[Música] Olá minhas traças sejam bem-vindos de volta ao canal leia para esta Leia e caso você ainda não seja um traça e esse seja o primeiro vídeo que você assiste nesse canal ou lembra também é um canal que fala sobre literatura entretenimento cinema e outras questões sempre com mainha fazer mais em temas sociais e Negritude em feminismo mas sempre como uma Vibe assim divertida para gente falar eu costumo fazer muitas resenhas de livros ficcionais nesse canal mas volta e meia eu faço algum tipo de vídeo comentando livros não ficcionais E esse vídeo de hoje é
mais um vídeo falando sobre o livro ficcional Então hoje a gente vai comentar as veias abertas da América Latina do jornalista uruguaio Eduardo Galeano que faleceu no ano de 2015 esse livro é de 1971 e ele foi relançado numa edição Nova pela lpm Pocket que é Nossa parceira inclusive foi quem me enviou esse livro então agradeço demais a RPM presentão que é um livro muito bom né Ela tá aqui todo cheio de post-it você já sabem e essa edição é traduzida pelo Sérgio Faraco e tem um prefácio escrito pelo próprio Eduardo Galeano escrito em 2010
Então esse vai ser o nosso comentário do vídeo de hoje vamos falar um pouquinho sobre o que o livro fala sobre a importância que esse livro tem e sobre como é que ele é estruturado mas antes da gente entrar no vídeo propriamente dito quero convidar você para se inscrever no canal caso você ainda não seja inscrito e para deixar o seu like porque para sempre a pracinha deixa o like antes do vídeo começar porque sabe que a resenha vai ser boa e Convido você também para me seguir nas minhas redes sociais @lemia preta Leia no
Instagram no Tik Tok e no Twitter eu vou linkar aqui na caixinha de descrição as redes sociais para você seguir e também tecla no Sininho de notificação para você receber avisos de quando vídeos novos Desse Canal estão saindo então sem mais delongas vamos ao vídeo [Música] Eduardo Galeano nasceu em 1940 no Uruguai e faleceu em 2015 ele foi um escritor jornalista uruguaio com mais de 40 livros publicados vários dos livros do Eduardo Galeano são publicados pela lpn Pocket e ele não se enquadra num gênero literário só então ele escreve vários gênero de literários mais um
dos seus livros mais famosos se não mais famoso no Brasil é justamente As veias abertas da América Latina que foi publicado pela primeira vez em 71 que faz uma espécie de radiografia radiografia não faz Na verdade uma ressonância magnética mesmo no estado de exploração e degradação neocolonial que a América Latina vivia ali nos anos 70 quando o livro foi escrito e que infelizmente vive até hoje e esse livro ele serve muito para apontar as relações que fizeram a América Latina entrar nesse eixo ocidental desde a época que os europeus chegaram aqui nas chamadas grandes navegações
que eu chamo carinhosamente de grandes invasões né E que vai mostrar muito do processo de expropriação de esfoliação das nossas terras que vai passar pelo que pela invasão pela dizimação e escravização de povos indígenas pelos ciclos de monocultura pelas extrações de minérios da nossas terras pela pelo sequestro de aspera e escravização de povos africanos e seus descendentes aqui para trabalhar nesse ciclo de monocultura pela dependência de Capital estrangeiro pela dependência cultural estrangeira e que faz com que a América Latina Até hoje ainda seja considerada um continente em desenvolvimento no continente do Sul global que ainda
tem dificuldades muito grandes de se desenvolver e uma das coisas mais importantes para mim nesse livro é que em 71 o ugaiando já chamava atenção para degradação do meio ambiente natural que vai vir muito dessa questão dos círculos de monocultura e das explorações de que os europeus fizeram aqui que geram muitos dos problemas ambientais que a gente tem até hoje na América Latina então ele vai falar da América Latina como um todo incluindo os países do Caribe fala de Brasil fala de Uruguai fala de Paraguai fala de Argentina ele vai fazer uma rádiografia que faz
