Documentário : Coluna Prestes | História do Brasil

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[Música] Luiz Carlos Prestes nasceu em 1898 e morreu em 1990 tendo vivido quase três diferentes séculos da história do Brasil sendo um dos personagens mais marcantes da história brasileira do século XX o militar e depois político foi líder de um dos movimentos mais emblemáticos de nossa história a coluna Prestes que marchou pelo país contra o governo dos fazendeiros na República Velha figura que bateu de frente com as oligarquias da República Velha e com Getúlio Vargas na década de 1930 no episódio da intentona comunista Prestes foi político durante o período dito populista entre 1946 e 1964
e foi exilado do país após o golpe militar de 1964 retornando depois da promulgação da Lei da Anistia de 1979 quando voltou do exílio Prestes participou da campanha das Diretas Já no ano de 1984 e foi um eleitor entusiasmado em 1989 durante a primeira eleição Direta do Brasil após a ditadura militar e segundo ele seu voto foi no candidato do PDT Leonel de Moura Brizola que por pouco não foi para o segundo turno contra Fernando Collor de Mello que acabou derrotando Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno daquela eleição neste documentário falaremos a respeito
do nascimento de Prestes como personagem político o que corresponde ao início de uma jornada política e de luta social que duraria toda a sua vida ao longo dos seus 92 anos de existência Luiz Carlos Prestes parece sintetizar o texto de Bertoldo brest no qual cito fato de que há homens que lutam um dia e são bons há outros que lutam um ano e são melhores aos que lutam muitos anos e são muito bons mas aos que lutam a vida inteira e esses são imprescindíveis Prestes lutou a vida inteira e tornou-se uma figura imprescindível para a
história do Brasil tendo firmado uma posição política marcante em todos os momentos chaves da história do Brasil e pagando o preço por isso passamos então para o início da entrada de Prestes para os livros de história a coluna Prestes que está encaixada no contexto do tenentismo movimento militar que eclodiu nas décadas de 1920 e 1930 não há como entender a emergência de um levante de militares de média patente no exército brasileiro fenômeno que ficou conhecido como tenentismo sem compreender o que foi que os levou a organizar esse movimento contra o governo dos fazendeiros no contexto
da República Velha momento no qual a desigualdade herdada do segundo reinado aprofundou-se sobre os governos de oligarquias agrárias que pensavam apenas nos seus interesses em um país agroexportador e de população majoritariamente agrária a política era totalmente dominada pelas oligarquias agrárias que utilizavam a máquina do estado para a manutenção dos seus privilégios e como ferramenta dos seus interesses econômicos muito embora existisse uma atividade industrial Nascente que construía gradativamente uma elite Urbana Que Ainda coexistia ao menos até 1920 sem grandes atritos com as oligarquias agrárias atritos que cresceram com o passar do tempo o tenentismo pode ser
compreendido como um movimento de setores médios do exército brasileiro Que contava com a simpatia de camadas médias da sociedade brasileira e de setores populares uma quantidade enorme de pessoas e de interesses econômicos emergentes que tinham muitas queixas dos governantes ligados às oligarquias agrárias brasileiras o crescimento das contradições entre os diferentes setores sociais econômicos brasileiros se acentuou ao longo da década de 1920 no Brasil tanto que as eleições de 1922 que tinham como objetivo escolher o sucessor do então Presidente Epitácio Pessoa foram bastante tumultuadas nessas eleições Arthur Bernardes candidato apoiado por Minas Gerais e São Paulo
a nata da Elite política brasileira com correria contra Nilo Peçanha apoiado por Rio Grande do Sul Rio de Janeiro Bahia e Pernambuco o pleito teve como desfecho a vitória de Artur Bernardes dando o tom da crise que se a bateria sobre a política do café com leite já que a hegemonia de São Paulo e Minas seria progressivamente posta prova nas eleições de 1922 Nilo Peçanha era apoiado por muitos setores militares e sua derrota para Arthur Bernardes Não foi bem recebida por esse setores tanto que vimos tentativas de levantes armados no meio militar o Levante do
