Luciano Subirá - A CERTEZA DA SALVAÇÃO | FD#31

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
O assunto da nossa conversa hoje é certeza de salvação. Eu me lembro quando ainda garoto e alguém me perguntou: "Você tem certeza da sua salvação? " Eu respondi: "Sim.
" E ele olhou para mim e perguntou: "Como é que você sabe que é salvo? " Eu falei: "Eu sei. Não sei como é que eu sei.
" Então ele me perguntou: "Alguma vez Jesus já te apareceu para ele mesmo garantir para você: - Meu filho, tu tá dentro, Eu te garanti com meu sangue? " Eu falei: "Não, nunca vi Jesus. " Ele falou: "Algum anjo apareceu para você trazendo uma cópia autenticada do Livro da vida: - Ó, número de Protocolo tal, apresenta na entrada?
" Eu falei: "Também não". Ele falou: "Alguma vez você viu o céu? " Falei: "Também não.
" - "Alguma vez algum anjo anunciou seu nome dizendo que foi salvo? " Eu falei: "Não, nunca vi nem ouvi nada. " Ele olhou para mim e perguntou: "Então como é que você sabe que é salvo?
" E a resposta que eu dei, aos 15 anos de idade, foi: "Eu sei porque sei, porque sei. " Talvez devesse ter acrescentado a essa declaração: "Como é que sei, não sei". E talvez devesse ter dito: "Eu só sei que eu sei", porque eu sabia, que eu sabia que eu era salvo.
Eu só não sabia como é que eu sabia. Foi nesse dia que essa pessoa me fez prestar atenção em Romanos 8. 16, que diz: "O próprio Espírito", está falando o Espírito Santo, que dois versículos antes ele tinha mencionado, o Espírito de Deus, "O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que nós somos filhos de Deus.
" Outras traduções mais antigas dizem que o Espírito testifica com o nosso espírito. O verbo testificar significa "testemunhar" e aqui nós temos algo importante a ser reconhecido. Todo o crente tem um testemunho interior que lhe confere segurança quanto ao seu destino.
Nós chamamos isso de "certeza de salvação". Na aula passada falamos a respeito de perda de salvação. Questionamos: Salvação se perde?
Como potencial de risco, de possibilidade ou probabilidade? Sim, isso não significa, obviamente, que Deus queira que aconteça. Pelo contrário, toda advertência nos é apresentada justamente para que a gente venha garantir que não seja esse o processo.
E quando reconhecemos que existe sim, de fato perda de salvação, isso não significa que vamos viver todo dia atemorizados, que vamos acordar a cada manhã com medo, questionando se perdemos ou não a salvação. Eu sei, por exemplo, que o meu casamento pode vir a terminar. Isso não significa que, porque exista esse risco e probabilidade estatística, eu vou permitir que aconteça.
Justamente por saber que existe esse risco, já há quase 28 anos eu zelo para que isso não aconteça. Eu não acordo a cada manhã, o medo do casamento acabar, mas eu acordo a cada manhã na disposição de dizer: Vamos fazer isso funcionar. Não vamos deixá-lo nunca chegar a uma zona de risco e possibilidade de perigo.
Então eu não vejo razão para que as pessoas critiquem tanto o ensino sobre perda de salvação, porque o que queremos não é que as pessoas estejam atemorizadas no sentido de viverem achando que é um risco contínuo e diário, mas sim que elas zelem para proteger aquilo que lhes foi confiado. Bom, dito isso, já destacamos em aulas anteriores que a salvação é um processo e se você ainda não assistiu a nossa aula que fala a respeito dos tempos da salvação, essa fundamentação foi colocada lá. Ao mostrar que a salvação é um processo, vemos que nesse processo tem não só começo, meio e fim, que é passado, presente e futuro, mas nós também percebemos que tem a parte Deus e tem a nossa.
E na continuidade não significa apenas que Deus ainda não tenha feito tudo, significa que nós temos que corresponder com o que Deus já fez, com que Ele está fazendo e com aquilo que Ele ainda fará. Então, não apenas quando falamos do processo, existe a parte não concluída do processo, olhando do lado de Deus, como também, existe a nossa parte. Considerando tudo isso, Filipenses 2.
