Prados, amigos que acompanham este canal, inicio agora a segunda aula sobre o comentário de Santo Tomás de Aquino ao Pai Nosso. Vocês viram na primeira aula as cinco propriedades de toda oração segundo Santo Tomás, e, portanto, com mais razão ainda, da oração do Senhor, que é a principal de todas, pois foi a única que Cristo nos ensinou. Nós vimos alguns efeitos da oração; nós vimos também porque se deve obedecer a Deus, porque se deve imitar a Deus.
Enfim, todas aquelas coisas relativas ao prólogo do Pai Nosso, que implica as palavras "Pai Nosso que estás nos céus". Como eu expliquei, tudo o mais são petições. São sete pedidos que contêm o Pai Nosso.
E hoje nós vamos falar do primeiro pedido: "Santificado seja o vosso nome". Eu trago para os amigos esta obra aqui, a edição que saiu pela E-Realizações no ano de 2016, de um tratado importante de Santo Agostinho que Santo Tomás leu, que foi o "Sermão do Senhor na Montanha". E aqui o que me interessa é o paralelo que Santo Agostinho traça entre os sete pedidos do Pai Nosso.
Eu disse na aula anterior que o centenário, o número sete, simboliza a perfeição, a perfeição que vai num crescendo, numa escala até atingir ao seu ápice. Então, Santo Agostinho faz um paralelo entre as bem-aventuranças em São Mateus, os sete dons do Espírito Santo e os sete pedidos do Pai Nosso. Então eu vou ler aqui.
Eu fiz uma apresentação deste volume que saiu pela E-Realizações, que foi uma coisa boa, porque já tinha sido publicado anteriormente. Deixe-me ver, vou mostrar também a outra edição, a de 2003, pelas Edições Santo Tomás. A tradução é do professor Carlos Nogu, e isto foi realmente um serviço à publicação deste livro.
Pois muito bem, eu vou ler aqui um exerto da minha apresentação ao "Sermão do Senhor na Montanha". No presente opúsculo, graças ao dom do temor de Deus, correspondente à bem-aventurança da pobreza de espírito, o homem torna-se capaz de pedir no Pai Nosso que o nome de Deus seja santificado. Então, o temor de Deus.
Tudo começa pelo temor de Deus, e ele corresponde a este dom, que corresponde à bem-aventurança da pobreza de espírito, que é a própria humildade. E esta humildade é aquela pela qual, por meio da qual, através da qual nós pedimos a Deus que seja santificado o seu nome e não o nosso. O soberbo quer as glórias todas para si mesmo.
Só que eu vou ler também, já vou fazer a correspondência, depois nós vamos retomar nas aulas posteriores dos outros dons e das outras bem-aventuranças, a comparação que Santo Agostinho faz deles com o Pai Nosso. Então, o dom do temor de Deus, repito, correspondente à bem-aventurança da pobreza de espírito, a humildade que faz o homem pedir a Deus que santificado seja o seu nome. O dom da piedade, correspondente à bem-aventurança da mansidão, leva-o a pedir que venha o reino dos céus, com cuja beatitude os mansos possuirão a terra.
O dom da ciência, bem-aventurança dos que choram, leva o homem a suplicar que seja feita a vontade de Deus no corpo e no espírito, para que a paz divina sirva de consolo nas horas cotidianas. O dom da fortaleza, bem-aventurança dos que têm fome e sede de justiça, leva o homem a pedir o pão espiritual e material de cada dia. O dom do conselho, bem-aventurança dos misericordiosos, leva-o a perdoar as dívidas dos devedores e a pedir perdão das suas a Deus.
O dom da inteligência, bem-aventurança dos que têm o coração puro, leva-nos a suplicar que não caiamos em tentação e não tenhamos o coração dúplice e hesitante entre o bem supremo e os males e seduções deste mundo, e mesmo os bens deste mundo que são tópicos e não podem prevalecer na nossa alma em relação ao bem absoluto. E o dom da sabedoria, por fim, corresponde, segundo Santo Agostinho, à bem-aventurança dos pacificadores. É este dom associado a esta bem-aventurança que leva o homem a pedir a Deus que o livre do mal, do pecado.
