Julgar e ser JULGADO

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Video Transcript:
qualquer pessoa que navega pelas redes sociais que navega pelos comentários e pelas polêmicas da internet percebe rapidamente uma característica muito clara do mundo em que nós estamos vivendo julgar é a regra as pessoas têm uma facilidade enorme para julgar outras pessoas e muitas vezes esses julgamentos são precipitados e cruéis as pessoas julgam sem estudar a situação sem ter conhecimento sobre a situação elas julgam antes mesmo da justiça dos advogados e dos juízes fazerem o seu trabalho as pessoas julgam no dia a dia julgam a sua roupa o seu jeito de falar julgam a sua origem
na cidade onde você nasceu julgam as coisas que você posta nas redes sociais seu histórico profissional enfim julgam praticamente todos os aspectos da vida humana em um mundo de redes sociais o mundo que incentiva violentamente a comparação entre as pessoas esses julgamentos parecem estar ainda mais acentuados eles parecem ser ainda mais precipitados e cruéis e curiosamente essas mesmas pessoas que têm uma enorme facilidade para julgar não suportam quando elas mesmas são julgadas e tem uma enorme dificuldade de olhar no espelho e de enxergar os próprios defeitos eis então o mundo em que nós vivemos em
um mundo onde convivem lado a lado o julgamento ea hipocrisia isso nos leva algumas questões que são muito importantes de se refletir em primeiro lugar o que é um julgamento e como um julgamento é diferente de uma opinião pessoal por exemplo de uma preferência individual que você tem em segundo lugar porque as pessoas têm tanta facilidade para julgar nos dias de hoje será que isso é uma característica do nosso mundo ou será que isso é uma característica de fato no cérebro humano além disso como o cérebro humano efetua como ele executa esses julgamentos e uma
última questão fundamental é como funciona a hipocrisia porque as pessoas têm tanta facilidade para julgar mas detestam quando elas mesmas são julgadas e tem uma enorme dificuldade de olhar no espelho e de enxergar as próprias falhas e defeitos o que a ciência tem para nos dizer sobre tudo isso será que existe uma característica do cérebro e da mente humana que está por trás de todas essas coisas é sobre isso que nós falaremos hoje quando o tema é julgamento isso acaba mexendo muito com as convicções das pessoas e por isso eu quero fazer uma ressalva inicial
antes de a gente começar o vídeo hoje eu falarei sobre alguns temas que são para algumas pessoas bastante polêmicos eu falarei também sobre algumas histórias relativamente estranhas esquisitas e portanto eu quero deixar claro que meu objetivo vídeo de hoje não é julgar não é te dizer o que é certo ou errado eu acredito que como professor meu objetivo neste vídeo é permitir a você que você conheça um pouco melhor como as pessoas chegam aos seus julgamentos quais são os mecanismos tanto do cérebro quanto psicológicos que levam as pessoas aos seus julgamentos isso significa que em
momento algum eu vou te dizer o que está certo ou errado eu apenas repito estou aqui para dividir com vocês um pouco de conhecimento científico e filosófico para que você compreenda como nós julgamos ao final do vídeo o meu objetivo é que você chegue às suas próprias conclusões a respeito de tudo isso é permitir a você um pouco de conhecimento sólido racional e científico para que você chegue às suas próprias conclusões mas antes de começar nos conteúdos propriamente ditos eu quero te contar como que eu comecei a fazer essas reflexões a respeito dos julgamentos humanos
quando eu era criança uma pessoa muito querida da minha família sempre me dizia uma coisa essa pessoa me dizia o seguinte pedro use sempre o seu bom senso se você usar o seu bom senso você sempre irá tomar boas decisões e eu que sempre fui uma criança bastante questionadora ficava me perguntando quem que define o bom desse senso aí o que que é o bom senso e por quem ele é definido e portanto o que é o mau senso e quem define o que é mau e olha foi só quando eu me tornei adulto foi
só na vida luta que eu encontrei um cara chamado rené de kart um grande filósofo que vários de vocês conhecem porque você teve que estudar de kart na escola foi ele que inventou o tal do plano cartesiano ele é o pai da geometria analítica ele é também o pai da filosofia moral terna e de kart em um dos maiores clássicos da história da filosofia um livro chamado discurso do método ele fala uma coisa muito interessante não existe no mundo coisa mais bem distribuída do que o bom senso visto que cada indivíduo acredita ser tão bem
provido dele que mesmo as pessoas mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuir mais bom senso do que já possuem ou seja dito de maneira mais simples todo mundo acredita que tem bom senso suficiente e ninguém costuma dizer por aí que precisa de mais bom senso do que tem e veja que daí surgem os julgamentos afinal de contas se eu julgo que eu tenho bom senso suficiente eu estarei ao mesmo tempo julgando qualquer pessoa que não pensar parecido comigo como alguém que não tem bom senso e portanto estarei jogando essa pessoa
como inferior a mim tem que colocar essa frase do de kart no contexto dos julgamentos hoje em dia nas redes sociais você já viu alguém postando nas redes sociais essas pessoas que costumam jogar bastante o comportamento de outras você já viu essa pessoa dizendo que ela precisa de um pouquinho de mais bom senso muito raro você ver isso no mundo e ditado onde todo mundo é perfeito maravilhoso onde todo mundo tem corpos invejáveis onde nunca ninguém possa coisas que denota um qualquer tipo de defeito mas continuando aqui a minha história esse mesmo parente meu que
dizia que eu deveria usar o meu bom senso ele também tinha outra frase que eu nunca esquecerei ele grava para mim e dizia assim pedro o que é certo é certo e novamente eu criança questionadora que era também não entendia direito o que ele queria dizer perceba que dizer o que é certo é certo é igualmente afirmar que existem coisas que são certas universalmente que existem regras universais do que é certo e errado eu sempre me perguntei quem define isso de onde vem o certo eo errado para que alguém possa simplesmente dizer o que é
certo é certo e ponto final o que significa obviamente que o que é errado é errado e ponto final e para encontrar respostas a isso minha mãe sempre me ensinou que eu deveria estudar então foi isso que eu fiz eu criança foi nos livros buscar a resposta quem será que diz o que é certo quem será que define o que é certo eo que é errado e será que existe realmente um certo e errado que são universais para todo mundo em todos os tempos em todas as épocas e eu lembro claramente que quando eu era
muito jovem eu abrir os livros da minha mãe e os livros dos meus avós e nesses livros eu encontrava histórias histórias de outras épocas ou então de outros países de outras culturas eu via nessa história coisas que nós hoje na época em que eu estava lendo os livros achamos completamente erradas achamos absolutamente inaceitáveis mas eu vim aqui em outras épocas e outras culturas essas mesmas coisas eram totalmente aceitáveis como por exemplo hoje nos dias de hoje em 2019 quando esse vídeo está sendo gravado existem pessoas na china que se alimentam de carne de cachorro cachorro
