o Olá pessoal meu nome é Pedro Meireles eu sou Mestrando no programa de pós-graduação em cultura e territorialidades da Universidade Federal Fluminense e tô gravando esse vídeo como material de apoio para a disciplina comunicação e cultura brasileira um ministrada pelo professor Marildo nercolini de por mim no período de 2020.1 do curso de estudos de mídia da UFF antes de entrar no texto falando um pouco de quem foi esse autor mas que o bolo que nasceu em Viena na Áustria em 1948 e morreu em Paris de AIDS em 1992 eu radicado na França e se formou
em sociologia trabalhando como pesquisadora do centro Nacional de pesquisa científica em francês a sigla CNS fato curioso sobre Marcopolo que aquele tem uma formação Inicial voltada para a área de exatas mas seu interesse acadêmico se voltou para a história principalmente querendo pensar as relações entre política e Ciências Sociais a sua tese de doutorado inclusive foi orientada por Pierre por dia em 1975 ele tem interesse principalmente em pensar A reflexão teórica sobre o problema da identidade social em suas situações limites tendo produzido aceita o trabalho sobre mulheres Sobreviventes de campos de concentração e mais ao final
da sua vida realizando uma pesquisa especificamente sobre a AIDS o deixa a gente vai ver no vídeo de hoje é de uma conferência que ele conheceu no Brasil entre Outubro e dezembro de 1987 como professor visitante no cpdoc do Museu Nacional do Rio de Janeiro agora entrando no texto eu acho legal recuperar uma pergunta que pula que faz na verdade no final da conferência em que ele disse porque será que atualmente assistimos a um interesse renovado na ciências humanas e na história pelo problema da forte ligação entre memória e identidade nesse texto ele vai trabalhar
um pouco justamente essa questão de como a memória se relaciona com o que ele tá com sabendo aí como identidade Além disso ele também faz um reconhecimento crítico em final avaliação autocrítica e responde também algumas críticas dentro do a história sobre a questão da história oral como metodologia de pesquisa para a ciência e história que se desenvolve aí no século 20 então uma das primeiras coisas que podem que coloca é relembrar uma questão que Maurício roubar que é outro Pensador que vem antes do povo aqui é que ajuda também a pensar a questão da memória
além de do time e Bergson que são anteriores aos dois nada o século 19 que em começam a Justamente a fomentar essa questão da memória pensando as Ciências Sociais em que o ROblocks fala que a memória deve ser entendida também o sobretudo como um fenômeno coletivo e social ou seja como fenômeno construído coletivamente e submetido as flutuações transformações mudanças constantes o que ele tá querendo chamar atenção aqui amigo que derrubar uma certa pretensão de que há memória seria primeiramente individual parceria partiria de uma pessoa para fora e não o contrário né que também viesse de
fora para dentro a assimilação em histórias memórias que não são necessariamente delas Outro ponto importante também que ele já traz nesta consideração né tomando roubado essa questão de submetida a flutuações transformações e mudanças constantes a outro ponto que ele vai bater bastante na tecla nesse texto Pensando principalmente que a memória é um material volátil diferente de outros de outros objetos metodológicos da história se apropria diferente de documentos materiais a memória nesse sentido ela os é uma ficção por ser uma narrativa por precisar ser amarrada ela pode ter diferentes enquadramentos Ah mas pode antando algumas coisas
que ele vai trazer um texto Então a partir dessa introdução ele vai citar quais são alguns elementos constitutivos da memória individual ou coletiva todos esses elementos eles podem ser vividas pessoalmente então as pessoas realmente passaram por aquilo ou podem ser o que ele chama de vividos por tabela na dentro do sentido de o coletivo sobre esse segundo ele fala se for mais longe a esses acontecimentos vividos por tabela 20 juntar todos os eventos que não se situam dentro do espaço tempo de uma pessoa de um grupo é perfeitamente possível que por meio da socialização política
o da socialização histórica ocorreu um fenômeno de projeção onde identificação com determinado passado tão forte que podemos falar na memória quase que herdada então o primeiro elemento constitutivo da memória seja ela individual ou coletiva que ele coloca ele está mente os acontecimentos que podem ser vividos pessoalmente ou vividos por tabela o segundo elemento é um as pessoas os personagens e o terceiro andamento são os lugares na onde acontecem essas memórias e ele diz esses três critérios acontecimentos personagens e lugares conhecidos direta ou indiretamente podem obviamente desrespeito acontecimentos personagens e lugares reais empiricamente fundadas em casos
