É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém. Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las. Para que ninguém comece algo sem que você termine tudo aquilo que fizermos por Cristo, Senhor nosso. Amém. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós. Glorioso São José, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, também. Muito bem-vindos ao nosso programa ao vivo! Estamos aí na novena de São José, nosso Pai Patriarca, protetor da Igreja, aquele que cuidou da Sagrada Família. O que nós gostaríamos de iniciar aqui é, quase
como um tira-gosto, um curso que já faz tempo que eu gostaria de fazer para vocês: um curso de "josephologia", o curso a respeito da teologia de São José. Parece que não tem muita coisa a falar sobre São José, mas tem, graças a Deus, muita coisa para falar. E eu gostaria aqui de apresentar para vocês, antes de tudo, esse mundo enorme a respeito deste Santo que os Papas dizem com toda clareza: depois da Virgem Maria, é o maior de todos os santos. No entanto, a gente não vê muitas pessoas valorizando, não só na devoção — porque
a terna devoção popular a São José está bastante valorizada — mas não vemos ele sendo valorizado na teologia e na espiritualidade. Sobretudo Santa Teresa d'Ávila, no seu famoso livro “A Vida”, não é? Santa Teresa, e comemorando esse ano 500 anos do seu nascimento, relata no sexto capítulo que ela tem uma grande devoção por São José. E todas as vezes que ela pediu alguma coisa a esse Santo Patriarca, ela nunca foi negada. E não somente isso; a coisa mais impressionante que Santa Teresa d'Ávila diz a respeito de São José é que ele é o mestre da
vida interior. Ela disse assim: "Se você não sabe rezar e se você não tem alguém que te ensine, não tem um diretor espiritual, em São José, São José vai ensinar você a rezar." É uma experiência de uma mística, ela quem está testemunhando isso. Então, só nos abrimos a esse glorioso Patriarca, né, nosso Pai e Senhor, São José, que é o protetor da Sagrada Família. Bom, começamos! E para começar, nós temos que dar então material para vocês estudarem, para vocês entenderem que a coisa é realmente muito, muito, muito ampla. Veja, o livro mais completo a respeito
da teologia de São José é um livro em inglês. Ele já tem a sua idade; foi publicado em 1962, ali na abertura do Concílio Vaticano II. Esse é um livro escrito por um jesuíta chamado padre Francis Feliz Files. Infelizmente, está fora do prelo, ou seja, não se vende mais. Pode encontrar em um sebo, alguma coisa assim. Sem dúvida alguma, é o livro mais completo que eu já encontrei. Não é acessível, digamos assim, mas José Baumann tem um livro chamado "Close to This: José, o homem mais próximo de Jesus. A vida completa, teologia e história devocional
de São José." É um volume imponente, são quase 700 páginas a respeito de São José e o homem não brinca em serviço. Não é historinha, não! Ele realmente faz a teologia de forma bastante atual. Porém, é evidente que eu acabei de dizer que é de difícil acesso para comprar. Então, nós temos um bem menor, embora um livrinho introdutório muito bom e muito interessante, que é o livro de Michel Garnier, que diz "José, o Silencioso". Ele foi publicado pela Quadrante. Gasnier escreve o sobrenome dele assim: Michel G. S. M. R. Portanto, pela Quadrante em 1995. Também,
pelo que me consta, tem dificuldade em encontrar em português, porque está fora de catálogo. Mas sei lá, na estante virtual, quem sabe vocês acham. Calma, não desesperem! Tem alternativa: se você sabe espanhol, ainda dá para comprar, né? "El Silencioso" é o mesmo livro, só que em espanhol, é uma facilidade para quem está habituado a ler no Kindle. Tem gente que não consegue, mas eu, pelos óculos do ofício, tive que me habituar. Então, quem está acostumado a ler no Kindle, está à disposição no Kindle, né? Pela Amazon, "Los Silencios de José". E tem dois livros que
são mais acessíveis, mas aí, digamos assim, já teologicamente, têm alguns limites de tempo e época. Esse é o famoso livro do Cardeal Lépesch, "São José, esposo da Santíssima Virgem Maria", que foi publicado pela Eclésia, uma recente publicação. O livro é muito bom. O interessante é qual é o limite. Já aproveito esse livro aqui, então, para dizer qual é o limite. O problema é o seguinte: como a Bíblia diz muito pouco sobre São José, a teologia de São José é uma teologia necessariamente dedutiva. Pegamos dados da tradição e aí você vai ter que fazer pesquisas históricas,
arqueológicas, como que era, como que ficou, com que idade, por exemplo, São José se casou com a Virgem Maria. Aí você faz as pesquisas certas e deduz, porque a Bíblia não nos diz. O problema é que a tendência do Cardeal Alexandre Maria Lépesch, que é um homem muito agradável, muito bom, muito sábio, é deduzir demais. Ou seja, ainda apresenta coisas que para ele são mais do que evidentes, mas que não são tão evidentes assim e que na teologia atual, ligam-se assim. Se a gente enfatiza ele mais, seria mais divisão do que consenso. Por exemplo, a
famosa história da Assunção de São José: São José morreu, ressuscitou e subiu aos céus como a Virgem Maria. Ora, não temos um dado da tradição que realmente nos diga que isso aconteceu com São José. Bom, então, se você fica enfatizando demais as coisas, a pessoa que... Lê principalmente quem é do Século 21, o século marcado pelos Mestres da Suspita, né? Você termina de tudo bem, mas acho que ele tá carregando as tintas. Então, assim, não que eles, que o que ele diz, seja errado. Não é errado, é a opinião teológica dele. Porque nós temos que
