Homem exigiu que idosa humilde descesse do ônibus de viagem porquê “algo estava cheirando mal...

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Emoção Diária
"Um homem bem-sucedido e arrogante cruza o caminho de uma mulher idosa durante uma viagem de ônibus ...
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homem exigiu que idosa humilde descesse do ônibus de viagem porque algo estava cheirando mal o vento da manhã trazia um leve frio cortando as ruas da pequena cidade interiorana Dona Lourdes uma mulher de 72 anos vestia seu velho casaco de lã que mesmo gasto ainda a protegia do frio ela estava sentada na beira da cama observando o silêncio da casa há muitos anos a casa que antes fora cheia de vida com risadas de filhos e netos agora era um espaço de memórias e solidão levantou-se devagar cada movimento calculado por conta das Dores constantes nas costas
ela precisava ir à capital não gostava de incomodar os outros Mas aquela consulta médica não podia ser adiada a saúde já não era a mesma e as dores no peito lhe traziam uma angústia silenciosa algo que ela preferia guardar para si Pegou sua bolsa surrada cheia de documentos antigos e partiu em direção à rodoviária para a capital enquanto esperava pelo ônibus observou a movimentação ao redor não tinha pressa nunca teve a vida lhe ensinou a ser paciente na sua cabeça os pensamentos eram uma mistura de passado e presente o falecido marido os filhos que raramente
a visitavam e a sensação de que sua vida tinha se tornado um fardo ainda assim havia uma chama dentro dela uma fé que apesar de tudo lhe fazia acreditar que dias melhores poderiam vir no outro lado da rodoviária Rodrigo chegou apressado um homem que viajava constantemente a negócios na faixa dos 45 anos cujo rosto sério e bem barbeado não escondia a impaciência vestia um terno bem alinhado e um Smart watch no pulso olhava ao redor como se não pertencesse àquele lugar que tipo de gente ainda anda de ônibus zenia murmurou consigo mesmo irritado por ter
que pegar um ônibus de viagem ele só andava de carro mas naquela viagem de última hora de trabalho era necessário que ele abrisse uma exceção pois seu carro estava na oficina e com isso a ideia de viajar em um ônibus simples o incomodava profundamente ao entrar no veículo Rodrigo logo notou Dona Lourdes sentada em um dos bancos da frente ele a olhou com desdém passando por ela sem sequer lhe dar um olhar de consideração sentou-se a poucos bancos de distância mal percebendo que em breve aquele encontro mudaria o rumo de suas vidas conforme o ônibus
seguia seu caminho pelas rodovias Rodrigo Começou a sentir algo estranho um cheiro desagradável pairava no ar ele mexia desconfortável no banco ajeitando seu terno Slim seu rosto se fechando em uma expressão de desagrado não é possível murmurou olhando ao redor com desprezo o cheiro parecia vir de algum lugar próximo Rodrigo olhou para a frente e viu Dona Lourdes quieta com as mãos mãos apoiadas no colo o olhar perdido pela janela imediatamente uma conclusão lhe veio à mente Deve ser ela ele resmungou incapaz de suportar o desconforto Cutucou o passageiro ao lado um jovem rapaz que
tentava dormir você está sentindo esse cheiro Rodrigo perguntou fazendo uma careta Hã o rapaz olhou para ele confuso não sei do que você tá falando Rodrigo bufou irritado com a falta de percepção do outro passageiro o cheiro estava ficando mais forte e ele já não aguentava mais impaciente levantou-se de Seu banco e caminhou até o motorista ignorando os olhares curiosos dos outros passageiros Motorista tem algo errado aqui disse a voz carregada de arrogância tem um cheiro insuportável neste ônibus eu não paguei para viajar assim o motorista olhou pelo retrovisor confuso cheiro não senti nada senhor
pois eu estou sentindo e é horrível Rodrigo respondeu elevando o tom de voz tem alguém aqui que não deveria estar nesse ônibus não dá para viajar assim os passageiros começaram a se entreolhar desconfiados Dona Lourdes ao ouvir a voz alta franziu o rosto em preocupação mas permaneceu em silêncio ela não queria chamar atenção Rodrigo impaciente olhou diretamente para ela deve ser aquela senhora ali apontou sem qualquer pudor o cheiro vem de lá como é que pode deixar uma pessoa viajar nessas condições Dona Lourdes que até então estava quieta virou-se lentamente ao ouvir as palavras de
Rodrigo ela o encarou com um olhar de confusão e dor não sabia do que ele estava falando mas a humilhação a atingiu como uma faca o senhor está falando de mim perguntou com a voz trêmula pois é claro que estou o cheiro vem daí Isso é um absurdo como é que a gente pode viajar assim o ônibus ficou em silêncio alguns passageiros começaram a coxixar entre si enquanto outros olhavam para Rodrigo com reprovação o motorista tentou intervir senhor Talvez Seja algum problema no ar-condicionado ou ar condicionado Rodrigo interrompeu exasperado isso não tem nada a ver
com o ar o cheiro vem dela ela precisa sair Dona Lourdes olhou para os lados sem entender suas mãos tremiam o coração acelerado nunca imaginou passar por uma situação como Aquela tentou falar mas as palavras não saíam sentia-se pequena impotente Diante Do olhar acusador de Rodrigo eu eu não sei do que o senhor está falando murmurou com a voz embargada não sou eu eu Rodrigo cruzou os braços impaciente claro que é você ou você acha que eu tô inventando isso não vou viajar assim motorista essa senhora tem que descer o motorista moral pressionado parou o
ônibus no acostamento ele sabia no fundo que aquilo não estava certo mas o olhar insistente de Rodrigo e a pressão dos outros passageiros o fizeram hesitar Na verdade o motorista havia recebido suborno cerca de R 200 de Rodrigo para fazer Dona Lourdes descer e Dona Lourdes viu tudo Dona acho que a senhora vai ter que descer disse o motorista com pesar na voz Dona Lourdes sentiu uma onda de vergonha eu Dona Lourdes olhou para os lados sem entender suas mãos tremiam o coração acelerado a não sabia o que fazer sua mente estava em turbilhão descer
sozinha no meio da estrada a confusão era imensa mas a dor era ainda maior lentamente ela se levantou do banco as pernas tremendo antes de descer ela olhou uma última vez para Rodrigo seus olhos cheios de lágrimas não derramadas encontraram os dele o senhor não sabe o que está fazendo sussurrou com a voz rouca de tristeza Rodrigo não respondeu apenas a encarou com frieza convencido de que estava certo Dona Lourdes desceu do ônibus o coração apertado o veículo seguiu viagem deixando-a sozinha à beira da estrada com sua bolsa surrada nas mãos e a sensação de
que o mundo mais uma vez havia lhe virado as costas o ônibus já havia se afastado desaparecendo no horizonte da estrada vazia enquanto Dona Lourdes permanecia ali sozinha encarando o vazio as lágrimas que antes resistiam agora escorriam pelo seu rosto enrugado o peso da humilhação caía sobre seus ombros como uma carga insuportável e a sensação de abandono apertava seu coração cada segundo naquela Estrada parecia uma eternidade ela olhou para a estrada sentindo a poeira subir com o vento misturando-se ao cenário desolador à sua frente não sabia o que fazer o dinheiro era pouco mal tinha
para outra passagem e a cidade mais próxima ainda estava distante além disso havia a consulta médica que naquele momento parecia cada vez mais impossível de acontecer seus pensamentos eram um turbilhão de medo vergonha e uma tristeza avassaladora lá no ônibus Rodrigo continuava sua viagem completamente alheio à dimensão do sofrimento que causara ele se ajeitou no banco agora satisfeito por ter resolvido o problema cruzou os braços fitando a estrada à frente com indiferença Era só o que faltava uma pessoa dessas atrapalhando a viagem resmungou voltando sua atenção para o celular onde as notificações de trabalho e
