Eu lembro que estava bem apertadinho e a cada encaixada do profissional eu soltava um leve assovio no convento não havia nenhuma possibilidade para que eu falasse mais alto ou gritasse para expressar minha alegria naquele momento eu pedia a ele para que utilizasse a porta dos fundos porque eu nunca havia permitido a frente o tecido que cobria as curvas eram levantadas pelas mãos do profissional enquanto isso ele ajustava a ferramenta utilizava o fluido natural na ponta e eu recebia no fundo eu tive que pedir a ele para usar a porta dos fundos porque rainha sem segredo
eu sou a irmã Aline tenho 29 anos e há 7 anos vivo dentro dos muros de um convento na pequena cidade de Santa Helena dos Montes desde que fiz meus votos dedico-me às atividades do convento aos estudos de teologia e a assistência às pessoas carentes da região o convento ainda que Modesto sempre foi para mim um lugar de refúgio mal sabia eu que certo dia a presença de um homem confiável alguém chamado para estar um simples serviço à igreja me faria desbloquear uma das portas que eu guardava um tesouro precioso a nossa pequena Capela precisava
de reparos urgentes no teto Por conta de infiltrações provocadas pelas chuvas intensas do último mês o Bispo preocupado fez contatos e conseguiu a indicação de um mestre de obras de confiança foi assim que conhecemos Jonas um homem de meia idade uns 45 ou 50 anos de feições tranquilas e um sorriso contido mas Gentil ele ch chegou ao Pátio do convento num fim de tarde trazendo consigo ferramentas e uma postura de quem está acostumado a lidar com problemas práticos as outras irmãs o receberam de forma respeitosa e formal pois as normas do convento impõem certa discrição
no contato com pessoas de fora eu que tenho a tarefa de zelar pela capela fui designada para acompanhar o serviço dele e garantir que tudo estivesse em harmonia quando nos apresentaram ele abaixou a cabeça em sinal de respeito e eu retribuí com um leve sorriso nada que quebrasse minha compostura de freira mas que demonstrasse receptividade a capela é o coração do convento paredes altas Vitrais coloridos Um Altar simples mas repleto de significado logo pela manhã Jonas começou a avaliar a extensão dos danos subindo em escadas examinando cada racha anotando o que precisaria de reparo eu
permanecia por perto para orientá-lo quanto aos horários das orações e o que poderia ou não ser removido ou coberto muitas vezes um simples bom dia irmã e a sensação de um silêncio respeitoso enchiam o ar entre nós quando eu percebia estava observando-o com mais atenção do que o costume via como ele corria os dedos pelo reboco solto testava a resistência das madeiras Parecia ter um cuidado quase reverente pelo lugar e quando se Virava para me explicar algo seus olhos encontravam os meus e havia uma calma neles que me deixava por vezes sem Reação em certa
manhã ele precisou de um intervalo entre uma etapa E outra do reparo pois aguardava o material que seria entregue chamou-me até o jardim lateral do convento onde algumas Roseiras florecem Sob o Sol nos sentamos num banco de Pedra eu com meu hábito cobrindo o corpo quase todo sentindo o frescor das Rosas ele com a roupa de trabalho um tanto suja de pó mas sem perder a dignidade Serena foi quando conversi amos um pouco mais livremente ele perguntou como era a vida ali dentro se eu não sentia falta de estar lá fora Sabe irmã eu também
já tive meus dilemas meu Ofício me faz rodar Muitas igrejas Conventos e até propriedades particulares aprendi a respeitar cada escolha de vida mas percebo que viver dessa forma deve ser bem difícil havia no tom de sua voz uma experiência vivida uma maturidade que me deixava à vontade para me abrir foi assim que sem perceber contei que nem sempre fui tão firme na vocação e que em Minha Juventude pensava em trilhar outro rumo ele me olhava nos olhos Atento e por um momento esqueci que eu era freira e ele era apenas um prestador de serviço parecíamos