que nós temos como bicho de estimação nós aqui tendemos a achar isso um absurdo inaceitável e no entanto os chineses que fazem isso acho que isso é perfeitamente aceitável um outro exemplo mais contundente é a escravidão que até muito pouco tempo atrás era perfeitamente aceitável veja que a abolição da escravidão no brasil ocorreu em 1888 mas muito pouco tempo existem pessoas hoje que estão vivas e são filhas ou netas de pessoas que viveram na época da escravidão um outro exemplo é o tratamento das mulheres como seres inferiores em relação aos homens veja que somente na
década de 1930 foi permitido no brasil as mulheres o direito de votar o direito de participar da democracia que rege o nosso país isso é muito pouco tempo atrás a menos de cem anos atrás nós temos pessoas vivas hoje que nasceram em um mundo onde as mulheres não podiam votar pois eram consideradas inferiores aos homens e eu sempre achei isso um absurdo afinal de contas eu fui criado por duas mulheres eu fui criado pela minha avó e pela minha mãe e nós em geral como sociedade hoje em dia olhamos pra isso e realmente olhamos para
uma época onde a mulher não era permitido votar e nós achamos isso um absurdo mas é sempre importante lembrar que nessa época e muito anos dela era considerado perfeitamente aceitável que a mulher era inferior ao homem por boa parte da sociedade mas eu também encontrava nos livros histórias de diferentes países e culturas onde coisas que nós fazemos hoje aqui no brasil são consideradas absolutamente inaceitáveis eu acho que é um ótimo exemplo disso são os hindus nós no brasil temos como algo perfeitamente aceitável comer carne de boi e no entanto para o hinduísmo é inaceitável é
um verdadeiro sacrilégio continuando na índia nós temos também um exemplo do que ocorre quando uma pessoa morre na índia quando uma pessoa morre isso é motivo de festa isso é motivo de alegria é algo muito comemorado a cultura ao redor da morte na índia é completamente diferente da cultura ao redor da morte no brasil imagine você se você vai a um velório de alguém querido a você e você faz festa e você comemora provavelmente você vai ser muito mal visto por isso aliás se você não demonstra para as pessoas que você está em luto quando
uma pessoa importante para você morre é muito provável que você seja julgado por isso que julgue que você está errado e que você talvez não gostasse daquela pessoa porque você não está sofrendo pela morte dela e agora vamos dar outro exemplo aqui no brasil nós julgamos como correto quase um dever você tomar banho todos os dias faz parte da nossa cultura faz parte dos nossos hábitos e quem não toma banho todos os dias costuma ser julgado como porco é só você ver por exemplo a turma da mônica o personagem cascão ele é um perfeito exemplo
do julgamento de alguém que não costuma tomar banho e eu tenho certeza que aqueles de vocês que estão assistindo ao vídeo e já passearam por alguns países da europa em épocas muito frias e já entraram no metrô por exemplo nessas épocas você percebeu que definitivamente para certos países europeus não é um dever você tomar banho todos os dias muito pelo contrário especialmente nas épocas frias e aí na minha adolescência quando comecei a estudar a antiguidade grega eu descobrir que a homossexualidade a relação homossexual entre homens era perfeitamente aceitável na grécia antiga quando eu li o
livro o banquete de platão eu encontrei o discurso de um personagem que platão criou o chamado pauzanes esse personagem ele disse e aqui o amor mais virtuoso é o amor entre dois homens e que esse amor entre dois homens seria capaz de construir um exército invencível pauzanes personagem do platão ele dizia que um exército formado por homens que se amam seria um exército que lutaria como nenhum outro afinal de contas para proteger a pessoa que ama está ao seu lado você faria de tudo e quando eu fui estudar essa história mais a fundo eu descobri
que de fato teve um general grego chamado gorge das de tebas que baseado nessa idéia do platão montou um exército que ficou conhecido como batalhão sagrado de terras eles eram literalmente a elite do exército tebano era um exército formado por 300 homens 150 casais homossexuais um exército que teve parte importante em grandes batalhas um exército que venceu diversas batalhas e que só foi perder para alexandre o grande e estudando um pouco da história de alexandre o grande eu descobri que existem historiadores que consideram alexandre o grande bissexual e no mesmo livro do platão no banquete
eu li o relato de uma noite de amor que sócrates passou com um discípulo seu uma relação homossexual e lá na minha adolescência eu percebi que a mesma homossexualidade que hoje em alguns países pode levar uma pessoa a condenação à morte a mesma homossexualidade que no mundo em que eu nasci era considerado pela organização mundial da saúde um distúrbio essa mesma homossexualidade já foi perfeitamente aceita na grécia antiga por exemplo e não só aceita mas um exército formado por homens homossexuais era a elite do exército e era chamado de batalhão sagrado ou seja era considerado
uma parte virtuosa do exército de tebas inúmeros estudos eu lia que os gregos antigos estão admirados por nós por exemplo por terem criado filosofia por terem criado a democracia os gregos antigos consideravam que mulheres eram inferiores aos homens os gregos antigos aceitavam a ideia de escravidão veja por exemplo aristóteles que sem dúvida foi uma das mentes mais brilhantes que já existiram aristóteles defende a mulher era inferior ao homem e aristóteles defendia que a escravidão era perfeitamente aceitável e quanto mais eu estudava mais contradições eu encontrava quando nós olhamos para certas épocas nós enxergamos coisas que
hoje nós consideramos gloriosas para a história como por exemplo o nascimento da filosofia ou da democracia só que essas mesmas coisas gloriosas conviviam com coisas que hoje nós consideramos absolutamente abomináveis como por exemplo a escravidão e hoje mesmo em 2019 diversas coisas que nós consideramos bacanas aceitáveis indesejáveis por outros países podem ser consideradas abomináveis execráveis e intoleráveis isso tudo sempre me intrigou porque o ser humano aceitava coisas como a escravidão porque que certas coisas que hoje nós consideramos completamente erradas eram consideradas até muito pouco tempo atrás totalmente aceitáveis pela maior parte das pessoas porque ainda
hoje coisas que nós fazemos no brasil podem ser julgadas como erradas por outras culturas e países e coisas que outras culturas e países fazem são julgadas por nós brasileiros como erradas como coisas que não devem ser feitas e essas minhas reflexões sobre os julgamentos humanos foram se tornando cada vez mais intensas conforme eu fui me tornando adulto conforme eu passei da adolescência para a vida adulta eu comecei a perceber que existe muito fofoqueiro no mundo existe muita gente que adora falar mal dos outros e aí eu percebia claramente que aquelas pessoas fofoqueiras que adoravam falar
