CASO EVANDRO

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Jaqueline Guerreiro
Assista agora a série Caso evandro no Globoplay: https://globoplay.globo.com/o-caso-evandro/t/1z5m5P...
Video Transcript:
Oi bonitas e bonitos, tudo bom com vocês? Começando mais uma Quinta Misteriosa aqui no canal... Antes de mais nada, se você é novo por aqui, já se inscreve aqui embaixo para não perder nenhum vídeo, tem vídeo novo toda quinta-feira... Aproveita e deixa o like para mim no comecinho do vídeo, não esquece, porque é muito importante e me ajuda muito a divulgar aqui o canal. Então, deixa o like já no comecinho... E... Aproveita e me segue nas redes sociais, vou deixar todas elas aqui na tela para vocês, me acompanhem por lá... Playlist completa do Quinta e
do Teorias aqui na descrição para vocês... E agora, bora começar o caso de hoje. O caso que eu vou contar para vocês hoje é um dos mais pedidos nos últimos meses aqui no canal, que é o Caso Evandro. E minha pesquisa, eu fiz com base na série/documentário "Caso Evandro" no GloboPlay. Então, para quem não assistiu ainda, vai estar um link para vocês aqui na descrição. E também no podcast "Projeto Humanos", do Ivan Mizanzuk, que é enorme, acho que agora está em 36 episódios... Então, é um podcast gigantesco, muito detalhado, com muita coisa... E eu usei
os dois como base para a minha pesquisa e vão estar linkados para vocês aqui na descrição. Evandro Ramos Caetano nasceu em 12 de setembro de 1985, em Guaratuba, litoral paranaense. Filho de Maria Caetano, que era funcionária da Escola Municipal Olga Silveira, e de Ademir Caetano, que trabalhava na Prefeitura de Guaratuba como assessor. Evandro era o caçula de três irmãos, os mais velhos se chamam Márcio e Júnior. Os irmãos mais velhos do Evandro estudavam no período da manhã e ele no período da tarde na escola onde sua mãe trabalhava, que ficava próxima à casa da família.
Na época do caso, Evandro tinha 6 anos de idade, ele faria 7 anos naquele ano. Ele era um menino loiro de olhos claros. Então, indo direto para o caso, no dia 6 de abril de 1992, os pais do Evandro saíram para trabalhar cedo, pela manhã... E os irmãos dele foram para a escola. O Evandro sempre ia para o trabalho junto com a sua mãe, no período da manhã, Mas naquele dia estava mais friozinho, estava garoando... Então, a Maria resolveu que deixaria o Evandro dormindo em casa, e isso já tinha acontecido outras vezes. Então, ela deixou
o café da manhã pronto na mesa para o Evandro acordar, tomar o café da manhã, trancar a casa e ir encontrar a mãe na escola que ficava bem próxima da casa deles. Algum tempo depois, o Evandro acorda, toma o café da manhã e vai até a escola. Chegando lá, ele percebe que esqueceu o minigame dele, que ele tinha acabado de ganhar... Então, ele decidiu voltar para casa para buscar o minigame. Ele avisa à mãe dele e ela diz que tudo bem... Era realmente bem perto a escola da casa dele, cerca de 100m... Então, ele sai
e vai até a casa buscar o minigame. Enquanto isso, a mãe dele continua na escola trabalhando. E ela estava muito atarefada naquela manhã, tinha muita coisa para fazer. Então, ela só se deu conta que o Evandro não tinha voltado para a escola quando deu o horário de almoço dela. Então, ela vai para casa para almoçar, para encontrar com o Evandro... Chegando lá, ela percebe que o filho não está em casa e que o minigame dele que ele tinha ido buscar estava no mesmo lugar que ele tinha deixado no dia anterior. Ou seja, ele não chegou
em casa. Então, ela começa a ficar preocupada, logo o Ademir, pai do Evandro, chega em casa e a busca já começa ali. Então, os moradores se juntaram para procurar pelo menino e o Prefeito de Guaratuba na época, Aldo Abagge, quando ficou sabendo do desaparecimento da criança, que era um dos filhos de dois funcionários da Prefeitura, ele contatou José Maria de Paula Correia, que é delegado geral da Polícia Civil do Paraná, e pediu para que o delegado acionasse o Grupo Tigre, que é Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial, para investigar o caso na cidade e
ajudar nas buscas. O Grupo Tigre é um grupo criado dentro da Polícia Civil, foi idealizado como um grupo de assalto... A rigor, ele não é um grupo de investigação policial. O grupo pode eventualmente trabalhar em uma investigação, por uma determinação do delegado geral da Polícia Civil, mas também em caráter especial. Esse contato foi feito no dia seguinte ao desaparecimento, no dia 7 de abril, e todos os casos que o grupo tinha investigado até então tiveram solução. Segundo Ivan Mizanzuk, autor do podcast, o grupo já teria ajudado o Prefeito Aldo Abagge em outra ocasião em que
estaria recebendo ameaças de morte. Então, o grupo chega na cidade na terça-feira à noite. Nos anos 90, ocorreram muitos sequestros de crianças no Paraná desde o início daquele ano. O Evandro era a sétima criança desaparecida no Estado, e a segunda em Guaratuba. A primeira criança a desaparecer foi Leandro Bossi, de 7 anos. Ele desapareceu no dia 15 de fevereiro de 1992 durante um show. E depois desapareceu Evandro, que tinha 6 anos. Ele desapareceu no dia 6 de abril do mesmo ano. Eu não vou me aprofundar muito no caso Leandro Bossi. Neste vídeo, vamos focar no
caso Evandro... Mas se vocês quiserem, eu posso trazer outro vídeo falando só sobre o caso Leandro Bossi... Na série também tem um episódio focado só nesse caso e nos outros episódios também fala um pouco sobre... Então, lá vocês vão entender bem melhor. No primeiro momento, a polícia acreditava que o sequestro se tratava de um sequestro com pedido de resgate, o que acabou não acontecendo. Então, depois a polícia começou a acreditar que o sequestro do menino Evandro poderia ser por tráfico de crianças ou tráfico de órgãos. O Adauto Abreu de Oliveira, delegado do Grupo Tigre, e
a Leila Bertolini, delegada do Grupo Tigre e também esposa de Adauto, foram os delegados escolhidos do grupo para trabalharem no caso em Guaratuba, além de outros policiais. Os policiais ficavam na cidade enquanto a Leila passava um tempo maior lá, e o Adauto ia de vez em quando. No fim da tarde do dia 7, o Grupo Tigre chega na cidade e quem aguardava por eles era o assessor de imprensa da Prefeitura, Paulo Brasil, que os encaminhou até a casa do Prefeito. Chegando lá, são informados de que ele não estão em casa, que eles estavam em uma
festa de aniversário, então se dirigem à casa da família do Evandro, para conversar com os pais dele. Por volta de 21:00h, eles retornam à casa do Prefeito, que já havia voltado da festa. Segundo o depoimento do policial Rogério Podolak Pencai, estavam na casa o Prefeito Aldo, sua esposa Celina, o Padre Adriano Franzoi que coordenava a paróquia de Guaratuba e era um frequentador da casa do Prefeito... E uma das filhas do casal Abagge, o policial não soube especificar no depoimento qual das duas filhas, se era a Beatriz ou a Sheila. Eles estavam na casa conversando, discutindo
sobre o caso, e por volta das 23:00h, um homem aparece no portão da casa do Prefeito. O homem era Diógenes Caetano dos Santos Filho. Ele era primo de segundo grau do Evandro, muitas vezes chamado de tio do garoto por conta da diferença de idade. Diógenes também é filho do ex-Prefeito da cidade, que também se chama Diógenes... E ele tinha experiência em investigação, porque ele tinha trabalhado por cerca de um ano como Policial Militar, e 10 anos como investigador da Polícia Civil. Mais tarde se formou como Engenheiro Civil e foi para Guaratuba atuar na área. Mais
