A Psicologia da Imaturidade Feminina – Carl Jung

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Psicose
Neste vídeo, exploramos a psicologia da imaturidade feminina a partir dos conceitos de Carl Jung, me...
Video Transcript:
por que algumas mulheres parecem estar sempre esperando por um resgate que nunca vem o que se esconde por trás da doçura encantadora de quem nunca aprendeu a sustentar a própria dor será que crescer emocionalmente é de fato um caminho natural ou uma escolha que poucos têm coragem de fazer toda forma de vício é ruim não importa que seja álcool morfina ou idealismo carl Jung vivemos numa época que exige que as mulheres sejam tudo mas que ao mesmo tempo não lhes permite ser inteiras desde muito cedo elas são ensinadas a cuidar de todos menos de si
mesmas a serem bonitas agradáveis leves silenciosas a jamais incomodar a sorrir mesmo quando estão quebradas por dentro afinal quem suporta a mulher que não pede permissão para ser quem suporta que a mulher que cresce neste vídeo vamos explorar uma das figuras mais misteriosas e dolorosas da psicologia analítica a puela a eterna a menina eterna a mulher que mesmo adulta carrega em si uma adolescência não vivida ou vivida em excesso que evita o peso do mundo real refugiando-se em fantasias relacionamentos onde busca salvação e na imagem de juventude perpétua mas por que isso acontece por que
algumas mulheres se vem presas em um eterno jogo de agradar esperar e idealizar carl Jung dizia que a verdadeira maturidade é uma travessia pela sombra um ato brutal de confrontar os desejos reprimidos os medos infantis a verdade que não queremos ver a mulher imatura não é fraca é apenas uma alma que não teve espaço para se tornar inteira esse vídeo é para você que já cansou de se sentir perdida em si mesma para você que já se viu presa em relações que pareciam promissoras mas só reforçavam sua solidão para você que desconfia que há uma
força adormecida dentro do seu peito mas ainda não sabe como libertá-la aqui vamos atravessar a noite escura da alma feminina sem romantismos sem fórmulas prontas só com a verdade crua a lucidez do inconsciente e o sussurro de uma mulher que começa enfim a despertar se você tiver coragem venha comigo ela sorri com leveza fala com doçura parece viver sempre à beira de um romance épico aos olhos do mundo é encantadora sensível até admirável mas quando se deita à noite sozinha algo dentro dela permanece suspenso como uma boneca esquecida na prateleira mais alta da infância ela
é a poela eterna a menina que envelhece mas não amadurece que vive mas não se integra que sonha mas teme despertar carl Jung deu nome a esse padrão psíquico que habita tantas mulheres um arquétipo ancestral moldado por feridas emocionais ausências excessos e ilusões a puela não é uma personagem de conto de fadas embora deseje viver em um ela é uma mulher real talvez você a conheça talvez você seja ela essa mulher pode ter 25 ou 45 anos pode trabalhar estudar ter filhos ou viver sozinha mas em sua alma existe uma resistência profunda à vida adulta
ela teme a responsabilidade evita o comprometimento e sobretudo carrega uma esperança secreta de que alguém virá salvá-la não qualquer um mas o certo aquele homem que a entenderá sem que ela diga uma palavra que a acolherá sem exigências que trará sentido à sua existência essa espera porém nunca termina porque no fundo ela não está esperando um homem está esperando ela mesma a psicologia da imaturidade feminina não nasce do acaso ela é plantada cedo quando uma menina é elogiada por ser comportada e punida por expressar raiva quando é ensinada a cuidar do outro mas não de
si quando vê sua mãe anulada e seu pai ausente ou vice-versa quando sofre um trauma e aprende para sobreviver a sorrir essa menina cresce ou melhor envelhece acreditando que ser amada é ser útil agradável desejável mas nunca inteira jung dizia que a psiqui inconsciente cria imagens e que essas imagens constróem nosso destino a puela vive num imaginário onde o amor verdadeiro redime tudo onde o sofrimento será compensado e onde a juventude é um bem sagrado ela se apega à leveza porque não suporta o peso mas a leveza quando é fuga vira prisão a imaturidade se
