[Música] animação sobre fundo verde [Música] nacional de educação dos Municípios do Alto Tietê realização da secretarias da educação dos Municípios do Alto Tietê promoção com debate organização executiva do Instituto Brasileiro de sociologia aplicada Ibiza apoio institucional da Unesco Itaú Social e fundação santilhana muito boa noite eu sou César Callegari e tenho aí a responsabilidade de ordenar o mediar essa terceira sessão do fórum internacional de educação dos Municípios do Alto Tietê quero cumprimentar as professoras professores diretores diretoras coordenadores pedagógicos técnicos da secretaria Funcionários das escolas dos 13 municípios que são os responsáveis por essa importantíssima realização
do fórum internacional que agora chega a sua quarta Edição são os municípios de Arujá Ferraz de Vasconcelos Guararema Guarulhos e guaratá e Itaquaquecetuba Mairiporã Mogi das Cruzes Poá Salesópolis Santa Branca Santa Isabel e Suzano nesta quarta Edição do fórum como todos sabem é uma atividade eminentemente informativa destinada a subsídios para reflexão dos profissionais da educação dessa região e fortalecer os laços de cooperação entre esses profissionais e as próprias redes de educação é sempre bom lembrar né que esses municípios do Alto Tietê eles reúnem uma população muito grande eu sempre repito isso porque se trata aqui
de um material formativo e às vezes eles são assistidos né e recuperados por pessoas de outros lugares do Estado de São Paulo e do Brasil é sempre importante dizer que nesses municípios do Alto Tietê temos uma população de 3 milhões e 200 mil habitantes São 780 mil alunos matriculados na Educação Básica envolvendo todas as etapas e modalidades são 300 mil matriculados nas redes de ensino municipais dos Municípios do Alto Tietê sobre a responsabilidade de 14 mil professores que estão todos trabalhando em cerca de 770 escolas então é uma é um ambiente educacional não apenas complexo
mas também muito avançado todos os municípios do alto mesmo no período da pandemia evoluíram nos seus marcadores de qualidade Educacional bom nós estamos agora nessa terceira edição com a composição de uma mesa e que vai tratar de um tema muito importante escolhido pelo secretários de educação que é brincar é uma importante forma de aprender nós vamos tratar de ludicidade interações e experiência inclusive com uma das maiores especialistas que Tem trabalhado em pesquisas formação e que logo mais eu vou apresentar na nossa mesa agora quero apresentar os componentes da nossa mesa que são os representantes de
alguns dos três municípios eu quero apresentar então para vocês a professora Elaine Cristina Gentil Batista dos Santos é Secretária de Educação do município de Arujá muito boa noite Elaine eu quero apresentar também para vocês a Vânia Baltazar que é do município de Poá é um dos uma das dirigentes da educação infantil do município de Poá também agradeço muito a presença apresento a Aline Amorim Marques secretária de junta da Educação de Guararema muito boa noite Aline e também estamos acompanhados por professores A Eliete Teixeira coordenadora pedagógica do município de Arujá Boa noite Eliete Valéria Pacheco Ramalho
supervisora de ensino do município Ah muito boa noite e a mislei Gonçalves Fonseca diretora da escola do município de Guararema tudo bem dizer muito obrigado aí pela presença de vocês eu quero também aqui dizer que a transmissão pela pela internet ela tá sendo garantida por uma equipe da melhor qualidade do município de Mogi das Cruzes faz questão dizer Fabrício Machado da Rocha o Jefferson pedreschi e o Luiz Henrique a equipe de Mogi que tradicionalmente tem feito um trabalho exemplar né inclusive nos orientando com detalhes e cuidadosamente pacientemente para que tudo corra muito bem e eu
quero também que render as nossas homenagens ao alho Rogério dos Santos que é da equipe aqui do instituto brasileiro sociologia aplicada e quero dizer que como o tema do fórum este ano são as diferentes linguagens e a sua contribuição educação integral eu não posso esquecer e cumprimentar cumprimentar e elogiar o trabalho da Emily Cabral e da Regina Fernandes que são as nossas tradutoras e libras que estão aqui nos acompanhando é uma das linguagens importantes para que nós possamos garantir a educação integral inclusive para aqueles que têm deficiências caso as deficiências auditivas também quero aqui dizer
que o fórum internacional de educação já nasceu quarta Edição ele além de ser uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação ela tem a promoção do consórcio intermunicipal com debate e o apoio institucional da Unesco do Itaú Social e da fundação antilhar muito bem tendo falar tudo isso eu quero apresentar para vocês a nossa palestrante da noite a nossa palestrante convidada é a professora Adriana fredman eu vou fazer aqui um rápido resumo Boa noite professora Adriana Muito obrigado por você estar conosco depois Doutora pela Unesp Doutora pela PUC de São Paulo e mestre pela Unicamp criadora
e coordenadora do núcleo de estudos e pesquisas em simbolismo infância e desenvolvimento e do mapa da infância brasileiro ela também coordenadora do curso de pós-graduação às vezes e a voz das Crianças escutas antropológicas e poéticas das infâncias na famosa casa Tombada Adriana é pesquisadora formadora de educadores e de pesquisadores Muito obrigado você vai ter então agora dentro desse tema né Que Nós escolhemos para essa sessão mais ou menos uns 45 minutos e a partir da sua manifestação Inicial nós teremos os debates eu peço aqui para os nossos colegas professores que estão no chat que já
posso fazer a partir do momento que a professora Adriana começar a fazer suas colocações posso fazer os comentários e as suas perguntas que nós aqui com a nossa equipe vamos sistematizar essas perguntas e vamos representá-las para professor Adriana Professor Adriana com a palavra muito obrigado boa noite Professor César agradeço demais por esse convite É uma honra para mim poder contribuir com este quarto fórum internacional de educação dos Municípios do Alto Tietê uma honra saber que de alguma forma eu estou estaremos dialogando né com educadores desses vários municípios sobre um tema que me é muito muito
caro e que na verdade não é absolutamente descolado não das crianças das infâncias com quem aqui todo mundo trabalha mais novinhos ou não eu acho que essa questão do brincar que me acompanha há mais de quatro décadas São 40 mais de 40 anos mas eu digo tudo começa lá na infância Tudo começa quando a gente é criança Vamos trabalhar e olhar um pouquinho para isso né Queria agradecer aqui também a todos os secretários secretários diretores coordenadores pedagógicos professores eu sei que aqui a interlocução é com pessoas que estão muito comprometidas com as infâncias com as
crianças com a educação eu vou trazer então um pouquinho esse tema e eu tenho para o meu suporte Agradeço desde já toda equipe vou trazer um pouquinho pequeno histórico porque eu acho que a gente não pode se esquecer que a gente é ser humano e desde sempre esse brincar a gente não inventou isso agora né é uma linguagem eu vou trazer vários pontos de vista é abordagem sobre o brincar e eu vou começar trabalhando e pensando junto com vocês contribuindo mas o que nada para mostrar que esse brincar existe através da história da humanidade é
universal E desde que a gente conhece as primeiras civilizações a civilização egípcia aonde aparece as primeiras bonecas o jogo de saquinho o cavalinho né aquilo que a gente até hoje conhece porque é muito intrigante interessante como esses objetos esses brinquedos que no início não eram brinquedos Eles foram atravessando toda a história da humanidade então pela civilização os primeiros jogos de bola né as bolas não eram que são hoje né bolas pesadas as pipas os peões e até A nomenclatura vai mudar de uma região para outra mas a estrutura da brincadeira e os brinquedos ela acaba
atravessando toda a história na civilização Romana aparecem as primeiras bolinhas de gude amarelinha que ela simbolizava se a gente olha né para o desenho da amarelinha ela utiliza as igrejas os templos né em cruz na Idade Média aparecem bonecas mais naquela época cultuadas nas religiões depois no Renascimento tu faz bem rapidamente Claro tem estudos maravilhosos para quem se interessar depois eu posso dar algumas dicas Então as casinhas de boneca os cavalinhos de madeira no século 18 o diabolou ioiô objetos em miniatura que representavam a vida real e aí a gente adentra o século 20 onde
vem a indústria de brinquedos com muitos objetos industrializados e o grande incentivo ao consumo e agora nesse século 21 Já 23 anos do Século 21 aparece de uma forma brutal assim eu diria que ocupa o cotidiano esses jogos eletrônicos um brincar mais Solitário muitos brinquedos climáticos o que a gente chama hoje de brinquedos não estruturados não brincar junto à natureza brincadeiras livres e hoje nós vivemos aí uma dicotomia entre um grande consumo e uma grande adesão aos brinquedos e as telas e a propostas de brincar mais espontâneo mais livre né isso para falar eu mostro
isso no próximo slide que o brincar é universal Aqui vocês têm a imagem de um quadro muito famoso do Peter Burguer que ele vem dos Países Baixos Este é um quadro que se usou muito para estudar a origem das brincadeiras só que aqui o que é interessante que olhando com lupa assim um zoom vocês podem descobrir brincadeiras populares tradicionais que se perpetuaram mas são todos adultos representados porque naquela época não existia ao conceito de criança a criança era considerada um adulto em miniatura então se evoluiu nesse sentido e nessa época adultos e crianças brincavam a
Libras nas grandes feiras ao ar livre então este é um quadro muito importante para os estudos para quem tiver interesse e também conhecer melhor vamos olhar então na sequência o Brincar como um fenômeno né porque tem muitas definições do que sejam brincar né E é claro que aqui neste fórum especificamente nós vamos falar do Brincar como linguagem mas o brincar é um fenômeno no sentido fenômeno do latim quer dizer aparição algo que aparece né o fenômeno tudo aquilo que a gente observa na natureza e aí quando a gente começa a adentrar um pouquinho aqui vocês
veem uma imagem assim do início do século passado é uma foto antiga as crianças brincando de carrinho de rolimã quando não havia foto né quando tinha muito essa liberdade né que de uma certa forma a gente vai olhar a gente hoje até tem um pouco uma Alguns alguns Episódios algumas situações em que tenta se recuperar um pouco aquelas situações de brincar livre vamos adentrar mais um pouquinho e olhar aqui na sequência essa imagem que vocês vem aí é uma imagem muito antiga das primeiras representações de crianças aqui no caso meninas brincando elas estavam brincando daquelas
Cinco Marias que dependendo a região do mundo do país tem diferentes nomenclaturas né só que antigamente O que é bonito e aí eu quero falar dessas camadas do brincar porque você tem a história do brincar e das brincadeiras mas antigamente o brincar havia um simbolismo havia um simbolismo nas bonecas que eram ligadas eram cultuadas havia um simbolismo por exemplo naquela época Cinco Marias o jogo das pedrinhas o jogo do saquinhos como a gente também conhece algumas regiões é tinha um pouco a ver com a ler o futuro né como se jogam os Búzios Então essa