concretos mas pode-se tratar também da Projeção de outros elementos E aí ele cita por exemplo como é o caso da primeira guerra mundial na França e como a memória das acabam sendo projetadas e também na criando um laço de identificação por parte das pessoas mesmo que elas não tenham necessariamente vivido Essa época ou locais ou terem sido elas próprias que vivenciaram esses momentos outra coisa que ele chama a atenção além dessas projeções dessas transferências edição do problema dos vestígios datados da memória ou seja aquilo que fica gravado como data precisa de um acontecimento aquele tá
basicamente introduzindo uma questão que ele vai puxar mais para frente e ele fala que até recepção das pessoas em relação a uma data por exemplo na que tava dando desligado a ciência da história ela pode se diferenciar a partir dos das esferas em que aquela pessoa ou que aquelas pessoas podem atuar seja ela esfera da vida privada na vida pública e aí ele dá por exemplo né nesse extremo a questão da trança do fenômeno da transferência de datas em que algumas pessoas podem conceber seta certa data histórica como mais a levante é oficial ou na
restauradora de um sentimento de de coletividade além desse sentimento de transferência de projeção tem também a questão do predomínio da memória sobre determinada cronologia política ou seja ele tá chamando aqui atenção para como essa memória é contextualizada de forma a atender os projetos políticos e aí ele destaca Depois dessa curta introdução que mostra os diferentes elementos da memória bem como os fenômenos de projeção e transferência que podem ocorrer dentro da organização da memória individual coletiva e a temos uma primeira caracterização aproximada do fenômeno da história a memória seletiva Ele disse que há memória em parte
herdada ela sofre o situações que são função do momento em que ela tá articulada e que essas preocupações do momento constitui um elemento da estruturação da própria memória seja ela individual ou coletiva ele aponta a memória organizadissima que a memória Nacional constitui o objeto de disputa importante que são comuns os conflitos para determinar que datas e acontecimentos vão ser gravadas na memória é justamente esse último elemento da memória que a organização em função das preocupações pessoais e políticas do momento que mostra que a memória é um fenômeno construído seja ele um fenômeno construído consciente ou
inconscientemente ele disse que o que a memória individual gravar recalque exclui relembra evidentemente o resultado de um verdadeiro trabalho de organização como se fosse uma ilha de edição então ele disse podemos dizer que em todos os níveis a memória um fenômeno construído social individualmente quando se trata da memória herdada podemos também dizer que é uma ligação fenomenológica muito Estreita entre a memória eo sentimento de identidade nos parágrafos ele continua nessa construção da identidade e aí recova literatura da psicologia social e o parte da psicanálise a três elementos essenciais a unidade física seja sentimento de fronteiras
físicas a continuidade dentro do tempo no sentido físico da palavra mais ou menos sentido moral psicológico finalmente ao sentimento de coerência ou seja diferentes elementos que formam o indivíduo são efetivamente indicados entrando concorrer é um elemento constituinte do sentimento de identidade tanto individual como coletiva na medida em que ela é também um fator extremamente importante o sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo e sua reconstrução desse lá e quando ele entra especificamente nessa questão da identidade ele traz um ponto que outros autores também trabalham como o Tomás Tadeu da
Silva própria Street Hall que a questão do outro em que ele fala ninguém pode construir uma autoimagem isenta de mudança de negociação de transformação em função dos outros a construção da identidade é um fenômeno que se produzem referências aos outros em referência aos critérios de aceitabilidade de admissibilidade de credibilidade e que se faz por meio da negociação Direta com os outros então o que ele tá chamando atenção aqui é justamente como tanto a memória como a identidade são valores disputados em conflitos sociais e intergrupais para explicar essa questão de memória identidade e ele vai dar