Forte de Copacabana da Escola Militar do Realengo na Vila Militar de Niterói de Mato Grosso todos eram as semente do tenentismo que estava sendo plantada a crise entre os militares e o governo federal cresceu exponencialmente durante o governo de Epitácio Pessoa que nomeou civis para áreas normalmente ocupadas por militares e também por causa da recusa em aumentar o salários os chamados soldos dos Soldados o que acabou gerando uma clivagem do tipo militares contra civis por parte do governo federal isso além de atacar os interesses dos militares como classe ao recusar aumentar o soldo no meio
dessa bagunça toda surgiram várias cartas falsas extremamente ofensivas contra os militares consideradas um processo de fake News antes mesmo do surgimento da internet as cartas foram associadas a Arthur Bernardes e contribuíram enormemente para acirrar os ânimos entre os militares e o presidente apoiado pelas oligarquias de Minas Gerais e São Paulo porém também corria por fora o interesse Que outros setores políticos e econômicos tinham em aumentar a sua participação nas decisões políticas do país tais como setores agrários de outras regiões do Brasil que ficavam fora do circuito do café com leite e também de elites industriais
e urbanas emergentes que queriam mais voz na política brasileira e que acabariam unindo suas demandas aquelas levantadas pelos militares na década de 1920 conforme a crise do contexto pós primeira guerra mundial se aprofundava as oligarquias agrárias brasileiras também foram atingidas em cheio em suas exportações o que serviu para ampliar a crise de legitimidade do regime político já que não mais garantiu o sucesso econômico que ainda assim era usufruído por poucos mesmo no período de Bonança da economia agroexportadora embora o contexto de 1922 tenha sido conturbado e pontilhado de tentativas de levantes militares a maior parte
das Forças Armadas Brasileiras se mantiveram Leais ao regime e a constituição que sustentava o comando da República Velha e não foi ainda nesse ano que o governo dos fazendeiros foi lançado ao chão por levantes militares o que aconteceria apenas em 1930 situação que acabou levando ao poder Getúlio Dorneles Vargas [Música] em 1924 os levantes militares ganharam ainda mais força e ressurgiram com a proposta de derrubar o Presidente Arthur Bernardes ou seja fazer aquilo que não foi possível no ano Eleitoral de 1922 já que a maioria dos setores militares acabaram permanecendo Leais ao regime da república
velha e a Constituição A grande questão é que em 1924 muitos movimentos militares surgiram justamente com o lema da defesa da Constituição republicana de 1891 mas afirmando que eram as elites agrárias que traíram os princípios constitucionais ao governar para manter os seus privilégios e ao usar o estado para seus interesses econômicos E esse monte tem muito mais solidez pois migra do discurso de militares contra civis para o da defesa dos interesses do país a nisso uma grande influência de anos de escolas militares que eram inspiradas nas ideias positivistas formando militares com maior senso crítico e
Cívico pois ao invés da Obediência cega a um regime oligárquico e fortemente corrupto esses setores resolveram forçar a melhoria dos princípios republicanos a partir de levantes da caverna as reivindicações do movimento tenentista ganharam consistência entre 1922 e 1924 incluindo agora pauta sólidas e que aglutinavam ainda mais os interesses da sociedade e de setores econômicos em torno delas tais como o voto Secreto o fim da fraude eleitoral o combate à corrupção a liberdade de imprensa de pensamento e de manifestação de representação política assim como uma real divisão de poder entre os três poderes reduzindo a força
que tinha o poder executivo por outro lado uma das demandas dizia a respeito a consolidação de um Estado Nacional mais forte com os três poderes em alinhamento que reduzisse a força que as oligarquias regionais tinham em relação aos interesses nacionais algo que era a marca de uma república coronellesca que tinha nas elites Paulistas mineira o centro de uma política clientelista e de compadril Justamente na data de aniversário de dois anos das tentativas de levante que ocorreram no ano de 1922 novos levantes militares ocorreram no Mato Grosso Sergipe Amazonas Pará e no Rio Grande do Sul
