grande Juventude e aí jovens tudo certinho meu só naquela tranquilidade meu Leia logo escrevo ficou um tempo fora né faz um tempo que eu não apareço por aqui sei disso mas o que importa é que estamos de volta meu muito obrigado a você que permaneceu aqui que Manteve aí a sua inscrição valeu mesmo tamo junto e bora com mais análises aí de obras literárias e o bate-papo da vez é o livro dois irmãos do autor Milton ratum um dos livros mais traduzidos mais premiados né mais consagrados aí da literatura brasileira um grande livro um grande
autor muita crítica familiar mas também social enfim Bora dar uma olhada no que o Milton ratum tem pra falar pra gente nesse livro aí que tem muita treta meu pessoal o livro dois irmãos foi publicado no ano 2000 tá e a narrativa aborda um Brasil aí de século Então a gente vai pegar boa parte do século 20 então é um livro de um autor contemporâneo que aborda também aí muita coisa sobre um Brasil também bem contemporâneo e aí já que eu falei de Brasil né de contemporaneidade vou começar com aqueles nossos clássicos elementos técnicos vamos
falar um pouquinho sobre espaço e tempo nesse livro aqui e aí com relação ao espaço você já tem que pensar que são três os locais aí digamos de maior relevância para narrativa tá tudo vai se passar basicamente em Manaus a gente vai ter também o Líbano sim país o Líbano e a gente vai ter também São Paulo meu estado de São Paulo Mais especificamente a cidade de São Paulo desses três lugares Manaus é realmente o local que abriga a maior parte da história né a maior parte dos eventos Vai se passar em Manaus capital do
Estado do Amazonas isso É bem interessante pessoal porque pensa comigo durante muito tempo na literatura brasileira os locais ali que apareciam na literatura era o quê meu região Sudeste apareceu por muito tempo depois né literatura começou a abordar também em outros lugares que se resumiam basicamente ali ao sul e ao nordeste na região Sul região Nordeste importantíssima também essa abordagem mas o norte do país a região norte do país por muito tempo permaneceu e eu arrisco dizer que até hoje permanece um pouco fora da literatura É uma pena né uma região riquíssima do país então
é interessante porque eu tenho certeza que esse livro pega muitos leitores de surpresa muita gente que lê e tem que lidar com aquela sensação de não conhecer o próprio país já com relação ao tempo a gente tem um tempo pessoal que não é exatamente cronológico né que é aquele tempo facinho né Tudo começa no passado vem para o presente a especula-se o futuro e tal não é exatamente um tempo cronológico a gente tem aí sim Idas e Vindas tempo mas também não é algo tão complexo como você tem outras narrativas como angústia do Graciliano Ramos
por exemplo em que passado e presente vão se misturando e acabam dando um verdadeiro nó na cabeça do leitor aqui não chega a ser assim mas também não é né é presente presente presente e aí o tempo vai correndo não a gente tem sim um certo fluxo né o nosso narrador vai falar de presente vai voltar no passado não é tão difícil de entender mas a gente tem sim essas Idas e Vindas no tempo bom isso Considerando o fator passagem do tempo mas se nós pensarmos agora do ponto de vista de calendário você tem que
pensar como eu disse aí no iníciozinho do vídeo a gente está falando aqui de século 20 esse livro pessoal vai se passar ali basicamente em meados ali dos anos 1940 1950 muita coisa acontece nesse período mas a gente tem também umas referências de um Brasil anterior basicamente ali começando né Você tem alguma citações ali por parte do narrador em relação aos anos ali de 1920 1930 então ele volta no tempo e avança no tempo também ele também vai falar ali de 1960 até mais ou menos 1970 Ou seja no tempo presente dele que é pós
1970 ele vai recobrando esse passado aí tanto um passado familiar um passado ali no qual ele esteve presente do ponto de vista de personagem então ele fala de pessoas com as quais ele conviveu mas ele também traz ali um passado coletivo ele também Fala respeito nem sempre de maneira muito direta né mas mesmo que seja indiretamente ele traz essas essas referências coletivas ou seja um passado de Brasil que estava acontecendo mais ou menos ali no Brasil e também no mundo nesse período aí nessa primeira metade e um pedacinho também dessa segunda metade do século já