12 diz que nós devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor. Se o desenvolvimento, se o aperfeiçoamento da nossa salvação de fato existe e requer a nossa participação, no que implica a negligência? No não desenvolvimento do processo.
Então, precisamos reconhecer o processo, precisamos reconhecer a nossa responsabilidade. Vários textos falam de uma salvação ainda não concluída, de um projeto ainda não terminado. Falam de uma condicionalidade claramente estabelecida.
Por exemplo, em Colossenses no capítulo 1, dos versos 21 a 23, Paulo diz assim: "E vocês que, no passado, eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras más que praticavam, agora, porém, ele os reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis". A conversão aqui é indiscutível. "No passado, eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras más que praticavam, agora reconciliados para se apresentar diante dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis.
" Indiscutível que a conversão aconteceu. Olhe o verso 23: "se é que vocês permanecem na fé, alicerçados e firmes, não se deixando afastar da esperança do evangelho que vocês ouviram e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro. " Então, se não fosse possível afastar-se da esperança do Evangelho, e Paulo está falando ao convertido, por que tocar no assunto?
Se não houvesse o risco condicional por que é que ele diria, se é que vocês permanecem na fé, alicerçados e firmes? Então não só sabemos que a salvação é um processo, mas que tal processo pode ser abortado em vez de ser concluído. E muitos textos vão apontar para uma salvação ainda não completada.
Em primeira Timóteo no capítulo quatro, no verso 16, o apóstolo Paulo diz assim ao seu discípulo que era não apenas um líder, mas responsável por estabelecer inclusive outros pastores, outros presbíteros à frente das igrejas que ele cuidava. Ele diz assim, primeira Timóteo 4. 6: "fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem".
Como salvarás a ti mesmo? Timóteo não era salvo? Quando ensinamos sobre os processos, estamos destacando aqui, em primeiro lugar, que a salvação é um processo, a gente vê que existe um aspecto inicial da salvação, que é a conversão, existe uma santificação progressiva que nos leva além daquela santificação inicial da conversão, que é o desenvolver a salvação, existe um processo de santificação final, que é a glorificação do corpo, que só acontecerá na vinda de Cristo.
Quando Paulo está dizendo "salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem", não significa que ele tinha zero de salvação, que ele não tinha experimentado em um nível, mas que, obviamente, ele também seguia em direção àquilo que ainda faltava. Quando consideramos, por exemplo, Tiago, capítulo um e olhamos em especial para o verso 21, a Escritura diz: "Portanto, deixando toda a impureza e acúmulo de maldade, acolham com mansidão a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los. " O original diz: "a qual é poderoso para salvar as vossas almas.
" Está falando de salvar como algo que ainda vá acontecer. A pergunta é: essas pessoas tinham zero de experiência de salvação? Claro que não.
O versículo 18, um pouquinho antes diz o seguinte para essas mesmas pessoas: "Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas. " Então, se foram gerados pela palavra da verdade, se já passaram o novo nascimento, não podemos dizer que não estavam experimentando salvação, mas a mesma palavra que os gerou, ele está dizendo: "Ela deve ser acolhida. " "A mesma palavra que foi implantada em vocês", que gerou o novo nascimento, "agora deve ser acolhida com mansidão.
" Significa que nós vamos permitir que essa salvação se estenda. Aqui ele está dizendo: "a qual é poderosa para salvar as vossas almas. " Primeiro Tessalonicenses 5.
23 diz: "e o espírito, alma e corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis para a vinda do Senhor Jesus. " O nosso espírito é regenerado na conversão, no dia do novo nascimento. O primeiro ponto da salvação.
É no nosso espírito que tudo começa. Então aquele aspecto passado dos processo da salvação começam com a intervenção de Deus no nosso espírito. O futuro tem a ver com o nosso corpo.
Romanos 8. 23 diz que estamos aguardando a redenção do corpo. Então, entre o passado, o espírito regenerado e o futuro, um corpo que será glorificado.