tarde, ele acabou assumindo a função de porta voz da imprensa sobre o caso... A família do Evandro era muito reservada, então eles falavam poucas vezes... Mais no começo da investigação, eles davam mais entrevistas... Depois de um tempo, eles quase nunca davam entrevistas... Então, como ele era primo de segundo grau do Evandro e fazia parte da família, ele acabou assumindo essa função e até fez suas próprias investigações sobre o caso. Nesse dia, ele foi até a casa do Prefeito para conversar com ele, e ele relata em depoimento que no dia seguinte ao desaparecimento do Evandro, um
grupo da rádio Clube vai até a casa dele e pede para levar o grupo até a casa dos pais do Evandro. Então, isso era por volta das 22:00h. Então, ele leva o grupo até lá e quando eles chegam, logo depois chega um outro carro e nesse carro está o assessor de imprensa, Paulo Brasil, e mais algumas pessoas descem do carro junto com ele e eles começam a tentar impedir que os repórteres entrassem no local para entrevistar os pais do Evandro. E a família do Evandro estranhou, porque afinal eles precisavam de toda a ajuda possível, principalmente
da imprensa naquele momento, porque o Evandro estava desaparecido. Então, eles acreditavam que ele havia sido sequestrado... Então era muito importante que as pessoas tomassem conhecimento do desaparecimento dele, soubessem como ele era, as características físicas, foto, tudo... Para que se caso alguém visse uma pessoa com o Evandro, pudesse avisar à polícia. Fora que a família do Evandro era humilde, eles não tinham, por exemplo, como pagar um resgate, caso fosse pedido... Então, toda ajuda da imprensa era bem-vinda. E aí, o Diógenes disse que a justificativa do Paulo para estar fazendo aquilo era que ele estava fazendo sob
ordem do Grupo Tigre. Porém, segundo o Diógenes, ele estava tentando impedir os repórteres que fossem até a casa do Evandro desde as 14:00h, e o Grupo Tigre só chegou na cidade às 21:00h. Os repórteres acabam ignorando os pedidos do Paulo e eles ficam lá na frente da casa esperando para poder entrevistar a família do Evandro. A jornalista Mônica Santana, que na época trabalhava para a Folha de Londrina, disse que tinham vários repórteres lá na frente da casa, eles estavam todos enfileirados, esperando que chegasse a vez deles para entrevistar a família, e que era uma casa
amarelinha, humilde... E que eles estavam todos lá esperando para postar as matérias nos jornais. Então, voltando... O Diógenes vai até a casa do Prefeito, porque ele queria conversar com ele sobre isso, perguntar o porquê de eles não quererem que o caso seja divulgado pela imprensa. Chegando lá, ele diz que vê a Celina, esposa do Prefeito, do Aldo, sentada na escada em frente à casa, ela estava vestida de branco com as mãos na cabeça... E ele disse que ela estava com o corpo virado em direção à praia... E aí, ele pergunta para ela se o Aldo
está em casa, que ele queria conversar com ele... Então, a Celina chama pelo Aldo, ele vai até lá fora conversar com o Diógenes, ele faz as perguntas e o Prefeito responde que fez aquilo a pedido dos policiais. Então, havia uma vontade de não divulgar o caso por parte da polícia, porque essa exposição na mídia poderia atrapalhar a negociação da polícia com o sequestrador. Então, isso teria sido uma recomendação da própria polícia. E como o grupo havia chegado à noite, então eles vão para um hotel... E no dia seguinte, começam as buscas... E a busca segue
por muitos dias. Como eu disse para vocês, a Leila era quem comandava o grupo junto com o Adauto, eles chegaram no dia 8 de abril... E ela ia e voltava da cidade para coordenar as investigações. E o Diógenes disse que todas as informações novas que chegavam sobre o caso eram diretamente passadas para eles, e ele também disse desde o início das buscas e da investigação que o garoto estava morto, e que a culpada era a Celina Abagge. Então, naquele primeiro momento de investigação do caso, todo mundo acreditava que o Evandro estava vivo, que ele tinha
sido sequestrado. E ele já dizia que não. Dizia que o menino estava morto desde o início. Ele acreditava que o garoto teria sido morto em um ritual satânico, ou para venda de órgãos. O Diógenes sempre tentava dar informações para a mídia e para a polícia usando fontes, informantes, que nunca eram identificados por ele. A delegada Leila confirma que o Diógenes, desde o início da investigação, tentava induzir que a polícia investigasse a Celina e a Beatriz Abagge, uma de suas filhas... E ela diz também que não o enxergava como uma fonte confiável ou segura para obter
informações, e ela sempre ia até o pai da criança para isso. Ela esperava por momentos em que ele estivesse mais tranquilo para poder conversar com ele. Todos os dias desde o desaparecimento da criança foram feitas vigílias na casa da família e a polícia não dispensava nenhuma ajuda, inclusive a espiritual. Todas as pistas eram prontamente checadas. Até que no dia 11 de abril, cinco dias após o desaparecimento, lenhadores que passavam por uma região da cidade que tem um matagal observaram que um bando de urubus estavam naquela região, e isso chamou a atenção deles e eles foram
chegando mais perto para ver o que poderia ser. Lá eles encontraram o corpo de uma criança. O mais chocante era o estado do corpo, que estava mutilado. O corpo estava com o ventre aberto, sem os olhos, cabelos raspados, mãos foram cortadas, os dedos dos pés estavam cerrados e o corpo já estava em certo estágio de decomposição. Havia marcas de violência no pescoço e no tórax. O fato de estar sem os pés, mãos, cabelos e olhos dava a entender que foi para dificultar a identificação do corpo. Os órgãos também haviam sido retirados e algumas partes já
estavam quase pretas, devido ao estado de putrefação. Um dos legistas disse que era possível saber que era um menino de pele branca apenas pois ainda existia uma pequena parte que não estava necrosada. O garoto usava um calção branco estampado que estava coberto de sujeira, e depois foi divulgada uma foto do Evandro usando o mesmo calção e aquela foto tinha sido tirada três meses antes. Então, na foto, aquela bermuda ficava um pouquinho acima do joelho no Evandro. E no corpo encontrado, ficava um pouco mais acima, mais como se fosse um shorts. Um dos tios do Evandro
foi até o local para fazer o reconhecimento e ele disse que era muito difícil fazer o reconhecimento pelo estado já que o corpo estava e também porque, segundo ele, o corpo parecia um pouco maior que o do Evandro. Demorou um pouco para retirarem o corpo daquele local, eles encontraram o corpo pela manhã e só no período da tarde que retiraram daquela mata onde foi encontrado... E o local em si ficava a 800m da casa do Evandro. E lá também encontraram as chaves que o Evandro estava levando naquele dia. Só que aí é um pouco esquisito,
porque... As chaves foram colocadas exatamente em uma parte do local que tinha um tronco de árvore. Então, você tinha que passar por cima do tronco para chegar onde estava o corpo. E aí, ela foi colocada exatamente ali próximo aquele tronco, então era um local onde você olharia pro chão para passar. Então, parecia que tinha sido plantado ali de propósito. A polícia identificou que o local onde o corpo foi encontrado não é o mesmo local onde aquela criança foi morta. A mãe do Evandro nunca viu o corpo, o pai dele foi para fazer o reconhecimento, também