imagem representa isso naqueles primórdios não era só uma brincadeira né tinha um simbolismo profundo tantos anos e décadas e séculos de estudos um bonito aqui nos fazem voltar a compreender o simbolismo das brincadeiras e dos brinquedos que não é nada superficial é bem profundo e bem interessante vou dar um exemplo rapidinho a pipa por exemplo na antiguidade representava a alma subindo a alma e sendo segurada por alguém que estava com os pés no chão a alma daquela pessoa daquela criança e por aí vai o simbolismo das brincadeiras é muito fascinante também falando dessas camadas também
acho que a gente não pode deixar de fora e mais do que nunca nesse momento as características de cada cultura e como cada cultura traz brincadeiras universais que até tem a mesma estrutura né Por exemplo jogar de pega-pega esconde-esconde amarelinha pipa pião Mas elas vão mudando conforme a cultura isso é um traço muito importante que acho que a gente se a gente juntar aqui tantas pessoas que estão nessa interlocução pensando hoje junto eu tenho certeza e isso já vem vindo que em cada região em cada município em cada comunidade as crianças hoje ressignificam aquelas brincadeiras
que vem através da história da humanidade as regras também se perpetuam é um fenômeno interessantíssimo porque de para outras foram sendo transmitidas e a estrutura da regra continua pode mudar a temática mas a regra continua a mesma então é o que a gente chama de ressignificar as brincadeiras então tem estudos muito importantes e muito bonitos e eu sempre digo assim já para começar a conectar com as realidades aqui de cada município de cada rede de cada escola que quando se a gente faz uma pesquisa na nossa escola das brincadeiras da comunidade daquelas crianças daquelas famílias
que fazem parte da comunidade daquela escola você já começa a ter um repertório local e aonde Entra muito essa diversidade cultural e já é eu diria um patrimônio importante né porque é um tipo de patrimônio que ele se parar de ser transmitido ele morre mas ele não para de ser transmitido na sequência nós podemos pensar no brincar como tradição Aqui vocês têm uma foto de uma brincadeira um brinquedo antiquíssimo que vem da África que chama mancala esses brinquedos a partir do das diferentes transmissões e gerações eles vão sendo reinventados e também vão sendo reinventados e
recriados não só pela indústria mas também pelos artesãos e criados e que podem ser recriados pelas crianças Então as bonitas pesquisas da gente pensar nessas tradições o Brincar como uma tradição mas o brincar também ele é um direito né então na sequência se a gente olhar pensar no brincar como direito aqui vocês vem a capa de uma publicação que nos anos 90 quando foi criada a fundação brinque pelos direitos da criança nós formamos um grupo naquela época começava surgir o mercado de brinquedos né nos anos 90 o consumo de brinquedo e começar a ter tudo
uma legislação falando dos direitos sendo direito de brincar um deles Esse é um livro que na época fomos vários autores a gente procurou pessoas inclusive de fora do Brasil para falar desse direito de diferentes pontos de vista o direito de brincar Está na convenção sobre os direitos das Crianças e no Tratado internacional das Nações Unidas continua sendo importantíssimo direito e eu acho que essa é uma bandeira que todos nós que estamos com as Crianças todos os dias precisamos defender E aí Nós entramos no século 21 neste Século 21 e aqui a gente começa a poder
falar e pensar de ludicidade de diversidade de atividades lúdicas são diferentes formas e expressões lúdicas o lúdico abrange não só brincar o brinquedo a brincadeira mas abrange a arte a música que são linguagens das quais a gente vem falando neste próprio fórum né palestrantes que estiveram semana na nas duas semanas passadas a linguagem das Artes Aonde a criança em todos nós podemos brincar com as formas podemos brincar com diferentes materiais materialidades com a música com instrumentos com as vozes com as canções são formas lúdicas né a mesma coisa coisa com corpo com movimento a ludicidade
que tem a ver com a linguagem do corpo do gesto do movimento não uma dança mas é uma expressão dos corpos aonde cada criança e cada ser humano se coloca de alguma forma até mesmo quando eu tô falando agora eu falo com a linguagem verbal mas se eu estivesse em pé meu corpo vocês veriam o meu corpo falando Mas minhas mãos Minhas pressão meu gesto tá dizendo muita coisa E aí também adentra entra vocês vem aqui uma imagem a direita embaixo na parte inferior as crianças juntas mas cada uma no seu mundo né Como a
tecnologia adentrou o universo também de forma lúdica mas este é um território que a gente conhece muito mal e que eu entendo que a gente precisa aprofundar e compreender eu tenho uma pesquisadora que se colocou a seguinte questão quando ela foi pesquisar aonde do que as crianças brincam e ela perguntou para as crianças peguem seu celular e me mostra onde vocês estão a gente sabe muito pouco onde as crianças estão nem sempre elas estão brincando e esse é um tema muito grande muito importante porque os Nossos celulares hoje nós também adultos viraram uma extensão orgânica
né da nossa vida isso Tem tirado muito a linguagem corporal as crianças brincando Em casa é pegando a fase da pandemia depois eu vou contar um pouquinho de algumas pesquisas que nós fizemos com crianças durante a pandemia que que esse brincar em casa Será que ele se resume a ficar na tela nas telas e eu acho que ia ser um lugar aonde mesmo as crianças estando na escola estando no coletivo então nos trazendo muito repertório e essa é um lugar que eu gostaria de conversar no próximo no próximo slide eu vou falar também rapidamente de
quantas áreas de conhecimento sobre o brincar e sobre as crianças têm se aprofundado a gente claro que conhece muito todo o conhecimento que vem da psicologia do desenvolvimento final do século XIX nossas referências todas as pedagogias das infâncias e as metodologias de ensino e aqui a maior parte Imagino que tem essa formação todo um arcabouço de conhecimento sobre direitos eu falei antes do direito de brincar e tem muitos outros direitos No Brasil temos uma legislação das mais com a maior com a maior acabou-se de lei sobre os direitos das crianças e sobre esse direito a
brincar e muitas políticas públicas mas aqui temos muitas teorias e temos muita legislação mas eu quero falar agora de vida real com vocês o quanto vocês testemunham no cotidiano de vocês os brincares das Crianças então aqui eu quero pegar um bloco de áreas de conhecimento que São relativamente novos que vem dos anos 80 começando pelas neurociências as neurociências tem trazido um conhecimento no início deste século final dos anos 80 e 90 mostrando de forma científica mesmo imagens da importância que tem os primeiros anos do desenvolvimento para o cérebro e para a formação do ser humano
Então o que aconteceu as neurociências vieram tomar assim muito e se esquecer de outras ciências humanas como eu falei anteriormente da Psicologia Das pedagogias e eu acho muito importante que a neurociência nos demonstra que a psicologia já falava né o quanto maior existimos ou melhores estímulos nesses primeiros anos de vida é bom influenciar o ser humano no seu futuro outro Outra área importantíssima que adentra nos anos 80 são as Ciências Sociais a sociologia e antropologia a sociologia estuda os grandes grupos humanos e a antropologia estuda as culturas estuda as linguagens estuda os costumes dos rituais
então é quando eu fui descobrir antropologia eu trabalhava ao mesmo tempo com formação de professores que estavam dentro da escola como a maior parte das pessoas que estão nos ouvindo mas ao mesmo tempo estava trabalhando com os educadores que estão fora da escola na educação não formal que estão nas comunidades que estão nos Espaços socioculturais que estão nas tribos indígenas que estão em Comunidades Quilombolas E aí o que antropologia sociologia trazem e descobre nos anos 80 que as crianças e suas linguagens merecem ser conhecidas e reconhecidas naquela época não havia diálogo da Ciência Sociais com
educação e nem com a psicologia isso bem vindo nos últimos anos então Aqui nós temos uma questão muito importante que eu vou aprofundar daqui a pouco nós temos também esse movimento hoje entre o brincar livre e a possibilidade das Crianças terem tempos espaços livres de brincar não somente direcionados porque muitas vezes a gente fala e a gente sabe a gente propõe brincadeiras para as crianças a gente propõe momentos lúdicos mas eu defendo profundamente esse brincar livre tem todo um movimento aí defendendo esse brincar livre porque nesse brincar livre aonde as crianças conseguem se colocar a
partir de verdade dos seus interesses das suas necessidades das suas potências E aí vamos falar um pouquinho entre esse ser professor e poder ter espaços para conhecer as crianças através dessas atividades lúdicas autônomas Livres também uma importante arquitetura e urbanismo nos últimos anos tem se procurava muito com esses espaços pensados para as crianças espaços pensados na cidade as cidades amigáveis é claro que tem um movimento muito grande então a gente vai para as grandes cidades se constrói em prédios condomínios com uma série de propostas e possibilidades de brincar shopping centers aeroporto os restaurantes Então esse
tema do brincar tem perpassado muitos espaços e também então aqui falar rapidamente que no âmbito da economia da política em 2000 o Genes hackman um grande economista ganha o prêmio Nobel porque ele a partir do conhecimento das neurociências ele diz é fundamental investir em creches investir em equipamentos voltados para as crianças pequenas porque é nos primeiros anos de vida então essa grande contribuição das neurociências corroborando as áreas humanas é nesses primeiros anos de vida que a gente planta né que o maior estímulo adequado irá dizer que essas crianças serão e a potências no futuro eu
vou mostrar na sequência rapidamente que este brincar do qual a gente fala estas linguagens lúdicas Elas têm a potência de promover um desenvolvimento integral já que a gente está falando claro também neste fórum dessa integralidade então o brincar não é só uma uma possibilidade de desenvolver os corpos o movimento mas também é uma tem a possibilidade e a potência de desenvolver a cognição o pensamento das Crianças as crianças aprendem muito brincando também tudo todo âmbito psico emocional porque as crianças conseguem desde pequenininhas primeiro imitar e depois fazer uma releitura das emoções tentar expressar através das
brincadeiras de faz de conta principalmente todo o seu escopo emocional tem toda a importância das trocas que acontecem no brincar Então essas interações sociais se colocar no lugar do outro aprender cooperar aprender a ganhar a perder tudo isso acontece no brincar fundamentalmente é no brincar como nos ensina o desenvolvimento da criatividade desde pequena a criança brinca esta criando e mesmo nós adultos de formas diferentes Nossa criatividade se desenvolve através de formas lúdicas Claro adultas né E esse desenvolvimento das linguagens como eu falo verbais e não verbais que se que é um acontecimento no próprio brincar