diferenciar entre aquilo que é dogma de fé e a teologia, e aqui nós estamos falando da teologia de São José, né? A reflexão teológica a respeito de São José. Então a gente precisa de uma coisa talvez mais moderada, para mais palatável, né? Para as pessoas, talvez não seja o caso delas iniciarem por aí, porque podem achar que pega meio pesado nas conclusões dele. E temos devocionais, né? Tem esse famoso livro aqui de São Pedro Julião Eymard, como é que publicado pela Formato Livros e Formação, em coedição com a Eclésia, em Campinas, 2010: "São José, Guardião
Eucarístico - um mês com São José". A partir de você, não. Aqui nós temos, então, uma base, digamos assim, para bastante e leitura. Agora, falando em português, eu encontrei aí disponível na internet um curso de Josephologia muito bom, muito equilibrado, bom e adequado. Gostei de ver. Tá de parabéns! Um curso feito pelo padre José Antônio Bertolin, que é Oblato de São José. O padre José Antônio Bertolin, ele é o diretor do Centro de Espiritualidade Joséphina no Mar Eliana. Esse é o Sobrado São José, que foi fundado, né, por São José Marello, de um bispo do
século 19. Eles têm, então, essa espiritualidade josefina de São José. Então, vocês encontram, né, uma página da sua espiritualidade, é Josepfina. Maria Eliana se encontra muita coisa e também são duas páginas: uma não é sobre esse centro de espiritualidade de Jesus Mariano; canção colocando aí o link para você; e uma outra página onde você tem lá as 100 questões a respeito de São José. O que eu tenho, um curso de Josephologia, você vai encontrar também na nossa equipe. Tá colocando aí para você o arquivo em Word, se é que você pode baixar. Não, é mais,
eu aconselho que você desse uma olhadinha lá no site mesmo, né? Então, o padre José Antônio Bertolin, ele é o bairro São José, trabalha no Santuário de São José, na Diocese de Apucarana. E gostaria, já nesse programa, de parabenizar e agradecer. Eu não conheço pessoalmente o padre José Antônio, mas os escritos dele são muito bons, muito equilibrados, adequados, assim, realmente inspiradores. Então, assim, tem lá ao todo essa sem questões a respeito de São José, que ele trata, dá umas 125 páginas. Se você imprimir tudo, então é a "Coceira Dia". Muito que você baixasse, imprimisse e
encaderne, ó, estude, se você quiser saber, deixe as Ecologia, né? É por aí um bom começo! Então, assim, em língua portuguesa, aquilo que a gente... e o livro "Casa Dela", e com aquele contra-indicação que eu coloquei, não é o "São José Silencioso", que já tá fora do prelo, mas tá aí fácil e barato, porque custa nada. Custa a tinta e o papel da impressora para você. Então, é imprimir as 100 questões a respeito de São José do Padre José Antônio Bertolin. É bom! Feita a bibliografia, acabamos o curso, não é feita a biografia. Agora vamos
estudar, né? Eu vou agora simplesmente dar para vocês uma espécie de um apanhado bem no geral básico, porque o assunto realmente é muito empolgante, é muito grande. Tá. E eu gostaria de começar pelos Santos, Santos Padres, pelos Papas, né? Porque é interessante que São José, embora, claro, São José tá no cristianismo desde o início, afinal das contas, ele é o pai adotivo de Jesus. Me desculpa aí, que é um pouquinho da alergia. Bom, então São José tá no crescimento desde o início, mas aconteceu que, de 150 a 200 anos para cá, os Papas, exatamente isso,
os Papas têm sido os grandes promotores da devoção a São José, com encíclicas extraordinárias, decretos e discursos muito inspiradores. Basicamente, não teve nenhum papa, né, de Pio Nono para cá, que não tenha feito alguma coisa ou falado alguma coisa a respeito de São José. Então, começamos com o bem-aventurado Pio Nono, que no ano de 1870 proclamou São José o padroeiro da Igreja Universal. Ele fez isso através de um decreto. Meu Deus! E depois ele instaurou a festa litúrgica, o ofício, apresentando os privilégios litúrgicos de São José, através do ínclito Patriarca. E lá na página do
Centro de Espiritualidade Joséphina, no Mar Eliana, vocês vão encontrar lá o link para esse decreto em português. Santas, créditos bem curtinhos. Mais interessante porque, na motivação, você vê, né, porque é que o Papa Pio Nono escolheu São José para padroeiro da Igreja Universal? Exatamente porque ele era o protetor de Jesus. Dentro desse movimento, aquele livro que eu citei do padre Francis Felizes, né? Deus, também causas, tu dizes. Ele diz assim: "É interessante notar, historicamente, que quando o papado foi atacado, foi que começou o movimento dos próprios papas de promover a devoção a São José." Bom,
e é difícil não ver uma correlação providencial nas duas coisas, porque exatamente quando o mundo quer acabar com a figura do pai espiritual, que é o papa, os papas propõem um pai espiritual que é São José. Interessante! E exatamente o ataque à Igreja, o corpo de Cristo, é quando a gente vê que São José foi escolhido por Deus para defender Cristo do ataque de Herodes, do ataque dos inimigos, defender a Igreja nascente, ali, Jesus e Maria. Então, por isso, não é o grande defensor da Igreja, que é uma época em que a Igreja começava as
suas tribulações e perseguições. Ou seja, talvez nós não temos uma época mais trágica, digamos assim, em termos de perseguição sistemática da... Igreja, do que essa época que nós estamos vivendo? São José, o defensor, e os Papas propõem essa devoção. Estão, no início, confio no... Depois veio Leão XIII. Daqui, de 1889, escreviam a Encíclica chamada "Quam Pluries". Ali, Leão XIII, um homem de uma grande sensibilidade para os problemas sociais, propõe São José como modelo para as famílias cristãs: São José, modelo de esposo e de pai. E depois vem Bento XV; a Igreja estava saindo da Primeira
Guerra Mundial, e Bento XV, no seu motor, "Bonum Sane", em 1920, exaltou a devoção a São José, dizendo que, diante dessa situação, que não estamos saindo de uma guerra, vamos nos agarrar a São José, a devoção a São José, porque realmente é o remédio para os problemas do pós-guerra. É interessante aquilo que os Papas propõem como solução espiritual para as coisas. Depois, Pio XI, o Papa que viveu a transição entre as duas guerras e que já viu iniciar quase a Segunda Guerra Mundial, é... Ele não é essa Encíclica quando fala do comunismo, e ele propõe
