A gente recentemente teve o privilégio de, pela primeira vez pisar numa nação que até pouco tempo eu não tinha ouvido falar. Eu não sei quantos aqui já ouviram falar de Burkina Faso. É um país que fica ao norte do continente africano.
E eu me lembro que há um mês antes de nós partirmos para aquela nação, eu avisei aos irmãos à igreja, falei que uma porta havia se aberto e que nós estaríamos indo para essa nação. E eu confesso que eu não fiz pesquisa alguma, a porta se abriu, a gente entendeu que algo o Senhor haveria de falar aos nossos corações ali. E foi uma semana antes que alguns irmãos da igreja nos abordaram dizendo, né, pastor Juliano, é isso mesmo.
Vocês estão indo para pra Burkina Faso e se mostraram preocupados. Aí eu fui pra internet e fui procurar ali por Faso e e na no portal do Portas Abertas. A nação no ranking dos países perseguidos apareceu apareceu ou está em 20º lugar no ranking mundial.
E aí a gente lê um pouquinho mais sobre a a situação ali. Eu confesso que o coração deu um pulo, não é? E a gente passou a orar com mais com mais intensidade, mais fervor.
Inclusive, antes de nós partirmos, nós tivemos um culto familiar e e eu disse pros meus filhos, paraa minha família, olha, nós estamos indo, sabemos que o Senhor, ele está no controle de todas as coisas e a gente não sabe de fato o que pode acontecer. [Música] e tivemos ali um tempo precioso no Senhor e, enfim, chegamos naquela nação predominantemente islâmica, muçulmana, com os seus com as suas questões sociais e nos foi, nós tivemos algumas oportunidades para pregar o evangelho. Eu me lembro que no dia seguinte, após a nossa chegada, o uma grande ah um grande evento evangelístico e e eu acabei tendo o privilégio de pregar o evangelho para centenas, senão milhares de pessoas.
E naquela noite eu tive a a grata surpresa, o privilégio de ver centenas de pessoas entregando as suas vidas ao Senhor Jesus. E por onde nós passamos, aldeias, vilarejos, nós vimos em todos os lugares por onde nós proclamamos o evangelho, pessoas eh líderes, eh, das aldeias, crianças, mulheres entregando, rendendo as suas vidas a Cristo Jesus nessa região que eu confesso, eu pessoalmente imaginei grande resistência e foi lá que eu enloco Precisei mais uma vez ouvir as palavras do Senhor que tem ecoado durante a eternidade, porque a gente vê de um jeito, mas para o Senhor os campos estão brancos, as pessoas estão prontas para serem colhidas. a semente da sua vida, o seu sangue, a sua vida foi entregue para o resgate de muitos.
O evangelho continua sendo o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. E eu sei que vocês passaram o dia todo sendo ministrados e o Senhor plantou algumas sementes, algumas palavras nos seus corações e os corações estão em chama. Eu sei.
E essa mensagem vai servir para confirmar aquilo que está queimando no seu coração. Não é um absurdo o que passa a queimar no seu coração. E eu queria eh abanar um pouquinho mais no espírito esse fogo aceso nos corações.
Amém. João capítulo 3, eu vou ler alguns textos. Os textos vão estar ali no telão.
João capítulo 3, versículos 14 a 16. E como Moisés no deserto levantou a serpente de bronze numa estaca, também é necessário que o filho do homem seja levantado para que todo que nele crê tenha a vida eterna. Porque foi desta maneira que Deus amou ao mundo.
Ele deu o seu filho unigênito para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Primeira Coríntios, capítulo 1, versículo 18. Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós que estamos sendo salvos é o poder de Deus.
Um pouquinho mais adiante, versículo 23. Nós, porém, pregamos Cristo crucificado, o qual de fato é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos. Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.
Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana. E a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem. No segundo capítulo da mesma carta, Primeira Coríntios, versículo 1.
