#050 - Estudo de Gênesis

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Nosso desejo inferior oculto cria a oportunidade para que o mal entre, permitindo que ele nos envolv...
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Olá, amigos! Estamos, agora, no ano de 2017, iniciando a nossa terceira temporada do estudo do livro Gênesis de Moisés à luz da Doutrina Espírita. Nós temos percorrido um longo caminho até aqui, abordando vários temas, colhendo inspiração, tanto na obra básica de Kardec, quanto na obra subsidiária, especialmente aquela mais dedicada à interpretação dos textos bíblicos, que é a psicografia de Francisco Cândido Xavier e temos colhido muitos frutos para nossa reflexão, nosso aprimoramento íntimo, para a condução das nossas vidas, sempre lembrando a todos que esse estudo do Gênesis não tema pretensão de esgotar os temas e de fechar a interpretação do texto, porque este é definitivamente um texto aberto, é um texto que propõe uma leitura sempre renovada, porque à medida em que nós ganhamos experiência evolutiva e à medida em que nós ganhamos percepção, aprofundamos o nosso estudo do texto, o próprio texto vai nos brindando com os seus frutos, com reflexões cada vez mais profundas.
Portanto, é sempre útil fazer-se esse retorno progressivo do texto e linkar este texto com outros livros bíblicos, porque, à medida em que fazemos isto também, ângulos que não estavam visíveis à primeira análise, ao primeiro olhar, também começar vir à luz e vão se revelando para a nossa percepção. Hoje, nós começamos uma análise mais detida do capítulo 3 do livro Gênesis que é o célebre texto que trata da relação da serpente de Eva, Adão, do fruto proibido, da árvore. Um texto bastante conhecido, mas, infelizmente, um texto que foi popularizado com alguns erros.
Então, a tradição da pintura, da arte, sempre reproduz esta cena como uma macieira, uma maçã que foi colhida e, no texto, não fala que fruto é este. Fala que é a árvore do conhecimento do bem e do mal, mas não especifica o fruto. Há também uma leitura equivocada centralizada em Eva, como se esta fosse o foco de toda a queda, tirando a responsabilidade da personagem Adão no processo.
Tudo isto vai exigir de nós uma leitura mais atenta, uma leitura com a mente aberta do texto, para que nós possamos nos desfazer desses enganos que duram séculos. É sempre bom lembrar e repetir - nós estamos repetindo isto várias vezes - que a cultura hebraica é uma cultura que lida com símbolos. Está muito ligada a símbolos, a metáforas, a parábolas, a esta maneira de dizer as coisas de uma forma indireta.
Mas, a cultura hebraica faz isto através da literatura. Enquanto a cultura grega consegue ser simbólica através da escultura, da sua arte, da própria língua e também dos seus textos, a cultura hebraica, como entendia que todo o processo de imagem religiosa configura idolatria, vai concentrar todo esse potencial simbólico na literatura bíblica e eles transitam por estes textos, aqui, com muita abertura. Ao contrário de uma tradição mais radical protestante, de uma tradição mais radical católica que entenderam que o texto é literal e deve ser interpretado ao pé letra.
Já comentamos muito isto aqui, desse cuidado que nós devemos ter. Mas ,é curioso observar que mesmo naquelas mentes mais preparadas, mesmo naquelas mentes mais dotadas, às vezes, um regresso à interpretação literal. Por exemplo, nós estamos utilizando a tradução bíblica de Jerusalém.
Sabemos que a Bíblia de Jerusalém é um projeto originariamente francês que uniu teólogos católicos na sua maioria, mas com alguns protestantes convidados, enfim, autoridades bíblicas e uma proposta nova de resgatar alguns elementos culturais do povo hebreu, incorporando a teologia católica e protestante. Mas é curioso, por exemplo, nós vermos em uma nota do capítulo 3 quando vão começar o versículo 14, veja que interessante é uma nota ‘c’ que diz assim: “talvez a intervenção de um animal astuto como tentador é apenas um, modo de sugerir que o homem e a mulher só possam, eles próprios, censuram sua transgressão. O autor apresentaria como um diálogo entre a serpente e a mulher, o que é um resultado de um processo humano.
Atração do fruto proibido leva à transgressão e o versículo 6 do capítulo 3 descreve o processo humano. ” Então, o quê percebemos na nota? Que o autor da nota está querendo fugir de uma dificuldade que ele tem, a dificuldade é dele, de um animal, uma serpente ser o start, o elemento causador do processo que está sendo descrito nessa passagem.
