Olá, querida pessoa! Dando sequência à nossa playlist maravilhosa de Teorias da Comunicação de Massa, agora eu vou falar sobre a Teoria Matemática da Informação que foi desenvolvida por Claude Shannon e Warren Weaver. Você pode até duvidar, mas eles usaram a matemática para entender como transmitir informações.
Parece complicado? Calma que eu vou tentar explicar tudo de um jeito bem simples. Só aviso que esse vídeo pode ficar um pouquinho mais longo, porque tem muita coisa importante e complicada para explicar, E antes de entrar de cabeça na teoria.
Vamos entender o contexto histórico em que ela surgiu. Shannon e Weaver desenvolveram a Teoria Matemática no período da Segunda Guerra Mundial. Naquela época, nos anos 1940 e início de 1950, a tecnologia de comunicação com o rádio, os telefones, a TV, estava tudo evoluindo muito rápido e eles precisavam entender melhor como transmitir informações de maneira eficiente e, acima de tudo, confiável.
Shannon trabalhava na empresa chamada Bell Labs e foi lá no jornalzinho da firma que ele publicou um artigo em 1948, chamado A Mathematical Theory of Communication. Que traduzindo é teoria matemática da comunicação. Esse trabalho criou as bases da teoria usando modelos matemáticos para descrever o processo de comunicação.
Para esse artigo específico, Shannon usou ferramentas da teoria da probabilidade que foram desenvolvidas por Warren Weaver. Por causa disso, eles se juntaram em 1949 para formalizar a Teoria matemática da Informação. E essa teoria chamou muita atenção porque vê a comunicação como um sistema interligado de partes que trabalham juntas para transmitir informações.
Essa teoria tem alguns conceitos que são bem interessantes, até mesmo para quem não gosta muito de matemática, que é o meu caso também. Primeiro temos a informação. Shannon definiu a informação como uma estatística abstrata que qualifica a mensagem.
Ele dizia que informação é tudo o que é uma novidade. Por exemplo, se eu te disser que eu tenho um canal no YouTube, eu não tô te dando informação nenhuma, porque isso, você já sabe, é uma coisa óbvia. Agora, se eu te disser que comecei a usar óculos recentemente e você não tinha visto ainda, porque você não me segue lá no Instagram e ainda não tinha falado isso aqui no YouTube, isso sim é uma informação, porque é algo fora do comum.
Você nunca ouviu dizer antes. Ou seja, quanto mais imprevisível for uma mensagem, mais informação ela tem. Entende?
Aí os autores criaram um jeito de medir o quanto de incerteza, de novidade, tem uma mensagem. E assim surgiu o conceito de entropia, que é um nome bem estranho, eu sei, mas que define a quantidade de imprevisibilidade de uma mensagem. E tem uma fórmula matemática mesmo, que eu vou mostrar aqui na tela, só de curiosidade, não precisa decorar isso, pelo amor de Deus!
Vou dar outro exemplo, porque eu sei que é chato de entender isso aí você está assistindo, sei lá, o jogo de futebol e quer prever se o próximo gol vai ser marcado pela Tinha ou pelo time B. Se os dois times são muito bons, sua entropia, que é a incerteza, é alta; porque qualquer um pode fazer gol. Agora, se um time é muito melhor e sempre faz gol, sua incerteza é baixa, porque você já sabe o que vai acontecer.
A equação da entropia mede justamente a quantidade dessa incerteza, entende? A ideia de calcular entropia é ajudar os engenheiros para que eles possam criar melhores sistemas de comunicação. Lembrando que isso tudo acontece dentro de canais muito específicos.
E se você for aplicar essa teoria na comunicação interpessoal, por exemplo, vai dar tudo errado e eu já vou explicar porquê. E temos também o completo oposto da entropia, que é a redundância. A redundância são os elementos repetitivos numa mensagem que ajudam a garantir que ela seja compreendida, mesmo se houver um ruído no canal de comunicação.
E falando em canal, a teoria também fala sobre a capacidade do canal, é a quantidade máxima de informação que pode ser transmitida através de um canal de comunicação, sempre levando em conta o ruído presente. E agora a gente vai entender como esse modelo funciona. Aliás, vale ressaltar aqui é muito comum chamar de teoria matemática da informação, mas ela não é uma teoria, é mais um modelo mesmo.