que eu falei do narrador como é que é o foco narrativo desse livro aqui a gente tem um foco narrativo bem peculiar não é muito comum na literatura mas enfim é o que acontece aqui a gente tem pessoal um narrador em primeira pessoa ou seja a gente tem o nosso famoso narrador personagem mas a grande sacada é que ele não é repito não é o protagonista quando a gente pensa num narrador personagem já vem essa ideia né se é narrador personagem está vivendo os fatos e narrando em primeira pessoa é o protagonista tá falando de
si mesmo não necessariamente tanto é que a gente demora um pouco na narrativa para descobrir quem é o narrador Então por um tempo a gente fica com a impressão de que o livro está sendo narrado em terceira pessoa só depois ao longo da Leitura é que a gente percebe opa não pera aí quem tá narrando faz parte do Rolê Faz parte dessa família quer dizer depois a gente vai ver que faz parte Perona Mult né Faz parte mas nem tanto mas a gente chega lá tá então esse narrador que é personagem em primeira pessoa mas
não é o protagonista da história meu e olha que louco lembra que eu falei daquelas Idas e Vindas no tempo esse livro começa pelo fim pessoal logo no na abertura não é nem Capítulo 1 ainda né é ali uma uma pragininha antes do capítulo 1 a gente já tem né A narrativa ali não o narrador que a gente ainda não sabe quem é contando pra gente que tem uma mulher ali né a Zana né uma mulher que já já tem uma certa idade ela tá ali digamos no seu leito de morte né E ela tá
ali toda angustiada meu Deus do céu ela tá quase pra morrer e nesse leito de morte ela nessa angústia ela pergunta o seguinte eu quero saber se os meus dois filhos se os meus dois meninos fizeram as pazes e tudo que ela tem como a resposta das pessoas que estão ali perto dela tudo que ela tem como resposta é um grande silêncio a galera olha uma para outra pensando Eita como é que a gente responde essa pergunta aí então a gente já tem né esse início de repente corta E aí Aí sim no início do
capítulo 1 né que vem depois desse desse Dessa espécie de prólogo aí a gente começa e a gente já muda o tempo né então a gente percebe que espera aí o narrador começou pelo fim aí beleza o narrador volta um pouco no tempo e começa a contar a história dos dois irmãos que dão título ao livro pessoal esses dois irmãos são o yaku ou e a cube eu vou chamar de acube porque essa é a pronúncia do próprio autor do Milton atum em algumas entrevistas né que eu vi por aí tá então você tem aí
o yakube que é o irmão mais velho e você tem o Omar que é o irmão mais novo só que o pessoal essa diferença de idade Aí é literalmente de minutos tá porque eles são irmãos gêmeos só que olha que louco embora né eles sejam irmãos gêmeos ato do yakube ter nascido primeiro portanto ser o mais velho né e o Omar ter nascido uns minutinhos depois né foi o segundo a nascer e portanto ser o Caçula isso tem muito peso no livro né então o tempo todo a gente tem esse essas duas ideias né Essas
referências de U mais velho ou Caçula o mais velho é o mais novo o primeiro o segundo Então você tem sempre essa ideia nessa diferença de idade apesar de mínima meu ela parece no livro o tempo todo e tem maior relevância aí meu a nota isso aí e quem são os pais desses irmãos gêmeos aí pessoal Eles são filhos do ralinho e da Zana e meu o ralinho é um cara grava essa informação ele é um cara assim meu louco pela esposa ele é apaixonado ele venera a esposa inclusive ele é ele é super Galante
né tem uma cena lá em que ele ele tenta conquistar ou digamos reconquistar né o amor dela escrevendo um poema além de um poema pra ela então é algo que parece meio arcaico mas ao mesmo tempo é fofinho mais ao mesmo tempo tem uma espécie de obsessão de ciúme mas ele tenta compensar isso é com os cuidados e mostrando o quanto ele ama enfim o ralim é maluco pela esposa ele venera a Zana que por sua vez é uma mulher que sim foi muito apaixonada pelo marido no passado mas no tempo presente ela transferiu de
