Desmatamento no Brasil

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Atila Iamarino
https://www.youtube.com/channel/UCSTlOTcyUmzvhQi6F8lFi5w/join O nome do nosso país e até o gentíli...
Video Transcript:
no Brasil o nome que a gente repete que a gente ouve muito mais que poucas vezes a gente pára para pensar na origem e na relação desse nome do nosso país o meio ambiente do qual a gente depende tanto Tudo começa lá na invasão europeia quase uma semana depois de habitar a terra de Vera Cruz em vinte e dois de abril de 1.500 um dos primeiros Atos dos Marinheiros liderados pelo Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro foi derrubar árvores para fazer lenha e construir uma cruz na falta de planos A coroa portuguesa para aproveitar
a região recém-descoberta com mais feitorias viram uma região de exploração de recursos naturais principalmente do pau-de-tinta o tronco de madeira vermelha que servia para extração de tinta com essa cor a árvore herdou o nome pau-brasil que já se dava para As madeiras vermelhas com cor de brasa que vinham da Ásia e o país é do nome da madeira que tanto tínhamos na Mata Atlântica e a terra de Santa Cruz do Brasil terra do brasil virou o Brasil Provavelmente o único país que tem o seu nome originado em uma árvore e os madeireiros que extrair ão
essa madeira se tornaram os brasileiros não somos brasilienses ou brasilianos nós somos brasileiros extratores de pau-brasil nada mais simbólico da nossa exploração do meio ambiente que começa assim que o país começou a ser formado que o Brasil seja o recurso explorado e o nosso gentílico o nosso adjetivo pátrio brasileiros seja o dos extratores de pau-brasil o nosso nome Marca essa relação conflituosa com o meio ambiente do qual gente depende completamente e não que os indígenas não explorar seus recursos naturais antes dos europeus fizeram isso por milênios aqui mas fizeram este uma maneira bem mais sustentável
enquanto os europeus admirados Com a madeira e com a tintura do pau-brasil explorar um tanto esse recurso e destruíram tanto da o que a árvore que deu o nosso nome quase Foi extinta a nossa dependência e a nossa exploração insustentável do meio ambiente são tão presentes que o Brasil quase ficou sem pau-brasil que ainda é uma espécie em risco de extinção com esse vídeo aqui a gente começa uma série de 12 episódios que vai tratar justamente disso do meio ambiente e da sustentabilidade no Brasil a gente tem muito que conversar não só sobre nossos biomas
como a Mata Atlântica o cerrado a caatinga mas também sobre as formas que usamos esses recursos começando pelo desmatamento Neste vídeo também vamos falar sobre as queimadas para em seguida vemos o que acontece quando esse uso Deixa de ser sustentável com umas mudanças climáticas veremos o processo de desertificação pelo qual nordeste do país passa e a crise hídrica que já fez a nossa vida da produção e exportação de alimentos ao preço da energia elétrica veremos também as ondas e as ilhas de calor a cada vez mais frequentes e mais severas a perda de biodiversidade que
enfrentamos e a poluição atmosférica e Marinha que vem da nossa atividade para terminarmos falando sobre um desafio fundamental para o nosso futuro o uso de energias renováveis e o enorme problema do aquecimento global e [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] e o nosso desmatamento moderno começa na Mata Atlântica e ela pagou um preço enorme pelo desenvolvimento do Brasil as primeiras ocupações do país que deram origem às primeiras cidades na Bahia e no Rio de Janeiro foram portos e feitorias feitos para exploração da Mata Atlântica foi para controlar e tornar esse tipo de estação um pouco mais
rentável a longo prazo que a coroa luso-espanhola criou em 1605 o Regimento do pau-brasil é um conjunto de leis e normas que ditava o quanto podia ser extraído da madeira que era a madeira de lei e mesmo assim a gente seguiu de se matando a Mata Atlântica justamente por conta da ocupação humana da região Costeira e de outras regiões que a Mata Atlântica cobria não só por causa do uso do material como Leia e como a madeira para as construções mas também por causa dos vários ciclos de desenvolvimento que vieram depois que seguiram fazendo jus
a essa natureza extrativa do nosso homem no século 16 e e com o aumento da ocupação aqui no Brasil a Mata Atlântica foi desmatada para dar espaço para plantas 300 de Fora que poderiam ser exploradas comercialmente começando pela cana-de-açúcar que foi o motivo do desmatamento e o motivo para importação de Africanos escravizados Depois ainda tivemos no século 18 o ciclo da mineração que começou na região de Mata Atlântica do Rio Doce em Minas Gerais no século 19 começou outro ciclo de cultivo do café que também tomou espaço de Floresta mas dessa vez nos morros e