Acho que eu vou até gravar um vídeo sobre isso, explicando a diferença entre teoria e modelo, mas vamos lá. O Modelo de Shannon e Weaver é bem interessante e tem cinco elementos principais: fonte de informação, que é quem produz a mensagem; transmissor, que é o que codifica a mensagem em sinais; canal, que é o meio pelo qual a mensagem é transmitida ao receptor, que é o que decodifica os sinais e volta para uma mensagem; e o destinatário, que é quem recebe a mensagem final. Esse modelo permite analisar o processo de comunicação e identificar possíveis falhas, como o ruído do canal.
Funciona mais ou menos assim eu vou aqui para a tela do meu computador para te explicar exatamente o esquema que eles criaram. Se você for estudar em alguns livros, ou até na sala de aula, alguns professores vão te apresentar um esquema mais ou menos assim. .
. Esse aqui é o processo pelo qual se passa o esqueminha. Então vou desenhar aqui agora com você, pra você entender bem direitinho.
E eu vou começar aqui pelo centro, que é o Canal. Esse modelo de Shannon e Weaver se preocupa bastante com o ruído, quantidade de informação, então o foco está sempre no canal certo? Aí, nós temos os outros elementos aqui que compõem o modelo, começando pela fonte de informação.
Calma que eu já vou explicar Cada uma delas. Depois temos o transmissor, tem o canal aqui, temos o receptor e no fim desse ciclo todo tem o destino. Opa!
O que aconteceu aqui? O destino, pronto. Coisas importantes!
Esse é um sistema linear, então sempre vai sair da fonte da informação, seguindo para o transmissor, seguindo para o canal, seguindo para o receptor até chegar no destino. E aqui, como eu falei que essa coisa muito importante, que é o que se preocupa bastante os estudiosos quando criança, a teoria que aqui no canal Sempre tem que ficar de olho e se preocupar com isso aqui, porque no canal tem uma fonte de ruído, que eu também já vou explicar aqui direitinho. Agora eu vou exemplificar aqui para ficar mais fácil de entender a fonte de informação pode ser você, por exemplo, E você está desejando muito falar com a sua mãe.
Aí você vai falar como, com a sua mãe? Pela internet. Aí, no caso.
. É aqui o nosso canal. .
. (deixa eu diminuir aqui pra ficar bem. .
. ) O seu canal vai ser a internet. E o transmissor, você vai precisar ali de um jeito para transmitir essa mensagem.
Você não fala com telepatia pra sua mãe, ainda. Então, o seu transmissor é o seu celular. E vai ter a internet, o canal e o receptor é o celular da sua mãe.
(opa! ) (aí) Tá dando para entender, gente? Espero que sim.
Comenta. . .
(eita! ) Comenta aí se está ficando claro assim. E para esse processo linear dar certo, tem coisas acontecendo aqui nessas setinhas.
Que aqui tem a mensagem que você vai mandar para sua mãe. E aqui no fim tem a mensagem que a sua mãe vai receber pode ser exatamente a mesma mensagem. Pode ser que chegue torta se tiver algum problema aqui no canal, né?
Que é o modelo Shannon e Weaver, ele identifica que a fonte de ruído pode estar apenas no canal, que a gente já sabe que na verdade pode ter ruído em todo esse processo, mas para eles o foco do vídeo é o canal. É aqui do transmissor e do receptor. No canal Nós temos o sinal que foi enviado.
Que saiu do seu celular no canal que a internet é aqui e o sinal que foi recebido? No celular da sua mãe. Então presta atenção agora que eu vou usar alguns ícones também para ilustrar melhor esse processo aqui.
Para fechar a nossa explicação. Você tem uma mensagem que você quer passar para sua mãe, que está na sua cabeça. Aí você vai usar o idioma português, sei lá, para escrever a sua mensagem.
E você pode escrever essa mensagem numa carta, num pedaço de papel, um livro ou na parede aonde for. Só que o transmissor que você vai escolher aqui para mandar essa mensagem é o seu celular. Aí você vai tirar a mensagem que está lá dentro da sua cabeça e vai escrever no transmissor que é o celular.
