se é
necessário porque o tamanho do mercado é muito maior do que a Gente Tá imaginando então às vezes esse nicho é bom você vende mais caro você tem prêmio do produto Então eu acho que a eu não consigo ver dado o tamanho a proporção de vários países acho que vai ter por exemplo na Europa hoje eu vejo eles adotando lá o o E5 E10 com mais facilidade mas acho muito difícil que os países façam que nem o Brasil porque não tem disponibilidade para garantir suprimento e essa é uma grande problema hoje o que eu vejo que
mudou depois da da do covid da guerra da Ucrânia com a Rússia os nossos clientes eles querem contratos de longo prazo eles têm mais eh dependência e querem garantir suprimento e hoje não tem disponibilidade suficiente para fazer grandes mudanças Então acho que isso que vai acontecer é eu acho que a gente vai ter mercados cada vez mais nichados o que não é ruim você começa a ter prêmios maiores de produto do que um Mercado Global de at porque eu também não vejo grandes eh aumentos de produção no mundo inteiro para atender a demanda que vem
por aí então vai ter um mix de de de blend de energia nuclear solar eólica assim por diante e o etanol tem um papel importante aí mas é um componente e não é ruim você ter um produto que é mais de nicho porque o nicho te traz prêmios melhores Então hoje quando a gente exporta a gente exporta a gente invente em média 27 quase 30% melhor do que exal no mercado de exportação Então isso é bom mas eu não vejo eu Eu discordo plin nessa de do mercado de ser uma commodity Global Mas acho que
isso não é ruim pra gente legal Rafael Quer comentar um pouco dado que vocês exportam um pouquinho também sim não eu eu acho que os mercados de exportação eh eles vão crescer bastante mas dado a proporção que o musa até comentou no primeiro na primeira pergunta né 8 trilhões de litros eh de petróleo eh para um para uma gota aí no oceano que seria o etanol ainda que você multiplique por muitas vezes é difícil ele se tornar de fato uma grande commodity Global mas ele vai ser sim um agente importante de descarbonização em vários setores
e com várias especificações e com várias certificações diferentes então a gente vê que os mercados de exportação estão crescendo estão demandando e cada um demanda uma particularidade o que até difícil de você comoditização certificação diferentes Então você tem diversas metodologias que no futuro talvez sejam harmonizadas talvez não de como você contabilizar a pegada de carbono eh desse combustível então determinados mercados valorizam uma pegada de carbono mais baixa e premiam dependendo eh da pegada de carbono determinados mercados colocam uma meta se você descarbonizar a partir desse nível aí é tudo igual você não tem prêmio a
mais ou a menos é por mais ou menos carbono e aí você tem como eu comentei diferentes ficações técnicas também Então nesse sentido ele vai ser um mercado de exportação crescente os mercados globais estão crescendo mas ele é um mercado mais specialty do que um mercado eh eh de commodities ainda tem o mercado eh mais eh eh eh vamos dizer comum né que é o mercado de mistura Direta em combustível tem países que adotaram mistura porque parcialmente tem vocação de produzir como é o caso da Índia eh outros que vão depender parte de produção interna
parte eh de importação mas todas as conversas que a gente a gente tem mesmo com com potenciais compradores de grandes volumes fora para combustível a a preocupação é justamente essa né a cadeia de suprimentos vai conseguir atender eu vou ficar 100% dependente do Brasil vocês vão conseguir crescer capacidade produtiva suficiente além da das questões todas de certificação eh e especificação Mas como eu comentei acho que os mercados de exportação vão crescer eh bastante Tomás quer falar um pouquinho é um aspecto interessante do etanol né que tende a tem uma valorização Especialmente nos mercados de importação
é a baixíssima intensidade de carbono né quando a gente olha os combustíveis líquidos hoje em dia né gasolina com 85 g de CO2 por Meg J óleo diesel com 80 mesmo Considerando o o biodiesel combustível de aviação com 90 o etanol de cana de açúcar tem 22 25 o etanol de milho aqui no Brasil também tem próximo disso um pouquinho mais o etan americano tem um pouco mais por causa da matriz energética mas é um produto de baixíssima intensidade de carbono então eu também tenho essa visão de que o o mundo né não vai ter