E continuo aqui na minha apresentação: como não poderia deixar de ser, as virtudes morais estão implicadas nesta correspondência entre dons do Espírito Santo, bem-aventuranças e pedidos do Pai Nosso. E o grande vislumbre de Santo Agostinho foi propor que se tratasse dos sete degraus da perfeição cristã, uma escadinha ontológica que, começando pela humildade, culmina na libertação do pecado e, portanto, no começo do caminho que leva à felicidade perfeita. Então, o Pai Nosso, os pedidos do Pai Nosso, eles são, digamos assim, o símbolo dos degraus da perfeição da vida cristã.
É esta uma marcha progressiva, cujo ápice é o dom da sabedoria, identificado por Agostinho com a bem-aventurança dos pacificadores. E não se entenda tal estado como pacificação, eu faço esta advertência aqui, política ou algo que valha, pois se trata de paz interior em Cristo, paz interior tanto quanto seja possível ao homem neste mundo. Então, Santo Tomás, quando ditou sua catequese, no ano de 1273, na Quaresma de 1273, sobre os pedidos do Pai Nosso, sobre o Pai Nosso, ele tinha também no seu horizonte este comentário, este opúsculo de Santo Agostinho que ele leu e sobre o qual meditou com grande profundidade.
Depois eu vou ler aqui também um trechinho da apresentação a este mesmo comentário de Agostinho ao Sermão da Montanha, um trecho do tomista CET Pinkers que realmente vai nos ajudar a elucidar muitas questões. Pois muito bem, vamos à leitura, nestes vídeos que eu estou partilhando aqui no meu canal. De do YouTube, não percamos de vista que o meu papel aqui, como eu frisei na aula anterior, é o de leitor.
Esta é uma leitura comentada. Deixemos o próprio Santo Tomás falar. Então, artigo primeiro: estou aqui com as catequeses de Santo Tomás de Aquino, que saíram pela minha Biblioteca Católica, que eu apresentei também, conforme vocês todos viram no vídeo anterior.
"Santificado seja o teu nome. " Aqui, o tradutor traduziu na segunda pessoa do singular. Nisto, o texto latino de Santo Tomás está, mas não tem problema.
Entendamos aqui: "Santificado seja o teu nome", ou seja, "o vosso nome". É a mesma coisa, evidentemente. Este é o primeiro pedido no qual pedimos que o nome de Deus seja manifestado e declarado em nós.
O nome de Deus é, diz Santo Tomás, em primeiro lugar, maravilhoso. Aliás, Santo Tomás gira em torno do nome de Deus, implicado aqui no Pai Nosso, que ele é maravilhoso, ele é amável, ele é venerável e é inexplicável. Aqui, não me custa lembrar que uma das grandes obras de Santo Tomás, que não tem ainda tradução para o português, é o comentário ao tratado sobre os nomes divinos do pseudo-Dionísio Areopagita, em cujas páginas encontram-se vislumbres maravilhosos a respeito do caráter inominável, inefável e inexplicável do nome de Deus.
É um mistério. Então, voltemos aqui a Santo Tomás. Eu vou repetir a frase lida: "O nome de Deus é, em primeiro lugar, maravilhoso porque opera maravilhas em todas as criaturas.
" Por isso, o Senhor diz no Evangelho, abre aspas: "Em Marcos 16, versículos 17 e 18: expulsarão os demônios em meu nome; falarão novas línguas; manusearão as serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal. " Santo Tomás, em seus comentários bíblicos e espirituais a respeito das grandes orações, é pródigo nas citações da Sagrada Escritura. Em segundo lugar, o nome de Deus é amável.
Este que nós pedimos no Pai Nosso para que seja santificado, abre aspas: "Atos dos Apóstolos 4:12: Não há salvação em nenhum outro, porque sob o céu nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devemos ser salvos. " E Santo Tomás comenta: todos amam a salvação. Lembremo-nos do exemplo de Santo Inácio, o qual amava o nome de Cristo, que na ocasião em que Trajano lhe mandou que negasse o nome de Cristo, respondeu que não poderia tirá-lo da boca.