e também o que é muito interessante o desenvolvimento de valores e o desenvolvimento moral vamos entrar então com a próxima imagem Brincar como linguagem que é o grande tema nosso o Brincar como aqui vocês vêm a imagem só para vocês observarem também uma representação uma pintura de meninos brincando de jogo de bolinhas né bolinha de gude que não era bolinhas naquela época era um Pedrinhas né Na antiguidade então pensar esse brincar com uma das linguagens essenciais expressivas e simbólicas as Crianças e é através dessas linguagens Que Elas começam a descobrir a si mesmas começa a
descobrir os outros começam a descobrir o mundo a sua volta os objetos tudo que o mundo lhe oferece é realmente através desse brincar Que Elas começam as primeiras incursões no universo na vida vamos falar um pouquinho dessas linguagens lúdicas embora que são manifestações das crianças que eu tava comentando vou reforçar agora aparecem nas brincadeiras livres e espontâneas nas expressões plásticas e aí eu vou pegar aqui para falar do desenho da pintura da modelagem com diferentes materiais o tempo todo a criança passa pela experiência de experimentar e de expressar de forma não consciente né ela expressa
o que está no seu inconsciente como também acontece nos sonhos nos sonhos aparecem imagens do inconsciente também no corpo né no corpo nos gestos dos movimentos como eu falei anteriormente nas expressões musicais nas escolhas de um instrumento ou na facilidade que alguém tem mais ou menos para cantar tocar um instrumento em todo tipo de narrativa de relatos de imaginações estação as linguagens lúdicas vamos olhar um pouquinho também para um outro aspecto do brincar vejam que eu tô fazendo aqui uma circunvação por diferentes olhares desse brincar Tem alguns pensadores que dizem o brincar a criança já
nasce com impulso lúdico o brincar é da natureza do ser humano é quando a criança nasce e ela vai tocar então o peito da mãe olhar a mãe olhar através do seu sentidos ela vai descobrir o próprio corpo ela vai cheirar ela vai observar ela vai escutar Então essa descoberta com a qual se nos dizem os alguns pensadores que a criança já nasce e já é da natureza do ser humano se brincar encontra a posição mas aí olhando para a próxima imagem eu queria falar que não é o oposto é da natureza ou é da
cultura ao brincar também tem a ver com a diversidade de culturas né na antropologia a gente tem uma discussão o que seja do particular e que seja do Universal então quando eu falo a brincadeira amarelinha conhecida através da história da humanidade em várias regiões do mundo com nomes diferentes é universal mas é particular em cada cultura é diferente tem uma tem uma especificidade também essa especificidade acontecem nas diferentes formas como a infância se manifesta Então se a gente vai para uma zona rural se a gente está na cidade se a criança o espaço de brincar
da criança como aconteceu na pandemia é dentro do armário embaixo da cama ou ela cria o ambiente lúdico e às vezes o brincar é com a imaginação e às vezes o brincar é pequenininho e sempre há uma influência da cultura do entorno do contexto E aí nesse sentido a minha provocação hoje no que eu venho fazendo nos últimos 20 anos é o convite para a gente ter uma mudança de atitude ética e metodológica quando a gente trabalha como professores como educadores partir das crianças para conhecer as suas realidades Ou seja eu venho falando né de
muitos estudos de muitas áreas de conhecimento a gente sempre tem nossas referências é claro nossas referências teóricas Ou nossas referências poéticas Ou nossas referências da nossa própria experiência de vida né na nossa infância mas é fato e eu digo sempre eu tenho [Música] Se Eu honro os professores que estão todos os dias com 20 com 30 ou mais crianças porque eu entendo que é uma escolha de muito compromisso de muita responsabilidade mas ao mesmo tempo é um grande presente você compreender que cada criança com quem cada um convive todo dia é um mundo é um
universo que não tem nenhum livro está ali na sala de aula naquela escola naquela comunidade ou naquela família Então nesse sentido a gente pensar não no singular mais não falar da criança essa criança idealizada mas falar das crianças no sentido da sua diversidade dessa influência de culturas múltiplas e ao mesmo tempo universais passando para a próxima imagem eu queria falar um pouquinho de um conceito de uma ideia quando eu falo de conceito eu tô falando de vida real né e eu quero falar dessa ideia de multiculturalidade que que é essa multiculturalidade essa é uma ideia
que vem sim da antropologia a influência que cada criança quando chega no coletivo não importa se ela tem meses um ano dois três cinco dez ela vem com repertório que é chega da família o núcleo familiar no núcleo familiar a gente cresce com uma mãe que vem de uma cultura com pai que vem de uma cultura com a voz e maternos e paternos e bisavós que transmitem de uma geração para outra naquele pequeno núcleo familiar uma multiculturalidade porque multiculturalidade porque eles podem ter vindo de outros países de outras culturas isso se transmite cotidianamente pelo que
se conversa em torno de uma mesa de jantar pelo que se come pelas histórias que se contam pelas músicas que se cantam Pelas brincadeiras que se brincam pelas linguagens é disso que estamos falando e cada criança chega no coletivo da escola e ela é um mundo já traz um repertório Então aquela ideia né que a criança é uma tabula Rasa que nós vamos preencher não a criança já chega com repertório chega com perfil de personalidade chega com uma potência muito única mas chega com uma arcaboço multicultural na sequência olhar podemos olhar também para o Brincar
como um meio de comunicação né então aqui vocês vêm a imagem de um menino que poderia estar em qualquer lugar esse menino de uma zona rural do interior do Ceará que está explorando aquele jogo né dos palitinhos e a gente no fundo não sabe o que se passa interiormente com essa criança as crianças hoje recebem brinquedos brincadeiras objetos e elas ressignificam aqueles objetos e elas vão experimentando diferentes habilidades e interesses Esse menino está mergulhado ali no mundo dele mas talvez ele não tá necessariamente seguindo a regra que tem esse jogo o quanto conseguimos atingir o
que essa criança está vivendo internamente vejam que forte que é importante né poder imaginar que aqui ao mundo acontecendo E aí um pouco desses questionamentos o momento de livre brincar de a criança escolher brincar sozinha escolher do que queria brincar e às vezes as crianças não querem brincar necessariamente naquela hora daquilo que a gente oferece ou pegam aquilo que a gente oferece e reinventam isso é muito importante também falar do brincar aí na próxima imagem e isso aqui na verdade é uma imagem de uma brinquedoteca dentro de do graac o grac aqui em São Paulo
é um grupo de apoio a Criança e Adolescente com câncer que recebe desde bebezinhos até adolescentes até as mães e este um grande espaço e mesmo que a gente não esteja né hoje dentro do hospital nós temos e recebemos todo dia crianças que vão para um ponto atendimento que circulam que se machucam que vão no médico que ficam adoentadas e é muito importante a gente compreender também que o Lude com a brincadeira ele tem essa potência de cura física e psíquica né então aqui no caso o brincar para trabalhar essas questões enfim o brincar uma
necessidade para o desenvolvimento e a convivência e uma cultura de paz né aqui vocês vêm umas imagens de um projeto que há muitos anos atrás Se não me engano antes de 2000 a gente desenvolveu como é que a gente convida as crianças frente a tantas situações de violência que elas vivenciam no cotidiano em casa a violência doméstica a violência comunitária A expressar muitas vezes o que é violência O que é não violência através do lúdico através da diferentes expressões então para elas isto é uma experiência é uma brincadeira é uma possibilidade nesse projeto a gente
convidou diferentes organizações isso através da Aliança pela infância que é o movimento que a gente fundou em 2000 aonde a gente digamos até hoje e a Contra Maré e um pouco remando contra esse consumo acirrado e a remando um pouco contra as telas contra essa esse tempo que é um tempo outro esse tempo de brincar esse tempo de expressar esse tempo de poder se colocar e eu entendo que nessa correria que é o cotidiano de uma escola que o cotidiano na nossa vida da nossa família a gente precisa voltar a se deter um pouco mais
porque isto aqui é fundamental poder ter tempo espaço de expressão e aqui que eu vou trazer um pouquinho a importância dessa conexão a partir da nossa observação e da nossa escuta pela urgência que tem essa a importância as crianças se expressam o tempo inteiro se expressam através de muitas linguagens Então a partir da urgência que temos porque as crianças estão pulando etapas nessa correria Nossa e nessa correria que está a vida a gente poder parar um pouco compreendê-las observadas não de cara tentar interpretar mas a gente poder compreender que muita coisa tá acontecendo quando elas
estão explorando experimentando brincando Essa é um momento muito importante que espaços temos para isso dentro e fora da escola olhando para a próxima imagem Há muitas possibilidades né brincar dentro brincar fora criar espaços do brincar criar espaços termos espaços de vínculo com a natureza não só dentro e Eu sempre gosto de dizer que desafio a gente metaforicamente é quebrar os Muros da Escola para a gente se comunicar com a rua com a praça com os espaços lúdicos com os museus com todos os outros equipamentos que também estão na cidade poder as crianças irem para fora
e trazerem esse outro mundo para dentro porque a criança não é só um aluno que está naquele horário dentro da escola ele também é uma criança que tem muitos outros conhecimentos experiências fora da escola e dentro da escola é a importância fundamental eu sou uma grande defensora do tempo livre do recreio porque no Recreio ou no que eu chamo de entretempos e entre lugares essa hora em que o professor não tá necessariamente ensinando alguma coisa dirigindo mas é um momento em que a gente oferece tempo espaço para criança escolher com quem quer brincar do quê
se não quer brincar se quer ficar sozinha esse eu digo é um grande laboratório dentro da escola em que a gente pode aprender muito com as crianças isso que nos traz a antropologia essa essa mudança metodológica que eu falava a gente tomar uma distância e se colocar nesse lugar de observadores para aprender e vamos avançar um pouquinho porque brincar na natureza que algo que a gente tem defendido muito brincar sozinho e veja essa imagem do menino ali explorando nem sempre brincar sozinho é algo negativo não brincar sozinho é até necessário é só a gente relembrar