fato esse amor pelos filhos né ou para os filhos Beleza então o ralinho é um cara meio Amargurado por ter se tornado pai isso é muito importante na narrativa naquele odeia os filhos mas assim ele ele revela ali né em um momento outro o quanto ele preferia não ter sido pai isso e vai ficando mais claro ao longo da narrativa ela é meio frustradão meio baixo astral por ter sido pai porque porque ele sente que os filhos meio que roubaram Vamos colocar entre aspas aí os filhos meio que roubaram o amor Rosana aí nessa família
tem também a rânia que é a irmã mais nova do yakub e do Omar tá então a Rania pessoal um personagem importante é tem um detalhe curioso Aí ela nunca se casa né E isso gera ali algumas especulações né um burburinho na família enfim fato é que ela não vai se casar até o final da narrativa e ao longo do livro Eu tenho algo que é muito esquisito muito incômodo a gente tem ali uma forte impressão de uma relação incestuosa da rânia com os irmãos isso se confirma ao longo do livro não então é algo
propositalmente ambíguo por parte aí da narrativa E aí meu tem mais duas pessoas que eu tenho que citar como parte da família mas eu tenho que ter um certo cuidado porque assim são família mas não muito de um jeito meio estranho eu tenho que falar do Nael e dá Domingas pessoal Domingas é uma mulher de origem indígena que digamos é uma espécie de Empregada uma espécie de criada né da família e que é tratada como uma mulher da família Domingas hoje né vem morar com a gente a gente vai cuidar de você mas ao mesmo
tempo para Domingos ela mora ali né nos quartinhos no quartinho dos Fundos então lá na o famoso quartinho da empregada Então ela mora lá ela fica lá nos fundos e tal e ela dá um trampo pra família então percebe assim ela é família mas ela trabalha então será que a família mesmo Será que não é ela não participa de todos os eventos da família e a Domingas tem um filho que é o Nael tá que é um cara bem interessante na narrativa porque o Nael é um cara que nunca teve voz nessa família ele né
Foi Crescendo nessa família e foi percebendo ao longo da vida que ele era da família mas não muito então ele tinha ali que ficar no lugarzinho dele quietinho calado só observando se ele quisesse manter ali essa estrutura familiar entre aspas aí tá E por que que é importante porque pessoal o Nael é justamente o nosso narrador a gente só Descobre isso ao longo da Leitura tá então Perceba como sim a gente tá falando de um narrador personagem ele fazia parte entre aspas dessa família aí mas enfim ele não é exatamente o protagonista ele não é
na verdade não é mesmo protagonista né os dois protagonistas são os irmãos gêmeos então é um cara que já na sua vida adulta né o Nael decide contar pra gente tudo que ele presenciou que Ele viveu mas viveu meio calado Olha o nosso autor Milton atum dando voz aqueles que não tem voz Domingas a Cunha tamerra errada meio escrava meio ama louca pra se ver livre como ela me disse certa vez cansada derro nada entregue ao Feitiço da família não muito diferente das outras empregadas da vizinhança alfabetizadas educadas pelas religiosas das Missões mas todas vivendo
nos fundos da casa muito perto da cerca ou do Muro onde dormiam com seus sonhos de liberdade bom pessoal todo esse rolê familiar tá em Manaus beleza Qual é o ano exatamente a gente consegue inferir né que tudo vai se passar ali né pelo menos nesse início de narrativa em Manaus ali no ano de 1945 e Tudo começa com o yakube voltando do Líbano então a gente descobre que pera aí ó o cenário a gente tinha né dois irmãos gêmeos crescendo juntos né quando ali eles têm ali por volta dos seus 13 para 14 anos
de idade um deles é mandado para o Líbano fica lá cinco quase seis anos e tá mundo do Líbano inclusive é muito curioso quando ele volta do Líbano ele volta muito diferente ele esqueceu algumas palavras da língua portuguesa né ficou muito tempo fora então tem algumas palavras que ele não lembra e tal e ele é um cara muito fechado muito em si mesmas armado tá a mãe dele a Zana chega a perguntar E aí meu é o gato comeu sua língua não fala mais não e ele fala não não é isso não eu falo sim
