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e aí e aí olá olá olá dona c todos boa tarde então antes de começar eu gostaria de agradecer abralin é especialmente ao seu presidente miguel oliveira juntamente com a diretoria por promover esse projeto online tão inspirador que agrega linguísticas de todas as partes do mundo temos compartilhado o sentimento de comunidade acadêmica o que implica lidar com todos os desafios que isso significa né esse projeto tem nos feito pensar sobre sobre quem somos nós enquanto comunidade e o quanto o diálogo ea troca são necessários para a construção dessa nossa política acadêmica caras e caros colegas
da diretoria da abralin em direção a vocês agora sabemos que todos vocês trabalham como voluntários e voluntárias e essa dedicação tem implicações sim sobre suas famílias e demandas pessoais agradecemos imensamente sua dedicação agradeço especialmente as mães que integra a diretoria da abralin e que têm se desdobrado como tantas mulheres brasileiras né a construir da melhor maneira possível diante das contingências que nos cercam um projeto que abarca as demandas e interesses da comunidade acadêmica a belinha ao vivo continuará a trazer efeitos positivos para todos nós basta que todos nos engajamos nesse projeto pois bem o evento
abralin ao vivo linguísticas desculpa o evento abralin ao vivo ou linguísticas online é uma iniciativa da para mim associação brasileira de linguística em cooperação com várias associações internacionais entre elas o comitê internacional permanente a linguísticas associação de linguística e filologia de américa latina a sociedade argentina de estúdios linguísticos a sociedade espanhola de linguística a linguistic society of america a linguística association of great britain austrália linguísticos os oi e a british association for applied linguistics e faça agora apresentar a nossa vida a nossa mesa e o modo de configuração né que a gente propõe aqui de
trabalho hoje o bom meu nome é cristiane gosta que você vieram sou professora associada na universidade federal de santa catarina vinculado ao programa de pós-graduação em linguística e ao programa de pós-graduação interdisciplinar em ciências humanas tem dois doutorados na federal santa catarina em linguística e outro em surdos interdisciplinaridades e pós-doutorado em políticas linguísticas no contexto africano pela pena state university tenho pesquisado políticas linguísticas em contextos coloniais e pós-coloniais com enfoque na relação histórica e política entre brasil e áfrica e história das políticas linguísticas algumas das minhas publicações incluem política linguística brasil a áfrica em qual
teoria com professor sem firma cone os jesuítas e as línguas no contexto colonial brasil a áfrica com enfoque na relação entre brasil e angola e congo foi publicado é sim 2019 elenco de polícia em plena in semiotics of space and affinities publicado em 2020 pela campo de escola horns em parceria com os professores achas a bíblia o rei e sempre maconha os o líder no cnpq do grupo políticas linguísticas críticas apresento nessa conforme a sequência da nossa fala o professor ricardo nascimento abreu é doutor em linguística pela universidade federal da bahia mestre em educação e
mestre em direito constitucional pela universidade federal de sergipe licenciado em letras português-inglês e bacharel em direito pela universidade tiradentes é professor adjunto do departamento de letras e do programa de pós-graduação em letras da universidade federal de sergipe membro fundador da academia sergipana de educação e da academia de letras de aracaju integra o seguinte grupo de pesquisa grupo de estudos em linguagem interação e sociedade e na federal de sergipe grupo de estudos em epistemologia direito e grupo de estudos em políticas linguísticas críticas alguns dos seus trabalhos incluem os textos direito linguístico olhares sobre as suas fontes
na revista a cor das letras tá tudo jurídicos e processos de nacionaliza são de línguas no brasil na revista na para mim prolegômenos para a compreensão dos direitos linguísticos no livro organizado por professora raquel por mim da professora e daí gorski e intitulado o sócio linguística e políticas linguísticas e coordena também os seguintes projetos de pesquisa políticas e direitos linguísticos na américa latina conflitos linguísticos na américa latina e o constitucionalismo latino-americano ea proteção da diversidade linguística apresenta agora nossa terceira convidada professora extra em a poca que é uma amiga querida parceira de trabalho de diálogo
com os ambiente quero registrar aqui a força e generosidade andam a professora entra uma mulher africana que realizou seu doutorado na usp enquanto cuidava de suas três lindas filhas além de ser uma liderança da comunidade umas ambicana nossa comunidade acadêmica em florianópolis não era para hoje integra a comissão de organização do evento o mundo de mulheres edição moçambique foi homenageado em 2017 pela assembleia legislativa de santa catarina pela luta em defesa de igualdade e contra todas as formas de opressão a professora entra e doutor em linguística pela universidade federal de santa catarina e mestre em
linguística e licenciada em linguística na universidade eduardo mondlane em moçambique onde hoje é docente vem qual da sessão de línguas bantu ela suas principais áreas de pesquisa incluem além de políticas linguísticas lexicologia lexicografia das línguas do grupo de sunga neologia do português de moçambique cognição não e uso dentre seus ah desculpa professora essa acordei no grupo de pesquisa grupo de estudos em línguas linguística bantu e áreas afins se bem que são as publicações estão o texto ensino bilíngue em moçambique introdução e percursos publicado na working paper linguísticas o estudo preliminar sobre alguns aspectos da morfologia
dos hidrofones do changana na língua massagem é ideal fone da professora extra é especialista em idiofones né e ela tem um texto sobre delfone station gana e o princípio de marcação no livro língua portuguesa em áfrica eu fiz essa apresentação geral do mesa e agora já entrando mais diretamente no assunto da nossa mesa políticas linguísticas direitos linguísticos e justiça social quero reforçar aqui a importância da abrem ao vivo para fomentar políticas linguísticas de inclusão e divisibilidade de línguas minoritárias ou de sujeitos que historicamente tem sido apartados dos nossos contextos de produção e circulação de saberes
por isso decidimos o passa em parceria com as intérpretes lei os intérpretes de libras criar esse espaço de visibilidade na nossa live trazendo todos nós juntos e juntas para uma mesa plataforma reconhecemos que as políticas e as políticas linguísticas destinadas a língua brasileira de sinais é fruto de uma luta incessante da comunidade surda do brasil juntamente com outros apoiadores quero mencionar aqui os trabalhos robustos das nossas colegas incansáveis da pós-graduação em linguística da ufc a sony se quadros e mariane estão em nós sabemos que a construção de uma rede é desculpa de uma relação orientada
né pelo multilinguismo e a multimodalidade como política linguística e seja que todos nós de alguma maneira né façamos ajustes adaptações e prol de uma escuta né dialogada as tecnologias não são neutras e para que o multilinguismo eu posso assumir lugar no mundo digital ajudando a promover as mais diversas práticas linguísticas é preciso que assumamos uma atitude em relação a elas por isso queria que registrar meu agradecimento a diretoria da abralin por permitir a construção desta mesa multilingue e multimodal ao ficarmos todos juntos no mesmo ambiente digital vamos colaborando para a desconstrução das fronteiras que historicamente
tem sido construídas para delimitar mundos pessoas história sociedades nações e línguas e não apresenta agora nossa equipe de intérpretes aqui em agradecemos imensamente a dedicação voluntária iniciou com minha colega iniciou com a minha colega e amiga parceira de trabalho de ótimas conversas sobre a vida professora silvana aguiar dos santos que intérprete libras português professor da universidade federal de santa catarina vinculada ao programa de pós-graduação em estudos da tradução e o programa de da usp e ao programa de estudos da tradução da universidade federal do ceará com coordena o programa de extensão tio juro tradutores e
intérpretes de língua de sinais na esfera jurídica recomendo aqui se o artigo política de tradução um tema de políticas linguísticas publicado na revista fórum linguístico segunda intérprete guilherme lourenço é doutor em estudos linguísticos e professores da faculdade de letras da universidade na universidade federal de minas gerais desenvolve pesquisas na área de linguística formal de línguas de sinais e de tradução e interpretação a língua sinalizada a último santos tradutor intérprete de libras na universidade federal do paraná doutorando em educação e pesquisador da associação brasileira de pesquisadores e pesquisadores negros e jonatas medeiros é o que tá
aqui comigo agora servidor intérprete de libras da ufpr licenciado em letras libras pela ufpr mestrando do programa de estudos da tradução pela host integrante também do júri pois bem estamos aqui o primeiro desafio como abordar as políticas linguísticas no campo tão vasto profundo e complexo em tão pouco tempo nossa mesa irá abordar o tema partir de três elementos um que eu tô apresentando agora algumas concepções gerais e históricas 2 sobre um diálogo com a esfera jurídica e três a gente vai para um campo mais multilingue do contexto africano especificamente moçambique é porque a gente busca
então com isso mostrar amplitude heterogeneidade do campo sinalizando para a necessidade de pesquisas e trabalhos sérios e robustos nessa área problematizam se as costuras que celebram a diversidade de maneira acrítica sem uma reflexão mais apurada sobre a relação política entre os significados sociais da língua seus falantes as comunidades as instituições para uma breve cima retomada histórica as políticas e planejamento linguísticos emergem como campo disciplinar acadêmico a partir dos anos 60 no contexto americano paralelamente emergência da sócio linguística como área de saber academicamente constituída o nome fortemente vinculado essa tradição foi joshua fishman um linguiça judeu
refugiado nos estados unidos que articulou uma macrossociolinguistica é entendida como sociologia da linguagem as políticas e planejamento linguísticos o pano de fundo histórico pós as duas grandes guerras mobilizou reflexões em cima a primeira fase acadêmica das políticas linguísticas a gente sabe que as políticas linguísticas atravessam né toda a história das línguas mas falando aqui mais especificamente do campo acadêmico essa primeira fase foi marcada por uma visão instrumental desenvolvimentista e técnica de língua fundamentada no paradigma da língua problema por exemplo linguística alemão cross contribuiu para articulação dos conceitos instrumentais de política de corpos e político de
status amplamente usados em políticas linguísticas mesmo hoje registro aqui que se linguiça integrou o projeto nazista que entre outras coisas usou as línguas como instrumento de poder modelo binário de cross foi posteriormente ampliado integrando os planejamentos das formas de aquisição e de prestígio é bom a visão instrumental de língua que dominou o cenário de nascimento da política linguística como campo disciplinar é ensinou amplamente questionada e de batida desde os anos 70 com por exemplos linguísticas franceses a exemplo do grupo de marcellesi adam com que desenvolver o conceito de dota política bastante usado aqui no contexto
da américa latina e linguísticas catalães se ocuparam da relação entre línguas e classes sociais tendo sido afetados pelos ideais e ideias marxistas olha as é registra que importância dos debates sobre língua conduzidos pelo círculo de bakhtin nos anos 1920 no no complexo contexto da antiga união soviética e oi oi consegui aqui a nossa cronologia bem sucinta a partir dos anos 80 1980 as reflexões críticas intensificaram especialmente mobilizados pelas pesquisadoras feministas as críticas anti-racistas e o pensamento pós-colonial e de colonial que passou a problematizaram inclusive a maneira como as línguas tem sido historicamente inventadas a partir
de modelos teóricos e metodológicos centrados nas línguas europeias né a exemplo do latim é já a partir da virada do século 20 por 21 um compromisso com a etnografia das políticas linguísticas especialmente contexto educacional tem se intensificado mobilizando fortemente as vossas e perspectivas locais trata-se portanto de uma visão crítica e radicalmente contextualizada de políticas linguísticas e considera a perspectiva e as práticas linguísticas dos sujeitos que forma que foram historicamente silenciados e invisibilizadas note-se que parte do pano de fundo sócio-históricos subjacentes à emergência da política e planejamento linguístico como campo de saber desde os anos 60
incluindo o processo de libertação de países africanos ea constituição de novas nações que passaram a lidar com os desafios de oficialização de línguas em contextos profundamente multilíngues ainda mesmo lembramos hoje a falência de uma política governamental monolíngue no contexto africano que priorizou línguas dos colonizados é a língua dos colonizadores né em países africanos exemplo da oficialização do português inglês e francês são amplamente aprenderemos mais sobre os desafios referencial multilinguismo ea áfrica ouvindo nossa querida colega essa minha pipoca que nos falará diretamente de moçambique veremos como o tempo presente ainda ressoa memórias e práticas coloniais não
apenas em moçambique mas em todos os países que foram fortemente afetados pelos 400 anos de história colonial a questão racial eo racismo estão intrinsecamente relacionados história e isso inclui incluir claro evidentemente o brasil por isso julgamos pertinente que as políticas linguísticas dialoguem com a linguística colonial e pós-colonial em busca dessas vozes silenciadas e problematizando inclusive as epistemologia sou homogeneizantes e generalistas que contribuíram para construir fronteiras linguísticas territoriais e dentárias segregando o iniciando hierarquizando as políticas linguísticas críticas ao problematizar os processos históricos de normatização e homogeneização linguística em busca de uma política comprometida com o multilinguismo