quem muitos momentos nós que tivemos é nossa infância quisemos ficar embaixo das cobertas fizemos ficar recolhidos brincar sozinho não é necessariamente alguma coisa de ruim e nós precisamos permitir que as crianças tenham também esses espaços de solidão né Na próxima eu mostro algumas imagens de algumas possibilidades lúdicas né que cada um e cada escola conhece muito melhor do que eu posso aqui mostrar mas eu quero trazer algumas ideias e eu aqui passando para a próxima imagem eu queria ilustrar para vocês a estação fotos antigas muito antigas mas para ilustrar um pouco o que podemos observar
onde e quando podemos observar escutar os brincares das crianças né algumas ideias e possibilidades tem o que eu chamo de entre tempos e entre lugares Sabe aquela hora que a criança tá entrando na escola e ela conversa ela foi para o banheiro ela está falando sozinha ela está nesse nessas situações que não necessariamente são de ensino mas coisas estão acontecendo nesses tempos entre lugares na sequência como eu falava anteriormente nesse momento do brincar livre nesse momento do Recreio onde a criança ninguém disse para ela do que brincar e com quem brincar se verdadeiramente a gente
deixa criança autônoma ela que escolhe de novo só lembrar na vida de cada um de nós como esses momentos foram fundamentais Como foram nesses momentos que Nós aprendemos coisas que Nós criamos amizades que nós tivemos os namoricos que nós descobrimos e nos descobrimos então só a gente fazer uma retrospectiva do que foi para cada um que eu sinto que é é a forma de realizar porque tão importante na sequência outros momentos por exemplo na hora do lanche na hora da refeição na hora em que a criança tá no banheiro muitas coisas acontecem ali então esses
momentos de uma atenção flutuante em que a gente está mas a gente não está ali para corrigir ensinar avaliar a gente está para se conectar com que as crianças estão trazendo na sequência como eu dizia através das Produções das Crianças as suas construções seus desenhos as pinturas as modelagens elas falam ela se expressam isso é lúdico quando elas fazem isso e tem aquela Auto fala da qual nos fala de leuse né que é a criança fala sozinha conta uma história a gente não dá muita atenção quando ela brinca quando ela desenha Mas ela tá contando
uma história uma narrativa e seguindo nas expressões corporais Às vezes a gente vai ensinar uma brincadeira de roda para uma criança e ela não entra ela não gosta mas ela sozinha ou ela em outro grupo ela se expressa com o corpo né ela aqui essa menina se descobrindo né uma imagem muito especial né quando a gente vê os bebezinhos às vezes me perguntam como é que a gente faz para observar o brincar de um bebê é o bebê que eu diria nosso maior mestre as crianças são nossas Mestres é quando o bebê começa a se
descobrir começa a repetir começa a experimentar movimento o tempo todo ela está se expressando e sem palavras mas pelas expressões que eu falei anteriormente pelas linguagens anteriores e seguindo Pela expressão musical pelo Canto pelos instrumentos pelos dons que aparecem na infância na sequência pelos comportamentos né pela por como ela ela se comporta por como ela se expressa com os animais com outras crianças o mundo com a natureza pelas reações as interações e seguindo aí nas Auto falas né pela pode passar o próximo Então veja que imagem interessante aqui na imagem da esquerda pode voltar pode
voltar na imagem da esquerda a criança está brincando com a imaginação dela os amigos imaginários né os amigos que às vezes a gente acha essa criança deve ter um problema porque ela está no mundo dela isso é saúde isso é saudável é importante e seguindo então nas preferências nas escolhas das crianças nas conexões virtuais aquilo que eu falava na próxima imagem né a criança está hipnotizada Olha o corpo dela o corpo tá para do e a mente tá lá na frente e não sabemos e tem estudos que mostram como isso prejudicial Então precisamos entender aonde
elas estão do que Quais são os interesses para a gente trabalhar a partir disso também e na próxima como eu dizia na solidão que nem sempre a solidão é negativa a criança aqui tá se descobrindo descobrindo sua sombra descobrindo e sentindo por exemplo aqui a água a terra a natureza então um pouquinho caminhando aí para falar para esse diálogo com vocês que eu acho tão importante é todos vocês educadores sabem muito bem do papel de vocês que é o papel de facilitar processos já colher de cuidar de orientar de formar estimular de adequar de transmitir
conhecimentos mas tem esse outro convite que eu tô fazendo e que eu venho fazendo aos bons 20 anos quando eu me perguntei Puxa vida Afinal quem é que escuta as crianças que observa as crianças Porque nossos professores não fomos formados para isso psicólogo Então quem tem ali uma oportunidade de estar com psicólogo psicólogo é aquele que escuta pais e mães queremos educar e queremos passar valores né mas quem quer que escuta então é aqui que antropo vem dar uma contribuição fundamental a importância da gente conhecer as linguagens as crianças a partir das suas linguagens verbais
e não verbais para a gente então para que tudo isso para a gente compreender quem é cada uma dessas crianças e que repertórios e que interesses Elas têm e que potências Elas têm algumas podem ser mais corporais algumas podem ser mais das Artes outras podem ser mais a palavra isso elas trazem Então esse diálogo entre nosso papel educador e nosso papel pesquisador e eu sempre digo em que momentos né porque acho que essa pergunta a gente sabe tantas atribuições que o professor Tem tantas planejamentos que ele tem que cumprir Quais são esses momentos em que
é possível observar silenciar escutar as crianças nas situações espontâneas principalmente e a gente se colocar como aprendizes e não mais nesse momento como alguém que vai ensinar e eu digo a gente se conectar com a gente mesmo a gente não não julgar não corrigir não intervir e confiar que as crianças têm saberes diferentes os nossos mas tem que saber e sim e tem um tema na próxima imagem que eu acho fundamental é que o tema da ética o tema da ética é um tema muito delicado né porque a gente como adulto né e a gente
fala de adultocentrismo a gente está sempre pensando para as crianças criando para as crianças é construindo os parquinhos Que Nós pensamos que sejam os ideais criando os espaços Mas hoje nós estamos num momento muito interessante nessas pesquisas de trazer as crianças e a partir da escuta e da troca com elas e da participação delas como atores sociais que elas são como autora das suas vidas convidá-las para que elas construam junto e que nós possamos nos Abrir quando a gente fala de intervir e eu falo ah e uma mais interessante não intervir a gente pode intervir
antes criando espaços criando tempos para essas expressões das crianças quando a gente fala de escuta a gente não não se trata de fazer entrevistas né não se trata de fazer perguntas né e outra questão ética é a gente poder falar com a criança e dizer Olha eu tô tirando uma foto sua eu tô escrevendo algo sobre você eu tô registrando você me dá licença posso pedir licença não pedir licença só para os adultos mas também o consentimento das crianças Eu acho que eu tô né Eu sou apertada com tempo né gente Quanto tempo mais eu
tenho ou já acabou meu tempo só para saber quanto tempo mais eu tenho cinco minutos meu Deus tá bom Poderemos falar depois então o que podemos desvendar desvelar através das expressões lúdicas das crianças das linguagens né O que nos dizem seus corpos seus gestos seus movimentos pode passar por favor O que fazer com que a gente escuta porque a gente eu tenho coordenado várias pesquisas e vários processos de escutas com crianças em diferentes territórios desde escola até comunidade indígena e a gente se pergunta e tem vários temas que atravessam os diferentes territórios por exemplo o
tema da violência que que eu faço quando uma criança se sente acolhida escutada respeitada e ela me conta algo que eu preciso pensar que que eu vou fazer com essa informação é tanto desde questões pequenas mais graves até questões que me dão pista sobre o que aquela criança tem como potência que que a gente faz com que a gente escuta e eu coloco a importância de permanentemente observar escutar devolver seguranças e pensarmos junto com as nossas equipes pensarmos juntos estudarmos juntos é para onde a gente caminha porque a gente todo mundo sabe e a pandemia
e o tempo da pandemia as crianças em casas foi um reflexo disso né o quanto muitas vezes as crianças não se interessam por aquilo que a gente propõe então descobriram o que interessa as crianças e como descobrir isso não fazendo a pergunta direta mas observando os seus movimentos através das suas expressões E aí eu não estou finalizando porque é um tema denso e longo e eu queria muito compartilhar com vocês mas isso também está na plataforma é quantas e quantas Quantos processos de escutar e observar as linguagens as brincadeiras a gente tem feito isso tá
tudo eu tenho todas aqueles links para vocês que é para vocês poderem ter acesso então no sentido da gente repensar um pouco os tempos de ensinar e orientar e os tempos de observar escutar e aprender para a gente ler depois o que as crianças nos trazem eu tenho toda uma parte aqui que eu vou falaria de das pesquisas dos processos de escuta as referências para vocês mas eu vou pedir para passar para pode passar passar deve ter um slide que mostra algumas imagens de livros pode ir eu vou para o último para poder passar para
as conversas aqui mas aqui então eu quero aqui hoje encerrar essa minha fala fazendo um convite uma convocação e provocações também para vocês primeiro dessa urgência da gente poder criar tempos espaços para escutar as vozes das crianças e a colher suas falas suas expressões suas brincarem suas linguagens abrir essa possibilidade de ter entre tempos entre lugares nesse cotidiano dentro da escola compartilhar e ler no coletivo Quando eu digo no coletivo é com nossas equipes nossos parceiros as famílias e com as crianças o que elas nos trazem através do brincar e das suas falas e produções
E aí para que tudo isso de verdade eu coloco isso pela minha experiência não é só uma fala não tá só nos livros não tá só na teoria Mas para que isso possa acontecer a gente precisa traçar processos de autoconhecimento a gente poder olhar de novo para nossa própria biografia para nossa própria infância é a gente voltar a rememorar não digo as infâncias Todos nós temos traumas frustrações né mas olhando lá o que a gente viveu deixou de viver a gente abre dentro espaço para poder compreender essas vidas as crianças com que a gente convive
né então na parte disso repensar Nossas ações nossas posturas nossas atividades e nossas atitudes então meu convite é vamos ouvir e reconhecer conhecer novamente as crianças e as nossas e a nossa criança aqui no final eu deixo aqui alguns links mas como essa esse material né Professor César fica à disposição nas imagens anteriores vocês têm links de vários processos de escuta de pesquisa disputa de crianças de observação dos seus brincares para inspirar vocês e eu agradeço Então por esse tempo estendido e fico aqui à disposição Muito obrigado professora Adriana até agora nós temos várias manifestações