mas ele é bem quietão meu ele é tão quietão que a gente que eu já começa a perceber de cara fala hum Esse cara não é só quieto não tem alguma treta aí nesse rolê o lance Resumindo a obra é o seguinte esses dois irmãos isso também a gente vai ficar sabendo ao longo da narrativa né Essas Idas e Vindas do tempo por parte do narrador a gente descobre que esses dois irmãos gêmeos tá o yakube e o Omar são idênticos assim são gêmeos idênticos ou seja Na aparência são idênticos mas na personalidade nada vem
um com o outro lá na adolescência antes né da saída do yakubi lá pra pro Líbano pessoal eles assim só tretavam e tinha treta e tinha ciúme e tal não sei o quê e a gente já entende de cara que o Omar o mais novo é o preferido é o protegido da mãe ele era um menino meio doente né Ele nasceu depois ele teve alguns problemas ali de nascimento e tal então ele é uma criança eh com uma saúde super frágil a mãe é superprotetora com ele ou e a cube percebe isso e já nota
desde criança desde a adolescência que ele não é o preferido preferido é o Omar isso vai dar várias tretas aí meu lá na adolescência eles ainda né com essa treta e tal ele se apaixonam pela mesma menina grava esse nome aí ele se apaixonam pela Lívia né E aí ele é os dois estão gostando da Lívia e um xaveca ali o outro bem ali e aquela coisa que ela disputa e tal eu não sei o quê só que é o seguinte o yakuli ele era um menino um pouco mais focado um pouco mais tranquilo gostava
de estudar ou o mar não lembra a personalidade diferente o Omar era explosivo meu não tava nem aí para os estudos não queria saber de estudo não queria procurar trampo nenhum tá então assim o Omar ele queria né ele era um bom Vivan isso também é importante porque né dá pra gente falar um pouco sobre a situação econômica da família nessa época quando eles são adolescentes né os dois gêmeos né o ralim o pai deles era um comerciante e assim até bem sucedido claro que né isso Não dependia só dele tá a esposa dele a
Zana né tinha também uma vida boa né antes dele se casarem então meio que eles juntam ali né a a o seu dinheiro e tudo mais a Zana Inclusive a família das anã tinha até mais grana então eles têm né no momento da adolescência dos gêmeos eles têm uma vida boa e o yakube ele ele entende que ele precisa usar isso a favor dele valorizar isso e estudar né ter uma profissão aproveitar que a vida dê uma condição legal e usar pra estudar o Omar não o Omar é farra zoeira tá nem aí aí numa
bela noite né numa espécie de cinematógrafo tipo um cinema enfim tá eles estão ali no escurinho do cinema beber ninguém sabe o que tá acontecendo de repente com duas luzes se acendem o Omar vê a Lívia tascando um beijo no rosto na bochecha do yakubi eles vão tretar E aí meu a treta foi assim fica esquenta Eles brigam mesmo e aí a gente entende que o Omar realmente não é muito flor que se cheire Ele é bem explosivo e ele parte para agressão física tá pessoal nesse momento ele acha ele quebra uma garrafa lá né
algo do tipo e ele ele ataca ele agride né fisicamente o yakube tá por isso o yakube tem uma cicatriz no rosto em formato de Meia Lua né Tem uma cicatriz Esse é o único elemento que diferencia os dois né só a partir disso que a galera né as pessoas conseguem diferenciar porque aí o yakub passa da cicatriz o Omar não né inclusive antes disso meu até a mãe deles né confundir os dois de tão idênticos mas nesse ponto então a cicatriz é o quê pessoal é a representação da treta da inimizade do conflito entre
esses dois gêmeos aí a cicatriz já começava a crescer no corpo de Acupe a cicatriz a dor e alguns sentimentos que ele não revelava e talvez desconhecesse e se até esse ponto da narrativa a gente estava meio na dúvida mas por que exatamente que um foi para o Líbano o outro ficou o que que aconteceu exatamente era uma viagem não é na verdade não pessoal a ideia mesmo Por parte dos pais na verdade mais por parte da mãe né da Zana do que do ralim era de fato separar os dois porque ele só brigava eles
iam se matar ou seja todo mundo já sabia que esses dois aí não se picavam tá dois irmãos que se odiavam Beleza então decide mandar um para o Líbano e o outro fica aqui na família de Comerciantes e ainda o narrador Deixa claro que nesses cinco quase seis anos né que o yakube ficou fora o Omar foi criado como filho único meu nem fala do seu irmão não tenho irmão é filho único você imagina a cabeça do que foi mandado para o Líbano depois que esse cara volta ele vai ficar trocando ideia com a mãe