Eu mesmo, irmãos, agora o apóstolo Paulo, eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente, nem com muita sabedoria, filosofia, para lhes proclamar o mistério de Deus, pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo e este crucificado. decidi nada saber, a não ser Jesus Cristo e este crucificado, Senhor. Ainda por mais alguns momentos, Senhor, pedimos que que o Senhor brade, sussurre, fale, edifique, Senhor, gere esse futuro que que a tua palavra, esse futuro que por meio do sim será gerado em teu nome e para tua glória.
Amém. Amém. A Bíblia ela nos diz em Apocalipse 13:8 que Jesus, o cordeiro de Deus, foi morto antes da criação do mundo, que muito antes da nossa existência, o destino de Jesus já estava escrito.
Antes de dizer haja luz, Deus já havia dito haja cruz. A criação e a cruz, elas andam, elas caminham juntas. São são acontecimentos interligados, conectados.
Sem a criação não haveria cruz. E sem cruz, eu não creio que haveria a criação. Sem uma humanidade perdida, Jesus não teria o porquê morrer.
Mas sem o meio para salvar uma humanidade que se perderia, eu não creio que o amor teria prosseguido com a criação, porque o deus amor não criaria algo apenas para ser destruído. Então, quando ele decidiu criar a humanidade, Deus antes ele aceitou morrer pela humanidade em uma cruz. A cruz não foi uma surpresa.
A cruz não foi algo que exigiu da parte de Deus uma capacidade de improvisação. Não. A cruz ela foi planejada, ela foi prevista, préordenada antes da fundação do mundo.
É por isso que de Gênesis a Apocalipse, a cruz é o é o pano de fundo de toda a história da Bíblia. Toda a história bíblica é unida pelo tema da cruz. Deus não desiste da humanidade de Gênesis a Apocalipse por causa da cruz.
O amor de Deus foi provado na cruz. O grande clímax esperado do Antigo Testamento se cumpre no novo, quando aquele que esperava o seu momento de salvar a criação perdida morreu em uma cruz. O lugar da nossa perdição se tornou para Cristo o lugar de morte e de salvação.
O nosso lugar de rebeldia se tornou o lugar do seu martírio. que nós pecamos diante de um madeiro e Jesus foi morto e crucificado no madeiro. Pecamos diante do madeiro e ele morreu no madeiro.
E eu não creio que foi sem razão que no glorioso roteiro da palavra de Deus, não foi sem razão que Jesus ele ele quando ele cresceu, ele foi treinado para ser um carpinteiro. E qual é o principal material usado que faz um carpinteiro ser um carpinteiro madeira? Desde pequeno então, Jesus teria aprendido a lidar com aquilo que seria a razão, o motivo da sua encarnação, sempre diante dele, sempre sendo lembrado para qual razão ele havia vindo ao mundo.
O madeiro, a cruz. E a cruz é algo que precisa estar sempre diante de nós, em nossos pensamentos. Precisamos estar constantemente diante dela sendo lembrados da nossa vocação.
Porque aquilo que nos faz diferentes é a cruz. Não é à toa que no topo de de muitas estruturas, no topo das estruturas onde as igrejas se reúnem, é comum nós vermos o quê? uma cruz.
A cruz é a nossa identidade. A cruz é a nossa vocação. É o nosso chamado, é central no evangelho.
Tudo o que se diz cristão tem que passar pelo crio da cruz. Para ser cristão, tudo o que se diz ser de Cristo tem que passar pela aprovação da cruz. Aleluia.
Se alguém quiser me acompanhar, me seguir, negue-se a si mesmo. Tome [Música] diariamente a sua cruz e siga-me dia após dia, um estilo de vida, uma forma de ser. E o apóstolo na carta aos Coríntios, ele disse o quê?
Ele disse ter decidido nada saber, a não ser a Jesus e este crucificado. A cruz é central, é fundamental na fé em Cristo Jesus. É, é de vital importância nós compreendermos bem o significado da cruz para as nossas vidas.
E quando a gente olha paraa cruz, ela ela deixa algumas coisas bastante claras. Eu vou falar de três coisas. Primeiro, algo que fica muito claro com a cruz é o Jesus a quem a Bíblia descreve como sendo a expressão exata de Deus.