o etanol como uma comot Global pra solução das eh alternativas de renováveis mas sim o etanol tem aplicações importantes para produtos nobres de valor agregado que podem utilizá-lo como matériaprima né para produção agora eu queria ouvir um pouquinho de vocês o que que vocês acham que tá faltando né para eh pr pra indústria brasileira engrenar na produção do do combustível de aviação eh quer começar Rafael bom isso é um mercado eh relativamente eh novo né Eu acho que um dos grandes desafios é Um Desafio de como que você eh equaciona o GAP importante que tem
de preço né então hoje is se você comparar o biocombustível de aviação seja na rota refa né que é a rota que existe que é a produção a partir de óleos e gorduras eh ou na rota mais nova que tá começando a se desenvolver agora que a partir do do etanol eh você tem ainda um GAP de preço muito relevante entre o fóssil e o renovável que é produzido a partir daí esse GAP tem que ser pago eh a partir eh justamente do do valor do carbono né Então como que você eh monetiza a descarbonização
que esse produto eh proporciona alguns lugares Estados Unidos que é o maior mercado consumidor como falei 1/3 do do Jet Field do mundo né 120 bilhões de 390 quase 133 n eles criaram umas soluções onde o governo eh tá tá ajudando a pagar e essa conta lá via lei eh do inflation reduction act e mais um mecanismo de comercialização de carbono também nos mercados voluntários onde você vai empilhando uma série de benefícios e com isso você consegue eh fechar eh essa conta né então isso vai ajudar a indústria a começar eh a se desenvolver inclusive
o nosso grupo tá tá montando uma planta lá emem Houston nesse momento uma das primeiras grandes plantas eh de etanol eh para para jetfuel e que deve começar a operar em 2026 e é justamente ancorada eh parcialmente nesses incentivos e numa demanda corporativa muito grande por descarbonização eh então isso tá acontecendo lá a Europa adotou um um um caminho mais de mandatos obrigatórios eh sem necessariamente incentivos específicos e lá você tem sim o sistema de de comercialização né de trading de emissões que vai ajudar a pagar um pedaço dessa conta mas são mandatos as companhas
aéreas têm que cumprir esses mandatos eventualmente isso vai fluir eh um pouco pro preço da da passagem outros países estão adotando estratégias diferentes e o Brasil eh acabou de aprovar aí na lei combustível do Futuro um mandato de descarbonização do setor aéreo é uma escadinha né o mercado brasileiro é um mercado relativamente Pequeno São menos de 7 bilhões de litros você começa com 1% descarbonização então ainda é um processo que vai ao longo de 10 anos eh aumentar né então acho que esse desafio e de como você fazer esse GAP de preço quem paga essa
conta que mecanismo de monetização de carbono e você consegue para para fazer isso é importante e acho que precisa avançar bastante também no lado de de regulamentação Eu acho que um dos mecanismos que pode ajudar o Brasil a ter plantas e de saf mais cedo e na verdade poder participar com volume é mais relevante seria um mecanismo de book and claim né o mecanismo de book and claim basicamente e você separa o produto físico e do benefício ambiental Então vamos dizer uma companhia aérea no Japão e pode comprar um saf produzido no Brasil não precisa
consumir esse saf no Brasil esse saf pode ficar aqui no aeroporto de Guarulhos etc todas as companhas aéreas vão participar desse Pool mas ela faz o claim do benefício para ela como ela que pagou no final a atmosfera é uma sócia tá descarbonizando o planeta como um todo então esses mecanismos podem ajudar e Porque faz muito sentido você produzir o saf no Brasil perto da matéria prima né o Brasil tem uma produção eh grande de etanol uma produção que tá escalando tanto na cana quanto principalmente no milho é mais recentemente e como você precisa de