mensagens se acumulavam os filhos agora adultos estavam distantes cada um seguindo seu próprio caminho eles raramente ligavam e visitas eram ainda mais raras nos momentos de maior solidão ela se pergunt onde havia errado o que mais poderia ter feito por eles como é que eu cheguei a esse ponto sussurrou para si mesma com lágrimas escorrendo lentamente Mas aos poucos algo dentro dele começou a incomodá-lo uma inquietação silenciosa que de início ele ignorou tentou se concentrar nas mensagens de negócios mas a memória do Olhar de Dona Lourdes antes de descer do ônibus o perturbava aqueles olhos
marejados cheios de dor e confusão começaram a assombrá-lo Rodrigo Balançou a cabeça tentando afastar a imagem de sua mente eu estava certo Pensou ela estava incomodando e eu fiz o que tinha que ser feito no entanto por mais que tentasse se convencer algo o impedia de esquecer o que havia acabado de acontecer as palavras da senhora ecoavam em sua mente o senhor não sabe o que está fazendo a viagem seguia mas Rodrigo não conseguia encontrar paz lançava olhares furtivos para os outros passageiros como se buscasse confirmação de que eles também o apoiavam que ele estava
certo alguns cochichavam entre si mas a maioria permanecia em silêncio evitando contato visual mais atrás uma mulher aproximadamente na casa dos 50 anos coava discretamente com o marido visivelmente desconfortável com o que tinha presenciado você viu aquilo ela sussurrou indignada como Como pode um homem fazer uma coisa dessas com uma senhora daquela idade é foi horrível o marido respondeu com uma expressão de descontentamento Mas você conhece esse tipo de gente acha que pode fazer o que quiser só porque tem dinheiro a mulher olhou para Rodrigo com um misto de reprovação e pena algo naquela situação
não parecia certo ela sentiu vontade de intervir mas como muitos permaneceu em silêncio deixando que a situação se desenrol asse sem seu mento às vezes é mais fácil não se meter pensou ainda que algo dentro dela clamasse por Justiça enquanto isso Dona Lourdes à beira da estrada respirava fundo tentando recuperar o pouco de dignidade que ainda lhe restava sabia que ficar parada ali não resolveria nada com passos lentos e Dolorosos começou a Caminhar pela estrada esperançosa de que talvez um carro ou outro ônibus pudesse passar seu corpo doía não apenas pelas dificuldades da idade mas
pelo peso do sofrimento que carregava enquanto caminhava seus pensamentos a levavam de volta ao passado lembrava-se das muitas batalhas que já havia enfrentado perder o marido cedo criar os filhos sozinha trabalhar como costureira até os dedos doerem e mesmo assim nunca ter tido uma vida fácil aquela humilhação pública reabria feridas antigas que ela tentava esconder sentia-se pequena impotente como se todo o valor que construíra ao longo da vida tivesse sido arrancado por um simples gesto de arrogância enquanto isso no ônibus Rodrigo tentava em vão encontrar conforto ele continuava a se mexer inquieto no assento e
por mais que tentasse se concentrar em seus compromissos de trabalho os pensamentos sobre o que havia feito com a senhora o consumiam era como se uma parte de sua mente não conseguisse aceitar o que acontecera um jovem passageiro sentado próximo a Rodrigo que havia ficado calado durante o incidente finalmente decidiu se manifestar ele não era do tipo que gostava de confusão mas não conseguia mais se conter você acha que fez o certo perguntou olhando diretamente para Rodrigo Rodrigo levantou os olhos surpreso com a pergunta Inesperada do que você está falando respondeu em um tom defensivo
a senhora que você fez descer você acha mesmo que era culpa dela o jovem continuou sem se intimidar Rodrigo hesitou por um momento sem saber como responder ele abriu a boca para dizer algo mas foi interrompido eu vi a cena toda você mal deu a chance dela se explicar ela parecia tão assustada sabe minha mãe tem a mesma idade dela eu só fiquei pensando em como eu me sentiria Se alguém fizesse isso com a minha mãe o jovem disse com uma sinceridade que atingiu Rodrigo como um S Rodrigo pela primeira vez não soube o que
dizer ele desviou o olhar tentando encontrar alguma justificativa mas a verdade era que não tinha nenhuma eu não tinha pensado nisso murmurou com a voz mais baixa do que o normal eu só queria que o cheiro parasse Talvez o cheiro nem fosse dela o jovem retrucou em tom grave mas mesmo que fosse ela merecia ser tratada assim aquelas palavras ecoaram no fundo da mente de Rodrigo o desconforto crescia dentro dele começava a perceber que talvez tivesse cometido um erro terrível mas o orgulho ainda era grande demais para admitir o ônibus seguia sua viagem mas o
peso da culpa e do arrependimento começava a se acumular sobre Rodrigo como uma sombra que ele não conseguia afastar a estrada era solitária e o sol forte castigava o corpo cansado de Dona Lourdes suas pernas tremiam o cansaço era quase insup estável e a pequena mala que carregava parecia pesar uma tonelada a cada passo a humilhação recente se repetia em sua m como uma cena de pesadelo da qual não conseguia escapar o calor do asfalto subia aos poucos aumentando ainda mais a sensação de sufoco ela já não sabia se conseguiria chegar à cidade grande foi
nesse momento quando já pensava em desistir e se sentar novamente à beira da estrada que um carro Gol quadrado passou lentamente por ela o veículo estava indo devagar mas ainda dentro do limite da estrada no banco da frente Antenor um homem de 50 anos dirigia calmamente Enquanto sua mãe dona Maria de 70 observava a paisagem ao lado eles estavam indo para a cidade visitaram o irmão de Antenor e na lentidão do trajeto tiveram tempo para conversar e olhar ao redor olha mãe disse Antenor em tom de brincadeira olhando para o lado uma senhora igualzinha a
você será que ela tá indo pra cidade também Dona Maria que tinha um olhar atento e o coração sempre disposto a ajudar imediatamente percebeu a gravidade da situação pare o carro agora Antenor pediu ela com firmeza olha só ela tá carregando uma mala pequena e parece Exausta vamos ver se precisa de ajuda Antenor obedeceu sem hesitar parou o carro no acostamento e desceu junto com sua mãe dona Maria pegou uma garrafa de água que tinham levado para a viagem e ambos caminharam em direção a Dona Lourdes o calor era intenso mas a preocupação deles falava
mais alto a senhora está bem perguntou Antenor com uma expressão de gentileza enquanto Dona Maria se aproximava com a garrafa de água Dona Lourdes surpresa pela abordagem segurou as lágrimas que ameaçavam descer mais uma vez com a voz embargada tentou explicar o que havia acontecido eu eu começou sentindo o peso da humilhação novamente fui humilhada colocada para fora do ônibus por um homem jovem o motorista nem sequer fez nada este homem infeliz subornou o motorista para ele me fazer descer Como pode o motorista me chamou para conversar do lado de fora do ônibus e disse
que eu precisava me acalmar e me deu minhas coisas e quando eu percebi ele subiu no ônibus e partiu me deixou aqui a emoção na voz de Dona Lourdes era inegável e Antenor e Dona Maria trocaram olhares de incredulidade e ninguém fez nada perguntou Dona Maria chocada ninguém interveio Dona Lourdes Balançou a cabeça lentamente e explicou toda a cena descrevendo detalhadamente como era o homem que a humilhar não ninguém disse nada fiquei aqui sozinha sem saber o que fazer respondeu com a voz quase um sussurro Antenor suspirou profundamente indignado com a situação ele pegou a