o exemplo na França nas especificamente na segunda guerra mundial da questão das pessoas que foram deportados ele vai explicar E essas pessoas têm elementos constitutivos comuns em suas vidas e que por isso deveriam se sentir como pertencente ao mesmo grupo de destino a mesma memória a vários conflitos entre uma suposta unidade que caberia esse grupo nesse por isso que ele vai evocar o que que tá chamando o conceito de trabalho de enquadramento da memória e esse trabalho de enquadramento é importante inclusive pensar na palavra trabalho ou seja existe uma na uma força uma um caráter
ativo ele é parcialmente realizado pelos historiadores que segundo ele tem a tarefa precisamente de enquadrar a memória ou seja dizer o que é Eo que não é faz parte de uma memória de uma história é uma e ele vai seguir dando vários exemplos né de como na história da França da Europa da França especificamente como esses embates e as discussões são são apropriadas pelos historiadores de diferentes formas mas ele também vai chamar atenção nessa ideia de enquadramento da memória no que ele chama do próprio trabalho da mesma e ninguém vai dizer ou seja cada vez
comemora está relativamente constituída é feito um trabalho de manutenção de coerência de unidade de continuidade de organização ou seja mesmo a memória individual quando ela está sendo contada e através da metodologia da história oral que a sobre a cola tá escorrendo nesse texto ela Exige uma construção é o enquadramento no trabalho aí de edição da pessoa que está contando essa memória de que tá sendo entrevistada pelos entrevistadores depois desse primeiro enquadramento tem um próprio enquadramento da interpretação dos historiadores e assim por diante então ele vai dizer espero que está rápida descrição da problemática da Constituição
e da construção social da memória em diversos níveis mostre que é um preço a ser pago em termos de investimento de risco a hora da mudança e da arrumação da memória Evidence também a ligação dessa com aquilo que a Sociologia como que é sociologia chama de identidades coletivas por identidades coletivas estou aludindo a todos os movimentos que um grupo deve fazer ao longo do tempo todo já saiu para dar a cada membro do grupo quer se trate de família ordenação o sentimento de unidade de continuidade e de coerência e ele chama atenção também para o
caráter instável tanto da memória com cidade da identidade que ele vai dizer aqui quando a memória e identidade estão suficientemente constituídas Os questionamentos vindo de grupos externos a organização os problemas colocados pelos outros não chegam a provocar a necessidade de se proceder à ré armações nem no móvel da identidade nem no nível da identidade coletiva e no nível da identidade individual ou da memória identidade e trabalho um por si sós Isso corresponde aquilo que eu chamaria de conjuntura sal períodos calmos e que diminui a preocupação com a memória identidade poderemos tomar como objeto de análise
a correlação em períodos de longa duração e terra e arrumação das relações entre países em momentos de crise ou de guerra EA crise da memória e do sentimento de identidade coletiva que frequentemente procede acompanha o sucesso dos momentos na segunda parte do texto colete responde algumas provocações que são feitas principalmente eu tô logia da chamada história oral e aí para entender aqui qual é a crítica é importante dar um passo para trás o alguns passos para trás para pensar como é que o campo de saber e eu digo isso é psicologicamente no geral como é
que não os campos de conhecimento do que Deus vieram as farmácias nasceram Então os campos o campo das ciências sociais ele foi fundado muito ainda baseado nas premissas e nas epistemologia das ciências exatas então toda a herança né na própria sociologia ali com Santos Dumont Augusto Comte e que vai desaguar em do km Março vida em cima é um pouco mais para frente em uma herança positivista muito forte e é um positivismo em cima da racionalidade da objetividade então quando quando se coloca a metodologia né de coleta de entrevistas de memória oral em que as
suas entrevistas elas Pro podem sofrer Como o próprio a flutuações que não tem uma materialidade como um documento histórico Começam a surgir essas críticas Não começa né mas se intensificam essas críticas para até deslegitimar a história oral como ações como um campo se não subcampo científico da história Então rola que vai meio que tentar responder alguns rapidamente outros ele vai né se desenvolver um pouco mais argumento sobre algumas dessas críticas aqui especificamente para matéria mais comunicação e cultura brasileira em que a gente tá pensando identidade mais do que todo esse essa discussão metodológica e epistemológica