ea pluralidade coloca em questão o próprio conceito de língua que tem orientado as políticas linguísticas dominantes trata-se de problematizaram o paradigma da língua problema em prol da língua vista como constitutiva das vidas dos sujeitos e portanto na política bom atualmente a complexidade do campo das políticas linguísticas pode também ser exemplificado através dos diferentes níveis de atuação e intervenção envolvidos nós temos por exemplo nível internacional e considera as políticas supranacionais incluindo incluindo temas como globalização imperialismo direitos linguísticos colonialismo economia aqui entram também as iniciativas da unesco e da são as comunidades econômicas e culturais como a
cplp comunidade dos países de língua português em um segundo nível regional que inclui as políticas nacionais e nacionalistas a relação entre língua e soberania língua estado e os projetos de patrimonialização por exemplo né além dos blocos econômicos locais como o mercosul ea comunidade para o desenvolvimento da áfrica austral também podemos considerar um nível não governamental que abarca o por exemplo a relação entre as políticas linguísticas e as políticas de trabalho deslocamentos migratórios as práticas religiosas nas práticas familiares a estética literária entre outros e além disso alguns temas como ativismo e direitos linguísticos perpassam esses níveis
a exemplo do que ouviremos com a fala do professor ricardo o que vivenciamos é uma rede complexa de temas e práticas que envolvem as políticas sejam eles estatais jurídicas acadêmicas estético literárias ou civis entornos das línguas desse modo e damos com campo campo complexo que articula tanto as políticas linguísticas explícitas centradas no estado e nas instituições e associações como as políticas linguísticas implícitas centradas nas construções de representações e ideologias linguísticas o registro ainda um campo fundamental para as políticas linguísticas que a esfera educacional hoje por exemplo né e vivenciamos o que tem sido chamado de
virada multilingue no campo educacional multilingual ter embora a gente saiba que as práticas multilíngues perpassam toda a história das línguas né assim como as políticas linguísticas enfim essa virada multilingue foi política e academicamente intensificada a partir dos anos 2000 e reconhecimento ao fato de que em torno de setenta por cento das comunidades linguísticas do mundo são multilíngues exemplificando a unesco tem se comprometido amplamente com projetos de políticas linguísticas visão de educação multilingue atentando para a importância da educação das crianças em sua língua materna e felizmente presenciamos um momento um movimento internacional e também nacional em
certa medida a direção do reconhecimento e legitimação da diversidade linguística e cultural que nos constitui com isso eu preciso considerar que o próprio conceito de diversidade deve ser visto com muito cuidado e cautela de maneiras evitar olhares uniformizantes injeçados sobre o que conta como diversidade né diversidade não é a soma de monolinguismo né o plurilinguismo não é a soma de monolinguismo né é muito mais do que isso outro tema cada vez mais abraçado pela unesco e pelos debates e políticas acadêmicos que vence têm sido as políticas de reconhecimento e legitimação e promoção da diversidade linguística
indígena e de línguas nacionais que não tem estatuto de oficialidade exemplo das línguas africanas de muitas línguas africanas nós sabemos que essas políticas voltadas para as línguas indígenas e também as línguas nacionais africanas em muitas línguas de sinais não se resumem a projetos de documentação mas incluem-se ativas muito mais engajadas situadas e dialogadas com as comunidades a título de exemplo da mobilização em torno desse tema a unesco elegeu a década de que vai de 2022 a2032 como a década das línguas indígenas mundo são os esforços de construção de projetos críticos que evitam reduzir as políticas
linguísticas indígenas e africanas ao modelo instrumental e descritivo vista dessas línguas movido pela inscrição de registro ortográficos em língua de tradição oral ea construção de manuais linguísticos não é essa é uma prática que vem aí de uma herança colonial e que precisa nem alguma medida ser revista e vista com muito cuidado né em atenção aos diferentes contextos as diferentes especificidades os pesquisadores indígenas africanos e voltados para as ditas minorias linguísticas tem buscado um olhar mais alargado situado multilingue multimodal e efetivamente comprometido com a prática social e as demandas e necessidades locais o que implica por
exemplo questões de terra questões identitárias condições materiais e ambientais dividem de sobrevivência nesse sentido as políticas linguísticas dialogam 5 a justiça social ea dignidade da vida em que justiça na engloba tantos significados políticos como jurídicos pois é essa minha apresentação panorâmica das políticas linguísticas buscou apenas evidenciar a complexidade de elementos e agentes envolvidos nas políticas linguísticas esses elementos nem sempre dialogam entre si teremos que as tensões as contradições os isolamentos e os os interesses mobilizam as políticas fazendo com que a política linguística se torne fundamentalmente um campo do diálogo embora evidenciamos muitas vezes mais silêncios
do que diálogos quero também deixar registrado aqui nosso reconhecimento por todos os pesquisadores brasileiros engajados nos estudos e debates envolvendo política e planejamento linguístico no brasil a grupo de trabalho na universidade federal fluminense e federal de sergipe federal do ceará não fiz carão nas universidades da região norte do centro-oeste e também do sul do brasil na minha universidade federal de santa catarina registra o nosso grupo políticas linguísticas críticas além das pesquisas do colega gilvan miller e das colegas de libras que já mencionei aqui acredito que essa rede pode deve se intensificar entre nós em prol
da construção de debates consistentes atentando sempre para a pluralidade que nos constituem e entendemos que o diálogo é o cerne de qualquer política assumimos que a política é vista como exercício contínuo da manutenção da pluralidade seja ela discursiva cultural linguística étnica religiosa identitária em um espaço compartilhado contemporaneamente testemunhamos cada vez mais a urgência e necessidade de lutar pelo direito de nos mantermos juntos e juntas enquanto comunidade e para isso sabemos que as línguas e o diálogo desempenha um papel fundamental para nos unir e assim uma comunidade mantém o seu hélio interno através do uso compartilhado
da palavra o que não implica evidentemente a construção de um consenso através do uso de uma língua homogênea muito longe disso creio que uma das tarefas das políticas linguísticas é buscar compreender a natureza do diálogo e selar pelo seu exercício considerando suas diversas facetas linguística argumentativas e discursivas técnica jurídica acadêmica e cultural dedicar-se a ser enfrentado um desafio especialmente em tempos de olhos gerências intolerâncias fundamentalismos e violências simbólicas eu gostaria de frisar pushing a importância de especialmente nesse momento político difícil que vivemos reforçarmos nossos laços institucionais ajudando a construir instituições fortes e justas sabemos que
as instituições não são estáticas mas respondem à nossa disposição de fazer delas espaços colaborativos e agregadores é importante portanto que todos nós nos engajamos nesses modos coletivos né e associações coletivos sindicato sem fim e era isso que eu tinha para dizer nessa nossa minha primeira parte e passou agora a palavra o colega ricardo nascimento que tem sido um grande parceiro no diálogo tão necessário qualificado entre políticas linguísticas esfera jurídica então brigada vocês vamos lá professor ricardo é com você olá olá eu quero dar boa tarde a todos e a todos que nos assistem nesse momento
também quero falar da minha alegria e da minha honra de estar participando dessa mesa com as colegas cristina e severo e essa linha pop falar que para nós que estudamos políticas linguísticas essa mesa é uma mesa muito cara muito importante porque nós estamos num processo de tentar fazer com que as nossas vozes alcance em cada vez mais pessoas tanto no universo da linguística mas como no universo jurídico e nas demais áreas da sociedade tão essa iniciativa da abralin da associação brasileira de linguística junto com outras associações mundo afora e fazer e dar espaço para que
os pesquisadores das políticas linguísticas possam apresentar os seus trabalhos apresentar em sua a equipe e se perpetue que se mantenha por um bom tempo disponível no youtube para que pesquisadores do mundo inteiro possam também dialogar conosco é uma iniciativa muito louvável eu quero também cumprimentar os colegas intérpretes na pessoa da professora silvana aguiar essa mesa é fruto de um conjunto significativo de debate debate que nós fizemos antes mesmo de pensar a temática da mesma essa importância de ter os intérpretes de libras conosco em primeiro plano como uma política linguística e não podia ser diferente numa
mesa com essa temática eu vou me debruçar sobre um pequeno texto que produzir para guiar a minha fala na tarde de hoje devo levar em torno aí de 30 minutos e durante esse período eu vou apresentando para os colegas estudantes e pesquisadores aquilo que nós estamos desenvolvendo na área do direito linguístico na universidade federal de sergipe dá um eu intitulei a minha fala como direito linguístico direitos linguísticos e justiça social onde para uma reflexão contemporânea é importante nesse momento que eu explique para vocês em qual concepção de direito linguístico nós operamos porque essa concepção ela
é fundamental para que se entendam determinadas decisões determinadas conclusões e determinados conceitos com os quais nós trabalhamos então eu não conseguiria fazer isso sem rapidamente falar para vocês de onde surgiu esse interesse para que eu me dedicasse aos estudos das políticas linguísticas ainda na graduação em letras português nas primeiras aulas do curso de introdução à linguística nos foi apresentado um material de um livro do linguista é robert harry robbins livro muito conhecido no brasil que a pequena história da linguística e no capítulo que tratava específico é sobre a história das línguas na grécia antiga e
um pequeno parágrafo parágrafo acessório que me fez refletir bastante sobre aquela questão vocês me permitam fazer uma rápida leitura e um preço desse parágrafo não parado vai falar um pouco sobre a o entendimento que o povo grego tinha a relação que o povo grego tinha com as suas próprias línguas então o parágrafo um pouco mais tempo que isso mas eu começo lendo aqui e esses dialetos porém eram dialetos de uma só língua e que a posse dessa língua em unidos gregos em um só povo apesar das quase incessantes guerras travadas entre as diferentes cidades estados
do mundo ele isso foi atestado por um menos um historiador heródoto em seu relato da maior façanha realizada por uma grécia temporariamente unida contra os persas no início do século antes de cristo ele põe nos lábios dos delegados os gregos a declaração de que entre os laços que os uniam para resistir aos bárbaros estava o fato de toda a grécia pelo mesmo sangue e a mesma língua bem esse esse texto é o na minha mente não é um estudante de letras de primeiro período de no seguinte olha só existe um processo um relacionamento político né
entre as comunidades e as suas línguas entre os países e as suas línguas entre os estados e as suas línguas e era isso que eu queria fazer é isso que eu queria estudar na graduação é essa essa ideia de que os estados as comunidades ele se apropriam das línguas e que disputam no campo simbólico é relações de poder durante toda a minha graduação em letras eu confesso que comecei a me interessar pelas questões políticas linguísticas específicas é o que diz respeito a essa procuração jurídica que os estados que as instituições que os governos fazem dessas
línguas e todos os livros que eu ia quando apareciam algo dessa natureza e se marcava bastante eu tenho mais uma lembrança aqui que eu quero compartilhar com vocês rapidamente é o livro do historiador carlos bista é um clássico queijo e os vermes aqui é do conhecimento de muitos de vocês e narra o julgamento de um moleiro né do menor foi perseguido pela inquisição durante a idade média salvo melhor juízo na itália e tem um outro tristinho aqui que eu achei também muito interessante naquela época onde eu ainda não me dedicava escrever sobre política linguística então
vocês me permitam também rapidamente nesse trechinho começou denunciando a opressão dos ricos contra os pobres o uso de uma língua incompreensível como o latim nos tribunais abre aspas na minha opinião falar latim é uma traição aos pobres nas discussões os homens pobres não sabe não sabe o que se está dizendo estão enganados se querem dizer quatro palavras têm que tem que ter um advogado então é isso me fez perceber e essa relação das línguas não num plano é estrutural linguisticamente falando mas não plano político num plano sociológico num plano antropológico era possível me interessava especificamente
estudar essas línguas a partir de um ponto de vista jurídico e isso fez com que durante a minha graduação em direito eu procurasse entender como é que se organizava como é que se estruturava esse campo e aqui no exterior em grande parte dos países da europa nos estados unidos no canadá e em vários países da américa latina já se configurava como direito linguístico e era um campo que pouco se falava aqui no brasil ainda no finalzinho do século 20 e início do século 21 então eu parte de algumas premissas para tentar entender esse marco conceitual