na Encíclica "Divini Redemptoris" São José como modelo para os trabalhadores, para os operários. Ah, e não havia ainda festa de São José Operário; vai ser o sucessor dele, Pio XII, que em 1955 instituiu a festa litúrgica de São José Operário. Veja que a festa de São José Operário foi instituída exatamente para pôr uma barreira a essa questão do comunismo. É interessante como, depois, o pessoal da teologia da libertação faz exatamente o contrário: usa São José Operário como ícone do proletário, do trabalhador na luta de classes, mas exatamente o contrário. Por quê? Porque havia a festa
do trabalhador, 1º de Maio; é uma festa que foi introduzida no calendário, no mundo inteiro, com intenções comunistas. E o Papa, então, diante de Pio XII, diante de uma festa comunista, disse: "Vamos, então, batizar a festa". Já que eles querem fazer algo na festa, então usar uma razão religiosa para a festa em São José Operário. E, depois de Pio XII, veio João XXIII. João XXIII, em 1961, às portas do Concílio Vaticano II, antes do Concílio ser inaugurado, declarou que São José seria o celeste protetor do Concílio Vaticano II. João Paulo II fez a sua famosa
Exortação Apostólica "Redemptoris Custos", "O Guardião do Redentor", que é uma obra-prima, e é gostoso de ver até como a espiritualidade respeita São José. É interessante notar que, assim, os documentos de João Paulo II eram documentos, às vezes, bem elaborados, com contribuição de muitas pessoas, mas a "Redemptoris Custos" parece que teve boas partes que foram totalmente da pena diretamente de João Paulo II. Porque eu me lembro, eu estava em Roma quando foi publicada a Exortação Apostólica e eles colocaram na página do "L'Osservatore Romano" o manuscrito em polonês. O Papa, né, ali, as palavras iniciais, estava lá
a foto do manuscrito em polonês. E é claro que Bento XVI, sendo José, "Joseph", teve uma grande devoção a São José também. Foi ele quem preparou a introdução do nome de São José nas três orações eucarísticas que nós temos após o Vaticano II. João XXIII, né, introduziu antes do Vaticano II o nome de São José no Cânon Romano. Bom, então, vamos, depois, né, cinquenta anos depois, em 2015, introduzir São José nas outras orações eucarísticas também, porque faltava o nome dele lá. E então deu início a tudo. O Cardeal Canizares já tinha feito os decretos, mas
aí veio a renúncia de Bento XVI, e o Papa Francisco, também grande devoto de São José, foi quem assinou o decreto. Então, a partir de dois anos atrás, de maio de 2013, nós temos São José nas três orações eucarísticas também. Tá joia? Então, assim, vejo esse apanhado. Estão, os Papas todos, assim, de volta a São José. O Papa Francisco tem uma devoção extraordinária por São José. Ele mandou trazer, em Buenos Aires, uma imagem que ele tem de São José dormindo. Oi, né? Já foi uma imagem estranha, né? Assim que ele não está acostumado a ver.
São José, a gente vê, de pé, com o menino, não. São José dormindo. Porque a Bíblia fala de São José sonhando, ela nos sonhos que Deus falava com José. Bom, então, é... O Papa tem essa devoção com a imagem de São José, e quando ele tem uma causa, uma coisa para pedir a São José, ele vai colocando bilhetinhos embaixo da imagem, né? Daqui a pouco, São José está lá debaixo, eu vi uma resma de papel. Né? Pois bem! É por que coloco essa questão dos Papas e da devoção? Porque, dos Papas, esses documentos nos colocam
diante da realidade que São José está sendo promovido como realmente um homem importante dentro daquilo que é a devoção, tendo em vista a teologia da Igreja. Alguns pontos bem básicos para a gente entender a respeito de São José. A primeira coisa: o relacionamento de José com Maria. E não é, em algumas pessoas, erradamente, querendo proteger a virgindade de Maria. Não! Gosto de falar de São José como esposo, mas é exatamente esse o título que mais é digno, assim, é que a base de todas as outras coisas a respeito de São José. Ou seja, é o
esposo. Eu perguntei: quem está acostumado a falar? "Maria é esposa do Espírito Santo." Né? Olá, tudo bem? Mas o que acontece é o seguinte: assim, e socialmente, realmente, verdadeiramente, não metaforicamente, mas realmente ela era esposa de José. Isso ninguém tem dúvida disso. É só que essa tendência de diminuir a relação de esponsalício entre Maria e José... É uma coisa muito antiga. Se vocês forem ver, lá nos Evangelhos Apócrifos, né, tem essa tendência à apresentação de José como sendo um velhinho, né, velhinho de crédito de 100 anos. Você já um sujeito incapaz de ter relações sexuais
e você vê claramente que o sujeito que escreveu aquele evangelho apócrifo quer, o que ele quer provar a virgindade de Maria. Bem, com boas intenções, para provar a virgindade de Maria. No entanto, o padre José Antônio Bertolin argumenta dizendo assim: veja, já começa. Ele traz os argumentos que foram surgindo a partir do século 14, dizendo o seguinte: bom, se São José era um velho de crédito, bom, então o que é incapaz de gerar um filho? Bom, então não adiantou nada, porque se ele era um velho de crédito incapaz de gerar filho, Maria gerou Aquele filho
a partir de quem? Bom, então adiantou nada. Jesus é um filho adulterino, espúrio, um filho sem pai, porque se ele é um velho decrepito, quem quer upar aqui? Então é evidente que, pela própria Bíblia, não é possível que São José tivesse uma idade em que ele já estivesse fora da sua possibilidade de gerar filhos. Então, ele não tinha 100 anos de idade, eu não tinha, não era um velho. Já é não dizer a palavra impotente, não é isso? Nada disso. Então você começou a argumentar: São José tinha idade do sábio, é que ele tá lá.
