e não sejam todos mais uma vez bem vindos ao Instituto Hugo de São Vitor atendendo a pedidos feitos de indicação sobre livros que tratem de mitologia a primeira coisa é obviamente irmos aos originais não é irmos as próprias fontes e lermos tudo aquilo que nós consideramos como literatura grega antiga na mesma literatura Romana se nós lemos Homero ezildo a o teatro grego certo Eurípedes sófocles ésquilo se nós tivermos acesso a todos esses textos Aí sim né nós teremos uma boa formação dentro desse assunto mas obviamente não é não é nada impede até bastante aconselhável que
nós buscamos alguns comentaristas Alguns teóricos sobre esses um e o que eu aconselho é o nosso grande Vitória grupo aqui Vitória final mas biólogo brasileiro junito de Souza Brandão junito de Souza Brandão Zé foi professor universitário Brasil escreveu três monumentais volume sobre mitologia grega certo título da obra e mitologia grega em três volumes de junito de Souza Brandão estão ali vocês terão um bom um bom material para estudos aí por alguns por alguns anos não é um livro que eu já faz alguns anos já que nenhum lendo e relendo anotando certo porque é muita muita
informação que é qual que que há neste livro e ele realmente é um grande estudioso e a Kelly e esses três volumes do junito de Souza Brandão são trabalho assim de uma vida inteira de pesquisa e docência mas a infinitos né obviamente se forem ler e a teorias interessantíssimas comuna do próprio mirtha ele ate ele ate mito e realidade excelente certo é um livrinho pequeno acessível a em termos de quantidade certa em termos de fôlego Mas é uma linguagem um pouco mais difícil e os termos são muito mais profundos não é por ser que realmente
uma obra curta mas se o próprio junito de Souza Brandão se tá muito né E aí vamos lá Campbell e outros autores aí mais O importante mesmo é que nós conhecemos os textos originais e não há problema nenhum também e o tiveram acesso por outros meios certo o sujeito vai lá e ele se lembra de certas histórias de Centaurus a histórias envolvendo o Hércules ou qualquer coisa das literatura das leituras que ele fez quando criança com hummm hummm hummm Monteiro Lobato por exemplo versões adaptadas certo desenhos animados que ele tenha visto ou qualquer coisa assim
não há problema nenhum justamente porque a mitologia é uma coisa viva em certo sentido deve abrir hoje não é uma história que sai da cabeça de um autor Como é o Senhor dos Anéis por exemplo né mas ela é ela faz parte as suas variações as duas versões mais complexas e outras mais simples versões mais há de quê que são inspiradas ali De acordo com a circunstância na qual na qual esta versão foi composta e tal tudo isso faz conte variem as narrativas varias Fontes EA mitologia É isso mesmo jato e quando nós vamos ler
por exemplo um Shakespeare vamos ver Camões Vamos ler Cervantes Vamos ler Machado de Assis e veja essa de Queiroz qualquer autor por aí nós se encontrar inúmeras referências à mitologia a essa literatura antiga a essa religião antiga pagã e e é assim mesmo não é a nós lançamos mão da mitologia Assim como nós lançamos mão de qualquer outra palavra que é porque é assim que a nossa cultura se formou Como eu disse os mitos são símbolos certo e que são usados de forma bastante livre e os símbolos eles não tem uma precisão matemática né nem
mesmo símbolos da Matemática eles são precisam convencionais e tudo isso é tua realidade ela é sim bastante precisa mas a forma como eu simbolizado isso não não é tão precisa assim muito bem nós falamos então ontem sobre assim a génese do mundo não é na verdade falamos a Gênese dos Deuses desde a e são onde nós temos o Urano e Gaia depois nós temos a Saturno certo ou melhor Chronos e depois nós temos Deus que a domina todo o Olimpo e nós precisamos pensar também bem tudo bem aí nós temos todos esses deuses e tal