dos direitos linguísticos e eu percebi que não só no brasil mas no mundo inteiro existem duas correntes básicas que concedem os direitos linguísticos estudos do direito linguístico então nós temos uma corrente quem entende o direito linguístico como um rol de direitos individuais e coletivos e essa essa corrente tende a entender ea origem dos direitos linguísticos ela ela é e quanto a própria existência do direito quanto a própria existência da linguagem articulada ou seja o momento em que o homem percebeu que podia exercer relações de poder através da linguagem e não é fácil não é simples
nós identificarmos qual seria esse marco histórico conceitual dos direitos linguísticos por essa por esse viés é pé passando inclusive por um processo onde nós não tínhamos nenhum tipo de unidade para a construção dos direitos linguísticos 23 globalmente então nós vamos encontrar países legislando sobre as suas línguas e forma independente construindo um pensamento sobre o direito linguístico da sua constituição para baixo seja da sua soberania como estado olhando para baixo eu entendo um pouco diferente as leituras que tenho feito e as pesquisas que tenho feito me fazem entender que a origem do direito linguístico como um
campo de e ela está intimamente vinculada ao final da segunda guerra mundial ela está intimamente ligada a escrita da declaração universal dos direitos humanos e ela está intimamente ligada com o processo ou com a mudança do paradigma constitucional no mundo hoje nós saímos um paradigma constitucional tradicional e começamos a experimentar um novo paradigma constitucional conhecido como neoconstitucionalista não é à toa que é nesse período por exemplo que nós vamos ter uma série de direitos que são conhecidos é como novos direitos nós temos alguns autores do direito no brasil entendeu sim como walker e esses novos
direitos ele se potencializam a partir desses três eventos que eu narrei para vocês então nós vamos ter o desenvolvimento de uma doutrina de um pensamento jurídico sobre a infância proteção da infância nós vamos ter um pensamento jurídico sobre a sua esculturais nós vamos ter um pensamento jurídico sobre as questões religiosas ou seja e conjunto de minorias que antes eram tratados de forma diferenciada nos seus estados passam a ter um olhar ainda que e um olhar difuso porque eu olhar internacional mas nós passamos a ter um conjunto de ideias que nos permite dizer que a partir
daquele momento nós temos nós seremos capazes de identificar elementos comum no tratamento que os estados não no tratamento que as instituições não no tratamento inclusive que as comunidades podem dar as suas próprias línguas então é esse aspecto para eliminar é importantíssimo para a gente entender o buquê e algumas escolhas conceituais e metodológicas no campo do direito linguístico que eu apresento aqui para vocês e vocês podem encontrar pesquisas que pensam de forma diferente vocês podem encontrar pesquisadores que se alinhem um pouco mais ou menos a isso que eu apresento aqui para vocês estão no volume 17
da revista da abralin que foi organizada pela professora cristiane severo por mim e pelo professor marconi né nós publicamos um texto e dito lado estatutos jurídicos e processos de nacionaliza são de línguas do brasil considerações a luz de uma emergente teoria dos direitos linguísticos porque o que eu tenho eu tenho advogado no sentido de que nós precisamos de um eixo mínimo de entendimento do que seja os direitos linguísticos que eu tenho um chamado ao mês de forma ousada de uma teoria dos direitos linguísticos mas precisamos de um eixo mínimo do que seja direitos linguísticos para
que nós possamos em particular as nossas ações tanto no que diz respeito à produção e novas legislações que regulam as línguas tanto no que diz respeito à ação dos nossos poderes legislativo judiciário e executivo quanto na condução ou no nucleamento né das ações daqueles que militam em prol da garantia dos direitos linguísticos que exercem de alguma forma ativismo político amigos então nessa revista nós propomos um conceito um pouco amplo de direito linguístico e com qual nós estamos trabalhando desde então vocês também me permitam fazer a rápida leitura desse dessa proposta então eu vou entender que
o campo dos direitos linguísticos diferentemente daquilo que muitos ainda pensam não se constitui apenas por uma lista de direitos individuais eo coletivos as quais aos quais as pessoas fazem jus mas que e desrespeitam a teoria dos direitos linguísticos e fundamental o estudo das normas de direito linguístico quando estes estão vinculados aos direitos humanos aos direitos ao direito constitucional ao direito administrativo etc interessa se igualmente pelas pontes desse direito linguístico quando esse direito linguístico ele é nerd do direito internacional dos direitos humanos quando esse direito linguístico remédio do direito constitucional no direito comparado dos costumes das
populações é o que nós vamos tratar aqui nessa fala também se interessa o direito linguístico pela identificação de princípios a princípios aplicáveis a essas normas é um direito linguístico por exemplo tem princípios próprios internacionalmente reconhecidos como é o caso do do princípio da territorialidade e da personalidade mas também podemos pensar meta princípios ou seja princípios geradores de princípios que se aplicam as normas de direito linguístico são é o princípio da dignidade humana o princípio da igualdade etc etc etc também o direito linguístico se interessa pelas possibilidades hermenêuticas e já interpretação das normas jurídicas que tratam
sobre as línguas e da aplicação das normas de direito linguístico aos casos concretos ou seja o julgamento dessas causas nos tribunais tanto internacionais quanto nacionalmente pensando né bem como na nas formas jurídicas de garantir a materialização desses direitos a todos os seres humanos por quê que é importante nós pensarmos um conceito de direitos linguísticos que nós estamos falando em política e linguísticas e justiça social porque a partir desse contexto esse conceito de direitos linguísticos e de pesquisas de colegas que entendem direito linguístico dessa forma ou de forma se lá tanto no brasil quanto no exterior
nós podemos chegar a algumas conclusões algumas conclusões que são muito em e tanto para quem é gestor público na hora de pensar políticas públicas portanto para quem é ativista dos direitos linguísticos na hora de reivindicar direitos lindos quais são os elementos que nós já podemos dizer que são elementos consolidados nesse embrião de teoria do direito linguístico só nós já sabemos que as normas do direito do direito linguísticos a depender dos seus objetivos elas podem tutelar interesses individuais elas podem tutelar interesses coletivos mas elas também podem é tutelar interesses difusos aí talvez em outro momento eu
posso explicar mais detalhadamente que seria cada um desses elementos nós também já sabemos que o direito linguístico ou as normas de direito imagem elas são passíveis da tutela jurisdicional dos estados as línguas e os direitos dos grupos e dos indivíduos aí e essas línguas e situações formais ou informais da vida em comunidade é algo amplamente tutelado por estados no mundo inteiro praticamente não existe hoje um país que não tem algum tempo de tutela jurídica sobre as línguas faladas no seu território nós também podemos concluir o nosso também podemos afirmar que as normas de direito linguístico
possuem natureza jurídica polimórfica e esse esse aspecto importantíssimo quando nós pensamos em em justiça social porque é preciso entender que uma norma de direito jurídico que nasce no bojo no direito internacional dos direitos humanos ela tem característica e comportamento diferente e uma norma de direito linguístico que nasce por exemplo no âmbito do direito administrativo é porque nós corremos um sério risco de entendermos que se tratam da mesma coisa que possui o mesmo alcance e que possui a mesma eficácia e isso não é verdade mas também já sabemos que as normas de direito linguístico elas são
sensíveis a princípios gerais e princípios específicos princípios que eu narrei alguns segundos atrás no conceito princípio da territorialidade o princípio da personalidade os cuscuz meta princípios o princípio da dignidade humana o princípio da igualdade a ideia de cidadania linguística também sabemos que as normas de direito linguístico possui características diferentes a depender do ramo no qual foram produzidas e já sabemos é óbvio que não não vou exaustivo mas pelo menos não ao bem completo e o direito linguístico ele possui algumas fonte a bíblia geadas são ramos do direito nos quais nós já conseguimos identificar localizar algum
tempo de tutela do estado ou de grupos é sobre as suas línguas sobre essas língua então há algum tempo atrás há pouco tempo atrás nós publicamos na revista do programa de pós-graduação da universidade estadual de feira de santana a revista a cor das letras um artigo no qual nós identificamos os as principais fontes do direito linguístico com base nessa concepção de direito linguístico que nós apresentamos aqui e para essa nossa fala talvez a característica mais importante do que nós entendamos por direito linguístico é que hoje nós já temos clareza que é possível dispor as normas
de direito linguístico em um continuum que obedecem a uma regra de heterose a homogeneidade nós já sabemos que quanto mais internacional a norma mais homogênea ela tem o seu efeito junto aos estados e junto às comunidades quanto mais próximo dos costumes das comunidades mais heterogênea é essa norma isso tem um impacto muito grande nas nossas pesquisas e nas nossas conclusões quando o assunto é exercício de direitos linguísticos quando o assunto é justiça social porque como bem falou a professora cristine alguns instantes é preciso tomar cuidado com políticas de homogenização de direitos linguísticos e por outro
lado é preciso saber quando uma política de homogeneização de um discurso de uma ideia linguística ela pode ser bem utilizada para que a gente possa garantir mais direitos principalmente para as minorias que falam línguas em situação de vulnerabilidade nós temos hoje uma pesquisa de mestrado em andamento na universidade federal de sergipe da mestranda lia nara figueiredo da silva na qual ela descobre ela percebe que a organização dos estados americanos através da comissão interamericana de direitos humanos opera certamente a maior política linguística do continente americano uma política linguística que é capaz de entregar um conjunto discurso
homogêneo sobre o que é direito linguístico e esse discurso vai ser utilizado de forma mais ou menos igual mais ou menos homogênea os países que são signatários que são membros da organização dos estados americanos isso é de um valor gigantesco porque é como eu havia dito para vocês isso talvez seja o grande alicerce no qual nos amparamos hoje os estudos de direito linguístico seja a possibilidade de nós termos um pensamento único global sobre direito linguístico por outro lado é preciso que nós estejamos muito atentos porque o o a outra ponta desse continua ou na outra
ponta desse continuar nós encontramos normas de direitos linguísticos que muitas vezes não são escritas e ligou umas normativos como a constituição como código civil como código de processo civil são normas jurídicas que se desenvolvem no seio dos costumes das comunidades e aí nós também temos uma estudante de mestrado no programa de pós-graduação em letras da universidade federal de sergipe a absent josefa félix nascimento que está estudando hoje e a formulação que direitos linguísticos em uma comunidade cigana residente em uma cidade do estado de sergipe e josefa tem percebido que os ciganos sergipanos têm regramentos próprios
e usos das suas línguas e eles estão querendo viver em paz com esses ligamentos não não sendo de forma alguma impactados por políticas linguísticas como organizadoras que apareçam de qualquer instância institucionalizada tão esse continuando do mais homogêneo para o mais heterogêneo precisa ser utilizado com muita sabedoria sob pena de nós estarmos tentando de forma desavisada homogeneizar homogenizar costumes linguísticos de comunidades tradicionais ou pegar costumes específicos de determinadas comunidades e tenta e imprimi-los entregar implementar em outras comunidades não é preciso ter muito cuidado as situações de direito linguístico existe um campo do direito linguístico que nos
interessa muito ao direito comparado e já comparar normas diferentes para ver no que elas podem ser aproveitadas aplicadas complementada mas é preciso tomar muito cuidado para que a gente não transplante uma situação linguística que está dando muito certo no país x para o país y sem fazer a devida crítica isso na maioria das vezes pode representar um desastre de no que diz respeito à a pensar em implementar uma política limpa então nesse sentido como eu havia dito para vocês a mais impacto o mônica de homogeneidade nas políticas da onu da unesco da olhar através da
comissão e da cor a americana de direitos humanos nós vamos ter aí um elemento intermediário que são as constituições dos estados essas com essas constituições também tem um alto poder homogeneizante homogenizador elas conseguem fazer com que a sua vontade radige para todo o sistema infraconstitucional dos estados e por fim no outro ponto menos homogêneos mais heterogéneo nós temos os costumes das comunidades e aí as comunidades indígenas e as comunidades de imigração as comunidades ciganas etc e vamos aliar então o que é que o que é que isso vai fazer implicações que isso nos trazem quando
nós estamos falando em justiça social isso isso nos leva a duas conclusões o google ou dois olhares né o primeiro olhar ou num primeiro olhar nós podemos identificar alguns problemas contemporâneos que me digam que enfraquece a plenitude da justiça social e direitos linguísticos eu ela entre alguns aqui para vocês então no nosso entendimento ausência de uma teoria dos direitos linguísticos que possa nortear os trabalhos dos poderes legislativos na criação de leis dos poderes executivos na transformação dessas leis e políticas públicas e do judiciário para garantir que as leis possam de fato ser cumpridas é um