A cruz deixa muito claro qual é o Jesus, que é a expressão exata de Deus. Porque se alguém quer conhecer a Deus como ele é, exatamente basta conhecer a Jesus, porque olhar para Jesus é o mesmo que olhar para Deus. Mas, infelizmente, ou felizmente, nem todo Jesus é o Jesus que é a expressão exata de Deus.
E eu vou repetir, nem todo Jesus é o Jesus que é a expressão exata de Deus. Nem todo Jesus é o Jesus das Escrituras. E vale a pena lembrar que o principal problema do coração da humanidade desde a queda, nosso principal problema é a idolatria.
E idolatria é muito mais do que se curvar diante de uma imagem ou de uma escultura. é mais profundo. Idolatria é submeter a pessoa de Deus ao nosso entendimento que vem de nós mesmos e não da sua revelação.
Idolatria é conceber Deus conforme nós somos, conforme o nosso achismo, o meu pensamento, a minha crença. Ah, eu acredito assim. Idolatria é fazer Deus conforme a nossa semelhança, segundo o que nos é conveniente.
Muita gente entende idolatria como apenas considerar outros deuses além do Deus de Israel. É isso também, mas não é bem isso em muitos casos, porque idolatria também é fazer o Deus de Israel, Yahué, Jeová, é fazer dele um Deus, segundo as nossas preferências. E eu não sei quantos aqui se lembram do episódio do Bezerro de Ouro, que tá lá descrito no capítulo 32 do livro de Êxodo.
Fala sobre, né, Moisés que subiu ao monte para falar com o Senhor e ele lá em cima no monte ele não teve pressa para descer. E o povo que estava lá embaixo ficou impaciente. E o povo acabou pressionando Arão, que que ficou como um líder no lugar de Moisés, pressionou Arão para fazer Deus se manifestar.
E aqui a gente já começa a perceber indícios de um coração idólatra, né, no meio do povo. Porque no entendimento desse povo, Deus não pode levar o tempo que ele quiser para se manifestar. E na concepção desse líder que dá o povo que pede e não o que o povo precisa, no entendimento desse líder, Deus não pode deixar de se manifestar.
tinha que ser quando e como o povo queria um Deus segundo o coração deles. Aleluia. E Arão, como eu disse, que ficou na posição, né, de de líder, de sacerdote, enquanto Moisés não estava, pressionado pelo povo, ele fez o quê?
Ele fez um bezerro de ouro. E a gente não percebe algumas coisas no texto em português, mas no hebraico a gente vê algumas coisas mais, né? Porque quando Arão ele apresenta o bezerro de ouro ao povo, sabe o que ele faz?
Arão, ele usou o termo Elohim e usou o nome de Deus Yahue, Jeová. Arão, ele fez um bezerro dourado e não disse que era um outro deus, mas ele disse que aquele bezerro de ouro era Yahweu, era o Senhor dos senhores. Por isso é bom a gente tomar cuidado, porque para autenticar a nossa fé, para autenticar a nossa fala, para autenticar a nossa oração, não basta pronunciar o nome de Jesus.
Produzir um bezerro de ouro, criar um ídolo no coração e chamar ele de Jesus é tão idolátrico quanto dizer que o bezerro de Arão era o Senhor dos Exércitos. Gente, idolatria é viver conforme um outro Jesus e dizer que esse Jesus conveniente, meu Deus, é Deus. O nosso coração é uma fábrica de ídolos, já nos disse o profeta.
Nós fazemos deuses conforme as nossas expectativas e desejos carnais. Nós fazemos ídolos e chamamos todos eles de Jesus. E a cruz, ela traz extrema clareza sobre quem é o Jesus revelado nas Escrituras.
A cruz mostra com muita clareza quem é Deus exatamente. E se o Jesus a quem você adora não é o Jesus revelado nas Escrituras? Se o Jesus a quem você adora carregou a sua cruz, mas não te chama para fazer o mesmo, se o Jesus a quem você adora atende todas as suas expectativas, os seus desejos, faz total sentido para você e permite que você viva do jeito que você quer, sem que isso te custe tudo.
Jesus é um ídolo. É um Deus conforme as suas conveniências. É um Deus segundo a sua imagem, o seu querer, a sua semelhança.