Inclusive a gente entender que a gente que é brasileira Às vezes a gente não se sente muito latino-americano né até porque a gente é o único país que não fala espanhol na América Latina mas a gente vai entender que a origem da degradação a origem da exploração é muito parecida mas ao mesmo tempo uma das questões que o Eduardo Galeano não fala no livro dele é sobre a potência é a resistência sobre a cultura que os povos latino-americanos criaram que inclusive vão fazer com que fortaleça né a nossa resistência a essa exploração Então esse não
é o foco do livro mas óbvio que em 500 anos de história exploração a gente não ficou só no ponto de vista da vítima a gente reagiu a gente se resistiu a gente criou Cultura a gente criou educação a gente está assistindo até hoje então é um foco que não se falava que o livro não fala até porque não se falava disso nos anos 70 mas que hoje a gente tem que lembrar que a gente não pode se colocar mais na história apenas como vítima da história mas sim como pessoas que criam potencialidades e cultura
para rebater a esse nosso Global então assim como o livro de 71 ele tá foi escrito antes do que a gente chama do processo de Capitalismo tardio de pós-modernidade que é o que a gente está vivendo hoje que justamente nasce nos anos 70 onde o capitalismo se transforma já se preparando porque ele viria a ser agora no século 21 então sim o livro tem algumas questões anacrônicas questões culturais que a gente não tem como se aplicar mais hoje e ele ainda é inscrito um pouco naquele maniqueísmo de direito esquerda que era tão importante nos anos
70 e nos anos anteriores mas em termos de S levantamento histórico e dessa interconexão que o livro faz entre questões de esfoliação que vem lá de 1.500 e os problemas que a gente vivia em meados do século 20 ele ainda é muito atual e muitas coisas né e assim o Galeano ele vai fazer uma relação da história da América Latina sobre o ponto de vista dessa exploração econômica dessa dependência do capitalismo quer dizer o processo que faz com que a América Latina se vai integrar nesse chamado mercado mundial desde a colonização europeia até o momento
em que ele foi escrito e qual era esse contexto né que dia era quando o Galeano escreveu esse livro gente escreveu esse livro no final dos anos 60 que eram um período onde a gente estava vivendo pós-guerra o período da Guerra Fria e um ciclo que se Estendeu até o final dos anos 80 que foi o ciclo das grandes ditaduras de extrema direita que aconteceram na América Latina como um todo inclusive naquele momento Brasil já estava em sob o regime militar e o próprio Uruguai Argentina e o Chile iriam entrar nesse regime militar Poucos Anos
depois do livro ser publicado então o livro ele estava super polarizado entre o direito e esquerdo e que uma polarização que ainda voltou hoje a moda né nessa questão de fantasma do fantasma do comunismo que era um negócio que nem se falava mais mas voltou essa polarização mas estava nessa polarização né entre direita e esquerda principalmente numa questão muito manequimista de que o comunismo era ruim e que é de que o capitalismo era bom E esse livro ele foi copitado ele foi recebido pela esquerda tradicional aquilo que o Galeano era de esquerda e ele se
tornou praticamente uma Bíblia da esquerda latino-americana naquele tempo tanto que ele foi proibido em vários países durante a ditaduras militares do Brasil da Argentina do Uruguai e do Chile foi proibida a publicação desse livro aqui até meados dos anos 80 inclusive gente o próprio Eduardo Galeano foi perseguido pela ditadura uruguaia Ele foi preso no Uruguai e depois ele se exilou primeiro na Argentina e depois na Espanha então ele é um cara que sim sofreu com a ditadura militar no Uruguai e com o fato de que tinha uma série de ditaduras militares aqui na América Latina
que eram todas de direita que eu saiba e onde você sai de esquerda Não era nem um pouco seguro mesmo assim né o próprio galiano já mais no final da vida com seus 70 e poucos anos ele já achava que às vezes abertas da América Latina era não se aplicava mais tanto a situação em que a gente estava vivendo tanto que na Bienal de Brasília de 2014 Ele disse que ele mesmo não leria mais o livro porque ele achava que como é que ele escreveu até anotei aqui a narrativa da esquerda tradicional é chatíssima né