problema hoje na implementação de políticas linguísticas e garantam justiça social em direito de linguiça e nós sabemos também que especificamente no caso do brasil nós vivemos um cenário da mesma política linguística às avessas muito bem elaborada que tem sido muito difícil de enfraquecê-la que a ideia da tradição inventada e aqui tradição inventada nos termos de eric hobsbawn da ideia de que nós temos uma única língua do brasil isso é isso é interessante porque uma parcela significativa da população brasileira sabe que no território brasileiro são faladas outras línguas mas quando eles precisam se posicionar sobre a
situação linguística do brasil eles entendem que o brasil só tem uma língua que a língua portuguesa eu fiz um recorte de uma notícia que circulou em vários meios de comunicação é a um tempo atrás e ela remonta aquela crise que nós estávamos vivenciando durante a os incêndios estavam acontecendo na floresta amazônica são o cacique raoni ele se manifesta e na internacionalmente e depois o atual mandatário do executivo federal faz a seguinte declaração sobre o cacique raoni abre aspas não fala a nossa língua disse esse mandatário do poder executivo federal referindo-se a liderança indígena abre aspas
novamente não existe mais o monopólio do ramir o ramir fala outra língua não fala nossa língua nem aí já tem um problema que nós levaríamos muito tempo para discutir é uma pessoa que tem a idade avançada nós vamos respeitá-lo como cidadão mas eles mas aí é outra coisa que a gente precisa discutir nós vamos respeitá-lo como cidadão mas desde que ele venha falar a língua portuguesa e não essa outra língua que ele fala é não vamos respeitar nós vamos respeitá-lo como cidadão mas eu e fala pelos índios cada tribo indígena tem um isso foi dito
no dia 24 de setembro de 2019 quem quiser pode procurar que está fartamente documentado na internet o terceiro elemento que nós entendemos que me digam né enfraquecem um o direito linguístico especificamente no brasil é uma legislação relativamente ultrapassada em alguns momentos anacrônica e às vezes mal formuladas que em vez de garantir direitos linguísticos às vezes provoca entraves no nosso entendimento acidentais mais às vezes nos deixa preocupados sobre a propositura daqui não seja o com proposital foi aquele tipo de construção da legislação e eu vou citar aqui algumas pra vocês um exemplo claro de de falta
de a bia na hora de elaborar a legislação está na própria constituição da república federativa do brasil de 1988 se vocês abrirem a constituição vocês vão encontrar no artigo 13 uma norma de deus o seguinte a língua portuguesa é o idioma oficial da república federativa do brasil até aí tudo bem todo o estado tem direito de eleger um ou mais línguas como a sua língua oficial é só essas línguas ou essa língua ela serve basicamente para duas coisas para gerir a burocracia interna do escarro e para fazer com que esse estado se comunique no âmbito
internacional com outros estados igualmente soberano o problema é que geograficamente se situaram esse artigo 13 no artigo 13 obviamente mas no capítulo que trata da nacionalidade ea norma que trata de línguas oficiais é uma norma que trata especificamente da organização político-administrativa do estado então eu entendo que o artigo 13 da constituição foi equivocadamente colocado como artigo 13 dentro do bolso dos direitos da nacionalidade e ele deveria ser o inciso ii o inciso 2º do artigo 18 o artigo 18 e trata da organização político-administrativa do brasil também permite o rapidamente a leitura desse artigo a organização
político-administrativa da república federativa do brasil compreende a união os estados o distrito federal e os municípios todos autônomos no ter nos termos desta constituição parágrafo primeiro brasília é a capital federal parágrafo 2º a língua portuguesa é o idioma oficial da república federativa do brasil faria muito mais lógica ter essa norma como parágrafo segundo do artigo 18 do que como caput do artigo 13 da constituição faça um exercício caso vocês queiram vocês mais de você sair talvez tenham também a formação jurídica ou conhece alguém que tem uma formação jurídica pega um livro de direito constitucional que
é adotado por qualquer uma dessas universidades de dessas faculdades de direito do brasil e dá uma olhada no livro de direito constitucional esse livro bem narrando um pouco a história dos dispositivos constitucionais em falando para que que ele serve para quê que ele não serve etc etc essa e quando chega na hora do artigo 13 eles simplesmente fazem o salão o seguinte artigo 13 e a língua portuguesa é o idioma oficial da república federativa do brasil ponto final não sabem o que falar porque não tem o que falar porque a norma está colocada no local
equivocado eu sinto também para vocês em forma bem sucinta e achou caminhando para o final e o atual estatuto do índio a lei 6.001 de dezenove de dezembro de 1973 no seu artigo na verdade no título dois quando fala dos direitos civis e políticos ela diz o seguinte artigo 9º leio aqui da forma como está escrito na legislação qualquer índio poderá requerer ao juiz competente a sua liberação do regime tutelar previsto nesta lei investindo-se na plenitude da capacidade civil desde que preencha os requisitos seguintes dois pontos é um tem a idade mínima de 21 anos
2 eu tenha conhecimento da língua portuguesa ou seja o indígena brasileiro que não conheço a língua portuguesa não está investido da sua plenitude de capacidade civil sendo ele tutelado pelo estado tão uma legislação anacrônica que precisa ser revista com certa urgência né que nós sabemos que isso já não não se aplica mais não por outro lado e nós gastamos aqui alguns minutos da nossa fala discutindo essas questões que são problemas no que diz respeito à plenitude da justiça social e direitos linguísticos nós temos também alguns avanços não podemos negá-lo cê sinto apenas alguns é o
primeiro deles certamente o crescimento da área nas universidades e processo de permeabilidade na graduação e na pós-graduação então nós já temos hoje é disciplinas em programas de pós-graduação que se dedicam inteira ou parcialmente a discutir questões de direitos linguísticos nós já temos doutores é com tese defendida na área dos direitos linguísticos já que eu sinto a professora doutora julia isabelle e defendeu uma tese sobre direitos linguísticos junto à universidade federal de santa catarina nós temos mestrandos e já tem em tese defendida edição prestes a defender novas teses aos pouquinhos nós vamos avançando nesse processo de
permeabilidade dessas ideias de direitos linguísticos no âmbito das universidades nós temos uma compreensão do cenário que requerem atenção as questões das políticas e dos direitos linguísticos então nós já temos uma clareza e transparente no que diz respeito à a quais problemas precisam ser avaliados muito mais do que algumas décadas atrás então nós já sabemos que nós temos problemas a resolver no que diz respeito as línguas das nossas comunidades autóctones nós temos questões a discutir sobre as línguas das nossas comunidades autóctones nós temos questões a discutir sobre o estatuto jurídico dessas línguas quais são os limites
do da oficialidade da língua portuguesa não isso tudo mas já temos muito mais clareza hoje o que alguns anos atrás nós também temos hoje uma forte organização política dos grupos minoritários então nós já temos e diversas diversas iniciativas que emergem dos próprios grupos e tem fortalecido pouco a pouco esse processo de garantia de direitos linguísticos já que eu faço uma menção especificamente a luta os surdos no brasil para conseguir uma lei que trouxesse a libras a condição de língua nacional o no país hoje né então nós isso realmente foi um passo muito importante e a
cada passo que nós damos outras portas vão se abrindo nós temos também adesão de instituições jurídicas então a defensoria pública em alguns estados já tenha atuado em matéria de direitos linguísticos para garantir cidadania linguística o ministério público federal e estadual já tem atuado nessa nessa área o próprio poder judiciário né óbvio que nós ainda temos notícias de alguns de sabores nesse sentido mas é um trabalho que vai aos poucos sendo ampliado nós também já temos e o envolvimento de receber ativos então já a municípios preocupados com as línguas que são faladas nos seus territórios implementando
políticas de a municipalização através de um processo que ele chama unicórnio finalização nós temos também o ativismo político linguiça então eu sempre digo que o ativismo político linguístico é uma moeda que precisa ser vista os cuidados ela percebe que ser vista dos dois lados por um lado o ativismo político linguístico é uma força que nos faz continuar evoluindo por outro é preciso ter sempre a clareza de que um ativismo político linguístico desprovido de um processo de debate público de ideias que considere sobretudo à vontade das minorias linguísticas às vezes faz mais mal do que bem
então eu ativismo político linguístico é expulsa motriz mas é também motivo de cautela nesse momento porque nós precisamos saber o que nós estamos fazendo sobre pena de construirmos uma política linguística que não esteja solidamente construída e trazer prejuízos para a comunidade o que estão fazendo uma outra luta para conseguir seus direitos dom finalizando a minha participação nessa mesa eu trago uma pergunta né porque porque conhecer o funcionamento do direito linguístico é importante para garantirmos a justiça social é no que diz respeito ao exercício dessa desse direitos linguísticos primeiro porque essa justiça social ela precisa necessariamente
estar amparada em três princípios em três pilares o primeiro pilar que eu chamo de pilar da cidadania linguística diz respeito à capacidade de gozar de fluir dos seus direitos mas também de adimplir com as suas obrigações em sua língua materna cidadania não é só ter direito cidadania ter direitos e obrigações então eu quero a usufruir gozar dos meus direitos linguísticos e também oi livre as minhas obrigações como cidadão na minha língua materna né observados claro claro né os limites e possibilidades que são colocados por princípios como princípio da territorialidade como princípio da personalidade no outro
alicerce que importa bastante para pensarmos a justiça social e essa relação do direito linguístico justiça social é a igualdade de direitos linguísticos com reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades ou igualdade e equidade de direitos linguísticos e seria essa luta para garantir que todas as línguas nacionais têm o mesmo peso perante o estado garantindo-se a formulação de políticas de ações afirmativas e posso estabelecer o equilíbrio de forças entre tais idiomas comentando a existência de normas que visem fortalecer a diversidade linguística em plurilinguismo em vez de enfraquecê-lo ah e por fim uma terceiro alicerce né desse
dessa justiça social em direito nenhum seria a habilidade humana linguístico habilidade linguística seria a capacidade de poder fluir de todos os direitos da pessoa humana como a liberdade o desenvolvimento a vida e tendo como meta uma sociedade fraterna baseada no no plurilinguismo porque no nosso entendimento é um estado democrático de direito só pode se intitular estado democrático de direito se ele for um estado democrático de direito que respeite a sua condição de plurilingue e estado plurilingue quando assim o filho muito lindo então a nossa fala eu entendo que nós estamos vivendo um momento de as
múltiplas relações de força nos impõe avanços e retrocessos no que diz respeito à garantia de direitos linguísticos e justiça social é um passo fundamental para que nós possamos conseguir avançar nessas ações de garantia da justiça social em matéria de políticas linguísticas diz respeito ao fomento de uma cultura de educação em direitos linguísticos que se oponha frontalmente ao paradigma da língua única e permitamos vivenciar a dignidade a cidadania ea igualdade linguística na sua plenitude essa educação em direitos linguísticos deve ser fundada a partir dos princípios que visem estabelecer essa relação indissolúvel entre a noção de estado
democrático de direito e estado pluri lindo eu espero a todos e nos assistem que essa apresentação tenha sido capaz de trazer um pequeno panorama daquilo que nós entendemos como direito linguístico no brasil ea forma como nós estamos operando esse direito linguístico tanto o zap da graduação e da pós-graduação quanto no âmbito de um ativismo linguístico na medida do possível então eu agradeço cristina oportunidade de estar aqui com vocês e devolvo a fala para nossa professora que este negócio aqui a moderadora dessa mesa muito obrigado é muito obrigado então professor ricardo agora a gente vai chamar
a professora essa aranha pipoca para falar sobre o contexto africano com enfoque em moçambique políticas linguísticas em moçambique e o multilinguismo em moçambique oi boa noite oi boa noite a todas e todos vocês se consegue ouvir cristiano é sim extra estamos ouvindo perfeitamente e se você é tudo bem o vídeo está bem sim se você conseguir centralizar sua imagem pronto tá ótimo estamos ouvindo e melhorou a centralização do vídeo é sim perfeito estamos ouvindo tá certo então boa noite a todas e todos eu gostaria a primeira de agradecer a associação brasileira de linguística a por
esse ato de política linguística internacional o que faz com que eu esteja aqui agradecer também a cristina pela parceria pelo convite para participar desta mesa e agradecer a publicado também pela parceria e a todos os participantes que acompanham esta mesa cumprimento e também o os colegas intectos a silvana o guilherme rural ii e já não me lembro aqui o nome do seu mais lembrar ao longo da o jônatas ah eu vou tentar aqui gerir a emoção de participar desta mesa e a minha apresentação eu peço desculpas eu falo português de moçambique e pode ser que
em algum momento não pede sabor direito mas vou tentar aqui para lembrar o meu português brasileiro também é porque sou um pouco do brasil e também fiquei 4 anos neste país como a cristina e mencionou na apresentação a na minha apresentação eu não vou mais te dar mais em questões teóricas ou menos essa mesa de apresentação aqui o moçambique e surge como um exemplo prático e depois que a minha apresentação carrega o nome desta mesa políticas linguísticas direitos linguísticos estão associados a um sistema então vou mais que ido quais são os desafios nessa questão da