teve um pouco de dificuldade... E ele disse ter reconhecido o corpo, porque nas costas, o Evandro tinha uma marquinha de nascença de meia lua e ele viu essa marquinha e assim fez o reconhecimento do corpo. Alguns dias depois aconteceu o enterro do Evandro, e várias pessoas na cidade começaram a fazer manifestações, pedindo por justiça pelo Evandro e por segurança na cidade. Havia medo que outras crianças desaparecessem, algumas escolas até fecharam... E os manifestantes se concentravam em frente a delegacias e prédios públicos. E aí, o Diógenes relata que haviam cartazes que pediam por segurança na cidade,
que foram colocados em frente a escolas e tal... E ele conta que, em um determinado dia, a Celina parou em frente de uma dessas escolas, desceu e rasgou os cartazes. Ele disse que várias pessoas viram-na fazer isso, professores, zeladores... Pessoas que estavam ali na hora... Até pais de alunos mesmo... E ele disse que ela tentava interferir nessas manifestações para que elas não acontecessem... E tentava interferir para que principalmente pessoas que trabalhavam na Prefeitura não participassem. E a Celina era uma figura muito conhecida na cidade. As crianças queriam fazer uma manifestação pela memória do Evandro e
pela segurança na cidade, e a Celina teria proibido. E segundo uma notícia vinculada na Folha de Londrina, em 15 de abril, ela também teria proibido funcionários da Prefeitura de irem ao enterro do Evandro. Eles dizem que houveram até ameaças de demissões. A repórter Mônica tentou conversar com a Celina a respeito, ela demorou muito tempo para atendê-la, e a Celina não gostou que a repórter insistisse nas perguntas que ela não sabia responder. Então, ela pediu que Mônica se retirasse da cidade e a acompanhou até a balsa, pedindo que ela não voltasse mais. O motivo pelo qual
ela teria impedido essas manifestações para algumas pessoas seria para proteger a reputação da cidade, já que era um ano eleitoral. Ela não iria gostar que a gestão do marido fosse associada a um episódio como esse. Enquanto isso, Aldo Abagge, Prefeito da cidade, também era uma figura extremamente conhecida. Inclusive, no documentário vocês vão ver que a família Abagge tinha muitos contatos. Era uma família que tinha muito poder político. O delegado Adauto, encarregado do caso na época, afirma que seu principal suspeito era um homem chamado Euclidio Soares, que também tinha um apelido de Euclides e Barba. Ele
morava próximo ao local onde o corpo foi encontrado. De acordo com o depoimento do Euclidio, ele teria visto um Opala preto passando pela região alguns dias antes de encontrarem o corpo... E ele também disse que caçadores com cachorros estiveram no local. O Euclides também dava vários nomes a pessoas, levantando suspeitas sobre as mesmas. Então, o grupo tinha que verificar se as informações eram verídicas, tinham que interrogar essas pessoas... Mas o próprio Euclides não tinha um álibi para si mesmo. Tem um relato que diz que o Euclides teria pedido ajuda para o Diógenes, porque o Grupo
Tigre estava indo muito na casa dele, e ele sentiu que eles queriam armar algo contra ele. E por conta dessa pressão que ele estava sentindo, o Diógenes o teria convidado para morar nos fundos de sua casa com a esposa dele e o filho... E que mais tarde, o Diógenes teria dado uma quantia em dinheiro e mais alguns engradados de cerveja para que o Euclides abrisse o próprio bar. O Diógenes disse que ajudava o Euclides, porque ele era uma pessoa muito pobre e que precisava de ajuda... E ele diz também que acreditava que o grupo queria
que o Euclides assumisse o crime... E que para ele, aquilo não passava de uma cortina de fumaça. Depois disso, o Diógenes começa a tentar avisar ao grupo sobre a desconfiança que ele estava sentindo em um homem recém-chegado na cidade, que era pai de santo. Esse homem era Osvaldo Marcineiro, que foi morar em Guaratuba no início de 1992. Ele era jogador de búzios, frequentava terreiros de Umbanda e era conhecido como pai de santo. Ele conseguiu uma licença para trabalhar com búzios na feira de artesanato local, que acontecia na praça principal... E o local para o qual
conseguiu a licença era bem privilegiado e disputado pelos artesãos locais. Eles não ficaram muito felizes com isso, pois não consideravam o jogo de búzios como artesanato... E o Osvaldo justificou que a sua companheira, Andrea, fazia artesanatos e que o local seria compartilhado pelo casal. Acredita-se que foi nessa feira que ele conheceu o artesão Davi Santos Soares. Osvaldo começou a ficar conhecido na cidade, e uma das filhas do Prefeito, a Beatriz Abagge, se interessou pelo jogo dos búzios. Então, esse pessoal se encontrava no terreiro da Dona Hortência, uma mãe de santo conhecida naquela região... E lá,
Osvaldo encontrava Beatriz, vereadores locais e Vicente de Paula Ferreira, um antigo amigo de Osvaldo, que também era pai de santo. Segundo Ivan, o autor do podcast, o Osvaldo já havia feito alguns sacrifícios de animais, até de grande porte, tipo bode... E o estado em que o corpo do Evandro foi encontrado se assemelhava muito à forma como esses animais eram abatidos. E o Osvaldo havia indicado, no dia seguinte ao desaparecimento do Evandro, que o corpo dele estaria no matagal exatamente onde foi encontrado dias depois. Então, para a família do Evandro, o Osvaldo se tornou o principal
suspeito logo nos primeiros dias da investigação. A Davina, que é irmã da Maria, mãe do Evandro, deu um depoimento em 1998, onde ela contou o que aconteceu na noite do dia seguinte ao desaparecimento, no dia 7 de abril. O dia havia sido intenso nas buscas pelo menino Evandro, e segundo ela, naquela noite, sete pessoas foram até a casa da família de Evandro. Eles chegaram e disseram aos pais do Evandro que eram jogadores de búzios e ofereceram ajuda espiritual para encontrar o Evandro. Então, os pais aceitaram. E aí, ela disse que depois o Vicente incorporou uma
entidade que disse que eles deveriam fazer sete oferendas em sete locais bonitos, colocando doces e velas nessas oferendas, e eles passaram toda a madrugada fazendo isso. E o Diógenes, que deu um depoimento em 2004, acrescentou algumas coisas a essa história. Segundo ele, a Davina havia contado que o Osvaldo disse ter poderes espirituais, que era sensitivo e que caso passasse próximo ao local onde o menino estaria, ele sentiria as vibrações que indicariam isso. Próximo às 4:00h da manhã, o Osvaldo ainda não tinha dito ter sentido nada que indicasse algum lugar. Então, começou a falar sobre uma
rua com palmeiras. E ele dizia que era uma rua com muitas palmeiras... E eles lembraram de uma rua que de fato existia, só que era uma rua meio deserta. As pessoas não usavam muito aquela rua, mas era uma rua conhecida. Então, eles foram até o fim daquela rua e o Osvaldo teria incorporado um espírito que disse que estava sentindo a presença do Evandro no local. Então, nisso o Mario Pikcius, que estava junto, teria descido do carro junto com o Osvaldo e o Davi. A Davina não quis descer, ela achava que era impossível encontrar uma criança
de 6 anos naquele local remoto, naquele horário... E eles queriam entrar naquele matagal onde o Osvaldo disse estar sentindo a presença do Evandro, mas a Davina não quis ir junto e ela chamou o seu marido de volta para o carro. Então, os dois ficaram no carro, eles não entraram na mata. E alguns dias depois, o corpo aparece exatamente no mesmo lugar que ele havia indicado. E fora isso, o Diógenes também disse que ele teria profetizado que aquilo iria acontecer, porque antes do desaparecimento, o Osvaldo abordava as pessoas e dizia que ia acontecer uma tragédia na
