Conceitos de Beleza - Prof. Lúcia Helena Galvão de Nova Acrópole

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há uma concepção que diz que a beleza subjetiva aquela história de que a beleza está nos olhos de quem vê Particularmente eu acredito que a beleza está nos olhos o que em busca ver porque ela está embutida em cada coisa cada coisa ao existir Guarda um pouco do seu ser e no ser de cada coisa existe a sua parcela de beleza seja beleza não está nos olhos de quem vê mas de quem quer ver de quem procura ver essa subjetividade com se nada fosse Belo e ela fosse uma invenção cultural hoje eu já conta com
muitas discussões e muitas posições encontrarem quando as próprias pesquisas começam a perceber que uma criança de idade muito tenha já tem certas noções sobre a beleza e isso é universal Pitágoras falava de uma proporção Áurea que seria o fim ou seja tudo aquilo que está no seu momento de plenitude de vida tudo aquilo que está no seu momento Ápice de desenvolvimento de alguma maneira obedece uma proporção Áurea é o que hoje nós dizemos quando entra o fator entropia que acompanha o tempo começa a tirar essa plenitude de vida das coisas e elas vão perdendo essa
coincidência com a proporção Áurea segundo ele o número Fi estaria na base da maior parte das relações do universo isso já foi falado e tratado demais ao longo da história a proporção perfeita o número de ouro metagórico que associado Então por ele há uma certa Harmonia não só no plano físico mas também no metafísico você já haveria também uma certa proporção de como lidamos com os nossos pensamentos e emoções para entrar em equilíbrio isso transparecer através do físico Aristóteles costumava dizer que a virtude leva a beleza ou seja Que beleza transborda tem uma série de
pensadores que falam sobre isso marmonia muito grande interna uma série de elementos muito bem praticados a condição humana é bem afiada transborda em beleza bom pode haver ou não beleza em Nata nesse corpo mas haja ou não uma psique virtuosa é uma alma virtuosa quando transborda a harmonia ela sempre vai amenizar as possíveis imperfeições desse corpo e se já havia Beleza vai torná-lo muito mais luminoso ou seja o desenvolvimento da virtudes naturalmente leva a Beleza independente do corpo físico e qualquer outro elemento que ele possa conter É curioso como nós temos uma percepção alterada da
aparência das pessoas quando sabemos a bondade que elas têm por exemplo curiosidade que tem por muito que seja uma pessoa comum ou talvez até uma pessoa já com sinais acentuados de velhice a gente não pode deixar de olhar e sentir aquele sentimento de ternura embebecimento Que normalmente temos diante da beleza física na Índia por exemplo conta-se que uma mulher jovem era tida como atraente uma mulher dela era uma mulher que ele tinha algo de Sabedoria que é um detalhe que eu acho muito curioso e muito interessante bom a idade média vai falar que a beleza
só é alcançável através de Deus ou seja uma propriedade de Deus que só quando o homem se coloca serviço dele recebe alguma iluminação que o Embelleze bom se nós ampliarmos um pouco essa noção não só para divindade teológica mas também para aquilo que de Divino existe dentro de todo ser humano nós caímos em algo muito parecido com aquilo que Aristóteles falava Ou seja que a beleza transborda da virtude o Divino dentro de nós quando de alguma maneira ocupa os seus passos ele transparece ou seja a essência entra na existência e transparece e dá o homem
a possibilidade da Beleza real profunda que realmente pertence a ele que uma beleza física não pertence ao homem pertence a um ciclo da vida e nada impedirá o tempo de tomar isso dele agora uma beleza metafísica é propriedade do ser humano está inteiramente sobre seu poder seja nada que é realmente teu pode ser tirado de ti e uma beleza que você pode manter e sustentar por toda sua vida ou talvez até mais essa é realmente tua e teria um caráter de legitimidade maior do que aquele que é uma mera conjunção genética associada a uma idade