Quer dizer, como isso incomoda ele, uma serpente que fala, uma serpente que tenta, que testa Eva e Adão, ele fica tentando uma justificativa (‘não, mas o autor quis dizer. . .
’) revelando uma imensa dificuldade, mais uma vez, de lidar, com elementos simbólicos. Está partindo do pressuposto que a serpente era serpente mesmo, animal que rasteja. Não consegue entender que a serpente, aqui, não é o animal, a serpente, aqui, é um símbolo.
A serpente, aqui, representa um aspecto que está simbolizado na forma animal de uma serpente. Como Eva não é uma mulher, uma mulher, do sexo feminino. Eva, aqui, é também um processo, uma força, um acontecimento psíquico, um fato psíquico simbolizado por uma mulher, porque o símbolo tenta fazer uma ponte, você quer descrever algo que é abstrato e você utiliza um elemento concreto para servir de ponte para o entendimento do abstrato.
O elemento concreto não pode ser tomado ao pé da letra, porque é apenas uma placa indicativa, um roteiro, um GPS indicado. Você não pode confundir o GPS com o caminho. O caminho é uma coisa, o GPS é outra.
O GPS indica, o caminho é mais real, mais cheio de detalhes, tem cores que não tem no mapa. Esses símbolos, aqui, um Adão (uma figura masculina), uma Eva (uma figura feminina), e uma serpente (uma figura de um animal) são indicativos para que nós pensemos: o que um homem representa? Que aspectos do masculino esse símbolo está evocando para que nós possamos entender algo muito mais sutil?
Que aspecto do feminino em eva estão sendo enfocados para que nós possamos entender a mensagem? Por que uma serpente? Por que não um bode, um carneiro, um elefante, um leão?
Por que a serpente? Mas, esse foco no literal, que é uma característica ocidental, prejudicou durante milênios oentendimento do texto bíblico, porque, mesmo as pessoas mais inteligentes, mesmo pessoas que lidam a todo momento com o texto, quando elas distraem, elas caem na tentação de fazer uma leitura literal. Esse cuidado é permanente no nosso estudo, aqui, do Gênesis para evitar nós também caímos nisso, porque é possível que caiamos também.
Nós estamos sempre em um estado de vigilância permanente. Para você que está aí ouvindo, acompanhando a terceira temporada, do nosso estudo de Genesis começando o ano de 2017 , precisamos dizer alguma coisa aqui sobre esta passagem. Serpente aqui não é serpente, mulher aqui não é mulher, homem aqui não é homem e o Deus que vai aparecer, aqui, não é o Criador, o Todo-poderoso.
Pode parecer confuso o que seu estou dizendo. Mas, a serpente, aqui, é um símbolo; a mulher, aqui, é um símbolo; o homem, aqui, é um símbolo; e, mesmo Deus, aqui, é um símbolo da Divindade. Não é Deus todo.
O Homem, aqui, não é o homem todo. Tem aspectos do masculino que não interessam para essa passagem, tem aspectos do feminino que não interessam para essa passagem e tem aspectos da serpente que não interessam para essa passagem, assim como, tem aspectos do Criador que não interessam para essa passagem. Símbolo é uma ponte para nos levarmos a uma reflexão.
Se você ficar preso no símbolo é aquela história que nós não cansamos de repetir desde o estudo do Levítico, nós estamos repetindo isto: o símbolo é a casca da banana. Se você para no símbolo, se você fica fascinado pelo símbolo, você vai ficar pegando a casca da banana, vai ficar levando ela para baixo e para cima e daqui a pouco você está comendo a casca da banana e jogando a banana fora. A casca é um involucro.
Nós temos que avançar para além da casca, em direção ao fruto. E, o fruto não é algo que está no texto. O fruto está na nuvem, ele é cloud.
O símbolo, aqui, funciona como seu computador, como a internet que vai baixar o arquivo. O arquivo está na nuvem, não está no texto. Então, por exemplo, ficar avaliando os tipos de serpentes que existem no mundo não vão contribuir em nada para este texto.
Se é jiboia, se é sucuri, se é naja, não faz diferença. Não é? Uma leitura, por exemplo, feito por muitas pessoas inteligentes, feminista do texto, onde eu vou enfocar marido, mulher, a relação do homem com a mulher, a submissão da mulher.
O texto não está falando disto. O símbolo mulher não foi colocado no texto com este propósito. Este cuidado e esta vigilância que nós temos que ter.
