Novas fronteiras entre identidade e Direitos Humanos | Bethania Assy

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Café Filosófico CPFL
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.” Mas, na realidade das socie...
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[Música] a identidade é a forma pela qual nós reconhecemos como pessoas e é um tema que tem estado no centro da nossa vida política e social na tradição identidade algo que nunca foi posto em questão nós temos identidade religiosas familiares políticas étnicas profissionais sexuais hoje com as mudanças nos costumes nos moldes contemporâneos tudo isso está sendo posto em questão por um lado reconhecimento de direitos a ampliação do acesso à cidadania por outro o acirramento das diferenças faz com que tenham surgido fundamentalismo religioso terrorismo associado a ele a xenofobia em relação aos migrantes como conciliar a
preservação e o cultivo das identidades particulares e ao mesmo tempo a construção de um futuro comum para as futuras gerações desafios da identidade no mundo contemporâneo o tema desta série do café filosófico todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos são dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade todas as pessoas têm direito à vida à liberdade e à segurança pessoal ninguém será mantido em escravidão ou servidão a escravidão eo tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas a declaração universal
dos direitos humanos proclamada pela assembléia geral das nações unidas em 1948 como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações mas será que esses direitos universais atendem as particularidades de cada um de nós o pertencimento o direito à singularidade o compromisso ético com o outro são pontos que temos o desafio de equilibrar na nossa existência como sujeitos políticos eu vou estruturar essa conversa de hoje em quatro pontos dois pontos que eu estou chamando de estruturais duas estruturas a estrutura dos direitos humanos e à estrutura da injustiça social e depois vou pensar
dois tipos de subjetivação política uma subjetivação política que é do sujeito que sofrem justiça da vida precarizada do invisível social mas também vou pensar a o processo de ativação do sujeito que tem acesso a direitos eu estou chamando os direitos humanos de uma ficção necessária o que é que isso significa dizer que a gente tem de fato a declaração dos direitos universais da declaração universal dos direitos humanos de 1.149 e só para recordar é um ponto comum mas o artigo primeiro da constituição da declaração diz todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
e indiretos então é eu posso considerar que esse é um dia é um documento que a gente chama cosmopolita em relação ao significado que ele tem do ponto de vista do direito se a gente faz uma passagem pro direito doméstico qual é o qual seria o correspondente mais importante da declaração dos direitos humanos né todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos a nossa constituição a própria constituição vai retratar os princípios muito próximos da do texto da declaração a dignidade da pessoa humana construir uma sociedade livre livre justa e solidária é erradicar a pobreza
e marginalização reduzir desigualdades sociais promover o bem de todos sem preconceitos de origem raça sexo cor e quaisquer outras formas de discriminação direitos sociais só para recordar a educação saúde alimentação trabalho moradia transporte tanto a arrecadação quanto os princípios fundamentais da constituição neto provocando vocês chamando de uma ficção necessária ou de uma ficção real porque ela é ficcional né até certo ponto a dignidade da pessoa humana ela é um dado ficcional mas então opcional e e ele não serve ele não tem importância vamos rasgar a constituição porque ela não está de fato cumprindo o seu
papel eu costumo dizer que embora seja uma uma ficção ele é ao mesmo tempo uma promessa e uma efetivação normativa e isso é importante porque porque mesmo quando eu tenho uma agenda de direitos completamente negada sal xuxa é um sujeito concreto ele ainda pode dizer mas entende direitos ou seja ele pode reivindicar direitos mesmo na negação total de direitos ainda assim o direito tem uma potência missiva é muito forte e eu queria preservar essa potência nessa noite pra gente seguir adiante mesmo consciente uma pessoa que trabalha com direitos humanos e violência como eu mesmo consciente
da ineficiência da ineficácia da realização de efetivação desses enunciados é importante pensar que a igualdade a realização de direitos não é uma condição natural ela é uma condição produzida né o telefone vai dizer exatamente isso a igualdade não é natural ela precisa ser produzida eu acho que a gente tem é essa potência contida na constituição ela tem duas pelo menos duas explicações muito importantes primeiro é essa que um nome pra vocês ela ela inclui mesmo na sua total negação à condição de reivindicar direitos em nome de um texto cidadão constituído legalmente mas ela tem uma