cidade, que iria apavorar todo mundo... O Diógenes também conta que assim que o Osvaldo tinha se mudado para Guaratuba, ele pendurou uma faixa anunciando os trabalhos que ele fazia com jogos de búzios, e que o valor era Cr$5.000 por consulta. Depois de ele ter profetizado que uma tragédia ia acontecer, e depois de ter dito onde o corpo estaria e o corpo apareceu lá dias depois, ele tirou aquela faixa e colocou uma nova faixa, agora com o valor para os jogos de búzios, que de Cr$5.000 era Cr$25.000. O Evandro sumiu no dia 6, o corpo foi
encontrado no dia 11... E depois disso, os policiais indagavam muito o fato de que os chinelos que ele usava no dia que ele desapareceu não tinham aparecido, só as chaves... E quando o corpo apareceu lá na mata, estava com a bermuda que ele usava. Então, eles falavam muito sobre esse fato que era esquisito que os chinelos não apareciam, Então, eles falavam muito sobre isso até que no dia 27 do mesmo mês, os chinelos aparecem na mata, e eles estavam em perfeitas condições, limpos, não tinha nenhuma marca no chinelo, nenhuma sujeira, nada! Então, parecia que haviam
colocado aqueles chinelos lá, e eles encontraram no mesmo dia que alguém tinha colocado lá... Mesmo porque era no mesmo local que encontraram o corpo. Então, se já estivesse lá antes, já teriam encontrado provavelmente. E um dos policiais pega os chinelos e arremessa para outro policial pegar... Tinha um córrego próximo, então ele estava de um lado do córrego e o policial do outro. E ele arremessa o chinelo. Um dos pares cai nesse córrego, na água... Sendo assim, ficou inutilizável para que fossem feitos exames de perícia, fora que outras coisas também acabaram atrapalhando a investigação, digamos assim...
Por exemplo, o fato de que no dia que encontraram o corpo, eles não isolaram a área. Então, muitas pessoas andavam por lá, muitas pessoas chegavam... E isso com certeza atrapalha, pode destruir evidências. Então, para algumas pessoas, essas coisas poderiam indicar que algo estranho estava acontecendo naquela investigação. O Grupo Tigre ia com muita frequência à casa do Prefeito, as despesas dos investigadores do Grupo Tigre eram custeadas pela família Abagge, eles ficaram hospedados em um hotel de luxo na cidade... E a Celina emprestava o seu carro particular para que eles utilizassem. Então, algumas pessoas achavam isso um
pouco estranho. O Grupo Tigre assumiu o caso logo no início, no dia 7 de abril, dia seguinte ao desaparecimento... E o Adauto relata que foram alguns meses investigando o caso, sendo esses meses abril, maio e junho. Ao todo, três meses. As investigações feitas pelo grupo foram quase nulas, embora os relatórios já indicassem que Osvaldo Marcineiro e seus colegas se figuravam como principais suspeitos do caso. No dia 29 de maio, o Diógenes vai até o Ministério Público do Paraná com uma declaração onde ele cita vários nomes de pessoas com indícios fortes de que elas estão envolvidas
no caso. Segundo Ivan, muitos agentes públicos leram essa declaração e eles levaram a mesma muito a sério, mesmo porque o Diógenes já tinha trabalhado para a polícia. Então, em 21 de junho de 1992, o Ministério Público passou o caso para o Grupo Águia, da Polícia Militar. E o grupo manda um policial se infiltrar no terreiro que Osvaldo frequentava para tentar descobrir mais coisas sobre ele, já que naquele momento, ele era considerado suspeito. Esse policial conta que o próprio Osvaldo falou para ele e para outros policiais infiltrados sem saber que eles eram policiais, que ele realmente
fazia alguns tipos de trabalho tanto com sangue de animal como sangue de humanos. Eles recolheram algumas coisas que foram mandadas para perícia, uma delas era um alguidar, que tinha resquícios de sangue, que depois foi confirmado que realmente era sangue humano, mas por ser uma quantidade muito pequena, não deu para confirmar se o sangue era do Evandro ou não... Até que em 10 dias do Grupo Águia investigando o caso, eles tinham três homens que confessaram o crime e foram presos. Eram eles: Osvaldo Marcineiro, que foi acusado de comandar o ritual, junto com seus auxiliares Vicente de
Paula Ferreira e Davi dos Santos. No dia seguinte, a polícia também pede a prisão preventiva de Celina e Beatriz Abagge. Então, a Celina, o Osvaldo e a Beatriz têm as suas confissões gravadas em fitas, e nessas confissões, eles falam sobre o crime, eles contam o que fizeram... Porém, descobre-se depois que a prisão dos acusados foi feita antes da confissão de alguns deles, como a confissão do Osvaldo, por exemplo. Então é algumas horas depois que ele faz o seu depoimento oficial. E segundo eles, os depoimentos oficiais, na verdade só foram feitos cerca de 36 horas depois
disso. Então, essa parte realmente é muito confusa, porque os acusados dizem que eles só confessaram porque foram torturados por horas. Todos eles, inclusive Celina e Beatriz. E essa parte em questão é onde tem fitas gravadas, fitas só de voz, tem os vídeos gravados das confissões... É extremamente confuso, tem várias imagens que são feitas em locais diferentes... Então, para vocês entenderem muito bem essa parte, eu aconselho que vocês assistam o vídeo inteiro aqui e depois assistam todos os episódios da série Caso Evandro, no GloboPlay, porque vocês vão conseguir ver... E visualmente, eu acho muito mais fácil
entender toda essa parte das confissões... E também ouvir as fitas de confissões com as gravações que eles fizeram. Então é bem confuso a forma que foi feito. Então, na série, eles colocam esses trechos dos vídeos onde eles confessam o crime, eles falam que estavam todos no carro... E que a Celina tinha encomendado para eles fazerem esse trabalho, e que eles sequestraram o menino na rua... Enfim, eles contam o que teria acontecido no dia que o Evandro desapareceu. O Prefeito Aldo Abagge tinha uma serraria. No dia 4 de julho, os policiais vão até a serraria e
lá encontram algun objetos que são considerados suspeitos, como facões, bacias e tijolos com marcas de sangue. Então, a serraria teria sido o local em que o crime aconteceu, e eles também encontraram algumas fotos que mostravam o Prefeito Aldo Abagge ao lado do Osvaldo, o pai de santo. Então, na confissão deles, eles contam que sequestraram o menino na rua e eles levaram o menino até a serraria. O guardião da serraria, Irineu Wenceslau de Oliveira, disse ter visto todos eles lá naquele dia. Ele disse ter visto o ritual na noite do dia 7 com as sete pessoas
envolvidas, que no caso, teriam participado do crime. São elas: Celina e Beatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro, Vicente de Paula, Davi dos Santos Soares, Francisco Sergio Cristofolini, que era vizinho do Osvaldo, e Airton Bardelli, que era o gerente da serraria do Prefeito. O Vicente disse que a criança fazia muito barulho, então Celina e Beatriz seguraram a criança enquanto ele asfixiava a mesma, conforme o Osvaldo demonstrou na reconstituição que eles fizeram do crime. O Vicente também disse que a Celina queria o coração da criança. Eles confirmaram que participaram do crime e alegaram que Celina e Beatriz Abagge participaram