não cara esse cara mal conseguiu perdoar a mãe é por isso que ele era tão calado Quando a mãe falava com ele ele pensava meu Como assim cara Eu nem sou preferido preferido é o outro que você está falando comigo velho só me deixa quieto aqui é que ele era Tranquilão focado estudioso mas também não estava muito afim de papo não aí é claro né meu quando ele volta obviamente que a gente vai ter esses dois tretando de novo então ali eles até né quando quando a Kombi chega a mãe dele faz uma espécie de
de festa de homenagem só que aí durante a homenagem o Omar aparece a mãe fica muito mais feliz pelo amar ter aparecido o cara que sempre esteve ali do que pela presença do yakub que já tava fora quase cinco quase seis anos então o yakube percebe fica um mal-estar né a mãe deles pede para ele se abraçarem eles vão até ensaiam um abraço mas um olha para o outro um veio a cicatriz do outro lembra da treta tal né um lembra que não curte o outro eles não se abraçam e fica esse climão pesado que
vai se estendendo vai se estendendo vai se estendendo o clima fica tão zoado tão pesado que em algum momento e a cube que né nessa volta pra Manaus ele tá lá estudando ele começa a estudar é muito bom em matemática ele era um cara super das exatas e tal ele se destaca tanto que com ajuda ali né de um religioso um clérico né um padre ali do do seu rolê ele consegue por uma oportunidade enfim e para São Paulo para estudar para depois tentar entrar faculdade então falar meu vai para São Paulo que São Paulo
lugar de você continuar os seus estudos inclusive fazer uma faculdade e de fato é o que ele faz e consegue mesmo ele sai né ele era muito bom em matemática sai de Manaus né muito por conta da treta com o irmão mas não só isso já vou falar do outro motivo e ele vai e ele consegue entrar na Escola Politécnica E aí que ele vai se formar em engenharia em São Paulo e vai ser extremamente bem sucedido aqui pessoal tem uma crítica bem legal também hein ele não sai só por conta da treta com o
irmão ele sai também porque ele percebe que ele tava ali numa região num local que talvez fosse frear as conquistas dele ou as possibilidades né de conquistas dele isso fala muito de um Brasil focado demais na região sudeste um Brasil que esquece né das suas outras regiões pessoal olha que louco né a narrativa se passa ali é pelo menos essa parte da narrativa ali meados ali de 1940 né comecinho de 1950 e hoje nesse século 21 2023 rolando não sei quando você tá vendo esse vídeo tá estou gravando em 2023 a gente ainda vive um
Brasil que convenhamos né meu não cuida da mesma forma de todas as suas regiões Olha como a crítica do autor é extremamente contundente e atual aí Euforia que vinha de um Brasil tão distante chegava Manaus como um sopro amornado e o futuro ou a ideia de um futuro promissor dissolvia-se no mormaço amazônico estávamos longe da era industrial e mais longe ainda do nosso passado grandioso que ele queridas deixa eu fazer uma breve pausa aqui na nossa análise só para deixar alguns recados muito rápidos tá se você tá curtindo o vídeo Meu deixa aí o seu
like né dar um clique aí no gostei se inscreve no canal também ativa o Sininho tudo isso ajuda demais a continuar né agora a gente voltou e é para valer e se você curte também o formato áudio mas se você tá aí na correria do dia a dia o lei logo escreva tem podcast também tá meu acessa essas plataformas que você tá vendo aí tá e curte também o nosso formato em áudio os nossos podcasts aí tem os episódios lá com as análises para você também belezinha Obrigadão valeu mesmo tamo junto e bora voltar para
análise em São Paulo o yakube meu ele vai se dar muito bem inclusive em São Paulo ele se casa com quem exatamente Aguenta aí calma aí a gente já vai ver fato é que ele se casa não fala muito para família né Manda umas cartas para família mal fala da esposa só falar tô casado aí beleza mas quem é deixa quieto né ele desconversa lá em Manaus por sua vez meu Omar cara de mal a pior e vai para farra tá gastando toda a grana da família e tal inclusive é muito curioso porque tem duas