política linguística neste contexto o complexo complexo do multilinguismo africano em geral e em particular moçamb e a para começar a vou apresentar uma breve situação só se o estica de moçambique em moçambique tem o português como língua oficial como brasília outros países a de língua oficial portuguesa a e no entanto ter acima de 20 línguas de origem africana que fazem parte do grupo bancos de gua cima porque ainda anúncio definiu exatamente quantas línguas o país o sul cerca de oitenta por cento da população moçambicana agora estamos por aí 28 o quase 29 milhões de habitantes
e cerca de oitenta por cento dessa população tem uma língua branca como língua materna não o português a maior parte da população habita a região do oral e essa população que na sua maioria fama a as línguas banco e não português temos casos de pessoas que não falam nas zonas de lavar e não falam né a um pouco de português e há também uma discussão sobre o português de moçambique nós a temos estado a tentar estabelecer de alguma forma academicamente esse português de moçambique os falantes a vão muito além por eles falam português de moçambique
nós na minha estamos aí daqui senti tanto é que continuamos a e o a norma é multicultural e ainda abarca a questão urbano por oral que apresenta e as suas diferenças e essas diferenças vão ter implicações nas políticas linguísticas a constituir a contextualização sobre as línguas africanas no mundo no mundo que temos cerca de 7.000 línguas e dessas sete línguas as um pouco acima de duas mil línguas são línguas africanas e dessas duas mil línguas africanas existentes são de origem barcos saladas a principalmente na áfrica austral então eu trago aqui a cidade para mostrar a
o quanto a áfrica tem um contributo em termos de número de línguas mas ao mesmo tempo essas línguas são silenciados é muito é muitos organismos internacionais a muitos organismos representativos os povos de forma internacional regionar pouco aparece as línguas africanas e a áfrica do meu contribui na constituição ou não era crescimento de outras línguas a no brasil por exemplo há vários estudos que mostram a presença das línguas africanas a através de ar hoje africanas e vão que formando bolsas onde se falam línguas bacanas para o entre eles então a essa tecido a contribuição de linguística
de áfrica no seu turno a não podemos deixar de falar do processo de colonização pelo qual é a áfrica passou em que houve um contato entre povos os povos africanos e os seus colonizadores e isso a de toma dominação por parte do colonizador e uma resistência por parte dos povos e nesta esfera a e sincronizado apesar de ter sido silenciadas arranjou formas de organização das suas práticas significativas a mariana e a língua ou as línguas africanas foram também um instrumento de resistência em algum momento a vou preferir uma aqui há uma forma rápida uma descrição
intensificada das línguas africanas é que este não seja um pouco referência isto que inicia a no século 19 então o que acontecia com essa onda de descrição primeiro era a emoção e um a ver as linhas em pleno século 21 estudos que estão essa direção de olhar para as línguas africanas não nesse sentido de língua que carrega aspectos da vida de pessoas da dignidade das pessoas como a objetos exóticos é o coloquei aqui um exemplo de uma conferência que a conferência enquanto na europa para chamar conferência tanto que ocorre de uma forma periódica e nessa
conferência já tive a oportunidade de participar duas vezes nela nesta conferência o que se faz é a pena discussão dos elementos descritivos da língua não que eles não sejam importantes são importantes mas não vale a pena discutirmos apenas a descrição se nós não avançamos é que estão em discussão da política linguística dessas línguas do uso dessas línguas de emprego dessas línguas no contexto da educação e na um dos povos então esse prisma escreveste aqui é uma muito usado foi muito usado pelos primeiros estudiosos das línguas africanas fez com que essas línguas oferecem a alguma descrição
e de bocas aquilo aquilo que a cristina diferenciou também da palavra que devo estão dez línguas essas línguas foram inventadas e isso afeta no contexto africano acrescenta também falou disso de forma de hora que eu trago um exemplo no contexto africano aquilo que a linguística de finn como língua é muito difícil para nós encaixarmos como a definição de língua outros falantes tem a sua definição do que língua eu vou dar um exemplo aqui de iguais línguas uma que é a língua changana falado no sul de moçambique ea minha língua materna e ao qual o trabalho
e a outra que também falo mas não é a minha língua materna que os seus longa essas línguas são em fibras para aquilo que é definição de língua linguística essas línguas teriam a mesma e houve uma tentativa por parte dos estudiosos não africanos de considerar essas línguas como uma única língua só que o estágio falamos nunca aceitaram para os redondas o longa é uma língua diferente do standard e plus estanga não os sangalo em uma língua diferente do se longo entre os te claro aqui que não são os aspectos fonéticos fonológicos nos oi stematic vão
e que vão definir o que língua entre essas duas estamos prontos falantes que ditam o que é língua para eles então esse essa esse exemplo que eu dou por exemplo não foi tomar de conta quando as línguas africanas foram inventadas foram definidas a partir de um prisma que não dizer respeito ao seu quando puderes e acontece com várias línguas ao longo do o bic isso vai fazer com que tenhamos de cuidados até hoje definir quantas línguas do país tem portugal um embate aqui entre aquilo que a linguística definir como língua e aquilo que os próprios
falantes é observa ou colocam como língua outro aspecto que vou diferenciar é a diversidade linguística africana que é uma árvore na tua área de áfrica o multilinguismo é a língua franca de áfrica a maior parte dos países africanos se não todos a multilíngues e o a colonização usei de alguma forma a tiago vou tentar te ligar aí e esse conosco e quadril como fornecedor de bens a ser maior poder era na são as línguas nativas a e isso vai de alguma forma até para mostrar como a língua não pode ser a enganada como nós não
podemos tentar ser desonesto e quanto ao aspecto linguístico vai trazer problemas como aquilo pitondo vai desgnar de dilemas dos governos africanos na gestão linguística como é que isso se dá os governos africanos é geralmente se questiona quando a questão é definição de uma política linguística que língua escolher um país que tem por exemplo acima de 20 língua como é que o país vai funcionar com tantas línguas essa pergunta é uma pergunta que surge no processo de colonização quando a colonização chega no já tínhamos essas línguas mas foi nos ensinar em algum momento e ter várias
línguas era mau bom então nós voltamos depois das independências e nos fazemos essa questão que os nossos antepassados nossos anti-coloniais já tinha respondido por usar com essas línguas e como é que se faz as pernas como gerir as aqui linguísticas dos falantes porque essas atitudes sempre acompanham a todas as decisões linguísticas então como conclusão para códice a escolha da língua oficial a língua do esses colonizadores e isso afeta até as políticas de educação e são básicas para a valorização do contexto linguístico moçambicano o que acabo de dizer acontece um pouco com todos os países africanos
mas acontece também é moçambique e o multilinguismo por causa de todos aqueles aspectos aqui é o medo de ferir acaba sendo visto como um gestor de dificuldades então aquilo que era a nossa a nossa forma de viver antes da colonização depois das independências é tido como um gestor de dificuldades e não como adversidade que é caracteriza a áfrica que deve ser cultivada respeitada e não silenciado por que ao silenciar essa adversidade estamos a enveredar pelo mesmo caminho que nós reclamamos e fomos a reivindicar as independentes bom então o multilinguismo em dentro da áfrica no nosso
pode apagar isso de forma alguma volta que a derreter a o muito egoísmo a língua franca de áfrica isso a complexo sim muito complexo mas mais do que abandonar essa complexidade que nos vez de nos vai deixar o importante é saber aprender a conviver com esta complexidade assim estaremos a ser realísticos para aquilo que é a realidade linguística do país e há os governos voltam muitas vezes pela pelo uso da língua duas colonizador ou mesmo adquirir na ilusão de que esta é dominada por todos que tô pisódio geral aprender mas não é o que acontece
como exemplo disso independência de moçambique foi em 1975 até hoje o português apesar de todas as vantagens e deve saber as vantagens que uma língua que é tida como oficial que é proclamada oficial tem até 45 depois 45 anos depois no dia25 moçambique faz deste mesmo sabe que faz 45 anos de independência e um português no atingiu neste 50 centro de falantes do português como língua materna então há uma resistência e dos moçambicanos é adotar essa língua como língua materna não uma resistência de falar o português mais além disso porque às vezes isso pode significar
que os moçambicanos não falam português ou não quer falar o português onde os criminosos que falam português não é não é bem assim então este leva a uma atitude de fechamento das políticas linguísticas envolvendo línguas africanas ao exemplo de moçambique como eu já meio dos pedidos e a falando aqui sobre algumas práticas de políticas linguísticas e aqui eu vou mencionar dentre as políticas linguísticas explícitas e são aquelas que são registradas de lei e que qualquer um pode consultar e verificar e as implícitas e são aquelas que na maior parte são praticadas tem que estejam registados
em que ser sempre esteja nenhum regime jurídico oficial neste caso depois de ouvi-la fala aí do ricardo já percebi melhor essa questão do regime jurídico registrado e não registrar ainda nós temos a nossa constituição da república que diz-me se eu artigo nozes sobre as línguas nacionais conquistados valoriza para a cidade o estado de valorizar as línguas nacionais como patrimônio cultural educacional e promove o seu desenvolvimento e utilizar e utilização crescentes com línguas veiculas da nossa identidade a interação bom e depois lá no artigo 10 e vai dizer que na república de moçambique a língua portuguesa
é a língua aquela esse negócio de pão brasileiro então o que que eu tenho aqui de comentar primeiro que o artigo 10 ele é claro não deixa nenhuma dúvida a língua oficial é a língua portuguesa e para as línguas nacionais as línguas de origem que são aquelas que a maior parte da população fala aparece aí a muita e eu costumo dar muita confusão é essa expressão que eu vou mesmo dizer o estado de valores das línguas nacionais como patrimônio cultural sem ver vai dizer que essa essa questão é considerada as línguas como patrimônio a vai
numa numa numa numa direção contrária aquilo que é o uso essas línguas pelos dois falantes porque essas línguas nessa nessa nessa definição acabou sendo vistas como objetos museológicos como pequenos patrimônios e esquece a dinamicidade esquece-se a vivência das pessoas está por detrás dessas lindas oi e eu tenho estado a dizer também alguns debates e para o português quero que oficiais 7 dublado e ali participar adesivos nacionais 1ª a uma ou uma organização são as línguas nacionais mas essas duas são nomeadas temos o sagrado neste longo é mágoa sobretudo é mágoa falado no norte de moçambique
e os estanga na fala do sul de moçambique são duas línguas que durante muito tempo foram mais faladas que o português até agora é marco é a língua mais falada no território moçambicano e a também aqui falando ainda de políticas explícitas bomba referir ao curso de licenciatura em ensino de lavar que é um curso que foi introduzido em 2005 nome da cidade eduardo mondlane onde o trabalho e neste momento eu estou afeta a secção de línguas bantu que é onde esse curso erigido o culto vai fazer 15 anos em agosto é por acaso aproveitando aquela
deixa uma novidade assistir a uma mesa de conversa e será no dia vinte e nove é triste depois poderá passar a aliás os dados do curso então esse curso ele foi fruto de muita luta de uma política linguística que a universidade foi fazendo critério foi traçado ao longo dos anos desde que ela existe como universidade sempre assinaram as línguas algumas duas partes são a representativa do norte sul e centro do país e em 2005 finalmente conseguiu se introduzir este curso tempo para escola e os professores os professores neste curso fizeram na política linguística a quero
muito de saudar nós neste curso quando ele foi aberto já havia outros professores de línguas outras línguas o português o francês eo inglês mas esses vocês hoje a maior parte deles se recusaram a trabalhar com os estudantes de englobar então alguns professores tinham mais de cinco disciplinas para este curso ou os primeiros estudantes os mais graduados e que a primeira graduação foi em 2009 os meus graduados muitos se tornaram nossos assistentes estagiários e hoje são professores nesta secção de línguas bancos a post-graduate hoje antes de corrente é o primeiro grupo então hoje hoje e carrega
nas costas o estilo bling está a ter algum sucesso e moçambique alguns se tornaram técnicos da do ministério da educação e desenvolvimento humano então é uma política linguística que podemos colocar aqui como uma política a que foi vitoriosa uma política a satisfatório como dizia o ricardo nem tudo vai mal em moçambique também não é tudo vai marcar uma outra no outro episódio que eu gostaria que destruindo é o próprio ensino blynk esse ensino bilíngue foi introduzido entre os anos 2002/2003 na sua fase experimentar o e em 2018 criou-se a lei 18/2018 divisor de dezembro essa
lei é que é do o crescimento jurídico do ensino bilíngue em moçambique e sustenta esses imobiliário está em expansão no no país então com esta lei o ensino bíblico já não é uma tentativa já não é faz experimentar já não é quem quer pode fazer que ela não quer não pode fazer mas sim um ensino bilíngue que apesar de já está na sua fase de expansão apesar de haver esta lei eu ensino bling e já se olha como de forma promissora e não é obrigatório é algo momento pessoas e a partir da criação de leite