da vida no Renascimento acho que em muitos conhecem as ideias de Jorge vazari que faz aquele longo livro sobre os artistas do Renascimento e que ele vai introduzir muito fortemente não é eu primeiro mas ele vai introduzir muito fortemente essa ideia da Beleza como harmonia das proporções baseia-se muito no homem vitruviano de Leonardo e acredita numa determinada Harmonia parecido com a ideia do filho Pitágoras que quando ela se obtém naturalmente a aparência daquele ser transborda em beleza recordo que é muito pouco tempo dois ou três anos atrás houve uma busca pelo mundo afora de quem
tinha o rosto mais proporcional pegar uma jovem inglesa que foi aqui mas se encaixou dentro daqueles padrões matemáticos combinaram um hemisfério do rosto com outro e ver a proporção quando um refletir perfeitamente e mostraram como Possivelmente o rosto mais belo do mundo sem dúvida era uma jovem bela mas eu acho que a maior parte da humanidade seria capaz de avaliar que sem sombra de dúvida já havia visto posto muito mais belos do que o dela ou seja há algo além da proporção Com certeza esses experimentos já foram abundantemente feitos ao longo da história não se
trata apenas de uma simetria nem de uma proporção de determinados valores a Algo Além existe um filósofo irlandês chamado francisch rutherson e ele dizia numa obra investigação sobre a beleza ordem harmonia e desígnio ele falava que a beleza é a unidade na variedade e variedade na unidade a beleza consiste numa conjunto de coisas pequenas detalhes requintados e quando são combinados harmoniosamente produzem uma sensação de unidade então se você imagina por exemplo um quadro um quadro é belo pelos seus detalhes ou pela composição geral ele é belo por ambas as coisas se alguém imaginasse uma das
composições que eu considero mais Geniais do universo que a criação de Adão de Michelangelo a composição é muito bem pensada mas alguém que não tivesse Requinte nos detalhes na pintura na musculatura do corpo de Adão do corpo de Deus alguém que não precisasse pela riqueza dos detalhes teria uma composição uma boa ideia desperdiçada numa execução pobre e se também fosse uma execução requintadíssima mas a cena geral fosse alguém sei lá fazendo uma coisa Qualquer grosseira tão pouco seria um quadro Belo Então você tem a ideia da unidade ou composição e o Requinte dos detalhes que
são todos diferenciados e que se combinam se harmonizam formando a unidade então a ideia de Hudson era de que a beleza era uma harmonia das Diferenças unidade e na variedade e variedade na unidade que é bem interessante isso uma beleza por exemplo numa sociedade seria cada um ter a sua identidade própria cada um ser profundamente aquilo que é e respeitar a si próprio como aquilo que ele é e compor Não respeito as diferenças viver e deixar viver o respeito e harmonia das Diferenças produziriam uma obra de arte contrariamente é o que pensamos já séculos Harmonia
social não vem da massificação não vem de todo mundo igual vem de identidades que se respeitam e se harmonizam muito bem a harmonia na variedade harmonia das Diferenças como não Belo quadro ou em uma bela melodia John Kids é um poeta inglês que ele tem uma poesia que admiro bastante o vaso grego onde ele fala na sua conclusão a verdade é beleza a beleza é verdade e tu é tudo que aparece saber e nada mais isso é muito bonito o que é a verdade uma das coisas são autenticamente aquilo que são que ao mesmo tempo
quando todas as suas unidades estão harmonizadas e ela logicamente transplanta essa harmonia de dentro para fora e é capaz de promover a individualidade do outro e não querer torná-lo igual a si próprio promover as individualidades e harmonizar perfeitamente com elas como incrível como isso resulta Belo então a verdade das coisas ou seja o melhor ser humano a melhor sociedade a verdade de uma sociedade a verdade de um ser humano seria a beleza a combinação inteligente das Diferenças que não se intimidam por ser diferentes o vermelho é totalmente diferente do azul e Ambos são plenos naquilo