é pensar Justamente a questão do enquadramento da memória e sua relação com a identidade como é que essas duas coisas se se contrapõem e ao mesmo tempo se complementam se alimentam e são contraditórias e são disputadas que principalmente tão voláteis não tem uma não tem nada de natural isso então a primeira questão que ele vai responder ele também sobre a crítica e e como método apoiado na memória capaz de produzir representações e não reconstituição das constituições real aqui ele Basicamente já começa dizendo ó A Crítica da fonte tal como todo Historiador aprende a fazer deve
a meu ver ser aplicada a fonte de tudo quanto é tipo então a cidade está me dizendo não é só porque eu tô assumindo como fonte na história oral memória oral entrevista e não um documento que isso não deve ser criticado pode ser criticado mas então vamos criticar todos os materiais e na e objetos metodológicos da história porque todos eles eles precisam dessa reflexão de como é que foi construído como é que foi instaurado e tudo mais e aí ele continua dizendo que todo trabalho de historiador EA se apoia numa primeira reconstrução penso que não
podemos mais permanecer do ponto de vista epistemológico presos a uma ingenuidade positivista primário ele diz a uma perspectiva que considera a história como sendo a reconstrução para um período determinado de todos os materiais que as outras ciências nos fornecem mas na medida em que os objetos não está e ficam se multiplicam eu pessoalmente vejo nessa pluralização uma grande dificuldade em manter ambição da história como ciência de síntese essa aqui pela força das coisas a história virada ser uma disciplina particular e nada sem se tornar parcial Pois é isso que se critica hoje é na história
oral a sua alegada parcialidade acho que é o destino da história talvez e mais para frente ele vai colocar agora como Podemos distinguir uma cronologia verdadeira de uma cronologia falsa né isso ele fez um breve levantar mesmo breve descrição do seu da sua própria experiência como vistoriador né entrevistando pessoas da Europa na questão das Guerras ele diz acredito que a única coisa que se pode dizer é que existem problemas os dias por Ice e função do seu modo de construçao Sentir do enquadramento da memória e também função de uma vivência diferenciadas das realidades a única
saída é admitir a pluralidade da história das realidades e logo das cronologias historicamente admissíveis interessante pensar também como a própria a disciplina da história pro campo saber científico histórico ele é construído ele é disputado e ele tem as suas as suas duas em bases metodológicas epistemológicos e é o que o politicamente a atenção aqui nesse texto a outra questão que ele vai é tomar que ele vai né responder sobre a tendência da história oral a valorizar o subjetivo por obsessão objetivo de Novo bastante ancorado uma herança positivista que coloca a oralidade como algo subjetivo enquanto
que na materialidade é um documento histórico traria certa objetividade a interpretação do Historiador sendo que o próprio povo que já falou na antes no texto que não a própria interpretação do Historiador passa também por um grau de subjetividade e de trabalho de enquadramento depois você me fala também sobre início da utilização da história na pesquisa histórica sobre acessibilidade no trabalho da história oral sobre a limitação da história oral tempo presente sobre suposta superioridade da fonte escrita de novo baixo e nada no corado nessa tradição positivista e inclusive desde legítima é o saberes ancestrais de povos
indígenas e de populações afrodiasporicas e uma das últimas intervenções que ele faz mais nada escorrendo um pouco mais eles também sobre o depoimento para é construído como muitos políticos em que ele vai citar meu três é o estilos de pessoas tentando remontar a sua memória que é o estilo cronológico estilo temático e o que ele chama de chuva factual e ele vai associar esses estímulos a certos grupos de pessoas baseado na experiência que ele tem mas o que ele chama atenção no final é esse o estou dando aqui uma caracterização extrema hoje todos os relatos
longos são constituídos por uma mistura de estilos embora haja predomínio cada uso e outra coisa também que ele vai chamar atenção especificamente na metodologia da história oral é a questão da importância do pronome pessoal como é que as pessoas vão falar com contar a sua história a sua memória vão ela e ativa se é pensando na primeira pessoa ou terceira pessoa nós eu a gente e como é que isso vai flutuando inclusive dentro da narrativa de uma mesma pessoa e por fim ele também casa sobre a questão da iconografia conservado por determinados grupos e sua
interpretação das imagens aqui faz um comentário um pouco mais azul