porque ele falava aqui no século 21 essa coisa maniqueísta polarizada de esquerda versus direita já não servia mais mas aí a gente começou a perceber principalmente no Brasil a partir de 2014 que não é bem assim né continua assim a vendo essa disputa muito específica Entre esses dois eixos do espectro político então eu até anotei aqui o que que foi que ele escreveu né em todo o mundo experiências de partidos políticos de esquerda no poder às vezes deram certo às vezes não mas muitas vezes foram colhidas como castigo por estarem certas o que deu margem
a golpes de estado ditaduras militares e períodos prolongados de terror que inclusive gente foi o que aconteceu Praticamente em todas as ditaduras militares na América Latina houve levante de governo de esquerda em vários países pequenas centelhas de esquerda como governo do João Goulart aqui o governo do aliender no Chile em vários países da América Latina aconteceu isso da esquerda começar a acender o que que aconteceu os Estados Unidos começaram a treinar e para a impulsionar a ditaduras militares de extrema direita aqui e depois aconteceu exatamente a isso de novo no mundo como um todo os
países os governos mais voltados para a esquerda para o capitalismo social né pro social capital começam a acender aí no século 21 depois a gente vê de novo esse processo de reacionarismo de extrema direita que é justamente o que aconteceu no Brasil e justifica a eleição do bolsonaro o que deu margem a golpes de estado ditadura nos comentários e períodos prolongados de terror com sacrifícios e crimes horrorosos cometidos em nome da Paz social e do Progresso em alguns períodos é a esquerda que comete erros gravíssimos óbvio que ele estava falando inclusive dos governos da Rússia
né que são esse e da China né que vão cometer esses erros contudo no próprio prefácio dessa edição da lpm organo ele ficava muito chateado né desperceber que esse livro em dele que escreveu em 2010 ele continuava tão atual isso para ele era uma infelicidade dele continuar vendo tipo 40 anos depois que ele escreveu o livro narrativas estão atuais então ele escreve assim ele cita Marques né e escreve uma coisa que eu achei interessantíssima né a história não quer se repetir ele quer dizer assim o Marcos falava né que a história se repete como um
GIF não Marcos não dizia isso mas eu falo isso que a história se repete como um GIF mas ele vai dizer a história não quer se repetir o amanhã não quer ser outro nome de hoje mas obrigamos a se converter em Destino Fatal quando nos negamos a aprender as lições que ela Senhora de muita paciência nos ensina dia a dia e basicamente o que o galiano traz nesse livro é o fato de o grande problema que os países do sul global que a gente chama que a gente inclui a América Latina e é esse processo
de serem obrigados a se inserir nesse chamado mercado mundial né que seria o quê dever acreditar nessa liberdade de comércio embora a gente sabe que a liberdade seja uma mentira é dever Honrar essa dívida externa por exemplo com fundo monetário internacional sabendo que essa dívida foi feita de forma extremamente desonrosa lutar para atrair investimentos que vêm inclusive com preços muito altos que a gente tem que pagar e entrar nesse mercado mundial mais aceitando entrar pela sempre pela porta de serviço e entrar no mundo para o autor é justamente quando a América Latina tenta entrar nesse
mercado mundial mas sempre no ponto de vista subserviente porque a América Latina foi colonizada né E foi sempre colocada como esse ponto de servir né então assim é nesse mercado mundial a gente tem uma rotina de quem manda e quem obedece Quem manda ser os partidos do norte do norte Global quem obedece são os partidos do Sul global e isso começa lá no colonialismo onde as nossas terras heróis apropriadas espalhadas naqueles vários ciclos de monocultura que a gente conhece Cacau café açúcar que foi muito importante aqui no início da colonização a extração de madeira a
estação de minério e depois o próprio petróleo que se também importante nesse Mercado Global com países Venezuela e inclusive no Brasil tem gente inclusive que acredita que a Dilma o fato da Dilma ter sofrido o impeachment foi justamente relacionada à questão da descoberta do pré-sal né que o Brasil queria ter esse isolamento essa alta produção de petróleo para si mesmo essa geração de energia e a ser totalmente autossuficiente e o Mercado Global não se interessava por isso e ele chama atenção pelo fato de que esses grandes processos de esfoliação humanas e sociais deixaram problemas não