e o homem né onde entra o homem nessa nessa história há também diversas versões a mais conhecida é a de zildo também tanto na teogonia quanto no livro chamado os trabalhos e os dias e o homem certo é primeiramente como nós falamos sobre o homem o que é importante dizermos no mito sobre o homem primeiramente é que ele é diferente dos outros animais nós vemos os outros animais e nós percebemos que há uma diferença bastante Clara entre um cão um elefante uma formiga um gato e o homem o homem Ele é diferente de todos eles
o homem tem como que uma luz interna certo que ilumina e faz com que ele se lembre das coisas ele tem uma memória muito mais específica o homem Ele tem linguagem tudo isso pertence pertence ao homem o homem Ele tem tarefas bastante diferentes a dentro da sociedade não é não é nem todos os homens vivem a mesma vida certo a uns que executam certas tarefas se dedicam a certas profissões o ao homem ter personalidade diferente e tudo isso é o que isso como isso é possível e outra coisa né o homem Ele tem uma certa
saudades o tempo em que a situação era melhor isso tô isso é a coisa mais natural do mundo Todos nós né Nós pensamos assinar Naquele tempo era bom ou eu acho que a coisa poderia ser diferente do que ela realmente L homem ele é insatisfeito com seu estado atual de coisas ele percebe que poderia ser melhor ele antevê uma felicidade maior uma Felicidade Plena na verdade porque ele tem uma micro felicidade de momentos de felicidade e ele deseja que aquilo e esteja presente na sua vida de forma plena que o tempo todo seja assim e
aí ele percebe que este é um grande objetivo da vida não é porque eu não sou feliz da forma como o tempo todo da forma como eu fui ali naqueles pequenos momentos e êxito vai vai explicar é isso né ele vai dizer que existiu diversas gerações de homem né na verdade essas raças que foram aos poucos sendo a dizimados pelo por pelos deuses e que nós vivemos agora nós somos a raça dos homens de ferro ele usa metais não é equilíbrio quando dizem os homens de ouro ele não tá falando que os homens eram feitos
de ouro não os homens sempre foram de carne e osso mas ele compara a nobreza de todos os homens com a nobreza dos metais mais uma vez ele está usando esse simbolismo dos metais certo para comparar com a felicidade EA graça presente na vida humana então havia os homens de ouro e eram só homens não havia mulheres né E esses homens eles se dedicavam só a música e tudo viu em paz sem problema nenhum certo mas o que o O meu foi a cobiça não é por ter mais coisas e isso vai faz com que
ele ficou um pouco esses homens são dizimadas e Dão origem aos homens de prata que depois dão origem aos homens de bronze e que por fim serão os homens de ferro que somos nós todos na nós vivemos dessa quarta geração em termos de nobreza EA geração dos homens de ferro ou ainda não poder mais os nomes de ferro após a idade dos heróis aqui também eram da geração de ferro mas ele uma passagem entre o bronze para para o ferro e o q e o nosso problema é que nós queremos voltar a ser esses homens
de ouro nós temos assim herdado a em nós Essa visão de uma vida mais plena certo de uma vida de Felicidade Plena como era felicidade daqueles homens de ouro porque não em todo mundo lá o desejo de felicidade e ninguém pode desejar aquilo que não conhece então é óbvio que nós se em algum momento já conhecemos essa felicidade e esse momento foi quando a nobreza humana era semelhante a nobreza do metal ouro mas muito bem e essa é uma das explicações certo é uma das narrativas que ela é bastante semelhante com a narrativa de diversas
outras culturas inclusive com a narrativa mas da nossa própria Cultura né quando a gente pega um filmezinho que nem aquele do Woody Allen meia-noite em Paris é isso o que acontece né o sujeito ele vive na ali nos anos 90 alguma coisa assim mas ele queria viver nos anos 20 porque lá assim eu tinha muitos artistas e escritores e tal era uma vida muito cheia não é muito ativa em termos de arte era muito vivo a cultura e tal lá e o sujeito Vai para os anos 20 mas lá está todo mundo muito indignado né