Ele tinha 30 anos, eu tinha 40, tinha 50. O fato é o seguinte: se nós formos olhar, né, os dados que nós temos hoje a respeito da sociedade na época de Jesus, as pessoas casavam muito cedo. E, portanto, se formos colocar dentro do conhecimento histórico que nós temos hoje, a Virgem Santíssima se casou mais ou menos na faixa de 12 a 14 anos, extra, a idade na qual as meninas se casavam naquela época. Por quê? Porque aqui a sociedade lá não era doente como a nossa, que tem medo de ter filhos, né? A sociedade lá
acreditava o seguinte: ter filho é uma graça de Deus. Então, a menina começava a poder ter filhos, então tinha que começar quanto antes, porque o tempo é curto. Vamos ter filhos, o que é coisa importante, coisa boa, né? Então, esses são os dados sociológicos e históricos que nós temos. Bom, é interessante como isso bate exatamente com a tradição, porque a tradição se propõe que a Virgem Maria teria engravidado Jesus na primeira ovulação. O Senhor Jesus foi o primogênito, realmente, né? Em tudo para nós, é um absurdo na sociedade, gente, nome que imagina 12 anos. Mas
era a idade, porque não pense que o casalzinho de jovenzinhos ficava abandonado. Era uma sociedade onde o conceito de família não era um conceito restrito do casal, que hoje em dia o casalzinho casa e pronto, são donos do nariz deles. Não, antigamente eles casavam e entravam dentro da Grande Família. Então, a viu suporte, uma das mulheres mais velhas, né? Porque o conceito de família é muito amplo. Diante desse dado, a idade dos rapazes era por volta de 16 a 18 anos, para ver, tu me fazia 18 a 20. Mas eu encontrei outros dados de um,
um autônomo, me recordo aqui o nome específico, mas é um estudioso de Patologia no Agostiniano de Roma, e ele argumenta o casamento por volta dos 16 a 18. Então, se nós imaginarmos esse casal jovenzinho, seja Maria com 12, José com seus 16, é um jovem capaz de fazer exatamente aquilo que era a missão que Deus tinha dado para ele, ou seja, proteger. Ele tem forças físicas para proteger aquela família que estava começando lá, mas não somente físicas. José foi agraciado por isso, é... E por que que nós podemos deduzir as grandes graças que têm São
José? Porque acontece o seguinte: veja, quando você vai fazer, você tem um isopor, algo para guardar. Ah, eu vou guardar o meu carrinho de pipoca, né? Então, tudo bem, você pode passar uma corrente, colocar um cachorrinho ali que cuida. Não precisa de um grande aparato para guardar um carrinho de pipoca, afinal de contas, um carrinho de pipoca não vale muita coisa. Mas se você vai guardar o Banco Central e onde é produzida a moeda do país, o cabo, aí se eu precisar de um exército, precisa de uma coisa assim potente. Bom, Deus vai entregar a
guarda, e não é título da exortação de João Paulo II, "Guardião do Redentor". E guardou o Redentor. Se você vai entregar a guarda do Redentor e ainda à Virgem Maria, as duas pessoas mais preciosas da história da humanidade, você entrega para São José. É evidente que você tem que dar a São José do poder espiritual, pois São José é sim um poderoso espiritualmente. Porque assim, uma missão espiritual, ele recebeu essa missão importante. Quando Deus dá a missão e as graças para cumprir a missão, e é por isso que São José é conhecido como terror dos
demônios. Oi, Suzete, Rose, mãos. Porque ele realmente, como esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, tinha uma missão de guardar que era a família. Bom, né? Então veja só, mas tudo nasce onde? Aqui desse tipo de esposo. Não é? É importante a gente notar que dizer que São José, esposo da Virgem Maria, não... ah, não foi nenhum risco na virgindade de Nossa Senhora e nem na virgindade de São José. Porque também tem essa outra história de que São José seria um viúvo que teve muitos filhos, essa e tal. Mas a
Igreja, né, aquilo que a gente vê na tradição é mais forte. A Igreja olha São José como sendo castíssimo esposo da Virgem Maria. E é por isso que... As imagens de São José são tantos ícones orientais quanto as imagens ocidentais. Trazem São José com lírio. Essa é a pureza virginal. Se você tem mais parcelas em três casamentos, né, velho? É porque, senão, tinha sexo. Então, caso, na verdade, veja, não é nisso que consiste o casamento. E, inclusive, isso serve como modelo para os casais, porque é importante que os casais se amem espiritualmente; ou seja, que
haja um verdadeiro amor, a verdadeira ternura um pelo outro. Bom, e que aqui eles realmente possam expressar esse amor espiritualmente antes de expressá-lo no ato sexual. Você, que é namorado ou namorada, como é o seu conceito de namoro? O conceito que a sociedade tem sobre namoro é que namoro é diversão em um parque de diversões, uma montanha-russa. Vamos lá nos divertir! Mas não é isso que eu entendo por namorar. Você quer namorar? Então converse muito com a sua namorada. Você tem que ter uma comunhão de almas. E a gente vê o grande afeto, o grande
amor que José tinha por Maria. É como pensar nisso quando ele descobre que Maria estava grávida. Veja, essa história do casamento entre José e Maria é uma coisa fácil de explicar e comprovada pelos estudos históricos. O que acontecia naquela época? Para um casal se casar na época de Jesus, havia a grande família, e os pais apontavam quem deveria casar com quem. O casamento não era o espontaneísmo de hoje. Não, você se casa com fulano e pronto. Em uma sociedade patriarcal, o homem, bom, no caso, um rapaz como São José aceitava ou não aquela proposta. E
a menina, não, ela não tinha muita voz. Uma coisa que não estou procurando aqui com o Miguel, não tá, gente? Estou só escrevendo. Então, São José aceitou ser esposo da Virgem Maria, e aceitou-a com afeto. Quando ele aceitou se casar com a Virgem Maria, não era simplesmente um noivado como a gente tem hoje; era realmente casamento. Eles assinaram, e tinham um período, então, o esposo aceitava. E aí há um espaço de um ano para eles conviverem. Eu compreendi que, nesse prazo de um ano, antes de viverem juntos, foi que Maria engravidou, e foi uma intervenção
do Espírito Santo. Não houve sexo, foi um grande milagre. Você diz: "Mas como um negócio desse? Como que é possível uma mulher engravidar sem a intervenção de um homem?" Bom, milagre maior ainda é Deus se fazer homem. Então, aqui, uma criança aparecendo na barriga da mulher é um milagre. E mais, Deus se fazer homem é mais do que um milagre; é um mistério. A gestão diferença entre milagre e mistério: milagre você não sabe como aconteceu, mas sabe o que aconteceu. Você não sabe como aquela criança foi parar lá; você sabe que é uma criança. Mas