garrafa de água que sua mãe havia trazido e a abriu oferecendo à senhora beba um pouco por favor disse ele com gentileza a senhora precisa se hidratar para onde a senhora estava indo mesmo Desculpe sou meio esquecido Dona Lourdes tomou um gole da água sentindo o alívio imediato no corpo cansado então com voz trêmula explicou tava indo pro hospital consegui uma consulta depois de 8 meses de espera preciso chegar lá hoje mas agora nem sei como depois ia procurar uma pensão para ficar Dona Maria sempre prática e acolhedora não hesitou se a senhora quiser pode
ficar naa do meu fil Estamos indo visitar o irmão dele que mor na cidade não precisa se preocupar com pensão Dona Lourdes piscou algumas vezes atordoada pela oferta Inesperada a senhora está falando sério perguntou com um brilho de esperança nos olhos Claro que sim respondeu Dona Maria sorrindo calorosamente a senhora não vai ficar sozinha nessa situação pode confiar na gente Antenor assentiu reforçando a oferta da mãe vamos Dona Ainda temos um bom caminho pela frente mas esse trecho da estrada tá quente demais para ficar andando a gente te leva até a cidade e se precisar
te deixamos no hospital Dona Lourdes tomada por um misto de alívio e emoção não conseguiu segurar as lágrimas dessa vez mas dessa vez elas não eram De Humilhação e sim de gratidão a bondade Inesperada de Antenor e Dona Maria lhe devolvia um pouco da fé que tinha perdido ela subiu no carro e enquanto o Gol quadrado seguia a viagem pela estrada Dona Lourdes sentiu que de alguma forma havia encontrado um pouco de esperança no meio do Caos dois dias haviam se passado desde o incidente na estrada Dona Lourdes já acomodada na casa simples porém acolhedora
do irmão de Antenor começava a recuperar um pouco de sua força e ânimo a recepção calorosa de Antenor e Dona Maria que tinham feito questão de levá-la ao hospital para sua consulta renovava sua esperança os exames correram bem e embora houvesse ainda muita preocupação com sua saúde pelo menos aquele Capítulo da viagem parecia estar resolvido ela estava sentada no sofá da sala de est olhando através da janela a visão da cidade grande lhe trazia um misto de sentimentos era uma vida diferente um ritmo muito mais rápido do que o que estava acostumada em sua pequena
cidade interiorana o barulho dos carros as luzes as pessoas apressadas Dona Lourdes sentia que não pertencia à aquele mundo mas ali naquela casa encontrou um abrigo temporário um lugar onde Poderia se recompor antes de seguir com seu próximo passo a gratidão por Antenor e Dona Maria só aumentava especialmente pelo cuidado e a generosidade que mostraram Enquanto isso a vida de Rodrigo tomava um rumo inesperado ao chegar em casa após a viagem de trabalho Rodrigo recebeu uma ligação urgente de sua irmã mais velha a notícia não era boa o irmão deles com quem Rodrigo tinha perdido
contato há anos estava gravemente ferido após um acidente de carro o choque foi imediato Rodrigo que sempre colocou o trabalho e o sucesso financeiro acima de tudo não via o irmão desde que os negócios o levaram para longe de sua cidade natal ele ficou em silêncio ao telefone processando a notícia enquanto a culpa e a ansiedade começavam a tomar conta dele você precisa vir o mais rápido possível Rodrigo insistiu sua irmã ao telefone ele pode não ter muito tempo precisamos resolver as pendências familiares se você quiser vê-lo antes que seja tarde A Hora é Agora
Rodrigo desligou o telefone com a mão tremendo de repente tudo o que parecia tão importante os negócios os compromissos os eventos sociais desapareceu de sua mente era como se a vida estivesse forçando-o a olhar para o que realmente importava ele sabia que não podia fugir dessa vez o peso das decisões passadas do afastamento e da falta de contato com sua família caía sobre seus ombros dois dias depois Rodrigo estava a caminho da cidade onde cresceu uma viagem que ele jamais imaginaria fazer sob essas circunstâncias com seu carro amarelo consertado ele avançava pela mesma estrada em
que dias antes ele havia deixado Dona Lourdes para trás mas agora a sensação era outra algo dentro dele já não era o mesmo a culpa que sentia pelo que havia feito com a senhora no ônibus o atormentava mesmo que tentasse racionalizar suas ações algo lhe dizia que tinha agido errado muito errado o silêncio no carro era pesado Rodrigo tentava se concentrar na estrada mas a imagem de Dona Lourdes não saía de sua mente seus olhos cansados sua voz tremida o olhar de profunda tristeza quando foi obrigada a descer do ônibus ele suspirou fechando os olhos
por um breve momento preciso acertar isso murmurou para si mesmo a viagem parecia interminável cada quilômetro rodado aumentava a ansiedade e a dor que ele sentia ao pensar na situação do irmão ele sabia que a distância que mantivera da família não poderia ser resolvida em uma simples visita mas ainda assim a ideia de reconectar-se com suas raízes trazia um sentimento de urgência tudo o que ele havia negligenciado durante os anos de obsessão Pelo sucesso estava agora batendo à sua porta ao se aproximar da cidade Rodrigo notou que o cenário familiar começava a surgir à sua
frente as ruas que um dia foram tão conhecidas agora pareciam estranhas era como se ele fosse um estranho em seu próprio passado o estômago apertava e ele mal podia acreditar que estava prestes a reencontrar pessoas que há muito tempo não via enquanto Rodrigo se aproximava Dona Lourdes tentava retomar sua rotina naquela manhã ela decidiu sair para caminhar pelo bairro respirar o ar da cidade e pensar nos próximos passos ainda estava confusa sobre o que o futuro lhe reservava mas Mas sabia que precisava encontrar um caminho as lembranças do que havia passado no ônibus a perseguiam
mas ela tentava seguir em frente Grata pela ajuda que havia recebido caminhar lhe trazia um pouco de paz no entanto o destino tinha outros planos para Rodrigo e Dona Lourdes enquanto caminhava por uma rua movimentada Dona Lourdes parou diante de uma padaria observando a vitrine com pães frescos aquele aroma familiar lhe trouxe uma pequena lembrança de casa estava prestes a entrar quando do outro lado da rua avistou um carro bem chamativo que chamou muito sua atenção de cor amarela que parou no semáforo quando olhou para o motorista viu quem era era Rodrigo ele estava lá
parado os olhos fixos na estrada completamente alheio ao fato de que a senhora que havia humilhado dois dias antes estava a poucos metros dele Rodrigo não a viu ele estava preso em seus próprios pensamentos ansioso para chegar à casa do irmão mas Dona Lourdes o reconheceu seu coração deu um salto e por um momento ela ficou paralisada o que ele estaria fazendo ali na mesma cidade ela não sabia o que sentir raiva tristeza medo o passado recente voltava à tona com uma força avassaladora ela desviou o olhar rapidamente Como se quisesse desaparecer da cena não
queria ser vista não queria lembrar de tudo o que havia acontecido mas a sensação de que algo mais estava por vir era palpável a cidade grande que parecia ser apenas um ponto de passagem para ela estava agora se tornando o cenário de um reencontro que mudaria tudo o céu começava a se tingir de tons laranja e vermelho quando Rodrigo Finalmente chegou à casa de sua irmã o coração dele batia acelerado e a sensação de urgência se misturava ao medo de confrontar o irmão alguém com quem tinha perdido contato por tanto tempo ao abrir a porta