Qual o foco da salvação agora? A salvação da nossa alma. É a transformação comportamental, é a renovação da mente, das emoções, é a mudança de valores, é a nova natureza que foi implementada no nosso espírito, influenciando a forma de pensar, de sentir as nossas escolhas.
Ou seja, a salvação é um processo. Portanto, quando se fala de perda de salvação, estamos falando de um processo abortado. Quando se fala de certeza, estamos falando de um processo cuja manutenção está sendo garantida e há uma determinação de levá-lo adiante.
Em segunda de Pedro, no capítulo um, nós temos algumas declarações que obviamente falam de uma salvação que ainda não está completada, que não foi toda ela terminada. Segunda de Pedro, capítulo um, versos 10 e 11, diz o seguinte: "Por isso, irmãos, procurem com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão. " Então, confirmar a eleição não é garantir, mas é fazer a nossa parte do lado de cá.
É não desperdiçar, é não abortar o processo. Ele diz: "fazendo assim, agindo dessa forma, vocês jamais tropeçarão. " Por que alguém pode tropeçar na fé?
Verso 11: "Pois desta maneira é que lhes será", futuro, "amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. " - "Ah, mas para entrar no Reino de Deus tem que nascer de novo. Já não nascemos de novo?
" Sim, entramos no início do processo, mas para que a gente viva a salvação de forma completa, o processo precisa ser terminado. Então, olhando para as Escrituras, isso é inquestionável. Quando falamos que a salvação é pela graça, mediante a fé, nós precisamos entender que a graça ela não age sozinha.
Por exemplo, segunda de Pedro 3. 18 diz: "Crescei na graça e no conhecimento", um imperativo. Se a graça agisse de forma unilateral, sozinha, ela poderia crescer em relação a mim.
Eu não poderia escolher crescer em relação a ela. O que dizer ser mandado? Em segunda Timóteo 2.
1, Paulo diz ao seu discípulo: "Fortifica-te na graça", de novo um imperativo. Mas se a graça age sozinha, ela me fortalece quando e se quiser. Eu não poderia eu escolher me fortalecer nela, o que dizer ser mandado?
A menos que ela não seja unilateral. Na segunda carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo seis, no verso 1 ele diz: "Eu exorto vocês na qualidade de cooperadores de Deus". Essa palavra "cooperadores", no grego é "sunergeo".
Sinergia é trabalho conjunto. Ele está falando que nós temos de trabalhar em conjunto com Deus, cooperar com Ele. Então, na qualidade de cooperadores, Paulo diz: "Eu os exorta a que não recebais a graça de Deus em vão.
" Se a graça é irresistível, faz tudo sozinha, como que ela seria recebida em vão? Mas se ela requer cooperação e interação da nossa parte, e nós não fizermos a nossa parte, o processo é que será afetado. Em Gálatas 2.
21, nós vemos o apóstolo Paulo dizendo: "Eu não anulo a graça de Deus. " Ué, se a graça de Deus não pode ser anulada, por que dizer isso? Paulo se gloriaria de alguma coisa que é impossível?
É como alguém dizer hoje: "Eu não mato Deus. " Mas Deus não pode ser morto, vai se gloriar de quê? Mas quando Paulo diz sobre não anular a graça de Deus, é porque isso é possível.
Por quê? Porque requer cooperação da nossa parte e se não houver interação, o processo não continua. Nós podemos ainda destacar o fato de que Paulo diz aos gálatas: "Vocês caíram da graça.
" Se fosse a graça que agisse sozinha e nós não tivéssemos participação nenhuma, então não é a gente que caiu, é a graça que nos derrubou. Mas para que eu seja o responsável por ter caído, significa que eu tenho a minha parte e que eu fui negligente em relação à minha parte. Para encerrar o assunto, Hebreus, capítulo 12, verso 15.
Depois de dizer no anterior: "segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor", a Bíblia diz: "Tenham cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês se prive da graça de Deus, de maneira que alguma raiz de amargura brotando, vos contamine, vos perturbe e brotando, venha a contaminar a muitos. " Então, se a Bíblia manda eu cuidar para que eu não me prive da graça, significa que a graça não age sozinha. Senão, seria ela me privando de si mesma.