Mas, por incrível que pareça, depois de um tempo de estudo do Novo Testamento e do Velho Testamento, eu poderia dizer, com bastante segurança, que os símbolos na Biblia eles funcionam como aquela história da Odisseia de Homero quando Ulisses está atravessando uma região que também é uma história igual a do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Não vamos imaginar que existem sereias. É uma metáfora.
Ulisses está passando por um mar cheio de sereias e as sereias são maravilhosas, lindas, mas elas são metade mulher e a outra metade peixe. Mas, até aí tudo bem. Este não é o problema da sereia.
O problema da sereia é que ela tem um canto irresistível. Se o marinheiro, qualquer pessoa do navio ouvisse o canto da sereia, pulava para o mar, para abraçar a sereia e a sereia levava a pessoa para o fundo do mar e a pessoa morria afogada, por que o objetivo da sereia era matar, não era ter nenhum tipo de relacionamento sério. O que Ulisses faz?
Pede para a sua tripulação amarrá-lo no mastro de um jeito que não pudesse sair, porque ele queria experimentar a sensação de ser seduzido pela sereia, de ter aquela vontade irresistível de pular no mar, mas como ele estivesse amarrado não consegueria pular, seria um tormento, mas ele não conseguiria. As sereias não conseguiriam que ele pulassem no mar. Dito e feito, amarravam ele de um jeito que não tinha como Ulisses passou por aquele processo terrível que as sereias cantam e ele vai ficando tresloucado com vontade ir atrás da sereia até que eles atravessam toda a região e daí cessa o canto da sereia e aí ele recobra a consciência e descreve aos marinheiros aquela experiência extraordinária, qual foi a sensação da sedução irresistível que experimentou.
Então, vou pedir para você se amarrar aí também na corda e não cair no canto da sereia de interpretar isto aqui literalmente, imaginar que tem uma serpente, que tem uma Eva mesmo, um Adão com CPF que também tinha uma Eva com CPF título de eleitor, casada com ele no primeiro cartório do jardim do Éden, o primeiro cartório de registro civil domundo, que não tinha o padre e quem fez o casamento foi o próprio Deus porque não tinha igreja também. Isto amarra e aí, por favor, não ceda a este canto da sereia, porque se você ceder a esta força irresistível. Acredite em mim: você começa a ler o Velho Testamento e daí meia hora está pulando atrás de uma sereia, você está interpretando literalmente algum símbolo.
É uma tentação irresistível: se amarre se amarre para você não ser levado por esta força extraordinária, por esta força incrível, que leva inteligências como estas aqui, homens e mulheres que dedicaram a vida a estudar com originais, estudar a Bíblia e quando vai escrever uma nota, se trai, deixando transparecer que realmente eles acredita (‘mas, o autor não pode ter um animal. . .
quer dizer’), discutindo com o autor que usou um símbolo, que não pode ser uma animal. É um problema sério que nós vamos com calma, mas amarrados para não ceder ao canto da sereia. Vamos ler a passagem e, depois, vamos tentar olhar o símbolo, mas amarrados.
Olhar para a sereia e entender porque que estes símbolos foram utilizados, porque esta passagem não tem homem, aqui não tem á mulher e não tem serpente. Isto não é uma história de homem, mulher e serpente. Esta é uma história que ocorre dentro dos corações, essa historia aqui ocorre dentro de você.
Não interessa se você é homem, mulher, brasileiro ou africano. Não interessa nem se tem forma física. Esta história, aqui, ocorre em um ovoide que perdeu a forma perispiritual, ocorre dentro dele com mais força ainda, nós vamos ver o porquê.
Esquece isto: homem, mulher, serpente. Isto não é história de homem, mulher e serpente. Vamos ler: “A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos, que [Aparece o tetragrama do nome de Deus e depois Elohim que é o nome que os hebreus chamam de Senhor Deus.
É interessante aqui aparecer esse nome duplo de Deus. Ela disse à mulher: ‘Então Deus disse: Vós não podeis comer de todas as árvores do jardim? ” Deus não disse isso Olha que sutileza, porque, de fato, essa é a ordem.
Nós, lendo lá no capitulo 2, depois que o jardim foi estruturado, configurado, com inúmeras árvores frutíferas, porque o texto não fala quantas, nem quais. Se no meu jardim do Éden eu quiser que tenha kiwi, vai ter kiwi, se eu quiser que tenha abacate vai ter abacate, porque não falam nem quais são nem quantas. Se eu quiser que a árvore do conhecimento do bem e do mal, seja uma jaca - seria até curiosa serpente oferecer uma jaca - pode ser jaca.
