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Um bom dia, meus caros! Sejam todos bem-vindos. Vamos nos colocar na presença de Deus, suplicando a Ele que nos abençoe e que nos guarde neste dia, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Amém. Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Amém. Muito bem, hoje seguimos aqui no Capítulo 29 do “Caminho de Perfeição”, nos diz Santa Teresa. Desse modo, rezaremos vocalmente com muito sossego, poupando trabalho, tendo-nos esforçado por algum tempo para ficar próximas deste Senhor.

Ele nos entenderá por sinais, de maneira que, se antes tínhamos de dizer muitas vezes o Pai Nosso, agora Ele nos ouve na primeira. O Senhor gosta muito de poupar nossos trabalhos, mesmo que em algum momento não rezemos mais de uma vez, tão logo entendamos que estamos em sua companhia. O que lhe pedimos é a vontade que Ele tem de nos dar, bem como a boa vontade com que está conosco.

Ele não vai querer que quebremos a cabeça falando-Lhe muito. Que o Senhor ensine aquelas de voz que não sabem. Pois, de minha parte, confesso que nunca soube o que era rezar com satisfação, até que Ele me ensinou esse modo de oração.

Sempre encontrei tantos proveitos nesse hábito do recolhimento dentro de mim que, por isso, me alonguei tanto. Concluindo, quem o quiser adquirir, porque, como eu disse, isso está em nossas mãos. Não se canse de acostumar-se ao que foi dito, dominando-se pouco a pouco, e mesmo sem se distrair à toa, mas sim ganhando-se para si.

Pois isso é aproveitar-se dos sentidos em prol da vida interior. Se falar, procure lembrar-se de que há alguém com quem falar dentro de si mesmo; se ouvir, recorde-se de que deve escutar a voz que mais de perto lhe fala. Em suma, esteja persuadido de que, se o desejar, sempre poderá estar na companhia d'Ele.

Devendo ter pesar quando deixar sozinho por muito tempo aquele seu Pai, pois necessita dele. Se puder, esteja com Ele muitas vezes ao dia; caso não possa, poucas. Adquirindo o hábito, sairá com ganhos, cedo ou tarde, depois que o Senhor lhe conceder esse favor, não o trocará por nenhum tesouro; como nada, sem um pouco de esforço, pelo amor de Deus.

Irmãs, considerai bem empregado o empenho que nisso tiverdes. Sei que, se o fizerdes, em um ano e talvez em meio ano, com o fervor de Deus, obtereis benefícios. Vede quão pouco tempo para tão grande ganho, como é construir tão bom fundamento para que, se quiser, elevar as grandes coisas.

O Senhor encontra em nós disposição; achos perto de si que Sua Majestade não consinta que nos afastemos de sua presença. Amém. Aqui termina o Capítulo 29.

Então, depois, amanhã, já entraremos no Capítulo 30. Santa Teresa finaliza esse capítulo falando da ação de recolhimento. Até aqui, Santa Teresa fala de um tipo de ação que nós podemos obter, nos empenhando, usando o nosso esforço e o nosso conhecimento pessoal, que consiste naquilo que ela vem falando nos últimos dias: em tentar silenciar, não o mundo externo, mas o nosso interior, que é o que é mais difícil.

Às vezes, silenciar o mundo externo, dependendo da situação, é fácil; dependendo do lugar onde a gente está, se já é mais calmo, a gente afasta um pouco e, então, às vezes até consegue o silêncio. Mas o pior, o mais desafiador, é sempre o silêncio interior, e é aí que reside o problema. Quando a gente consegue, pouco a pouco, apaziguar os nossos sentidos, recapitulando assim o que Santa Teresa nos disse nos últimos dias, temos a questão do silêncio interior.

Como que a gente faz isso? Tentando silenciar os nossos sentidos. Se o meu ouvido capta tudo que tem à volta, eu vou fazendo um exercício, um esforço de tentar não prestar atenção.

Eu fecho os meus olhos para não prestar atenção naquilo que está fora de mim e, se eu vou rezar de olho aberto, então eu uso uma estampa, um desenho, uma imagem para me concentrar. Ou posso usar até mesmo um livro, onde leio um pouco, penso um pouco em Deus, meu espírito reza em Deus, e assim eu vou fazendo o exercício de me recolher. Depois, procuro não tocar em nada, procuro estar calmo, procuro estar, nem que sejam poucos minutos, ali inteiramente para Deus.

A minha imaginação, eu começo a domar, de que maneira? Povoando a minha imaginação com cenas da vida de Cristo, com as cenas bíblicas. Então, eu começo a pensar em Jesus, em Nossa Senhora, nos apóstolos, na cena do evangelho que eu li, e vou me colocando dentro daquela cena.

Então, eu aquieto os meus sentidos; eu domo a minha imaginação e tudo isso é o quê? É exercício, é treino. E, na medida em que eu vou fazendo isso, vou falando cada vez de modo mais familiar com Deus.

Vejam o que Santa Teresa diz: quem fizer isso, ao cabo de um ano, talvez meio ano, vai conseguir a oração de recolhimento. E aí assim nós vamos predispor a nossa alma, preparar a nossa alma para quê? Para receber aquilo que Deus quer nos dar.

Ensine o que ele quer ensinar na oração. Então, é muito interessante isso que Santa Teresa diz: quem vai avançando na oração, Deus mesmo vai ensinando aquilo que ele quer, aquilo que ele entende que é vida para a alma. Então, isso está nas nossas mãos.

As outras graças, Deus dará para cada um de um jeito, mas aquilo que nós podemos fazer por nós mesmos vamos buscar, vamos procurar fazer. Agora, também não vamos achar que isso aqui tudo é feito de uma hora para outra. Ou, né?

Muita gente pode pensar: "Ah, mas eu rezo mais ou menos assim há muitos anos. " Então, alguma coisa nós falhamos aí nesse processo. Então, precisamos recomeçar, fazer esse passo a passo seguindo aquilo que Santa Teresa nos diz.

Santa Teresa é uma grande mestre na vida espiritual e também uma grande mestre na vida ativa. Muita gente vai falar: "Mas ela não era uma religiosa contemplativa de clausura? Viveu encerrada no convento?

" Pois é, mas todo fundamento da ação de um católico está na oração. Eu posso fazer coisas maravilhosas, mas se eu não rezar, isso não vai valer nada diante de Deus. Então, Oremos!

Estes meios que Deus nos dá, aquilo que Deus coloca na nossa mão, sobretudo através dos Seus santos. Que Nossa Senhora nos ajude: à vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

Senhor, nos abençoe e nos guarde, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Meus caros, dois recadinhos rápidos: o primeiro: entrou, assistiu a esse vídeo, deu like, né?

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Deus abençoe! Tenha um ótimo dia e amanhã, se Deus quiser, estamos aqui nas meditações novamente, tá bom? Fiquem com Deus!