[Música] primeiramente Me apresento meu nome é Salatiel tenho 66 anos e sempre fui um homem de hábitos estou nesse Vilarejo no norte desde que nasci cercado por Pomares e estradas de terra que parecem não levar a lugar nenhum mas que para mim são o centro de tudo aqui nasci e aqui aprendi que a vida pode ser simples mas nunca Desprovida de significado meus dias sempre começavam quando o sol mal despontava entre os morros enquanto bebia meu café podia ouvir os primeiros sons do dia o canto de um galo ao longe o barulho de algum vizinho
varrendo o quintal e às vezes os passos rápidos de um cachorro cruzando a rua depois de tomar o último gole pegava minha bicicleta e seguia para o Pomar que ficava a quase uma hora do meu barraco o trajeto nunca me incomodava embora longo o caminho tinha algo que me agradava havia subidas descidas e trechos onde as árvores se juntavam formando um túnel natural às vezes encontrava conhecidos no caminho que carregavam suas ferramentas ou sacos de sementes cumprimentamos com um aceno rápido ou um bom dia e cada um seguia seu rumo meu Pomar era um lugar
que eu conhecia de cor ficava ao lado de um riacho em um terreno que eu cuidava há anos além das plantações eu tinha um pequeno Curral onde criava porcos eu mesmo o construí com minhas próprias mãos usando madeira que recolhi por perto os porcos eram uma parte importante do meu dia assim que me ouviam chegar começavam a grunhir e a empurrar as cerca como se soubessem que eu levava comida sempre carregava na bicicleta um saco com restos de comida e cascas que juntávamos em casa gostava de vê-los comer e de ouvir o barulho de seus
Focinhos revirando os baldes durante esses anos indo e vindo do Pomar Vivi algumas experiências que por mais que tente explicar nunca encontrei uma razão que me deixasse tranquilo a primeira vez aconteceu perto do meu Pomar num dia em que eu já estava terminando de alimentar os porcos O sol estava baixo e a luz alaranjada da tarde se infila entre os galhos das ávores lme que me sentei um Pou so a grande ao lado do Curral e fiquei ali olando para o riacho havia umci confortvel apenas quebrado pelo som da água e de vez em quando
pelo canto de um pássaro estava prestes a me levantar para ir embora mas Ao Erguer os olhos vio que parecia uma sombra mas não uma qualquer estava no alto de uma das Árvores próximas entre os galhos mais altos a princípio pensei que fosse minha imaginação mas o porém é que eu não conseguia tirar os olhos dali aquela figura tinha a forma de um corpo como se fosse uma pessoa sentada Ou curvada sobre os galhos balancei a cabeça convencido de que estava enxergando errado mas bem nesse momento a sombra se moveu e se moveu com uma
rapidez Inesperada como se deslizasse entre os galhos em vez de escalá-los fiquei imóvel por alguns minutos tentando encontrar uma explicação lógica talvez fosse um animal pensei mas nessa região não havia animais grandes o suficiente para subir nes daquela forma muito menos para se moverem daquele jeito com o tempo deixei essa lbr para TRS Mas então aconte outra que me fez duvidar foi em outro daqueles dias emem que fui ao Pomar à tarde esta escurecendo quando terminei de revis as Abóboras e alimentar os porcos guardei as ferramentas e estava trancando a cerca do Curral quando ouvi
foi tão Claro quanto a água que corria no riacho alguém gritou meu nome era uma voz forte como se estivesse a poucos passos de onde eu estava virei-me imediatamente pensando que talvez algum conhecido tivesse passado por ali naquela época de vez em quando algum vizinho ou agricultor passava por ali fosse para pegar lenha ou porque o caminho atravessava outras terras mas ao olhar ao redor não havia ninguém apenas as árvores o riacho e um silêncio que de repente se tornou absoluto nos dias seguintes O Grito se repetiu uma e outra vez sempre no Pomar e
sempre ao entardecer às vezes eu estava limpando a área dos porcos outras vezes revisando as plantações ou apenas guardando as ferramentas foi assim que comecei a responder falava com voz Calma para que não me assustem mais minha mãe sempre fazia isso quando eu era pequeno lembro-me de ouvi-la conversando com os mortos Especialmente quando sentia que estavam muito próximos ou quando ocorria um barulho estranho na casa eu só estou aqui para cuidar dos meus animais não estou fazendo mal a ninguém dizia toda vez que ouvia alguém chamar meu nome não acreditava 100% que era um espírito
mas era a única explicação que fazia sentido pois no Pomar não havia ninguém além de mim os poucos vizinhos que trabalhavam em terras próximas sempre iam embora antes do anoitecer houve uma tarde em Que vivi que ainda considero minha experiência mais assustadora terminei meus serviços mais tarde do que o habitual um dos porcos havia fugido e precisei consertar a cerca antes de ir embora quando finalmente minha bicicleta para voltar ao Vilarejo o sol já estava baixo mas ainda havia claridade suficiente para enxergar o caminho pedalava na marcha pesada pensando em chegar em casa e descansar