Quando Trajano, enfim, ameaçou cortar-lhe a cabeça e remover Cristo dos seus lábios, Santo Inácio disse: "Não é o de Loyola, né? Ainda que me tires da boca, nunca poderás arrancá-lo do meu coração, pois este nome está inscrito em meu coração. Não posso, portanto, deixar de invocá-lo.
" Tendo Trajano ouvido isso e querendo prová-lo, mandou cortar a cabeça do servo de Deus, extrair seu coração e encontrou o nome dele, o nome de Cristo, nele escrito em letras de ouro. Aqui uma observação: isto bem poderá ser, claro, um milagre, com certeza absoluta, mas não percamos de vista também que na Idade Média muitas lendas piedosas, que serviam para edificação dos espíritos, eram escritas e lidas. A própria Legenda Áurea traz muitas destas histórias.
E aqui vale dizer que este primeiro artigo foi firmado não por Reginaldo de Piperno. Nós dissemos no vídeo anterior que isto foi uma catequese ditada. Quem fixou o texto final de todo este comentário ao Pai Nosso foi Frei Reginaldo de Piperno, secretário de Santo Tomás.
Mas no caso deste primeiro artigo, quem o colocou na forma final foi Alob Brandino de Toscanella, outro discípulo de Tomás. Então, isso aqui, não sabemos, não há como saber se no caso deste martírio de Santo Inácio, Santo Tomás o citou na catequese tal qual está aqui ou se foi da pena do Brandino de Toscanella. Então, em terceiro lugar, o nome de Deus é venerável.
Abre aspas: "Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão nos céus, na terra e no inferno. " (Filipenses 2:10) Os que estão nos céus são os anjos e bem-aventurados. Ou seja, os que se salvaram e os anjos que foram confirmados na glória.
Os que estão na terra são os mundanos que honram a Cristo, por amor da glória ou por medo da punição, e os que estão no inferno o fazem apenas por medo. Então, esta passagem diz respeito aos bem-aventurados, aos mundanos e aos réprobos. Em quarto lugar, é inexplicável o nome de Deus, uma vez que todas as línguas falham em descrevê-lo.
Por isso, às vezes, é explicado por meio de analogias com os seres criados. Por exemplo, é chamado de pedra porque “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18); também é comparado ao fogo porque purifica. Pois assim como o fogo purifica os metais, também Deus purifica os corações dos pecadores.
Abre aspas: "O Senhor teu Deus é um fogo devorador" (Deuteronômio 4:24). Também é comparado à luz porque ilumina. Pois assim como a luz ilumina as trevas, assim também o nome de Deus ilumina as trevas da mente.
"Ilumina, ó meu Deus, as minhas trevas" (Salmo 17, versículo 29). E continua, Santo Tomás. Por isso, buscamos manifestar esse nome para que seja conhecido e considerado santo.
Então, todo e qualquer nome que aplicarmos a Deus, dado o caráter inefável do ser infinito, será por meio de analogias, de toscas analogias humanas. Portanto, por isso buscamos manifestar esse nome para que seja conhecido. Considerado Santo, a palavra "santo" tem três significados.
Esses comentários de Santo Tomás, para mim, são verdadeiras perolinhas porque aqui o leitor tem a clara sensação de uma alma vibrante, de um coração que pega fogo, que às vezes, nas obras mais teológicas e filosóficas, não se percebe tanto em meio a silogismos, etc. Então, são três os significados, segundo Santo Tomás, da palavra "santo". Primeiro, "santo" é o mesmo que "firme", firme na beatitude; né?
Assim, todos os bem-aventurados que estão no céu são chamados Santos porque estão firmados na beatitude eterna. No mundo, não podiam ser santos, pois estavam em constante movimento. Agostinho disse: “Afastei-me de ti, andei errante, meu Deus, muito desviado do teu apoio.