E o celular vai fazer lá o trabalho dele de converter todas essas informações aí em um sinal que consiga ser transmitido pelo canal, que no caso é a internet, que também pode ter uma fonte de ruído; que a internet pode cair, pode estar instável, pode acontecer qualquer coisa que impeça a sua mensagem de chegar bem ali. Se tudo der certo, o sinal vai ser recebido e convertido pelo receptor, que é o celular da sua mãe. Aí, esse receptor vai pegar o sinal que ele recebeu, Vai decodificar na mensagem que você lá no começo e a sua mãe, olha que bonitinha, vai receber a mensagem com sucesso.
Só reforçando aqui que a fonte de ruído está com foco nesse caso, nesse esquema, nesse modelo aqui no canal. Pera aí. Se eu tomar.
Um gole d'água rapidinho. Estou falando muito. Beba água!
Vamos recapitular de novo para reforçar o conhecimento e você não esquecer nunca mais. Nós começando sempre com a fonte da informação, que no caso é você e você tem que você quer dizer lá dentro da sua cabeça. Aí você vai escrever essa mensagem que aqui, no nosso exemplo, você vai usar o seu celular, que é o seu transmissor.
Você vai usar o celular para transmitir a sua mensagem, vai jogar a sua mensagem lá dentro e o transmissor vai enviar um sinal pelo canal que aqui vai ser a internet que vai mandar a mensagem. Não esquecendo que a internet também é uma fonte de ruído. O canal sempre é uma fonte possível de ruído.
Não quer dizer que vai acontecer, mas é possível ter ruído no canal. Depois transmitido, o receptor vai pegar o sinal que foi recebido, que no caso é o celular da sua mãe e vai converter essa informação em mensagem para a sua mãe conseguir ler e ver o que você está querendo, sei lá, ir almoçar na casa dela. E esse aqui é o esqueminha completo.
Você pode tirar print aí para você guardar e estudar sempre que você precisa. Mas rapidinho. Deixa eu só reforçar uma questão aqui Se você tiver estudando muita coisa ao mesmo tempo, acho importante dizer sobre o receptor.
Essa palavra que ela pode te dar problema, porque aqui, neste modelo específico de Shannon Weaver, o receptor é o celular da sua mãe. Só que no esquema padrão de comunicação de processo de comunicação, o receptor vai ser a sua mãe e o celular seria o meio pelo qual você transmitiu a mensagem para ela. Então muito cuidado com isso aqui.
Se alguém cair ou tiver alguma pegadinha aí numa prova, alguma coisa assim. Perguntando sobre transmissor e receptor de Shannon-Weaver, é o meio que você usou para transmitir a mensagem não é a pessoa. A pessoa aqui se chama destino, combinado?
E acaba por aí. Esse modelo ajuda a gente ver onde podem estar os problemas na comunicação, como ruídos ou falhas no canal e também como melhorar a transmissão da mensagem. E você deve até tá lembrando lá do modelinho de Lasswell, não tá?
Se você assistir o vídeo que eu explico o modelo de É normal isso acontecer mesmo porque eu também fiz um esquema estrutural, mas é um pouco diferente. O dele surgiu antes da teoria matemática E é famoso pela estrutura de quem diz o quê, por qual canal, a quem e com que efeito. Você lembra?
Enquanto modelo de Lasswell foca em identificar os componentes da comunicação e os efeitos, o modelo de Shannon Weaver é mais técnico, foca na eficiência da transmissão da mensagem e nos possíveis ruídos que podem atrapalhar essa transmissão. Olha só os modelos aqui. Como eles são diferentes.
Por isso, o modelo de Shannon e Weaver foi mais usado em áreas técnicas como engenharia e telecomunicações, enquanto o de Lasswell foi mais aplicado nas ciências sociais e humanas, para entender a influência e os impactos da comunicação. E como a Teoria Matemática da Informação acontece na prática? Ela nasceu na engenharia, mas acabou se espalhando por outras áreas e ela é muito estudada, por exemplo, nas ciências sociais e humanas, mas precisa de algumas adaptações.