Porque um Jesus sem cruz não é o Jesus revelado nas Escrituras. Uma igreja sem cruz não é a igreja de Cristo revelada nas Escrituras. Um discípulo ou uma discípula que não carrega a sua cruz não segue o Jesus revelado nas escrituras.
Um evangelho sem cruz não é o evangelho que é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. A gente precisa parar de olhar paraa cruz como se ela nos chamasse para nada. E essa é a outra clareza que a cruz traz.
A cruz mostra pra gente com muita clareza a nossa forma de viver, como a gente deve viver, porque a gente declara que Jesus morreu na cruz para nos salvar. Deus. Ah, glória a Deus.
Sim, isso, isso é muito verdadeiro, mas não para por aí. E se a gente para aqui, é saudável perguntar se não seria por causa de um coração que prefere um outro Jesus que não que não espera, que não leva com que a gente vá além. Porque sim, Jesus, ele morreu numa cruz para nos salvar, mas uma vez salvos, ele nos mostrou o caminho, nos mostrou o propósito da nossa salvação.
A gente não foi salvo para ser salvo, mas nós somos salvos para viver uma vida como gente salva. Fomos salvos para cumprir o nosso propósito em Deus. Fomos salvos para uma missão, salvos para revelar ao mundo da cruz.
[Aplausos] Vamos fazer uma uma reflexão. Vamos olhar paraas nossas vidas, olhar pros nossos sonhos, pros nossos planos. Reflita sobre todo o seu esforço ou sobre a falta de todo o esforço.
Tudo que você faz ou deixa de fazer aponta para quem? Quando as pessoas ao seu redor olham paraa sua vida, qual Jesus a sua vida revela? E o que que a cruz significa para você?
Porque para quem está se perdendo é loucura, é tolícia, é escândalo. Mas para aqueles que estão sendo salvo, sabedoria e poder de Deus. O que que a cruz significava naqueles dias?
Por que um escândalo para uns e toliss para outros? Era um escândalo, porque no primeiro século a expectativa que os judeus tinham sobre o Messias era de que ele seria o libertador de Israel, que o glorioso Messias do poderoso Yahwe, ele enfim acabaria com a tirania, com a opressão do satânico império romano. Inclusive, a gente vai perceber que até a ressurreição nem os discípulos de Jesus entenderam o que aconteceu na cruz.
Toda falsa expectativa, todo ídolo, ele foi destronado na cruz. Eles achavam que Jesus estava para inaugurar um reino terreno livre da tirania de Roma. um conquistador.
Ele seria um guerreiro e vitorioso como Davi. E os discípulos andavam com Jesus na expectativa de se tornarem ministros, secretários, pessoas importantes e cheias de honra. Afinal de conta, Afinal de contas, eles eles faziam parte do círculo íntimo do rei, né?
Quem vai ser o maior? Eles se perguntavam, havia uma expectativa de reino terreno. Por isso, um Messias humilhado, fraco, castigado e morto numa cruz, escândalo, blasfêmia, um Messias sem glória humana como ousa um um homem morto como são mortos os estupradores.
Um homem morto. Como são mortos os ladrões, os assassinos, os rebeldes. Como poderia ser ele o glorioso Messias esperado, escândalo, blasfêmia?
E o texto de Deuteronômio, muito conhecido lá em 21, 22, gritava dentro dos judeus: "Se um homem culpado de um crime que merece a morte, for morto e pendurado num madeiro, está debaixo da maldição de Deus. Maldito é aquele que morre pendurado num madeiro. Jesus, o Messias morto num madeiro.
Escândalo Tolice. Por isso eles pediam sinal, um sinal para Jesus ali na cruz. Ei, desce daí.
Vai, Jesus. Agora é o momento. Agora é a hora de mostrar quem você é.
Chega de deshonra. Chega de vergonha, mostra a sua cara, não leva desaforo para casa, não. Jesus mostra um sinal.
Não existe oportunidade melhor. Desce da cruz, abandona esse caminho. Você nasceu para ser cabeça.