Foi então que ouvi um choro que me fez Parar quase [Música] instantaneamente aioi poderia ser o vento ou algum animal mas depois de alguns segundos percebi que era inconfundível eraa o choro forte Claro e angustiante de um recém-nascido fiquei ainda sentado na bicicleta tentando escutar melhor o som vinha de um dos Pomares à Beira do Caminho tentei me convencer de que talvez fosse uma mãe acompanhando algum agricultor no trabalho mas não se ouvia nenhuma outra voz nenhum murmúrio e nem nenhum passo apenas o choro eu não podia simplesmente seguir pedalando eu não seria humano se
fizesse isso se realmente houvesse um bebê ali eu não podia deixá-lo assim desci da bicicleta a apoiei contra uma árvore e me aproximei da cerca de Arame que cercava o Pomar de onde eu estava o choro parecia ainda mais alto gritei esperando que alguém me respondesse mas apenas o choro persistia com a mesma intensidade com cuidado levantei o arame e passei por baixo caminhei devagar entre os sucos e lugar estava deserto não havia sinal de agricultores animais ou qualquer outra pessoa o choro era a única coisa que preenchia o silêncio segui o som até chegar
a uma clareira onde havia algumas tábuas velhas espalhadas pelo chão ao me aproximar percebi que elas cobriam o que parecia ser um antigo poço de água as tábuas estavam mal colocadas e havia uma abertura em um dos cantos por onde o som se tornava ainda mais claro aproximei-me com cuidado inclinando-me para tentar ver o que havia dentro o som era tão alto que me fez pensar que o bebê estava bem ali a poucos metros mas ao espiar tudo o que vi foi um vazio profundo que não permitia distinguir nada tentei mover as tábuas para abrir
o poço mas estavam úmidas e pesadas por mais que eu empurrasse e puxasse não consegui senti um nó no estômago e por um momento considerei simplesmente ir embora mas minha consciência não me deixava então lembrei-me que minha amiga Lourdes havia me dado uma lanterna e estava dentro de uma bolsa pendurada na bicicleta levantei-me rapidamente corri até a árvore onde a havia deixado e tirei a lanterna com mãos tremendo igual vara verde ao retornar ao poço liguei a luz e a apontei para a abertura o que vi fez meu corpo inteiro gelar não havia um bebê
havia uma pessoa era um adulto curvado no fundo do poço quando a luz o alcançou ele levantou o rosto de repente como se estivesse esperando que alguém o encontrasse apesar da sua idade chorava como um bebê era um som que não combinava com a pessoa à minha frente seu rosto estava coberto de lama e sujeira e seus olhos brilhavam com o reflexo da lanterna como dois pequenos espelhos que pareciam me encarar diretamente como isso era possível aquele homem chorava como um recém-nascido movi a lanterna para observá-lo melhor mas o que vi me fez recuar não
tinha como seu rosto era grotesco demais tinha traços envelhecidos e a lama que o cobria lhe dava um aspecto ainda mais estranho era como se sua pele estivesse rasgada em alguns lugares como se estivesse se desfazendo o pior de tudo era sua expressão ele me olhava como se soubesse que eu não poderia ajudá-lo como se se divertisse com meu medo o choro não parava e tudo em mim aquilo não era normal que o que eu estava vendo não deveria estar ali a lanterna tremia em minha mão e antes que eu pudesse reagir levantei-me de um
salto sentindo meu coração prestes a sair do peito algo estava muito muito errado afastar-me dali Foi Tudo Em que consegui pensar cruzar a cerca de arame para voltar pareceu levar uma eternidade minhas pernas um tanto que mal conseguia andar direito quando finalmente alcancei a bicicleta subi nela e pedalei o mais rápido que pude sem olhar para trás todo o meu corpo se sentia fraco como se algo tivesse sugado minha energia Cheguei ao Vilarejo Tremendo com as roupas encharcadas de suor Silvia me viu entrar e sua expressão mudou imediatamente o que aconteceu perguntou largando a faca
com a qual cortava mamão contei-lhe Tudo E à medida que eu falava os olhos de Silvia se enchiam de preocupação naquela noite Mal dormi cada vez que fechava os olhos via aquele rosto no fundo do poço aquela expressão desesperada que parecia gravada em minha memória pela manhã quando o sol nasceu minha esposa estava decidida vamos disse enquanto procurava chaves da caminhonete não havia como convencê-la do contrário a viagem até o Pomar foi silenciosa e eu dirigia devagar o lugar estava exatamente como eu me lembrava ali estava as tábuas velhas a abertura no canto e o