segunda função semana fica aí ela também amplia significados ela altera sentidos ela força interpretações ela mostra contradições esse é um aspecto semântico da constituição que produz também é é uma agenda progressiva é de direitos e aí pra mim vem a segunda pergunta vinculada a essa equipe encarnada então a promessa não cumprida da constituição o meu ponto de partida é a injustiça social a definição de injustiça social pra mim tá muito clara estrutura violenta de poder que nega acesso a direitos econômicos racial política cultural etc racismo estrutural precarização do trabalho e vida cotidiana militarizada ou seja
toda a negação de acesso a direitos que possam envolver a trilogia classe gênero raça e da eficiência eu estou partindo do pressuposto que que é nós temos seletividade sim no acesso a direitos pela própria estrutura que a sociedade está montada e que de fato não falta instrumental teórico para mostrar a seletividade do acesso a direitos que a gente tem autores como tom zé é um sufoco quando eu política de onde a gangue com um conceito de vida nua de do thriller com o preconceito de precarização mais recentemente o em bem com o conceito de necro
é política estou partindo do do pressuposto de que nós estamos compartilhando aqui essa ideia de que existe essa essa invisibilidade social e mesmo dentro de um patamar democrático uma premissa que envolve dois momentos tomou consciência do sofrimento individual mas eu tô falando da precariedade da injustiça social e segundo eu já estou partindo do pressuposto de que a gente tem um dentro do próprio estado democrático de direito uma estrutura política uma de uma estrutura que determina a seletividade do acesso a direitos no próximo bloco ninguém constrói o esquema sozinho no espelho você constrói o que você
é a partir de que você do que você é representa daquela sociedade o valor social do seu trabalho o a declaração universal dos direitos humanos no seu texto idealista diz que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos mas na realidade das sociedades não são todos que têm seus direitos básicos garantidos como corrigir essa injustiça aqui e agora e não no futuro ideal e não obrigar a uma esfera que pode ultrapassar o tempo da vida de quem não tem garantida uma existência digna hoje como pensar a justiça a partir do evento
concreto da injustiça o primeiro ponto que eu queria ressaltar é a noção de temporalidade não sei se vocês se dão conta mas quando a gente fala em processo um processo de reparação da justiça ao a um sujeito que por algum motivo teve essa precariedade denunciada e ela vai entrar na justiça para ter acesso a um determinado direito o atemporalidade direito via de regra ela é progressiva você tem que esperar para que a justiça quem sabe em algum momento se realize ou seja é uma justiça que a gente chama linear é o tempo do processo o
direito tem essa mesma linha realidade no procedimento nos seus procedimentos normativos não espera aguenta a demolição porque a justiça vai chegar pra você um dia eu estou reivindicando uma outra temporalidade que a gente pode nomear de uma temporalidade da urgência quem sofre uma injustiça só social sofre aqui e agora ela está em situação de vulnerabilidade aqui e agora então o que seria pensar direitos humanos se eu não pudesse conceber esse tempo da espera que tivesse que conceber o tempo da urgência da urgência da reparação das da urgência da reparação de uma injustiça e representável a
gente pode representar o sofrimento social do outro tornando detonar assistindo televisão vendo um despejo envolvendo a catástrofe carioca dada das enchentes eu posso dimensionar o momento que o sujeito fica sem moradia naquele instante qual é o nível de vulnerabilidade de sofrimento social que esse sujeito está exposto então a minha primeira reivindicação é que se a gente for pensar há uma teoria da justiça do sujeito da justiça a gente precisa priorizar uma outra temporalidade um tempo da urgência o evento da justiça tem sempre essa capacidade de revelar o roriz né revela a violência é o walter
benjamin vai inclusive dizer isso no momento em que esse sujeito precarizado aparece ele revela morro ele viu ele revela uma violência nele no corpo dele sistêmica aquela violência ela vai ter um papel também de desafiar o direito a tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é na verdade a regra geral e se beneficia da circunstância de que seus adversários enfrentam em nome do progresso considerado como uma norma histórica o assombro com o fato de que os episódios que vivemos no século 20 ainda sejam possíveis não é um assombro filosófico