né que ser obrigatório mas em vários debates salientarmos que satisfaz foram obrigados a a engraçado ensino bilíngue não estaremos enveredar pelo mesmo processo que criticamos e foi a imposição de português para os moçambicanos então nós somos expandindo e sublinhe falar e as melhorias também dos seus dos seus fracassos que estamos assim como muitas vitórias fracassos também falando das suas melhorias falando das suas vantagens e aos poucos as pessoas vão é engraçado poderes de vontade e o que está a acontecer as zonas legais estão a receber muito bem o ensino bilíngue relatórios apontam a admissão de
desistência por parte das crianças e uma escola sem saber o português e eram obrigadas a aprender em português agora aprendi nas suas línguas a vários vídeos que mostram crianças declamaram poesia porque são horário também está ali declamando poesia dançando as canções da nossa tradição oral nas línguas locais então a alma a alma de luz aqui no fundo tumblr que mostra que de fato não foi um lego introduzir o sinobilina em moçambique e muito menos criar uma ney por lei bem pigmentado ela pode sustentar esse ensino bilíngue e aguenta uma situação do pessoa do bem por
esse toy é o professor dos professores como nós chamamos aqui é mustang para além dele ser a uma pessoa mais velha e ao moçambique as pessoas mais velhas tem esse lugar da de sabedoria nós precisamos que os mais velhos são as nossas bibliotecas e para além de ser isso beti foi o professor já temos nossos cursos e uma mente alguém questionavam o que que ele achava de se mobilize e ele dizia aqui para suscitar o ensino bilíngue é um projeto sério e o único capaz de resolver os problemas pedagógicos de quem esperma o sistema de
educação em moçambique hoje essas li e usadas ou a uma lei que permite o seu uso nas assembleias municipais e provinciais antigas ou o português então esses são alguns aspectos positivos e então agora aqui não dado que eu chamo de política linguística i e incita ele nos ambique as políticas linguísticas implícitas elas são mais visíveis que aquilo que a teoria considera explícitas eu arrisco me até a a desafiar aqui ou os teóricos até a dizer que me conteste moçambicano aquele ter política implícita teoricamente explique porque geralmente pela madrugada já sobre pessoas a falar estanga na
haste longa então nós ouvimos essas línguas a serem usadas mesmo momento em que eram proibidas até na sessão pública era normal chegar numa no ministério e acordar pessoas a falar nas línguas encontrando pessoas a conversar nas línguas então aqui é exatamente a população os falantes fazendo a sua política linguística mostrado que nós podemos falar sempre português mas para a paz de deus os 1987 2007/2017 mostraram que a maior parte da população nula a falar as línguas bantu e que a avó daqueles português políticas e institucionais econômicas tipo aqui severo ea pouca em larga essas vantagens
concedidas a língua portuguesa em moçambique desde 75 mas mesmo assim ainda prevalece a o uso intenso das duas bases de atualizado neste momento a 81 por cento de vírgula 3 de falantes com uma língua bantu como engomar terra e na semana passada realizamos o depósito da constituição da república traduzida para as línguas bancos mais faladas de moçambique que eu chegar no falar de uns moçambique ué mágoa falado no norte de moçambique está em processo a tradução das outras para as outras línguas este é o ato de política vista em público há teoricamente porque é uma
são os 12 professores nossos colegas nossos da universidade que fizeram as tradições o pessoal bem se tal e fez a tradução de croche sangrar e um jovem colega fez a tradução para o a mágoa e que sustentou todo esse trabalho foi uma organização comunitária então aqui uma uma prática de uma política linguística que sai da academia sai dessa questão teórica e mostra o que as pessoas fazem empório das duas línguas na prática e como é o que é de forma respeitosa vão adentrando os espaços do poder 40s ato de de academia e a comunidade levar
essa constituição para a assembleia da república uma assembleia da república e digita apresentar os moçambicanos mais usa apenas o português como língua de comunicação é uma forma de mostrar que olha a o que está acontecendo no a correto mas também não precisamos de atear estamos entregar aqui os materiais que podem ser usados para melhorar essa comunicação que com o português pouco não está não está bom bom e como já tinha começado a falar do português aqui já para afinar a pequena reflexão e eu dei o nome de de já insuficiência do português passando pela atropelo
dos direitos linguísticos ea justiça social então moçambicano sociais língua portuguesa dia te mostrar o julgado do português em destas línguas que também faz a vida o mercado então vamos clicar no explicava povo uma mais o ditado que não fala uma língua e temos uma assembleia da república temos um governo e falam português com esse povo menos no momento das eleições quando precisa desse povo isso moça o atropelo grave os direitos linguísticos dessa população é mostra também uma questão de justiça social porque há muitas há muitas pessoas de moçambique e não tem acesso aos direitos básicos
porque nos falam português e como eu acompanhei aqui a apresentação de ricardo isso umas férias de pensar que aquilo que aconteceu com leite nos tribunais que ele citou acontece com português nos tribunais de moçamb e no nosso contexto moçambicano sobretudo quando saímos das donas urbanos onde se fala mais em português que acaba sendo a região que apresenta moçambique fora de moçambique e podem relacionar e o mundo fica na ilusão de que moçambique fala-se português quando nós temos desse meio que é o meio menor adentrarmos as zonas de baixos mas percebemos automaticamente a hierarquia das línguas
muda a a a rituais e contexto de vida profunda dos moçambicanos em que o português é interagir e isso não está escrito mas quando as pessoas chego lá por exemplo no mar numa cerimônia do passa que a invocação dos antepassados para pedir benção já chuva toda a gente já sabe que o português gente quer dizer isso acontece de forma automática é uma política linguística está ali estabelecida entre os membros da comunidade ah está ainda zona do lugar para lá e o português deverá ser suficiente continuar aqui normalmente na vida dos moçambicanos no dia a dia
a multi moçambicanos nos hospitais nos tribunais nas escolas agora um pouco menos nas escolas por causa de um ambiente atena que estão da arca de resolução da arte e na vida pública que não têm acesso devido ponto não falam o português a parte que fala português tem mas achamos que a parte não falo português também merece ter esses direitos básicos então nesse aspecto a língua portuguesa que moçambique proclamou como língua oficial ato ali como fator de exclusão social club os americanos que não falam português tem como exemplo do líder indígena que o ricardo citou na
sua falo então com isso é podemos dizer que eu uso exclusivo ou a maioridade do português para vela até a falta de honestidade linguística para concurso e como estamos o contexto de pandemia eu trouxe aqui para nos últimos cleides alguns exemplos de como é que neste momento também é possível visualizar um teste moçambicana tem que pôr o português é suficiente nas primeiras semanas as mensagens sobre contágio prevenção ela todas passadas em português mas logo chamou atenção ao fato de ao passar essas mensagens em português na metade da população dos ambicana ter acesso último mesmo número
que se diz falar português esse português no é um português e dá acesso por exemplo a questões conceituais a questões de entendimento profundo é necessário na explicação do contágio da prevenção da cozinha então nós ficamos duas semanas depois uma profusão de mensagens nas línguas locais em moçambique assim como ocorre nas eleições das eleições também sempre assim então a um isto o debate que agora é afinar que é possível usar as duas banco de uma forma conjugada com português falta é uma vontade política e uma questão das nacional para que esse athena a esse fator da
conjugação do português e das línguas locais então o que nós concluímos no contexto da convite é que se é possível neste contexto da convir é possível também falar essas línguas no parlamento o tipo de destas mensagens passados mesmos faça uma tradição se esta tela não for como ter acontecido algum alguma essa tradução vaider low tam o naturais piauí veja mais concursos em exemplo diferente o na zona urbana nós da zona urbana de forma precipitada fazemos a transferência de isolamento social do conselho europeu de isolamento social para o nosso contexto na região durar então estadual conversar
com as pessoas e para as questões da zona do horário o isolamento social é uma coisa totalmente diferente do que se consegue na zona urbana para ele na o isolamento social decidimos que não irá à cidade porque é na cidade onde a esta doença mas pode ir à casa do vizinho porque o vizinho a família buner mal e mãe pai porque essa convivência que nós e e tirar uma chapa por exemplo no no não é isolamento social e também irá machado partilhar na machamba não tem as pessoas da cidade até porque eles lá sempre que
em dizer que produzem para abastecer alimentar a cidade então o mesmo na tradução das mensagens aqui ter muita cautela na forma como esses conceitos podem ser percebidos na zona de orar e dinossauro da mesma forma percebidos na zona urbana então isso tudo leva-nos a concluir mais uma vez que há uma urgência de criação do espaço para o uso o advogado do português e as línguas locais para garantir a passagem ou a comunicação governamental comunidade assembleia da república comunidade isso ademir já está a tentar fazer o ensino bíblico mas precisamos a engajar o casamento das nossas
autoridades políticas porque muitas vezes estão essas autoridades políticas e tem o poder de decidir mas que não entende essas essas questões da questão do diálogo aqui vou contar um pouco algo muito que é é uma espécie africana ensina a disputa ensinar a ouvir o outro e tomarem corda aquilo que o outro diz é necessária para fazer voltar essas elites políticas a questão de ali mística a questão de industrial de moçambique então esta seria mais ou menos a a minha conclusão mas termina aqui com uma citação é de novo de essa werlang ea pouca e dissesse
uma política linguística de reconhecimento das línguas moçambicanas e requer um conhecimento e valorização dos direitos modos por traz identitários e expressão de valores crenças e saberes de seus planos isso publicamente nos mais uma vez algum que existia antes da colonização o youtube ter essa chaves vamos agora tentar recuperar é só forma de viver e também a um debate muito atual e tem a ver com a ecologia de saberes então a nossa não podemos fugir do global da internacionalização a mas também não podemos ignorar o meu caso temos que nos posicionar no local e ver como
é que consumimos esse globally que vai entrar no através das nossas relações ou o mundo cargo no local que é uma sangue e por fim reiteramos que não se pode afirmar que se respeita as pessoas que se respeitam o povo quatro não se respeita a as línguas e esse povo usa então só se pode vir mas de comunicação células feito por esse povo tem que se respeitar a sua forma de comunicar e temos estado a fazer esse diálogo mais uma vez forma respeita tô mostrando como utilismo é necessário ela obrigada termine para que a minha
apresentação e aí e aí e aí bom obrigada professora edra obrigada professor ricardo agora a gente vai passar as perguntas algumas poucas algumas poucas não há muitas perguntas e contribuições eu só queria deixar aqui registrada né a presença de vários colegas e alunos estudantes da ufrj da ufsc na ufmg da unilab do ifes que a professora letícia da furg professora marcela alencar do espírito santo universidade federal de minas gerais da bahia também sintam muito bom contará com a presença de todos vocês aqui conosco e algumas perguntas aqui como o nosso tempo é curto eu gostaria
só de talvez mencionar algumas poucas perguntas aqui né e aí nós podemos de repente eu professor de casa professora extra a funcionar uma ou duas para comentar para responder é para gente não se estender tanto né que o nosso tempo já enfrentasse acelerando aí é uma questão que posta que bastante forte em relação também fala professor ricardo que eu acho que talvez professor ricardo queira retomar numa próxima live que vai haver sobre direitos linguísticos oi para que o óleo de apresentação libras possa acontecer você precisa tirar sua tela do moto compartilhamento claro perdão eu não
vi que eu tava só instantinho o perdão o perdão desculpa eu acho que eu compartilhei aqui é um pouco das nossas referências bibliográficas dos nossos nomes desculpa vou voltar então professora silvana agora tá aqui conosco professora silvana aguiar da ufsc eu quero registrar aqui a presença de várias pessoas né nas nossas durante o durante né ah fala aqui no chat colegas ufrj da ufmg das universidades da bahia e do espírito santo do rio grande do sul enfim muito obrigada pela presença de vocês é muito bom temos aqui conosco há aqui uma série de perguntas a
comentários também eu tentei mais ou menos agrupar por temas né um deles diz respeito à questão dos direitos linguísticos injustiça social e eu acho o restante a gente ponto aqui o diálogo entre a esfera política e o direito né e relembrar que a política não se reduz ao direito digamos assim né se a gente abre a mão da política e deixa com que a esfera jurídica resolva questões que tem a ver com língua é como se a gente abrisse mão da nossa capacidade de agir politicamente enquanto comunidade e eu acho que isso ficou muito forte
na fala do professor ricardo professor ricardo vai ter uma outra live para falar mais especificamente sobre essas questões do direito linguístico né do diálogo com a área do conhecimento que é o direito e importante a gente relembrar que a política linguística um campo político né que a gente não pode abrir mão do político e que o diálogo com o direito a um diálogo para nos tornar mais fortes a partir de uma demanda que é uma demanda política né uma demanda que vem das comunidades dos sujeitos falantes enfim o professor ricardo quiser comentar e já vou