do ritual de purificação feito com o sangue do Evandro, e que eles haviam recebido Cr$7 milhões, o que hoje equivale a mais ou menos R$2.500 reais, para que o ritual abrisse os caminhos da fortuna e da política para a família Abagge. Na própria serraria do Prefeito tinha uma espécie de altar que tinha sido construída recentemente, onde supostamente foram depositadas as partes do corpo da criança como oferenda. Já a Sheila Abagge, que é irmã da Beatriz, disse que essa casinha foi construída para abrir caminhos e que foi o Osvaldo que deu a ideia... Então foi construída
essa casinha lá e que tinha um santinho que eles deixavam dentro... E também deixavam velas. Toda essa parte, vocês vão entender muito melhor na série no GloboPlay, porque eles falam sobre os rituais, sobre bruxaria... Teve na época até novela com esse tema... Tinham muitas teorias e lendas de pessoas que praticavam magia negra. Então, tudo isso vocês vão entender muito melhor quando assistirem aos episódios. Também falam na série sobre o significado de misticismo relacionado a números no sacrifício. Então, o sacrifício teria ocorrido no dia 7, às 19:00h, e Cr$7 milhões foram pagos. O nome do Evandro
tem sete letras e o de Osvaldo também, que segundo a confissão, foi quem comandou o ritual. Então, agora eles tinham todas essas pessoas acusadas e algumas delas já haviam confessado o crime. A testemunha principal que eles tinham nesse momento era o Irineu, que era o guardião da serraria, porque ele afirmava ter visto todos eles chegando na serraria naquele dia. Só que uma segunda testemunha aparece, que é um homem chamado Edésio da Silva, e ele diz que no dia em que o Evandro foi sequestrado, ele andava de bicicleta em uma rua próxima da casa do Evandro
e próxima à escola... Quando viu um carro passando e nesse carro ele viu Beatriz e Celina na frente, ele não lembrava qual das duas estava dirigindo... Mas elas eram figuras conhecidas na cidade, então ele reconheceu... E ele disse que no banco de trás tinha mais duas pessoas, dois homens e o Evandro. Então, ele disse ter visto o Evandro dentro do carro. Então, o Edésio foi chamado para dar o depoimento dele. Então, ele deu o depoimento e depois disso ele disse que começou a receber ameaças. Teve até um dia que ele levou um gravadorzinho escondido e
deixou gravando uma conversa que teve com um homem chamado Joca, que trabalhava para o Aldo Abagge. Na série, vocês vão conseguir ouvir essa gravação. Então, ele pega a gravação e leva para o procurador geral, em Curitiba. Então, o fato de o Edésio ter sido coagido logo depois do seu depoimento dava ainda mais convicção da autoria do crime para o Ministério Público. E outra coisa que foi encontrada depois também na serraria era em uma parede branca... Tinha uma mancha que parecia de sangue e parecia ser uma mão, tipo uma palma da mão. Eles tiraram aquele pedaço
de concreto, levaram para fazer exames e o resultado foi de que realmente era sangue, mas não era sangue do Evandro. E aí, surge uma coisa muito estranha... Os acusados acabaram confessando mais um crime, que foi o sequestro de Leandro Bossi, que aconteceu alguns meses antes do Evandro. Várias pessoas diziam que havia uma fita com a confissão deles sobre esse crime, mas ninguém sabia dizer onde estava essa fita ou o que aconteceu com a fita, a fita simplesmente sumiu. E o Diógenes também falava muito sobre essa fita. Então, segundo ele, na confissão, eles falavam que haviam
feito o sequestro também a mando da Celina Abagge. Então era muito estranho ter realmente essa fita com a confissão de um outro crime, que ainda não tinha sido solucionado... E essa fita simplesmente desaparece. E aí, tem um dossiê intitulado "Operação Magia Negra (caso Evandro)", onde não é citado fontes ou evidências, provas para comprovar tudo o que está escrito ali... E aí, acontecem essas prisões que eu falei para vocês. Quase como elas são feitas e pronto, acabou. Então, basicamente, na série mostra que o Diógenes falava muito sobre o caso, com muita convicção... Mas que muita coisa
não tinha comprovação. Muitas coisas que foram ditas não só dele, acho que de outras pessoas também, não tinham provas concretas. E é aí que entra outra coisa muito esquisita também. Antes das confissões, um homem que disse ser policial, conseguiu convencer um médico a levá-lo para ver o laudo que esse médico estava escrevendo, para ler o exame e o rascunho do laudo do corpo do Evandro, que havia sido encontrado... E era o exame que a perícia estava fazendo. Então, ele consegue ler tudo... E logo depois disso, várias pessoas foram presas e acusadas de terem cometido o
crime. Então, acredita-se que o fato de terem lido o exame antes da confissão, que aquele exame serviu para basear os depoimentos dos acusados, que disseram que foram torturados para poder assumir que haviam cometido aquele crime. E esse é um caso que tem muitas teorias, tem muitos boatos de coisas que teriam acontecido na época... E um desses boatos era de que a Celina Abagge tinha um caso com o pai do Diógenes, que foi Prefeito antes do Aldo, e que também se chama Diógenes. Então, o Diógenes filho conta que era um boato que circulava por toda a
cidade e que todo mundo sabia... E ele diz também que, por conta desse caso que os dois tinham, foi o que ocasionou o fim do casamento do pai e da mãe dele. E a Celina conta no documentário que tinha esse boato, que ela e o Aldo foram até a casa do Diógenes pai para falar sobre, para esclarecer tudo e que a esposa do Diógenes acreditava que realmente eles tinham um caso... E as famílias, Diógenes e Abagge, eram próximas. Então, um ia na casa do outro, tinha uma amizade entre as famílias... E depois desse boato, depois
desse dia que eles tentaram conversar sobre e tal, a amizade acabou. Tem também outra teoria, digamos assim, sobre o caso, de que o caso poderia ser um crime de cunho político. A família Abagge tinha descendência árabe e a cidade era governada pelos árabes... Tinha uma amizade com o diretor da Assembleia Legislativa do Estado... Celina também teria sido uma das fundadoras do Clube Sírio Libanês em Curitiba, e eles frequentavam o local. Havia também especulações de que a Beatriz e o Osvaldo tinham um caso amoroso, e que ela havia cometido o crime de forma passional. Os dois
negam isso. Então, na série vocês vão conseguir entender melhor essa parte de como a política estava presente em todo o caso, e também vocês vão entender mais sobre uma certa rivalidade que o Diógenes tinha com a família Abagge. Na saída da delegacia, quando as confissões foram feitas, houve revolta da população. Essas confissões foram divulgadas para a imprensa e acabaram se tornando pauta principal de notícias por todo o país. As fitas foram gravadas pela manhã e mais tarde naquele dia, quando deram entrevistas oficiais, a Celina e a Beatriz negaram tudo e disseram que foram torturadas para
confessar. Depois, elas foram encaminhadas para fazer exames de lesões corporais, e os laudos do instituto médico comprovam que não houve tortura. Porém, a Beatriz e a Celina dizem que eles não as examinaram de fato, eles olharam os dedos da Beatriz e logo depois começaram a escrever o laudo, citando leves escoriações. Elas citam também que não falavam nada por medo, porque dentro do IML, no momento do exame, dois dos torturadores estavam presentes. Então, elas não falavam nada. Mas, segundo elas, o exame não foi feito de fato. E é aí que fica ainda mais esquisita essa história.