aqui pelo chat que estamos aqui sistematizando e mas já vamos iniciar então a participação dos integrantes da nossa mesa e eu chamo então para fazer o seu comentário sua pergunta a professora Elaine Cristina Gentil Batista dos Santos é Secretária de Educação do município de Arujá Olá muito boa noite uma satisfação imensa participar de mais um fórum né do quarto fórum do Internacional do Alto Tietê uma uma valiosa experiência que eu tenho vivido ao longo dos últimos anos só o fórum mesmo internacional para trazer essa essa palestra grandiosa hoje da professora Adriana fredman em tema importantíssimo
Meus parabéns De grande valia com certeza para todos nós é nós aqui em Arujá temos nos dedicado bastante ao incentivo com brincar não só na educação infantil mas também nos anos iniciais do Ensino Fundamental que faz parte aqui da nossa rede inclusive nós pegamos carona na semana nacional do brincar esse ano nós vivenciamos essa experiência aqui durante 3 de Maio com todas as nossas unidades buscando incentivar realmente é esse tema junto as nossas unidades escolares professora Adriana eu deixo aqui uma uma inquietação nesse mundo que que a gente vive nesse mundo da tecnologia onde as
telas tem dominado como a gente pode incentivar as crianças ao brincar ao brincar heurístico por exemplo né aquele em que os objetos do cotidiano são usados para experimentar para brincar de fato como é que a gente pode fazer isso essa é a minha participação obrigada a todos um grande abraço e até o próximo forma se Deus quiser tá desde o começo como o participante incentivadora de todas as atividades do Fórum de todas as edições mas eu chamo agora para fazer a sua manifestação a professora Vânia Baltazar do município de Poá Vânia muito bem-vinda boa noite
pera aí complementar a todos os professores do nosso Auto Tietê e também aqueles que tem nos assistindo que não faz parte do município dos Municípios quero fazer um agradecimento especial aos professores de Poá que limpeza aí no chat comentando fazendo os seus apontamentos é uma alegria e é uma alegria né estar aqui com todos vocês a professora Elaine a professora Aline a professora Eliete a professora nislei e a minha colega aqui a Valéria Professora Valéria e agradecer né Essa participação e principalmente a professora Adriana e alegria poder participar dessa mesa com a senhora professora a
senhora tem enriquecido aí o nosso fórum é uma alegria poder beber de todo esse conhecimento nós agradecemos né Eu vi até um comentário aqui e segurança né na sua explanação é uma delícia ouvir a senhora e a gente tem aprendido bastante e aí a minha pergunta né seria sobre o jogo né ele faz parte aí da infância assim as crianças hoje elas estão jogando online elas estão jogando né E aí quando a gente traz o jogo para sala de aula a gente percebe que elas ficam fascinadas né com os tabuleiros ela fica fascinada né com
essa questão mas eu percebo também e o professor às vezes fica às vezes limitado Em algumas situações porque a competição né eles ainda não estão Eles não conseguem competir ali entre eles e às vezes a brigas né eles acabam discordando ali dos resultados enfim e às vezes isso desmotivo professor né isso acontecia comigo às vezes propõe um jogo ali na sala de aula e aí virava uma confusão ela nunca mais eu quero jogar não vou mais enfrentar jogar em sala de aula mas ao mesmo tempo a gente percebe que o jogo ele traz muito conhecimento
né a competição ali né saudável né faz com que o conhecimento ali das Crianças elas aumentam Então você precisa falar assim um pouquinho né sobre essa questão do jogo em sala de aula Muito obrigado Vânia eu passo então para suas considerações e pergunta para professora Aline Amorim Marques que a secretária de junta do município de Guararema Boa noite quero dizer que eu tô muito feliz aqui de participar desta mesa com todos vocês de ter ouvido aí essa palestra maravilhosa da professora Adriana é realmente uma grande alegria participar e poder interagir aqui com vocês nesse momento
a professora trouxe essa questão do direito brincar que não é de hoje né antigo desde 1990 e já discussões sobre essa questão a bncc viu forte com isso né brincar é um direito de aprendizagem e desenvolvimento é uma iniciativa infantil é inerente a infância no entanto na escola é preciso ter intencionalidade a criança e suas linguagens como a professora falou elas merecem ser conhecidas e reconhecidas em Guararema gostaria de comentar que a gente está em fase de desenvolvimento do Plano Nacional pela primeira infância e foi muito interessante na primeira etapa em que as crianças foram
escutadas né nós queríamos ouvir as crianças da nossa rede que elas gostavam O que as deixavam felizes né e foi assim muito Nani me a resposta relacionada a brincadeira né brincar e os desenhos né os desenhos lindos muitos né A grande maioria relacionada ao brincar E aí eu compartilho com vocês uma preocupação né a gente está no momento aí com compromisso Nacional criança alfabetizada nós queremos né Eu quero também todos nós queremos todas as crianças alfabetizadas na idade certa né até o final do segundo ano do ensino fundamental mas a minha preocupação é que o
brincar seja assim deixado de lado para priorizar as atividades focadas né Na alfabetização que daria para ter um equilíbrio mas às vezes eu vejo um foco muito grande nas lições né nas aquelas atividades bem pontuais de leitura e escrita e esse brincar numa idade tão essencial que ela quer ela já manifestou ela tem esse desejo é um direito e no entanto eu vejo essa dificuldade ali dentro das escolas né não é essa dificuldade é realmente o foco tá na no resultado que a gente quer que é alfabetização e Em contrapartida esse direito e esse desejo
porventura ser deixado de lado e aí professora de fazer uma consulta como manter esse equilíbrio professora Obrigada professora Aline com essas questões que foram levantadas eu queria Então pudesse comentar e responder bom quero agradecer as três pelas perguntas fundamentais né que tem colocado aqui eu vou começar de trás para frente porque Aline você é muito prazer Você fala de uma palavra que também para mim tem a ver com as outras questões que é a questão do equilíbrio como chegar no equilíbrio eu acho que você traz uma questão muito grave que está acontecendo Eu falava dos
tempos né anteriormente então assim parece que a criança agora entrou no primeiro ano e não é mais criança Este é um Este é um problema enorme com qual a gente se confronta nestes momentos dois anos atrás vou falar mas é claro que depois é tudo isso é muito é muita reflexão e muito estudo a gente convidou neurocientista psicólogos médicos pedagogos Pessoal do movimento Valder pessoas do brincar pessoas ligadas a psicopedagogia e nós fizemos uma publicação pedimos para que cada um deles até psicanalista falasse sobre essa passagem esse esse material vou mostrar aqui se chama olhares
para as crianças e seus tempos e da editora passarinho e nós falamos ali Aline do tempo eu acho que essa questão do equilíbrio do tempo a gente tá muito desconectado a gente tá muito conectado com tudo que vem de fora né com a legislação com os direitos com os planejamentos também com uma sociedade que nos empurra e que a gente acelera processos eu falava na minha fala do desenvolvimento integral há um tempo certo né um tempo certo para esse desenvolvimento a gente não pode cortar abruptamente o processo de brincar claro que se a gente vê
como acontece muito quem não brincou quando tinha que brincar vai querer continuar brincando quando adulto e vai brincar de outras formas Isto é saúde Isto é desenvolvimento então equilíbrio como encontrar um equilíbrio e eu assim com bastante propriedade eu vou lhe dizer não adianta a gente insistir se a criança não tem tempo de ser criança e ser criança é brincar isso é criança é o corpo e para o mundo e ser criança é descobrir e passar por experiências interagir se ela não tem tempo para isso ela não vai conseguir sendo pressionada empurrada porque tem um
tempo certo né então eu entendo e de novo eu defendo esse tempo livre por menor que seja muitas vezes a criança acabou aquela atividade aquela tarefa e ela está coisas que estão acontecendo Então eu sinto profundamente que tem muito a ver com a gente que está ali como adulto com a nossa percepção com esse não escutar com os ouvidos né olhar com olhar mas a gente ter uma conexão eu sempre falo para os meus professores anda sempre com uma Diário de Campo como a gente fala na antropologia leva uma cadernetinha Às vezes você vê algo
se escuta Algo Se você não registra na hora vai embora né aquilo pode ser uma chave para te dar assim se às vezes a gente recebe crianças que a gente percebe que não dormiram direito à noite não adianta a gente ficar insistindo aquela criança precisa de uma outra coisa naquela hora né então assim eu tô falando eu tô indo por outros temas para falar do tempo do Ritmo Do respeito e a gente pelo menos sabendo que temos todos esses compromissos Sim a gente poder estar mais perto de cada criança para entender Às vezes a criança
é mais das Artes o mais do corpo então para ela é muito mais difícil entrar nesse processo de alfabetização mas tem forma e o brincar é uma das formas podemos introduzir essa alfabetização através das brincadeiras né a professora Vânia falava do jogo né como o jogo é importante né professora Vânia mas aí sabe o que é interessante porque você fala assim as crianças brigam não sabem perder mas tem uma idade certa para em que a criança isso Piaget nos ensinou até uns seis anos mesmo as crianças convivendo desde pequenas a criança cognitivamente não consegue realizar
que não ganhou e ela perdeu ou quando você pega uma brincadeira de faz de conta as crianças mais novinhas eu quero ser o super-homem Eu também quero ser Ah não tem som super-homem porque às vezes precisam experimentar Então essa questão também pegando o gancho o jogo ele é fundamental e você sabe eu não sei eu acho que você sabe há muitos anos atrás teve um movimento muito interessante jogos cooperativos porque através da competição do ganhar e do pretérito faz parte do aprendizado que é a vida na vida a gente às vezes ganha Às vezes a
gente perde mas as crianças precisam até uma certa idade experimentar também os jogos cooperativos Então essa é um bracinho aí do universo do brincar muito interessante mas Vânia é natural se E aí quais são as saídas vamos construir juntos o jogo construir juntos o jogo tira um pouco daquele lugar competitivo e por exemplo tô trazendo exemplos né mas é muito importante a gente eu digo assim tirar outras cartas né da nossa manga para ir ali dançando também um pouco conforme a música isso não quer dizer não colocar limites escutar a criança não quer dizer também
fazer as vontades de tudo que a criança traz se trata de conhecê-las é disso que se trata E aí eu vou passar porque todas as questões de vocês são muito potentes e muito fundamentais eu entendo que todos os educadores tem essas perguntas aqui também então acho que vocês estão representando muito bem os educadores que é o tema da tecnologia é veja é muito interessante porque tem muitos estudos que falavam né do de o quanto a tecnologia é prejudicial se você pega um bebezinho que está concentrado E você tem a tela você tem a tela no