ele não gera nenhum conhecimento a não ser o conhecimento de que a concepção de história da qual emana semelhante à sombra é insustentável o direito é um tecido social móvel é importante entender isso ele é uma teia que vai me dizendo se eu sou um sujeito vivo é que tem validade social para a sociedade ele é o termômetro da qualidade social para a sociedade então é no momento dessa emergência surge um ator surge um sujeito que as teorias procedimentais direito nunca dão conta de escrever costumo dizer que direito em teoria do sujeito não interessa o
direito quem é o sujeito concreto a gente só encontra ele o processo né mas ele não existe neste momento da precarização da vulnerabilidade do sujeito ele aparece e ele aparece com um nível de sofrimento que revela sua história revela a memória da sua história ele tem uma narrativa ele tem uma narrativa que não coincide com a narrativa do processo o segundo elemento dessa teoria da justiça seria o topo foi o lugar a pergunta fundamental onde em que corpo e em que circunstâncias e que vulnerabilidade e se colocar um corpo concreto ele é um corpo que
de fato tem a vida precarizada mas eu só vou ter acesso a essa precarização da concretude do fato naquele evento o evento concreto de justiça vai me revelar todas as circunstâncias de precarização e aí sim é o que a gente pode chamar do momento biopolítico onde você entende o contexto no qual aquela precarização é foi produzida então não adianta falar em abstrato é preciso da situação concreta se eu tô falando de uma remoção eu tô falando em termos concretos onde adquiri essa população há quanto tempo o que é que esse prédio o que é direito
à moradia é da gente tem mais prédios públicos abandonados na cidade de são paulo do que por exemplo moradores de rua o que moradia traz semanticamente com a gente fala morar eu tenho direito à moradia tem direito a que é só a casa já seria muito se fosse mas tem uma dimensão também dignidade humana profunda ali então porque aquele sujeito está precarizado quais são as situações históricas materiais que denunciam essa precariedade isso é que estou chamando dotô põe mas essa reivindicação do espaço tem um outro elemento que é regra lá o sujeito quando você identifica
você revela a situação você revela o sujeito o sujeito também se auto conscientizar do lugar dele naquela reivindicação por direitos então o exemplo que estou usando é que eu podia podia ser muitos outros mas o exemplo no momento em que ele ocupa um prédio do governo abandonado coletivamente ele vai criar uma narrativa política sobre ele ele vai criar uma história sobre ele é muito interessante né um caso recente de uma desocupação em que a primeira preocupação dos moradores é escrever uma carta própria comunidade os que moravam ao redor da ocupação do prédio somos cidadãos de
bem queremos direito à moradia não somos marginais que ali se revela um ator eu queria fazer uma observação importante em relação ao que a gente chama de teoria do reconhecimento representante mais importante com essa briga é o filósofo axel ronettes porque na teoria do reconhecimento o rolete vai deixar claro em três níveis de reconhecimento direito e um deles mas o eu construo a minha própria dignidade a partir do valor social então é o olhar do outro que me coloca na minha posição de valoração é então eu produzo um sentimento de respeito no caso do direito
direito produz um sentimento de respeito e no meu caso de auto respeito porque eu me vejo contemplada pelo direito então se eu tenho acesso a direito eu me sinto um sujeito digno de respeito essa dimensão por robert é muito importante para produzir tecido social o sujeito que se sentem pertencentes a essa dimensão e reconhecimento então não é simplesmente uma dimensão material coragem que quando se dá acesso a um direito à saúde moradia educação você não só está dando o patrimônio imaterial você tá também produzir um patrimônio simbólico do sujeito ele passa a se sentir valorizado
socialmente ele vale a pena para a sociedade ninguém constrói a última sozinho no espelho você constrói o que você é a partir de que você do que você é representa daquela sociedade o valor social do seu trabalho né qual é o valor que seu ofício tem qual é o valor que você tem como cidadão de acesso a direitos então quero deixar essa essa atenção nessa nossa discussão entre acesse não acesso produção desse sentimento de reconhecimento o que onde quer dizer ausência de reconhecimento como horizonte no qual a gente vai trabalhar nos dois processos de subjetivação