Mas, se eu posso me privar, posso falhar em relação à minha parte. Então, quer a gente vá falar de certeza de salvação ou perda de salvação, a questão é: Não é a parte de Deus. A parte Deus a Bíblia diz que Ele é fiel mesmo quando não somos.
Ele não vai nos sabotar nunca, jamais. Aquele que começou a boa obra da parte dele vai disponibilizar tudo o que a gente precisa para que isso continue. Perda de salvação é quando nós nos sabotamos e não cooperamos com Deus, como já foi dito nas aulas anteriores.
Dito isso, além dos exemplos bíblicos, das advertências como a de Jesus em Lucas 17. 32: "lembrai-vos da mulher de Ló", alguém para quem foi dito: "Não olhe para trás", que ao longo do caminho desobedece. por que é que Jesus nos manda lembrar disso?
A não ser que Ele quer que a gente entenda que o mesmo exemplo se aplica, ainda que não de forma literal, a nós, que não podemos olhar para trás, que podemos comprometer a salvação que nos está sendo oferecida. Dito isso, vamos falar mais da possibilidade das certezas do que das incertezas. Em Hebreus, no capítulo seis, e se em primeiro lugar a gente está destacando que a salvação é um processo para que se enfatize as duas possibilidades, em segundo lugar, eu quero destacar aqui o que a própria Bíblia, s Escritura chama de "a âncora da alma".
Para mim e para você ou para a maioria de nós, os brasileiros, que usamos pouco as embarcações, essa palavra "âncora" já não significa muita coisa, mas o texto de Hebreus seis, de 16 a 20, diz assim: "Porque as pessoas juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, põe fim a toda discussão. Por isso, Deus, quando quis mostrar com mais clareza aos herdeiros da promessa que o seu propósito era imutável, confirmou-o com juramento. Ele fez isso para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, que já corremos para o refúgio, tenhamos forte alento, para tomar posse da esperança que nos foi proposta.
Temos essa esperança por âncora da alma, segura e firme que entra no santuário, que fica atrás do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. " Então o texto está falando dos juramentos de Deus, que Deus queria mostrar com mais clareza aos herdeiros da promessa que da parte dele o seu propósito é imutável, então ele faz um juramento para confirmar. Ele quer trazer em nós segurança e toda a ideia é de que aquilo que Deus prometeu não será revogado.
Ele não vai nos sabotar em relação a isso. Mas eu e você precisamos entender que Deus de alguma forma estava querendo trazer o quê? Para nós que já corremos para o refúgio, um forte alento.
Eu quero destacar essas expressões aqui como "refúgio", assim como também a questão da "âncora da alma", que aparece no verso 19. Há muitos anos atrás eu fiz um passeio com a família. Estávamos pregando no norte do Brasil, mais especificamente no Pará, região de Santarém, e esse tempo nosso lá, de ministração, incluiu a possibilidade do que nós chamamos de um pequeno passeio com o propósito também de conhecer novas frentes de trabalho.
E fizemos um passeio de barco pelos ribeirinhos com toda a família que durou dois dias. E nesse passeio de barco com lugares que conhecemos, a gente chegou pegar o rio Arapiuns, de águas claras, límpidas, das mais límpidas do mundo. Foi um passeio impressionante, mas eu me lembro que no final de uma tarde alguém disse: "Precisamos achar um refúgio.
" E eu fiquei ouvindo aquele comentário. Eu falei: "O que foi? " - "Não, vai vir uma chuva mais forte.
Precisamos de um refúgio, de um refúgio" e eles conseguiram encontrar uma certa ilha fluvial, escolheram o lado certo onde parar. Depois de terem achado o refúgio, que era um lugar de proteção, agora a preocupação deles era: vamos colocar as âncoras de tal forma que o barco não seja chacoalhado. E eu achei que era muita "manchete para pouca notícia", muita preocupação para pouco risco.
Mas à noite, enquanto dormíamos nas redes do barco, eu comecei a perceber o vento chacoalhando o barco, o vento chacoalhando as nossas redes. Eu nunca tinha sentido frio naquela região, ainda mais num tempo de calor. Mas aquele vento forte soprando nos dava uma sensação de frio.