silêncio que parecia envolver tudo a luz do dia tudo parecia mais claro mas também mais estranho as tábuas estavam desgastadas como se ninguém as tocasse por anos Silvia se aproximou primeiro nos inclinamos E deixamos a luz descer pelas paredes cobertas de mofo e umidade não havia nada nenhum vestígio do que eu tinha visto o fundo estava cheio de terra acumulada mas sem sinais de uma pessoa de um bebê ou de qualquer coisa que pudesse explicar o choro que eu havia escutado passei a lanterna de um lado para o outro procurando desesperar alum indício que confirmasse
que eu não estava enlouquecendo mas não havia nada não discuti porque não queria ficar ali nem mais um segundo Voltamos para a caminhonete em silêncio e Silvia deu a partida sem dizer sequer uma palavra no caminho de volta para casa eu ainda pensava no que tinha acontecido cada vez que fechava os olhos via aquele rosto no fundo do poço apesar de não haver nenhuma prova eu sabia que o que vi era real não podia explicar mas sabia minha esposa sugeriu que falássemos com o dono das terras para ver se ele tinha alguma explicação Beto o
dono é um conhecido nosso sempre gentil e bem disposto em todos os anos que sou proprietário dessas terras nunca ouvi algo assim disse com voz firme esse Pomar está na minha família Desde o tempo do meu avô E nunca tivemos problemas por lá o poço que vocês mencionam é antigo não o usamos mais mas nunca aconteceu nada estranho sua resposta Me deixou gelado Parte de Mim esperava que ele dissesse algo diferente que Contasse uma história antiga ou algum rumor da Vila que explicasse o que havia acontecido mas não foi o caso com o tempo paramos
de falar sobre o assunto Silvia sempre prática preferiu Não pensar mais nisso e eu tentei fazer o mesmo mas até hoje anos depois sempre que lembro daquele lugar sinto o mesmo arrepio que percorreu meu corpo Naquela tarde a expressão o choro angustiante que não combinava com o que vi e a Escuridão no fundo tudo continua tão claro em minha memória como se tivesse acontecido ontem até hoje nem minha esposa nem eu conseguimos encontrar uma [Música] explicação hoje quero compartilhar uma série de histórias ocorridas em uma área onde fica o rancho do meu avô este Rancho
está localizado à beira de uma montanha e ao redor há outros ranchos vizinhos que t suas próprias histórias por estar longe da cidade é um lugar perfeito para passar um fim de semana tranquilo mas quando a noite cai essa tranquilidade faz com que as coisas que acontecem nesse lugar se tornem mais visíveis conversando com meu avô durante o período de Finados ele começou a nos contar várias histórias que não conhecíamos e que para ele pareciam extremamente normais mas para aqueles que não estão acostumados podem ser bastante aterrorizantes uma das histórias que ele nos contou aconteceu
dentro de sua propriedade ele havia chegado ao meio-dia para consertar uma cerca que estava quebrada ele estava acompanhado pela minha avó e por um trabalhador eles iam ficar lá no fim de semana para aproveitar e vacinar alguns animais então estavam preparados à noite apenas meus avós estavam dentro da casa e o trabalhador estava dormindo em um quartinho a alguns metros da casa principal era por volta das 8 da noite e eles já estavam jantando para dormir cedo quando de repente um ruído chamou sua atenção lá fora estava tudo escuro os animais estavam recolhidos e os
cães não faziam barulho o que eles ouviram foi um estalo como se algo estivesse andando lá fora e causando aquele som meus avós podia João então meu avô saiu com uma lanterna para ver o que ele queria quando chegou lá fora notou que o quartinho onde João dormia estava escuro como se ele já estivesse dormindo ele caminhou ao redor da casa e não vendo nada estranho voltou quando entrou encontrou minha avó sentada na sala de jantar rezando Ele perguntou se ela estava bem e ela não respondeu até terminar asç meu avô foi até a cozinha
para preparar um copo de café e ao olhar pela janela que dava para o quintal viu a figura de uma mulher vestida completamente de preto ela estava parada ao lado de onde os cães dormiam atrás dela ele podia ver os dois filas deitados um sobre o outro cheios de medo Eles não faziam barulho e pareciam não querer se mover ao ver aquilo meu avô Deixou sua xícara e caminhou até a sala de jantar ele sentou-se e não disse nada apenas esperou minha avó terminar de rezar quando ela finalmente terminou ele perguntou você a viu não