só com seres humanos né como a fome por exemplo que a gente vive até hoje a diziminação de culturas ou embranquecimento de culturas a dizimação de povos indígenas mas também gerou vários problemas ambientais a gente teve florestas transformadas em grandes centros urbanos e transformadas em desertos a gente teve pedras deixadas com buracos a gente teve Rios canalizados água estagnada foi tanta questão gerada que a América Latina quase como se fosse uma superfícies borrada da onde a Europa veio e saiu muita coisa E aí o Galeano ele vai e pergunta uma coisa que hoje é muito
importante da gente perguntar o passado ele é mudo ou agente continua sendo surdo para poder saber o que que o passado nos ensina né e o Galeano ele vai mostrar pra gente que um dos grandes problemas que a gente tem na América Latina que a gente tinha nos anos 70 que a gente continua tendo até hoje como no caso do Brasil e da Argentina é a dependência dos ciclos de monocultura ele fala que a monocultura ela tem muito a ver com escravização não necessariamente com a escravização de pessoas mas pode escravização da América Latina no
mercado mundial a gente continua sendo porão e celeiro do mundo né países como a gente no Brasil ainda são celeiros do mundo então a dependência da monocultura ela é muito ruim para o meio ambiente porque ela ela assola o solos ela acaba com os rios e também dá um problema para gente de a gente não ter soberania alimentar ele disse que um país nunca vai conseguir ser independente se a sua população morre de fome não tem soberania alimentar ele vai dizer que a variação de Cultura a diversidade de plantio é justamente o que traz a
nossa soberania alimentar e a gente não deveria depender de um único ciclo de produto ao longo do livro principalmente na primeira parte ele vai falar de vários ciclos monocultura que a gente teve em países da América Latina E como que quando o mercado mundial resolveu que não queria mais acabou com o nosso processo e eu vou dar um exemplo aqui muito interessante né que foi por exemplo a borracha no Brasil a gente tinha o seringais a gente ainda tem o seringais que nascem ele dentro da floresta amazônica então o processo de extração de látex ele
era considerado até bastante sustentável e tinha o seringueiros E aí uma quantidade enorme de pessoas do Nordeste Se mudaram para a Amazônia para poder participar dessa segunda borracha mas aí uma galera inglesa veio e roubou traficou as sementes da seringueira para lá que Inclusive era crime né você importar sementes para lá mas ele está traficaram essa Seringueiras e produziram Seringueiras mais resistentes a pragas e que poderiam ser cultivadas em ciclo de monocultura E aí os ingleses começaram a produzir nas colônias deles para fazer a borracha na virada do século XIX Século XX e a boa
no Brasil acabou deixou o povo passou fome o desenvolvimento lá que tinha acontecido capitalista na Amazônia acabou e era isso que ele tá falando a gente vive em países que tem riquezas enormes em termos de produção de monocultura mas que o povo morre de fome e isso até hoje funciona porque o Brasil é o maior produtor de Mundial que eu saiba de soja ou um dos maiores de soja de milho que inclusive não são necessariamente transformados em alimentos direto para humanos geralmente eles viram ração para gado e para porcos né Principalmente para China e o
Brasil tem 30 milhões de pessoas em situação de fome passando fome e mais da metade da população não tem soberania alimentar está em risco alimentar que é o que que a pessoa não saber o que ela vai ter que comer e uma das coisas que eu ganhando mais chama atenção é uma grande quantidade de população que tem problemas de nutricionais porque não consegue absorver a quantidade de nutrientes certos para se ter saúde e se alimenta muito mal e aqui nos anos 70 ele falava da população fa e hoje em dia a gente tem substituições de