E eu entendi que diante daquele risco, eles acharam um lugar de proteção, um refúgio e mesmo assim lançaram mão da âncora. Para quê? Para que o vento da tempestade não nos levasse ou levasse o barco a ficar à deriva.
Para quem estava familiarizado com essa linguagem, a ilustração de Paulo é fantástica, eu diria, perfeita. Ele está falando que nós podemos correr para um refúgio, um lugar que nos dá alento, que nos permite tomar posse de uma esperança que nos foi proposta. Ou seja, ela não precisa ser sabotada, e que essa esperança, ela se torna a âncora da alma, segura e firme.
Onde que essa âncora está segura e firme? A Bíblia diz que essa âncora, ela entra no santuário, que fica atrás do véu onde Jesus entrou por nós. Ou seja, a obra que Ele fez por nós nos garante.
E essa é a declaração bíblica que eu e você também estamos firmes sem que a nossa fé necessariamente precise, não é preciso correr risco. Qual é a definição de âncora? No dicionário Michaelis nós vemos que é "um dispositivo de ferro ou aço preso a uma embarcação por um cabo ou uma corrente", antigamente por cordas, "lançado nas águas para manter o barco parado em determinado lugar por meio de unhas que se cravam no fundo.
" Nós precisamos entender que Deus quer nos oferecer consolação e refúgio, seja para os ventos fortes das tribulações, em Atos 14. 22, nós vemos os apóstolos voltando às primeiras igrejas dos gentios que haviam estabelecido, encorajando eles a permanecerem firmes na fé, animando os discípulos, dizendo que por meio de muitas tribulações nos importa herdar o reino de Deus, e eles eram fortalecidos. Eles eram encorajados.
Você vai ver Paulo em Romanos 8. 18 fazendo a afirmação de que "os sofrimentos do tempo presente não podem se comparar com a glória que em nós há de se manifestar. " Você vai ver Paulo dizendo em segundo aos Coríntios 4.
17, principalmente, que "a leve e momentânea tribulação não pode se comparar com o peso de glória" que existe diante de nós. Então, quando o tempo todo Deus está nos chamando a atenção para aquilo que nos aguarda, Ele tenta fazer com que isso tenha mais peso emocional do que os momentos difíceis que nós estamos vivendo. Ou seja, refúgio para os ventos, para as tempestades, para as pressões que virão contra a nossa fé.
É nesse sentido que a Bíblia fala não só de consolação e refúgio, mas de uma esperança que nos foi proposta. Em primeira de Pedro no capítulo um dos versos 3 a 5, a Bíblia fala de uma viva esperança. Também no verso 13.
Em Colossenses, no capítulo um, no verso cinco, Paulo fala de uma esperança que nos está reservada no céu. Em Tito 2. 13, a Bíblia fala sobre a vinda de Jesus, sobre aguardarmos a bem aventurada esperança.
Em Romanos oito 24, a Bíblia diz que na esperança fomos salvos. Romanos 15. 13 ainda destaca: "que o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
" Então, o primeiro aos Coríntios, no capítulo 13, e lá no verso 12, Paulo fala de três coisas que permanecem: a fé, a esperança e o amor. Se ele fala de três fé e esperança, não são exatamente a mesma coisa. A fé tem a ver com o presente, é a convicção daquilo que eu espero.
Eu me aproprio já. Mas a esperança foca muito mais no futuro e aquilo que nos aguarda. E nós precisamos entender que fé e esperança elas caminham de mãos dadas.
Em último lugar, o texto está falando que essa âncora fica segura e firme além do véu. Se eu e você podemos ter uma âncora para nossa alma lá no lugar onde Cristo entrou por nós, baseado no sacrifício de Cristo, significa que essa salvação pode nos dar certezas, garantias. Da parte Dele Ele nunca irá nos sabotar.