manifesta nos detalhes na dificuldade de dizer não não medo de tomar decisões importantes na idealização de amores impossíveis no prazer inconsciente de ser cuidada mesmo que isso a sufoque na busca por validação constante redes sociais elogios olhares na sabotagem dos próprios sonhos porque é melhor assim o mais cruel é que a poela geralmente sabe que algo está errado mas não sabe nomear ela sente a estagnação o vazio a repetição de padrões ela vê amigas amadurecendo construindo se firmando enquanto ela ainda se sente como uma adolescente perdida no próprio corpo e isso dói porque ninguém vê
ninguém suspeita que por trás daquela mulher independente exista uma menina apavorada com a solidão ninguém imagina que atrás de cada piada espirituosa há um medo paralisante de não ser amada ninguém nota que quanto mais ela tenta ser desejada mais se sente invisível o arquétipo da puela a eterna é também um alerta não estamos falando de uma falha moral ou de uma fraqueza qualquer estamos falando de uma psiquiferida de uma alma que foi moldada para não crescer de uma identidade construída em cima de expectativas alheias essa mulher não é frágil porque quer ela foi ensinada a
nunca ser forte demais a sociedade reforça esse mito a mídia vende a imagem da mulher livre leve e solta sem obrigações sem profundidade sempre sorridente e disponível mas essa liberdade vendida é uma gaiola dourada porque não há profundidade sem dor não há amadurecimento sem frustração não há individuação o processo descrito por Jung como a realização plena do self sem encarar a própria sombra a poela eterna precisa morrer para que a mulher possa nascer mas para isso é preciso coragem e ninguém ensina mulheres a serem corajosas elas ensinam a serem bonitas a serem desejadas a serem
cuidadoras mas coragem não coragem assusta por isso muitas seguem em ciclos repetitivos relações abusivas procrastinação autoengano porque abandonar a menina interna significa matar um sonho e encarar a realidade mas Jung nos diria: "O encontro com o inconsciente é sempre uma crise mas é também uma chance esse primeiro capítulo é um espelho não para julgar mas para ver ver a menina ferida ver a mulher que tenta nascer e acima de tudo ver que há um caminho mas antes de trilhar esse caminho é preciso descer mergulhar no labirinto explorar as raízes invisíveis da imaturidade que é exatamente
o que faremos no próximo [Música] capítulo toda árvore frágil tem uma raiz frágil e toda mulher que teme crescer carrega em si um solo emocional onde a confiança nunca foi bem nutrida a apuela eterna não é uma escolha consciente ela é o eco de um passado que ainda grita no presente mesmo que em silêncio k Jung afirmava que para compreendermos qualquer comportamento precisamos olhar para o inconsciente aquilo que foi esquecido reprimido ou nunca vivido se torna uma força invisível que determina escolhas repete padrões e aprisiona sem que percebamos a imaturidade emocional é portanto um reflexo
das raízes não cuidadas e essas raízes costumam nascer em casa imagine uma menina que cresceu sob a vigilância constante dos pais tudo era resolvido por ela a dor evitada os erros corrigidos antes mesmo de acontecerem o mundo moldado para que ela não sofresse parece amor e até é mas é também controle o excesso de proteção comunica em silêncio você não dá conta você precisa de alguém para te salvar você não pode errar assim ela cresce sem aprender a cair e quem não aprende a cair não sabe levantar a autonomia assusta porque nunca foi vivida a
responsabilidade parece um castigo o mundo adulto se transforma numa floresta escura da qual ela foge como uma criança que fecha os olhos diante do monstro mas nem sempre o problema é a proteção às vezes é o oposto abandono negligência rejeição abuso há mulheres que foram obrigadas a crescer rápido demais que cuidaram dos irmãos da casa até dos próprios pais que ouviram engole o choro enquanto tudo dentro delas desmoronava essas mulheres aprenderam a sobreviver mas não a confiar a se defender mas não a se acolher a se calar mas não a se escutar e mesmo adultas