Foi recebido por um abraço apertado de de sua irmã cujas lágrimas silenciosas falavam mais do que qualquer palavra ele está muito fraco Rodrigo disse ela tentando controlar a voz mas ainda está consciente quer muito te ver Rodrigo assentiu com o coração pesado cada passo em direção ao quarto Parecia um desafio ao entrar Viu seu irmão deitado pálido e muito diferente do homem forte e determinado que lembrava o silêncio entre eles era denso carregado de emo não ditas de anos de distância e arrependimento eu demorei muito murmurou Rodrigo aproximando-se da cama seu irmão abriu os olhos
com dificuldade e um leve sorriso surgiu em seu rosto nunca é tarde demais respondeu ele com a voz fraca mas firme aquelas palavras atingiram Rodrigo como um soco ele que sempre se orgulhou de sua força e Independência agora se via pequeno diante da fragilidade da vida e da aproximação da morte o tempo que desperdiçar as decisões erradas que tomou ao priorizar o sucesso acima de tudo agora pesavam como uma carga impossível de carregar enquanto Rodrigo lidava com a dor familiar do outro lado da cidade Dona Lourdes continuava com sua vida temporária na casa do irmão
de Antenor a generosidade deles a ajudava a se recompor mas no fundo ela ainda se sentia deslocada o sentimento de Humilhação recente ainda estava vivo em sua mente e a presença de Rodrigo na mesma cidade a deixava inquieta mesmo que ela tivesse conseguido evitá-lo naquele breve encontro Visual na rua no dia seguinte Antenor e Dona Maria insistiram para que Dona Lourdes os acompanhasse a uma pequena reunião na igreja local queriam levá-la para se distrair um pouco e sentir-se parte da comunidade Apesar de sua hesitação Inicial ela aceitou o convite precisava sair respirar Novos ares e
quem sabe começar a reconstruir sua paz interior a igreja estava cheia e Dona Lourdes sentada ao lado de Dona Maria sentiu-se confortável com o ambiente acolhedor no entanto mal sabia ela que o destino tinha planos muito maiores para aquela noite do outro lado da igreja Rodrigo entrou acompanhado de sua irmã o semblante abatido os olhos distantes mas o coração carregado de culpa e arrependimento ele procurava um momento de paz uma chance de ir sobre tudo o que estava passando com o irmão ao entrar os olhos de Rodrigo varreram o ambiente em busca de um assento
e foi nesse instante que ele a viu Dona Lourdes sentada a alguns bancos de distância com seu olhar calmo mas carregado de uma força silenciosa ela parecia estar em paz o impacto da Visão foi imediato Rodrigo parou no meio do Corredor como se o tempo tivesse congelado era ela a senhora que ele humilhou e abandonou a beira da estrada o peso do arrependimento caiu sobre ele como um manto sufocante por um momento Rodrigo pensou em sair em evitar o confronto que parecia inevitável mas algo o fez continuar ele não podia mais fugir não depois de
tudo o que tinha vivido nos últimos dias com passos hesitantes ele caminhou em direção a Dona Lourdes sem saber ao certo o que dizer ou como começar cada passo parecia ecar mais alto do que o anterior Dona Maria que achou o homem parecido com a descrição que Dona Lourdes havia dado na hora em que contou sobre o relato da humilhação foi a primeira a notar a aproximação dele ela franziu o testa sem entender o que estava acontecendo Antenor aquele homem não parece com o homem que Dona Lourdes descreveu aquele que causou todo o problema a
ela sussurrou ela apertando o braço do filho Antenor se virou encarando Rodrigo com uma expressão de descrença mas antes que ele pudesse fazer algo Rodrigo já estava em pé diante de Dona Lourdes ela ergueu os olhos e seus olhares se encontraram O silêncio que se seguiu foi carregado de Emoções Profundas a senhora me perdoe começou Rodrigo com a voz falhando eu eu não sabia quem a senhora era não sabia o que eu estava fazendo Dona Lourdes o encarou por um longo momento seus olhos refletindo a dor de uma vida inteira mas também algo mais uma
compreensão silenciosa do peso da humanidade dos erros que todos cometem não se trata de quem eu sou respondeu ela com a voz baixa mas firme trata de como gente escolhe trat out a vidaem estamos para aod senu as palavas Dea Lourdes penetrarem supr acredit o sucesso o taria imune falhas humanas mas agora percebia o quão frágil era diante de uma verdade tão simples eu fui arrogante cego continuou ele com a voz embargada Eu nunca parei para pensar no outro no sofrimento que eu estava causando e o que eu fiz com a senhora foi imperdoável Dona
Lourdes respirou fundo fechando os olhos por um breve instante ela ainda sentia a dor da humilhação mas havia algo em Rodrigo que a fez refletir aquele homem estava quebrado não apenas pelas circunstâncias mas por uma vida inteira de escolhas que o afastaram de sua própria humanidade ela olhou ao redor notando que algumas pessoas na igreja começavam a prestar atenção na conversa Dona Lourdes Então disse com serenidade aqui neste lugar sagrado devemos manter o silêncio vamos lá fora conversar é melhor para nós dois Rodrigo concordou Grato pela sugestão ele também sabia que o que tinha para
dizer não deveria perturbar a atmosfera da igreja com passos silenciosos saíram da igreja sentindo o ar fresco do lado de fora a praça estava tranquila iluminada pelas luzes suaves dos postes eles pararam um de frente para o outro prontos para o confronto emocional que estava prestes a acontecer Rodrigo tomou a iniciativa eu fui arrogante cego continuou ele com a voz embargada Eu nunca parei para pensar no outro no sofrimento que eu estava causando e o que eu fiz com a senhora foi imperdoável Dona Lourdes respirou fundo fechando os olhos por um breve instante ela ainda
sentia a dor da humilhação mas havia algo em Rodrigo que a fez refletir aquele homem estava quebrado não apenas pelas circunstâncias mas por uma vida inteira de escolhas que o afastaram de sua própria humanidade o perdão é uma escolha difícil disse ela olhando diretamente nos olhos dele não sei se estou pronta para perdoar o que você fez foi muito duro mas talvez o tempo me ajude a encontrar a resposta o silêncio voltou a pairar entre os dois Rodrigo olhou para ela entendendo que o perdão não era algo que poderia ser exigido ele teria que lidar
com a culpa com a necessidade de Reconstruir sua própria dignidade enquanto ambos refletiam sobre aquele momento a irmã mais velha de Rodrigo Entrou na conversa deles dois espera um pouco disse ela encarando Dona Lourdes com um olhar de surpresa crescente a senhora Eu conheço a senhora não foi você que ajudou a cuidar de nós quando éramos crianças mamãe sempre falava de você Rodrigo arregalou os olhos o choque se misturando à confusão o quê perguntou incrédulo foi aí que a verdade começou a se desenrolar Dona Lourdes não era uma estranha qualquer no passado ela havia sido
amiga próxima da mãe de Rodrigo uma mulher que em um tempo difícil tinha cuidado de ele e de seus irmãos quando a família estava em crise o impacto dessa Revelação foi devastador Rodrigo olhou para ela completamente atordoado Não isso não pode ser balbuciou com a voz trêmula a senhora cuidou de mim quando eu era criança Dona Lourdes com os olhos marejados assentiu lentamente Olha eu não me lembro se era você mas se sim eu fiz o que pude e fiz com muito amor mas o tempo nos separa e nos une de forma que nunca imaginamos
a revelação de que Dona Lourdes tinha sido uma parte importante da vida de Rodrigo quando ele era apenas uma criança o deixou em choque ele não sabia o que dizer o peso da culpa que já era imenso parecia agora insuportável aquela senhora que ele havia tratado com tanto desprezo e humilhação era Na verdade uma pessoa que no passado havia cuidado dele e de sua família ajudando em tempos de necessidade quando eles eram bem pequenos por isso ela não o reconhecer Rodrigo atordoado deu um passo para trás o coração batendo forte no peito ele passou as
