Olá eu sou humano e portanto nada do que é humano me é estranho assim falava o poeta e dramaturgo Romano Terêncio e assim falou eu Flávio Ricardo vassoler escritor professor youtuber e hoje em mais um vídeo leitura literária e filosófica aqui do meu canal do YouTube Flávio Ricardo vassoler eu trago para vocês fragmentos do livro há uma história da sexualidade do filósofo francês Michele fucou esse primeiro livro esse primeiro volume que se chama Vontade de saber sem mais então passemos a palavra a Michele focou para entre vermos os meandros da história da sexualidade e parece
aqui por muito tempo teríamos suportado o regime Vitoriano E aí ele nos sujeitar íamos ainda hoje a polícia Imperial figuraria no brasão de nossa sexualidade contida muda hipócrita disse que no início do século 17 ainda vigorava uma certa fraqueza as práticas não procuravam o segredo as palavras eram ditas sem reticências excessiva e as coisas sem demasiados Disfarce tinha se com ele se tu uma tolerante familiaridade eram frouxos os códigos da grosseria da obscenidade da decência se comparados com os do século 19 gestos diretos discurso sem vergonha transgressões visíveis anatomias mostradas e facilmente misturadas crianças astro
É sim cômodo de escândalo entre os rios os adultos os corpos pavoneavam um rápido Crepúsculo se teria seguido a luz meridiana até as noites monótonas da burguesia vitoriana a Sexualidade é então cuidadosamente encerrada muda-se para dentro de casa a família conjugal a com física e as óbvia inteiramente na seriedade da função de reproduzir em torno do sexo Se Cala o casal legítimo e procriador de talen impõe-se como modelo faz reinar a norma de tem a verdade guarda o direito de falar reservando-se o princípio do segredo no espaço social como no coração de cada moradia um
único lugar de sexualidade reconhecida mais utilitário e fecundo o quarto a paz e o que sobra só resta só resta encobrir se o de couro das atitudes escondi os corpos A decência das palavras limpa os discursos e seus esteres insiste esse mostra demasiadamente vira anormal receberá esse status e deverá pagar a sanções o que não é regulado para geração ou por ela transfigurado não possui eira nem beira nem lei nem verbo também é o mesmo tempo expulso negado e reduzido ao silêncio não somente não existe como não deve existir e a menor manifestação falam desaparecer
sejam atos ou palavras as crianças por exemplo sabe-se muito bem que não tem sexo boa razão para interditado razão para proibi-las de falarem dele razão para fechar os olhos e tapar os ouvidos ou de que eu tenho uma manifestado razão para impor um silêncio geral e aplicado isso seria próprio da repressão e é o que a distingue das interdições mantidas pela simples lei penal a repressão funciona de certo como condenação ao desaparecimento Mas também como injunção ao silêncio afirmação de existência e consequentemente constatação de que em tudo isso Não Há Nada Para dizer nem para
ver nem para saber assim baixaria com sua lógica com aprenda a hipocrisia de nossas sociedades burguesas porém forçada algumas concessões se for mesmo preciso dar lugar a Sexualidade cê legítimas que vão incomodar no outro lugar que incomodem Lounge possam ser inscritas se não nos circuitos da produção pelo menos os do lucro Wonderful e a casa de saúde serão Tais e de tolerância a prostituta cliente o rufião o psiquiatra e sua histérica esses outros vitorianos diria Stephen Marcus parecem ter feito passar de maneira sub-reptícia o prazer é que não se alude para ordem das coisas que
se contam as palavras os gestos então autorizados em surdina trocam-se nesses lugares a preço alto somente aí o sexo selvagem teria direito algumas das formas do Real mas bem esse organizadas EA tipos de discurso clandestinos circunscritos codificado SUS fora desses lugares o puritanismo moderno ter imposto seu Tríplice decreto de interdição inexistência e mutismo estaremos liberados desses dois longo desses dois longos séculos onde a história da sexualidade deverá ser lida inicialmente com aqui em uma recente uma crescente repressão muito pouco dizem dos ainda talvez por Freud porém com que circunspecção com que prudência médica com que
garantia científica na de inocuidade e conquanto a precaução para tudo manter sem receio de transbordamento no mais seguro e mais discreta espaço entre Divã discurso ainda o Murilo cativo em cima de um leito e poderia ser de outra forma explicam os que se a repressão foi desde a época clássica o modo fundamental de ligação entre poder saber e sexualidade só se pode liberar a um preço considerável ser necessário nada menos que uma transgressão das leis uma suspensão das interdições uma interrupção da palavra uma restituição do prazer ao real e todo uma nova economia dos mecanismos