mal dos outros faziam as exatas mesmas coisas que elas estavam criticando em outras pessoas às vezes faziam até pior eu via hipocrisia por todo lado eu via as pessoas com uma facilidade enorme julgar mas eu vi essas mesmas pessoas ficarem p da vida quando elas eram julgadas e perceber portanto a hipocrisia da pessoa que adora jogar mas quando é julgada fica com raiva essas reflexões sobre os julgamentos humanos no início da minha carreira intelectual e fizeram mergulhar em uma dimensão da filosofia chamada filosofia moral a filosofia moral é a dimensão da filosofia que reflete sobre
as melhores formas de viver conviver e portanto os julgamentos que nós fazemos a respeito do que é uma vida que vale a pena ser vivida e do que não é uma vida que vale a pena ser vivida eu expliquei detalhadamente as dimensões da filosofia em um vídeo nosso chamado aprender a viver que você acessa clicando no link aqui em cima e na filosofia moral eu descobri que cada filósofo tinha uma perspectiva diferente cada filósofo considerava certas coisas como virtuosos cada filósofo considerava certas coisas como certas e erradas boas ou ruins e o conceito de cada
um deles não necessariamente concordava o que platão acha que é bom e ruim não é necessariamente o que aristóteles acha que é bom e ruim e que a história lhes acha que é bom e ruim não é necessariamente o que canta acha que é bom e ruim do que canta acha não é o mesmo que espinosa eo que espinosa acha não é o mesmo que focou o que focou a china não é o mesmo que sacrifique e você entendeu a idéia acho que você percebeu que cada filósofo terá uma perspectiva a respeito da moral daquilo
que se deve fazer daquilo que é uma boa maneira de você viver e conviver com outras pessoas e no fim das contas a filosofia me trouxe ainda mais dúvidas sobre como o ser humano julga e foi aí durante os meus estudos no mestrado que eu encontrei um campo da psicologia chamado psicologia moral esse é o campo dentro da psicologia que tenta investigar quais são as relações entre mente cérebro e comportamento que estão por trás dos julgamentos que os seres humanos fazem ou seja quais são as engrenagens mentais quais são os mecanismos psicológicos que te levam
por exemplo achar que algo é certo ou errado a julgar algo como bom ou ruim a julgar uma pessoa como virtuosa ou como não virtuosa e é sobre isso que eu farei a partir daqui eu vou contar pra vocês o que a ciência que estudam as relações entre mente cérebro e comportamento nos dizem a respeito dos julgamentos humanos e para isso eu vou dividir a reflexão em três partes na primeira parte eu vou explicar para vocês o que é um julgamento moral e como ele se diferencia de outros tipos de julgamento na 2ª parte eu
vou explicar como esses julgamentos morais do que é certo e errado o que é bom ou mau do que deve ou não ser feito eu vou explicar para vocês como esses julgamentos ocorrem no cérebro e na mente dos seres humanos e na terceira parte que é a parte final eu expliquei pra vocês aquele que pra mim é um dos temas mais interessantes dentro das ciências que estudam o comportamento humano porque as pessoas são tão hipócritas porque as pessoas tão facilmente julgam outras pessoas mas detestam quando elas mesmas são julgadas e além disso são completamente incapazes
de olhar no espelho enxergar os próprios defeitos com tudo isso o meu objetivo é que você saia desse vídeo com a sua mente um pouco esclarecida entendendo um pouco melhor como as pessoas ao seu redor funcionam mas especialmente entendendo como você funciona para que você entenda melhor como você muitas vezes pode não enxergar seus próprios defeitos e pode julgar precipitadamente outras pessoas esse entendimento pode melhorar o seu autoconhecimento pode permitir que você enxergue de fato que todos nós temos defeitos e que é em primeiro lugar enxergando os nossos defeitos que a gente é capaz de
mudar de transformar um pouco o nosso comportamento para que amanhã a gente seja um pouquinho melhor do que hoje e com isso claro nós também podemos parar de julgar tanto e começarmos a fazer o que nos dizia o grande filósofo barroco espinosa quando ele nos diz que você deve julgar menos se entristecer - inclusive se alegrar - o que você deve buscar na vida é entender mais o meu objetivo portanto é oferecer a você algumas ferramentas intelectuais de autoconhecimento e além disso algumas ferramentas que permitam um melhor convívio com as pessoas ao seu redor então
vamos começar entendendo como nosso cérebro realiza julgamentos para que a gente entenda o que de fato é um julgamento e eu vou começar contando a você três histórias a primeira história é de um cara chamado joão o joão foi convidado por pesquisadores de uma grande universidade brasileira a comparecer a um experimento científico quando o joão chegar lá um pesquisador em frente a ele diz a ele o seguinte joão aqui eu tenho um suco de maçã e aqui nesse recipiente eu tenho baratas baratas que estão mortas e que foram esterilizados são baratas que foram criadas aqui
dentro do laboratório portanto elas nunca contato com algo de sujeira e elas foram além disso esterilizados para eliminar quaisquer germes você aceitaria beber esse suco se eu colocar uma barata dessas dentro do suco em troca de 50 reais eo joão aceita os 50 reais e bebe o suco de barata eu tenho duas perguntas a vocês que estão me assistindo aí você faria o que o joão fez você aceitaria uma troca de dinheiro tomar esse suco de barata é a minha segunda pergunta é você acredita que existe algo de errado no que o joão fez aceitar
dinheiro em troca de tomar esse suco de barata vamos agora a segunda história a segunda história é a história de dois irmãos de sangue chamados júlia e marcos eles têm aproximadamente 25 anos de idade são jovens adultos portanto julho e marcos estão nas férias de julho passeando pela europa ou seja no verão europeu um belo dia eles estão na costa da frança em uma praia e dormem em um pequeno hotel e nesse hotel eles dormem na mesma cama e lá na mesma cama do hotel julho e marcos que são irmãos de sangue eles decidem fazer
sexo a júlia já tomava pílula anticoncepcional mas eles resolvem usar preservativo mesmo assim por segurança eles fazem sexo e eles gostam muito da experiência eles acreditam que aquela experiência foi uma experiência que uniu eles como irmãos apesar disso eles decidem nunca mais fazer aquilo e decidem não contar para ninguém então ninguém ficou sabendo além deles aquela experiência fortaleceu a relação entre os dois e eles nunca mais vão repetir a experiência e agora eu faço a mesma pergunta a vocês que estão me assistindo você faria o que a júlia ou marcos fizeram ea segunda pergunta é
existe alguma coisa de errado no que a júlia eo marcos fizeram a terceira história é a história de um cara chamado alexandre alexandre toda sexta feira antes do final de semana vai ao supermercado la no mercado ele compra um frango congelado pronto para passar ele leva um frango pra casa e quando chega em casa ele tira o frango da embalagem faz sexo com o frango depois ele acessa e comem o frango fácil agora as duas mesmas perguntas você número 1 você faria o que o alexandre fez o número 2 você acha que existe algo de