mãos no rosto tentando organizar os pensamentos o que ele poderia dizer para consertar o mal que havia feito Cada Segundo que passava tornava mais claro que não havia palavras suficientes para apagar o que ele tinha causado Dona Lourdes continuava parada ali os olhos fixos em Rodrigo esperando algum tipo de reação ela também estava impactada pela Revelação mas o peso da humilhação ainda a mantinha cautelosa perdoar alguém que a feriu tão profundamente não era simples mesmo com a nova informação que havia surgido eu Rodrigo finalmente tentou falar mas as palavras não saíam eu eu não sei
o que dizer ele Balançou a cabeça derrotado eu fui um monstro Dona Lourdes a senhora a senhora cuidou de mim e eu eu as palavras falhavam enquanto ele tentava desesperadamente explicar o inexplicável o silêncio entre eles era doloroso a praça ao redor parecia distante como se o mundo tivesse diminuído ao redor de ambos deixando apenas o peso do passado e a realidade cruel que Rodrigo agora precisava enfrentar Rodrigo começou Dona Lourdes Quebrando o Silêncio sua voz estava carregada de tristeza mas também de compreensão não se trata apenas de quem eu fui no passado sim eu
posso ter cuidado de você e de seus irmãos quando sua mãe precisou Mas isso não muda o que aconteceu você me tratou como se eu fosse invisível como se minha vida não tivesse valor ela parou suas palavras pesando no ar mas o que você fez não define quem você é o que define é o que você vai fazer daqui para a frente Rodrigo engoliu em seco sentindo a profundidade do que ela dizia ele sabia que o perdão não viria fácil mas ouvir aquelas palavras foi um choque de realidade ele não podia mudar o passado mas
talvez houvesse uma chance de tentar se redimir eu quero ser alguém melhor Dona Lourdes disse ele a voz embargada mas não sei se consigo toda a minha vida eu só pensei em mim mesmo nunca parei para pensar nas pessoas que magoei nas vidas que impacte negativamente eu ele hesitou lutando contra as lágrimas eu perdi o contato com minha própria família estou aqui agora tentando me reconectar com meu irmão mas o tempo está contra mim e agora agora descubro que a senhora foi uma das pessoas que cuidou de mim quando eu era criança e eu eu
te tratei daquela forma o desespero na voz de Rodrigo era Evidente ele estava se despedaçando por dentro consumido pela culpa e pela dor de suas próprias escolhas pela primeira vez em anos Rodrigo se sentia vulnerável exposto diante da realidade que sempre tentou ignorar a vida é assim Rodrigo respondeu Dona Lourdes com uma calma surpreendente às vezes ela nos dá lições duras eu sei o que é perder o controle sobre as coisas perdi meu marido muito cedo Tive que criar meus filhos sozinha e a vida nunca foi fácil para mim mas eu aprendi a seguir em
frente apesar das dificuldades ela olhou profundamente nos olhos dele o que importa é o que fazemos com as lições que aprendemos Rodrigo assentiu sentindo as palavras dela penetrarem fundo em sua alma ele sabia que Dona Lourdes estava certa não importava o quão terríveis fossem os erros do passado o importante era o que ele faria a partir daquele momento no entanto o caminho à frente parecia difícil demais para ser trilhado eu quero fazer as coisas de forma diferente mas não sei se mereço umaa chance admitiu Rodrigo a voz embargada tudo o que eu fiz até aqui
foi por egoísmo trabalhei tanto para me tornar alguém de sucesso mas agora agora vejo que estou sozinho me afastei da minha família machuquei pessoas pelo caminho e não tenho mais nada além de arrependimento Dona Lourdes suspirou entendendo a dor dele ela já havia passado por momentos em que se sentia perdida sem direção e mesmo com a mágoa que ainda carregava algo dentro dela reconhecia a sinceridade de Rodrigo ela sabia que o perdão era um caminho difícil mas que às vezes ele começava com pequenos Passos todos nós cometemos erros Rodrigo Todos nós erramos com os outros
e com nós mesmos mas o que faz diferença é quando decidimos mudar ela fez uma pausa Deixando as palavras Ressoar no silêncio da praça eu não posso prometer que vou perdoar você agora a ferida ainda está muito recente mas se você realmente quer mudar Talvez um dia o perdão venha não só de mim mas de você mesmo Rodrigo deixou as lágrimas rolarem silenciosamente pelo rosto ele sentia que estava começando a se encontrar mesmo que o processo fosse doloroso as palavras de Dona Lourdes lhe davam Esperança ainda que o caminho à frente fosse longo e incerto
Obrigado sussurrou ele sem conseguir encontrar outras palavras Dona Lourdes deu um leve sorriso enxugando as próprias lágrimas a mágoa ainda estava ali mas ela também sabia que estava dando o primeiro passo para curar a dor que carregava ver Rodrigo naquele estado vulnerável e arrependido a fez perceber que talvez o perdão fosse possível mesmo que demorasse o vento frio da noite começou a soprar pela praça trazendo uma sensação de renovação rodo e ficaram em silêncio por um tempo ambos processando tudo o que havia sido dito Antenor e Dona Maria que haviam observado de longe se aproximaram
lentamente respeitando o momento entre os dois vamos voltar sugeriu Dona Maria gentilmente Dona Lourdes sentiu que apesar de tudo aquele encontro foi um passo importante para o início de uma nova fase em sua vida Rodrigo por sua vez sabia que ainda tinha muito o que fazer para se redimir tanto com ela quanto com mesmo Enquanto eles voltavam para a igreja o ambiente parecia mais leve como se o peso do passado começasse a ser Deixado para trás ainda que os ecos das Dores permanecessem presentes os dias que se seguiram ao reencontro entre Rodrigo e Dona Lourdes
foram silenciosos mas carregados de Emoções Profundas ambos estavam processando tudo o que havia sido dito e revelado Rodrigo ainda envolto em arrependimento tentava dar pequenos passos para construir sua vida enquanto Dona Lourdes mesmo com o peso da humilhação que ainda carregava começava a refletir sobre as palavras que haviam trocado Rodrigo passava as manhãs cuidando de assuntos pendentes com sua família e o estado de saúde de seu irmão que piorava a cada dia ele tentava estar presente mas o peso do que havia acontecido com Dona Lourdes não saía de sua mente a cada conversa a cada
gesto ele se via repensando suas atitudes como se a aquele encontro tivesse aberto uma porta que ele não sabia mais como fechar Mas acima de tudo Rodrigo sabia que precisava fazer algo mais pedir desculpas em palavras não parecia suficiente a decisão de vê-la novamente foi tomada com relutância ele não queria pressionar Dona Lourdes sabia que ela estava machucada e que sua presença poderia reabrir feridas ainda não cicatrizadas no entanto ele sentia que precisava tentar precisava mostrar que suas palavras não eram vazias Por isso naquela tarde com o coração apertado ele caminhou até a casa onde
sabia que ela estava hospedada suas mãos suavam e o nervosismo o consumia mas ele sabia que não podia fugir dessa vez do lado de fora Rodrigo hesitou as lembranças do que havia feito ainda o atormentavam mas ele respirou fundo e bateu na porta após alguns instantes Dona Maria abriu com seu habitual sorriso caloroso mas que agora continha uma leve preocupação ao ver quem estava à porta Rodrigo ela disse surpresa o que o traz aqui Rodrigo forçou um sorriso nervoso eu eu queria ver Dona Lourdes gostaria de falar com ela se possível sei que pode ser