mulheres específicas aí uma é uma uma dançarina inclusive depois eles descobrem né que é uma dançarina lá né de um grupo bem importante de dançarinas ali de Manaus mas essas duas mulheres pessoal Olha que curioso essas duas mulheres são absolutamente vetadas pelas Ana né quando as anos descobre que o Omar tá se relacionando com uma delas mas ela vai lá faz de tudo para acabar com a relação depois o mar arruma uma outra ela faz de tudo também para acabar com a relação então você vê aí duas coisas primeiro esse caráter meio doentio também né
super protetor né da mãe em relação ao filho uma mãe que não quer que o filho tem outras mulheres Ela diz que é Cuidado que é amor mas é é bem esquisito isso no livro é um cuidado assim que você fala mano deixa o cara seguir aí mas ela não deixa não e a gente percebe também o ralim o pai ficando cada vez mais triste porque quando ele vê o filho arruma um já foi embora foi para São Paulo Beleza o outro tá para se ajeitar com uma mulher O Alien pensa legal votei a minha
esposa de volta agora que beleza é não porque a Zana coloca as mulheres para correr e aí pessoal o Omar nesse ponto da narrativa ele tá dando tanto problema tanto b ó e aí a mãe dele a Zana tem uma ideia mano mas que pensa numa ideia ruim ela pensa legal eu vou pedir para o yakube receber o Omar lá em São Paulo eles moram juntos lá o Omar fica um pouco mais tranquilo e volta a ficar em paz na vida quando e a culpa fica né recebe esse pedido Ele recusa recusa reluta muito mais
ele por fim ele aceita mas ele aceita Não exatamente receber o irmão ele aceita fazer o quê alugar pagar um quartinho para o irmão longe da casa dele e ele vai pagando o irmão dele fica ali em São Paulo mesmo mas não morando perto tá claro que isso vai dar ruim né vai dar errado o Omar ele acaba com ele consegue se envolver ali com a uma uma empregada né a mulher que que limpava a casa ali do jacubim São Paulo e por conta disso né ele vai se envolvendo ele consegue entrar na casa quando
ele consegue entrar na casa do yakube ele vê umas fotos e descobre que a esposa do é cube era a Lívia a Lívia lá né do cinema lá que deu a treta toda da cicatriz ele fica pistola se sente traído pelo irmão inclusive ali né desenha várias várias obscenidades nas fotos enfim e tal da mó treta aí ele tem que voltar para Manaus enfim volta para Manaus e a o rolê dele em São Paulo dá mó errado óbvio né nisso a gente tem também uma cena que é pesadíssima pessoal o ralinho ele vai ficando cada
vez pior cada vez pior cada vez pior até que tem um momento pessoal tá que ele ele se senta num sofá ele na verdade ele assim ele ele já tava bebendo muito também ele estava muito chateado por não esposa de volta tal ele senta num sofá e não acorda ele morre nesse sofá e tem uma cena pesadíssima né em que o Omar encontra o pai né morto e no sofá e ele começa a agredir verbalmente o cadáver então assim Acho que ele pensa em tudo que Ele viveu em tudo aquela treta ele se sente traído
por todo mundo e ele começa a xingar né o pai fala meu eu vou sair você aquilo e tal a galera tem que chegar tirar ele de perto né do do cadáver ele é uma cena assim muito pesada muito bizarra voltando para Manaus ou amar pessoal começa a trocar uma ideia ali com um carinha um indiano chamado rochiran que era uma espécie de empresário e tal né esse cara tava interessado em construir um hotel ali na região um hotel né Beleza eles trocam essa ideia né Fica ali só no planejamento só no projeto tudo bem
mas né nesse momento quem vem visitar a família né Sai de São Paulo para visitar a família lá em Manaus e lembra que o yakub agora era Engenheiro oiacube chega conhece o rochiran troco uma ideia e quando o mar fica sabendo o rochiran e o yakub já estão tocando o projeto do hotel claro que o Omar vai se sentir o quê traído falou Mano esse cara volta para cá rouba o meu parceiro de negócio ah não não é possível vai lá dar um socão nele agride o irmão irmão tá dormindo numa rede agride irmão o