O médico que assinou esse exame... Anos depois, quando começaram os julgamentos e tal, ele foi chamado para depor, ele não queria de jeito nenhum... Não queria ir depor até que chegou o dia em que ele teria que ir... Ele cometeu suicídio naquele dia. Então é uma coisa extremamente bizarra. O que pensar sobre isso? E na série, vocês também vão ver muito sobre essa parte das torturas. Os acusados falam detalhes sobre tudo o que aconteceu, segundo tudo o que eles relatam é bem pesado... E uma parte que eu acho importante citar para vocês, é quando o
Davi conta que estava deitado no chão, e um dos policiais coloca um revólver do lado do ouvido dele e dá um tiro. Então, provavelmente, estourou o tímpano dele naquele momento, porque o ouvido dele provavelmente começa a sangrar, que nas filmagens vocês conseguem ver que tem... O que parece ser algodão dentro do ouvido dele para não vazar, não escorrer sangue. E ele conta que na hora ficou surdo daquele ouvido, que ele não conseguia ouvir nada... E tem o Vicente. Quando o Vicente foi preso, ele não estava em Guaratuba. Ele estava em Curitiba. Então, ele conta que
no caminho de Curitiba até Guaratuba, ele foi torturado várias vezes. E a Celina e a Beatriz também relatam as torturas. A Beatriz disse que foi estuprada e que uma ouvia a outra gritando nos momentos de tortura... Enfim, tem um episódio inteiro que fala só sobre essa parte. Então, ao todo, como eu disse para vocês, foram sete pessoas acusadas do crime, que foram separados em grupos, e eles eram conhecidos pela mídia como o "Grupo dos pais de santo", que era Osvaldo, Vicente e Davi... Depois, o "Grupo das bruxas", composto por Beatriz e Celina... E por último,
o "Grupo dos ajudantes" da família Abagge, que seria o grupo do Sergio e o Airton. Um fato importante é que nesse último grupo do Sergio e do Airton, eles nunca confessaram os crimes. Inclusive, quando eles ainda estavam sem advogados, eles nunca chegaram a confessar. No dia 6 de julho a polícia reconhece que existem semelhanças entre o Davi e o retrato falado de um sequestrador de outra criança desaparecida, que era o Guilherme Tibúrcio. O garoto teria sido raptado um ano antes, em Curitiba. Também existiam semelhanças entre o Evandro e o Leandro Bossi, levando algumas pessoas a
acreditar que os acusados também eram os autores de outros crimes e outro sequestros. Então, haviam essas suspeitas, mas nada foi confirmado. No dia 10 de julho, a polícia consegue duas provas: dois rádios foram encontrados na casa do Prefeito, e eles estavam sintonizados na frequência da polícia. Além disso, haviam quatro cadernos que estavam com Andrea, que era companheira do Osvaldo, e neles haviam quase 500 nomes de clientes do Osvaldo, incluindo os nomes da família Abagge, que seriam Celina, Beatriz e Aldo, indicando que eles eram clientes do pai de santo. O dia em que Evandro desapareceu é
o único dia em que não consta nenhuma consulta marcada no caderno, o que demonstra que naquele dia, ele não estaria na tenda em que realizava os seus atendimentos. Poucos dias depois que as prisões aconteceram, a revolta da população foi gigantesca. Eles pediam que os acusados fossem linchados, atiravam pedras na casa do Prefeito... Tiveram duas tentativas de invasão à Prefeitura, a população estava ameaçando colocar fogo na casa do Prefeito... Os sete acusados estavam jurados de morte em Guaratuba. Tanto que o Aldo se ausentou alguns dias de Guaratuba, ele foi para Curitiba acompanhar a esposa e a
filha que já estavam presas. A imprensa nacional acompanhava todos os passos do Aldo, tanto que o mandato dele foi até cassado usando outro pretexto, que era uma questão de obras na cidade... Ele até tentou assumir a Prefeitura novamente, mas não conseguiu. Então, o vice-prefeito assumiu. Em 27 de fevereiro de 1993, o ano seguinte ao desaparecimento do Evandro, um grupo de adolescentes encontra uma ossada. E nessa ossada também tinha um short e uma cueca. Então, a polícia vai até o local, recolhe tudo... E eles chamam a mãe do Leandro Bossi para fazer o reconhecimento daquelas peças
de roupa, e ela reconhece que eram peças do filho dela. Então, eles levam toda aquela ossada para que testes fossem feitos para descobrir se era realmente do Leandro Bossi. Só que os resultados comprovam que não era o Leandro, e além disso, aquela ossada era do corpo de uma menina. Quando eu cheguei nessa parte do caso, eu fiquei assim... Não faz sentido nenhum! Como colocam uma ossada lá com as roupas do Leandro Bossi, quando não era os ossos dele, era de uma menina? Quem era essa menina? Será que ela também estava desaparecida? Essa pessoa que fez
isso sabe o que aconteceu com o Leandro, porque estava com as roupas dele. Então, quem era essa menina e o que aconteceu com Leandro Bossi? E acredita-se que aquilo, da forma que foi encontrado, foi plantado de propósito para ser encontrado daquela forma. O delegado da Polícia Civil, Luiz Carlos de Oliveira, diz que eles acreditam que exista alguma situação de tráfico de crianças ou adoção ilegal, e que foi encomendada uma criança com características específicas. E que primeiramente foi sequestrado o Leandro, e que por algum motivo sucumbiu... Então, eles vão atrás do Evandro, que tinha as mesmas
características. E aí, eles acreditam que o Evandro foi levado no lugar do Leandro e que pode estar vivo, e ter sido adotado por alguma família em outro país. E a polícia também suspeitava do próprio Diógenes, porque ele tentava levar provas o tempo todo para eles, ele falava sobre o caso Evandro e o caso Bossi com detalhes... Então, ele falou sobre a criança ser encontrada sem os órgãos antes mesmo do corpo ser encontrado... E nas contas de telefone dele foi encontrado um número de telefone de Aruba. Então, haviam ligações que eram feitas todos os dias para
esse local. O delegado foi até o local lá em Aruba, de onde vinham essas ligações, e era uma casa, um local clandestino onde ficavam imigrantes ilegais. Na casa tinha um homem que tinha passagem de furto de veículos em Curitiba, e ele acreditava que o Evandro foi levado até lá e depois para outro local desconhecido, ou adotado por outra família... E que era possível que ele estivesse vivo. Depois, foram levadas todas as provas que eles tinham. O corpo, o pedaço de concreto que foi tirado da serraria, o alguidar, tudo para que fossem feitos testes de DNA.