e o centro de onde radiou influência para esses movimentos foi a revolta militar Paulista de 1924 embora não seja o tema central deste documentário falar sobre o Levante Militar de 1924 iniciado em São Paulo observando que ele foi o Estopim para esses outros movimentos militares que ocorreram em outros estados e Embora tenha sido mau sucedido assim como os levantes de 1922 foi de fato uma revolta militar contra o regime oligárquico diferente dos levantes de 1922 que contaram com poucos participantes em Julho de 1924 jovens militares do Estado de São Paulo pegaram em armas e iniciaram
uma revolta para derrubar o Presidente Arthur Bernardes e esse conflito entre os revoltosos e as forças Leais ao governo federal durou 21 dias inclusive com um Episódio de bombardeios da cidade de São Paulo para conseguir derrotar as forças revoltosas que dominaram a cidade por três semanas não houve um alinhamento entre militares de diferentes regiões ou engajamento Popular a revolta Militar de 1924 embora Contasse com a simpatia de amplas camadas da sociedade brasileira o que acabou desaguando na derrota do movimento para as forças militares ligadas ao governo federal representando a manutenção de Artur Bernardes como presidente
da república porém mesmo encurraladas pelas tropas ligadas ao governo federal as forças revoltossas seguiram organizadas como tropas movimentaram para o Mato Grosso e depois até o Paraná onde aguardariam novas tropas que viriam a se unir a elas para reiniciar um novo levante contra o governo federal e é justamente a coluna Prestes que irá servir como Polo de aglutinação para esses militares derrotados na revolta Paulista de 1924 no Rio Grande do Sul também houve revolta militar contra o regime oligárquico no ano de 1924 mas assim como no caso de São Paulo as forças revoltossas foram derrotadas
com a exceção de um grupo de militares liderados pelo Capitão Luiz Carlos Prestes que continuavam lutando e foi justamente por isso que Prestes articulou com as forças Paulistas uma junção de armas para manter o movimento contra o governo das elites fazendeiras mas tomando cuidado de conseguir angariar mais apoio popular e militar para não repetir os fracassos anteriores Prestes partiria com seu grupo do Rio Grande do Sul e seu uniria as forças que foram derrotadas em São Paulo que estava estacionadas no Paraná aguardando Luiz Carlos Prestes para formar um novo contingente Para retomar a ofensiva contra
o governo das oligarquia após buscar mais apoio de militares e da sociedade conforme as revoltas no Rio Grande do Sul iam sendo derrotadas pelas forças militares nacionais houve a compreensão por parte de outras lideranças militares revoltosas tais como Juarez Távora Siqueira Campos e Cordeiro de Farias de que Prestes era o mais preparado para seguir liderando uma revolução contra o governo federal mas para isso precisaria do suporte das forças de São Paulo que pensaram em enviar armas mas com o tempo essa possibilidade se dissipou dado esgotamento do Poder de Fogo das forças paulistas em dezembro de
1924 o grupo de militares gaúchos Partiu de São Luís no Rio Grande do Sul em direção ao Paraná para encontrar as forças militares paulistas passando por Santa Catarina com 800 homens onde ocorreram combates diretos com forças militares do governo federal que enfrentaram a coluna do militar Gaúcho o saldo dos embates em Santa Catarina foi que Prestes conseguiu se desvencilhar das tropas federais que eram muito maiores do que o seu contingente e Manteve suas tropas organizadas o suficiente para unir suas forças em Santa Catarina as do Coronel fidencio Melo para depois abrir picada na mata fechada
até Iguaçu onde encontraria as forças Paulistas lá estacionadas em abril de 1925 as forças de Prestes se uniram as de Miguel Costa e Isidoro Dias Lopes duas lideranças da Revolta militar Paulista de 1924 formando uma coluna que marchou pelo Brasil conclamando a sociedade a aderir a revolta armada contra o regime oligárquico no Brasil e também para estimular mais levantes em outras regiões do Brasil Pois houve a correta percepção de que até então os levantes Não Contavam com o apoio da sociedade já que muitos sequer sabiam qual era a proposta política e o ideário do levante
no Paraná ficou decidido que Isidoro Dias Lopes iria para a Argentina com os militares que quisessem partir junto a ele para organizar uma rede para dar suporte aos militares que manteriam o movimento revoltoso no Brasil no que foi seguido pelo Tenente Filinto Miller os revoltosos organizaram a primeira divisão revolucionária que ficou estruturada em duas unidades a brigada Rio Grande liderada por Luiz Carlos Prestes Que contava com 800 homens e a brigada São Paulo liderada por Juarez Távora Que contava com 700 homens ambas ficaram sob o comando do General Miguel Costa as brigadas Rio Grande e