irmão denuncia ele para a polícia o Omar vai preso cara não é sua Omar vai preso por essa agressão ao irmão aí a gente tem agora um irmão que está preso na verdade ele fica foragido um tempo né Depois sim ele vai preso ele até o Omar até tentar trocar uma ideia com a rânia a irmã não consegue não dá tempo ele tenta falar com ela no meio do Rolê a polícia pega dá um um sopapo nele ele vai preso enfim tá a gente tem o yakub que vai se afastando cada vez mais da família
percebe meu que ó deixa eu ficar em São Paulo mesmo porque a minha família é xarope não dá certo mesmo tá aí pessoal nesse ponto a gente já entendeu que o nosso narrador quer filho da Domingas não conhece o pai dele e passou o livro inteiro especulando quem é o pai dele quem é o pai dele ó meu Deus quem é o pai dele né a gente tem a voz de um garoto que agora é adulto né sem pai né ele a gente percebe algo bem interessante né que dá para coisa dividida em duas cenas
né duas partes ali primeiro a Domingas chama o filho dela ela já tá meio que no fim da vida ela chama o Nael e ela Confessa para o Nael que há muito tempo muito tempo ano passado ela foi enfim agredida né ela teve uma relação absolutamente não consensual ela foi atacada por um dos gêmeos e ela confessa isso para o filho ela fala né é um dos gêmeos realmente fez isso tá E aí o filho fica agora na especulação né Pera aí calma Então eu tenho sim um pai e eu acho que ele é um
dos gêmeos Mas qual numa das últimas cenas o Nael visualiza pessoal o yakube e a Domingas conversando de mãos dadas E aí ele pensa meu seria esse o meu pai a coisa vai ficar ali né meio que no mistério no suspense inclusive pessoal muito curioso né Existem muitos autores que afirmam não pera aí foi o mar que realizou o Ato é o mar que é o pai mas espera aí ela também né também fica nas Entrelinhas que ela tinha tido uma relação Aí sim consensual com o yakube Então espera aí o yakube pode ser também
o pai percebe não quem é o pai efetivamente e a gente fica ali num grande mistério agora o cara que cometeu o ato Aí sim esse cara foi o Omar bom ao final da narrativa a gente já sabe lembra que a gente começa pelo fim a gente já sabe que a Zana vai morrer também e aquele Grande Silêncio que fica ali né perto dela quando ela pergunta ah meus filhos Fizeram as pazes meu na verdade a galera ficou em silêncio porque quem tava do lado dela sabia que não não tinham feito as pazes os eh
os moleques levam um terminar narrativa se odiando para todo sempre e é isso bom gente tudo bem né do ponto de vista da Cadência aqui dos acontecimentos é isso Mas quais são as interpretações e análises né que a gente pode tirar de tudo isso tem um trecho bem importante lá no meião da narrativa que é um momento em que o Omar conhece um professor chamado Antenor lavaral Esse professor ele consegue meio que conquistar a atenção do mar que odiava estudar e tudo mais mas desse Professor Omar gostava e era um professor com uma uma ideologia
social muito específica tá era um cara com uma ideologia social digamos muito mais à esquerda né Muito mais Progressista ele discutir algumas coisas associadas assim e tal então ele tinha uma visão política né sócio politica muito específica tá e pessoal no comecinho ali né na virada de 1963 para 1964 a gente fica sabendo que esse professor ele foi capturado agredido e morto pela polícia na época né Por que que isso é importante Ah isso deixou o mar assim enfurecido absolutamente revoltado e tudo mais tá isso é importante pelo seguinte para a gente perceber que o
autor aqui por meio do narrador Claro ele tá falando de um período muito específico do Brasil lembra que a gente tá falando do início da ditadura militar no Brasil em 1964 Perceba como esse livro como eu falei tem também uma análise social contextual do Brasil aí outra coisa importante é que esse livro traça uma intertextualidade com o texto bíblico pessoal lembra que na Bíblia nós temos ali né alguns casos de irmãos que tratavam que que Definitivamente não se dava muito bem né Acho que né os mais famosos são de fato Caim e Abel mas a
gente tem também Esaú e Jacó né que inclusive né Isael Jacó título de um livro aí do Machado de Assis famosíssimo também super importante para literatura brasileira esses irmãos aqui do livro dois irmãos né o jacube Omar não são os primeiros irmãos né aí da história da humanidade ou da escrita se você preferir Ah se odiarem hipertextualidade então contexto bíblico A figura da Domingas também é bem importante a figura que ela representa já esteve presente na literatura por muitas e muitas vezes é a figura do agregado aquela pessoa que tá na família né mais meio