foi minha avó respondeu que sim mas que não quis dizer nada para não assustá-lo nesse momento minha avó contou que quando ele saiu pela porta da frente uma mulher vestida de preto se posicionou na janela que dava para o quintal essa mulher tinha um rosto normal e ela olhou fixamente sem dizer absolutamente nada naquele momento minha avó Começou a sentir muito frio e uma sensação estranha no braço como se estivesse dormente ela não conseguia movê-lo e o sentia muito pesado a única coisa que lhe ocorreu foi se sentar e começar a rezar até que Pouco
a Pouco conseguiu mover o braço novamente Apesar de de tê-la visto meu avô disse que não era nada que talvez fosse apenas uma sombra e que o melhor era que fossem dormir pois nada aconteceria com eles quando os dois se levantaram da mesa e começaram a caminhar em direção às escadas ouviram um lamento vindo de fora com muito medo os dois deram as mãos e foram para o quarto naquela noite não conseguiram dormir pensando que aquela mulher poderia fazer algo ou pior ainda que aquela mulher fosse a morte esperando por um deles na manhã seguinte
João se levantou às 4 da manhã para ordenhar as vacas o sol obviamente ainda não tinha nascido mas já era possível ouvir que ele estava se preparando para acordar os animais meu avô esperou alguns minutos e quando começou a clarear mais lá fora levantou-se para ir ajudar o João enquanto trabalhavam o homem comentou que não conseguiu dormir a noite toda pois ouvia Gemidos e batidas nas paredes Além disso logo cedo ouviu o grito de uma mulher o que o deixou muito assustado meu avô nunca contou ao João o que ele e minha avó tinham visto
e ouvido no entanto desde aquela noite quando meus avós passavam a noite lá rezavam um Rosário eles também deixavam uma vela acesa perto da imagem de Nossa Senhora de L como uma forma de proteção para que a luz da vela afastasse a morte e os mantivesse a salvo em outra ocasião meu avô ainda era jovem e aquela região era somente mato não havia tantas casas como atualmente quando ele ia ao sítio era para ajudar seu pai com as vacas e os porcos e naquele dia Eles terminaram cedo um vaqueiro que trabalhava por ali disse ao
meu avô que iam subir para com outro vaqueiro de umas terras vizinhas quando eles diziam subir queriam dizer que iam para o morro Pelo visto era época de tattoos então aproveitariam a noite para caçar e comê-los no dia seguinte meu avô sendo ainda criança perguntou ao seu pai se poderia ir com eles ele queria sentir a experiência da caça e conviver um pouco com os trabalhadores que conheciam bem a região mas o bisavô disse que não ele ainda não tinha idade para andar por lá os Vaqueiros e outro trabalhador partiram por volta das 7 da
noite e antes das 10 já estavam de volta meu avô ouviu o galope dos cavalos e espiou para ver o que estava acontecendo nisso notou que os três desciam rapidamente dos cavalos e os levavam para um lugar seguro para amarrá-los o pai do meu avô também percebeu e ao vê-los tão saiu para falar com eles o vaqueiro parecia nervoso não soltava a pistola e dizia que estava com sede meu avô os fez entrar e enquanto bebiam água contaram o que tinham visto no morro segundo eles estavam procurando os tatus quando de repente alguém gritou para
que fossem embora os três olharam ao redor para ver quem estava ali mas não viram ninguém de repente aquela mesma voz de disse novamente se não forem embora eu vou levá-los dessa vez a voz parecia estar a poucos Passos atrás deles os três por medo não quiseram olhar para trás para ver o que era eles caminharam até os cavalos sem virar o rosto e quando tentaram montá-los os animais começaram a se agitar como se estivessem assustados eles não deixavam que subissem e quando tentavam pegar as rédeas os mordiam e davam coices então novamente ouviram aquela
voz essas montarias são minhas e só obedecem a mim foi então que viram um homem vestido de preto com um chapéu saindo da Escuridão com ele vinha um cavalo da mesma cor de suas roupas soltando fumaça pelo nariz os três homens imediatamente souberam de quem se tratava A Lenda de um homem que aparecia para os Vaqueiros por aquela área era muito conhecida alguns diziam que era o diabo enquanto outros acreditavam que era o espírito de alguém sabendo que estavam em perigo o vaqueiro do meu bisavô sacou a pistola e disparou para o alto na esperança
de que os cavalos parassem de se debater o tiro os tirou daquele estado de pânico e os três conseguiram montar e fugir dali às pressas enquanto desciam o homem de preto o seguia rindo e os golpeando com um chicote ou um açoite longo o mais surrado foi o rapaz da propriedade vizinha que ficou com marcas em carne viva nas costas o cavaleiro negro e seu cavalo seguiram até um cruzamento conhecido como a cruz onde desapareceram eles conseguiram chegar em segurança mas estavam apavorados no dia seguinte o trabalhador mais jovem pegou suas coisas e pediu demissão