o processo de subjetivação do precarizado do que tem os direitos negados e o processo de subjetivação daquele que de fato têm os seus direitos atendidos no próximo bloco como cada um de nós responde à emergência do sofrimento singular concreto e insuportável do outro não de um outro abstrato de outro concreto diante de você [Risadas] o numa sociedade desigual em que os direitos não são garantidos da mesma forma todos os seus indivíduos como aqueles que têm seus direitos negados constituem apesar de toda a precariedade suas existências e como aqueles que têm seus direitos garantidos devem se
comportar diante da dor do outro no momento em que os direitos humanos universais viram o objecto da polarização política como nos implicar mos coletivamente para garantia não apenas hipotética desses direitos falei para vocês que eu tenha estrutura dessa conversa em quatro aspectos apresentei dois mais estruturais e agora os dois processos de subjetivação acho que a motivação para pensar a teoria do sujeito da justiça dessa forma e da emancipação desse sujeito é que via de regra quando a gente trabalha com acesso a direito ou melhor com negação de acesso a direitos você sempre coloca esse outro
na posição de vítima na posição de alguém que não tem poderá momento político de que não pode reagir tendo em vista que sim né não estão nós não somos ingênuos para não pensar que existe vulnerabilidade mas existe potência nem sujeito mesmo na total a diversidade na negação de direitos na invisibilidade social onde é que está a potência de sujeito mesmo em situação de vulnerabilidade ele produz potência política mesmo em situação de precariedade a minha teoria que se bastante talvez não como a gente gostaria mas mesmo com acesso a direitos negados você tem uma potência de
produção e subjetividade político chamando esse momento disso momento em que eu assumo a minha é a minha subjetivação política eu tô pressupondo que subjetivação experiência e prática concreta da injustiça ea ação política vão produzir uma trilha de nesse sujeito o processo de subjetivação política ele é ao mesmo tempo ele precisa de uma experiência fantástica para se materializar a existir melhor dizendo então o que eu quero dizer com isso que não tenho primeiro o agente e depois ele vai para a ação política não é na própria ação política que eu vou me constituir subjetivamente como sujeito
político pode parecer um passo pequeno mas do ponto de vista teórico é um passo enorme você não primeiro descreveu a gente e depois inserir o agente na cena política ao contrário o que a gente está tentando dizer aqui é como que a gente pode chamar de uma teoria performática para utilizar o vocabulário da butler ou a teoria da ação política da área que vai na mesma esteira os sujeitos existem politicamente quando eles agem em uma causa em conjunto então a performance política o lugar que eu tô quais são os lugares que eu me engajo politicamente
quais são os lugares nos quais eu participo quais são as minhas coletividades onde é que eu estou agindo em concerto com os outros essa ação em concerto ela também produz hoje em virtualidade porque a gente singular isa mesmo coletivamente a gente singular isa então o que eu tô querendo reivindicar é que existe um processo de subjetivação política do preconizado que mesmo naquela situação ali coletivamente ele se singulariza mais produz coletivo qual é quais são os exemplos a gente tem no brasil atualmente muitos bons exemplos é exemplo de empoderamento dos atores mesmo a partir da situação
absolutamente precarizada mas de informação coletiva de agenciamento performance ao mesmo tempo em que eu agi conjunto eu me descubro politicamente eu me revela a mim mesmo como agente político por favor como eu estou falando de político não tô falando no sentido de partido político tô falando político no sentido de que nós somos né um político nós somos seres animais políticos voltados para a coisa pública por uma pólis por um mundo compartilhado por aquilo que nos interessa enquanto seres que habitam a vida coletiva é nesse sentido da política e da política de acesso claro é a
direitos costa cita um exemplo que é muito recente que é a produção do da poesia do islã islã é uma expressão em inglês com o som parecido com o som de uma batida de porta como nosso pa culturalmente denomina um estilo de poesia falada que trata de questões da atualidade surgido em chicago na década de 80 se estrutura na forma de uma batalha das letras ou das rimas o islã é uma forma de resistência de construir identidade todo o senso de comunidade e dá voz a quem não tem garantia dos seus direitos básicos que quando
o fogo chega a chama alastre queima uma ong sangra bocas é qo povo insiste tema esse debate bate ponto bate-boca sobrevive mas ainda reina e meio ao caos e à imundície essa sede por justiça que não passa não é pirraça diz amar essa mordaça e amor dita não é de graça é só o cachorro louco é só cobra criada que aprendeu a dar um bote que entender o que está em jogo que não dorme no barulho que não leva desaforo é meigo que não nega própria raça tem algo que que o que chama atenção que