Você é o filho do rei. Não tem vergonha, não. Aja como um rei.
Aja como um Messias. Segundo o nosso coração idólatra. Seja quem a gente espera que você seja, segundo as nossas expectativas.
Não seja um escândalo, Jesus, porque o Jesus que nós queremos é reluzente como ouro. Desce daí. Deus é triste, mas bezerros de ouro ainda são criados e a todos eles dão o nome de Jesus, continuando a alimentar corações idólatras.
A cruz é escândalo, a cruz é toli. Não faz sentido pros desejos do mundo. A cruz é vulnerabilidade, é humildade, é glória.
Um Messias crucificado, um Deus que permite cruzes aos seus filhos e escândalo. Um Deus que prega fraqueza, humildade, tolice. Mas no capítulo 1 da primeira carta aos Coríntios, versículo 27, mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte.
Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado, e o que nada é para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglor diante dele, como está escrito, quem se gloriar, glorie no Senhor. Jesus de Nazaré, pode vir alguma coisa boa de Nazaré? As pessoas diziam: "Aleluia!
Mas são esses a quem o Senhor ele escolhe, os que nada são, os fracos, os feridos, os cansados, os insuficientes, os pequenos, para que todo mundo saiba que não é pela capacidade humana, não é pela grandeza humana, mas é pela grandeza e pelo poder de Deus. É pelo poder de Deus. [Aplausos] E o poder de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza.
Onde estão os fracos? Deus escolhe aqueles que entendem que nada são. Escolheu a mim e escolheu a você para vivermos uma vida que é tola, louca, a olhar do mundo que se perde, mas para nós que estamos sendo salvos é sabedoria e o poder de Deus.
E a última coisa que eu que eu precisaria mencionar sobre a clareza que a cruz traz é que a cruz de Jesus deixa muito claro a relação do sofrimento da cruz e a sabedoria de Deus em nossa salvação. O Jesus, segundo a imagem exata de Deus, é o Jesus que experimentou todas as nossas dores. Ele conheceu todas as nossas dores.
E é na sua dor. Foi justamente no seu sofrimento, no sofrimento de Cristo Jesus, que nós fomos sarados nas suas feridas, na cruz. Jesus levou sobre si a nossa maldição.
Jesus se fez maldito para receber sobre ele mesmo toda a consequência da nossa rebelião. O apóstolo João, no primeiro texto que que a gente leu hoje lá em João, capítulo 3, ele fez uma comparação interessante. Ele comparou a imagem da serpente pendurada no madeiro do Antigo Testamento, do episódio com Moisés, com Jesus.
Ele fez essa comparação. E para quem não conhece a história de Moisés, quando ele levantou uma serpente, isso tá lá em Números, no capítulo 21. Em resumo, por causa da rebeldia no coração do povo, muita gente estava morrendo por causa de picadas venenosas, de serpentes venenosas.
E e com desespero e medo, o povo então ele passou a clamar a Moisés para que Moisés clamasse, intercedesse, né, clamasse por misericórdia a Deus. E Deus, Deus respondeu a Moisés, mas Deus respondeu de forma que possivelmente ninguém esperava. Primeiro, porque Deus não livrou o povo das serpentes.
Talvez seria a maneira que muitos esperariam que Deus resolvesse aquela situação, né? Porque se tem cobra, serpentes venenosas picando e matando o povo, que as cobras sejam eliminadas do nosso meio. Se existe alguma dor, se existe alguma luta, que as dores e as lutas sejam eliminadas das nossas vidas.
Mas Deus não fez isso. As cobras continuam, né, elas continuaram existindo, elas continuaram picando e gerando dor, assim como as lutas continuam existindo em nossas vidas. E a segunda resposta inesperada de Deus foi que ele mandou fazer uma imagem de uma serpente e levantar essa imagem pendurada no madeiro.
Deus mandou Moisés fazer uma imagem, uma imagem justamente daquilo que estava causando morte, medo e dor. E a cura para todo medo, a cura pra morte, para toda dor seria olhar pro objeto da morte, olhar pro objeto causando medo, erguido e pendurado no madeiro. Agora, agora olha só o que eu aprendi com psicoterapeuta.