Agora, dito isso, eu gostaria de, em terceiro e último lugar, primeiro destaquei que a salvação é um processo, em segundo, falamos sobre a âncora da alma, mas em terceiro e último lugar, eu quero falar daquilo que eu vou denominar de a segurança do crente. Nós podemos ter certeza da nossa salvação por meio de algumas fontes, e a primeira delas são as afirmações bíblicas, as declarações da Palavra de Deus. Uma delas está lá, em primeira de João, no capítulo cinco e no verso 13.
Ele diz assim: "Essas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que saibam que têm a vida eterna. " Ele não diz apenas que terão. Ele diz "que têm a vida eterna".
A Almeida Atualizada diz: "a fim de saberdes que tendes a vida eterna. " Sabemos que a salvação é um processo, que o que começou ainda não está terminado, mas, embora o que não foi terminado possa ser abortado, a menos que o seja, nós precisamos entender que está em franco desenvolvimento e que, mesmo que não tenha sido completado, se não nos sabotarmos a nós mesmos, haverá continuidade daquilo que foi começado. E isso pode trazer ao meu e ao seu coração a certeza de que, ainda que o processo não esteja concluído, porque estamos cooperando com Deus e não nos sabotando a nós mesmos, nós podemos descansar.
A verdade é que se não desistirmos da fé, nada roubará o relacionamento que temos com Deus. Particularmente, eu gosto de uma declaração feita por Jesus que está registrada lá no Evangelho de João, no capítulo dez e no verso 28. Jesus diz assim: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
" Ninguém as arrebatará quem? O versículo anterior, o 27, ele diz: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. " É para elas que Ele está dizendo: "Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão.
" Uma certeza que eu e você podemos carregar é que não há força externa que possa nos arrancar do colo de Jesus ou dos braços de nosso Senhor. Em Romanos, no capítulo oito dos versos 35 até o 39 nós vemos uma declaração feita pelo apóstolo Paulo, que é muito semelhante a isso. A pergunta é: "Quem nos separará do amor de Cristo?
Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas essas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. " Nada vai fazer com que Deus nos deixe de amar. Nada tem o poder de nos tirar do colo de Jesus.
- "Pastor, então o senhor está falando de uma salvação que não se perde? " Não. O único, a única pessoa, a única forma de você sair de lá é você mesmo.
Deus não nos fez escravos no seu colo. Nós não somos reféns do amor de Deus. Nós podemos descer de lá a hora que queremos.
É por isso que os ataques de Satanás não são para tentar nos arrancar das mãos de Deus. Ele não é páreo para Deus. Os ataques Satanás são sempre para tentar nos decepcionar com Deus, para tentar fazer com que a gente desça do colo e desista.
Mas se temos um posicionamento firme de não comprometer isso, de não confundir as coisas, de não sermos enganados como a mulher de Jó se deixou ser a ponto de dizer: "Amaldiçoa seu Deus e morre", porque estava aborrecida com tudo o que aconteceu, então significa o quê? Que nós estamos, de fato, em um lugar guardados pelo amor de Deus, e que com a plena consciência, não nos sabotando a nós mesmos, não sairemos de lá. Uma outra coisa que nós precisamos destacar quando falamos da segurança do crente diz respeito a um texto que eu citei lá no início.
Em Romanos, no capítulo oito, no verso 14, a Bíblia diz: "Os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. " Nós precisamos entender o que é essa liderança do Espírito Santo. O Espírito Santo nos foi dado com um propósito muito claro.
A Palavra de Deus diz lá em Efésios, no capítulo um, que quando eu e você recebemos a palavra da verdade e cremos, o verso 12 de Efésios um termina com a expressão "em Cristo". O verso 13 começa assim: "Nele", significa em Cristo, "Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, receberam o selo do Espírito Santo da promessa. " O que significa a frase "o selo do Espírito Santo da promessa"?
O verso 14 explica: "O Espírito é o penhor", a palavra penhor significa "a garantia", "O Espírito é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. " Esse não é o único texto que fala sobre isso. Em segunda aos Coríntios, no capítulo um e no verso 22, eu vou ler o 21 e o 22, a Bíblia diz: "Mas aquele que nos confirma juntamente com vocês em Cristo e que nos ungiu é Deus", nos confirma, garantia, "que também pôs o seu selo em nós e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.