é a narrativa em primeira pessoa por que via de regra quando a gente pensa em acesso a direitos e pensa no texto constitucional a gente não está pensando em sujeitos então não faz muita diferença o testemunho né e no direito a gente costuma dizer que o time perdeu e de uma potência enorme né a idéia é que você vai lá falar sobre o que aconteceu com você o testemunho primeira pessoa a falar publicamente da sua dor precisa da justificativa do espaço coletivo e valorização do seu próprio testemunho então existe também essa dimensão fundamental de um
espaço coletivo de um espaço que está chamando performático de ação política onde o sujeito dá seu testemunho ele não dá só para se lidar para o outro mas dando para o outro ele vai constituindo uma potência política os coletivos mostram muito bem isso se encontra também com aquele que preza pela qualidade igual à sua então é natural não o rolete vai dizer é natural que eu reconheça no outro o mesmo tipo de sofrimento social que eu tenho e que a gente construa um vocabulário comum acho que o ponto fundamental que eu não queria perder é
é a relação entre pertença experiência é lógico que a gente vem de um lugar de fala não posso pretender agora que eu não falo desse lugar eu falo desse lugar mas essa minha pertença essa minha identidade ela vai ser permeado por experiências que aqui coletivos eu vou minimizar relacionar então tô querendo dizer que há a própria identidade ela é alterada com a ação política eu posso inclusive negar uma pergunta aquecimento estou dizendo isso porque é importante a gente consegue inclusive ao sujeito o que a gente chama do direito de pular fora de identidade às vezes
a identidade é tão sufocante que ele precisa não se não se não se define se não se definir a partir é daquilo não têm processos de subjetivação política se o sujeito não está inserido numa experiência se ele não tem experiência se não tem registo de memória que marque o corpo dele que descreva o a narrativa e os sujeitos que têm acesso a direitos como eles se relacionam com esse outro jeito é um desafio a produção de um tecido social que o lan que aproxime pelo menos essas duas essas duas dimensões é como ele se agregou
então é a aac a admissão que queria explorar é são dois primeira como cada um de nós responde à emergência do sofrimento singular concreto e insuportável do outro não de modo abstrato de outro concreto diante de você como a gente responda individualmente a primeira pergunta por que quando chamado e subjetivação de time porque não é só ética e compromisso com o outro porque eu quero reivindicar um processo de constituição do sujeito político que tenha acesso a direitos que passe necessariamente pelo sujeito político que não têm acesso a direitos essa primeira dimensão ela se filia essa
sim uma dimensão de de um tecido social mais robusto a concepção de que da própria precarização de direitos que a gente tem socialmente todos nós somos corpos que estamos envolvidos com esse processo e inevitavelmente inevitavelmente de uma forma ou de outro a violência produzida por essa precariedade vai respingar em cada um de nós ea minha pergunta é não tem nada que me connect afetivamente com esse outros que não seja necessariamente porque eu vivi uma experiência ea minha experiência vai levar a outro agente já sabe que sofrimento principalmente social ele é e representava você não pode
compartilhar a dor do outro no sentido que não posso vivê lá né não posso revelar mas a vai vai propor a idéia de cultivo de sentimentos públicos vai dizer que o próprio tecido social do espaço público ele ele pode ser um espaço treinando a gente já falei isso não é natural isso não está pronto a gente produz esse é essa agregação exercício de agregação a gente pode produzir um espaço onde a gente aprenda literalmente a cultivar sentimentos públicos o que seria isso é algo que necessariamente não vai me trazer nenhum benefício do ponto de vista
privado eu não vou beneficiar com esse direito porque é muito fácil dizer se vincula uma luta no qual você vai se beneficiar essa é uma reivindicação muito comum outra reivindicação que eu acho incompleto e dizer não é você não pode ser rei você não pode se aproximar de uma causa que não é que você num passa por aquele sofrimento por que você ele representava então o sujeito que não tem a vida precarizado se não pode ter uma relação afetiva com a vida paralisada com o sujeito que tem só quem pode falar dessa vida paralisada é
o próprio jeito eu não criei nenhuma responsabilidade com esse outro sujeito que está fora eu acho insatisfatório não é como se fosse eu porque já disse que representava né simone vai dizer que a gente pode chorar com a experiência do outro não porque a gente viveu a experiência mas que ainda tinha uma segunda vida é como se ela acha que eu não vivi aquela dor mas eu não posso considerar a hipocrisia o fato ou não civilizacional o fato de que a agenda a minha agenda afetiva pública quer passa o cuidado com o outro para a