1.6 1.7 litros de etanol para fazer 1 l de saf faz muito mais sentido você tá com essa planta integrada a produção aqui no Brasil mas para que essa planta se justifique do ponto de vista de volume você precisa de mecanismos tipo esse e esse mecanismo de book and clem tá sendo discutido hoje na no corcia né que é a entidade multilateral que regulamenta eh a descarbonização do setor aéreo Global eh mas ele pode ser também discutido de maneira bilateral país a país então o Brasil poderia ter um acordo desse tipo diretamente com o Japão
o Brasil poderia ter um acordo desse tipo eh com com algum outro país onde você já começa a permitir que isso eh se viabilize mais então tem tem uma série de coisas ainda para para acontecer mas faz bastante sentido produzir no Brasil eh eh Ricardo você acha que assim criadas as condições talvez aqui né Eh condições tributárias né necessárias do ponto de vista Logístico e de infraestrutura eh você acha que a gente tá preparado assim já falando um pouquinho do painel anterior que a gente teve com o Lucas né E se você acha que tem
alguma região que vai ser mais promissora e para esses investimentos eu acho que tem duas coisas uma o que eu aprendi é que o a combustível de aviação responde por 3% das emissões globais então ele é um produto que é ele ele é não é tão relevante mas ele é relativamente importante e a aviação não vai eletrificar todo mundo sabe disso não vai eletrificar então que os governos eu vou chegar na sua resposta mas é que os governos estão vendo é que esse setor é um setor onde o usuário da aviação geralmente é um usuário
de maior poder aquisitivo seja ele corporativo ou pessoa física aviação não vai eletrificar no curto prazo então avião tem um um um uma vida útil de 30 anos então mesmo comércio hoje demora muito tempo então não vai ter jeito então aqui é um dos setores que os governos do mundo falando aqui vai ter ato então o consumidor vai pagar a conta então o que acontece a visão de todo mundo é que o saf vem Independente de custo se for mais caro mais barato mas virar com mandato vai ser colocado no preço o consumidor vai pagar
a conta então dito isso o saf é onde você vê nos países os mandatos mais efetivos e de curto prazo já tem na Europa 2026 2027 Então essas coisas vai acontecer então e quando é mandato o preço é secundário porque aí o preço vai ser o que for porque vai ter que fazer a mistura de 5% e assim por diante Então o saf que ele virar virar e o Brasil tem uma super condição como o Rafa falou aqui porque a cada 1,7 l de etanol você faz 1 l de saf então é meio idiotice você
exportar etanol no Brasil para fazer saf na Europa faz o etanol no Brasil e é onde é o melhor lugar do Brasil é onde tem um Hub de de etanol eu acho Paulínia um super lugar porque Paulinha Você tem todo o etanol duto lá da logon já chegando em Paulinha você tem conexão até com Santos Eu acho que o saf no Brasil vai ser paraa exportação eu não acho que o assim pro Brasil ainda eu acho que o mercado desenvolvido que é Europa principalmente Estados Unidos e Ásia eh vão ter demanda suficiente saf pro Brasil
exportar Então eu acho que a indústria brasileira de saf vai ser instalada em polos onde tem etanol para reduzir a logística e vai atrair investimento tecnologia já tem hoje A questão é só custo Mas eu acredito que os mandatos vão cobrir o custo e vão ter que acabar acontecendo Então o que o Brasil tem que fazer é se posicionar o que tá acontecendo hoje é que você tem uma distorção você tem dar exemplo o nosso etanol lá ele sai do Brasil vai lá de Piracicaba vai para Santos põe no navio vai lá pra Flórida Põe
num outro no vai para um PR giorgia lá transforma em saf e vai pra Europa quer dizer é uma idiotice do ponto de vista de logística você fazer toda essa rota então pô como o Rafa falou faz o book and clim F Então acho que aqui vai acontecer acho que esse vai acontecer mais rápido do que outros produtos acho que o B também de de de navegação e outro produto a gente tem que tá bem posicionado e o duro de tomar decisão nessa hora é que você depender de Mandato eu vejo lá na na cozan