os outros Vaqueiros trabando até ficarem velhos e se aposentarem mas sempre que bebiam contavam a mesma história a história sobre a vez em que quase foram levados pelo cavaleiro negro a história seguinte não aconteceu no sítio do meu avô nem com nenhum trabalhador ou membro da família o que vou contar agora ocorreu em uma uma propriedade mais distante lá costumavam a bater porcos de madrugada para entregá cedo aos da cidade quando esse trabalho precisava ser feito reuniam-se cerca de oito pessoas mas naquela noite um deles não apareceu algumas horas depois o trabalhador chegou mas não
disse nada e começou a fazer seu serviço os outros notaram que ele estava muito pálido com os olhos Fundos e segurando o estômago como se estivesse com dor o dono do lugar ao vê-lo assim disse que se estivesse se sentindo mal poderia ir descansar que não haveria problema mas o homem respondeu que não que estava bem e que apenas teve uma noite ruim enquanto trabalhavam a temperatura caiu bastante o que dificultava ainda mais o serviço o tempo passou e quando já estava quase amanhecendo o trabalhador disse que iria ao banheiro mas nunca voltou enquanto carregavam
as caminhonetes um dos homens foi procurá-lo mas não o encontrou em lugar nenhum todos imaginaram que talvez ele tivesse se sentido mal e ido embora então continuaram carregando a caminhonete para partir durante a descida um deles viu um vulto ao lado da estrada ao se aproximar percebeu que era o corpo de um homem imediatamente pararam para ajudá-lo mas já era tarde demais o corpo sem vida do trabalhador que horas antes tinha ido ao banheiro estava ali ele tinha um corte que ia do peito até a parte inferior da barriga suas entranhas estavam expostas e seu
corpo estava gelado segundo eles ele já estava morto há pelo menos 5 horas chamaram a polícia e explicaram que algumas horas antes ele estava com eles mas desapareceu e foi encontrado ali naquele dia todos foram interrogados pois suspeitavam que ele poderia ter brigado com alguém ou que eles haviam matado mas todos contaram a mesma versão o dono do lugar era uma pessoa respeitada e garantiu a inocência de seus funcionários quando o Legista divulgou o seu relatório afirmou que o homem havia morrido por volta das 2as da madrugada justamente algumas horas antes dos trabalhadores o verem
chegando ao trabalho desde então todos os anos os donos do abatedouro fazem uma oração em memória do Trabalhador que mesmo morto acabou aparecendo para eles bom Essas são as histórias que tinha para contar a vocês Espero que tenham distraído suas mentes e um forte abraço toda comunidade doal por favor curta e se inscreva se você esver gostando agora continuamos [Música] isso aconteceu no começo do ano passado eu tinha anos esta passando umim de sem na Pria grup de amigos no airb mais barato que conseguimos encontar era útima noite da Nosa estadia tamos pass a noite
inteira na Pria com uma fogueira apenas conversando bebendo e curtindo nada demais No final a maioria dos meus amigos Decidiu ir dormir mas eu ainda não estava cansado resolvi dar uma caminhada para diminuir o efeito da bebida e depois encontrar o caminho de volta para o airbnb o calçadão vazio à noite tem uma tranquilidade estranha eu não tinha passado muito tempo na praia antes então tudo era muito novo e interessante para mim depois de andar um tempo percebi que precisava muito ir ao banheiro eu não sou o tipo de cara que simplesmente faz isso em
público algo pelo qual meus amigos sempre me zoam Foi então que vi um daqueles banheiros velho mal cuidado e quase sem iluminação não era o ideal mas eu não queria segurar até chegar em casa empurrei a porta para entrar e me arrependi na mesma hora o lugar cheirava a morte uma mistura de fezes com sabe-se lá o que que mais resolvi ser rápido e fui direto para a última cabine Foi aí que ouvi a porta de entrada Ranger de novo fiz uma careta irritado por não ter mais privacidade ouvi os passos da pessoa andando divagar
pelo banheiro Parecia que ela estava circulando o espaço o que era meio estranho às vezes eu tinha a impressão de que os passos vinham de direções diferentes como se houvesse mais de uma pessoa ali mas não tinha certeza eventualmente os passos pararam perto das pias simplesmente pararam sem movimento sem tosses nada a água nem foi ligada então eu não sabia o que a pessoa estava fazendo terminei o que tinha que fazer e me preparei para sair mas quando tentei empurrar a porta da cabine ela não se mexeu mexi na trava mas a porta continuava deu
vontade de socar a porta da cabine de tanta raiva mas então os passos começaram de novo dessa vez estavam mais perto e eu senti um aperto estranho no peito tive a sensação de que alguém estava segurando a porta para que eu não saísse tentei empurrá-la com o ombro mas nada a adrenalina Começou a tomar conta e uma parte do meu cérebro come a juntar as Peas que ia simplesmente ficar ali sentado como um alvo indefeso joguei meu corpo contra a porta com toda a força que consegui e finalmente ela cedeu me fazendo tropeçar para fora