errado no que o alexandre fez e aqui eu quero fazer uma terceira pergunta você supõe que o alexandre é seu irmão ou que ele é seu esposo ou que ele é um grande amigo seu o que ele é seu sócio o seu colega de trabalho suponha portanto que ele é uma pessoa muito próxima a você você quando descobriu que o alexandre fazia sexo com frango todas as sextas feiras desde que você conhece ele a imagem dele na sua cabeça mudou no dia seguinte ao que você soube disso você continuará olhando para ele da mesma maneira
você continuará considerando ele a mesma pessoa que ele era antes dessa informação você continuará tratando ele da mesma forma antes que você pense que eu sou um pervertido maluco eu quero te assegurar que essas três histórias elas são parte de experimentos científicos experimentos desenvolvidos por um grande cientista um cara chamado jonathan enright além dos maiores especialistas no mundo de psicologia moral e ele criou essas histórias de propósito ele criou essas histórias com certas características para evocar certas coisas na sua cabeça o que a gente vai fazer é entender essas coisas detalhadamente para que a gente
entenda como são feitos os julgamentos humanos se você é como a maioria das pessoas nos experimentos científicos do jonathan haiti você provavelmente não aceitou beber o suco de barata em troca de dinheiro curiosamente nos estudos dele muita gente até aceitou beber o suco da barata em troca de dinheiro cerca de 37% das pessoas mas veja que a maioria 63% das pessoas não aceitou beber o suco de barato e se você é como a maioria das pessoas você provavelmente também não aceitaria mas se também você é como a maioria das pessoas você também não viu problema
algum nisso que o joão fez você não acha errado o joão ter aceitado beber o suco de barata em troca de dinheiro esse é o padrão de respostas para essa primeira história as pessoas tendem a não aceitar beber o suco de barata e elas têm também a não achar que tem nada de errado no que o joão fez vamos agora para a segunda história se você é como a maioria dos participantes dos estudos científicos você provavelmente não faria o quê a júlia eo marcos fizeram os irmãos que fizeram sexo mas aí vem uma diferença interessante
enquanto na primeira história as pessoas não fariam aquilo mas elas não viram nada de errado naquilo que o joão fez nesta segunda história uma boa parte das pessoas não só não faria o que ajuda e marcos fizeram mas também acredita que o que eles fizeram era errado consideram errado eles terem feito sexo então é isso que nos mostram os estudos científicos e agora nós temos que responder a uma outra pergunta por que você achou errado ou porque você não achou errado o que os personagens dessas histórias fizeram veja que todas essas histórias envolvem julgamentos na
primeira história o primeiro julgamento que você faz é se você faria ou não o que o joão fez o joão ter que fazer um julgamento aceito ou não beber e cissokho misturado com barata em troca de dinheiro esses são julgamentos existe um segundo julgamento que você julgar se o joão estava ou não certo mas vamos focar aqui um julgamento que o joão fez que os participantes que estavam no lugar do joão fizeram esses participantes sentavam em frente o pesquisador o pesquisador oferecia o suco de barata em dinheiro e eles poderiam dizer sim ou não quando
os participantes lembre-se os 63 por cento a maioria quando eles diziam não não quero o pesquisador imediatamente perguntava por que me explique racionalmente por que você não deseja beber e cissokho de barata e em variavelmente nesses estudos a resposta das pessoas foi eu não quero porque eu prefiro não tomar o ponto final eu simplesmente não quer essa foi a resposta que a maioria das pessoas deu eu gostaria que você examinar sem resposta você daria se você por exemplo das pessoas que não aceitariam suco de barata eo pesquisador perguntar se porque você não quer tomar é
provável é bem provável aliás que a sua resposta fosse essa eu não quero não quero simplesmente não quero é minha preferência não tomar mas é importante lembrar que apesar das pessoas preferirem não tomar esse suco elas não julgaram que o sujeito que tomou fez algo de errado e agora vamos para a segunda história a história dos irmãos fizeram sexo o jonas é hype lá na universidade dele nos estados unidos e aliás ele fez isso não só nos estados unidos e um dos primeiros estudos dele ele comparou brasil estados unidos ele comparou o sul do brasil
e do nordeste do brasil com chicago nos estados unidos e também peixes board nos estados unidos ele comparou portanto quatro regiões diferentes respondendo a histórias como essas que eu contei para vocês e várias outras e depois disso ele repetiu isso em diversas outras culturas basicamente ele sentava com uma pessoa como você por exemplo ele contava essa história dos irmãos que fizeram sexo e ele quando a história terminava fazia as duas perguntas que eu fiz em primeiro lugar você faria o que esses irmãos fizeram e invariavelmente a resposta das pessoas era não eu não faria o
que esses irmãos fizeram em seguida ele perguntava se você acha errado o que esses irmãos fizeram ea maioria uma boa parte das pessoas nas mais diversas culturas inclusive no brasil estudadas pelo jonathan ayite responderam que era errado o que os irmãos fizeram que eles não deveriam ter feito aquilo e quando eles respondiam que aquilo era errado o pesquisador fazia como na história anterior porque me explique racionalmente por que você acha que é errado isso que os irmãos fizeram e aí a história fica interessante porque vejo que no caso do suco de barata a pessoa dizia
por exemplo eu não quero tomar o sul porque não quero é minha preferência mas quando a pessoa dizia que era errado os irmãos terem feito sexo e o pesquisador perguntava pra pessoa porque você acha errado em vez de dizer simplesmente porque essa é a minha opinião e ponto final a coisa muda de figura nesse momento as pessoas começavam a buscar justificativas por exemplo os participantes desses estudos dizem coisas como eles são irmãos e se eles tiverem um filho o filho pode ter por exemplo doenças genéticas de maior risco de doenças genéticas e aí o pesquisador
ele lembrava a pessoa de que esses irmãos eles não só usar um preservativo como a júlia no caso já tomava pílula anticoncepcional e portanto a probabilidade de eles terem um filho é baixo che cima praticamente nula e aí essa mesma pessoa em seguida dizia algo como bom tudo bem eles não podem ter filhos mas eles são irmãos tendo feito aquilo eles podem destruir a relação deles como irmãos e aí o pesquisador lembrava essa pessoa de que segundo a história eles se tornaram mais próximos com aquela experiência e aí novamente essa mesma pessoa dizia bom se
eles voltarem para casa e os pais ficarem sabendo disso a família ficar sabendo disso isso pode ofender isso pode prejudicar muito a família e aí o pesquisador lembrava essa pessoa de que eles resolveram não contar isso para ninguém e eles resolveram guardar isso como um segredo entre eles eu acho que você entender a dinâmica essas histórias foram criadas pelo jonathan haiti de modo que você não consegue enxergar nelas uma razão pelo menos não racional para você dizer que aquelas pessoas estão erradas e curiosamente as pessoas na primeira história na história do suco de barata não