também é difícil fazer um investimento que depende de Mandato mas Ele Virá uma hora aí você você você vai ter que sentar na mesa e o consumidor vai pagar a conta mas acho que é uma super oportunidade a demanda é é muito grande do do que vem de saf por aí e eu tô vendo todo mundo se mexer e acho que vai acontecer e vai acontecer nos onde você tem muito etanol no Brasil legal a gente já falou um pouquinho aqui mas Tomás Queria falar um pouco especificamente aqui do do projeto de lei do combustível
de futuro que foi recentemente sancionado pelo presidente da república né como é que você vê esse movimento de garantia de garantia de marco regulatório né e de garantia de Marcos legais pra sustentabilidade legal desse desses projetos grade a gente vive hoje um momento único né no país onde você tem uma série de setores mais governos Estadual Federal Municipal todo mundo mobilizado numa agenda comum estratégica de país né com o potencial enorme que a gente tem de oferecer produtos e soluções de valor agregado então o combustivel do Futuro ele tem um grande mérito por ele ser
neutro em termos de tecnologia o pacote todo do combustível do futuro não depende ou não advoga determinada tecnologia específica lá estão tratados né todos os incentivos para todos os produtos a gente fala lá de biodisel a gente fala de biogás a gente fala de etanol de primeira e segunda geração de etanol de milho então todas as iniciativas estão ali independente da tecnologia O que é muito importante e o segundo pioneirismo é o pioneirismo da regra de mensuração das emissões então no combustível de Futuro Está estabelecido de se mensurar as emissões na cadeia né do berço
ao túmulo lá no final do poço à roda até 2032 depois do berço ao túmulo eh que mede todo o ciclo de vida do produto só fazendo uma eh conta rápida a gente fez esse estudo recentemente nessa discussão de produzir saf no Brasil ou produzir saf no exterior cada país tem a sua matriz energética mais limpa ou menos limpa mas no caso do Japão por exemplo um comparativo se a gente for produzir no Brasil ou se a gente for produzir lá a gente tá dizendo que para mesma quantidade de emissões produzir lá significaria 40 a
50% a mais de matéria prima isso se a gente traduzir em valores econômicos né numa planta Média a gente tá falando de 3 4 bilhões de dólares por ano a mais de custo com matéria prima se a gente fizesse no Brasil a gente teria a mesma emissão utilizando menos então o combustível do Futuro por esses dois aspectos e por essa mobilização mais estratégica é sem dúvida um momento muito importante e estratégico para nós pro Futuro vocês querem comentar acho que tem duas o que eu olho eu olho pra matriz energética brasileira o Brasil começa a
ter um e o com vai ajudar muito eh a gente equacionar algumas coisas o Brasil nunca foi um país de energia elétrica barata se olhar o histórico nosso a gente nunca teve e com o advento de solar e eólica você começa a ter mais disponibilidade de energia elétrica e não tem onde armazenar essa energia então hoje o Brasil começa a ter quando veio pressar o Brasil tem excedente de petróleo então o Brasil hoje é um grande exportador de energia coisa que não era até muito tempo atrás a gente tem excesso de energia no Brasil e
excesso de energia limpa Onde eu acho que tá o gargalo hoje é na bateria você não consegue estocar vento você não consegue estocar energia elétrica você não consegue exportar Tem situações que o Brasil tá com energia elétrica a r$ 80 R 90 1 MW Europa às vezes com 2.000 e a gente não consegue exportar energia elétrica para Europa então o combustível de futuro traz tem uma oportunidade pra gente pensar como é que a gente vai otimizar a matriz eh brasileira para poder exportar a nossa energia excedente e de certa forma vou dar um exemplo aqui
que eu sempre ol pro nosso setor o nosso setor scoc coleiro a gente queima a nossa biomassa de forma muito ineficiente quem visitou mozina de carne de Açúcar com todo perdão aqui é uma uma é uma é uma tecnologia muito antiquada uma Maria Fumaça é movida a vapor você vai visitar uma usina de cana de açúcar ela se move a vapor Você tem uma tecnologia de 150 anos atrás para movit 80% 70% do bagaço que a gente tem na carna de Açúcar você usa para mover uma usina que é um absurdo se você eletrificar o