E por que todo mundo gostaria de ter vivido na pele pop E aí na Belle époque todo mundo gostaria de ter vivido não iluminismo e no Iluminismo todo mundo gostaria de ter vivido na Renascença certo e assim e assim a coisa vai pessoal em época anterior houve uma época em que nós éramos felizes hoje em dia estamos de caído né comparando a forma melhor de contar isso aí né essa saudade que nós temos de um tempo de plenitude e felicidade é a forma do Gênesis que o cujo discurso não é por mais que tenha sido
divinamente revelado também é de forma é um discurso poético mitológico a em termos de estrutura de linguagem tudo isso tá não se difere em nada e a pela simplicidade é é o que faz com que talvez mais atrai a todos a leitura de um texto como Gênesis Que também está tratando disso logo nos primeiros Capítulos certo onde diz assim o Não não é que houve uma época em que o homem já foram mais nobre feliz não foi o primeiro homem e se não o primeiro homem EA primeira mulher Eles foram os únicos que tiveram a
felicidade de forma plena e eles não é nós pela sua desobediência nós não conseguimos mais atingir essa Plenitude nós já vivemos um paraíso assim mais ou menos como os homens da Idade de Ouro a e o que nós achamos aqui nós olhamos para trás e ver os nossos a Poxa como era legal aquela época e tal no fundo é nós estamos olhando para o primeiro homem certo é para a primeira pessoa do ser humano que pisou nessa terra ele já caiu e é por isso que nós temos essa ferida já e todos nós né a
ferida que nós chamamos de pecado original da linha a tendência é sempre irmos caindo né Isso é algo presente em várias culturas na sempre escrito de forma a mitológica sempre escrito de forma poética mas muito bem então a todos esses todos esses homens e que por estarem já tenho pedido muito a sua nobreza e muita dificuldade estão vivendo praticamente como bichos mas Eis que um deus da geração de uma geração anterior ainda a Deus né um Titã que é prometeu quem quer ajudar o homem certo quero ajudar o homem a elevar-se desse se o estado
de decadência e rouba o fogo dos Deuses entrega para o homem essa é uma versão bastante simplificada há versões que dizem que o homem já tinha o fogo mais Deus por lindo prometeu por Ele ter feito no kuni do homem por ele terá obedecido a aprendido qualquer coisa e prometeu né ele te Retiro vou prometeu vai lá e rouba e entrega para o homem de novo né mas o que que é o fogo não é bom a gente pode ler num nível bastante simples assim dizer bom fogo é extremamente necessário ali para a vida não
é para cozinhar os alimentos para se defender e não seguir mais um símbolo maior de se fogo é o símbolo de luz é o símbolo é o símbolo de calor é o símbolo da Inteligência certo é isso que faz com que o homem seja racional já que o é bem mais nada ele precisa de algo que faça a diferença enquanto os outros certo os outros animais têm presas os outros animais têm garras tem diversas a diversos atributos físicos o homem não tem nada ele só conta com a sua inteligência e Vejam Só que ela é
algo que está presente somente nos seres imortais não fogo L é exclusivo dos seres Imortais lá dos habitantes do Olimpo mais um desses Aquele é habitantes do olimpo é mais um Deus um ser também Imortal rouba esse fogo né e retira dessa dos seres Imortais e entrega para o homem que é este ser mortal né isso faz com que outras versões do mito de prometeu digam que na verdade o que ele fez foi realmente ensinar a as Bom dia ciências e tudo isso para para o homem né inclusive esse mologia da palavra que é bastante
discutida não é mas é pro matem e ele seria assim antes de do aprendizado não o prometeu E aí depois do epimeteu que é o pós aprendizado isso não é fácil com que o prometeu seja se uma Providência seria a s a tradução Latina não é o providente aquele que prover as coisas a para o para o homem sabe que ensina antes um e tem essa toda essa essa ideia também na própria etimologia da palavra prometeu você tá também outras outras versões que diz que prometeu é o próprio criador do homem né que eu faço