sentiram necessidade de justificar ou de criar grandes justificativas para convencer o pesquisador ela simplesmente vizinho é a minha preferência e pontos só que quando a história da júlia do marcos os irmãos que fizeram sexo apresentada muda o contexto da forma como a pessoa lida com o julgamento que ela faz a pessoa passa a buscar justificativas para tentar convencer o pesquisador ela tenta encontrar justificativas racionais e aí o pesquisador lembra essa pessoa de que aquela justificativa não procede de que a história não bate com essa justificativa e o que o jonathan marray descobriu em grande parte
das pessoas que participaram desse estudo é que chegava uma hora que as pessoas diziam simplesmente assim está errado e ponto final eu não sei te dizer porquê mas eles fizeram uma coisa errada assim chegava o momento onde elas estavam em conflito com elas mesmas porque elas não conseguiu encontrar uma razão um motivo racional mas elas continuam achando que aquilo era errado e não era somente a preferência a opinião delas elas achavam que os irmãos fizeram de fato que irmãos que fazem isso estão agindo de maneira moralmente errada e aqui nós começamos a entender melhor os
julgamentos humanos na primeira história na história do suco de barata nós estamos falando de um julgamento sim e esse é um julgamento de preferência é o julgamento que todos nós fazemos a respeito das nossas preferências no dia a dia por exemplo você pode julgar que coca cola é melhor do que pepe se você pode julgar que refrigerante zero ou light é melhor do que o refrigerante com açúcar normal você pode julgar que carne bem passada é melhor do que carne mal passada você pode julgar portanto que você prefere determinadas coisas e que portanto pra você
essas coisas são melhores só que os julgamentos de preferência eles têm por característica ser em julgamentos individuais eles são subjetivos a palavra subjetivos significa aquilo que pertence ao sujeito aquilo que é individual aquilo que ele é particular você acha por exemplo que coca cola é melhor do que pepe se esse é o seu julgamento coca cola é melhor do que pepsi só que isso o julgamento seu isso não significa que as outras pessoas estão erradas por gostarem de pepsi isso não significa que as pessoas devem gostar de pepsi ou de coca cola ou de carne
bem passada ou mal passada os julgamentos de preferências eles portanto tem essa característica individual e fazem parte da vida de todos nós eles são julgamentos porque nós estamos dizendo o que é melhor ou pior ou no mínimo nós estamos dizendo que é certo ou errado para nós só que por serem julgamentos subjetivos eles não exigem grandes justificativas tenta lembrar do participante do primeiro estudo o estudo da história do suco de barata ele não sentiu que ele tinha necessidade de justificar porque ele não queria aquele suco ele simplesmente dizia eu não quero essa é a minha
preferência e ponto final e quando nós comparamos esse julgamento de preferência da primeira história com os julgamentos da segunda história da história da júlia e do marcos nós conseguimos enxergar de maneira relativamente clara o que é um julgamento moral o julgamento moral é diferente do julgamento de preferência assim como o julgamento de preferência o julgamento moral irá envolver você julgar o que é melhor ou pior você julgar o que é certo ou errado só que além disso o julgamento moral ele tem a característica do dever o julgamento moral ele tem uma característica social o julgamento
moral é você julgar o que é certo e tudo o que é bom ou ruim não somente pra você e pra tua preferência mas também o que os outros o que outras pessoas devem ou não fazer e portanto julgamento moral leva você a dizer que outras pessoas estão certas ou erradas por terem cometido determinados comportamentos no caso da júlia e do marcos você pode dizer que eles estavam errados que irmãos não devem fazer sexo e que portanto você julga que irmãos que fazem sexo estão errados e que você acredita que irmãos que não fazem sexo
estão certos a diferença crucial entre o julgamento de preferência em um julgamento moral portanto é que o julgamento moral ele é social ele vai envolver não só a tua preferência individual como também o dever que você acredita que pertence a outras pessoas o certo e errado que vai além da sua preferência individual e que atinge também outros seres humanos tenta lembrar das justificativas da primeira história o sujeito dizia eu não quero beber o suco de barato porque não quero porque essa é minha preferência individual já na segunda história a coisa muda de figura por ser
um julgamento moral boa parte dos participantes e eu tenho certeza que vários de vocês aí que estão me ouvindo você considera que aquilo é errado não só pela sua preferência pessoal mas também porque você acredita que irmãos não devem fazer isso você acredita que irmãos não devem fazer sexo e uma boa prova de que o julgamento moral ele tem essa característica social que envolve outros seres humanos é você observar criticamente os participantes do estudo quando eles tentavam buscar justificativas para dizer porque era errado a júlio marcos terem feito sexo lembre se que esses participantes tentavam
convencer o pesquisador julgamento moral tem essa característica muito interessante a característica da tentativa do convencimento eu vou dar outro exemplo aqui que é muito comum nos dias de hoje cada vez mais aumenta o número de pessoas que são vegetarianas existem pessoas que são vegetarianas por questões de saúde existem pessoas que são vegetarianas porque não gostam do gosto da carne existem pessoas que são vegetarianas por questões morais porque acreditam que a indústria alimentícia é cruel com os animais e que não comendo carne elas estão protegendo esses animais do sofrimento veja que existe uma característica moral aqui
então deve ter gente aí vegetariana me ouvindo agora eu quero que você faça um experimento todo mundo quer vegetariano já passou por isso você chega numa mesa de pessoas e você diz que é vegetariana e aí alguém se pergunta por que você diz que por que você acha que a indústria de alimentos é uma indústria cruel com os animais neste momento é bem provável que as pessoas que irão te convencer de que você está errado elas queiram usando argumentos de convencer de que essa postura essa postura de que o sofrimento dos animais deve fazer não
comer carne é uma postura incorreta eu convido você a experimentar fazer um pouquinho diferente chega para as pessoas e fala eu não como carne e vão te perguntar por que você diz apenas assim ah eu não gosto do gosto você vai ver que as pessoas não vão ficar pelo menos não tanto tentando te convencer a comer carne e tentando se convencer de que você está errado porque quando nós estamos falando de um julgamento de preferência as pessoas não tendem a tentar de convencer porque elas respeitam que é uma coisa tua uma coisa individual mas como
o julgamento moral ele é um julgamento do dever daquilo que é melhor não só para você mas para a humanidade imediatamente uma pessoa que vi ele falar eu não como carne porque eu não quero que os animais sofram ela faz com que a pessoa que está ouvindo isso se sinta julgada por ela comer carne então significa que ela está promovendo o sofrimento dos animais e por isso é claro ela vai tentar se convencer do contrário e parei pra pensar que princípios semelhantes ocorrem justamente na diferença entre a história do suco de barata e dos irmãos