nosso processo produtivo aqui no Brasil você vai economizar muito vapor muito vapor CR usar muito bagaço e você pode transformar o bagaço de etanol e exportar pra Europa então o Brasil tem que olhar na el ação dos processos no Brasil a eletricidade tem uma vantagem que é o motor elétrico é muito eficiente Então hoje o que a gente tem que olhar para nossa Matriz como é que a gente aproveita o excedente energia elétrica que o Brasil vai ter eu eu se fosse do governo apoiaria muito eletrificação e isso vai fazer com que a eficiência dos
motores vai sobrar mais biomassa sobrar mais energia no Brasil e a gente consegue exportar a vantagem do etanol nessa história é que o etanol tem uma densidade energética altíssima por que o petróleo foi o grande combustível do mundo porque ele tinha ele tem densidade energética você pega um Tesla eu sempre uso esse número né 600 kg de bateria tem um carro elétrico é o equivalente a 27 kg de etanol de energia quer dizer o etanol é uma baita bateria renovável então o Brasil tem que olhar paraa sua matriz e combustível do Futuro ajuda nisso para
poder se posicionar como grande Hub de exportação de energia via saf via hidrogênio vi uma série de mais o Brasil vai ser um Hub de exportação de energia e o combustí futuro ajuda a equacionar isso e transformar a discussão numa discussão mais palpável né porque tinha muita muita coisa que a gente não conseguia traduzir em equação de de emissões para poder fazer a a decisão correta mas como o Tomás falou é um momento muito importante o mundo precisa que o Brasil tem e o combustível do Futuro ajuda a gente direcionar o pro caminho correto eh
acho que a gente já tocou aqui um pouco nesse nesse tema mas queria aprofundar um pouquinho aqui em termos de área né como é que o Brasil tá posicionado né como é que fica a questão que a gente sempre escuta né A questão eh di área para produção de alimentos né e área de produção de biodiesel eh quiser comentar um pouquinho Rafael bom essa é uma uma discussão antiga né Eh de food versus fel aí que é um uma suposta eh disputa eh Entre esses dois E na verdade a gente vê de maneira muito diferente
especialmente no caso eh do Brasil né Eh o que a gente faz aqui e aí eu vou falar particularmente no caso do Eternal de milho mas não é diferente eh na cana de açúcar ou ou outros modelos Aqui no Brasil é um grande sistema integrado de produção de energia e alimentos né onde você pega maximiza o uso da Terra para aumentar a produtividade né então você pegar a média de produtividade de grãos no mundo é tipo pegar Global né o mundo faz 3 bilhões de toneladas de grão em 1 bilhão de hectares é mais ou
menos 3 toneladas por hectare você pega a média brasileira você já tá mais próximo de 6 toneladas por hectare Ou seja é dobro da média é Mundial você pega a média do Mato Grosso se você D uma lupa ali onde faz duas safras por ano não só Mato Grosso centro-oeste no geral Paraná é onde você faz duas safras você já vai para 9 10 toneladas e ou mais e de grãos por hectare né então quando você pega o sistema brasileiro ele já é três quatro vezes mais produtivo do que a média mundial na mesma unidade
de área e isso vem crescendo de maneira eh exponencial né então se a gente pegar o caso específico do Mato Grosso onde tá havendo todo esse aumento de produção e de combustível aí nos últimos anos né o Mato Grosso Em breve vai estar produzindo 10 bilhões de litros de etanol eh de milho aqui nos próximos 5 anos então você pega um estado que tem 90 milhões de hectares de área né desses 90 milhões de hectares de território 12 são utilizados para produção de grãos Então imagina o Mato Grosso hoje produz 45% do milho do país
produz uma parte relevante da soja quase 30% da soja do país em 12 milhões de hectares num total de 90 né dentro desses 12 você faz segunda safra em oito né então 12 de soja mais ou menos sete sete e pouco na verdade eh de milho né então ele é um grande sistema integrado de produção de energia e alimentos onde no caso do milho O amido é utilizado paraa produção de biocombustível proteína gordura e fibra são concentrados em produtos de alto valor nutricional que vai para as cadeias de proteína animal aves suínos bovinos eh animais