difícil mas preciso pedir desculpas de novo preciso que Ela entenda o quanto estou arrependido Dona Maria olhou para ele por um momento sua expressão carregada de uma mistura de compreensão e cautela ela sabia que Rodrigo estava sendo sincero mas também sabia que Dona Lourdes ainda estava lidando com as emoções do último encontro sem dizer mais nada Dona Maria fez um gesto com a cabeça permitindo que ele entrasse Rodrigo foi conduzido até o quintal onde Dona Lourdes estava sentada em uma cadeira de madeira olhando para o horizonte a brisa suave movia seus cabelos grisalhos e a
cena simples e tranquila fez o coração de Rodrigo apertar ainda mais ele parou por um momento sentindo-se intruso naquele espaço de serenidade Mas sabia que precisava continuar Dona Lourdes ele chamou suavemente sua voz trêmula ela virou-se lentamente seu olhar encontrando o dele havia uma calma em seu semblante mas também algo distante como se estivesse ainda processando a presença dele ali Rodrigo respondeu ela sua voz firme Mas sem o calor de antes ele se aproximou devagar parando a poucos passos de onde ela estava sentada por um momento o silêncio entre eles foi tão denso que parecia
que o ar estava carregado de todas as palavras não ditas eu sei que eu já te pedi desculpas antes mas começou ele as palavras saindo com dificuldade Eu sinto que isso não foi suficiente eu eu queria te mostrar que estou realmente arrependido que o que eu fiz foi imperdoável e eu ele fez uma pausa a voz embargada eu só queria que a senhora soubesse que eu estou tentando ser uma pessoa melhor Dona Lourdes continuou olhando para ele seus olhos avaliando cada palavra cada gesto ela não disse nada de imediato o que fez Rodrigo se sentir
ainda mais ansioso Rodrigo ela começou sua voz Suave mas firme não é fácil para mim esquecer o que aconteceu o que você fez foi muito doloroso e não foi só o que você disse mas o jeito como me fez sentir como se eu fosse insignificante ela parou suas palavras carregadas de uma dor ainda muito presente Rodrigo baixou a cabeça sentindo o peso daquelas palavras mas sabia que precisava ouvir tudo eu sei ele murmurou com a voz falhando eu sei e cada dia que passa eu me arrependo mais eu não posso mudar o que aconteceu Dona
Lourdes mas eu eu posso tentar consertar o que ainda está quebrado Dona Lourdes suspirou olhando para o horizonte novamente ela não era uma pessoa amarga não gostava de guardar rancor mas o que Rodrigo havia feito tocou em uma ferida profunda demais para ser esquecida rapidamente eu vejo que você está tentando Rodrigo disse ela após um longo silêncio e isso é importante mas o perdão como eu te disse antes não vem tão fácil eu preciso de tempo tempo para entender como eu me sinto sobretudo isso Rodrigo abaixou a cabeça tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair
ele sabia que ela estava certa Sabia que não podia exigir o perdão dela mas a ideia de que Talvez um dia pudesse ser perdoado lhe dava uma pequena Esperança eu te entendo disse ele com a voz embargada e eu vou esperar o tempo que for preciso eu só quero que a senhora saiba que do fundo do meu coração eu me arrependo e vou passar o resto da minha vida tentando ser alguém digno de perdão Dona Lourdes olhou para ele com um olhar que misturava compaixão e tristeza o perdão ela disse com um tom reflexivo o
perdão Rodrigo não é apenas sobre você é também sobre mim sobre como eu vou lidar com essa dor que você me causou e isso vai levar tempo eu me senti muito humilhada Rodrigo ficou sem saber o que mais dizer ele queria tanto consertar o que havia quebrado mas sabia que essa era uma jornada que levaria tempo temp com um último olhar ele se virou para sair mas antes de ir ele se virou uma última vez obrigado por me ouvir disse ele com sinceridade Dona Lourdes apenas concordou levemente observando enquanto Rodrigo se afastava pelo quintal ele
estava indo embora mas algo dentro dela começava a mudar ela não sabia se conseguiria perdoá-lo completamente mas o fato de que ele estava tentando com tanto afinco que ele estava realmente endido já era um pequeno passo enquanto Rodrigo deixava a casa o coração dele estava pesado mas também carregado de uma nova determinação ele sabia que o caminho à frente seria longo mas pela primeira vez em muito tempo ele sentia que estava caminhando na direção certa dois dias se passaram desde o último encontro entre Rodrigo e Dona Lourdes o tempo parecia correr de forma Implacável especialmente
com o agravamento do estado de saúde de Carl irmão de Rodrigo as notícias sobre a piora de Carlos chegaram como um soco no estômago de Rodrigo ele sabia que o fim estava próximo e o peso de suas escolhas o consumia era como se tudo o que havia negligenciado ao longo da vida estivesse agora desmoronando ao seu redor naquela manhã enquanto Dona lourd se acomodava na casa de Dona Maria uma amiga com quem havia estreitado laços o telefone tocou o som foi como um Prelúdio para para o que estava por vir Dona Maria que estava na
cozinha atendeu Alô disse ela com a voz Suave e atenta do outro lado da linha a voz de Rodrigo suou sombria mas controlada Dona Maria Aqui é o Rodrigo posso falar com Dona Lourdes eu preciso muito conversar com ela Claro Rodrigo um momento Dona Maria caminhou até o quintal onde Dona Lourdes descansava em uma cadeira de balanço Dona Lourdes é o Rodrigo ele quer falar com a senhora dona des pegou o telefone sentindo uma leve apreensão o que Rodrigo teria a dizer dessa vez Alô Rodrigo disse ela tentando manter a voz firme do outro lado
da linha Rodrigo hesitou por um momento a dor Evidente em sua voz Dona Lourdes eu eu estou ligando porque o quadro do meu irmão piorou muito eu acho que ele não vai sobreviver a voz de Rodrigo quebrou mas ele tentou manter a compostura Carlos ele é jovem mas os médicos Já disseram que que não há mais nada a ser feito Dona Lourdes sentiu uma pontada no coração as lágrimas encheram seus olhos instantaneamente ela se lembrou de Carlos ainda criança correndo pela casa de sua mãe sempre cheio de vida a ideia de que aquele jovem vibrante
estava prestes a morrer era difícil de aceitar Rodrigo eu sinto tanto respondeu Dona Lourdes sua voz embargada pela emoção mas eu tenho fé eu tenho fé de que Carlos vai superar isso Deus tem planos para ele do outro lado Rodrigo respirou fundo e ela pode ouvir o peso da dor que ele estava tentando controlar eu gostaria de ter essa fé Dona Lourdes mas a verdade é que a minha família já está se preparando não há mais o que fazer não há mais atividade cerebral ele fez uma pausa tentando se recompor mas há uma coisa que
eu preciso pedir eu queria eu queria que a senhora fse ao hospital visitá-lo a senhora cuidou dele no passado e eu acho que ele iria gostar de te ver se estivesse acordado posso te pegar na casa da dona Maria eu te levo até lá Dona Lourdes fechou os olhos as lágrimas escorrendo por seu rosto enrugado a dor em sua voz era palpável Claro Rodrigo eu irei ela fez uma pausa a voz trêmula sabe Rodrigo Eu também estou enfrentando meus próprios problemas eu fui ao médico de novo e eu descobri que estou com um problema grave
no fígado entrei na fila de transplantes mas ela hesitou sentindo a angústia das palavras que estava prestes a dizer não sei se vou sobreviver até lá Rodrigo ficou em silêncio por alguns segundos tentando absorver o que ela acabara de revelar Dona Lourdes disse ele a voz carregada de surpresa e dor eu não sabia eu sinto muito mas eu ainda tenho esperança de que tudo vai dar certo eu vou passar aí para te pegar a senhora não está sozinha nisso horas depois Rodrigo e Dona Lourdes chegaram ao hospital o ambiente era frio e Clínico mas o