São Paulo que marcharam pelo país ficaram conhecidas como coluna Miguel Costa Prestes e foram popularizadas na história com o nome de coluna Prestes uma herdeira direta dos levantes de 1922 e das revoltas de 1924 compondo o núcleo duro daquilo que conhecemos como o movimento tenentista ou tenentismo depois de abandonar o Paraná ainda em abril de 1925 os primeiros embates entre a coluna Miguel Costa Prestes com as forças de Defesa do governo federal se deram no Estado do Mato Grosso onde Conseguiram tomar Pontos importantes das mãos das tropas legalistas e empurrar para trás essas forças só
que as divergências entre Prestes e Miguel Costa acabaram sendo um ponto fraco da coluna já que ambos tinham compreensões diferentes sobre as estratégias a seguir enquanto Miguel Costa queria um embate para tentar derrotar totalmente as forças do Major Bertoldo Klinger que defendia um Campo Grande Prestes alertou que uma vitória seria impossível dadas as precárias condições em termos de munição de que dispõe e foi justamente a posição de Prestes que acabou prevalecendo assim como a estrutura da coluna foi alterada em junho de 1925 já que Prestes assumiu a função de estado maior para melhor organizar as
ações continuando sua marcha e enfrentando as forças de Bertoldo Klinger a coluna adentrou o estado de Goiás onde a polícia Goiana e as forças de Klinger enfrentaram ferozmente a coluna que acabou espraiando as suas ações para o estado de Minas Gerais para o atual Estado do Tocantins e também para o interior do Maranhão e do Piauí tomando várias posições importantes no interior do país em dezembro a coluna já planejava uma investida contra Teresina no Piauí mas o cerco da cidade foi abandonado em 31 de Dezembro de 1925 pois Prestes decidiu marchar em direção a Pernambuco
onde chegou e reuniu forças na fazenda cantinho no dia 10 de janeiro de 1926 a de se observar que também ocorreram embates no Ceará no Rio Grande do Norte e na Paraíba nesse mesmo período era coluna levando a revolução para o nordeste do Brasil foi em Pernambuco que Prestes comandou um de seus movimentos mais emblemáticos no nordeste posto que enquanto esperava uma revolta eclodir no Recife para reforçar a sua coluna foi cercado em fevereiro de 1926 por 15 mil homens das tropas Leais ao governo federal o que o Forçou a desenvolver uma manobra que foi
muito bem sucedida fazendo um trajeto sinuoso saindo do rio São Francisco e cruzando semiá do brasileiro até a Bahia para conseguir escapar das forças nacionais o total do trajeto percorrido pela manobra sinuosa da coluna Prestes pelo Sertão foi de cerca de 110 km e o movimento ficou conhecido como laço húngaro já que o percurso do trajeto forma no mapa uma imagem semelhante a esse ornamento do uniforme do exército fevereiro ainda não tinha acabado Quando o Miguel Costa e prestes publicaram O Manifesto revolucionário a nação com as ideias da coluna e dentre as pautas apresentadas ao
povo estava a questão da liberdade de imprensa a crítica corrupção a crítica fraude eleitoral os impostos abusivos a falta de um estado de bem-estar social e os abusos das oligarquias de São Paulo e Minas sobre a política brasileira Essência daquilo que indignava a população durante a república velha a pauta ainda contemplava a questão do ensino primário gratuito em todo o país assim como ensino técnico e profissionalizante fortalecer e Sanear a justiça centralizando as decisões no Supremo Tribunal Federal estabelecer o voto secreto e obrigatório unificar o físico garantir a autonomia do poder municipal acabar com o
endividamento do Estado em quantas oligarquias enchiam os bolsos de dinheiro dentre outras questões que até hoje estão em aberto no Brasil em julho de 1926 a coluna enfrentava grandes dificuldades no nordeste tendo que lidar com as forças nacionais E as polícias estaduais isso além dos jagunços e dos cangaceiros que foram contratados e armados pelos coronéis e pelo governo para enfrentar os militares revoltosos da coluna em outubro de 1926 a coluna Prestes retornou Mato Grosso onde decidiu encerrar a sua margem fugir para a Bolívia dado que forças militares e policiais estavam no seu encalço o que