transporte você tem a tela no celular o pai a mãe estão com a tela a criança efetivamente vai imitar não é tão simples porque nós adultos também estamos muito reféns das Trevas né mas eu entendo para nós também que o caminho é de novo a palavra da professora Aline é o equilíbrio é o corpo que precisa se mexer é a criatividade são as emoções a gente precisa ir na pandemia a gente falou muito disso a criança sentada o corpo sem movimento o corpo nós mesmos né muitas horas e muitas horas sentadas Quanto isso Imagino que
tem estudos né na área de medicina a consequência disso para os corpos e para saúde muitas então assim não estamos mais na pandemia Estamos nos encontrando Então como pensar e eu sei que dá muito trabalho porque isso não tá escrito em nenhum lugar equilibrar as propostas né e a células de novo não adianta a gente negar mas então vamos conhecer com eles com as crianças né O que que a gente vai fazer com isso então é muito mais para refletir junto que eu tô trazendo minhas colocações Obrigado professora até para fazer um comentário como todos
estão acompanhando pelo chat Há muitas colocações e perguntas que foram contempladas aqui pelas manifestações das professoras irlaine Vânia e Aline mas eu passo agora a palavra para suas considerações rápidas e perguntas para professora Eliete Teixeira é do município de Arujá por favor Eliete Olá boa noite primeiramente eu quero agradecer É uma honra estar aqui todos vocês é muitas coisas foram maravilhosas na palestra da professora Adriana é muitas reflexões assim muito significativas aquela foto né da criança dentro do tanque né da antiguidade ali foi assim memória afetiva né Porque na minha época não que eu seja
um pouquinho velha né minha época não era tão comum a gente poder tirar fotos mas eu tenho foto da minha filha dentro do tanque e assim é um Marco é uma coisa muito gostosa prazerosa de se ver e assim o brincar ele é natural para as crianças é uma coisa intrínseca eles aprendem eles participam eles criam autonomia quando eles estão brincando eu acho que isso que é muito importante as crianças conseguem resolver os problemas que surgem durante as brincadeiras e isso vai ser fundamental para a formação delas e a gente vê que esse processo de
pandemia acabou deixando a gente um pouco afastado dessas interações da criança como a criança e isso assim me deixou muito preocupada né Muito chateada a minha pergunta que eu tenho para professora Adriana Na verdade eu já senti uma resposta dela ao longo da palestra mas eu gostaria que ela elucidasse melhor para os nossos participantes que é sobre se existe uma idade limite uma idade certa para as crianças possam brincar existe um limite ou é algo que pode ser estimulado a vida toda eu já senti a sua respostas mas eu gostaria que a senhora elucidasse para
o pessoal mais por favor obrigada professora Eliete passa agora a palavra para professor Valéria supervisor de ensino município de Poá por favor Valéria Boa noite a todos quero muito agradecer a oportunidade que Poa tá tendo de participar desse fórum né de educação e eu gostaria muito de dizer que para nós né que vivenciamos a educação infantil diariamente as palavras da professora Adriana é nessa noite veio a reforçar né todos os nossos convicções daquilo que nós acreditamos ser o caminho certo né que conduz até aprendizagem dos outros crianças eu acho que vale um destaque aí para
questão do protagonismo infantil né Eu acho muito importante o educador ter a consciência que ele precisa permitir que a criança assuma de fato um papel né de contribuinte de colaboração da sua própria aprendizagem E aí que eu acho que né a gente faz uma ligação com tudo isso que a gente ouviu hoje né porque porque esse protagonismo infantil ele só vai existir se o professor É de fato pensar em suas estratégias estratégias que envolvem essas questões que a professora Adriana citou muito bem que a questão da ludicidade né permeada pela brincadeira pela interação Então essa
questão do protagonismo infantil ela é algo que vale destaque né enfim né Eu penso que o papel a função da criança na verdade é ela viver essas experiências essas experimentações a sua explorar a sua imaginação enquanto nós educadores nós temos que ter a consciência o que que o nosso papel é o de oportunizar né essas experiências para os nossos alunos e para professora Adriana né eu peço gentilmente que a senhora comente um pouquinho porque a gente ouviu aqui que o brincar ele faz parte de qualquer faixa etária desde um bebê até mesmo nós né Nós
adultos também gostamos de brincar então eu gostaria de saber se existe uma diferença entre o brincar que é oportunizado para criança que tá lá idade de creche se existe alguma diferença ao longo do tempo até mesmo que aquelas crianças é do Ensino Fundamental muito obrigada viu deixa aqui o meu abraço e o meu desejo de uma ótima noite para todos muito obrigado Passa então agora a palavra para última integrante da mesa que a professora mislei é diretora de escola no município de Guararema Boa noite a todos em primeiro lugar eu queria dizer que essa noite
foi um presente um presente especial né ouvir aí a professora Adriana falando tantas coisas importantes sobre brincar ela reforça né tudo que a gente já sabe mas que a gente precisa ouvir de novo que a gente precisa reforçar aí na nossa prática diária o que os outros integrantes nossos colegas aqui na mesa falaram eu como das mesmas ideias e perguntas também que fizeram só vou fazer um comentário pessoal que eu ao meu ver é uma delícia quando a gente vê uma criança brincando é muito prazeroso ver uma criança brincando quando ela tá ali absorvida naquilo
é um universo que você não consegue É de fato acessar Mas você sabe que ali na cabecinha dela coisas Inúmeras coisas estão passando para mim é um mistério né O que tá acontecendo ali naquele momento e aí a minha pergunta seria uma pergunta qual é o papel do professor nesse momento porque eu sou professora da Educação Infantil hoje estou na direção de uma escola mas eu sou a professora da Educação Infantil e às vezes gera um pouco de incômodo nesse momento do brincar livre da Criança é que eu faço nesse momento às vezes parece que
a gente não tá fazendo nada não tá fazendo meu trabalho porque eu tô aqui quieto observando Então eu queria que a professora colocasse Qual que é o papel do educador no momento do brincar livre da criança né eu posso intervir não posso eu sei que a infância ela tem que ser conhecida reconhecida e muito respeitada então Em que momento eu posso fazer uma intervenção que eu posso interagir com a criança qual momento que eu preciso não dei o momento dele eu preciso ficar no meu lugar agora que é Então essa é a minha minha dúvida
eu sei que a gente precisa de bom senso de sensibilidade nesses momentos mas eu queria ouvir da professora Qual que é o nosso papel nesse momento aí do brincar livre e agradeço a todos essa minha colocação minha pergunta Muito obrigado Passa então agora a palavra de volta para a professora Adriana e logo em seguida essa manifestação sintética da professora Adriana em relação às questões apresentadas nós vamos aqui apresentar as perguntas e questões apresentadas pelo chat Adriana muito bem a pergunta dele é existe uma idade limite para brincar não não existe não existe e fato é
que essa ideia do brincar então assim depende da idade os interesses e o que eu tenho muito com os alunos com os estudantes com os professores com os educadores é que a gente compreender a importância dessas linguagens na nossa vida nunca é tarde se eu hoje tem uma lembrança que eu gostava muito de cantar e alguém me disse se você desafina e a gente se frustra ou agora não tem mais tempo agora você tem que se preparar para se preparar lá para o futuro e a gente é muitas vezes não volta a recuperar esses essas
linguagens expressivas que são saúde são formas da gente se expressar que nem sempre é pela palavra ou pela escrita e é isso eu sempre quis dançar eu sempre quis fazer me expressar eu tenho uma facilidade para me expressar pelo corpo vai dançar nunca é tarde sabe eu sempre quis tocar um instrumento eu sempre quis escrever poesia então é para sempre isso eu acho importante dizer que é importante que a gente também tenha retome Em algum momento da nossa vida é mais quando a gente trabalha com crianças a nossa as nossas linguagens expressivas a Valéria perguntou
se eu brincar para as crianças da creche é diferente das crianças do fundamental nesse ensino médio é diferente e isso a gente vai descobrir Claro que tem ali muitos estudos que falam a respeito o primeiro a criança brinca com sentidos depois ela imita depois ela brinca de Faz de Conta aí vem essa fase da construção da experimentação dos jogos dos jogos de tabuleiro dos jogos físicos Mas vamos dando os interesses das crianças e a gente e dos jovens né então é importante que a gente acompanhe que a gente tenha esse repertório mas que também a
gente Observe Quais são os interesses delas porque aí a gente vai descobrir não é somente o que tá no mercado tá porque as crianças hoje estão muito mais espertas do que o mercado pode oferecer E aí a sua última pergunta mislei muito importante também que que eu faço enquanto eu observo uma criança brincar qual é meu papel e eu falava eu dei umas dicas ali né uma distância silenciar ficar observando mas às vezes é brincar junto a observação cidade outras formas posso pedindo licença enquanto eu observo é muito importante a gente se conectar com as
nossas percepções não tentar interpretar não tentar dizer Nossa ele não consegue fazer isso Isso tá errado eu vou mostrar não é muito mais passar pelo incômodo viu mislei passar eu tô aí com o grupo grande aí de 50 professores que estão nesse momento o incômodo de não entender não fazer aquilo que a gente normalmente faz dizer mostrar corrigir ensinar é um outro momento e eu vou dar um exemplo eu digo é como quando a gente viaja para um país estrangeiro você não sabe a língua você não sabe os costumes Você não sabe o que comem
Quais são as danças Quais são as brincadeiras a gente vai para aprender então é um pouco esse essa atitude vou para aprender algo que eu não sei por mais que eu tenha sido criança né porque ele foi ser de cada um também não necessariamente a mesma né então um pouco para concluir é incômodo e não é que você não tá fazendo nada e a gente acaba sendo tradutor para quem não estava ali para dizer olha o que veio Olha o que eu vi Olha o que eu observei enorme é grande mas nós estamos no momento
muito novo de produção de novos conhecimentos que vem a partir do protagonismo das crianças das suas expressões Então acho um momento muito importante obrigada pelas perguntas Obrigado pelas respostas também Professor Adriana vou trazer algumas aqui em alguns blocos né que vieram pelo chat Alguns são pedidos de comentários e outros são perguntas efetivamente Aline Araújo começando com ela ela fala pede o seu comentário sobre a seguinte colocação infelizmente ainda há uma imagem muito deturpada sobre brincar há uma uma visão equivocada em relação a achar que brincaram é uma perda de tempo e isso também é uma