peso da situação o tornava ainda mais sufocante Carlos deitado em seu leito estava pálido e inconsciente seu outro irmão Vinícius que estava ao lado de Carlos fez piada quando viu os dois entrarem tentando manter o clima leve apesar da situação ora ora Olha só quem veio me visitar disse Vinícius com um sorriso fraco a senhora cuidou de mim quando eu era pequeno eu me lembro da senhora tinha 7 anos a senhora ainda tem o mesmo jeitinho Rodrigo não se lembra de você né ele era muito pequenininho agora A Vida Dá Voltas não é Dona Lourdes
se aproximou da cama os olhos marejados e segurou a mão dele eu queria que as coisas fossem diferentes Vinícius disse ela com a voz embargada queria que vocês não tivessem que passar por isso Vinícius sorriu mas havia uma profundidade em seus olhos que mostrava que ele sabia o que estava por vir não se preocupe conosco Dona Lourdes nós estamos em paz Ele olhou diretamente nos olhos dela com uma intensidade que a fez se arrepiar eu queria te dizer uma coisa sei que essas filas de transplante podem ser longas e cheias de burocracia mas eu acho
que a senhora pode ter uma chance Dona Lourdes olhou para ele confusa Como assim perguntou com a voz trêmula Vinícius apertou a mão dela levemente e fez um sinal para uma enfermeira que estava por perto a enfermeira chamada Carla se aproximou rapidamente Carla Chame o dout Santiago por favor pediu Vinícius com um sorriso calmo a enfermeira saiu da sala e Dona Lourdes continuava sem entender o que estava acontecendo Vinícius O que você está fazendo per ela com um misto de medo e curiosidade Eu já conversei com minha família e Rodrigo me explicou sua situação Dona
Lourdes disse ele com uma serenidade impressionante Carlos é doador de órgãos e o fígado dele está em perfeito estado queremos que a senhora o receba Dona Lourdes ficou paralisada o coração disparando ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo Vinícius você você está me oferecendo o fígado de car perguntou com a voz embargada de emoção isso mesmo respondeu Vinícius Sorrindo com tranquilidade sabemos que Carlos teve morte encefálica e que não há mais o que fazer a não ser doar os seus órgãos para quem precisa acreditamos que os órgãos dele ainda podem salvar outras vidas e
eu acho que Deus colocou você no nosso caminho de novo para que nós pudéssemos te ajudar Dona Lourdes começou a chorar silenciosamente sem saber o que dizer ela queria recusar queria dizer que ele era muito jovem que não era Justo mas as palavras de Vinícius a atingiram profundamente eu eu não sei se posso aceitar disse ela com a voz falhando Carlos é tão jovem Vinicios ele teria muito pela frente meu Deus que tragédia Dona Lourdes aconteceu infelizmente não podemos fazer nada disse ele com a voz cheia de emoção e os olhos marejados mas a senhora
está aqui e precisa disso queremos isso ele irá viver através das pessoas que receberem os órgãos dele nesse momento Rodrigo que estava em um canto da sala tentou conter as lágrimas mas não conseguiu ele se aproximou com o coração cheio de gratidão e tristeza Dona Lourdes disse Rodrigo voltando-se para ela as lágrimas escorrendo por seu rosto eu quase tirei sua vida paguei aquele motorista para que a senhora descesse do ônibus eu tenho tanta vergonha e agora o meu irmão ele fez uma pausa a voz falhando você vai ter uma parte dele a vida é muito
cruel às vezes Dona Lourdes ainda paralisada não sabia o que dizer ela sentiu o peso da situação que estava acontecendo a sala de hospital estava mergulhada em uma atmosfera densa e carregada de emoção as palavras dos irmãos oferecendo seu fígado a Dona Lourdes ecoavam no coração de todos ali presentes Dona Lourdes ainda em choque não conseguia encontrar as palavras certas sua mente girava em torno do que Vinícius havia proposto o peso da responsabilidade e a tristeza por Carlos ser tão jovem e per a vida seu coração aptar de dor ela olou para ele sentado na
cama com um sorriso Sereno no rosto como se estivesse em paz tudo o que esta acontecendo mas como poderia aceitar uma parte dele sabendo que já não estava mais lá eu eu não sei se consigo disse ela a voz fraca quase um sussurro ele é tão jovem meu Deus que Tristeza Vinícius com sua calma habitual segurou a mão de Dona Lourdes com firmeza seu toque macio transmitia uma força interna que a fez tremer Dona Lourdes eu sei que parece errado mas a vida a vida às vezes nos coloca em situações que não podemos controlar a
única coisa que podemos fazer é escolher como reagir a elas ele fez uma pausa olhando diretamente nos olhos dela ela mesma se referia a velha Agora rindo mais ainda Rodrigo pegando o humor dela deu uma risada alta é verdade Dona Lourdes eu fui um idiota mas o bom é que no fim das contas a senhora fez uma amizade com Dona Maria e Antenor e veja só até hoje vocês estão juntas ele sorriu mas logo o Tom mudou e a risada morreu a voz de Rodrigo ficou mais suave carregada de emoção mas sabe o que mais
me marca é o que veio depois Carlos ele se foi e eu ainda estou tentando aceitar isso a leveza do momento deu lugar a um silêncio pesado as lágrimas encheram os olhos de Dona Lourdes ao pensar em Carlos no jovem Generoso que ela conhecera quando ele era muito pequeno mas que estava lhe dando uma nova chance de vida seu peito apertou e o Nó na Garganta se formou rapidamente Rodrigo perce sabendo que ela estava prestes a chorar tentou quebrar o momento de tristeza com uma piada ah Dona Lourdes o Carlos foi pro céu disso eu
não tenho dúvida ele sofreu o acidente trabalhando fazendo o que amava e agora enquanto ele descansa a senhora vai ter um fígado novinho em folha ele forçou um sorriso Tentando Manter o Tom leve agora é a senhora que vai precisar de cuidados né Afinal vai sair daqui uma mulher Renovada Dona Lourdes sorriu entre as lágrimas Mas a tristeza ainda estava presente Rodrigo sempre atento percebeu algo na maneira como ela falava sobre sua própria vida a senhora tem filhos não tem perguntou ele de forma mais direta acho que agora seria uma boa hora para ligar para
eles dizer o que está acontecendo Não deixe o tempo passar sem tentar se reaproximar Dona Lourdes desviou o olhar mostrando uma resistência havia algo em sua postura que deixava Claro que ela não queria incom seus filhos talvez fosse o orgulho ou o medo de rejeição Rodrigo porém percebeu a hesitação e decidiu agir por conta própria Me dá o seu celular Dona Lourdes pediu ele com firmeza mas com um sorriso encorajador ela hesitou mas depois entregou o telefone a Rodrigo que rapidamente encontrou os números dos filhos dela ele sabia que se dependesse dela os filhos talvez
nunca soubessem o que estava acontecendo sem pensar duas vezes Rodrigo ligou para Guilherme o filho mais velho Alô a voz de Guilherme soou do outro lado da linha Guilherme Aqui é o Rodrigo amigo da sua mãe ela está prestes a passar por uma cirurgia importante queria te dizer que é o momento de vocês estarem juntos houve um breve Silêncio do outro lado o quê minha mãe está no hospital o que aconteceu Guilherme parecia confuso e preocupado sim ela vai receber Um transplante de fígado mas antes disso acho que ela gostaria muito de ver vocês Rodrigo
fez uma pausa sentindo a emoção crescer em sua voz eu eu perdi meu irmão recentemente não deixe o tempo passar venham rápido Guilherme e Lucas o outro filho correram para o hospital assim que receberam a notícia quando chegaram estavam visivelmente abalados a tristeza pelo que estava acontecendo com Carlos misturada a aão por salvar a vida de sua mãe era um fardo difícil de carregar mas eles estavam lá prontos para apoiar Dona Lourdes quando eles entraram no quarto a emoção tomou conta do ambiente Dona Lourdes sentada na cama estava com os olhos marejados ao ver seus