construção de um tecido é social comum arte vai escrever uma capacidade essa capacidade de agenciamento político em primeiro plano jardim concerto ela vai usar uma categoria muito interessante que a diferença de quem a gente é e o que a gente que é o que a gente que é só as nossas preferências privado todas as nossas r é f preferências religiosas é estéticas o que a gente é é o que a gente é como a gente performa em público o que a gente faz é levado a 2 duas estruturas fazê e falar pra quê se lex
aqui causa você se associa à qual é a visão sua no espaço público o que você defende publicamente qual é a imagem que você apresenta para o outro ela vai reivindicar o direito primeiro de aparecer aparecer não é só aparecer aparecer no sentido de visibilidade social o direito de aparecer politicamente ganhar uma estrutura visível mas se responsabilizar pelo que fala e pelo que diz esse sujeito de que a gente é é o que é que a gente é capaz de prometer perdoar são para a área que os dois atributos na nossa vida pública a capacidade
de prometer a gente nunca pode prometer para si próprio a promessa sempre ao compromete o outro e perdoar também você não pode ser alto perdoa o perdão é uma categoria para a área que nos vincula a esse a esse tecido é e social se tivesse que fazer a pergunta a argentina na nua numa sociedade muito desigual a pergunta então teria que ser como eu me comprometo com a dor do outro um compromisso a princípio individual mas também um compromisso coletivo como é que eu me já que o sujeito político para a área entre ele e
performático a gente não pensa que é alguma coisa a gente demonstrou que alguma coisa em atos em p&d em em palavras no próximo bloco quando a sociedade perde a capacidade e liquidar qualquer verso que é horrível porque é abominável você não tem mais por qualidade política [Risadas] em nome de interesses pessoais muitos abdicam do pensamento crítico embora em abusos e sorrindo para quem despreza abdicar de pensar também é crime a minha pergunta vendo vai de encontro à filosofia na área de ti é como nós poderem poderemos pensar é que a filosofia dela nem específico com
relação à a aaa o conceito é de banalidade do mal é pode usar nos ajudar a compreender melhor nessa esse cenário de discriminação na sede de gênero etnia raça de classes né no cenário atual a banalidade do mal é um conceito que na verdade não surgiu como conceito o primeiro momento não surgiu como a gente vai dizer uma constatação ela vai arranjar vai ao julgamento de asma em israel e quando encontra aquele sujeito ela diz mas ela não poderia ser menos inofensivo e boldo mark maneira responsável pelos transportes aaa aos campos de extermínio na hora
que ele foi explicar os transportes dos três ele puxou um quadro e ele com o marcador mostrava que ele nunca perdeu o horário que ele sempre foi muito preciso e que ele cumpriu as regras do jogo ele cumpriu o que foi mandado ela diz quanto mais todo o tribunal esperava que essa máscara fosse cair - ficava evidente que não é uma mágica que a burocracia é capaz de produzir esse tipo de sujeito um sujeito que não pensava por si próprio que não era antissemita da adesão do homem comum era uma decisão burocratizada o modelo de
burocracia que permitia com que você tivesse um ator bobo e atos monstruosos a partir daí a gente passa até da filosofia o registro de que a burocracia a repetição em pensada em a série pode produzir mesmo assim uma intencionalidade pode produzir atos sem ser uma figura patologicamente ter versa pode produzir atos absolutamente abomináveis então a idéia da banalidade do mal a área de fé disse a partir das cataratas do século 20 nós estamos condenados a conviver com nós próprios o que é qual é a dimensão social que torna possível como a gente vai dizer que
todos os sujeitos tivesse a mesma idéia é reproduzir um só pensamento onde isso acontece não existe mais probabilidade a ela vai dizer se formou um grande cinturão onde todos reproduziu a mesma idéia então você não tem tranqüilidade você não tem mais pontos de vista não faz um sujeito do século 21 em situações de extrema e é obrigado a pensar sem corrimãos sem corrimão porque do nacional-socialismo matar era permitido quando a sociedade perde a capacidade de se indignar com que é o perverso o que é horrível o que é abominável você não tem mais pluralidade política