Por que tem que ser maçã? Não fala qual árvore. E, a primeira ordem foi uma permissão: pode Comer de todas as árvores do jardim.
A permissão é infinitamente maior que a proibição. Qual foi a proibição? Só não pode comer de uma árvore.
Importante avaliar isto. Importantíssimo. É como uma grande cidade em que eu dissesse assim: você pode pegar qualquer uma das milhares de ruas que existem na cidade, qualquer uma delas, menos uma, por que nesta aqui está sendo feito uma obra.
Você só não pode nesta. Bom. Mas, o que acontece aqui?
Eu já estou lendo o texto e dando uma refletida sobre ele. É óbvio que a permissão é infinitamente maior que a proibição. Mas, o que faz a psique humana?
Ela sempre valora mais a proibição do que a permissão. Sempre. Quer ver uma coisa?
Você vai ao médico e tem, vamos supor, cinco anos que você não toma chá chá mate. Toma tudo quanto é suco, até refrigerante, toma tudo, mas o chá não. Daí ,o médico fala que deverá iniciar uma dieta voce não pode tomar chá mate Pronto, acabou!
Meia hora depois, você sai do consultório e sente uma vontade de tomar chá mate: você começa ver chá mate gelado etc. Você nunca olhou para uma garrafa do chá e, agora, começa a sentir vontade. É incrível, porque você pode beber tudo.
menos ó chá maté Só que, a partir daí, o chá mate começa a ter um peso maior do que tudo. É um jogo, porque a ordem é que pode comer de todas as árvores. Há uma riqueza de liberdade e, aqui, não precisamos confundir que tudo que vem de Deus é uma riqueza de possibilidades.
Quem nos limita é o mal, o mal é limitante, o mal é que tem poucas alternativas, pouquíssimas alternativas em termos de caminho, ele pode variar em modalidades. Matar, por exemplo, é uma possibilidade,mas você pode matar de diversas maneiras. Sustentar a vida, gerar a vida são possibilidades imensas.
Sabedor dessa característica, alguém pode interpretar que Deus induzir ele a fazer seria, poderíamos desviar nosso pensamento para esse caminho, para também se equivocar, dizer assim, não faça, exatamente para se fazer? Não, eu não acho que a intenção seja essa. É algo curioso esta pergunta, porque eu me recordo de uma frase do Einstein que ele dizia assim: Deus é sutil, mas não é malicioso.
E, aqui, que é o bonito: quem é malicioso, aqui, é a serpente. À serpente é maliciosa Ela atua com subterfúgios, Deus não. Deus é sutil.
Isto que é interessante: você pode comer de todas as árvores, menos uma, porque dessa árvore eu só proíbo de comê-la porque o dia em que você comer dessa árvore, você vai morrer, quer dizer, vai ter uma consequência terrível. O que eu estou dizendo, não é nem proibindo. Isto é que é interessante: Deus está legislando.
Ele não está proibindo, porque Deus não proíbe nada. É uma confusão que as pessoas fazem. O Direto Penal, a legislação penal legisla o que não deve fazer, mas não te proíbe fazer.
Se fosse assim não tinha crime. Você pode fazer, Você pode fazer, por isso que a legislação penal não é estruturada assim: não faça isso. é á lei mosaica não mataras Não é assim!
O Direito Penal fala assim: ‘Matar: pena de 6 a 20 anos’. É interessante, porque ele não está dizendo para você: não mate. Ele está dizendo assim: ‘Matar, consequência: esta.
Faça a sua escolha’. Interessante, não é? Aqui, também.
Só que, aqui, tem um sentido orientador: não coma, porque se comer, a consequência é esta. Está implícito na consequência de comer o fruto. Mas não há malícia, há sutileza.
Só que, aqui, nós voltamos lá para as questões de O Livro dos Espíritos quando trabalhamos a árvore do conhecimento do bem e do mal . O mal nunca é um caminho indispensável. Quer dizer, os Espíritos passam pelo caminho da ignorância.
Ignorar sim, praticar o mal não. São coisas distintas. São coisas distintas.
Eu vou dar um exemplo simples aqui: quando se descobriu a física nuclear, a física atômica, não se sabia, não se tinha uma ideia da energia que estava ali no interior de um átomo. Se eu pegava um pouquinho de átomo e fazia eles se chocarem, calculava-se uma energia. Perfeito!