produtos naturais que fazem super bem para nossa saúde como arroz e feijão por produtos industrializados que são mais baratos então assim ele diz que não adianta um país que não tem soberania alimentar que sofre com fome ele nunca vai ser independente então ele disse que a monocultura é o maior veneno da América Latina até hoje principalmente essa monocultura de como que serve de como o mercado internacional que inclusive por exemplo no caso do café vai o café para Europa Eles produzem um café de excelente qualidade a gente fica com café de menor qualidade aqui e
depois eles vendem o café já beneficiado de excelente qualidade para gente comprar sabe o livro ele realmente gente ele vai dando uma revolta porque eu acho que se você ler esse livro você começa a ter uma visão mas holística do problema dos países da América Latina incluindo o Brasil então assim é uma aula de história sim inclusive fala de escravidão fala de de aproximação dos indígenas fala de países que a gente nunca ouviu falar dos problemas por exemplo da independência do Haiti que eu conhecia por acaso né que eu estudei na época lá do terremoto
de 2010 mas que é um país que foi que teve uma dívida externa enorme depois que ele tomou a independência da França e inclusive um considerado até hoje desde Essa época que ele foi escrito o país mais pobre da América Latina então quando tem aquele terremoto de 2010 o Haiti não tem forma nenhuma de se proteger e de responder aquilo ali ele vai falar de uma série de outros países cuja a realidade a gente não conhece inclusive como é que começam lá as questões lá das faca na Colômbia Mas ele também vai falar da de
estruturas de poder como o Quilombo dos Palmares que são essas estruturas de residência de resistência como o movimento da fatista que se eu não me engano anaboliza na Colômbia que também é um movimento de resistência então ele vai mostrar alguns pontos sim de resistência então gente vamos falar do livro da estrutura do livro O livro é dividido em três partes a primeira parte é a introdução que chama 120 milhões de crianças do centro da Tormenta que ele vai falar do maior problema que a gente tem que justifica o título do livro que é o fato
de que as veias abertas o que que ele quer dizer com as veias abertas da América Latina é que tudo praticamente com o mundo do Norte Global consome flui das nossas veias dessa coisa da América Latina e não só América Latina a gente sabe que a África é Ásia também mas especificamente a América Latina para galiano né ah se o mundo é baseado em perdedores e ganhadores a América Latina se especializou sempre em perder e aí ele vai trazer uma questão muito interessante nessa introdução eu vou ler para vocês uma citação na página 17 que
diz o seguinte a divisão internacional do trabalho significa que alguns países se especializam em ganhar e outros em perder Nossa com marca no mundo que hoje chamamos a América Latina foi precoce especializou perder desde os remotos tempos em que os europeus do renascimento se aventuraram pelos mares e lhe cravaram os dentes na garganta mas a região Continua trabalhando como serviçal continua existindo para satisfazer as necessidades alheias como fonte e reserva de petróleo e ferro de cobre carne frutas e café matérias e alimentos destinados aos países ricos isso aqui foi escrito em 70 vocês perceberam que
50 anos depois a gente continua as nossas veias abertas da América Latina continua fluindo para outros países e o que que isso significa né Principalmente essa questão das veias que ele fala e aí eu vou ver uma citação na página 18 que fala Justamente por isso é a América Latina a região das veias abertas do descobrimento aos nossos dias tudo sempre se transformou em capital europeu ou mais tarde norte-americano e como tal se acumulou e se acumula nos distantes centros do Poder tudo a terra Seus frutos e suas empresas ricas e minerais os homens os
seres humanos e sua capacidade de trabalho de consumo os recursos naturais e os recursos humanos o modo de produção e a estrutura de classes de cada lugar foi sucessivamente determinados do exterior por sua incorporação a engrenagem Universal do capitalismo gente vocês têm noção do que que é o centro desse livro o centro desse livro é uma coisa que eu sempre falo e que inclusive eu fui na Copa 26 né se você me acompanha aqui você sabe que eu tava lá na copa na cúpula das partes 26 e eu falei isso em inglês para uma multidão