" De novo, a palavra aqui para falar de uma garantia. Efésios 4. 30 ainda diz: "E não entristeçam o Espírito Santo de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção.
" Particularmente, não creio que o selo é uma única experiência. O selo diz respeito a um relacionamento "Não entristeçais o Espírito Santo". Então o Espírito Santo é quem nos foi dado para garantir a continuidade daquilo que foi começado, para nos ajudar em todo o processo, Jesus disse: "Eu não vou deixar vocês órfãos, eu vou enviar o ajudador", e, entre outras coisas, ele confirma não só que a salvação começou, mas nos ajuda no desenvolvimento dela.
Então, quando a Bíblia fala sobre ser guiado pelo Espírito é na sequência disso, em Romanos 8. 16, que nós lemos: "e o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus. " Esse testemunho interior, o testemunho do Espírito Santo, é, de fato, um dos principais elementos quando o assunto é a certeza de salvação.
De vez em quando algumas pessoas me perguntam: "Pastor, e se eu não tenho certeza da minha salvação? " Ou você precisa de uma orientação bíblica mais clara como essa que te ajude a ter, ou você precisa de uma experiência com Deus e você não deveria carregar essa incerteza. Você deveria resolver esse problema buscando a Deus, dizendo: "Senhor, eu estou me posicionando em arrependimento, reconhecendo minha condição de pecador, acreditando no sacrifício substitutivo de Cristo e entendendo que isso não diz respeito a nenhum mérito meu, é uma expressão da graça, se recebe por fé e eu clamo que o Espírito Santo, que vem com a proclamação da Palavra, me leve a esse lugar de certeza e de convicção.
" Não há outro caminho além das afirmações bíblicas nas quais confiamos, é ter o testemunho do Espírito Santo. Eu gosto de algumas declarações da Palavra de Deus que se somam a todas essas que nós estamos falando e que vão gerar em nós esse tipo de entendimento. Por exemplo, primeira de João 4.
13 diz: "Nisso conhecemos que permanecemos nele e que ele permanece em nós: pelo fato de nos ter dado o seu Espírito. " É por isso que Paulo diz em Romanos 8. 9: "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele", porque quem é dele recebeu o Espírito.
E quando reconhecemos a presença do Espírito Santo em nós, a sua ação em nós, não só o seu testemunho, seu testemunho e parte dessa ação, nós temos elementos e subsídios para dizer: o processo iniciado, ainda que não tenha sido concluído, está em franco progresso, não está sendo sabotado. Portanto, apresentar a verdade bíblica de que há uma possibilidade de perda não significa que não só não vamos vencer a possibilidade de perda, como a de que podemos fazer isso com plena esperança, certeza e convicção de que há uma salvação em franco progresso, em andamento e nós não precisamos acordar a cada manhã preocupados se essa salvação desapareceu da noite para o dia ou não. Podemos, obviamente, alimentar toda essa convicção de fé, nos enchendo cada vez mais da Palavra de Deus, que, por meio dela é que a fé vem, podemos fortalecer e confirmar a nossa eleição, como diz a Escritura, correspondendo com Deus, frutificando e temos, de fato, a responsabilidade de fazer isso, mas precisamos entender que, embora nenhum de nós esteja no lugar de plena segurança, do tipo: "Ah, não preciso me preocupar com a forma de viver, posso fazer qualquer coisa", de forma alguma.
Também não significa que a gente tem que o tempo todo acordar vigiando: "Perdi de ontem para hoje? " porque ninguém perde salvação, como já disse antes, quando se perde uma moeda no bolso furado da calça. Isso é uma negligência contínua e progressiva.
Negligência essa, que podemos vencer por meio dessas advertências, desses ensinos, das instruções da Palavra de Deus que estamos recebendo. E a minha oração é que aquilo que você tem ouvido por meio dessa aula não apenas te dê informação, conhecimento bíblico, alicerce para a fé, mas te dê subsídio prático para viver a vida cristã da forma como Deus espera que você viva. Que o Senhor te abençoe ricamente e te ajude a fortalecer-se cada vez mais na fé.
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