do Poder pô a inclusão de verdade é condicionado a politicamente portanto não se pode esperar Tais efeitos de uma simples prática médica nem de um discurso teórico os por mais rigoroso que seja dessa forma denunciasse o conformismo de Freud as funções de normalização da psicanálise tanto a timidez por tras dos arrebatamentos de reais e todos os efeitos de integração assegurados pela ciência do sexo ou as práticas pouco mais do que suspeitas da sexologia esse discurso sobre a repressão moderna do sexo se sustenta Sem dúvida porque é fácil de ser dominado uma grave e calção histórica
e política o protege pondo a origem da idade da Idade repressão no século 17 após centenas de anos de arejamento e de expressão livre faz-se com que conhecida com o desenvolvimento do capitalismo ela Faria PA a ordem burguesa a crônica menor do sexo de suas vexações se transpõe imediatamente na cerimonioso história dos modos de produção sua utilidade se dissipa o princípio de explicação se gosta por isso mesmo se o sexo é reprimido com tanto Rigor é por ser incompatível com uma colocação no trabalho geral e intensa na época em que se explora sistematicamente a força
de trabalho poder se a tolerar que ela fosse dissipar-se nos Prazeres salvo naqueles reduzidos ao mínimo que permite reproduzir se o sexo e seus efeitos não são talvez fáceis de decifrar em compensação assim re colocada sua repressão é facilmente analisada e a causa do sexo de sua liberdade no seu conhecimento e do direito de falar dele encontra-se com toda a legitimidade ligado a zorra a causa política também o sexo se inscreve no futuro o espírito cuidadoso indagar e talvez se tantas precauções para atribuir a história do sexo Patrocínio tão considerável não trazem consigo traços de
antigos por Dores como se fosse preciso na menos do que essas correlações valorizantes para Que tal discurso pudesse ser proferido ou aceito não existe Talvez uma outra razão que torna para nós tão gratificante formular em termos de repressão às relações do sexo e do poder é o que se Poderia chamar o benefício do locutor sucesso repelido isso é fadado a proibição a inexistência ao mutismo o simples fato de falar dele de sua repressão possui como entre um ar de transgressão deliberada que emprega essa linguagem coloca-se até certo ponto fora do alcance do Poder desordena lei
antecipa por menos que seja a liberdade e futura daí essa sua habilidade com que se fala hoje em dia do sexo os primeiros demógrafos e os psiquiatras do século 19 quando tinham que invocar o sexo acreditavam que devia um pedido de desculpas por reter a atenção de seus leitores em assuntos tão baixos e tão fúteis a dezenas de anos é só falamos de sexo fazendo pose consciência desafiar a ordem estabelecida tom de voz que demonstra saber que se é subversivo ardor e conjurar o presente e aclamar um futuro para cuja apreçamento se pensa contribuir alguma
coisa da hora da Revolta da Liberdade Prometida da proximidade da época de uma nova lei passa facilmente nesse discurso sobre a opressão do sexo certas velhas funções tradicionais da profecia nele se encontram reativados para amanhã o bom sexo é porque se afirmasse a repressão que se pode ainda fazer com existir discretamente o que o medo do ridículo ou amargor da história e impedem a maioria dentre nós de vincular revolução e felicidade ou então revolução e um outro corpo mais novo mais belo ou ainda o e prazer falar com os poderes dizer a verdade prometer o
gozo vincular a iluminação a liberação EA múltipla a multiplicação devolux empregaram Discurso ou um tempão de construir o ardor do saber a vontade de mudar a Lei e o esperado Jardim das Delícias eis o que sem dúvida sustenta em nós a obstinação e falar do sexo em termos de repressão e está bem O que explica Talvez o valor Mercantil que se atribui não somente a tudo que dela se diz como também ao simples fato de dar atenção àqueles que querem suprimir seus efeitos afinal de contas somos a única civilização em que certos propósitos recebem Retribuição
para escutar cada qual fazer confidências sobre seu sexo como se o desejo de falar e o interesse o que de interesse que disse o se espera tivesse ultrapassado amplamente as possibilidades de escuta e tem um até colocar suas suas orelhas em locação mais do que essa incidência Econômica o que me parece essencial é a existência em nossa época de um discurso em que o sexo a revelação da Verdade a inversão da lei do mundo o anúncio do novo dia e a promessa de uma certa felicidade estão ligados entre si é o sexo atualmente que serve