o que é Deus se fazer homem? Não sabemos o mistério, mais do que milagre, porque a gente não somente não sabe como aconteceu, como não sabe nem direito o que aconteceu. Deus se fazer homem, como é que é isso? Ele fica, assim, meio na penumbra, assim, vê, mas não vê. Bom, aí, depois de um ano, que tempo de um ano, vem um grande amor de São José por Maria. Ele podia tranquilamente ter dito: "Puxa vida, ela engravidou, não fui eu! Eu sei que não fui eu, e vou denunciar para que ela seja apedrejada." Mas a
Escritura diz que São José era um homem justo. Você sabe o que faz um justo? E o justo, quando não sabe, não julga. E ele não sabia. Maria estava dizendo, e ele tinha fé na Virgem Santíssima. Eu entendo que, quando um homem é justo, ele não fica vendo maldade nos outros. E, quando o homem é justo, ele vê o coração da outra pessoa. E, depois, bem, quando ele sabia que ela não mentia—ora, ela não mente!—ele viu que engravidou, e sabendo que não foi intervenção de homem, bom, então ele ficou perplexo. Se você já terminou o
jogo, ah, e por isso, porque ele não tinha uma explicação para aquilo que estava acontecendo. Bom, então, esse homem perplexo, diante daquela realidade, não sendo justo, não jogou. E a prova de que não julgou é que não mandou apedrejar, teve que suspender o juízo e resolveu abandonar em segredo, porque ele viu o mistério maior do que a capacidade de entender. E, no sonho, então, José recebe a revelação. Vejam que é interessante que a Bíblia realmente apresenta José como silencioso; porque existem várias passagens da Bíblia em que Maria fala alguma coisa—"Eis aqui a serva do Senhor",
"A minha alma engrandece ao Senhor", etc.—e não existe nenhuma passagem bíblica que diga: "E então José disse." Bom, então José fala… não, simplesmente isso não acontece. Ah, é, então não tem isso. José é o silencioso. Mas não tenho parado em José. Mas o que tem de José? José tem o sonho! Interessante que, no Novo Testamento, a palavra "sonhar" aparece muito poucas vezes, e mais da metade delas é atribuída a José, o José, o sonhador, como José, o patriarca lá do Egito, né? O filho de Jacó. Aqui também sonhava. Nos documentos papais modernos, temos a forma
como Deus de Pionono, né? Eu devia ter impresso aqui, mas o tempo não deu. Um crime em português, mas ele diz assim—vou tentar traduzir aqui à queima-roupa, né?, direto. E assim como Deus Todo-Poderoso apresentou o José, filho do patriarca Jacó... e o colocou... Sobre todas as terras do Egito, ele deu o trigo, alimento para o povo. Está aqui na plenitude do... assim também na plenitude dos tempos, Deus, né? É quando devia enviar à terra o seu Filho unigênito, o Salvador do mundo. Escolheu um outro José que era... é do qual o primeiro José foi somente
tipo, né? Figura em qual e ele fez Senhor e chefe de sua casa e de seus bens, como guardião dos seus maiores tesouros. Tem, sim, paralelo entre São José e José do Egito, né? É uma coisa que as próprias encíclicas papais já fazem constantemente, porque São José é José do Egito no momento da penúria, e tal, é salvo por um... E agora, José? Momento da penúria do Povo de Deus, nessa situação de tribulação que nós vivemos na Igreja atual, ele também é chamado José. Hum... E é José, disse o faraó. "Oi, vocês estão passando fome,
acabou o trigo, bem, agora é o tempo das sete vacas magras." E de José, então, devolução a José, importantíssimo. O tempo das vacas magras é importantíssimo nos tempos de crise, né? Porque, como José do Egito guardou o povo de Israel no passado, agora o novo José guarda o povo de Deus, nascente ali, a pequena Igreja, Maria e Jesus, mas também o povo de Deus que hoje é espalhado pelo mundo inteiro, é a Santa Igreja. Então, São José realmente tem esta grandeza, né? Outro ponto importante... falei um pouco, né? É de tudo o que você pode
achar importante, o relacionamento de José com Jesus, com o Verbo. E eu quero salientar umas coisas que pouca gente pensa, que é o seguinte: nós sabemos que Jesus se fez homem. Deus se fez homem igual a nós em tudo. Agora, nós sabemos que, se ele era igual a nós em tudo, Jesus tinha também que desenvolver a sua masculinidade. Portanto, é... Jesus tinha um pai. Veja, não estou falando aqui de pai biológico, porque José não fecundou o Renan, pai biológico de Jesus. Mas acontece que uma criança, para crescer harmonicamente, precisa de um pai e de uma
mãe. Nenhum preconceito contra as famílias monoparentais, é só tem o pai ou só tem a mãe. Veja, não tenho preconceito nenhum, mas uma coisa é dizer: eu não tenho preconceito com uma pessoa que não tem uma perna, mas eu não vou chegar e dizer que o normal é ter uma perna. Somente uma mãe, até duas... tô te entendendo. Eu não tenho nenhum preconceito para os filhos que só têm pai ou só têm uma mãe. Não é sobre preconceito, só trata de dizer: olha a natureza das coisas, tá? O mundo real, não segundo falso, fictício que
o povo cria. O mundo real, um filho tem que ter, psicologicamente, um pai e uma mãe. E até os próprios gays aceitam isso. Veja aí, por exemplo, o LifeSiteNews. Saiu aí um abaixo-assinado defendendo os dois. Acho que... não sei como é que esse pessoal que tá na moda, né? Como é que chama? Figurinista? Dolce e Gabbana, né? São estilistas. Isso, plantas me ajudando aqui. Esses estilistas que são, pelo que consta publicamente, homossexuais, publicamente se declararam contrários ao casamento gay e à adoção de filhos por gays, porque dizem aquilo que é óbvio, que todo mundo sabe:
não há segredo, ter pai e mãe. E aí... e aí o Elton John agora já tá esbravejando, dizendo que os dois estão... tá aí... dois... não sei o que, é ser tal. Vai lá no LifeSiteNews e assina o abaixo-assinado para defender a posição do Dolce e Gabbana. Tá, tá bom. Então, é só... mas Jesus tinha, então, o pai psicologicamente. Ele, como um menino... veja, como é que funciona essa questão de masculinidade. E não é a criança. Ela nasce, seja homem, seja mulher, nasce mais bonita a mãe, porque a mãe que tem... a outra mãe que
dá o colinho, a mãe que amamenta. Nem são... Isso não é um preconceito, uma construção social, né? A não ser que as mulheres venham agora me dizer que os seus seios são uma construção social. Eu acho que não, não foi a sociedade quem construiu os seus seios. A senhora nasceu com mama para dar de mamar, não é isso? Então, você vê como o feminismo radical, na realidade, é uma revolta contra o Criador, que a mulher acha que é uma injustiça ela engravidar. Tá? Os homens têm que engravidar também, tem que ser igual... o tipo da
coisa que só começa a perder o contato com a realidade. A hora a criança tá lá com a mãe. O que é que um menino tem que fazer para ser homem? Ele tem que fazer um esforço. E eu tenho que fazer um esforço de sair um pouco do mundo da mãe, imitar o pai. Bom, então ele precisa de um modelo masculino. E o modelo masculino de Jesus se coloca, psicologicamente, na psicologia de Cristo. Humana. E se ele era um homem, precisa de um modelo masculino. Quem é o modelo masculino do Cristo? São José. É importante.