que são o dó é perfeitamente diferente do ré e ambos se combinam sendo que são e são plenos naquilo que são eu acho isso muito interessante Então uma comparação a mais a beleza com a verdade temos também edmund Burke e Manuel Kant como a comparação muito interessante a ideia do Belo e do Sublime Então você imagina o ordinário uma casa bem arrumada Roger krutam também falava muito sobre isso a casa bem arrumada um jardim harmonioso Isso é uma beleza ordinária extremamente necessário organizadora até da psique do homem que com ela ou seja ela obedece em
geral a simetria Harmonia todos esses padrões comuns Que nós conhecemos porém existe a beleza extraordinária que aí você parte para o Sublime e a natureza lança a mão dela também Imaginem vocês a imagem de um oceano revolto não tem nada de simetria ali sobretudo se tem uma tempestade ainda desce um raio do céu e aquele oceano absolutamente levou não tem simetria de uma grandiosidade que é difícil olhar para uma imagem dessa e dizer como é belo é difícil não fazê-lo assim quando você vê a escarpa dos Alpes aquele gelo gigantesco cheio de pontas desafiador não
tem nenhum tipo de simetria mas se você percebe que existe algo de ousado inusitado a natureza naquela Quebre regras ela gera regra segundo padrões que ainda não somos capazes de entender que é extraordináriamente belo assim também quando vemos uma tempestade que sacode violentamente uma árvore você percebe um movimento a dança daquela árvore como algo extraordinariamente Belo embora não previsível não simétrico seja a natureza produz aquilo que ele chamavam de sublime diante do Belo nos harmonizamos diante do Sublime somos desafiados é uma beleza que se mantém dentro dos padrões uma beleza que rompe padrões de uma
maneira extraordinária mostrando que ainda temos muito que caminhar até uma beleza plena Então cante inclusive no seu ensaio sobre o Belo e o Sublime ele faz uma espécie de desafio que eu acho muito bonito nós sentimos intimidados diante dessas carpa dos Alpes ou diante desse oceano mas no momento seguinte podemos recuperar a nossa dignidade quando percebemos que essas coisas podem nos aniquilar fisicamente mas não podem nos corromper existe algo dentro do caráter humano dentro da alma humana que é tão grandioso e tão desafiador quanto essas duas realidades da natureza e que é capaz de os
seus limites sem deixar que ninguém interfira no seu curso você pode matar fisicamente um homem sem querer mas não pode corromper um homem sem querer ele absolutamente autônomo absolutamente grandioso e absolutamente Sublime quando faz dizia que vontade de poder é vontade de beleza aquela concepção de poder de nith que é sensacional ele coloca o poder como poder ser como poder fazer como poder se auto transformar como poder realizar ele diz que esse poder dá o homem a grandiosidade que o torna belo muito parecido com a ideia do Sublime de Kant ou seja o belo é
um homem que foi o limite das suas possibilidades humanas que realizou o seu potencial seja que tem poder sobre as circunstâncias internas e externas poder sobre o eu animal poder sobre as circunstâncias corruptoras que sabe se impor sobre as circunstâncias levando a sua identidade junto que leva os seus poderes latentes da sua máxima expressão o belo para Nite era na verdade o Sublime o Sublime encarnado não ser humano portanto a vontade de poder é vontade de beleza beleza para ele não era uma coisa simples a gente simétrica e regular beleza era o máximo de possibilidades
de cada ser Joseph Peter que é um filósofo alemão muito interessante do qual falei algum tempo atrás ele tem também uma ideia que eu achei curiosa todas essas coisas a gente pode observar na nossa própria experiência e é importante que vejam que façam essa transferência desses conceitos para que não sejam melhor é teoria me Perdiz que é Harmonia é o que transborda quando há uma colocação interna correta o encaixe interno de cada coisa no seu lugar ou seja como se fosse um senso de justiça interna onde cada coisa ocupa o seu papel um homem furioso