assim que saí da cabine vi a porta do banheiro balançar ao fechar como se alguém tivesse acabado de sair olhei em volta e o banheiro estava vazio a pessoa que estava andando ali simplesmente tinha sumido lavei as mãos apressado e fui sair dali peguei a maçaneta da porta mas ela não se mexia como se o banheiro tivesse sido trancado por fora congelei minha mente estava a naquele momento seria algum tipo de pegadinha Pensei que talvez fosse algum amigo meu pregando uma peça mas aquilo não fazia sentido ninguém viu para onde eu tinha ido além disso
esse tipo de brincadeira não era algo que nenhum deles Faria de qualquer forma eu estava assustado então comecei a bater na porta com força e a gritar para quem estivesse lá fora abrir mas não tive resposta foi então que ouvi um barulho vindo de uma das cabines atrás de mim pirei a cabeça na hora e mesmo sem ver nada soube que havia alguém ali dentro isso significava que havia duas pessoas lá o tempo todo não vi nenhum pé debaixo das portas pessa devia estar de pé sobre o vaso sanitário o que era ainda mais assustador
Pensei em chamar a polícia mas antes precisava sair dali pois eu sentia que estava em perigo olhei ao redor e vi uma janela imunda perto do teto não era grande mas eu não tinha outra opção Subi na pia embaixo dela que eu juro que quebrou metade com o meu peso e empurrei a janela para abrir quando estava na metade do caminho para fora Ouvi uma das portas das cabines se escancarar atrás de mim olhei para trás e fiz contato visual com o homem ele era muito peludo tinha a pele mais branca que eu já vi
e segurava o que parecia um canivete fechado nas mãos ele estava vestido como uma criança mas devia ter pelo menos uns 60 anos não perdi nenhum segundo me arrastei o resto do caminho pela janela e me joguei no chão meu joelho bateu no chão com força mas eu não liguei apenas corri quando Achei que estava a uma distância segura liguei para a polícia Eles chegaram bem rápido mas quando verificaram o banheiro o cara já tinha sumido e aquela parte do calçadão estava Deserta sem câmeras e sem lojas abertas àquela hora não tinha gravações para conferir
mostrei aos policiais onde tudo aconteceu e um deles apontou para os arranhões na maçaneta da porta do banheiro dizendo que parecia que alguém tinha mexido nela todos concordamos que seja quem fosse essa pessoa não queria que eu saísse dali o que não era nada reconfortante os policiais disseram que eu fui esperto em fugir pela janela e foi isso no dia seguinte tive que ir embora da praia então nunca tive nenhuma atualização sobre o caso a polícia tenha sequer investigado muito depois [Música] disso peço desculpa se escrever algo errado e espero que o dono do canal
possa me ajudar meu nome é doniz trabalhava como taxista aqui em São Paulo vou contar aconteceu há vários anos aquela noite havia sido especialmente movimentada as festas de rodeio do povoado próximo atraíam muita gente e meu táxi não parava de levar e trazer clientes mal entrava na cidade e já havia passageiros esperando algumas vezes transportável de Claro ajudarem a dividir o valor da corrida já eram quase 11 da noite quando peguei um homem que queria ir às festividades era uma viagem de aproximadamente 40 minutos desde a cidade e o trajeto foi bem agradável com a
música do rádio e o brilho das luzes festivas ao chegarmos ao povoado deixei o passageiro perto da praça principal onde as ruas estavam decoradas as risadas e as músicas sertanejas eram um convite para ficar o ambiente era festivo Mas eu precisava voltar à cidade para buscar mais clientes Ou aquele seria o último caso não encontrasse mais ninguém minha ideia era voltar para aproveitar a festa que já havia começado peguei a estrada de volta que ligava o povoado à cidade a noite estava Clara e a rodovia se estendia à minha frente Os faróis do meu táxi
iluminavam o asfalto e o que estivesse à beira da estrada enquanto dirigia pensava no quanto seria tranquilo chegar em casa e descansar um pouco ou quem sabe como disse voltar à festa já estava a caminho da cidade e a ideia de não encontrar mais clientes me desanimava estava tão imerso em meus próprios pensamentos que de repente vi uma figura solitária à beira da estrada era uma mulher Apesar da pouca iluminação os faróis dos carros que passam a iluminavam pude distinguir que ela tinha um corpo escultural pois o vestido brancoa suas curvas de maneir hipnotizante de