Nós podemos dizer que aquele homem casto, virginal, não era um efeminado. E às vezes me dá uma certa... um certo desgosto de ver umas imagens de São José assim, essas tentativas de explicar a pureza de São José, ou porque é um velho, não dá mais conta, ou então porque... me desculpa falar, né? Não quero dizer bobagem, mas era efeminado, entendeu? Não era viril. E não pela madrugada, que bobagem é essa em casa? Que o cara é... a pureza é sinônimo de feminino. E masculino pode ser puro também. Ao contrário, não é? Olha o Cristo crucificado,
não existe nada mais viril do que o Cristo crucificado. É um Cristo sem Cruz... não crista, filme... nado. Eu, Cristinho, dos olhos lânguidos, assim, né? Meus FL, né? Eu queria subir... Zeffirelli, negócio assim. Bom, então o Cristo crucificado é muito másculo. Onde é que veio, né? Essa realidade, essa capacidade de pegar o chicote no templo a servir em de proteger a casa do pai, o zelo da casa, meu pai me consome. E o José? Então veja, a masculinidade, a virilidade, ela não é algo que não orna com aquela cidade; exatamente o contrário. O verdadeiro homem
não usa a mulher, não é? Não verdadeiros homens. Isso é uma coisa aqui que é importante que a gente aprenda na infância. Por exemplo, quando o homem mais velho tá com a criança, o menino mais novo, assim, o filho tá lá e o homem mais velho, que tem força muscular, ele está brigando com a criança. O que é que a criança está aprendendo ali? Está aprendendo que aquele homem, muito mais forte, sabe conter a sua força e para não machucar. Então, eu estava brincando de suquinho, que fazer tal, de repente a criança vai e dá
um murro forte para machucar e o homem diz: "Não faça isso" e faz ela sentir que vem força, o que ele está controlando para não machucar. E que a criança, que está sendo envolvida, aquele menino que está se desenvolvendo, né, cheio de testosterona, agitado e tal, tem que também controlar a sua força e essa função das capacidades. Uma das realidades mais masculinas é essa capacidade de ter força, mas saber como tê-la para proteger a mulher, para não machucá-la. E faz parte do cavalheirismo. Também faz parte do cavaleiro, não somente o cavaleiro, mas o cavaleiro cristão
medieval, que vai lá e sabe dar a vida para salvar a sua família. Mas, também, o cavaleiro, o homem gentil que sabe também dar lugar para a mulher sentar, protegê-la para que ela não ande na beira da calçada, mas resguardada. Dá a possibilidade, se na escada, por exemplo, não é na frente dela, para que se ela cair, ele a segura. E essa gentileza é a etiqueta masculina do homem que sai para proteger. É, né, bom, então é essa realidade do masculino que foi Jesus também, né? Tu aprendeu isso com José, mas, teologicamente falando, eu tô
fazendo assim, comentando, pincelando, dando pinceladas em coisas interessantes a respeito de São José, mas não estou assim aprofundando sistematicamente, teologicamente, como deveria. Mas é o relacionamento de São José com o verbo encarnado, com Jesus, que é daí que brota todos os privilégios de São José. O porquê? Porque, afinal das contas, José é a única criatura neste mundo que recebeu um título que só pertence propriamente a Deus. Né? O Papa Bento XVI, quando foi ao Camerun e ele fez um discurso lá, falando aos sacerdotes e falou de São José. O que fazer em São José? Ele
disse: "Senhores, está escrito na Sagrada Escritura: a ninguém chameis de pai, não ser o Pai do céu." Mas exatamente essa, esse Deus Pai, do qual vem da paternidade, é que na sua gratuidade amorosa distribui essa paternidade também a pessoas aqui na Terra, para que participem na sua paternidade. E o sacerdote, assim, então, São José como modelo de homem que participa da paternidade divina é porque ele é o homem que, por antonomásia, recebeu o título de pai de Jesus e Jesus chamava José de pai. O que é a prova de que Jesus chamava José de pai
é que o Evangelho de Lucas, quando Jesus se perde no tempo, a Virgem Santíssima olha para Jesus e diz: "Eu e o teu pai te procurávamos." E aí Jesus responde: "Não sabias que eu estou na casa do meu pai?" com P maiúsculo. Então, ali a gente vê que existe um pai verdadeiro, que é o Pai do céu, e aquele pai que cumpre a função de pai é derivada. Então, assim, essa realidade de servir ao Cristo, como São José, tem os seus privilégios que vêm do verbo encarnado. Para servir ao Cristo, exatamente essa relação de São
José com Maria, essa geração de Jesus de José com Jesus e que gera a relação de José com a Igreja. E na nossa Igreja, podemos, então, confiar em São José. Exatamente porque nós somos o corpo de Cristo e recebemos a missão. Uma vez que Deus dá uma missão e não retira, São José, no céu, continua protegendo o corpo de Cristo, que é a Igreja. Por isso, é o patrono da Igreja Universal, da Igreja do mundo inteiro. Né? É o último ponto para a gente tratar as coisas por inteiro, não é? É a questão de vermos
que José também teve uma morte maravilhosa. Não sabemos que São José morreu antes do início da vida pública de Jesus. Durante a vida pública de Jesus, se refere a José simplesmente como uma memória, "o filho do carpinteiro". E aí até lembrou isso com um certo desprezo. É, mas o que significa que José era famoso, reconhecido. Jesus, como todo filho, se define a partir do pai, né? "O filho de fulano." É "Yeshua Ben Yossef" era o nome dele, o "Jesus filho de José". E o barulho vinha, ela mais não é bem hebraico, barra em aramaico. E
Jesus, então, acompanhou José na sua morte. E aqui na época da vida pública de Jesus já não tinha mais José. Ele estava lá, acompanhando Jesus. José na morte, a Virgem Maria também estava acompanhando São José na sua morte. E é por isso que São José é o padroeiro dos moribundos e o padroeiro da boa morte. Porque, puxa vida, quem não quer morrer tendo Jesus e Maria assistindo à morte, ali estão do seu lado, aquele momento que é o momento mais importante, um momento crucial para todos nós. Então, assim, um apanhado geral sobre São José, né?