de vários ingleses que eu não sei nem se eles ficaram um pouco assim eles ficaram um pouco incomodados mas eu falei o seguinte a gente tem essa divisão internacional do trabalho sim mas e eles são os ganhadores mas para que eles sejam ganhadores a gente tem que perder Alguém tem que perder e vai ser a Ásia vai ser a África vai ser a América Latina não existe situação ruim ganha ganha no capitalismo para alguém ganhar muitos outros tem que perder e é justamente isso que o Galeano vai dizer ainda na citação na introdução ele vai
dizer perdemos outros ganharam mas aqueles que ganharam só puderam ganhar porque perdemos a história do subdesenvolvimento da América Latina integra Como já foi dito a história do o movimento do capitalismo Mundial Nossa derrota esteve sempre implícita na Vitória dos outros Nossa riqueza sempre gerou Nossa pobreza por nutrir as prosperidade alheia os impérios e seus beleguinhos nativos na alquimia colonial e neocolonial o ouro se transfigura em sucata os alimentos em veneno e ele vai mostrar situações ao longo do livro e que mostra justamente isso como a nossa pobreza a nossa esfoliação o roubo nas nossas riquezas
foram suficientes para fazer com que a Europa acendesse os Estados Unidos ascendência então não existe situação ruim a gente perde porque eles ganham e eles ganham porque a gente perde e assim por diante E aí a gente tem a primeira parte que é justamente a pobreza do homem como resultado da riqueza da terra que é onde ele vai mostrar vários ciclos os ciclos de monocultura e vai falar dos ciclos de exportação de minérios aqui então ele vai falar o ciclo do ouro no Brasil do ciclo na Prata ali na região da Argentina ele vai falar
do ciclo do estanho e também vai falar do ciclo de monocultura que foi principalmente o primeiro açúcar que foi o maior ciclo que a gente teve Depois o cacau depois o café depois a borracha e etc e assim por diante inclusive ele vai fazer uma relação que é muito interessante de como que o nosso ciclo do açúcar a dizimação e escravização de povos indígenas a escravização de pessoas africanas gerou energia para a população lá a população de trabalhadores da classe trabalhadora da Inglaterra ser esfoliada expropriada para desenvolver a primeira revolução industrial que aconteceu na Inglaterra
no século 18 então tem uma relação enorme gente a Inglaterra por exemplo fica um país muito rico e eu falo da Inglaterra porque era onde eu fui morar se torna um país muito rico se torna um império com base na exploração de países da América Latina e do Caribe né então vamos falar a verdade é isso que ele vai falar dessa primeira parte do livro de como que riqueza a riqueza né os nossos recursos naturais e humanos os nossos bens naturais e bens humanos eles na verdade se transformam na nossa pobreza porque é justamente essa
questão que eu falei no início do vídeo a gente tem uma riqueza natural enorme que não se reverte na nossa riqueza como sociedade por exemplo o Brasil hoje é um país como eu falei um dos maiores produtores de soja um dos maiores mercados de como antes do mundo e tem uma parte enorme da sua população que passa fome e isso é a realidade da América Latina gente a riqueza do outro eles eles propriam a nossa riqueza para transformar a riqueza deles e a gente morre de fome aqui e é isso que o livro vai falar
né já a segunda parte é chamada o desenvolvimento é uma viagem com mais Náufragos do que Navegantes Nessa parte ele vai chegar mais para as meados do século XIX e a virada para o século 20 e vai falar também sobre as questões de exploração contemporânea de quando o livro foi escrito Principalmente quando o opressor ele deixa necessariamente de ser a Europa e se torna nos Estados Unidos e como um impacto da cultura americana vem impactar na América Latina Incluindo aí a grande influência sub-reptícia e oculta que os Estados Unidos tiveram em todas as nossas ditaduras
militares de extrema direita né inclusive lá como que os Estados Unidos se interfere na Nicarágua no Panamá e aqui no Brasil também a gente sabe né E aí ele vai falar justamente como é que esse ciclo essa rotina de perdedores e ganhadores vai se desenvolver até meados né meados do século 20 e nos anos 70 que antes ele escreve então a segunda parte ela era mais contemporânea a época que o livro foi escrito e claro ele foi escrito na década de 70 então a parte atual era essa década de 70 já Tem situações que ele