que fizeram sexo é claro que alguns de vocês podem ter olhado para os irmãos que fizeram sexo e ter dito algo semelhante ao que você diria com refrigerante olha eu não faria mas eles fazem o que bem entendem da vida deles mas o que os estudos científicos mostram é que a maioria das pessoas tende a condenar moralmente esses irmãos tende a considerar que eles estão errados e tende a tentar convencer os pesquisadores através de argumentos que eles não conseguem parar em pé mas tentam convencer o pesquisador de que de fato não somente eles não fariam
esses participantes mas também que quem faz isso está errado são que fica de tudo isso é que existem certos julgamentos que ultrapassam a sua esfera individual eles ultrapassam a sua esfera subjetiva são julgamentos que você projeta para outras pessoas e que a partir desses julgamentos você considera essas pessoas melhores ou piores boas ou ruins certas ou erradas esses julgamentos são o que nós chamamos de julgamentos morais eles lembre-se são diferentes dos julgamentos de preferência afinal de contas você não diz que as pessoas devem tomar coca-cola ou devem preferir isto ou aquilo mas em relação aos
julgamentos morais eles envolveram sempre a questão do dever você não deve fazer isso porque isso é errado não somente eu não devo fazer isso mas outras pessoas também não esse portanto é o aspecto social que compõem ea partilhar os integrantes do que nós chamamos de julgamento moral e outra prova outra evidência de que o julgamento moral ele é social e que envolve você olhar para outras pessoas e julgar essas pessoas como melhores ou piores ou seja julgar que outros seres humanos têm maior ou menor valor dependendo de quem eles são ou dependendo do que eles
fazem um bom jeito uma boa evidência de você verificar isso é a gente analisar agora a terceira história a história do cara que fez sexo com frango essa é a história mais esquisita de todas mas eu te juro que ela é fruto disto científico é como eu disse todos os estudos científicos nos quais eu base esse vídeo estão aí em baixo na descrição então você pode inclusive ler o estudo e decidir por si próprio o que você acha dessa situação mas é curioso porque se você é como a maioria das pessoas no momento em que
eu falei que o alexandre faz sexo com frango quando ele tira da embalagem algo ruim surgiu dentro de você imediatamente você sentiu alguma coisa que pode ter sido repulsa nojo pode ter sido uma certa contradição algo errado que você sentiu dentro de você pode ter sido às vezes uma interrogação algo do tipo oi sexo com frango enfim imediatamente quando eu falei ele faz sexo com frango uma luz amarela acendeu dentro de você mas provavelmente você analisou a situação depois analisando friamente você observou que bom ele come o frango depois ele a sofram decorre portanto ele
não desperdiça comida quase uma atitude sustentável não tem nada aparentemente errado ele não faz mal a ninguém então não tem nada de errado no que ele faz você portanto diz 'bom eu não faria o que o alexandre fez mais não tem nada de errado no que ele fez e aí vem a terceira pergunta por que ela denuncia que esse é um julgamento moral afinal de contas eu perguntei você se você descobre que o alexandre fez isso e se o alexandre é teu irmão meu esposo pelo namorado seja um colega de trabalho se uma pessoa próxima
a você você continuaria olhando pra ele da mesma maneira a imagem que você tem de lhe mudaria depois que você descobre que ele faz sexo com frango ea maioria das pessoas nesse caso tende a responder que sim a imagem dele mudaria que não eu não enxergaria ele da mesma maneira depois provavelmente você é a partir daí teria um pouco de desconfiança dele talvez você desconfia que ele é um pervertido talvez você fica com nojo talvez você quer um pouco mais de distância dele mas perceba que nesse momento nós entendemos que trata se de um julgamento
moral a partir do momento que você olha para um outro ser humano e você julga que esse ser humano por exemplo não merece tanto a sua confiança que ele é um pervertido que ele é nojento o que ele é no mínimo bizarro esquisito sexualmente você já está colocando esse ser humano num patamar diferente de você em termos de valor você está dizendo que a partir do momento que você descobriu essa informação ele é um cara pior do que você considerava antes de você ter essa informação nas minhas aulas e nos meus cursos de psicologia moral
eu faço uma pergunta adicional é uma pergunta para as mulheres que estão assistindo agora vamos supor que o alexandre ele é teu namorado que você namora ele há cinco anos você já estão com planos de casar vocês sonham em ter filhos já têm um cachorro juntos vamos supor então que já faz parte da sua vida você ama muito esse cara imagine que eu sou um gênio do mal e que o que coloca na seguinte situação você pode escolher um desses dois males depois de cinco anos sem saber um relacionamento feliz onde você ama alexandre onde
você tem planos para o futuro você nas duas ou você descobre que ele te traía com outra mulher toda sexta feira desde que vocês conhecem ou você descobre que ele faz sexo com frango como na situação anterior qual dos dois é pior para você olha as minhas salas de aula eu juro para vocês que as mulheres se dividem em praticamente meio a meio existe um monte de mulher que preferia que ele estivesse fazendo sexo com franco que acha que a ofensa moral de outra mulher é maior do que a do frango existe uma boa parte
das mulheres que acredita que a ofensa do frango é maior do que a ofensa moral da traição mas isso é mais uma prova de que se trata de um julgamento moral que quando você compara com a traição que é um vício moral que é um erro moral a pessoa que trai normalmente ela é julgada como uma pessoa que está moralmente errada quando você compara a questão do frango com a traição você percebe que existe certa equivalência que dá pra comparar porque se trata de fato de julgamento moral julgamentos morais ocorre quando nós julgamos que algo
ou alguém é melhor ou pior é bom ou mau é certo ou errado esses julgamentos não são meras preferências pessoais eles envolvem o de ver o que deve ou não ser feito não só por nós mesmos individualmente mas também por outras pessoas e portanto o julgamento moral naturalmente coloca pessoas em patamares diferentes ele posiciona pessoas como melhores ou piores dentro de uma certa hierarquia baseado nesse julgamento e esse é um aspecto sobre o qual vale a gente refletir um pouco os julgamentos morais são necessariamente hierárquicos eles colocam seres humanos em patamares superiores ou inferiores uns
em relação aos outros e para não polemizar aqui com temas que são atuais vamos voltar algumas décadas no passado vamos pensar no julgamento que nós podemos fazer a respeito de uma prática que era muito comum nas escolas do brasil que era prática dos professores terem o direito de punir fisicamente os seus alunos até muito pouco tempo atrás os professores tinham o direito eles podiam punir fisicamente alunos indisciplinadas você já deve ter ouvido da sua mãe ou da sua avó a história de ajoelhar nos grãos de milho você já deve ter ouvido da palmatória nenhuma paulo