do barro e tudo isso não é isso aí também está bastante presente na cultura em toda a cultura indo-europeia não é essa ideia do homem ter sido criado a partir da Terra a partir do barro e depois aparece também nas culturas semitas na principalmente no Egito e Por conseguinte também na cultura Hebraica também aparece no Genesis aparece nas sagradas escrituras Mas enfim isso é um homem EA mulher não é a mulher já que o homem tem o fogo ela é enviada por Deus para o homem como um castigo já essa é a visão do ezildo
a principalmente e essa versão passa passa por aí não é ela passa adiante como sendo a mais a mais aceita assim mas a mulher enviada para o homem como um castigo né então com alguém que vai que com quem alguém por ter um homem terá uma atração à estará preso a essa atração é até alguém porque o homem vai se apaixonar vai sofrer por aquilo Porque apaixonar sinaí amar é sofrer é alguém que estará ali e que precisará ser sustentada pelo pelo trabalho do próprio do próprio homem certo e leva junto consigo uma bolsa ou
uma caixa depende também muito da versão mas que foi na bastante Foi bastante Claro quando antes de ser enviada para o o a minha mulher a pandora e que ela não poderia nunca Abrir aquela caixa mas como toda mulher é curiosa ela acaba abrindo e dali saem todos os males do mundo a versão que inclusive aparece aqui em lendas indígenas no Brasil na gente que nunca teve contato nenhum com a cultura grega mas a Boiuna a certas narrativas que envolve a boiúna que essa cobra amazônica certo e que também foi lá história de um coco
que escurecia que não poderia ser aberto mas eles que abrem ele acaba escurecendo toda toda a terra certo é também algo semelhante parece ter o mesmo arquétipo dispor mais não tenha sido influenciado E por que que essas histórias se parecem não é porque às vezes nós temos aí versões de mitos gregos que tem alguma coisa parecida aqui na América certo indígena EA tem coisas para e no antigo testamento E por aí afora porque a realidade é uma só e o homem Ele é irmão dos outros certo a gente tem a mesma capacidade cognitiva a gente
e os mesmos sentidos externos e normalmente concebe as coisas de forma muito parecida de forma arquetípica ou seja tem um arquétipo primordial uma forma um tipo primordial sobre o qual nós vamos espelhar e vamos ir um tipo que nós vamos usar para entender as outras coisas então assim falar de uma época antiga Dourada os anos de ouro ela expressão que a gente usa até hoje perto isso é comum em todas as culturas nós sempre falamos disso porque porque todo homem ele percebe que já existiu e antes dele algo de melhor um tempo de felicidade perfeita
e plena o Nós estudamos um pouquinho de história ouvimos as histórias dos nossos avós simplesmente a gente acha que é aquela época e não consegue algo mais além disso certo agora se o teu avô contar a história do avô dele dizendo que naquela época assim era a melhor daí então nós vamos na indo cada vez mais longe aí nós chegamos a esse tipo de narrativa deve que de algum sentido para esse invisível sentimentos resto é isso é possível a algo interno algo perceptível assim como eu percebo as cores as texturas nos cheiros os o gosto
da o paladar das coisas tudo isso eu percebo mas eu também percebo dentro de mim certas coisas que estão ali Oi gente eu preciso dar alguma explicação para isso e em linguagem poética que a primeira de todas as linguagens isso será um mito pode ser o mito da criação mesmo do homem e queda por desobediência expulsão do Paraíso teto pode ser as idades das raças de ouro prata bronze e ferro de ezildo pode ser muitas outras coisas mas eu preciso ter uma narrativa que me ajude a primeiramente falar desse sentimentos senão eu não tenho bem
como expressá-lo de forma de forma alguma e depois se os psicólogos e os psiquiatras os psicanalistas conseguiram muitos milênios mais tarde tratar isso como é um fenômeno psíquico certo é porque Nós já tínhamos muitos séculos e milênios de História mitológica de poesia para falar dessas dessas mesmas