coincidiu com a troca de presidentes Arthur Bernardes seria substituído por Washington Luiz em novembro do mesmo ano Prestes e Miguel Costa perceberam que houve pouco avanço político a partir da luta da coluna embora muitas vitórias militares tenham sido obtidas assim como muitos dos militares revoltosos já começavam a não compreender Mas qual Era exatamente a proposta da coluna e enveredavam pelo caminho da agressão e do banditismo isso além das batalhas deixarem um Rastro de Violência que acabou por atingir a população mais pobre do Brasil no final o grupo se dividiu em dois um grupo de 80
homens seguiu-se queira campos até Campo Grande grupo que só chegaria a Bolívia em março de 1927 enquanto pouco mais de 600 homens seguiram Prestes e Miguel Costa em direção à Bolívia onde foram recebidos pelo Major boliviano Eleodoro Carmona diante de quem de puseram as armas em troca de serem recebidos no país assim Em 1927 foi encerrada a marcha da coluna Prestes que cruzou 11 estados do Brasil e andou 25 mil quilômetros pelo país buscando levar a mensagem revolucionária para a população brasileira travando embates pontuais mais para demonstrar perseverança de uma resistência contra o regime do
que propriamente esperando vencer um contingente militar muito maior do que o da coluna na Bolívia Prestes e seus homens trabalharam para uma empresa inglesa que colonizava e promovia O saneamento e novas áreas abrindo estradas e cavando Poços função que deu ao militar brasileiro um grande conhecimento a respeito da zona fronteiriça Brasil Bolívia estudo que foi enviado posteriormente ao Ministério de relações exteriores enquanto isso Isidoro Dias e Miguel Costa foram para a Argentina como abordamos no início deste documentário Luiz Carlos Prestes nasceu em 1898 e morreu em 1990 tendo mantido seu espírito combativo de luta Popular
contra quase todos os governos brasileiros entre as décadas de 1920 e 1990 uma história incansável de luta contra um regime historicamente desigual Prestes nasceu em Porto Alegre e logo cedo perdeu o pai que era militar e foi morar no Rio de Janeiro onde teve uma infância difícil mas que não impediu de ingressar no colégio militar e depois na escola militar do Realengo onde teve contato com figuras que participaram de sua vida e também da história do Brasil tais como Jô estávora Siqueira Campos Eduardo Gomes e Cordeiro de Farias em 1922 já formado Engenheiro Militar e
com a patente de Tenente foi enviada ao Rio Grande do Sul onde trabalhou na construção de quartéis em várias cidades do estado onde nasceu retornando ao estado do Rio Grande como profissional formado e como Tenente do exército brasileiro o fato de que muitos militares assim como Prestes receberam uma educação crítica em escolas militares contribuiu para a percepção de que havia algo profundamente errado no país em que viviam e foi por isso que podemos assistir a uma geração de militares que se surgiram contra a ordem estabelecida sendo que Prestes só não participou das tentativas de levante
em 1922 porque estava doente processos dos quais figuras como se queira Campos e Eduardo Gomes participaram Como já discutimos aqui em 1924 Prestes estava saudável e tinha condições de grande liderança já quero um militar respeitado e popular entre os seus próximos o que o habilitou para ser o grande líder militar das revoltas tenentistas que aconteceram no Rio Grande do Sul nesse mesmo ano como já pontuamos aqui sendo que após isso liderou a coluna Prestes com os seus 25 mil km de marcha percorrida pelo Brasil contra o regime oligárquico das elites agrárias da República Velha em
seu exílio na Bolívia após por fim a marcha da coluna Prestes o dirigente do Partido Comunista Brasileiro perceber levou a ele leituras de Angels Marx e Lenny e foi assim que Prestes teve contato com a teoria marxista essas leituras se uniram a experiência que Prestes viveu no interior do Brasil quando encontrou uma população profundamente desigual em um país cheio de riquezas Prestes viveu exilado na Bolívia na Argentina no Uruguai e na União Soviética de onde voltou para o Brasil para participar da luta da Aliança Nacional Libertadora que unir elementos socialistas nacionalistas e Democratas e que
foi fechada por Getúlio Vargas em 1935 por causa do rápido crescimento do movimento em 1935 e 1936 Prestes participou da organização de uma tentativa de levante militar contra o governo de Getúlio Vargas processo que por causa do suporte dado pela União Soviética e pela internacional comunista ficou conhecido como intentona comunista e que foi mal sucedido por causa da falta de aderência popular e militar ou levante ou seja mais uma vez o movimento de Prestes não conseguiu se tornar o movimento revolucionário de massas por causa do episódio da intentona Prestes e sua esposa Olga Benário foram