lado que a criança levava na mão isso é uma prática comum dentro das escolas do brasil até poucas décadas atrás veja que se você é uma pessoa que defende que os professores têm direito de punir fisicamente os seus alunos você acha que isso é certo você acha que isso é moralmente correto portanto você acha que professores devem ter esse direito perante os alunos e alunos que são indisciplinadas devem ser punidos fisicamente pelos seus professores se você acha isso automaticamente você acha que outras pessoas pessoas por exemplo que querem abolir essa prática de dentro das escolas
pessoas que consideram errado você permitir aos professores agredir fisicamente um aluno indisciplinado se você defende moralmente que os professores devem ter esse direito em que alunos devem ser punidos dessa forma você automaticamente acredita que você está certo e que pessoas que querem abolir essa prática estão erradas se você está certo você está mais próximo da verdade ea pessoa que é contrário à você está mais próxima do engano está mais próxima do erro muitas vezes está mais próxima de uma má intenção você pode considerar que a pessoa que está discordando de você é mal intencionado é
uma pessoa perversa e veja que isso não é somente da parte nesse caso nesse exemplo as pessoas que defendem a punição física dos alunos porque as pessoas que defendem que essa punição física seja abolida elas também acreditam que elas estão certas e que professores não devem ter esse direito e que alunos não devem ser punidos dessa forma elas acreditam que estão certas e quem é a favor dessas práticas está errado elas portanto acreditam que estão mais perto da verdade enquanto as outras pessoas estão mais perto do engano do erro e muitas vezes da perversão essas
pessoas aqui as pessoas que querem abolir a agressão física as crianças indisciplinadas elas podem achar que quem é a favor disso é uma pessoa cruel é uma pessoa perversa aqui nós vemos nitidamente a hierarquiza são no momento em que eu acredito que estou certo de que você está errado e que o mundo deve ser do jeito que eu acredito em que o mundo do jeito que você acredita não deve existir eu automaticamente me coloca num patamar moral superior ao seu isso significa que pelo menos nessa questão eu sou um ser humano superior a você e
aqui você enxerga claramente então da hierarquia presente nos julgamentos morais que agora nós temos uma definição mais completa do que é um julgamento moral uma definição típica que você costuma encontrar os livros de psicologia moral o julgamento moral ele não tem a ver apenas com suas preferências pessoais quando nós julgamos moralmente algo ou alguém nós estamos considerando esse algo ou alguém melhor ou pior certo ou errado bom ou ruim virtuoso ou não virtuoso esse julgamento ele envolverá a questão do dever e portanto ele tem uma característica social nós quando julgamos moralmente nós estamos automaticamente dizendo
que algo deve ou não ser feito não só por nós mesmos mas também por outras pessoas e isso acaba dividindo a humanidade em uma espécie de hierarquia moral onde eu acredito que por estar certo outras pessoas estão erradas e nesse sentido elas são moralmente inferiores e essas pessoas podem perfeitamente acreditar no exato oposto que elas estão moralmente superiores a mim mas o interessante é que nos dias de hoje é muito comum as pessoas travestirem julgamentos morais de mera as preferências pessoais uma frase que você ouve muito por aí é a pessoa que diz o seguinte
abre aspas a pessoa diz assim olha eu não sou preconceituoso mas três pontinhos e depois desses três pontinhos é isso que vem um julgamento moral essa pessoa está tentando se defender está tentando mostrar apenas que ela tem uma preferência pessoal quando na verdade ela vem depois com um julgamento moral o julgamento que está e hierarquizam moralmente as pessoas dizendo que alguém é melhor ou pior por conta da opinião dela quando nós julgamos alguém ou algum comportamento como preconceituoso nós estamos dizendo que essa pessoa está errada nós estamos dizendo que ela é moralmente inferior e portanto
esse é um julgamento moral o mero ato de julgar alguém como preconceituoso é um julgamento moral e aqui você consegue entender perfeitamente o que é um vício eo que é uma virtude moral o vício moral é um comportamento é uma característica de um ser humano que por possuir essa característica ou esse comportamento esse ser humano uma pessoa pior do que uma pessoa que não tem esse mesmo vício ea virtude moral é uma característica um comportamento de um ser humano que por esse ser humano possuir essa característica o comportamento ele é melhor do que alguém que
não possui o filósofo andré e como diz com villa que é para mim um dos maiores pensadores vivos hoje em dia no mundo ele tem uma ótima definição para que você consiga enxergar na sua vida o que você considera a virtude eo que você considera vício basta você fazer um simples exercício para pensar no que seria do mundo se você tirasse essa característica do mundo por exemplo vamos falar sobre o amor imagine que amanhã o mundo amanhece e todas as pessoas que amam desaparecem do mundo você considera que com isso o mundo seria um mundo
melhor o mundo pior se você acredita que o mundo seria o mundo pior é por que você considera o amor uma virtude moral é algo que melhora a humanidade algo que nos torna melhores e vamos ver por outro lado o assassinato o que você acha se amanhã no mundo todos os assassinos do mundo desaparecessem você acha que o mundo seria um lugar melhor ou pior e se você respondeu que o mundo seria um lugar melhor é porque você considera o assassinato um vício moral você considera que o mundo onde existem assassinos e onde existe assassinato
é um mundo pior do que o mundo onde não existe isso claro que esses são exemplos extremos dificilmente alguém vai dizer que o amor não é virtuoso e que o assassinato não é um vício moral a coisa começa a ficar complicada quando a gente entra nas áreas cinzentas quando a gente entra nas áreas onde não existe tanta concordância entre as pessoas os exemplos hoje você conhece basta você passear pelas redes sociais quando você fala sobre temas por exemplo como o aborto quando você fala sobre eutanásia quando você fala sobre posições políticas e econômicas à esquerda
ou à direita quando você fala sobre sexualidade quando você vai falar sobre esses temas que são polêmicos que dividem as pessoas fica muito menos óbvio o que é um vício o que é uma virtude moral e nesse sentido essas hierarquias morais criam uma verdadeira batalha moral onde você tem um grupo de pessoas que acredita que está certo é superior um outro grupo que acredita que está certo e que é superior e ambos os grupos dito que o outro lado está errado e é inferior daí vem grande parte da discordância que nós vemos muitas vezes as
brigas que nós vemos hoje em dia nos debates nas discussões e especialmente nas redes sociais veja que são discussões morais vale pontuar uma outra coisa que acontece muito nos dias de hoje que é as pessoas que julgarem moralmente por uma característica pessoal sua vamos pensar por exemplo na preguiça que é considerada por muitos um vício moral o mundo com preguiçosos é considerado por muitos um mundo pior do que o mundo sem os preguiçosos muitas vezes você pode ser uma pessoa que por característica sua você prefere acordar mais tarde e você que gosta de acordar mais