expor aqui as questões numa da miriam guerra né como ativismo político linguístico tem contribuído com reconhecimento de direitos linguísticos de grupos minoritários nos contextos urbanos é uma pergunta da telma pereira para os neófitos na área de pesquisa em direitos linguísticos que percurso metodológico adotar e talvez é telma a próxima live do professor ricardo dialang bem com essa questão tem aqui uma questão da renata nicoletti e os avanços no direito linguístico no direito linguístico deve ser acompanhado de políticas públicas como essa relação pode ser entendida a um tem três colocações aqui mais gerais né peguei sobre
a questão dos direitos linguísticos uma questão da vitória lima como a globalização afeta o direito linguístico então é todas essas respostas podem ser respondidas né ou de batidas a partir da questão política e da questão jurídica né mais especificamente sobre a globalização a gente pode pensar os vários níveis de globalização né globalização econômica a política globalização cultural globalização social ou seja como esses vários níveis de globalização dialogam com os direitos linguísticos né não sei se a questão aqui é uma questão também de comentada pelo professor ricardo e trazida pela professora extra entre uma um discurso
universal né atenção que é o conflito que é entre um discurso universal uma proposta universal para pensar as línguas e o contexto local tem uma proposta uma solução universal cada em discursos digamos jurídicos não é uma solução boa como diz o professor ricardo né é preciso que as questões políticas as questões caras as políticas linguísticas sejam radicalmente contextualizadas para a gente evitar aquele paradigma de língua problema ea solução sendo proposta né não existem soluções é porque as questões linguísticas ela surge a partir do mundo da vida a partir de uma história também né que tem
a ver com a história colonial com uma extra colocou que tem a ver com uma história sócio política etc então acho que é importante a gente a tentar é para especificidade para a importância do conceito de política e aí a gente claro tem muito a ganhar né com todos os teóricos aí que vão discutir esse próprio conceito de política na filosofia política na ciência política enfim e não tomar a política como sinônimo de direito né e também não tomar a política como sinônimo de economia né digamos assim não é o pib de uma língua que
vai definir o valor dessa língua né o valor social o valor cultural o valor político como a professora extra bem colocou né enfim a política não se reduz a economia ea política não se reduz e embora a política precise e dialogue com essas duas áreas do saber né depois eu vou passar a palavra professor ricardo e para professora esa tem mais uma questão aqui para professora extra duas questão e comentário né então professora évora lourenzo salvioni deixou aqui um recado olhar o lado da bélgica muito bom ouvir né você tá na bélgica extra tá em
moçambique temos um diálogo aqui transfronteiriço né quando visitei moçambique exatamente um ano atrás o meu guia era era um moçambicano graduado e que inclusive leciona na universidade de inhambane disse-me ser contra o ensino bilíngue e a justificativa aquele deu né é porque isso iria dificultar a vida das crianças né ao se mudarem de uma área linguística para outra como ela para você né se coloca em relação com esse argumento né outra questão posta né como fazer para que o multilinguismo não seja um argumento para que a língua do colonizador né no caso português acaba sendo
eleita como a língua de estado em detrimento das línguas locais e aí a gente tem aqui é questões muito caras a política linguística que o próprio conceito de multilinguismo e diversidade né eu acho que apresentação da elsa extra mostrou de uma mulher muito rica como a complexidade linguística como multilinguismo extrapola a ideia de que as línguas elas são unidades cuja cuja única são unidades passíveis de serem facilmente de escritas contadas nomeadas as práticas linguísticas na língua entendida como uma prática social ela é muito mais complexa e ela tem a ver com a história de vida
das pessoas tem a ver com que as pessoas efetivamente fazem né quais são as línguas né enfim então uma política linguística que fica pegada né a sistemas é simplesmente né de descrição de documentação e de registro ortográfico sem conexão com a história né desse sujeito se dessas línguas que estão sendo estudadas e descritas corre o risco de às vezes era um novo problema novo desafio né novo problema né onde antes não havia problema então por isso que muito da política linguística historicamente construída foi uma política linguística que serviu para construção de fronteiras fronteiras entre línguas
fronteiras entre pessoas fronteiras entre sociedades né a gente conhece bem a história colonial e sabe como por exemplo os mapas etno linguísticos na áfrica foram usados para definir fronteiras inclusive e territoriais a partir de construções colonialistas europeias né então essa ideia de uma língua uma nação que também nos afetou e os países latino-americanos e uma situação também complicada em termos de conceito de língua né e também temos o que é uma língua legítima né e legitimado então vou passar aqui a palavra para os nossos colegas também tem mais uma pergunta aqui da cristiane dias poderiam
comentar sobre a relação entre a oficialização de línguas locais ea redução de desigualdades em contextos multilíngues ou seja o quanto uma política de oficialização e com oficialização resolve digamos entre aspas o problema linguístico das comunidades historicamente silenciados é preciso a gente olhar também com cuidado toda essa política de oficialização e comercialização como professor ricardo falou anteriormente nem sempre elas resolvem a situação as vezes que geram novas situações né e por fim mais uma pergunta do professor o clóvis alencar professor também nosso colega eu acho que eu já fiz assim como as políticas linguísticas de direito
entenda-se né legislativamente ou juridicamente estabelecidas podem produzir hierarquias entre as línguas né como uma nova e hierarquiza são um novo significado social acaba sendo atribuído as línguas a partir né de um processo de oficialização né e de comercialização ou desnacionalização bom vou passar então fala acho que inicialmente por professor ricardo depois professora extra e muito obrigada pelas perguntas pelos comentários pela atenção posta ali pelo carinho de vocês vamos lá professor irritado e eu fiquei muito feliz eu durante aqui a fala da professora cristina e durante a fala na professora edna eu tava acompanhando aqui também
o chefe né eu tive a oportunidade de ver as perguntas que foram colocadas e os comentários eu tenho visto o crescente interesse das pessoas pelas questões das políticas linguísticas isso é muito bom de ver e inicialmente eu quero dizer que é a cristina eu acho que ela traduz de forma cirúrgica o que a gente pensa sobre uma série dessas questões que estão sendo colocadas tão vou ela entrar aqui alguns pontos que eu acho que são fundamentais né e que foram também muito marcados na fala da professora edna então a primeira o primeiro aspecto que a
gente precisa levar em consideração diz respeito a uma das perguntas que foi que foi e em relação ao ativismo um ativismo político linguístico eu eu sou entusiasta do ativismo político lindos eu acho que nós precisamos balançar a árvore para acordar quem está lá em cima deitado em berço esplêndido comendo frutinhas maduras então é preciso gritar e preciso se movimentar e preciso exigir pelas formas legais que nós tenhamos a garantia do direito linguístico para as pessoas principalmente para aquelas que são integrantes de comunidades minoritárias e falam línguas em situação de vulnerabilidade por outro lado essa eu
acho que é uma das maiores mensagens que nós precisamos deixar registrado é que e eu acho que toda vez que que nós vamos falar de políticas linguísticas em todo o professor todo pesquisador no brasil e quiçá no mundo ele deve começar a sua fala em algum momento na introdução da sua fala ele vai dizer sim olhe a área das políticas linguísticas é uma área necessariamente inter disciplina e olha a área das políticas linguísticas ela requer um diálogo tanto da linguística com outras áreas do saber então é da natureza das políticas linguísticas dialogar sobre possíveis soluções
para problemas que envolvam a as relações diz medidas né desde equilibradas entre línguas distintas então eu só me preocupo muito e com aquele ativismo heróico né cheio de boas intenções e que às vezes é o mais bem-intencionado que esteja traga problemas para as comunidades vou dizer aqui para vocês de forma bem sucinta nós temos comunidades indígenas aqui no brasil que declaram publicamente que não se incomodam que outras e tem um acesso às suas línguas e nós temos comunidades indígenas no brasil que vendam veementemente a possibilidade de compartilhar o seu seu arcabouço linguístico com pessoas que
não sejam da comunidade então eu não posso por mais bem-intencionado que eu esteja criar uma política linguística que o fenda as formas de entendimento ea forma de autogestão que as comunidades têm em relação as suas próprias línguas né eu acho importante o ativismo linguística político linguiça mas eu acho que o ativismo político linguístico precisa ser maduro de alongado e em conjunto né os pesquisadores as universidades com os formadores de políticas públicas e principalmente principalmente da água protagonismo aqueles que são os detentores da língua porque nenhum o doutorado nenhum título de mestrado nenhum título acadêmico qualquer
que seja ele nos legítima a intervir na autogestão linguística das comunidades não esse esse é o primeiro aspecto que eu queria levantar o segundo aspecto aí eu vou tentar responder às perguntas em bloco né à pergunta da colega que falou sobre globalização ea pergunta do colega que tá falando sobre essa aí era a fixação das línguas à medida que você de alguma forma de outro traz um estatuto jurídico eu vi também uma outra pergunta que se tratava especificamente dessa questão do estatuto do júri eu tenho uma visão muito similar a visão da professora cristine eu
acho que o nós precisamos determinar a qual globalização o qual o mecanismo de globalização nós estamos nos referindo eu vejo por exemplo 1 o maior velocidade na transmissão de informações na transmissão de ideias e isso faz com que experiências exitosas que acontecem em determinado lugar do mundo elas possam ser em questões de segundos compartilhadas discutidas analisadas em outra parte do mundo é a globalização nos trouxe essa esse olhar conjunto para as coisas do mundo quando a matéria é a matéria linguística por outro lado nós estamos vendo também uma série de outros movimentos nós estamos vendo
por exemplo o fortalecimento das grandes folias por conta de questões econômicas é nós estamos vendo por exemplo essa questão que a cristina e levantou dessa inclusão econômica está ligada ao domínio de uma língua de uma das grandes famílias isso preocupa bastante bom e se preocupa muito mas eu entendo o seguinte como pesquisadores dos direitos linguísticos nós precisamos fazer uma leitura da nossa realidade e tentar de uma forma ou de outra reagir a essa realidade que eu acho que é bem difícil nós colocarmos uma oposição eficiente a força da globalização então nós precisamos adotar estratégias que
sejam capazes de salvaguardar aquilo que nós estamos entendendo como o nosso objeto juridicamente tutelada veu a coisa que nós devemos é lá que seria a situação da diversidade e da pluralidade e incha e finalizando as últimas duas perguntas que falam sobre estatuto jurídico das línguas eu agradeço muito os dois colegas o curso para o sérgio e o professor clóvis porque essa essa discussão a discussão que pessoalmente me interessa ruim né hoje no brasil nós temos um processo incompleto de nacionaliza são de línguas nós temos a constituição federal faz nem são as línguas indígenas na constituição
e da a essas línguas algumas algumas possibilidades né mais não chama essas línguas por exemplo de línguas nacionais e não não atribui por exemplo quais são as possibilidades jurídicas que essas línguas possuem no estado brasileiro então isso isso foi talvez uma das nossas maiores tristezas quando a gente pensa no processo na assembleia nacional constituinte de 1987 né se nós tivéssemos tido um pouquinho mais de sagacidade naquele momento para construir uma constituição que deixasse a questão das línguas oficiais das línguas nacionais bem definidas nós não estaríamos enfrentando uma série de problemas que nós enfrentamos atualmente para
conseguir formular conceber políticas linguísticas porque a nossa constituição o veda ou não deixa de forma explícita a forma o movimento que precisa ser feito então eu entendo ver o pro são paulo e professor clóvis eu entendo que o processo de atribuição do estatuto jurídico as línguas é um processo que precisa ser muito estudado alguma coisa aconteceu no mundo o suspeito que coisa seja essa nas pesquisas mas se vocês observarem a história da humanidade alguma coisa aconteceu depois do final da segunda guerra mundial e a maioria esmagadora dos países do planeta terra que até então não
tinham línguas oficiais constitucionalizados as correram para constitucionalizar suas línguas e correram num processo no movimento de constitucionalismo línguas muito próximo a isso que essa nos falou de garantir no caso dos países colonizados que essas línguas de colonização fossem eleitas as línguas oficiais e em muitos casos deixando sem estatuto jurídico algum as demais línguas que já eram faladas naqueles naqueles territórios então eu acho que nós precisamos lavar nossa roupa suja né quando o assunto é pluralidade linguística diversidade linguística no brasil porque nós temos e nós temos muito o que discutir e e não é só na