repente uma vontade que não era minha me fez reduzir a velocidade e me aproximei no mesmo instante a Muler parou e sem dizer uma única palavra abriu a porta do táxi e entrou no banco de trás pelo retrovisor tentei ver seu rosto mas parecia que a sombra do teto o cobria completamente ainda assim a curiosidade me instigava e tentei puxar conversa pois parecia querer contratar meus serviços perguntei seu nome e de onde era mas ela permaneceu em silêncio tentei mais algumas vezes mas sem sucesso comentei sobre o quanto as pessoas estavam se divertindo na festa
mas novamente nada comecei a me sentir desconfortável a estrada agora estava vazia e minha única companhia era aquela passageira que entrou no meu carro após uma sensação estranha de que eu deveria parar o carro decidi olhar pelo retrovisor mais uma vez tentando captar alguma expressão sua queria ver seu rosto e quando consegui o que vi me deixou sem fôlego no lugar do rosto de uma mulher havia um focinho alongado e olhos escuros de um cavalo gritei de puro terror e girei o volante batendo contra a mureta da ponte a dor atravessou meu corpo quando minha
cabeça bateu no volante senti o Sangue Quente escorrendo pela minha testa em meio ao Pânico e à dor abri a porta e me arrastei para fora do táxi eu precisava me afastar daquela coisa da mulher com rosto de cavalo eu não conseguia entender o que tinha visto e Cheguei a pensar que fosse uma ilusão me levantei com dificuldade o carro ainda estava ligado mas eu só conseguia pensar em correr foi quando ouvi um som estranho o barulho de cascos batendo contra o asfalto não tive coragem de olhar para trás e só corri com todas as
forças ignorando a dor não sei como consegui mas finalmente cheguei a outro lado da ponte tropecei no vão da ponte e caí no chão sentindo o peso do Medo esmagando meu peito pensei que aquele seria o meu fim olhei para trás esperando ver a figura da mulher com rosto de cavalo me perseguindo mas não havia ninguém apenas meu táxi destruído não me lembro do que aconteceu depois pois despertei no hospital algumas pessoas que estavam a caminho da festa me encontraram desmaiado a beira da estrada e me levaram até lá tive sorte deles terem me ajudado
porém mas antes dele certamente me roubaram pois meu relógio minha correntinha e meu telefone sumiram depois que recebi alta contei minha história para minha família e para os colegas do ponto de táxi mas ninguém acreditou todos achavam que eu tinha imaginado tudo por causa da pancada na cabeça no entanto quando contei minha um ir ele me revelou que ess espectro realmente existe ele aparece para homens infiéis e os Castiga de uma maneira aterrorizante naquela época eu estava tendo um caso com uma mulher jovem mesmo sendo casado e tendo filhos o choque de realidade que ela
me deu foi o suficiente e procurei ser uma pessoa melhor desde aquele dia evito fazer viagens para fora da cidade [Música] sempre quis escrever isso pois Os relatos do meu avô sempre tiveram um ar de mistério Mas nenhum foi tão assustador quanto a lenda do caminho dos Mineiros em Pot no México a vida girava em torno das minas e a morte era uma sombra constante que seguia aqueles que desciam as entranhas da Terra em busca de prata no entanto o que muitos não ousavam admitir era que havia algo mais do que poeira e escuridão naquele
caminho de pedras que levava os mineiros ao seu local de trabalho em 1904 meu avô Joaquim era um jovem de 22 anos ele trabalhava nas minas do Cerro rico e era um homem de poucas palavras Mas tinha uma coragem que lhe havia Rendido o respeito de seus companheiros Apesar de sua determinação meu avô não era imune ao medo causado pelos relatos sobre o caminho dos mineiros havia algo naquele trajeto que mexia com aqueles que o percorriam Ao Cair da Noite o caminho de pedras que ligava as minas ao povoado era traiçoeiro Estreito rodeado de perigos
e com uma inclinação que tornava os passos mas o que realmente inquietava os trabalhadores eram as histórias daqueles que juravam ter visto uma sombra alta e esguia uma sombra que sempre o seguia à beira da Visão alguns diziam que era o espírito de um mineiro que havia morrido soterrado por um desabamento enquanto outros acreditavam que era algo muito pior meu avô ouvia essas histórias desde que começara a trabalhar nas minas mas nunca lhes deu muita atenção no entanto tudo mudou em uma noite de Julho quando o frio era tão intenso que o ar que saía
da boca se transformava em pequenas nuvens naquela noite meu avô terminara seu turno mais tarde do que o habitual a mina estava em plena produção e os supervisores exigiam jornadas mais longas enquanto caminhava pelo caminho dos mineiros notou que a lua estava escondida atrás de densas nuvens tornando percurso mais escuro do que o norm El carregava uma lanterna a óleo cuja luz mal iluminava alguns passos à sua frente noç oci doal era interrompido apenas pelo som de suas botas sobre as pedras mas log Esse foi perado por outos Passos Passos sincronizados os seus Que Segui