E, daí, foram para os testes. Até aqui nós estamos no caminho da ignorância. Nunca na história da humanidade adentrou-se na intimidade dos átomos.
Então, estou no caminho da ignorância. Mas, a partir do momento que fizeram o primeiro teste de uma fusão nuclear, daquela explosão nuclear com uma pequena bomba e percebeu-se o que era aquilo, percebeu-se tanto que o Oppenheimer (um dos criadores) – isto conta a história -, logo apos a primeira explosão ele, o cientista, faz relações com o texto do Apocalipse, do que ele vê da explosão aquele cogumelo de energia, o calor a irradiação. Ali acabou o caminho da ignorância.
Até ali os Espíritos estavam no caminho da ignorância: eu estou fazendo eu estou testando, estou experimentando porque ignoro. A partir daquele momento em que volta e começam a produzir uma arma, conseguir se abrigar aquela tecnologia descoberta, visando já matar coletividades, sabendo do potencial da energia, aí já é o caminho do mal, não é mais o caminho da ignorância. Nesse momento, a Ciência contratada, paga, aliciada pela Política perversa, pelos interesses perversos, a Ciência vendida pelos interesses perversos começa a trilhar o caminho do mal, que vai cominar no lançamento das duas ogivas de Hiroshima e Nagasaki.
Quando elas foram lançadas sabia-se exatamente o que se estava fazendo, os efeitos, o que aconteceria, qual seria o resultado, não tinha mais ignorância no processo. não tinha mais ignorância Daí, já é a maldade calculada em laboratório, a maldade medida, acondicionada em uma ogiva. a maldade É isto.
Este aspecto da bomba descreve essas opções evolutivas. Isto é que o texto está dizendo. Este texto está falando do caminhar, como pode ser o nosso caminhar.
O nosso caminhar ele pode ser pela trilha do mal ou pela trilha da ignorância. Quer dizer, eu vou ser um ignorante? Não!
A trilha da ignorância é o seguinte: cada vez mais você aprende e quanto mais vocêa prende, mais ignorante você fica. Parece paradoxal. É claro!
Você trocaria tudo o que você sabe pelo o quê você não sabe? Eu trocaria. Eu troco agora: tudo o que eu sei pelo o que eu não sei.
Não é assim? Então, o caminho da ignorância é o caminho eterno do aprender, do eterno aprendizado. É uma postura diante da evolução em que você é um eterno aprendiz, você está sempre aprendendo.
Jesus reforça quando ele diz assim: não é o discípulo maior que o mestre, não é o discípulo maior que o mestre, nem o servo maior que o seu senhor. E, o grande Mestre é Deus, o grande Mestre do Universo, o educador por excelência é Deus. A jornada evolutiva é uma jornada de aprendizado com Ele, só que nós vamos ver o projeto aqui , o que vai acontecer.
Porque está falando que a serpente é astuta. O que interessa da serpente é, interessa da serpente o seguinte: a serpente não é um elefante que vem andando aqui - nossa! - um elefante entrou.
Pensa em uma serpente: você custa descobrir que ela entrou! . .
. porque ela rasteja, se enfia, se esconde e você não sabe. Quando você vai puxar uma cadeira, vai pegar um balaio, tem uma serpente lá enrolada, preparada para dar o bote.
A serpente é subliminar, astuta. Ela não passa assim como um animal que entra e você fala: nossa um animal, nossa uma onça! Ela passa e você não vai estar arrumando a casa, tira uma caixa e vai ter uma onça aqui.
Por isso, que o animal, aqui, não é uma onça, não é elefante, não é girafa. É serpente, porque a serpente entra nos vãos e se esconde. Outro elemento da serpente: ela entra em luta com você?
Não, ela não luta com você. Ela te dá um bote e vai embora. Este é o modus operandi dela.
Ah, mas tem aquela da Amazônia que enrola para comer! Mas, não é esta aqui. A serpente, aqui, é outra.
O modus operandi da serpente é te dar uma mordida e acabou, porque o veneno dela é de uma potência imobilizadora, tem o poder da morte, de te imobilizar, de te paralisar. E, nós vamos ver, aqui, que esta históriatoda é a história de uma picada de serpente. Esta serpente, aqui, veio, deu uma picada e acabou com o jardim do Éden.
Bastou um bote e acabou com tudo, destruiu tudo, trouxe morte, trouxe dor. Este é o símbolo. Não fique preocupado com que animal é este.