descreve lá de países da América Latina que não existem mais né mas que era um absurdo você vê nos anos 70 né como tinha situações de pobreza absurdas em países América Latina que eu espero sinceramente que tenham melhorado mas eu acho que uma das coisas mais importantes que ele faz é tratar a história como uma teia da grande história que a história ela não é simplesmente linear que vai de um ponto ao outro são várias questões que se interconectam que o marketing chamava de contexto de contexto né de conjunto era teoria do mar situações mundiais
que vão rebater na nossa escala até doméstica Isso é uma das coisas que eu mais gosto né Eu adoro livro de ficção por exemplo de ficção histórica que mostram conjunturas globais rebatendo na nossa vida como seres humanos dentro de casa e o Galeano faz muito isso então ele vai e volta na narrativa dele o tempo todo tem hora que ele tá falando de isso propriações que aconteceram no século 16 e como é que ela se rebateram na vida atual ele vai falar inclusive que eu falei né da independência do Haiti que foi o primeiro país
da América Latina a se tornar independente da Europa no final do século XVIII e como que isso bate na pobre que o Haiti vivia nos anos 70 e vive até hoje aí ele vai falar da forma como o negro brasileiro vivia nos anos 70 que tinha relação lá com a forma como os escravos eram tratados no século 16 assim por diante ele vai e volta o tempo inteiro são coisas sempre interpretadas e a forma dele escrever tem muita potência eu acho que por ser uma pessoa que está acostumada a livros acadêmicos eu achei uma literatura
muito fácil assim fácil de ler mas não necessariamente fácil de absorver porque cansa sabe então realmente eu acho que é um livro que vale muito a pena ser lido e óbvio que a gente tem que resguardar essas questões anacrônicas tem dados aqui que você tem que se lembrar que são os anos 70 e o fato de que os latino-americanos estavam fazendo para responder para resistir a essas propriação mas muito mais como que a América Latina foi sempre se colocada nessa posição de perder e a gente sabe que até hoje né gente então assim pode ser
até que em 2014 o Galeano achasse que o livro não era tão atual mas em 202 ele volta a ser atual demais principalmente na situação que o Brasil tá vivendo hoje em dia que a gente espera realmente que volte a melhorar então sim gente eu gosto muito desse livro eu indico demais que você Leiam essa edição da lpn tá incrível uma tradução muito boa é uma um formato de letra muito bom de ler né então eu vou colocar o link aqui para você comprar se você tiver interesse e acho que sim é um livro que
todo mundo que Latino Americano Tem que ler principalmente a gente que é brasileiro que costuma esquecer que a gente é latino-americano para vocês aí que a gente tem muito mais em comum com os nossos Hermanos os outros países latino-americanos do que com qualquer outro lugar do mundo inclusive brasileiro Branco entender meu querido porque que você não é considerado branco na Europa né que a gente chama de o branco com caráter né que a gente tem aqui bom gente Essa foi a nossa resenha né o nosso comentário de hoje espero que vocês tenham gostado Quero convidar
você para conhecer a minha o projeto Lei a preta ler nas redes sociais pedir desculpa porque eu tô com alergia horrível por isso que eu passando para caramba Quero convidar você para conhecer as redes sociais @leia pretalleia em todas as redes incluindo Instagram Tik Tok e Twitter que lá tem mais conteúdo do que eu consigo colocar aqui no YouTube Então me siga por favor peço a você que também siga a lpm editores na rede social vou colocar rede aqui da editora para você conhecer mais uma vez te convido para se inscrever nesse canal caso você
ainda não tenha se inscrito dá um like se você esqueceu de dar e compartilha esse vídeo nos grupos dos amigos e da família para a gente colocar as veias da América Latina aí para todo mundo conhecer e fazer a palavra do leia para ler a crescer obviamente era isso tudo que eu tinha para oferecer para vocês hoje espero que vocês tenham gostado avisa você que sim vai ter vídeo nessa quarta-feira se Deus quiser É isso que eu tinha para hoje beijos e até quarta-feira [Música]