Tratamos muitas coisas. Estamos rapidamente, as coisas podem ser tratadas com mais sistema. Cidade, quem sabe um dia, é tendo a possibilidade, a gente faz um curso de josefologia mais extenso, né? Mas, por enquanto, fica esse pontapé e convite para que você tenha em mente a sua devoção a São José. Mas, alimente-se teologicamente da Verdade a partir da Verdade, tá bom? E a paciência. Eu sou seu vai, né? Sim, desenvolvendo no seu conhecimento da sua fé e na sua devoção. Vou fazer um brevíssimo intervalo para ter, pelo menos, uns dez minutinhos aí para responder às suas
perguntas, caso você tenha alguma dúvida, tá bom? A gente volta já. É, muito bem, voltamos aqui para tentar responder alguma coisa que vocês apresentem a respeito de São José. Devo confessar para vocês que eu não... assim, algumas perguntas são bem específicas e eu teria que, realmente, para responder, será que pesquisar, né? Porque, embora tenha esse material todo de leitura, eu ligo a parte dele, mas, assim, querer guardar tudo na cabeça... eu precisarei, realmente, ter que fazer o curso e me preparar para ministrar os recursos. Eu tô, mas aqui como animador de uma espiritualidade josefina e
de ontologia de São José, do que como especialista. Bom, então lá vai. Quem é Anderson Braz? Padre Paulo Ricardo já vi teólogo dizendo que quando os mortos ressuscitarem, logo após o ser crucificado e morto, São José ressuscitou também. O que dizer sobre isso? Então, veja, de fato, Anderson, existe essa tese. Como ele disse quando a gente falava do livro do cardeal IPC, né? Eu disse que são deduções, não é? Será que São José, então, teria ressuscitado e subido aos céus? E qual é o maior argumento a respeito desta hipótese de que São José ressuscitou? Bom,
o maior argumento, pelo menos o que eu acho mais convincente, e embora eu ainda esteja em suspensão de juízo, eu não tenho uma posição pessoal sobre isso, mas ressuscitou ou não ressuscitou, eu vejo que têm as duas hipóteses; as duas me parecem razoáveis. Mas, primeiro, é razoável que ele tenha morrido. Pronto, acabou, né? Porque a gente nunca vai falar essas coisas de que São José ressuscitou. Não existe dogma disso. Embora o Oriente tenha acolhido essa realidade da ressurreição e assunção de São José, aqui no Ocidente, é uma coisa que raramente se fala. Eu só, quando
fui estudar josefologia, que eu comecei a... é o que eu vim falar para minha vez, "nossa, nunca vi falar que São José ressuscitou". Então, cada um... é... e se ele fala da possível ação, certo? Resultado, e o argumento é: "Mas como ele sente a ausência do túmulo de São José? Onde é que está o túmulo?" E vocês, como é possível que a Igreja, que venera o túmulo dos apóstolos e de todos os santos, né? Nós, cristãos, veneramos os túmulos... e São José? Cadê a SELIC? São José? Bom, então, assim, não há um aumento considerável para
formar um juízo. Eu pelo menos formei ainda, mas a gente sabe que têm essas duas teses, as duas hipóteses. O Douglas Moreno, padre, sua bênção. Hoje, como o noivo pode ser um São José para sua futura esposa? Poderia comentar? Bom, então, vem só, é o seguinte, Douglas: como ser um São José. A primeira coisa: veja o que São José mais chama Maria. É que acontece o seguinte: quando Deus faz um sacramento – ele fez um matrimônio virar sacramento – se é sacramento, o que acontece? O seguinte é que aquele amor humano, natural, ele precisa ser
elevado também. Mas se o matrimônio natural foi elevado a um sacramento, então a realidade do amor precisa ser elevada à caridade. E o que é a caridade? A caridade é uma espécie de amor, e é o amor por excelência, que é o amor em Cristo, amor em Deus. Então, quando São José olhava para Maria, o que certamente fazia com que ele a amasse muito mais... Vejam, São José amava a Virgem Maria mais do que qualquer esposo jamais amou uma esposa em toda a história da humanidade. É porque, primeiro, porque a esposa a ser amada era
Santíssima e o esposo que ama também era um santo, né? Que é o maior de todos os santos abaixo da Virgem Maria. Portanto, o amor dele tem que ser... é o amor superlativo. Não é um amorzinho, não. E esse amor de São José por Maria significa o seguinte: ele amava por causa da presença de Deus nela, por causa da graça divina, né? Então, as pessoas têm a impressão seguinte: "Se eu amo a minha mulher por causa de Deus, então eu amo minha mulher menos do que se amasse ela mesma?" É o contrário. Você ama sua
mulher, tirando Deus da história? Você ama muito pouco sua mulher. É porque quando você ama um rio e corta o rio da fonte, o rio seca. E você ama o rio, você tem que estar ligado na fonte. Então, assim, Deus está lá, e você não me deu seu... e a amada em Deus é querer realmente, é amar naquilo que ela tem de mais precioso, que é aquilo que é divino. Bom, então, São José amava Maria de forma extraordinária, de uma forma, né? Mesmo assim, a gente pode usar a palavra divina, porque a caridade é um
dom divino. E então, o amor deles não era menor, era maior. Porque, vez em quando, uma pessoa não perde a capacidade de amar, de ter a fé, ter sensibilidade. É maior, não menor. É maior. Bom, né? Seja. O pecado embotas nossos sentidos, ele torna a gente meio dormente, meio lerdão, a gente fica incapaz... e veja uma pessoa aqui que... vamos pegar. Uma coisa simples não tem nada a ver com São José e com a Virgem Maria aqui, mas vamos pegar quando uma pessoa faz sexo e faz sexo com amor, com santidade, com afeto. Aquele sexo