nas regiões montanhosas que até então tinham passado mais intacta por não serem propensas para cana e quem processou e levou o café foram as indústrias e as ferrovias que consumiram madeira para a construção e para produção de carvão e celulose enquanto movimentavam cidades que precisaram tirar a mata para poder crescer todos esses ciclos acabaram empurrando a mata atlântica para o ponto atual dela hoje resta menos de um oitavo da sua área original é isso a gente considera a fragmentos maiores do que 100 hectares que é o tipo de tamanho que é necessário para poder preservar
espécies mais raras hoje restam menos de 10 porcento da Mata que os portugueses encontraram assim que eles chegaram aqui o que é uma pedra enorme de espécies e mesmo assim a Mata Atlântica ainda é uma das regiões mais biodiversas do mundo porque com as flutuações climáticas do passado da formação dela a Mata Atlântica chegava a crescer até encontrar a floresta amazônica ou a floresta Andina e ele trocava plantas e animais com esses biomas só que depois vinham secas ela passar por outra separação e aí o seus animais é suas plantas continuam evoluindo isolados isso deu
origem a várias espécies únicas tão únicas inclusive que agora são ameaçadas de extinção a Mata Atlântica tem o maior número e a maior proporção de espécies ameaçadas de extinção dos nossos biomas são quase 600 delas ou mais da metade das espécies ameaçadas no Brasil são espécies como do Sul que é o mono-carvoeiro que é o maior primata das Américas e um senhor dispersores de sementes mostra o desmatamento sistemático começa com a Mata Atlântica mas nem de longe para nela conforme a nossa ocupação e uso das terras aumentou os outros biomas também tiveram que ser de
espaço um deles é o cerrado o nosso segundo maior bioma que só não é maior do que a amazônia EA sua ocupação É bem mais recente e depender de avanços tecnológicos que permitiram o uso das terras bem menos férteis a tendência do aumento de destruição com o desenvolvimento de maquinário técnicas e por conta de políticas econômicas é especialmente marcante no cerrado tanto que com incentivo da produção pecuária e do crédito para criadores na década de 1970 ele deixou de ser a última fronteira agrícola em seguida junto da pecuária passamos até também o cultivo de soja
no cerrado que também aumentou o seu desmatamento em 2015 quase metade da produção e do Brasil foi cultivada lá e quase metade do bioma do Cerrado já havia sido desmatados para o plantio de soja e para criação de gado e por mais que tenha quem argumente que o cerrado não é biodiverso E aí não seria uma grande perda para o uso agrícola esse argumento tem grande Soares o cerrado O primeiro é um dos grandes centros de biodiversidade do mundo com mais de 280 espécies ameaçadas de extinção é o bioma do tatu-canastra que é o maior
e mais raro tá todo mundo além de ser um grande centro de diversidade da mandioca que ela fonte de alimento para centenas de milhões de pessoas ou seja se a gente precisar de novas variedades de mandioca para melhorar o seu Rendimento o valor nutritivo ou até resistência a pragas ou alguma característica importante é lá no cerrado que a gente tem que buscar as plantas com as quais cruzar ela a gente tem muito que preservar o Cerrado e o seu uso podia ser mais direcionado a gente tem uma forma de conciliar essa necessidade de lá pa
e com o agronegócio por exemplo manter a expansão da soja só nas áreas que já foram desmatadas principalmente nas pastagens de baixa produtividade reduziria a área de cultivo de soja só em dois por cento dividindo o interior do país com Cerrado e com a Amazônia também temos o Pantanal que é uma Savana e não da da periodicamente o que além de ser um fenômeno lindo e importante para pesca e turismo que gera uma biodiversidade enorme e bastante única o Pantanal brasileiro é a maior planície de inundação da terra e é reconhecido pela Organização das Nações
Unidas para educação ciência e cultura que a Unesco como um patrimônio natural mundial e uma reserva da biosfera são pelo menos 36 espécies ameaçadas de extinção no Pantanal das quais duas delas são endêmicas ou seja só acontecem lá mesmo assim pelo menos 16 por cento desse bioma é ocupado pela agropecuária EA expansão dessa atividade uma das maiores pressões sobre o pantanal Pode parecer que regiões com pastagens nativas são naturalmente ideais para criação de gado Afinal passo já tá lá só que para criação as plantas nativas são substituídas por pastagens exóticas com espécies de capim vindas
de outros lugares que crescem melhor e rendem mais alimento e ao mesmo tempo competem com as plantas nativas e toma o seu espaço e junto dessa pressão de longa data que é a criação de gado a partir de 2019 o Pantanal voltou a ter uma outra ameaça muito séria porque nesse ano foi cancelada a proibição do cultivo de cana-de-açúcar na Floresta Amazônica e no Pantanal que tinha sido criado em 2009 para preservar os nossos biomas e agora esses biomas vou ter que competir com a pecuária e com o cultivo da cana com a diferença de