duas almas que no meio da Tranquilidade de um jardim se identificavam na busca por respostas entre as nossas conversas um dado momento ele me contou que sua esposa havia lhe Deixado Para viver uma vida nova com outra pessoa e eu via nele um sentimento de tristeza que precisava de um consolo mas naquele momento eu não podia fazer muita coisa mas sensibilizei com a situação enquanto isso trocávamos alguns olhares as horas passavam e ele seguia com seu trabalho eu cada dia encontrava uma desculpa para ver como estava o progresso levar água perguntar se precisava de algo
ou verificar se um Vitral não seria danificado devo admitir que em minha mente se instalou uma curiosidade que ia além do profissional certa tarde enquanto ele passava uma mistura de cimento num ponto específico do teto algumas gotas caíram no meu véu ele Desceu a escada preocupado em limpar e de novo ficamos próximos algo que me fazia lembrar de que antes de ser freira Eu ainda era mulher no final desse mesmo dia terminada a labuta ele recolheu as ferramentas e me chamou na lateral da Capela lá havia uma pequena fonte de pedra onde as irmãs costumam
colocar flores precisava lavar as mãos para não sujar a sacristia enquanto a água corrente escorria entre nossos dedos a nossa conversa fluiu mais íntima do que nunca irmã Aline ele começou usando os nome que prefiro que guardassem apenas para as freiras mais próximas desculpe a ousadia mas sinto que nossas conversas me dão uma paz que não encontro há tempos eu sei que sua dedicação aqui é inabalável mas não posso fingir que seu jeito é de alguém que carrega algo muito especial dentro de si o coração acelerou mesmo que eu soubesse que havia limites me peguei
balançando a cabeça respondendo baixinho Jonas Eu também sinto que esses dias ao seu lado me abalaram tem sido uma experiência diferente nunca pensei que durante a restauração de uma capela algo parecia estar me convidando a tentar dar uma chance ao lado bom da vida ele sorriu Mas deixou que eu mesma ditasse as regras naquela hora as irmãs já estavam indo embora e já tinha mais ninguém que talvez pudesse interromper a nossa conversa ele foi desabafando mais e encontrando brechas em uma conversa que começara a tomar rumos muito diferentes mas mesmo assim eu continuei ouvindo ele
eu entendo muito bem que ele estava a tempo sem fazer nada porque nas palavras dele eu pude perceber isso era como se a ferramenta dele estivesse guardada esperando que aparecesse alguém que u completasse novamente e eu Nunca havia feito nada com a Larissa repleta de aranha eu estava em um dia completamente especial e sendo sincera no momento em que ele me cumprimentou com as mãos pedi a ele que me abraçasse como um ato de carinho e respeito uma cachoeira começou a descer nas curvas escondidas eu nunca havia chegado tão próximo de uma ferramenta em estado
rígido e a cada segundo que se passava ele me abraçava mais forte eu tinha as chaves de uma sala perto do primeiro corredor do convento e chamei-o para entrar com o intuito de conversar melhor pois ali poderia chegar alguém e atrapalhar o assunto existia uma escrivaninha no fundo e uma cadeira de madeira no canto eu não sabia como fazer mas ele apenas me perguntou posso realizar o serviço sei que é muito cedo mas se você quiser eu vou embora e a gente conversa sobre isso com mais tempo eu interrompi a fala levantando o tecido mostrando
a ele os melões ao ver os melões grandes ele pegou na hora com uma vontade de comer eu só fiz um pedido na hora por gentileza utilize A Porta dos Fundos depois que nos conhecermos melhor eu deixo você utilizar a lacradinho ele assentiu com uma alegria enorme ninguém nunca o havia oferecido aquilo manipulamos um fluído natural na hora e aplicamos com os dedos na ferramenta e na porta fiquei mais de 40 minutos até que terminássemos aquele serviço na salinha depois disso notei um som de fora com receio que chegasse alguém e atrapalhasse peguei as roupas
e saí para o corredor foi um dos melhores momentos vividos hoje vivo fora do convento encontrei uma pessoa que me ajudava de verdade apesar de não ter conhecido ele do jeito certo mas ali estava a pessoa com quem eu viveria o resto da minha vida espero que vocês tenham gostado desse relato a rainha vai ficando por aqui e até a próxima