então ela esse diagnóstico a banalidade do mal têm como consequência o diagnóstico da perda da capacidade de um espaço público de argumentação que não seja de destruição do outro todo que tudo que todo todos que pensavam diferente nem eram eliminados você criou uma máquina gigantesca burocrática mas de um pensamento único é reproduzido em várias em várias instâncias é um pouco um argumento que às vezes tem muito inflacionado muitas vezes que a gente já está no cotidiano não mas não sou eu é a instituição direito a gente faz muito isso não só eu sou sol o
som dentro de engrenagem em 1949 48 assim que acabou a área de escrever um texto que dizia que chamava se culpa coletiva e dizia d engrenagem mas cada uma responsável na medida da sua participação onde você é um de drenagem onde todos são culpados ninguém em última instância é então é muito importante é terminar a participação exata de cada um nuno regime neco é a composição que você ocupava com as decisões que estávamos que você era responsável qual o lugar que você ocupa nessa e acho que a gente tem que trazer um pouco essa reflexão
presente né acho que é uma reflexão importante para pensar o de que estaria a banalidade do mal onde é que estão os hashis os nossos aí mas os atos eram monstruosos mas o agente a vítima era bastante comum banal e não demoníaco monstruoso nele não se encontrava sinal de firmes convicções ideológicas ou de motivações especificamente mas ea única característica notória que se podia perceber tanto em seu comportamento anterior quanto durante o próprio julgamento e um sumário de culpa que antecedeu era algo de inteiramente negativo não é estupidez mas e reflexão seria possível que a atividade
do pensamento como tal estivesse dentro das condições que levam os homens a se absterem de fazer o mal ou mesmo que ela realmente os condicione contra ele como responderá posições tão presentes no cenário atual do país que defendem direitos humanos só para humanos direitos ou que pregou que bandido bom é bandido morto acha que a gente tenha o devido processo legal a gente tem um estado de direito a gente tem um poder punitivo é importante entender um poder punitivo bastante robusto para quem não sabe nós oscilamos entre a terceira ea quarta maior população carcerária do
planeta a gente não pode dizer que o brasil não tem poder punitivo e a gente tem as regras do jogo que a gente não mantenha as regras do jogo a gente vai lá será esse tecido social e vai abrir o precedente das 100 personalidades do tamanho da força então nesse caso eu posso nesse caso desse sujeito nessa circunstância eu vou começar a negociar a vida que pode ser protegida pelo direito ea vida que pode não ser protegida pelo direito e isso é um custo muito alto então é abrir mão da agenda dos direitos humanos em
primeiro momento e tentar negociá la e flexibilizá-la não seguir as regras do jogo uma coisa dizer que as regras do jogo não funcionam bem ea gente precisa aprimorar aprimoramos outra coisa é você renunciar às regras do jogo é o que a gente chama de fazer justiça com as próprias mãos isso pode ser perigoso disse mú ao segundo ponto é essa manutenção do do tecido social você vai desgarrar mais ainda a a idéia da abertura da sexualidade excepcionalização para o direito de matar para o direito de eliminar o outro é muito grave é muito grave eu
costumo dizer que seria um absurdo pensar que nós temos a terceira e quarta o quarta maior população carcerária do planeta porque nós temos uma antologia é ali maliki fala né transitor a intransigente de que isso não é um produto da própria tessitura social então pensar né acesso a direitos sem pensar negação e direitos é muito difícil na própria gramática do reconhecimento eu pego um texto constitucional direito à educação eu mostro por uma criança no complexo do alemão e mostra uma criança para a escola pública no rio de janeiro da mesma idade eles vão ter um
entendimento da constituição completamente diferente àquela constituição de que ele tem direito ele não tem direito nem a vida nem a integridade do corpo como ele pode valorizar vida do outro então se a gente não constrói uma sociedade que valoriza todas as vidas você não pode esperar o compromisso de uma vida que já sabe que está fadada completamente a precariedade tem de entender o tecido no qual está sendo é é produzido em última instância a gente tem de fato o que também me chama de uma estrutura de deco política a gente tem uma estrutura política que
uma fábrica e mortes não tem justificativa para que você tenha um carro com alvejado por 80 quilos não posso usar a justificativa de que se fosse um carro de fato de um fator que poderia disparar os 80 tiros então a gente tem no brasil racismo estrutural racismo estrutural não é uma opinião pessoal não é dizer ah não sou racista razão estrutural são as estruturas que mantém a negação de acesso a direitos a populações muito específicas é por isso que a gente está falando de seletividade então não depende da minha boa vontade pessoal é uma estrutura