de companhia e outros aquacultura e etc eh mesma coisa no caso do biodiesel né Você tem o óleo e O farelo de soja eh então no final é uma falsa eh eh é um falso dilema esse eh no caso do Brasil eh de uso di área o que tem a aplicação de Tecnologia aument de produtividade eh na mesma unidade de áa e a produção dos dois e quando você tem uma unidade eh Rural mais produtiva mais lucrativa no final você permite que o investimento em tecnologia seja ainda maior potencializando a produção eh dos dois eh
produtos né E a gente não falou aqui mas essa por exemplo na Europa continua sendo uma barreira relevante a Europa hoje tem uma limitação eh importante pro que eles chamam de crop based fuels né então tudo que vem aí do Milho ou da soja ou até a própria cana de açúcar tem algumas limitações o e2g não eh que vem do bagaço porque é considerado uma o mso vai saber muito mais aqui mas mas eh ainda uma limitação importante eh com com base não não em ciência né com base eh em em crenças aí que ainda
precisam ser eh superadas né então acho que esse é um Desafio até pra gente poder exportar saf de maneira mais relevante por exemplo pr pra Europa porque o saf vai vir em termos de volume mesmo e vai vir do Milho vai vir da cana vai vir do da soja né Muito difícil você escalonar qualquer outra eh alternativa bom a gente já tá aqui quase chegando no final Então eu queria fazer uma última rodada aqui com vocês e eu queria saber o que que o que que a gente precisa né O que que esse mercado aqui
para esse mercado deslanchar né no Brasil quais são as outras políticas e incentivos que na avaliação de vocês o governo precisa estabelecer para conseguir trazer mais investimentos para esse Setor O Brasil né Nós temos produtividade nós temos Noal nós temos eficiência nós temos uma grande base de biomassa que ainda tem um grande potencial de ser explorado de resíduos como o bagaço de produção de biogás a partir de vinhaça e de outros produtos então do ponto de vista da produção sempre que o mundo demandou o Brasil entregou né Há 20 Anos Atrás a gente produzia 30
milhões de toneladas de de milho hoje a gente produz 120 a gente produzia 50 milhões de toneladas de só hoje a gente produz 150 a gente produzia 300 milhões de toneladas de cana a gente produz mais de 650 então do ponto de vista da produção eu não vejo né Eh nenhum problema O Empresário é empreendedor né conhece o campo tem a tecnologia e vai entregar a medida que o o mundo demandar do ponto de vista regulatório Aí sim existe um enorme desafio né cada país desenvolve né a sua teia regulatória algumas vezes com proteções locais
das suas economias e dos seus interesses então aqui a nosso papel é contribuir com a discussão né Eh tentar influenciar essa regulação para que ela seja efetiva por exemplo nas réguas que se medem as emissões E por aí vai o que eu acho que hoje a gente tem contribuído mais do que a gente contribuía no passado o Brasil hoje tem uma voz mais a gente tem essa grande coalizão de iniciativa privada com poder público abrindo e e tendo essas discussões obviamente existe ainda um caminho longo para se trilhar muita coisa para se fazer mas eu
acho que aqui passa por um ponto de o Brasil se posicionar de forma mais intensa nessas discussões de maneira tornar essa colcha de retalhos vamos dizer assim um pouco menos complexa o outro muito grande são incentivos governamentais né o Brasil tem as suas prioridades que são incomparáveis com o poder econômico que a gente tem por exemplo nos Estados Unidos com pacotes muito mais agressivos e etc então talvez aí a gente veja um um um movimentos de coalizões ou agrupamentos de interesses para Produções locais ou para Produções em parceria né com algum eh país fora do
Brasil no caso do saf por exemplo no Brasil hoje esse investimento é muito alto Ainda Existe Uma eh incerteza em relação à tecnologia ela já já avançou bem mas ela ainda não é eh dominada eu tô dizendo no no caso do álcool tojet né produzir Safe a partir do etanol Então quando você soma essa sexta de riscos riscos regulatórios riscos tecnológicos montante do investimento um mercado que tem tudo para acontecer mas que precisa ser criado e incentivado então talvez aí a gente veja alguns movimentos de coalizões ou agrupamentos para tentar diminuir um pouco desses riscos