” Aqui é um trecho do livro "Confissões", de Santo Agostinho. Então, os santos são, antes e acima de tudo, os que já estão confirmados na glória. Eles estão no céu e os santos deste mundo, na verdade, começaram a viver o céu, levando as virtudes cristãs ao máximo do heroísmo espiritual.
Portanto, aqui mesmo na Terra, começaram a, por meio da sua colaboração com a graça divina, apontar um caminho. Por isso, eles são modelo de imitação para nós também. Então, em primeiro lugar, "santo" é o mesmo que "firme".
Em segundo lugar, diz Santo Tomás, "santo" é o mesmo que "não terreno". Assim, os santos que estão no céu não nutrem nenhum afeto terreno. Renunciarei, abre aspas, “todas as coisas e as considero como esterco para ganhar a Cristo.
” (Carta de São Paulo aos Filipenses 3:8). Então, mesmo os santos que peregrinaram por aqui deixaram marcas extraordinárias da sua passagem no mundo. Eles não pertenciam ao mundo, eles desprezavam o mundo, no sentido mesmo do "contemptus mundi", que é um conceito que era largamente disseminado, ou seja, o desprezo do mundo, não no sentido de que o mundo não vale a nada, mas no sentido de que o mundo e a mundanidade não podem ser sorvidas com grande paixão por nós, homens, porque esse é exatamente um dos três inimigos da salvação.
O outro é a carne e o outro é o demônio. Em segundo lugar, não. Então, os pecadores são designados.
Então, em segundo lugar, "santo" é o mesmo que "não terreno". Os pecadores são designados como "terra" primeiro por causa do que produzem. A terra, se não for cultivada, produz espinhos e cardos.
Assim, a alma do pecador, se não for cultivada pela graça, só produzirá os espinhos do pecado. Abre aspas, “A terra te produzirá espinhos e abrolhos. ” (Livro do Gênesis 3:18).
Ademais, são chamados "terra" também por causa da escuridão. A terra é escura e opaca, assim o pecador é escuro e também escuro e opaco. Abre aspas, “A terra era sem forma e vazia, e as trevas cobriam a face do abismo.
” (Gênesis 1:2). Em terceiro lugar, por causa da condição. A terra é um elemento seco que se dissipa se não for congregada pela umidade da água.
Deus colocou a terra sobre a água. “O Senhor firmou a terra sobre as águas. ” (Salmo 135:6).
Porque a secura e aridez da terra são temperadas pela umidade da água, assim o pecador tem uma alma seca e árida. “A minha alma diante de ti é como terra sequiosa. ” (Salmo 142:3).
E em terceiro lugar, "santo" significa, segundo Santo Tomás, "tingido de sangue". Assim, aqueles que estão no céu são chamados Santos pois foram atingidos de sangue. Livro do Apocalipse, abre aspas: “Estes são aqueles que vieram da grande tribulação, lavaram as suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.
” (Apocalipse 7:14). Perdão, e agora sim, "Cristo nos amou e nos lavou dos nossos pecados no seu sangue. " (Apocalipse 1:5).
Agora sim, “santificado seja o teu nome. ” Santo Tomás, aqui neste primeiro pedido do Pai Nosso, explica os três modos como a palavra "santo" aponta para algo excelso e também explica o caráter maravilhoso, amável, venerável e inexplicável do nome divino. E aqui agora, então, não esqueçamos, tenhamos agora, a partir desta segunda aula que se refere ao primeiro pedido do Pai Nosso, sempre este paralelo entre os dons do Espírito Santo, as bem-aventuranças e os pedidos do Pai Nosso.
Eu vou aqui agora ler um trecho da apresentação a esta outra edição do mesmo "Sermão da Montanha". Esta é de 2003 e em que ele diz o seguinte: depois de. .
. ele vai citando as intuições que Agostinho teve neste seu opúsculo. Tudo que se diz aqui é fruto de uma experiência pessoal, mais do que de simples lucubrações estabelecidas entre as bem-aventuranças e os dons.