A serpente está descrevendo uma atitude psíquica, que é ser sorrateiro, traidor, pegar de surdina e dar um golpe para destruir. Essa atitude que está sendo enfatizada nela: a mais astuta dos animais do Jardim. Astúcia Astúcia tem a ver com malícia, porque no jogo da astúcia, alguém tem que perder.
A astúcia é um jogo de inteligência em que alguém tem que ser eliminado, alguém tem que perder. A educação também é um jogo de inteligência, mas é um jogo ganha-ganha: em um verdadeiro processo de educação, o educador ganha e o aprendiz ganha. Na astúcia, não, alguém tem que perder, alguém tem que ser prejudicado.
O jogo da malícia é assim: tem que ter um perdedor. tem que ter um perdedor. Ela chega e diz: “Vós não podeis comer de todas as árvores do jardim?
A mulher respondeu à serpente: 'Nós podemos comer do fruto das árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Dele não comereis, nele não tocareis, sob pena de morte. " Até, aqui, parece que está tudo certo, não parece?
Mas, volta lá no capítulo 2: quem disse que a árvore do conhecimento do bem e do mal está no meio do jardim? Onde tem isto? Vamos voltar em Gen 2:16-17: "E Iahweh Deus deu ao homem este mandamento: 'Podes comer de todas as árvores do jardim.
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres terás de morrer'. ". E, em cima, no versículo 9, diz assim: "Iahweh Deus fez crescer do solo toda espécie de árvores formosas de ver e boas de comer, e a árvore da vida no meio do jardim, e aá rvore do conhecimento do bem e do mal.
" O texto está falando que a árvore explicita que está no meio do jardim é a árvore da vida. E, aqui, o texto é sutil porque ele deixa a árvore do conhecimento do bem e do mal móvel. Você não sabe se ela está junto com a árvore da vida no meio do jardim ou se ela não está.
Por que esta dubiedade? Para que tenha a possibilidade de você eleger a árvore do conhecimento do bem e do mal com o seu meio. Se você quiser por ela no meio, você pode.
Foi o que Eva fez. A primeira coisa que nós gostaríamos de chamar a atenção: antes da serpente conversar e testar Eva, Eva já tinha colocado a árvore do conhecimento do bem e do mal no meio do jardim, ela já tinha priorizado a árvore do conhecimento do bem e do mal. Então, nós podemos arriscar, aqui: não haveria nenhuma possibilidade da serpente envolver Eva no projeto dela - porque a serpente tem um projeto - se, antes, Eva não tivesse criado condições para isto.
Qual foi a condição que Eva criou? Eva tirou a árvore da vida no meio do jardim e colocou no meio do jardim a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ah, então, ela foi lá e arrancou a árvore?
Não, não é isso! Não é o que é, é como você olha. É o enfoque que você dá.
É o enfoque que você dá. Eu posso ter uma pessoa que tem dez qualidades e três defeitos horríveis e você pode eleger colocar os três defeitos no centro como prioridade. Daí você só enxergar os três defeitos da pessoa, mas não enxerga as dez qualidades dela.
Significa que você escolheu focar somente nos defeitos e terão pessoas que vão escolher focar as dez qualidades e não focar os defeitos. A pessoa sabe que tem os defeitos, mas resolveu focar as qualidades. O que está no centro, no meio do jardim?
Os defeitos ou as qualidades? Você escolhe como vai olhar. Então, o jardim é o jardim.
Você vai olhar para ele como? Eva já havia escolhida olhar para o Jardim de um determinado modo. É, aqui, que está o cerne de tudo.
A serpente só vai usar disso: ela não vai criar isto, isto ela não tem o poder para criar. Nenhum obsessor, nenhum Espírito tem este poder sobre você. Ele só usa aquilo que você já elegeu, aquilo que você escolheu para ser prioridade.
Você escolheu ver a vida de uma determinada maneira e daí, eles vão explorar isto ao máximo. No caso dos bons Espíritos, para o bem; no caso do maus Espíritos, para o mal. Há um processo, aqui, de educação do olhar e, nós vamos ver, aqui, que este processo vai ser conduzido por aquilo que parece ser uma pena.
Parece que Deus está castigando com uma pena, mas nós vamos ver que, na verdade, não. Na verdade, Deus está funcionando como um oftalmologista, está corrigindo a visão, corrigindo o olhar. Mas, isto não vamos ver no próximo episódio do nosso estudo do Gênesis.
Até lá.
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