presos pelo governo de Vargas Lembrando que Prestes só não foi morto porque Olga grávida de um filho de Prestes se colocou diante dos agentes de segurança que iriam disparar contra Luiz Carlos Prestes Olga era uma gente alemã Comunista no Brasil e o governo brasileiro a deportou para Alemanha onde Olga foi julgada e condenada à morte pelo regime nazista de Adolf Hitler enquanto Prestes ficou preso no Brasil por 9 anos e a filha de Olga nascida na Alemanha antes dela ser assassinada em um campo de concentração foi devolvida a família de Prestes no Brasil cumpre observar
que muitos dos militares que davam suporte ao governo de Getúlio sendo que muitos participaram da Revolução de 1930 que pôs fim a República Velha eram figuras oriundas dos movimentos Rebeldes de jovens militares na década de 1920 sendo Prestes uma das figuras que recusou a aceitar o convite de Getúlio para participar dos levantes que depuseram o governo das elites fazendeiras em 1930 no contexto da segunda guerra mundial Prestes e a esquerda brasileira formaram uma união Nacional apoiando Vargas em sua decisão de entrar na Guerra ao lado dos Aliados contra o eixo fascista em 1945 Getúlio anistiou
os presos políticos contexto no qual Prestes foi libertado e rodou pelo Brasil promovendo atos políticos e grandes comícios por uma nova Constituição democrática e pela legalização do Partido Comunista Brasileiro ainda em 1945 Prestes foi eleito Senador mais votado do Brasil sendo que o Partido Comunista Brasileiro conquistou uma quantidade considerável de votos formando uma bancada com vários nomes que ficaram conhecidos na história brasileira tais como Gregório Bezerra Carlos Marighella e Jorge Amado e foi combatido para inserir na nova constituição uma série de dispositivos sociais e humanitários porém a maré de legalidade do Partido Comunista Brasileiro não
duraria muito já que o governo de Eurico Gaspar Dutra arremessou o partido novamente para a clandestinidade e os parlamentares eleitos tiveram seus mandatos caçados o que novamente fez com que Luiz Carlos Prestes fosse retirado da política institucional com o golpe militar de 1964 Prestes Perdeu novamente seus direitos políticos e foi condenado a 14 anos de prisão e mais 10 anos de prisão em 1970 assim como outros dirigentes partidários por causa da repressão contra a oposição ao regime militar o que fez com que muitos políticos se exilassem do Brasil em 1971 o Partido Comunista Brasileiro decide
enviar Prestes para um exílio na União Soviética de onde fará denúncia sobre os crimes políticos cometidos pela ditadura militar no Brasil e só retorna para o país após a lei danestia de 1979 tendo sido recebido por milhares de pessoas em seu desembarque no aeroporto do Galeão por causa do acordo que o PCB fez com os militares para poder voltar a legalidade Prestes rompeu com o partido do Qual foi expulso e passou a apoiar Leonel Brizola e o partido democrático trabalhista PDT embora não tenha esse filiado oficialmente ao partido de Brizola que também não pode reassumir
e liderar o partido trabalhista brasileiro PTB que foi passado a políticos do regime para evitar que Brizola tivesse mais força política em seu retorno ao Brasil posto que também havia ficado exilado as últimas manifestações políticas de Prestes ao longo da década de 1980 foram pelo retorno das eleições diretas no Brasil a campanha Diretas Já e sua militância pela eleição de Leonel Brizola em 1989 que acabou tendo como vitorioso Fernando Collor que disputou o segundo turno com Lula e o derrotou no dia 7 de março de 1990 Prestes faleceu chegando ao fim de uma vida intensa
de luta social e política deixando como bens materiais apenas um apartamento onde vivia e que havia sido presente de outro esquerdista célebre o arquiteto Oscar Niemeyer não deixando nenhum bem a mais para além do legado que construiu sua história de luta pelo povo e pelo país pessoal passando para dar alguns recadinhos finais primeiramente agradecer a todos que estão acompanhando o trabalho aqui no canal e segundo para avisar sobre as formas de apoio aqui do canal para aquelas pessoas que querem apoiar o canal financeiramente A primeira é a chave do pics que é uma chave de
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