Repousam elas muito mais numa experiência e numa meditação do que no estudo textual. Agostinho percebeu, antes de tudo, que o estabelecimento da correspondência requeria uma reordenação da série dos dons que começa em Isaías, pela sabedoria, a mais elevada, e termina pelo temor de Deus, que corresponde à pobreza de espírito e à humildade. Agostinho torna a isso duas vezes na sua obra "Doutrina Cristã", no início do seu episcopado, depois no sermão 347, não datado.
E nesses dois lugares, cada vez há variantes, pois o pensamento de Agostinho é demasiado vivo e não pode simplesmente repetir-se. A pobreza é não pôs a e a humildade corresponderá, pois o dom do temor torna o coração contrito e humilhado. Ele também nos dá consciência da nossa condição mortal e nos faz entender o apelo da cruz.
Então, tendo no horizonte o que serão as bem-aventuranças prometidas por Cristo no Sermão. Da Montanha, é o que são os dons do Espírito Santo. Agostinho faz o genial paralelo que Santo Tomás tanto apreciou.
Eu, conforme for lendo os outros pedidos, retornarei ao texto do servé Pinkers, tá? Os sete pedidos do Pai Nosso. Então, segundo Pinkers, Agostinho teve cinco intuições neste seu sermão.
Como aula, não é sobre isso; só estou mencionando aquilo que diz respeito ao tema destas aulas. A quinta intuição de Agostinho consiste no livro segundo e número 11 desta obra em relacionar o centenário das bem-aventuranças e dos dons com os pedidos do Pai Nosso. Esta ideia é introduzida pela expressão "videt, videtur esse.
" A mim me parece também que indica uma vez mais, discretamente, que há em Agostinho o sentimento de estar inovando; efetivamente, é original. Agostinho já na divisão do Pai Nosso, né? Como observa aqui um autor alemão, ele menciona, aliás, três autores.
Ele é o primeiro a falar dos sete pedidos no Pater. Os padres gregos distinguíam apenas seis pedidos; isso é importante termos em vista. Então, Agostinho foi o primeiro a enfatizar que o Pai Nosso contém sete pedidos.
Os gregos uniam em um só os dois últimos, sobre a tentação e o mal. Como a respeito das bem-aventuranças, a interpretação de Agostinho tende aqui para o centenário. Ele manterá esta divisão do Pai Nosso nas obras posteriores.
Ainda aqui, o centenário indica uma plenitude de fundo. A prece do Pai Nosso é a prece perfeita que deve acompanhar o cristão por toda a vida. Embora não o diga explicitamente, pode-se facilmente adivinhar o pensamento que o inspira.
O cristão não pode percorrer o Caminho das bem-aventuranças e das virtudes sem a ajuda do Espírito Santo, e não podemos obter esse socorro sem uma prece contínua, cujo modelo é a prece do Senhor. A oração dominical é a oração, é a prece mais perfeita, a única que nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou. Tal é, pois, a significação profunda do paralelismo estabelecido: a necessidade da prece em cada etapa do progresso da vida cristã.
Quando se compreende isto, evita-se fazer a Agostinho a censura de operar aproximações artificiais. Aqui eu não vou ler todo o texto, mas só para termos no nosso horizonte o que diz respeito a este pedido, então o temor de Deus, que torna felizes os pobres de espírito pela promessa do reino, é o que leva uma pessoa. É o que está implícito neste melhor formulando a frase, porque o que leva uma pessoa pareceria que o autor da prece somos nós, humanos, e não Cristo, né?
É a justificação para a ordem com que Cristo estabeleceu a sua prece. Então, o temor de Deus leva; ele corresponde à santificação do nome divino pelo temor filial e casto. Então, meus amigos, prossigamos, e depois vocês vão poder ver todas essas breves aulas em conjunto.
Tenhamos sempre no horizonte a importância de rezar o Pai Nosso com piedade, com humildade, com devoção, o fervor mesmo da alma, que nos leva a um estado de paz que o mundo não conhece. Tá bom, meus caros? Até a próxima aula, que vai ser sobre o segundo pedido do Pai Nosso.
Aquele abraço!