relação interlínguas mas na relação entre a língua também dentro do português vocês tiveram oportunidade de assistir a fala do professor dante nós temos problemas seríssimos para resolver eu tenho visto com muita alegria alguns colegas professores fazendo discussões sobre racismo linguística intralinguistica dentro do português essa questão precisa ser discutida então resumindo aqui a minha sala eu acho que o os processos de atribuição do estatuto jurídicos as línguas no brasil é uma agenda que já passou da hora de nós discutirmos né eu entendo eu entendo que nós temos aí um processo interessantíssimo de comercialização de línguas no
âmbito dos municípios é é uma política linguística poderosíssima não tenham dúvidas e fragilidades existem fragilidades mas é uma política linguística muito poderosa eu acho que a gente precisa de uma forma de outra sanear suas fragilidades e estimular que mais demais municípios e estados possam assumir o protagonismo na gestão dessas línguas em no país que não usufruo ainda no estatuto jurídico é o primeiro passo para que essa língua assim fraqueza e no curto médio ou longo prazo aí vai depender de uma série de questões essa língua desapareça do nosso inventário linguístico né da nossa da nossa
riqueza linguística da nossa diversidade lista tão pessoalmente eu entendo que urge que nós tenhamos de alguma forma retomado o debate da institucionalização das línguas brasileiras certo então era isso que eu devolvo a palavra tô aqui a disposição e se tivermos mais debate mais perguntas mas por enquanto essa é a minha participação o prefeito professor ricardo muito obrigada pelas respostas simples passo a palavra então para professora extra e mais uma vez obrigada pelas questões que são muito bem contundentes aqui eu já adianto que eu vou colocar aqui a forma de respostas mas dispostas não acabar acabadas
a em termos aqui que é o meu entendimento provavelmente um outro colega moçambicano responderia de maiorca forma começando aqui pela pergunta sobre ensino bilíngue a e quando eu falei sobre o ensino bilíngue eu falei da de questões e deram certo questões vitoriosas que estão as que fizeram aqui desenvolvemos uma política linguística que sustenta hoje o ensino bíblico e norole das fragilidades que eu também mencionei apesar de não ter detalhado uma das questões que temos estado a discutir e a posição minha e de muitos colegas da secção aqui na questão do ensino bling tem que haver
é uma pula perigosa a conversa diálogo com as comunidades o que nós estamos a ver o que temos sabe a verificar é que quanto mais a a região onde se implanta o ensino bilíngue e fala uma deixar um horário a mais aceitação ou aqui para alguns falantes é muito gratificante que tem as suas línguas na escola porque valoriza-se muito a escola essa hora que estão e que tenham os seus filhos aprender e a falar as suas línguas é mas houve uma fragilidade no início do ensino bilíngue em que muitas vezes as comunidades não participaram ouvir
a falta de uma conversa profunda explicando as comunidades o que significava o ensino bilíngue esse é o número que estás a tomar agora em debate de ensino bilíngue alá pessoas da comunidade sobretudo líderes comunitários que a em vez de serem os acadêmicos os técnicos já falaram poder instalar estão lá a falar e eu muitas reuniões estão nos permitido e fale nas cores línguas porque é nelas que melhor expressa então quando esse público será sol é porque a comunidade recebeu e isso seja aprender que se o assunto é que podem língua as comunidades para quê para
quê e haja um certo sucesso nessa definição tanto a língua e para geral quando a política linguística educacionais é que o envolvimento das comunidades e a dizer algum professor mais velho e não se ama aquilo que não se conhece nós temos a tarefa de fazer dialogar com a comunidade para que conhece a o símbolo e as suas estratégias estão objetivo para depois diversificaram-se de fato essa comunidade tem o ensino bíblico e isso aconteceu nessas regiões que um simples que teve sucesso mas há outras regiões também que ainda é preciso fazer esse trabalho e acredito que
o colega que o o o participante fez é que estão está nesse processo também de pensar que o ensino bling veio para substituir um português não é bem assim o ensino bíblico e veio como forma de responder às várias o motivo por dentro falar do da diz presidente do ensino bilíngue mais meu artigo que a cristina esteja reference tem lá um historial das consultas que foram feitas até se concluir que o ensino inclusivo a moçambique passava ou do ensino bling inclui-se o português e as línguas que as crianças façam a vários aspectos mencionados não só
nesse artigo que escrevi mas também é vários trabalhos da pessoa da pele tô feliciano sou bento pessoa domingo então own history a hora que chegar a se ao ensino bilíngue como fazer conto multilinguismo no impeça uso das línguas locais a cristina acabou respondendo uma forma a esta questão mas é outra foto aqui aqui precisamos dessa lavagem de roupa a loja que o ricardo de oliveira financiou quando responder a mesma questão tá depois da independência naquela naquela poderia que aconteceu um pouco com os estados africanos de constituir uma nação muitas vezes a questão linguística não foi
tido em conta não foi considerado como um aspecto discutir naquele momento naquele momento o mais importante ela conseguiu uma nação economicamente politicamente mais ou menos estável ea questão linguística tem que foi silenciada adota-se o português como língua oficial como a língua da unidade nacional em alguns contest era proibido falar a uma língua local nós passamos por isso na escola primária então se calhar precisamos ele que está acontecendo moçambique estamos nesse momento numa reflexão que eu chamarei aqui citando de novo publicados somos uma reflexão de lavagem de roupa nós temos perguntados afinar o que é uma
língua barco para um moçambicano será que vale a pena encontro português e silenciar essa língua você vai que a vida desse moçambicano a rádio está no continua apenas quando português porque essa questão fundamental é a vida porque essas línguas estão ali em barricadas com a vida de cada um moçambicano então se calhar se tivéssemos pensado assim como pensamos a questão econômica é questão política na urnas arthur na altura das nossas dependências se calhar teremos teremos hoje poucas dificuldades mas mais uma vez hoje com esse despertado para sabemos que não vale a pena contornar o multilinguismo
contexto acertar se calhar não sou africano mas temos que lidar com isso e traçar estratégias a de como responder a essa complexidade multilínea a a questão da cristiane oficialização das línguas eu acho que essa é uma questão contextual é preciso respeitar os contextos não correto fazer comparações como dizia o ricardo verificado por exemplo uma política linguística foi bem sucedidas no país numa região no continente e tal e aplicar a o que acontece por exemplo nas regiões de moçambique onde essas línguas as línguas bantu moçambicanas foram colocados nos nomes das assembleias municipais dos conselhos municipais assim
como nesta assembleias provinciais é porque percebeu que não havia contribuição as suas não falavam primeiro porque uma a nintendo em português sobretudo nas assembleias provinciais onde é o meio mais seguro de lavar e segundo as suas nunca expressavam e forma acabar as suas ideias as plantas pessoas mostraram cebecos é essa abertas essa quis o tempo para terem a oportunidade de se expressar de fazer o trabalho de representatividade para o 4º fórum a uma assembleia provincial para apresentar uma a população de uma uma determinada por vir então a eu concordo com a colocação e do ricardo
quando a população não concorda por exemplo com a comercialização de uma dada língua isso precisa ser respeitado mas no contexto africano o que acontece é que muitas vezes é essa população que diz afinar o que se passa com as nossas línguas porque eu não posso falar na minha língua oi e aí muitas vezes é elite eu respondi com negatividade então é essa reflexão aqui agora temos estado a fazer e fazer compreender primeiro a celulite moçambicanas sobretudo as elites políticas que esse povo precisa dessas línguas esse povo vive nessas línguas e graças a deus temos tido
a lição da população que são essas pessoas quinta da barra conosco nesse vamos dizer ativismo político académico em por ordem das línguas moçambicanas então nós temos tido a sorte de dizer alguns posicionado por uma cadernos e aparecer ali a comunidades assim nós concordamos ou e nem sempre mais na maior parte das vezes dá certo porque a algum momento tivemos que aprender com 0 e é preciso envolver a comunidade na questão linguística ainda muita resistência mas os exemplos muito esperançosos nessa questão de que a comunidade precisa participar até para a fotos ficar esse diálogo entre academia
comunidade e autoridades políticas públicas sobre tudo o que é ali onde tem a o maior problema na definição de linguística de políticas linguísticas em moçambique e obrigada acho que acabei respondendo uma quarta questão do nordeste aqui mas era relacionada com a última e aí o testemunho você me permite fazer só uma complementação da pergunta da professora telma claro mais vou te pedir para ser breve porque a gente já precisa encerrar tá publicar a colega postura pessoa telma pereira lá da universidade federal fluminense e quem eu mando um abraço fraterno levantou uma bola que a gente
não pode deixar passar né e lá tá contribuindo aí com o nosso debate ela pergunta para quem é neófito na área dos direitos linguísticos por onde começar certamente ter uma sabe da nossa dificuldade de conseguir pessoas que queiram enveredar por esses estudos que requerem um conhecimento relativamente profundo do direito e da linguística dentre outras áreas como antropologia sociologia então telma eu recomendaria início a leitura do estado da arte das pesquisas acadêmicas que foram feitas no brasil não são muitas né então nós e eu já falei sobre isso hoje a tese da professora júlia isabela e
da universidade de defender o pela universidade federal de santa catarina tem algumas tese que são de colegas que fizeram a dupla graduação na fizeram direito e fizeram letras e escreveram dissertações e programas de pós-graduação em direito mas começa com essa preocupação em preservar os aspectos linguísticos então eu acho que primeiro mapear esses estado da arte porque ele ainda está na forma de pesquisa acadêmica né não não se transformou ainda em uma biblioteca no sentido da palavra que nós não temos livros que tratem do assunto com grande quantidade e depois disso para aqueles que leem língua
estrangeira nós temos muita coisa escrita em espanhol muita coisa escrita em francês e em inglês especialmente no que diz respeita bom e muita coisa escrita e na em algumas línguas europeias então vale muito a pena fazer essa esse mapeamento daquilo que se produziu né nós somos recém-nascidos quando consideramos a experiência europeia e e canadense no que diz respeito à ao estudo dos direitos de luz não era isso cristina obrigado por me permitir fazer essa complementação e aí e aí bom obrigado então professor ricardo acho que eu tô com um probleminha aqui para ligar o meu
vídeo mas eu vou falando e a gente vai acompanhando com a professora silvana deixa eu ver se eu consigo agora também não e enfim é só para relembrar que a live com professor ricardo mais especificamente para tratar da questão jurídica dia vinte e sete de julho as 8 horas da manhã eu queria que então registrada minha presença da professora mônica essa vedra consegui aqui pronto eu queria registrar que a presença também da professora mônica essa vedra no chat a especialista também em políticas de imigração com enfoque no alemão muito poderia ser ditos em termos de
políticas linguísticas no brasil é todo o processo de normatização do português brasileiro é o que tem sido feito com as heranças né africanas afro-brasileiras que não passaram por esse processo de normatização posso dizer aí das práticas linguístico-discursivas referentes né as comunidades por exemplo vinculados às religiões de matriz afro-brasileira os cantos as dan oi sim tudo isso de isso também de um patrimônio linguístico cultural relevante né também não mencionamos as políticas de patrimonialização adotadas né pelo brasil ou seja a muito assunto né para se debater e espero que a gente né tem a realmente trazido aí
os aspectos gerais das políticas linguísticas é priorizamos os dois diálogos especificamente de aluno com direito o conceito de direito linguístico e o diálogo com o contexto africano e focando moçambique e enfim o quanto a gente também pode aprender né com nossos colegas e pesquisadores africanos é a nossa página se vocês quiserem conhecer a página do nosso grupo né políticas linguísticas ponto páginas porto usc.br são todos bem-vindos a gente divulgar ele todas as nossas atividades temos também uma parceria com a professora silvana que tá aqui do meu lado interpretando para libras a importância dela né junto
a toda comunidade de interpretação para língua de sinais e aí focando também a esfera jurídica e é isso gente brigada incentivamos vocês a continuarem participando das lives assistindo interagindo é o significado de comunidade é um significado político né é preciso que a gente cultive com muito carinho né o conceito de política ea importância da política né nos momentos de hoje que é justamente a gente entrar na esfera pública dialogar me dá com a diferença com as contradições através da palavra através do diálogo e nos engajar mas nem na construção das comunidades das instituições justas né
as instituições se tornam justas quando a gente se engaja nessas questões é que tem o nosso né então fica aí o convite para o engajamento né nas diferentes formas de coletividade de instituições abre a linha é mais uma delas tem um sindicato temos coletivos temos várias formas de né agir coletivamente e agradeço novamente pontualmente professora silvana professora ricardo professora edra aos colegas jonatas professor guilherme nosso colega raúl e a diretoria da abralin então continue seguindo as largas e a gente vai se encontrando por aí um abraço forte e se cuidem e cuidem né uns dos
outros e aí
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