filhos entrando apressados Guilherme e Lucas se aproximaram e ela sem conseguir segurar a emoção os abraçou com força ela sentiu o calor e o conforto que só seus filhos poderiam oferecer algo que não sabia que ainda tinha me perdoem sussurrou ela a voz embargada me perdoem por terme afastado por não ter pedido ajuda antes eu achei que podia resolver tudo sozinha Guilherme com lágrimas nos olhos a abraçou com mais força não Mãe a senhora não tem que se desculpar estamos aqui agora e é isso que importa Lucas visivelmente emocionado também se juntou ao abraço a
gente ama mãe e vamos passar por isso juntos o importante é que a senhora está recebendo uma nova chance o coração de Dona Lourdes se apertou ao ouvir as palavras de seus filhos ela os abraçou forte sentindo o peso do perdão e da Reconciliação as dores que carregava há tanto tempo pareciam se dissolver naquele momento enquanto os filhos se afastavam para que a equipe médica pudesse prepará-la para a cirurgia Dona Lourdes olhou para Rodrigo que estava no canto observ ca em silci Obrigada disse ela com a voz fraca mas carregada de gratidão obrigada por fazer
isso Rodrigo sorriu se aproximando dela está tudo certo Dona Lourdes minha família já aprovou tudo a senhora vai sair dessa com um fígado Novinho ele sorriu tentando ser otimista e não se preocupe vou garantir que a senhora tenha o melhor plano de saúde depois que tudo isso passar vou cuidar da senhora Dona Lourdes sorriu levemente Mas a tristeza pelos últimos dias ainda era palpável a lembrança de Carlos que havia partido tão cedo pesava sobre todos Rodrigo percebeu o peso emocional e tentou aliviar o clima Ei disse ele com um sorriso leve Meu irmão foi pro
Céu e lá de cima ele está cuidando da gente agora o que a senhora precisa fazer é se recuperar e não deixar o tempo escapar mantenha-se perto de quem você ama o tempo não espera Dona Lourdes assentiu sabendo que ele estava certo ela precisava se reaproximar precisava aproveitar cada momento daqui para frente quando os médicos finalmente a chamaram para a cirurgia ela pediu perdão aos filhos mais uma vez os abraçou apertado sentindo o peso do momento e seguiu em direção ao que seria o início de sua nova vida as portas automáticas do hospital se abriram
devagar deixando entrar o sol da tarde o ar fresco invadiu corredor trazendo consigo a sensação de um novo começo Dona Lourdes ainda frágil mas com um sorriso Sereno no rosto foi empurrada em uma cadeira de rodas até a saída à sua volta Estavam todos os rostos conhecidos que acompanharam sua jornada Guilherme e Lucas seus filhos estavam ao lado dela visivelmente emocionados por ver a mãe recuperada Rodrigo mais atrás acompanhava em silêncio seus olhos fixos em Dona lour sentindo o peso de tudo o que havia acontecido Dona Maria e Antenor foram os primeiros a se aproximar
com um brilho nos olhos que mostrava alívio e alegria por ver sua amiga bem o ambiente que antes era carregado de incertezas e medos agora estava cheio de gratidão e esperança finalmente a senhora está de volta para nós Dona Lourdes disse Dona Maria com a voz Alegre mas carregada de emoção Dona Lourdes sorriu ainda um pouco fraca mas com uma luz nos olhos que transmitia paz ela olhou para todos os que estavam ali e sentiu o calor de estar cercada por pessoas que se importavam com ela havia tanto o que dizer tanto pelo que agradecer
mas as palavras pareciam insuficientes naquele momento Rodrigo se aproximou seus passos lentos Ainda tentando processar o peso das emoções ele parou ao lado de Dona Lourdes e abaixou-se ficando na altura dela seus olhos encontrando os dela Dona Lourdes começou ele com a voz firme mais cheia de sentimento a senhora passou por muita coisa e como eu prometi a senhora não vai passar por mais nada sozinha já está tudo resolvido e vou garantir que a senhora tenha o melhor cuidado daqui para frente ele sorriu tentando aliviar o clima de tensão a senhora vai ter um fígado
novinho e uma vida nova pela frente isso é tudo o que Carlos queria para você as lágrimas começaram a cair silenciosamente pelo rosto de Dona Lourde ela olhou para Rodrigo sentindo uma mistura de gratidão e tristeza o sacrifício de Carlos ainda pesava sobre seu coração mas ao mesmo tempo ela sabia que estava recebendo um presente imenso algo que a Faria valorizar cada novo dia de vida eu não sei como agradecer disse ela com a voz embargada Carlos ele me deu uma nova chance e eu prometo que vou honrar esse presente todos os dias da minha
vida Rodrigo assentiu engolindo o nó que se formava em sua garganta a perda de Carlos ainda era recente mas ele sabia que O que O irmão fez havia salvado mais de uma vida agora ele tinha a responsabilidade de cuidar de Dona Lourdes e garantir que o sacrifício de Carlos não fosse em vão o silêncio tomou conta da saída do hospital por alguns instantes mas havia uma paz no ar todos sabiam que aquele momento era mais do que uma simples recuperação era um Recomeço a senhora tem filhos que te amam e estão ao seu lado continuou
Rodrigo com um sorriso suave indicando Guilherme e Lucas que observavam a cena com olhos marejados agora não perca mais tempo longe de quem você ama a vida é curta e o tempo não espera por ninguém Dona Lourdes olhou para os filhos e abriu os braços Guilherme e Lucas se aproximaram imediatamente abraçando-a com força as lágrimas correndo Livres a reconciliação estava as palavras ditas naquele abraço silencioso eram mais poderosas do que qualquer pedido de desculpa Rodrigo observava a cena de longe sentindo um misto de tristeza e alívio o luto por Carlos ainda era uma ferida aberta
mas ele sabia que De algum modo o sacrifício do irmão estava trazendo redenção para todos vamos para casa mãe disse Lucas sorrindo enquanto acariciava o rosto de Dona Lourdes ela sorriu de volta as mãos doss filhos e soube naquele momento que tinha tudo o que precisava o futuro ainda estava incerto mas ela sabia que não enfrentaria mais nada sozinha Rodrigo olhando para ela uma última vez antes que partissem disse em um tom suave agora Dona Lourdes cuide-se E não se esqueça de que a senhora tem uma nova chance use-a bem Carlos estaria orgulhoso Dona Lourdes
olhou para ele com lágrimas nos olhos antes de ser levada para o carro a sensação de Recomeço a envolvia e apesar de todas as dificuldades que havia enfrentado ela sabia que de alguma forma a vida havia lhe dado a oportunidade de Renascer a história de Dona Lourdes e Rodrigo nos lembra que a vida é um caminho cheio de encontros e desencontros onde Muitas vezes somos confrontados com nossas próprias falhas o verdadeiro valor da vida não está nas Posses materiais mas nas pessoas que encontramos e no IMP Que Deixamos nelas o orgulho pode nos afastar do
que é mais importante mas o arrependimento sincero aliado ao perdão pode nos conduzir a um caminho de Redenção e renovação A vida sempre nos dá uma nova chance e cabe a nós aproveitá-la mesmo quando tudo parece perdido perdoar não é esquecer mas escolher seguir em frente transformando a dor em aprendizado e a mágoa em compaixão se essa história emocionante tocou o seu coração temos outra ainda mais especial esperando por você Clique agora na tela final para assistir a nossa próxima história de superação e emoção e se você chegou até aqui deixe nos comentários a palavra
saúde porque é isso que desejamos para todos vocês
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