coisa que atinge as famílias é muitos familiares acham que a escola tem que tem que garantir certas competências né que são mais visíveis e não vai são capturadas por essas provas e exames em larga escala Então pede um comentário né Isso já foi tocado aqui mas tá sendo recorrente ainda mais do que diz respeito ao ensino fundamental onde Por exemplo agora nos anos iniciais do Ensino Fundamental como também nos anos finais agora no final do mês de outubro em novembro haverá a aplicação das provas do Sistema Nacional de avaliação na Educação Básica o saep né
e todo mundo tá preocupado com isso também então começa a ter uma espécie de colisão de objetivos e até de percepções como se apenas a demonstração de habilidades em língua portuguesa e matemática fosse o tudo da educação mas enfim Pede uma uma um comentário seu a respeito disso a Fernanda Ribas pergunta o seguinte é certo dizer que há um brincar Nato e um brincar aprendido com os alunos mais experientes então aí mais uma perguntinha para você a para Viviane Franco também vai na mesma linha considerando as duas formas de brincar a livre e a intencional
com uma escola deve planejar esses momentos e de que forma definir os objetivos pedagógicos dessas atividades e termina esse esse primeiro bloco de questões com a questão trazida pela professora Aline Freitas como transformar a sala de aula e um espaço lúdico um espaço do brincar é possível ter esse desenvolvimento em espaços delimitados e restritos E aí professora Adriana por favor Muito bem Olha tudo que eu trago aqui de comentário das questões de vocês tem muito a ver com as inúmeras experiências e propostas que eu tenho visto e aprendido né muitas escolas e com muitos professores
né Vamos falar das famílias as famílias têm uma expectativa sempre tem essa expectativa e realmente a gente já sabe que nós temos também a responsabilidade de Educar a família não é só a criança né Eu sempre acho que um caminho muito interessante é convidar a família para alguns momentos em que o pai a mãe avó vai contar para as crianças ensinar para as crianças os brinquedos que construía do que brincava quando era criança um incentivo que a criança vai pesquisar na sua família e os pais venham para dentro A famílias venham para dentro não só
se cria um diálogo Como é o momento em que a família os adultos tem uma percepção da importância se foi importante para eles ou se faltou para eles é nessa hora que eles entendem porque também A criança precisa ter esse espaço eu acho que isso se liga com as outras mas também né é com essa questão do das provas da responsabilidade eu falava anteriormente como para todos nós nós não precisamos momentos de ócio de lazer todos nós é igualzinho assim a gente precisa para poder se refazer né do estresse do trabalho dos problemas todos nós
precisamos disso então é transpor um pouquinho essa necessidade para a gente ter o nosso corpo e a nossa psique a nossa saúde mental e emocional mas equilibrada então eu entendo que isso faz parte a criança mais do que nunca mais do que ninguém mas eu acho que é só transpor produto para família um pouco essas reflexões o brincar sim como eu falei no na minha fala ou brincar é da natureza e também o brincar é aprendido né e o brincar é ressignificado não só a criança aprende mas ela também ressignifica coisas que aprendeu mas é
esse impulso lúdico com qual o ser humano já nasce é sobre os objetivos pedagógicos então assim e já vou juntar com a última questão Como transformar um espaço fechado no espaço de brincar eu acho que tradicionalmente nós temos aprendido muito como Montessori contra os educadores né com rejunilha a gente montar os cantos aonde essa esse momento interessante de intervir a intervenção se dá nas provocações que que eu sugiro para o espaço E observa o que que a criança pega com quem o que ela escolhe como ela brinca como ela manuseia aqueles objetos na roda é
cotidiano mas é ali que eu consigo começar a entender porque naquele canto ninguém vai o porquê naquele canto e com aquele livro com aquele material só tem uma criança que se interessa E aí o vilas ouvi-las e ir junto transformando o espaço eu acho que é possível no espaço aberto no espaço fechado em todos esses espaços Esse é esse Isso é o que nos cabe não tanto intervir na brincadeira das crianças e de novo sobre os objetivos pedagógicos brincar livre ou brincar internacional tem o brincar internacional mas tem esses momentos que a gente tem que
de verdade conseguir não intervir que esse momento do recreio esse momento livre esse momento em que a criança ficou conversando no corredor nos deslocamento das Crianças eu não consegui falar né Não deu tempo mas tem muitas pesquisas interessantíssimas que foram observar por exemplo brincar interrompido o que acontece quando a criança tá brincando no tempo livre dela no Recreio nós chegamos e falamos Guarda tudo a gente interrompe o processo que mal a gente compreende que processo é esse muitas vezes a criança leva um tempão para montar o cenário e nem começou a brincar e já acabou
o tempo mas no dia seguinte ela volta se a gente começa a olhar de verdade a gente começa a descobrir que tem uma narrativa que a criança vai criando né toda nesse exemplo mas tem muitos outros exemplos o que acontece no brincar com a terra com areia com as árvores né Os Segredos das Crianças aqueles cantos que a gente por mais que conhece a escola só ela sabem então dar uma câmera de fora aqui algumas ideias né mas é uma câmera de de celular ou umas câmeras antigas para criança tirar fotos de espaços e que
elas nos revelam por exemplo que espaço são esses que a gente não enxerga Mas elas enxergam sair para andar pela comunidade pelo bairro pela vizinhança e ouvi-las porque elas têm muito a contribuir né são pequenas aí eu saí um pouco do tema viu Professor César mas eu me empolgo muito com as descobertas que vem vindo de educadores que tem ficado muito a pena não você não saiu nada do tema né Essa toda preocupação desta edição do fórum que a respeito das múltiplas linguagens e a sua contribuição para educação integral eu acho que é toda sua
abordagem a respeito da brincadeira das brincadeiras dos diferentes momentos das infâncias elas expressam né várias linguagens que todos nós educadores aliás precisamos também aprender com elas né mas eu vou dar continuidade algumas questões que foram aqui apresentadas e até os participantes do chat então percebendo que várias questões estão sendo respondidas por isso que eu não tô trazendo todas elas e até algumas que eu já tinha relacionado aqui de alguma forma já foram até tocadas a Viviane Franco por exemplo os momentos de brincar costumam diminuir conforme as crianças avançam nas diferentes etapas de ensino qual é
o problema que isso traz né O que é que precisa mudar isso já foi tocado mas volta com muita frequência aqui e a professora Talita ainda complementa como pensar a transição da educação infantil para o ensino fundamental sobre o prisma de brincar isso também já foi tocado pela professora Adriana e até por outras perguntas que foram aqui trazidas Mas vai valer a pena trazer novamente há uma outra questão que a partir veio também da Viviane Franco há um aumento de agressividade nas brincadeiras da criança nos momentos de Recreio nessa no fundo é uma pergunta né
mas também uma constatação os educadores podem ter qual tipo de postura em relação a esse cenário né de aumento de agressividade coisa que nós sabemos que foi inclusive aprofundado por conta das consequências da pandemia então pediria que você pudesse comentar essas questões ou aprofundá-las já que já foram até tocadas por você Adriana a pergunta primeira né da professora Viviane o que falta né para esses momentos do brincar aqui também tem a ver com essa passagem do fundamental Eu entendo e eu acho que isso é uma questão muito antiga né as artes a brincadeira e os
corpos precisam ter mais espaço não só o que é do raciocínio porque são é através dessas linguagens todas que a gente aprende se desenvolvem não somente do cognitivo eu digo é uma questão antiga porque sempre as artes e tudo que tinha a ver com os corpos sempre foi relegado né Sempre foi o que menos tempo tinha se a gente compreender Professor César esse fórum tão importante esse tema tão fundamental que vocês propuseram para esse fórum precisamos compreender que nem todas as crianças têm essa capacidade de Alguns são mais mentais né então você pega um bebezinho
tem bebês que primeiro aprendem a falar antes de aprender a andar e provavelmente essas crianças a vida inteira estarão muito mais conectadas com o cognitivo Mas elas precisam E aí eu vou pegar a pandemia vou pegar a questão da agressividade o que aconteceu na pandemia e o que tem acontecido por conta dos corpos e esse tempo que a gente todos nós ficamos sem contato com a natureza é muito parados não só as doenças as consequências que todos temos vivido as crianças também mas principalmente eu acho que é quando perguntam né a agressividade tem aumentado eu
me lembro que quando tava começando quando tava no finalmente de acabar a pandemia as crianças e muitas situações voltaram para as escolas como muito medo não queriam se separar da mãe não queriam deixar o celular né um estranhamento do encontro presencial e eu me lembro que trabalhando com muitos e muitos professores e também muito é muito inspirada pelo por ideias e por reflexões por exemplo do tonut né que um grande defensor das Artes e do brincar eu colocava a importância que naquele momento tinha não de pegarmos dois anos atrás Então vamos continuar fazer uma espécie
de uma anamnese anamnese é o que o médico faz né Você vai no médico e ele quer compreender como você está Quais são suas dores porque você veio consultá-lo então o nosso papel que nós não somos médicos e não se trata de interpretar deixar a criança se expressar com os corpos principalmente a brincadeira então agressividade é uma situação de uma energia contida então quando nós mesmos Estamos aqui hoje sentados por duas horas né na pandemia ficavamos 4c se ensinou para nós exaustivo imagina para uma criança Todos nós sabemos disso então eu interpreto agressividade de duas
formas uma é uma energia contida então o que que nós precisamos fazer dar mais espaço para os corpos como não sair ela se com brincadeiras com brincadeiras de movimento com brincadeiras de correr de se esconder a brincadeira é um mistério mas é muito potente para isso mas a agressividade muitas vezes é uma grande carência é uma forma da criança pedir socorro é uma forma da criança não saber colocar de outra forma que ela precisa de uma atenção e atenção pode ser um abraço pode ser um colo ou pode ser olha para mim me escuta porque
tem alguma coisa dentro de mim eu não sei Expressar e quando eu falo muito da importância dessa escuta dessa observação é muito para gente poder descobrir qual é a potência a habilidade a linguagem na qual cada uma dessas crianças é mais tem mais fluência para se expressar porque isso vai ajudar Então esse é colocar um holofote e dizer essa criança precisa de muito movimento aquela outra precisa ficar mergulhadinha precisa ler um livro e a gente poder um pouco difícil muito provocador muito muito complexo mas eu entendo nós temos um compromisso com a saúde física e