de suporte dessa velha forma tão familiar e importante no ocidente a forma da pregação uma grande pré dica sexual que teve seus teólogos sutis e suas vozes populares têm percorrido nossas sociedades algumas dezenas de anos fustigando antiga ordem denunciando as hipocrisias enaltecendo o direito de imediato e do Real fazendo sonhar com uma outra cidade lembremo-nos dos franciscanos e perguntemos nos como foi possível que o lirismo a religiosidade que acompanharam durante o tempo projeto revolucionário tenham sido nas sociedades industriais e ocidentais transferidos pelo menos em boa parte para o sexo a ideia do sexo reprimido por
tanto não é somente objeto de teoria afirmação de uma sexualidade que nunca foram dominada com tanto Rigor como na época é hipócrita burguesia negocia negocia está e contabilizadora é Acompanhada pela em fase de discurso destinado a dizer a verdade sobre o sexo a modificar sua economia no real a subverter a lei que o rege a mudar seu futuro o enunciado da opressão EA forma da pregação refere-se mutuamente reforçam-se reciprocamente dizer que o sexo não é reprimido Ou melhor dizer que entre o sexo e o poder a relação não é de repressão corre risco de ser
apenas um paradoxo estéreo não seria somente Contrariar Uma tese bem eu queria ir de encontro a toda a economia a todos os interesses discursivos que a sustentam É nesse ponto que gostaria de situar a série de análises históricas de que este livro é ao mesmo tempo introdução e como que uma primeira abordagem indicação de alguns pontos historicamente significativos e esboço de certos problemas a teórico trata-se em suma de interrogar o caso de uma sociedade que desde há mais de um século se postiga ruidosamente possui hipocrisia fala prolixamente de seu próprio silêncio obstinado assim detalhar em
detalhar o que não diz verão seus poderes que exerce e por mete liberar-se das leis que a fazem funcionar gostaria de passar em revista não somente esses discursos mas ainda vontade que os conduz e a intenção estratégica que o sustenta a questão que gostaria de colocar não é porque somos experimento é primeiros MA é o que dizemos com tanta paixão tanto rancor contra nosso passado mais próximo contra nosso presente e contra nós mesmos que somos reprimidos através de que hipérbole conseguimos chegar afirmar que o sexo legado a mostrar ostensivamente que escondemos a dizer que os
calamos e isso formulando através de palavras explícitas procurando mostrado em sua realidade mais crua afirmando na positividade seu poder e de seus efeitos seria legítimo certamente perguntar por que durante tanto tempo associou-se o sexual pecado e ainda seria preciso ver de que maneira se fez essa Associação e evitar dizer de forma global e precificar e precipitada que o sexo é a condenado Mas seria também preciso perguntar porque hoje em dia nos comportamos tantos tanto por ter outrora feito dele um pecado através de que caminhos tá ficando em falta com respeito ao nosso sexo e acabamos
sendo uma civilização suficientemente singular para dizer a si mesmo aqui durante muito tempo e ainda atualmente tem pecado contra o sexo por abuso de poder de que maneira ocorre esse deslocamento que mesmo pretendendo liberar nos a natureza pecado em nossa do sexo atormenta nos com grande pecado histórico que teria consistido justamente em imaginar essa natureza falível em tirar em tirar dessa crença efeitos desastrosos de mente se há tanta gente atualmente afirmar essa repressão é porque ela é historicamente Evidente em que se fala com uma tal profusão e há tanto tempo é porque essa repressão está
profundamente firmada possui raízes esse razões sólidas pesa sobre o sexo de maneira tão rigorosa que uma única denúncia não seria capaz e o trabalho só pode ser longo e tanto mais longos em dúvida quanto que é próprio do poder e ainda mais de um poder como esse que funciona em nossa sociedade é ser repressivo e reprimir com particular atenção as energias inúteis a intensidade dos Prazeres e as condutas irregulares é de se esperar portanto que os efeitos deliberação a respeito desse poder repressivo demorem a se manifestar o fato de falar se do sexo livremente e
aceitá-la em sua realidade é tão estranho a linguagem direta de toda uma história hoje milenar E além disso é tão hostil aos mecanismos intrínsecos do poder que isso não pode se não marcar passo por muito tempo antes de realizar a contento a sua tarefa pessoal Essa foi a leitura de trechos do livro História da sexualidade do volume um chamado vou tá Vontade de saber do grande filósofo francês Michel e se vocês gostaram demais esse vídeo e leitura literária e filosófica aqui no meu canal do YouTube eu peço para vocês darem um like no vídeo curta
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