Existe um entendimento clássico, é um fundamento, na verdade, na psicoterapia, que vai dizer que quando a gente olha para aquilo que mais tememos, que nos dá pavor, quando nós olhamos intencionalmente, nós vamos sendo sarados desse medo. Quando a gente olha, quando a gente avalia, quando a gente pensa naquilo que nos paralisa de medo, com o tempo a gente vai adquirindo recursos para lidar com aquilo que provoca em nós pavor. Tanto é que na psicoterapia, um tratamento clássico pro medo é voluntariamente se expor, é voluntariamente olhar para aquilo que mais nos assusta, que nos paralisa, que mata.
Encare aquilo que te dá mais medo voluntariamente e se torne mais corajoso. Encare o medo e seja liberto, livre. É um tratamento tradicional.
E nesse episódio das serpentes venenosas, Deus não livrou as pessoas das cobras. Deus não fez com que as pessoas deixassem de ser picadas e envenenadas. Ou seja, Deus não tirou do meio do povo aquilo que estava trazendo morte, dor, medo.
Muito pelo contrário, Deus fez o povo encarar o objeto do medo, do terror, da morte. A cura do medo estava no encarar. A cura estava no olhar para o objeto do medo e da morte.
E quando a gente olha para Jesus levantado e pendurado no madeiro, o que é que a gente vê? O que é que a história bíblica permite que a gente veja quando a gente avalia a cruz? Quando a gente pensa na cruz, como quando a gente, como o apóstolo Paulo diz que decidimos nada saber, a não ser a Cristo e este crucificado, o que que a gente vê quando a gente olha pro maldito pendurado no madeiro, a gente encara, a gente vê a soma de todos os medos.
Quando a gente olha para aquele que se tornou maldito no nosso lugar, a gente vê todos os terrores e outros inimagináveis. Porque o que que a gente vê quando a gente olha pra cruz? A gente vê fraqueza, a gente vê humilhação, a gente vê vergonha, a gente vê dor excruciante.
A dor da cruz era algo tão terrível que foi necessário criar uma palavra nova para descrever esse tipo de dor excruciante, uma morte lenta e terrível, aperfeiçoada para ser a mais terrível. E o que mais? [Música] Foi algo esperado.
Todos os milênios, toda a sua vida humana, todos os anos ministeriais esperando e sabendo que a terrível cruz estava por vir. E o que mais a gente vê? A cruz ela ela interrompeu uma vida no seu auge.
Jesus era jovem, ele não tinha vivido matrimônio, ele não viveu a paternidade, não teve [Música] netos. Que mais a gente vê na cruz, a gente vê traição. Traição por parte de todos aqueles que eram tão amados.
Você já foi traído por quem você tanto amou? Que que a gente vê demais na cruz? A gente vê a angústia de uma mãe que assiste completamente impotente a morte e a destruição do seu filho.
Que mais a gente vê na cruz? A gente vê o ódio das pessoas, o ódio da multidão. A gente vê fúria, a gente vê perseguição, a gente vê cancelamento, incompreensão, impularidade, difamação.
E o que mais? Na cruz a gente vê a pior de todas as injustiças. Jesus era inocente.
Tudo que ele tinha feito foi para ajudar as pessoas. Ele era bom. Ele era justo, ele era doce amigo, mas foi condenado de forma injusta, vítima de um julgamento corrupto e arquitetado.
E o que mais a gente vê na cruz? A gente vê o pior dos abandonos, a pior das rejeições. Sim, ele foi abandonado por todos os seus amigos.
mas também foi abandonado por seu pai. E não existe abandono pior do que o abandono paterno. O que o que Jesus gritou na cruz?
Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste? E nós sabemos a razão, a gente sabe o motivo, porque ele havia se tornado maldito. Ele havia se tornado a soma de todos os pecados.
Ele havia se tornado a soma de todas as traições, a soma de todos os abandonos, a soma de todas as injustiças. Ele havia se tornado a soma de todos os medos. [Música] Mas na cruz, na cruz a gente vê o amor de Deus.