que no caso da soja na criação de gado tem uma pressão internacional imposta por sanções comerciais contra só encontra o gado criados em regiões de desmatamento é de Açúcar atende a uma demanda interna pela nossa produção de etanol que não impede o seu cultivo em áreas desmatadas e enquanto o novo código florestal brasileiro de 2012 exige que os imóveis rurais na Amazônia preserva em oitenta por cento da vegetação nativa da região do Pantanal a obrigação é só de 35 por cento de região Nativa se outras mudanças de leis passadas forem exemplo os efeitos dessa liberação
podem ser terríveis outro bioma que sofre uma grande pressão de exploração é o Pampa um Bioma de Campo os planos bem particular no Rio Grande do Sul que é compartilhado com Uruguai e Argentina é a casa do Veado Campeiro o veado branco que também pode habitar o Cerrado e Pantanal mas já teve a sua população reduzida de dezenas de milhões para menos de 100.000 indivíduos são pelo menos 78 espécies ameaçadas de extinção no Pampa das quais 38 acontecem sola e mesmo assim o Pampa tem um grau de proteção muito mais baixo e os outros biomas
menos de meio por cento dos Campos estão em unidades de Proteção Integral a sua exploração para agropecuária é bastante antigo e bem tradicional da região e ocupa quase metade do bioma só que a pressão sobre o solo com agricultura intensiva aumentou muito nas últimas décadas outro bioma rico em espécies ameaçadas é a caatinga que a nossa mata Branca um bioma que tem arbustos e áreas florestais que secam anualmente e daí ficam brancas é um bioma único do Brasil lá de espécies como a arara vermelha EA ararinha-azul com 125 espécies ameaçadas de extinção das quais 47
acontecem sola a caatinga foi cada vez mais ocupada desde a chegada dos europeus principalmente nas regiões mais próximas dos rios mas desde o século 17 descobrimos como limpar quem mateiros para transformá-los em pastagens a caatinga é mais um bioma onde há demanda para a agropecuária Aumentou e hoje tem quase e por cento dele ocupado para isso é a maior pressão de desmatamento desse bioma entre ocupações humanas cidades Agropecuária e regiões e regeneração da floresta quase metade da vegetação nativa da Caatinga já tinha sido desmatada em 2012 e por último em termos de importância tamanho biodiversidade
ou até de influência no nosso clima o nosso maior bioma é a Amazônia que demorou mais para ser desmatada pela própria dificuldade de acesso a ela e no manejo ao contrário dos outros biomas que já vimos até aqui bem mais desmatados quase oitenta por cento da Amazônia ainda é ocupada por florestas ela ainda é o lar do boto cor-de-rosa que é o nosso golfinho de água doce da onça pintada da seringueira da vitória-régia do Guaraná quase três quartos dos nossos mamíferos e quatro em cada Cinco espécies de aves do Brasil ficam lá é tanta biodiversidade
que a amazônia é o laranja quase um dos primatas do mundo e muitas dessas espécies estão ameaçadas pelo desmatamento crescente são 180 espécies ameaçadas de extinção na Amazônia das quais 124 só acontecem lá mas eles tem perdido cada vez mais mata principalmente para expansão de pastagens e para a plantação de soja concentrada na parte sul e leste da floresta o chamado Arco do desmatamento e assim como nos outros biomas os seus mandamentos foi acelerado na década de 70 no caso da Amazônia isso aconteceu principalmente por causa dos esforços de desenvolvimento da região que trouxeram incentivos
fiscais migrantes estradas como a Transamazônica que facilita a extração de madeira além da construção de hidrelétricas e o seu desmatamento também seguiu o ciclo de crescimento econômico como o pico de crescimento e de desmatamento que aconteceu quando teve um aumento do crédito agrícola em 1994 nos anos 2000 aconteceu de novo outra onda desmatamento por causa do uso de mais pastagens e agora mais recentemente tem uma outra onda desmatamento acontecendo por causa do aumento de produção de carne e de soja que dessa vez está concentrado no Mato Grosso e no Pará como muito dos seus mandamentos
é recente e feita na base de ferramentas como o trator EA motoserra que fazem um estrago muito mais rápido do que os Machados da ocupação mais lenta da Mata Atlântica ou mesmo da Caatinga a Amazônia mostra de perto a influência enorme que incentivos econômicos e políticos podem ter e depois desse crescimento de derrubada de florestas no final da década de 90 e no começo dos anos 2000 em 2012 o Brasil conseguiu um feito inédito entre países tropicais que foi o de reduzir a taxa de desmatamento em 80 o cento em relação ao piorando até então