que tá de favor e tal mas o que que é importante perceber a Domingas tem origem indígena então é o nosso autor dizendo pra gente espera aí essas problemáticas estão no Brasil não estão só no sudeste tá ou só no nordeste ou nessas duas regiões né O Brasil é mais o Brasil é maior então norte do Brasil temos essas questões também a figura da Domingas É bem interessante o fato dela ser uma mulher de ascendência indígena é absolutamente relevante para o livro né então o nosso autor trazendo para literatura também essa figura essa personagem brasileira
tão representativa esse livro fala sobre declínio um declínio mais literal e um mais metafórico pessoal literalmente falando a gente tem de fato ali o declínio da casa ao longo da narrativa a casa né em que essa família libanesa mora lá em Manaus ela vai assim meu ela vai vai caindo Cara essa casa vai vai declinando vai declinando tá é arquitetonicamente falando mesmo ela vai se deteriorando tá então ela vai ficando velha ela vai caindo aos pedaços literalmente né Inclusive a parte da casa que vai sobrar no final das contas é o quartinho dos Fundos que
é deixado como mudança Quem Deixa essa herança é a rânia que é a irmã que meio que sobrou nessa família né O resto foi de se despedaçando tá então a Rania Deixa essa esse quartinho dos fundos de herança para o Nael inclusive Nael tinha uma paixonite pela Anne e tudo mais ao longo da narrativa tá essa é a parte da casa que sobra porque o resto da casa vai se deteriorando então tem esse declínio arquitetônico né mais literal mas a gente também tem um declínio moral dessa família tá então é o declínio dos afetos é
o declínio das relações né então é uma família que vai definhando junto com a casa ou o contrário uma casa que vai definindo junto com esse essa família aí né Toda destroçada ao longo do livro e para fechar esse livro também tem um brevíssimo tom metalinguístico lembra lá pessoal a meta a linguagem é quando a gente tem um código usado para se referir ao próprio código ou uma espécie de linguagem um tipo específico de usado para falar daquela própria linguagem por exemplo quando você tem um filme que é um código é uma linguagem específica um
filme que fala sobre cinema Isso é uma meta linguagem ou um livro que fala sobre literatura isso é meta linguagem ou ainda uma música que fala sobre música meta linguagem tudo bem nesse livro então como eu disse tem um momento lá né a gente tem um brevíssimo tom um meta linguístico É bem interessante né Isso pode aparecer para você em Provas o Nael pessoal em alguns momentos ele fala do ato de escrever ele fala né do processo de escrita lembra que ele tá contando algo pra gente através da escrita é um narrador que decidiu contar
uma história pra gente por meio da escrita tá então quando ele fala do ato de escrever a gente pode pensar que a gente tem dentro de uma obra literária uma referência a escrita que pode ser inclusive literária isso é meta linguagem tem um trecho inclusive que meu a gente sabe que é o Nael que tá escrevendo mais cara eu consigo muito imaginar isso na voz né ou na caneta ou no teclado do próprio Milton hatum nosso autor aí naquela época tentei em vão escrever outras linhas mas só as palavras parecem esperar a morte e o
esquecimento permanecem soterradas petrificadas em estado latente para depois em lenta combustão acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo disse pouco e o tempo que nos faz esquecer também é cúmplice delas só o tempo transforma nosso sentimentos em palavras mais verdadeiras fala-se nesse trechinho a gente não consegue imaginar o próprio autor Milton atum se projetando mais diretamente aqui no nosso narrador Esse trechinho é maravilhoso e é com ele que eu fecho esse vídeo e pessoal deixo aqui o meu agradecimento obrigado demais de novo por vocês né continuarem aqui com escrevo e meu
tamo de volta agora é para valer beleza cuida-se muito tamo junto valeu até um próximo vídeo e tchau