elas continuam esperando que alguém perceba a dor que aprenderam a esconder esperando que um gesto de amor compense anos de vazio que uma relação traga sentido que um novo começo apague as marcas antigas mas isso nunca acontece porque nenhum amor do mundo preenche o buraco que foi cavado por dentro essas raízes emocionais se entrelaçam com uma cultura que reforça a imaturidade como um ideal desde cedo as mulheres são elogiadas por serem delicadas boazinhas angelicais mas quando ousam ser assertivas são chamadas de difíceis mandonas frias a menina aprende que ser forte é perigoso que ser inteira
afasta que crescer é perder amor e assim ela cria uma persona uma versão editada de si mesma moldada para agradar para ser aceita para ser desejada mas quanto mais se afasta de quem realmente é mais se sente vazia essa persona é funcional mas não é viva ela sorri no Instagram mas chora no banheiro ela aconselha as amigas mas não sabe o que sente ela conquista o que quer mas não sabe o que precisa essa desconexão interior gera sintomas: ansiedade procrastinação baixa autoestima relações frustrantes e por trás de todos esses sintomas há uma dor mais profunda
há de não ter sido vista há de não ter sido amada como realmente era há de nunca ter aprendido a amar a si mesma jung nos lembra que para amadurecer é preciso encarar a sombra aquilo que foi banido da consciência aquilo que negamos em nós por medo ou vergonha e a sombra da mulher imatura costuma conter justamente aquilo que ela mais precisa sua raiva reprimida que esconde sua coragem sua ambição sufocada que revela sua potência sua solidão negada que aponta para sua liberdade o que é assustador não é olhar para aso na sombra assustador é
continuar fingindo que ela não existe a mulher que não acessa sua força inconsciente vive em desequilíbrio ela se esgota tentando manter uma imagem frágil e controlada ela se decepciona repetidamente culpando os outros por não darem o que no fundo ela tem medo de receber maturidade compromisso verdade esse labirinto não tem saída fácil não há atalhos mas há um fio de ouro que pode guiá-la a consciência quando ela começa aqui a perceber que repete padrões quando ela reconhece que tem medo de crescer quando ela sente que há algo dentro dela sufocado mas pronto para emergir aí
começa uma travessia mas essa travessia exige dor porque crescer é perder a fantasia é aceitar que ninguém vai salvá-la é admitir que por mais que o mundo tenha falhado com ela agora ela é a única responsável por sua cura e isso dói mas também liberta a mulher que decide amadurecer não se torna perfeita ela se torna real há um momento em que a fantasia deixa de ser abrigo e se transforma em cela quando a mulher olha para si mesma e percebe que o conto de fadas virou um pesadelo repetido ela tem duas escolhas: continuar dormindo
ou acordar o despertar da mulher imatura não acontece num estalo ele começa como um desconforto uma suspeita sussurrada de que há algo de errado ela não sabe exatamente o que mas sente que não é inteira que sua vida parece decorada mas não vivida carl Jong dizia que o processo de individuação o verdadeiro amadurecimento psicológico começa quando nos tornamos conscientes daquilo que inconscientemente somos ou seja quando paramos de ser apenas reflexos de nossos traumas desejos alheios e ilusões e começamos a nos tornar quem realmente somos mas para isso é preciso abandonar a esperança de que alguém
virá nos salvar esse é o luto mais doloroso da poela eterna deixar morrer o sonho do resgate entender que o amor verdadeiro não é o que completa mas o que encontra que ninguém vai carregá-la nos braços e que isso no fundo é uma bção a mulher que começa até a amadurecer se depara com suas sombras e ao invés de fugir ela senta com elas conversa com a raiva que evitou por anos abraça a solidão que tanto temeu reivindica sua ambição sua coragem sua capacidade de errar e ainda assim ser digna ela começam a perceber que
a vida adulta não é um castigo é um portal não é o fim da liberdade mas o início da autonomia não é o fim do amor mas a chance de amar sem depender e talvez pela primeira vez ela se pergunte: "Quem sou eu quando não estou tentando agradar ninguém?" Essa pergunta é a chave porque a maturidade não é sobre se tornar dura ou cínica é sobre se tornar verdadeira jung falava sobre integrar o ânimus a energia masculina inconsciente que toda mulher carrega a força de decisão de ação de enfrentamento a mulher imatura frequentemente rejeita essa