é prazeroso; é muito mais do que uma pessoa que cai no pecado. Porque quando a pessoa vai teclando, teclando, teclando, teclando, teclando, teclando, o sexo fica menos prazeroso. Isso qualquer pessoa é capaz de acessar. Essa realidade é ver que é assim mesmo. Eu tenho 22 para 23 anos e, padre, não condiciona a gente. Vê que é isso: a pessoa começa a fazer sexo por raiva, por revolta, por sentir, por tantas coisas, por frustração, nem mesmo pelo prazer. Porque se chega realmente ao absurdo do sexo sem prazer, porque você vai ficando embotado, você vai ficando dormente,
né? As pessoas acham que esse negócio é infinito. Aí, vou sentir prazer? Não! Mas esse negócio é como a cocaína, é como qualquer droga, né? No início, você tem um raio: “Nossa, uau!” Depois, você vai até, para você levantar da cama de manhã, você precisa de cocaína, porque você não está tão para baixo e não tem prazer nenhum. Tô aqui, vai girando, é uma coisa estridente. Então, quando a pessoa é virtuosa, santa, ela sente, mas os afetos dela são mais intensos. Então, São José amava Maria de uma forma extraordinária, né? Então, aqui, essa realidade... Natalino
Ueda, a Natalina, aqui. Gente, tudo bom? Dançarino, que bom ver sua visita aqui no site! Padre Paulo Ricardo, como conciliar a devoção Nossa Senhora com a devoção a São José? É fácil, Natalina. Só! São José é o maior devoto de Nossa Senhora. São José é o chefe dos consagrados a Nossa Senhora. Ninguém ama Maria mais do que ele. Em que ano? Jesus. É evidente, né? Jesus amava Maria mais do que José, porque Jesus, afinal das contas, era Deus. Mas, tirando Jesus, nenhuma criatura ama a Virgem Santíssima mais do que São José e, portanto, ele era
a vida dele totalmente consagrada à Virgem Maria. Se você teve um homem que se consagrou a Nossa Senhora, tá aí. Bom, então assim, ele é um modelo, desenvolva a Virgem Maria. Então você, sendo devoto, né, a São José, não impede as consagrações. É consagração a São José em pé da consagração à Virgem Maria. Não! Porque estão as relações... Olha, possuem instrumento de maior consagração à Virgem Maria, assim como a consagração à Virgem Maria é instrumento de maior consagração a Cristo. E é simples! E se você acha que a consagração a São José atrapalha a consagração
à Virgem Maria, então me explica como é que a consagração à Virgem Maria não atrapalha a sua consagração a Cristo. É claro que não atrapalha! Tu não sabe disso, basta... É tratado! A gente vê que é exatamente o contrário, porque se você quer ser todo de Cristo, então seja todo de Maria, que ela vai fazer você se tornar todo de Cristo. Seja a consagração à Virgem Maria é cristocêntrica. É isso que as pessoas... A gente tem que enfatizar isso, porque as pessoas ficam acusando a gente, não, vocês são os maiores. Eu não sou maior, outra!
Eu sou cristocêntrico. E, porque eu sou cristocêntrico, eu sou mariano, e não é a mesma coisa. São José não impede absolutamente nada. Oi, Carlos Isaac! Toda vez que penso em São José, me vem uma dúvida. Eu nunca vi ninguém tratar este assunto. Tem alguma explicação para a morte tão precoce de São José? Carlos, de fato, é um problema, não é? Ou seja, qual teria sido a causa da morte de São José dentro do desígnio divino? E aí, as teses, as teorias, as hipóteses, etc., elas são muitas. O fato é o seguinte: não existe alguma providência
divina, alguma realidade, digamos assim, dentro do desenho salvífico e de Deus para a morte precoce de São José. E aí nós podemos indagar, teologicamente, a vivência da morte dentro da família, como uma vivência do Senhor Jesus, que foi igual a nós em tudo e viveu tudo. O que não é assumido não é redimido. Então essa vivência da morte dentro da família também é o fato... A vivência do desamparo de Nossa Senhora já é a entrega de Jesus, quando Jesus, na cruz, entrega a sua mãe, Maria. É ali! Ah, João! Talita, evidente! Duas coisas: primeiro, São
José já tinha morrido, porque senão ele não precisava entregar Maria Ângela. A segunda coisa: Jesus era o único filho de Maria. Porque você não entrega a sua mãe a outra pessoa, só tem uma irmã para cuidar? É a prova da virgindade de Nossa Senhora. João 19, né? Então, mas esse sacrifício da entrega de Jesus da sua própria mãe também desamparada ali... Então, tudo, tudo isso... Assim, pode especular, são pensamentos teológicos que, no entanto, a gente não tem toda a certeza daquilo que realmente aconteceu, tá bom? Foi bom! Estamos juntos sempre... Temos nessa noite a respeito
de São José. Quem sabe, dentro em breve, nós teremos um curso de José, longe, no nosso site para cumprimentar, né? Mas antes disso, nós vamos ter que fazer um curso mais urgente que o curso de mariologia, né? Então, sentar na lista, tá na lista dos cursos necessários, tá bom? Deus abençoe, né? Na semana que vem a gente se encontra, se Deus quiser, em um programa ao vivo. Dizemos pelo nosso país, nesses momentos tão delicados e manifestações, etc. Que Nossa Senhora Aparecida e São José abençoem a nossa nação e abençoem a todos nós, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.