Era o primeiro caso em que o DNA foi usado para obter provas concretas... E no resultado foi concluído que o cadáver realmente era do menino Evandro. Ou seja, foi comprovado por DNA que o corpo era dele. Porém, quando se manda um material para exame de DNA, a coleta precisa ser feita na frente do Ministério Público, da defesa e do delegado. Em nenhum momento se sabe quem estava presente nessa coleta. Então, não se sabe que material foi enviado, se era o material realmente coletado, as provas reais... Então, existem algumas dúvidas quanto a isso. Em junho de
1993, a jornalista Mônica Santana consegue fazer uma entrevista com a Celina e a Beatriz Abagge, que estavam presas... Então, elas dão essa entrevista que dura cerca de uma hora e meia, duas horas... Ela escreve a matéria e conta que as duas choravam muito, que elas falavam ser de uma família boa, que elas eram inocentes e que só confessaram o crime, porque foram torturadas. Então, elas falam bastante sobre a tortura que elas sofreram... A Mônica escreve a matéria e a repercussão foi nacional. Em 1998, cinco anos e oito meses após as prisões, começa o julgamento de
Celina e Beatriz Abagge. As confissões gravadas e os laudos do Instituto Médico Legal são os argumentos da promotoria para pedir a condenação das acusadas. Enquanto a defesa diz que elas foram torturadas para confessar o crime e que não tinham comprovação de que o corpo encontrado realmente era de Evandro, que poderia ser de outra criança. Por toda a comoção pública no caso, ele é transferido para São José dos Pinhais... E no momento que se faz o encaminhamento do processo, juntamente com todas as provas apreendidas, essa fita da confissão desaparece. O argumento da acusação era de que
não era necessário ter a fita, porque eles tinham a transcrição da mesma. Enquanto a defesa dizia que o sumiço da fita era indício de acobertamento das torturas. O Ivan diz que a versão que eles têm dessa fita tem vários cortes. O Ministério Público aceita uma segunda fita que eles conseguem que estava com um jornalista que tinha feito uma cópia, e aceitam porque percebem que é o mesmo conteúdo. Então, além do fato de que tinham muitos cortes nessas fitas, a Beatriz e a Celina também dizem que eles faziam uma pergunta, paravam a gravação, elas eram torturadas
e eles diziam o que elas deviam falar, e ligavam novamente. Então, se elas não falassem o que eles mandavam, elas eram torturadas novamente e assim seguia por horas. E toda essa parte, vocês vão ver bem na série, como eu disse, e é tudo muito confuso, porque em certo momento, tem na gravação o Osvaldo e a Beatriz juntos fazendo a confissão, mas eles fizeram a reconstituição do crime na serraria Abagge, no mesmo dia. Então, como ele estaria nos dois lugares? Então, o que realmente aconteceu no dia 1° e no dia 2? Quem está falando a verdade?
Agora, antes de seguir para essa parte do julgamento, eu quero falar rapidamente sobre o álibi dos acusados. O álibi da Beatriz era de que, no dia que o Evandro desapareceu, ela estava em uma reunião com uma amiga. Quando falaram com essa amiga, ela disse que não, que naquele dia ela estava assistindo uma aula em Curitiba, e ela conseguiu comprovar isso. E a Beatriz disse que essas perguntas sobre o que ela estava fazendo no dia foram feitas depois do desaparecimento. Então, ela já não lembrava direito e poderia ter se confundido... Mesmo porque segundo ela, essas reuniões
aconteciam muito... Então, ela poderia ter se confundido e que na verdade, naquele dia, ela ficou dormindo até tarde e uma funcionária da mãe dela poderia confirmar isso. O álibi da Celina é que, naquele dia, ela foi para Curitiba com o marido, era aniversário da morte do pai dele... Então, eles foram para Curitiba... Ela iria em um dentista lá também, e eles voltariam para Guaratuba à noite. Só que o dentista da Celina era de Guaratuba, e não de Curitiba. Aí, ela disse que era outro dentista... Então, na série eles falam que o álibi das duas era
um pouco fraco. E no período da noite, ela disse que foi em uma festa e que várias pessoas viram que ela estava lá e poderiam confirmar. Algumas pessoas disseram que sim, que realmente lembram de tê-la visto lá, mas quando perguntavam o horário, a Celina diz que tinha ficado na festa até 22:30h, 23:00h. E para as pessoas que disseram tê-la visto lá, cada pessoa dizia um horário. Então, para o Ministério Público, de fato ela provavelmente esteve nessa festa... Mas como os horários não batiam e tal, poderia ser que ela tivesse feito o ritual antes de ir
para a festa. E o álibi da Beatriz para a noite daquele dia é que ela estava em casa esperando que o Grupo Tigre chegasse, e ela dizia que tinham várias pessoas que podiam confirmar. Só que essas pessoas que ela cita são todas muito amigas da família Abagge. Então, a única pessoa que poderia realmente confirmar e ser imparcial era o padre. E ele não quis prestar depoimento. E quando ele respondeu se ela estava lá ou não, ele dizia que não lembrava... E o que acontece é que os horários que ela fala diferem um pouco da linha
do tempo. Então, por isso que o álibi das duas é um pouco fraco. Os álibis do Davi, Osvaldo, e Vicente são de que eles estavam em um barzinho para jantar dobradinha. Segundo eles, ficaram até às 2:00h da manhã lá. E eles citam várias pessoas que estavam com eles e que poderiam confirmar isso. Essas pessoas desmentem e dizem que... Algumas dizem que nem estavam em Guaratuba no dia e que não estavam nesse local. E o dono do local disse que naquele dia, era uma terça-feira, que ele tinha fechado o restaurante antes, era tipo um barzinho-restaurante... Porque
não tinha movimento. Então, ele disse que às 22:00h já estava fechado, enquanto eles disseram que ficaram até às 2:00h da manhã no local. E outro fato também é que eles citavam que tinham ido para comer dobradinha. Esse era um prato que era servido apenas nas quartas, e era uma terça-feira. Então, o álibi deles não tinha como comprovar. E aí, a Andrea dá o depoimento dela e ela disse que realmente eles foram jantar nesse local, só que não tinha sido naquela terça-feira, tinha sido em outro dia... E ela conta mais coisas. Ela era companheira do Osvaldo
e disse que naquele dia, naquela terça-feira, ela foi dormir mais cedo, e antes de dormir ela viu o Osvaldo saindo de casa todo vestido de branco, junto com o Vicente que também estava de branco. Ela disse que essa era a cor que eles usavam quando iam fazer os trabalhos... E que quem foi buscar os dois foi a Beatriz. Ela conta que ele voltou de madrugada naquele dia e ela também falou um pouco sobre o relacionamento dos dois, disse que ele era muito abusivo... Então, ele era o companheiro dela. Ela gostava dele. E esse depoimento dela