tarde deve saber na pele que muita gente julga como preguiçoso por você acordar mais tarde sendo aquela apenas uma característica sua você não é um preguiçoso mas você é julgado como tal por você apenas gostaria de acordar mais tarde um outro exemplo um pouco mais sério disso é quando essas características fogem completamente o controle da pessoa e mesmo assim elas são julgadas moralmente por isso desde o caso das pessoas que sofrem com depressão e são frequentemente julgadas como preguiçosas como fracas por exemplo atribuem-se vícios moraes a pessoas com depressão pessoas que simplesmente não podem controlar
aquilo que estão passando eu já disse e repito já disse muitas vezes aqui no canal em outras entrevistas na televisão em outros canais do youtube pessoas com depressão têm cérebros diferentes de pessoas saudáveis elas não controlam o desânimo mas não controlam a tristeza profunda que elas sentem e muitas vezes esse desânimo essa tristeza essa falta de prazer que elas têm nas coisas são julgados por outras pessoas como fraqueza como preguiça como vícios moraes é muito comum portanto os julgamentos morais precipitados baseados apenas em características de outros seres humanos é muito comum que as pessoas julguem
aquilo que é diferente delas como vício moral é portanto muito comum que as pessoas tomem as preferências delas mesmas como regra que deve ser seguida por todas as outras pessoas e transformam portanto preferências em vícios ou em virtudes morais julgam moralmente baseado na sua preferências pessoais validar um outro exemplo disso por exemplo na música se você é uma pessoa que gosta de música clássica se você gosta de ouvir pink floyd se você gosta de ouvir músicas complexas e progressivas é bem provável que você acha que quem ouvir funk é inferior é bem provável que você
acha que quem ouvir funk pelo menos em relação ao gosto musical é uma pessoa inferior a pessoas que ouvem música clássica veja que existe esse tipo de moralismo inclusive quando nós estamos falando de gostos e preferências música até nos alimentos todo mundo costuma até aquele amigo que quando bebe vinho gira a taça nem faz aquela cara de intelectual e lixeira não conclui nada provavelmente mas é o cara que diz pra você que você está bebendo vinho é errado ele disse pra você que existe um jeito certo de um jeito errado e que portanto o jeito
dele é melhor do que o seu meu amigo clóvis de barros filho costuma chamar esses caras dos tiranos do fim aquelas pessoas que gostam de impor o seu gosto a outras pessoas que inferiores a outras pessoas por gostarem de coisas diferentes e que no fim das contas estão nada mais fazendo do que moralismo e agora que nós entendemos o que são julgamentos morais o que são vícios e virtudes morais da onde vem o moralismo que é quando nós pegamos nossas preferências pessoais e queremos impor como dever a outras pessoas agora que nós entendemos tudo isso
nós podemos responder a uma outra questão será que é possível não julgar todo mundo tem um amigo ou às vezes você já fez isso virá alguém e dizer assim a pessoa olha eu não estou julgando tá mas três pontinhos que depois desses três pontinhos freqüentemente vem justamente um julgamento moral então vale perguntar será que é possível será que essa pessoa que disse a nós que não estamos jogando realmente não está pra isso nós precisamos entender como o cérebro humano executa os julgamentos morais como o cérebro e portanto a mente humana opera quando está realizando julgamentos
morais e se você se interessa por esse tema se você quer entender como nosso cérebro produz julgamentos se você quer entender os mecanismos psicológicos do julgamento humano eu convido você a se inscrever no nosso canal e aplicar o sininho embaixo para você receber uma notificação assim que a gente postar o nosso próximo vídeo porque o nosso próximo vídeo vou explicar detalhadamente como cérebro e como a mente humana produzem julgamentos eu vou explicar por que os julgamentos humanos são tão precipitados eu vou explicar por que os julgamentos dos dias de hoje condenou imediatamente as pessoas mais
rápido até do que a própria justiça mais rápido do que os juízes e os advogados fazem o seu trabalho de fato eu vou explicar porque muitos dos julgamentos que nós fazemos nas redes sociais são absolutamente cruéis são de uma frieza quase sociopata e além disso eu vou explicar a raiz da hipocrisia porque as pessoas têm tanta facilidade para julgar mas elas detestam quando elas mesmas são julgadas porque essas mesmas pessoas que julgam são incapazes de olhar no espelho enxergar os seus próprios defeitos tudo isso então você encontrará no nosso próximo vídeo aqui no canal provoca
os reforços o convite para que você esteja aqui no próximo vídeo junto conosco nessas importantes reflexões a respeito dos julgamentos humanos se você já conhece o canal e provoco você sabe que eu sempre dou pra vocês as referências livros de estudos e artigos científicos e referências filosóficas que utiliza aqui no canal o vídeo de hoje foi criado em paralelo com o texto que publiquei no meu perfil no linkedin eu vou colocar o link pra esse texto na descrição e nesse texto que você encontra todas as referências que eu utilizei tanto no próprio texto quanto aqui
também no vídeo do youtube convida você então a me seguir lá no linkedin a ler esse texto e se possível se você conseguir a buscar as referências de fato que eu usei porque é sempre importante você ver de onde vieram as coisas que alguém está dizendo seja sempre questionador se você se interessa pelas relações entre mente cérebro e comportamento eu convido você a conhecer o nosso livro em busca de nós mesmos que eu escrevi com o meu amigo clóvis de barros filho um filósofo e portanto um diálogo entre a ciência da mente ea filosofia se
você se interessa por esse assunto também convido você a conhecer os nossos cursos você encontra o link pra eles aí embaixo na descrição e acompanhá la no instagram se você quiser saber que séries e filmes eu estou assistindo que livros eu tô lendo por onde eu ando o que vai acontecer uma palestra e perto de vocês o instagram a rede onde eu mais postos sobre o meu cotidiano com você então me acompanhar tanto no linkedin onde o posto notícias onde eu posso textos mais sérios e novidades científicas e no instagram onde eu posso pequenas reflexões
e conta um pouco do meu dia a dia muito obrigado por você ter assistido esse vídeo até aqui convido você novamente caso você não seja a ser inscrito no nosso canal e aplicar no cinema em baixo porque senão você não recebe notificação quando a gente postar vídeo novo a gente possa vídeo relativamente raramente faz quase três ou quatro meses que a gente não postar um vídeo e olhares peço desculpas a vocês a correria está muito intensa então fique tranquilo que se você se inscrever e clicar no sine você não será importunado com um monte de
mensagens do canal o vox muito obrigado um abraço e até a próxima [Música] [Música]
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