Por exemplo, na política, a teoria ajudou a estudar como a comunicação de massa funciona Foi Karl W. Deutsch, não sei se é assim que fala o nome dele, que fez um trabalho muito bom nessa área. Inspirado pelo modelo Shannon e Weaver.
Ele publicou um artigo em 1963, muito depois da teoria original, e incluiu o feedback para que esse sistema funcionasse bem na política. Pensa assim, no sistema político a informação precisa ir e voltar. Os governantes tomam decisões com base nas informações que recebem do povo e o povo, por sua vez, reage às decisões dos governantes.
Esse ciclo de feedback ajuda a controlar tensões e manter tudo em ordem. Sem esse retorno de informação, comunicação fica incompleta. O sistema pode falhar.
E é exatamente isso que faltou na teoria Matemática da Informação. O feedback. Por isso também ela foi muito criticada.
Outro exemplo interessante nas ciências biológicas, apesar da teoria não ter sido criada para isso, ela pode ser usada para entender a transmissão de informação genética. As sequências de DNA, por exemplo, podem ser vistas como um código de informação. Cada sequência de DNA contém instruções genéticas que precisam ser transmitidas com precisão para a reprodução e funcionamento dos organismos.
Assim como na teoria de Shannon Weaver, onde a clareza e a precisão são importantes para evitar ruído e perda de informação no DNA, a fidelidade na transmissão das sequências é essencial para evitar mutações e problemas genéticos. E lembra que eu comentei que essa teoria não funciona também na comunicação interpessoal? A comunicação humana é cheia de nuances e emoções e contextos que a teoria matemática não pega.
Enquanto a teoria foca na eficiência e na clareza dos sinais, a comunicação entre pessoas envolve muitos outros fatores. Como a linguagem corporal, tom de voz e contextos culturais, esses aspectos são muito complexos para serem reduzidos a fórmulas matemáticas. Então entenda que o modelo Shannon-Weaver pode ser útil, ou não.
O objetivo é entender como a informação transmitida, recebida e como reduzir os ruídos. E para fechar, vamos ver as falhas dessa teoria. Uma das principais críticas é que o modelo é muito linear e não leva em conta a complexidade das interações humanas que acabei de falar.
A teoria foca nos aspectos técnicos da comunicação com eficiência e clareza de transmissão de sinais, mas ignora os contextos sociais e culturais que tem na comunicação. Por isso, ela também faz parte da visão funcionalista da comunicação. Já gravei um vídeo explicando essa visão.
Está na nossa playlist aqui. Dá uma olhadinha nos links aqui embaixo para aprender mais sobre isso, se você quiser. E por que esse modelo linear e funcionalista não funciona?
Por exemplo, na comunicação interpessoal, as emoções, a linguagem corporal e o contexto cultural são importantes e esses elementos são difíceis de quantificar. Por isso, eles não são considerados pela teoria de Shannon e Weaver. E a teoria também não captura bem as nuances e a profundidade das interações humanas.
Além disso, o modelo não leva em conta o feedback de maneira adequada, como expliquei também. Feedback sempre existiu na comunicação, mesmo que ele tenha demorado para aparecer e registrado em alguma teoria, algum modelo. Especialmente na comunicação de massa e nas ciências sociais.
Mas mesmo com essas críticas. A Teoria Matemática da Comunicação continua sendo uma ferramenta valiosa. Ela abriu novos caminhos para a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias de comunicação mais eficientes.
Só tem que ter cuidado para entender suas limitações e adaptar seus conceitos às particularidades de cada campo de estudo. Ok? Agora, será que você consegue adivinhar qual é a próxima teoria aqui da nossa série?
Comenta aqui para eu ver quem acerta. Espero que você tenha gostado de aprender pelo menos o básico do modelo Shannon e Weaver. Desculpa se o vídeo ficou um pouquinho longo, mas eu avisei que o papo é ficar sério dessa vez.
E se ficou com alguma dúvida, é só comentar aqui que eu tento te ajudar. Não esquece! Confira também os outros vídeos dessa série especial de teorias da comunicação de massa que eu estou fazendo com todo carinho aqui no YouTube para vocês.
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Muito obrigada por assistir até aqui. Um beijo e até o próximo vídeo.