foi extremamente importante, porque ela nunca mudou o depoimento, ela sempre contou a mesma história. Então, a companheira dele disse que ele saiu de branco e com a Beatriz naquele dia. Então, foi extremamente importante para o caso. Um fato importante também é que o Bardelli e o Cristofolini nunca confessaram os crimes, inclusive quando estavam sem advogados. E voltando para o julgamento no tribunal, a acusação tinha o depoimento de duas testemunhas-chave, que era o Edésio, que andava de bicicleta e viu o Evandro dentro do carro, e o Irineu, que era o guardião da serraria e disse ter
visto os sete acusados chegando na serraria no dia do crime. Só que depois, o Irineu conta que nunca viu ninguém, que ele estava internado naquele dia, e só disse isso, porque foi ameaçado. Tem um episódio inteiro também que fala apenas sobre o corpo, se era de fato do Evandro ou não... E como eu disse para vocês, tinham muitas dúvidas quanto a isso. Então, o corpo foi levado de Paranaguá para Curitiba, para fazer novos exames de necrópsia para confirmar novamente a identidade do corpo. A distância de uma cidade até a outra é pouco mais de uma
hora, só que a entrada do corpo no IML de Curitiba só aconteceu na manhã do dia 12. Então, onde o corpo ficou entre a madrugada do dia 11 até a manhã do dia 12? Esse mistério nunca foi resolvido e o mais bizarro é que o motorista que fez o transporte do corpo, que poderia contar o que aconteceu durante essas horas, morreu de repente, do nada. O julgamento durou 34 dias, sendo o mais longo do país. Todas as páginas do processo foram lidas, os acusados e testemunhas foram ouvidos... E o caso ficou conhecido como "As bruxas
de Guaratuba", que fazia referência direta à mãe e a filha da família Abagge. Celina e Beatriz ficaram presas em regime fechado até 1996, e depois disso, estavam em prisão domiciliar. Em 1998, depois de duas horas, os jurados tomaram sua decisão. Beatriz e Celina foram inocentadas, mas o Ministério Público recorreu dessa decisão, anulando esse julgamento, por conta das provas de DNA que comprovavam que o corpo era do Evandro. Em 2011, a Celina já tinha mais de 70 anos, e com essa idade, o crime prescreveu para ela. Significa que a justiça não pode mais agir por ter
passado muito tempo e pela idade avançada da pessoa. Em 2016, a Beatriz ficou foragida por uns dias sob supervisão de seus advogados, que enquanto isso, tentavam adiantar o processo de indução. A indução foi concedida e durante esses anos, a Beatriz cursou uma faculdade de Direito em Curitiba com o objetivo de ser mais ativa em seu próprio caso. Em 2016, pela mudança no entendimento do STF da prisão em segunda instância, um mandado de detenção foi expedido. Porém, como já havia cumprido parte da pena, o Tribunal da Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para a Beatriz.
Recentemente foi feita a extinção da ficha criminal da Beatriz e a única pendência que tinha era justamente a do possível assassinato. Em agosto de 2017, o Ministério Público do Paraná entrou com um recurso contra o induto da Beatriz, perdeu na primeira instância, recorreu à segunda instância e perdeu... E recorreu ao Supremo Tribunal Federal e perdeu mais uma vez. Os outros acusados passaram mais tempo dentro do regime fechado. Eles foram divididos nos grupos que eu falei para vocês, eles tinham processos individuais, apesar de se tratar de um mesmo crime. O julgamento do Osvaldo, Davi e Vicente
deveria ter acontecido em 1998, mas foi adiado cinco vezes até acontecer só em 2004. O julgamento durou seis dias. O júri levou uma hora e meia para votar, e os três acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado. O Osvaldo e o Vicente receberam a mesma pena de 20 anos e 2 meses de prisão. O Davi recebeu a pena de 18 anos e 8 meses, sendo inocentado da acusação de sequestro. Em 2005, aconteceu o julgamento do Bardelli e do Cristofolini, que durou cinco dias, e eles foram absolvidos. Vicente de Paula faleceu em 2011, na prisão, o
Davi dos Santos Soares cumpriu cerca de 11 anos de prisão e hoje vive em liberdade, ele conseguiu reconstruir sua vida. O Aldo Abagge lutou para provar a inocência da esposa e da filha até o fim de sua vida. Quando ele faleceu, as duas ainda estavam presas, mas conseguiram visitá-lo no hospital. O Diógenes escreveu um livro intitulado "A verdadeira história do caso Evandro", onde ele conta a sua versão dos fatos. Ele acabou se candidatando a Vereador, não foi eleito e desistiu da carreia política. Hoje, ele vive em Guaratuba onde atua como Engenheiro Civil. Eu vou postar
um vídeo lá no meu Instagram, contando algumas curiosidades e algumas coisas a mais sobre o caso, coisas que apareceram depois que tudo já tinha acontecido. Então, eu vou deixar também o meu Instagram aqui embaixo para vocês irem lá assistir essas curiosidades... E esse é um caso muito complexo, tem muita coisa. Então, o que eu aconselho? Que vocês assistam aqui, se quiserem ir lá para o Instagram para ver mais algumas curiosidades, também vão lá e depois assistam toda a série. São oito episódios do caso Evandro no GloboPlay, vai estar aqui na descrição para vocês, a série
é muito completa... E é muito legal vocês assistirem para conseguirem ver e ouvir tudo o que eu contei aqui para vocês, as fitas, as gravações, tem fotos e muitas reportagens da época... Então, tem muito material lá. Este vídeo aqui é um resumo do caso, embora com certeza tenha ficado comprido, mas ainda sim tem muito mais. E também tem o podcast Projeto Humanos, onde hoje tem 36 episódios. Então, alguns passam de duas horas de duração. Tem muita coisa, muito material. Realmente, isso aqui foi um resumo, mas tem muito mais para vocês verem, tanto na série quanto
no podcast. Então, acompanhem, porque é um caso impossível em um vídeo eu sentar e contar todos os detalhes de tudo, porque é extremamente complexo, é um caso que tem muita coisa. Então, apesar da série e do podcast esclarecerem muitas coisas sobre o caso, ainda assim levanta muitas outras questões. Então, eu quero muito que vocês assistam e escutem o podcast para vocês entenderem 100% e aí criarem suas próprias conclusões sobre o caso. Então, assistam a série que está impecável. Juro para vocês, tem muita entrevista com pessoas que trabalharam no caso, pessoas envolvidas no caso... Então, tem
muito mais do que eu contei aqui e vale muito a pena. O podcast também é incrível e impecável, tudo aqui na descrição para vocês... É isso! Espero muito que vocês tenham gostado deste vídeo, vocês pediram muito... Então, me conta aqui nos comentários o que você achou... Então é isso! Se você gostou do vídeo, deixa bastante like para mim aqui embaixo... Já deixa o like, me segue nas redes sociais que vão estar aqui na tela para vocês... Se inscreve no canal para não perder nenhum vídeo novo... Como eu disse, todos os links vão estar aqui na
descrição. E é isso! Eu vejo vocês no próximo vídeo.
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