que era 2004 a gente estava a caminho de reduzir o desmatamento e de atingir as metas de redução de gases de efeito estufa de acordo com a política nacional sobre mudança do clima que Foi estabelecido em 2009 só aqui de 2003 em diante nós revertemos essa tendência e voltamos a desmatar cada vez mais um aumento ainda mais acentuada a partir de 2019 por exemplo em janeiro de2012 o cerrado registrou um número de incêndios maior do que a média por período por mais que os incêndios façam parte dessa dinâmica desse bioma eles não costumam acontecer tanto
nos meses chuvosos como Janeiro muito menos se concentrar em regiões como o oeste da Bahia e o Sul do Piauí e do Maranhão que é onde tem a grande produção de soja e o mesmo aconteceu na Amazônia que em janeiro de 2022 registrou o maior recorde de desmatamento desde o começo do monitoramento dela pelo INPI em 2015 mesmos Oi sumido onde normalmente não acontecem queimadas a destruição dos biomas tem uma série de impactos que a gente vai ver o longo dos vídeos Alguns podem ser atenuados outros podem até ser corrigidos ou revertidos só que a
perda da biodiversidade é um caminho sem volta as espécies extintas se foram e muitas a Gente Nem chega a conhecer e com o desmatamento não são só as árvores que podem ser extintas também se vão os animais que dependem delas especialmente grupos como lagartos o as formigas que tem menos capacidade de se dispersar do que aves ou mosquitos isso sem falar nos impactos indiretos uma floresta do tamanho da Amazônia influencia o regime de chuvas do Brasil todo além de contar na absorção de carbono Mundial nós apostamos no modelo de desenvolvimento através da agricultura e da
exploração em parte conseguimos avançar muito com essa produtividade nos tornamos grandes exportadores de soja café frango açúcar e carne bovina mas é de quase 82 milhões de hectares de ecossistemas nativos que foram convertidos em pastagens ou em área de cultivo só de 1985 a 2020 trouxemos o desenvolvimento das regiões produtoras de gado e Soja mas também geramos concentração de renda e de terras além do aumento da violência e da degradação ambiental a nossa política de desenvolvimento e o investimento que a gente faz em setores como a agropecuária através de órgãos como o BNDS tem uma
relação Direta com o aumento do desmatamento e isso não precisa ser assim o caso da moratória da soja mostra a diferença que o incentivo certo pode fazer organizações não-governamentais convenceram os principais compradores de soja mundiais a não comprar soja que viesse de terras desmatadas na Amazônia brasileira a partir de 2006 nos anos anteriores a esse acordo quase trinta por cento do Creci o time de soja aconteceu em áreas que tinham sido recentes matados para o plantio e não na base da ocupação de pastagens ou de áreas que já tinham sido desmatada antes para outras coisas
depois do acordo o crescimento do plantio em áreas desmatadas para isso caiu para menos de um por cento segundo o estudo sobre o sucesso desse programa A moratória da soja foi pelo menos cinco vezes mais respeitada e menos em Fingida do que o código florestal brasileiro graças a uma combinação de uma política simples de ser cumprida a graça a sistema de monitoramento e de fiscalização simples e transparentes como é a vigilância por satélite feita pelo nosso INPI que é o Instituto Nacional de Pesquisas espaciais e graças ao número pequeno de compradores que tem o poder
de controle sobre a compra da soja e com isso podiam fazer bastante pressão nesse mercado a Organização das Nações Unidas a ONU tem agenda 2030 é uma série de objetivos de desenvolvimento sustentável são objetivos pensados para poder promover o é só que ao mesmo tempo proteger o meio ambiente eo clima se a gente quer continuar dependendo da natureza de uma maneira mais produtiva isso tem que ser mais sustentável e tem que ser benéfico para a maioria E para isso nós precisamos de algumas estratégias como por exemplo propõe um estudo sobre aumento de produtividade conciliado com
a redução do desmatamento amazônico para isso a gente precisa eliminar a grilagem de terras limitar as terras disponíveis para expansão e atividades agrícolas e precisa reduzir o desmatamento nas propriedades privadas aplicando O Código Florestal que já existe e promovendo cobranças de mercado contra o que vem desse desmatamento e também precisamos incentivar a produção nas áreas que já foram desmatadas para fazer ela serem mais bem aproveitadas com pequenos e médios agricultores recebendo assistência técnica assistência de produção e assistência de mercado de maneira que possam aumentar a produção com o melhor uso das terras que eles já
tem que já estão ocupadas sem precisar expand ir para lugares com mais desmatamento a gente não tem como viver sem contar com a natureza só que isso não quer dizer que a natureza tem que ser destruída de maneira Irreversível no processo
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