Na cruz o amor daquele que preferiu ser maldito no nosso lugar. Na cruz nós vemos um Deus que fez de tudo para poder dizer: "Eu entendo, eu entendo o seu medo, eu entendo a sua dor, porque eu sei, eu sei o que é ser abandonado. Eu sei o que é ser rejeitado.
Eu sei o que é ser traído, humilhado, envergonhado, injustiçado. Eu sei o que é experimentar dores [Música] inimagináveis. Ele entende a nossa dor.
Ele sente a sua, a minha dor e sofre por mim. Sofre por você, com você. E se ele nos chama, se ele te chama para olhar por homem pendurado no madeiro, é porque antes de te formar, ele também te viu.
Ele também olhou para você. E quando ele te viu, ele te amou. Ele te amou.
Ele amou o homem. Ele amou a humanidade, mas quando ele te viu, nos viu, ele nos percebeu no mesmo madeiro. Ele nos percebeu malditos, perdidos, sós, caminhando rumo à morte.
Mas entre nos ver morrendo e se [Música] ver, ele preferiu se ver entre ver você morrendo e se ver morrendo, ele preferiu [Música] morrer. Esse é Jesus, a expressão exata de Deus. Olhar para esse Jesus é olhar para Deus.
Olhe, olhe para esse Jesus. Olhe para esse Jesus. Olhe, olhe.
Fixe os seus olhos. Fixe o seu olhar nesse Jesus. [Música] Ah, Jesus não poderia ter morrido simplesmente.
Ele não poderia apenas ter dito a multidão, pulado de uma altura e dito: "Eu morro por [Música] vocês". Não. Por quê?
Porque a traição foi necessária, a humilhação foi necessária, o julgamento corrupto, o abandono da parte de todos, inclusive da parte de Deus e do Espírito Santo. O medo foi necessário, a tortura, a morte agonizante, escandalosa e louca, tudo necessário. Por quê?
Porque esta é a soma de todos os males que a nossa rebeldia trouxe pra história da humanidade. A nossa idolatria trouxe paraa nossa existência o resultado de adorar outros deuses. E a cura para os nossos males.
A cura veio quando Jesus assumiu toda a maldição, quando Jesus tomou para si toda a consequência da idolatria. A salvação, a vida, a esperança vem de olharmos e confiarmos no Jesus que foi pregado e erguido naquela cruz, naquele dia em nosso lugar. E o nosso chamado, a nossa vocação como salvos é também assim como Moisés, erguermos através das nossas vidas o testemunho bem alto que diz acerca daquele que foi erguido no madeiro naquele dia no nosso lugar.
Clamar ao mundo. Olhem para Jesus e sejam sarados. Olhem para Jesus e recebam coragem, ânimo, força.
Olhem para Jesus e recebam esperança. Esperança. Olhem para Jesus e recebam vida, vida, alegria, paz, paz, paz.
Jesus morto em uma cruz, mas ressurreto ao terceiro dia, é a sabedoria e o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. Por isso vão, por isso que as suas [Música] vidas sejam um testemunho daquele que foi erguido e pendurado no madeiro. Vão, vão, vão.
Você que deseja segui-lo, você que já disse sim a ele, negue-se a si mesmo. Negue-se a si mesmo. E assim como o apóstolo Paulo declarou, declare também, mas em nada tenho a minha vida por preciosa.
Tanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, não considerem as suas vidas maiores do que a vocação, do que o chamado que o Senhor tem para vocês. Vão. Onde estão aqueles que dizem sim?
Onde são aqueles que dizem e-me aqui? Onde são? Onde são aqueles que entenderam?
Onde são aqueles que dizem: "Eis-me aqui! Eis-me aqui? Eu digo sim.
Eu digo sim. Eu digo [Música] sim. A minha vida em teu altar, a minha vida em teu altar.
como sacrifício vivo. Que seja agradável, agradável, agradável a ti. [Música] minha vida em teu altar.
Dia após dia após [Música] dia, somos teus, Senhor. Somos teus, Senhor. Seja conforme o teu querer.
Somos teus, Senhor. Somos teus, Senhor. Deus.