influenciar um pouco mais essa pauta regulatória e a demanda a ser cri a oferta a ser criada e poder atendendo essa demanda reduzindo o custo ao longo do tempo então os desafios são mais no campo regulatório e de incentivos do que do campo da produção ou da demanda Ricardo acho que a gente tá numa não sei se vocês concordam mas eu uma chance realmente interessante pro Brasil eu não me lembro na história da humanidade a gente tem uma situação e tão dramática com mudança climática como acho que nem no covid você pensar no covid os
países adotavam saída você pegava lá Nova Zelândia se fecha a China se fecha eu faço minha vacina e Resolve Meu Problema aqui não adianta eu sempre dou exemplo não adianta a Noruega inteira se eletri ficar e não vai resolver o problema então o que eu vejo eu participo lá do B20 vejo no G20 o problema agora bateu em todo mundo e a solução e o Brasil nessa hora ele ele a gente entra nas conversas eu entro nas conversas quando eu vou discutir a gente tem muito mais predicado do que os outros muito mais você pega
assim o Brasil hoje pô eu fico p da vida quando eu vejo um um um um cara da Europa criticar o agricultor Brasileiro né a gente tem pô reserva legal você vai para Elin nóis quem que Tem reserva legal app você vai na Europa na França ninguém tem quer a gente tem uma situação ambiental muito melhor Nossa Matriz é muito mais renovável o Brasil agora vai liderar o G20 vai ter a cop então na prática hoje tá tudo a nosso favor a gente precisa ser até mais eh orgulhoso de ser brasileiro orgulhoso de ser e
eh da agricultura do Brasil porque a gente faz algo que pouquíssimo acho que ninguém faz eu entro nas conversas eu vejo meta de de empresa de de de petróleo para 2050 onde a gente tá hoje né eu tenho mais Floresta na nossa empresa do que alguns países do mundo então assim a gente precisa ter muito mais orgulho e bater de frente a e o governo brasileiro agora tem que faler o seguinte o Brasil é parte da solução não do problema então agora a gente tem que se posicionar agora eu acho que tem uma oportunidade pro
governo Lula e eu acho que ele vai abraçar essa causa sim então acho que vem um um bom ciclo pra agricultura brasileira para se posicionar então eu tô bem otimista eu não acho que que falta muita coisa não eu acho que a gente tem muita coisa a nosso favor e eu sou bem otimista que vai acontecer nos próximos anos Rafael não eu concordo com tudo que foi falado acho que o momento de fato é agora né Tem muita coisa acontecendo e o Brasil tem todas as condições de ser protagonista nesse processo eh do ponto de
vista descarbonização via biocombustíveis ou via vários outros e formatos aí na medida que o mundo de alguma maneira cria esses mercados todos de descarbonização né e o desafio é realmente o governo brasileiro fazer as alianças adequadas do ponto de vista eh internacional saber posicionar coisas como que o musa escreveu aqui sobre a nossa agricultura da maneira adequada lá fora reconhecer também os problemas que a gente tem que são né existem e e como que isso tá sendo eh combatido mas que não representam nem de longe a maioria da atividade eh Empresarial eh no no meio
do agronegócio brasileiro Então a gente tem muito mais coisa boa para mostrar eh do que coisa ruim para para para para debater então o Brasil tem tem um potencial enorme e o governo tem a oportunidade de fazer isso acontecer e e o apoio todo aí da inativa eh privada do ponto de vista de explicar Tecnicamente Como isso acontece né explicar eh como que a gente eh organiza as nossas cadeias produtivas para atender todos os anseios de certificação sustentabilidade que estão sendo colocados e que o Brasil tem Total condição de de participar então também vejo com
muito muito otimismo excelente pessoal Obrigada queria agradecer aqui ao Rafael Ricardo Tomás em nome do BTG obrigada aqui por terem participado obrigado
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