força por medo de se tornar masculina demais e fria insuportável mas integrar o ânimus não é se masculinizar é unir a intuição com a decisão a sensibilidade com a firmeza o cuidado com a potência é quando a mulher entende que pode ser suave e firme vulnerável e forte doce e assertiva esse equilíbrio é o que chamamos de inteireza mas nada disso é possível sem autorresponsabilidade a mulher madura sabe que ninguém vai viver por ela que os erros do passado não justificam sua estagnação que a dor que sente é real mas que o que ela faz
com essa dor agora depende dela e isso é assustador mas também é a porta da liberdade porque a mulher que desperta não precisa mais mendigar amor ela escolhe ela constrói ela respeita sua intuição ela sustenta sua solidão quando necessário ela se permite errar e continuar essa mulher não precisa mais manter uma imagem ela não precisa parecer jovem perfeita encantadora ela apenas é imperfeita inteira viva o mundo pode até estranhar alguns vão tentar diminuir sua força outros vão se afastar do seu brilho mas isso já não importa porque agora ela se tem e é aí que
o feminino selvagem desperta não como um grito de guerra mas como um canto interno uma voz que diz: "Você não está mais perdida você voltou para casa" a mulher madura não é uma exceção ela é uma possibilidade um renascimento ela só ainda sente medo insegurança carência mas não vive a partir disso ela olha no espelho e vê não mais a menina que espera mas a mulher que escolhe e como Jung escreveu aquele que olha para fora sonha aquele que olha para dentro desperta essa jornada é para quem cansou de esperar de romantizar a dor de
adiar o encontro consigo mesma se você está aqui talvez esse despertar já tenha [Música] começado a imaturidade não é um erro é um estágio mas o problema é quando a gente começa a achar que esse estágio é um lar você pode ter passado anos esperando de um momento certo a pessoa certa o cenário ideal para finalmente se sentir completa mas a verdade esse momento não chega ele é criado quando você decide parar de fugir de si mesma carl Jung nos lembrou que a verdadeira transformação acontece quando temos coragem de encarar a sombra e talvez a
sua sombra não seja tão obscura assim talvez ela só esteja cansada de ser ignorada talvez ela só queira te mostrar que sua força sempre esteve aí disfarçada de fraqueza sabe eu precisei escrever esse roteiro três vezes na primeira versão eu ainda estava tentando explicar o tema na segunda eu queria que tudo soasse impecável na terceira que foi essa eu só deixei vir e quando veio veio com raiva veio com dor veio com alívio porque eu percebi que essa tal poela eterna já morou em mim e às vezes ainda bate na porta te contar uma coisa
eu tinha uns 20 e poucos anos quando percebi que estava sempre escolhendo relações onde eu me colocava como a que cuida a que entende a que espera mas por trás de toda essa paciência havia uma covardia eu morria de medo de ser rejeitado se mostrasse quem eu era de verdade o dia em que eu me vi repetindo isso pela terceira vez foi o dia que eu sentei no chão da sala e chorei como criança e ali começou o meu despertar então se você se reconheceu em alguma parte desse vídeo se você sentiu um nó na
garganta um incômodo uma vontade de mudar algo parabéns isso já é maturidade acontecendo agora me responde nos comentários em que momento da sua vida você percebeu que precisava parar de esperar por alguém e começar a se encontrar ou qual parte da sua sombra você sente que ainda está escondendo do mundo eu vou estar lá lendo sim até os comentários longos sobretudo os longos ah e se você chegou até aqui e ainda não deu like não se inscreveu e não compartilhou eu só posso assumir duas coisas ou você é uma rebelde nata e nesse caso respeito
ou é uma poela que ainda tá achando que o canal vai se inscrever sozinho seja como for aperta o botão aí isso aqui é só o começo e vê os vídeos que estão aparecendo aqui na tela tem um deles que fala sobre uma outra parte da psiqui que você tem evitado mas eu não vou te dizer qual descobre sozinha afinal crescer também é isso nos vemos lá ou aqui ou dentro de você até breve
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