a cer distância meu avô Joaquim parou abruptamente e virou a cabeça mas não viu nada ele pensou que sua mente lhe pregava uma peça devido ao cansaço então continuou andando porém os passos voltaram talvez até mais próximos Foi então que senti uma presença atrás de si uma sensação de que algo ou alguém o observava ele virou-se novamente e talvez por um instante sua lanterna captou algo que o fez recuar a longe bem na Beira do Caminho hav totalmente escuro que sempre Vemos as pessoas relatarem aquilo estava imóvel como se estivesse esperando meu avô ele tentou
falar mas sua voz saiu fraca quem está aí o que quer que fosse não respondeu em vez disso começou a se mover devagar em sua direção embora não pudesse ver um rosto ou detalhes a figura era profundamente tenebrosa era alta demais para ser uma normal e se movia quase como se não tocasse o chão o instinto de sobrevivência tomou conta do meu avô ele se virou e correu Ladeira abaixo esquecendo o cansaço acumulado ao longo do dia ele diz que sentia que aquilo o seguia embora sempre que olhasse para trás não via nada só ouvia
os passos que pareciam se multiplicar como se mais de uma presença estivesse atrás dele quando finalmente chegou ao povoado meu avô estava sem fôlego e caiu diante da porta de sua casa sua mãe alarmada com seu estado o ajudou a entrar ele contou o que havia acontecido mas ela apenas fez o sinal da cruz e murmurou uma oração eu te disse para não andar sozinho por aquele caminho filho há coisas que não entendemos e aquele lugar é amaldiçoado no dia seguinte meu avô compartilhou sua experiência com os colegas da mina para sua surpresa vários deles
tinham relatos semelhantes um deles um homem chamado Gregório contou que havia visto a mesma coisa durante uma noite de tempestade segundo ele aquela massa preta apareceu exatamente na curva mais perigosa do caminho muitos acreditavam que era a causa de vários acidentes naquele ponto outro trabalhador afirmou que já tinha ouvido sussurros enquanto caminhava pelo trajeto dizia que as vozes falavam em um idioma desconhecido que lhe causavam uma dor indescritível no peito com cada relato meu avô sentia que a monstruosidade que viu não era fruto de sua imaginação algo real habitava aquele caminho dias depois a notícia
do desaparecimento de um jovem mineiro chamado Santiago abalou a comunidade ele saiu da mina ao anoitecer e nunca chegou em casa alguns diziam que ele se perdeu no caminho que foi sequestrado e outros acreditavam que a sombra o havia levado organizou-se um grupo de busca que armados com lanternas e facões percorreram o caminho dos mineiros Chamando por Santiago Meu avô também fez parte do grupo no mesmo trecho onde viu a coisa pela primeira vez encontraram algo que os gelou até os ossos capacete de Mineiro e uma lanterna quebrada estavam cuidadosamente deixados ao lado do caminho
como se alguém os tivesse colocado ali de propósito não havia rastros nem pegadas nada apenas um ar pesado naquela noite meu avô Joaquim não conseguiu dormir finalmente decidiu que não podia mais viver com aquela incerteza e junto de Gregório e outro companheiro planejou tornar Ao caminho à noite para investigar reuniram-se em uma pequena Cantina do povoado e cada um levou uma lanterna uma corda e um facão Antes de Partir Gregório deixou um bilhete para sua família se não voltarmos não venham nos procurar o trio seguiu pelo caminho dos mineiros Sob a Luz da lua cheia
caminharam por uma hora mas a cada passo o ar parecia mais tóxico por assim dizer de repente um vento estranho soprou apagando uma das Lanternas então ouviram um sussurro distante as vozes não eram compreensíveis mas o tom de desespero e raiva era Claro poucos metros à frente na curva mais perigosa do caminho a sombra apareceu novamente era ainda mais alta do que meu avô se lembrava dessa vez havia dois olhos que brilhavam como dois pontos vermelhos a sombra começou a avançar e quando Gregório ergueu o facão a sombra parou então desapareceu foi quando meu avô
notou uma cruz de madeira oculta entre as pedras escavando encontraram um pequeno baú de madeira podre dentro embrulhado em um pano gasto havia um medalhão de prata gravado com o nome luí levaram os restos ao povoado onde o Padre realizou um pequeno funeral Uma Nova Cruz foi colocada no local com o nome de luí gravado nela a partir daí diziam que a sombra nunca mais foi vista o caminho dos mineiros tornou-se um lugar tranquilo mas as histórias nunca desapareceram por completo afinal ninguém nunca soube o que realmente aconteceu com Santiago l