como você lida com essa estrutura como você reconhece os mecanismos da estrutura é outra coisa uma pergunta que vem pela internet do jota alves porque ética eleição conflitantes entre si em tese eles não são conflitantes o exemplo mais profícuo é a constituição não toda a estrutura normativa ela tem funcionado em pernambuco o qq um preâmbulo da constituição são princípios são princípios inclusive ético-morais dignidade da pessoa humana direito à liberdade o que disse é princípio e que disso é lei o ponto baixo crucial é que na história da filosofia do direito a moral ela é mais
que é o que a gente chama de uma propriedade rústica ss puder se pudesse ético melhor ainda eu comecei a discussão narrando os artigos da constituição justamente para mostrar que é agora o papel da da moral no direito é só essa é só encaminhar quais são os princípios esses são os princípios constitucionais mas o que a gente faz com ele na prática qual é o grau de materialidade que eles têm então fica essa impressão de que a lei está do lado ea ética do outro pior ainda a gente fica a impressão de que a leitura
do lado ea justiça de outro o o o terminação grega de uso ela é romana ela representava a mesma coisa pra lei para a palavra dos justos para testemunho a relação com a justiça e da modernidade a gente tem uma separação clara entre regra lei e justiça a justiça começa a fazer parte do campo da moral e aí vira uma um enunciado propedêutico de do da ordem do dever-ser e um direito vai agenciar as condutas o direito não tem que dar conta mas na justiça vou dizer uma frase clara no direito eu poder responder a
decisão foi legalmente correta embora profundamente injusto ou seja a lição foi legal mas foi injusta esse vocabulário nosso permite é esse tipo de economia por isso que é importante resgatar não só o princípio da justiça o direito está cheio de princípios da justiça mas como direito chega esse sujeito é essa pergunta que a gente precisa fazer com isso eu tô querendo dizer que a gente tem que produzir uma decisão ilegal mas justa não não não tô querendo dizer isso mas é preciso saber quando a decisão que está sendo tomada ela é injusta a interpretação muda
eu posso confrontar com uma interpretação sem romper eu posso modificar modificar uma uma norma no seu devido um ambiente e mudança normativa mas a gente pode interpretar o juiz é um intérprete da lei o que não pode acontecer é a separação total entre essas duas dimensões como se eu o responsável realçou o responsável pelo devido processo legal não você é responsável por produzir justiça a reação de justiça e direito é esse reparável força de lei de idade e fazer o problema do direito à justiça ajudando é desconstruir a justiça não é tentar a justiça mais
ou menos a gente acompanha um patamar civilizacional e que a gente compartilha a questão é são as instituições como é que elas realizam ou não a justiça fosse alguma coisa precisa ser reconstruído desconstruído no sentido de interpelado modificado é o direito mas recompor essa relação não pensam que a gente pode operacionalizar o direito sem que o objetivo mais importante seja a justiça falei tanto em performance política eu vou terminar com um ato performático poético a última estrofe do morte e vida severina um texto conhecido de muitos de vocês mas eu acho que fala um pouco
da precarização da vida mas da necessidade da defesa dessa vida do compromisso com essa vida e performáticos performaticamente na poesia como um espaço que agrega essas três dimensões no crescimento singularidade e compromisso ético a última fala pra quem não se lembra é uma fala entre o retirante e carpina e ele diz assim severino retirante deixa agora que ele diga eu não sei bem a resposta da pergunta que fazia se não vale mais saltar fora da ponte da vida nem conheço essa resposta se quer mesmo que ele diga é difícil defender só com palavras a vida
ainda mais quando é esta que vê severina mas se responder não pude a pergunta que fazia ela a vida respondeu com sua presença viva e não há melhor resposta que o espetáculo da vida pela desviar seu filho que também se chama vida ver a fábrica que ela mesma tem novamente se fabrica vê-la brotar como há pouco em uma nova vida explodida mesmo quando é assim pequena explosão como corrida mesmo quando é uma explosão como dia pouco franzina mesmo quando a explosão de uma vida segura [Música] eu acho que a gente não pode limitar os americanos
do que ele tem de pior que é uma sociedade profundamente fragmentado pode ter técnica pode ser até que agentes acham que o projeto pode produzir-se cossul e pode ser que a gente não seja então essa idéia de que cada um só pode se engajar sua própria agenda de direitos ela é muito fraca do ponto de vista de produzir adesão social e produzir um tecido coeso [Música]
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