não é belo não tem Harmonia porque a fúria instintiva brutal é de um animal pode ser até que um leão rugindo seja Belo um homem rugindo Não não é próprio do homem é Belo no homem quando ele domina o seu animal e chega o máximo de Justiça o máximo de gênerosidade o máximo de amor o máximo de fraternidade isso é um homem indo ao assim como o leão vai ao seu máximo quando ruge então a correta colocação das coisas internas faz com que tudo que esse homem emita seja Belo e eu volto sempre Recordar nos
meus tempos em que fazer canto lírico a muitas décadas quando a professora dizia que quando eu sabia colocar bem Todas as estruturas a minha voz por dentro que eu ficasse tranquila que qualquer som que eu emitisse seria Belo isso me recorda muito fortemente e ainda hoje quando eu penso vou ter que trazer beleza Necessito disso me alimento disso beleza para minha vida beleza para o ambiente onde vencer eu olho para dentro e vejo está cada coisa no seu lugar porque senão as musas Não comparecem eu não tenho recipiente suficientemente Limpo para que as musas depositem
o seu vinho sagrado seu néctar Cante mais uma vez ele dizia acrescentava uma visão sua de que o belo não seria uma característica objetiva das coisas e sim uma característica mental subjetiva é Aquela Velha História de quem ama o feio bonito ele parece que é uma ideia que já foi muito defendida ao longo da história acho que também contém as suas contradições parece que Como já falamos uma criança de idade muito pequena é capaz de reconhecer coisas mais belas que outras pesquisas uma dimensão intuitiva que percebe algo de Belo nas coisas porque pertence a elas
em si independente do Observador Então essa ideia de que a beleza está nos olhos de quem vê é bem discutível falava e isso é uma ideia dessa que eu mais gosto ele dizia que o belo é a expressão sensível de uma ideia ou seja imagine a ideia do bem como diria Platão a maior de todas as ideias se eu pego essa ideia com muita correção com muita precisão se eu sou como um pontífice que eleva a minha consciência até essa ideia e a Expressa de maneira muito limpa sem interferências no meio do caminho ou uma
ideia quando se expressa com a menor interferência no meio do caminho produz no mundo beleza e isso é muito interessante ele ainda acrescenta uma outra visão que também acho fantástica que ele diz que a máxima beleza está no pensamento filosófico na captação direta das ideias não é à toa que se atribui a Sócrates da frase de que a filosofia música que se faz com a alma ou seja o pensamento que vai até o plano das ideias ver é capaz de trazer o mais limpo possível ao mundo Esse é um pensamento que necessariamente vai trazer beleza
ao mundo que não existe nada mais belo do que uma ideia pura hoje é um momento histórico onde nós perdemos a capacidade de identificar as ideias muitas vezes chegam na minha mão textos que pessoas ouvintes me manda dizendo Olha como Fulano é brilhante e eu leio esses textos às vezes longos e não encontra uma única ideia enquanto desenvolvimentos em cima de ideias Areias desenvolvemos nem sempre muito criativos às vezes nada é criativo mas hoje não sabemos reconhecer as ideias e muito menos sabemos gerar temos uma certa dificuldade para isso Deveríamos ser educados ou educar a
nós mesmos a reconhecer uma ideia vibrar com ela porque uma ideia uma verdadeira e profunda a ideia era as coisas mais belas do mundo quando um Platão fala que um bem aquilo que une essa é uma ideia que se você mergulha nela tem camadas e camadas de profundidade camadas e camadas de recados para te dar às vezes você vem em determinadas literaturas antigas em duas ou três páginas 5 6 ideias já devemos um momento histórico onde às vezes num livro inteiro não há nenhuma então quando percebemos a beleza das ideias elas iluminam a nossa vida
de uma forma fantástica elas nos dão uma nova lente para ver o mundo as ideias revelam para nós onde elas estão presentes iluminam a essência de todas as coisas e o homem que é capaz de trazer ideias ao mundo da maneira mais correta possível isso é um criador isso é um embelezador trabalho com a verdadeira noção de estética não como as teses Como dizia Alexander bangar tem como mera conjunção sensorial mas como algo que dá Essência as coisas e tudo aquilo que tem essência resplandece
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