psíquica e mental aqui agora né E aí se a criança se sente olhada acolhida aceita respeitada tem os combinados de fazer com ela agora fizemos isso mas daqui a pouco temos porque tem as obrigações e tem também então esse equilíbrio entre o tempo livre e o que é direcionado e o que é obrigação e o que é a possibilidade de expressão de se expressar pela por alguma dessas linguagens né então eu entendo Professor César e todos que estão aqui que eu não posso ver mas que é chegada a hora da gente dar esse espaço de
voz as crianças e a gente não dá ela já tem mas a gente oportunizar poder conhecê-las escutá-las observá-las para a gente repensar que geração é essa que vem aí porque passa muito rápido então é de uma complexidade tamanha isso que a gente tá falando aqui mas eu acho que é por isso que a gente escolheu essa profissão né Tem um pouco do que nos cabe né e o que nos cabe não é fácil mas é maravilhoso também ao mesmo tempo Obrigado complementando tem uma questão aqui relacionada à questão dos registros esses registros tem tem muito
a ver com até o compartilhamento com a comunidade da escola os demais profissionais né ainda no que diz respeito a registros uma constatação de que é muito frequente infelizmente no nosso país a passagem né da educação infantil para os anos iniciais do Ensino Fundamental como se fosse uma outra criança e É frequente que as escolas não transportem os registros que são confeccionados na educação infantil inclusive os registros sobre isso Você acabou de dizer as várias maneiras de expressão as várias percepções dos professores de educação infantil sobre essas crianças e de repente ela chegam né na
Escola de Ensino Fundamental que às vezes fica até no mesmo prédio né sem que esses essa comunicação a respeito das características próprias em simulares de cada criança sejam transmitidas para aqueles professores que nos anos iniciais do Ensino Fundamental particularmente a partir do primeiro e segundo ano tem lá também os seus objetivos mais explícitos de alfabetização e letramento então a gente pede essa essa fala sua um comentário a respeito da Necessidade desses registros desses registros serem coletivizados pela equipe escolar e sobretudo que eles possam ser transmitidos entre as diferentes etapas da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental Então essa primeira questão a professora Alessandra rodelli trata também aqui pede um comentário educadores venha assegurando a importância do brincar na educação e na vida então qual é a dificuldade Para incorporar sem cobranças a brincadeira como um hábito no currículo escolar então aí vem a questão do planejamento e dos objetivos e dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento faço outra aqui que vem da professora professora Clélia Faria existe em nosso país parâmetros leis diretrizes algumas coisas até evoluídas contra o direito de interagir de brincar Porque então não conseguimos transformar as escolas de educação infantil e
do Ensino Fundamental Apesar desses dispositivos como são por exemplo a base Nacional como curricular relativa à educação infantil e a base Nacional comum curricular relativa ao ensino fundamental e ainda uma outra Cleide a cliente Siqueira ainda fala o seguinte se sabemos a importância do brincar porque não há porque ainda há secretarias que insistem no livro didático e numa educação puramente com terrorista mesmo na educação infantil Puxa vida quantas questões importantes né Mas sabe que eu percebo nesse bloco que tudo tem a ver com comunicação e tudo também tem a ver com a formação eu sempre
penso o profissional que mais procura continuar sua formação é o professor o professor se forma e chega na escola diz Preciso começar do zero que dificuldade é essa eu entendo que é uma dificuldade que tem um problema na formação mesmo básica do professor lá na pedagogia a Gente Nem chega nesses assuntos né mas para mim também por isso que eu nos últimos 20 anos tenho trazido muito esse diálogo entre o professor que é um observador E é aquele que ensina é aquele que transmite porque a gente não é tudo que está na lei não é
tudo que tá na base não é tudo que está na é aqui agora vida real aquelas crianças por mais que o professor esteja trabalhando a 20 30 anos com a mesma faixa etária a cada grupo cada criança é um mundo então essa esse é um grande desafio né a gente compreender que as crianças também têm a potência de serem nossas mestras né Acho que conhecimento há muito né não falta conhecimento não faltam experiências não faltam metodologias eu entendo que o que falta talvez seja humanizar as relações dentro dos contextos no sentido de dizer eu também
fui criança eu sou um adulto olhar um processo que eu sempre falo não é fazer terapia mas processo já autoconhecimento para compreender de alguma forma que é humano a criança ser agressiva a criança chorar a criança não participar ou a criança ser super inteligente de todas as as situações Em algum momento da vida todos temos problemas feridas separações perdas frustrações conquistas né Eu entendo muito que tem uma questão de comunicação mas tem uma questão também de humanização e de novo eu reforço que o brincar as artes é o movimento são a chave para gente poder
quebrar e temos muitos exemplos temos exemplos Magníficos né Nos quais a gente se inspirar usados a gente precisa de coragem e a gente precisa se juntar sozinho ninguém faz então acho que essas conversas essas trocas troca de experiências se um incentivo circular dentro das equipes ou entre as diferentes escolas as diferentes redes e já que começamos falando de registros registrar as experiências democratizar as experiências para ver que é possível e por isso que depois lá o pessoal quando tiver acesso aos links que eu deixei vai poder ter acesso aí há muitas muitos depoimentos de professores
professores pesquisadores que foram se abriram para essa escuta e para descobrir coisas que a gente mal imagina né o quanto a gente tem para aprender e para repensar Obrigada Adriana bom nós estamos começando a chegar na parte final aqui do nosso encontro dessa terceira sessão do fórum e com essas palavras da professora Adriana eu até puxo algumas coisas que já vieram até de comentários de experiências próprias que estão sendo realizadas por profissionais educação e diferentes municípios do Alto Tietê a professora Soraia por exemplo diz o seguinte criatividade é a palavra chave se não há espaços
eu crio na própria sala para trabalhar a música Peixe Vivo eu fico no fundo do mar utilizando material TNT e as Crianças adoram né Então tá aqui um exemplo a professora Geni varga brinco de caça ao tesouro Qual é a letra entre outros tudo isso desperta a atenção das Crianças mas eu tenho quatro estudantes terceiro ano que não são alfabéticos ela até Pede uma dica né quer dizer como é que eu posso lidar com essas essas desigualdades do ponto de vista de desenvolvimento das crianças Principalmente quando há objetivos educacionais e são mais claramente fixados durante
os anos iniciais ou nos anos finais do Ensino Fundamental então a gente com isso Inclusive eu quero aqui mais uma vez convidar os educadores das redes de ensino apostarem no portal do fórum essas experiências todas né o que nós acabamos de ouvir da professora Adriana e na realidade ela ela reflete muito do conhecimento que existe nas redes e que existem entre os professores que é muito importante que a gente comunique que a gente troque a região do Alto Tietê vem se fortalecendo porque está empenhada num trabalho não apenas de troca de experiências mas de colaboração
trabalhar juntos aprender uns com os outros então professora Adriana com essas essas considerações aqui da professora Soraia e da professora gerem vagas eu peço que você também faça as suas considerações finais para que nós possamos fazer o nosso encerramento é complexo então pouco tempo responder a tantas questões né mas eu diria que o convite é para que a gente volte a se conectar com a nossa criança que a gente compreenda que essa criança que fomos foi num tempo determinado que tivemos o que não tivemos nos impulsione para e nos motive para poder descobrir nas crianças
com que a gente trabalhar hoje então assim a coragem a criatividade a troca a comunicação acho que vocês mesmos são trazendo todas essas questões e às vezes a gente fica tão preocupado com que a gente deixou para trás ou com que a gente tem como objetivo que a gente se desconecta da presença ali naquela hora com as crianças então é complexo é cotidiano não vão para casa com o coração apertado já eu deveria ter feito isso a gente vai aprendendo todo dia né vivendo e aprendendo errando e voltando aprendendo né não deixem de encontrar os
seus caminhos suas linguagens expressivas para sempre porque isso vai todos nós né nós vivemos momentos da nossa sociedade da nossa o momento da civilização é muito forte muito delicado né Muito desafiador vamos resgatar resgatar aquilo que é essencial aquilo que para nós foi essencial e que nós podemos passar para as crianças o brincar é a chave arte a chave o corpo é a chave e a comunicação interação a troca então assim agradeço demais por Esta possibilidade essa oportunidade esse convite Professor César e a todos os que trocaram aqui comigo e todos os participantes e o
material tá aí eu fico à disposição os meus contatos também estão aí e a gente continua a gente tá em processo sim muito obrigada boa noite Muito obrigado professora Adriana você foi ótima muito obrigado pelas suas contribuições como também foram brilhantes as contribuições de todos especialmente da professora Elaine da Vânia Baltazar da Aline da Eliete Teixeira da Valéria e da mislei né que fizeram questões muito orientativas aqui desse desse nosso debate bom estamos encerrando essa terceira sessão do quarto fora internacional educação dos Municípios do Alto Tietê e eu quero convidar todos para a próxima sessão
que assim como as anteriores e dessa né será muito especial quando nós trataremos do tema histórias e culturas indígenas e afro-bras na escola políticas afirmativas em ação com a participação da professora Nilma ali no Gomes ex ministra das mulheres da igualdade social e dos direitos humanos e da professora Cristine Itaquá que é uma professora indígena formadora de professores com uma larga experiência nas várias e múltiplas expressões da cultura indígena que precisa com tanta riqueza que deve deve ser incorporada no miolo das propostas curriculares e das atividades educacionais das nossas escolas e das nossas redes bom
a todos vocês muito obrigado em nome do secretários e da secretários educação dos Municípios do Alto Tietê Eu desejo a todos uma boa noite dizendo que a partir de agora essa sessão estará disponível no YouTube e também no portal do fórum e aqueles professores e professores e de mais educadores empenhados em fazer os relatórios relacionados a essa sessão que o sistema Ava né que o sistema que recebe esses relatórios ele já está aberto e vocês podem encaminhar a todos vocês uma boa noite e viva o quarto fórum internacional de educação dos Municípios do Alto Tietê
um exemplo para região para o estado de São Paulo e para o Brasil um abraço a todos [Música]