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Video Transcript:
k [Música] eu sou humano e portanto nada do que é humano me é estranho assim falava o poeta e dramaturgo Romano Terêncio e assim falo eu Flávio Ricardo vassoler escritor Professor youtuber nmade fiel como os pássaros migratórios fundador da universidade virtual do vassoler e apresentador do programa filosofia do cotidiano na TV 247 muito boa noite pessoal boa noite a todas Boa noite a todos vocês segunda-feira 21 de outubro de 2024 e nós estamos aqui para mais uma aula ao vivo com vassoler taca vinheta produção [Música] [Aplausos] 4 [Música] vamos lá pessoal hoje eu quero analisar
aqui com vocês o ótimo livro do sociólogo brasileiro Gessé Souza o mais recente livro do Gessé Souza é o pobre de direita a vingança dos Bastardos né um tema muito importante nós Eh estamos ainda em meio ao pleito Municipal as eleições municipais aqui no Brasil em muuitas cidades Infelizmente o voto à direita sobretudo em camadas populares eh tem acontecido E se nós quisermos que o Brasil tenha um futuro um futuro emancipatório um futuro democrático um futuro inclusivo nós precisamos conversar com camadas populares com conservadoras e precisamos entender por são conservadoras para que o povo brasileiro
consiga entender quem de fato são seus grandes adversários sociais que é a camada dirigente em termos econômicos em termos políticos em termos sociais em termos culturais arregimentando aquele aquela aquele eh aquela camada social que o g chama de classe média real né que tem todo capital cultural que é detentora do Capital cultural vou explicar isso a vocês segundo as ideias do Gessé porque do contrário gente eu não vejo muito futuro em termos de uma sociedade eh eh político de debate cultural inclusive com a presidenta do PT a gaz Hoffman fazendo um pronunciamento e dizendo Olha
o PT de fato a história do movimento eh Operário eh do trabalhismo brasileiro desemboca no PT nós temos um diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras formalizados sindicalizados e estamos tentando encontrar maneiras estão sendo feitos estudos na Fundação perceu Abramo ligada ao PT para que nós saibamos dialogar com esse novo setor da sociedade por exemplo os trabalhadores que e trabalhadoras que estão precarizados que trabalham aí sem a carteira assinada eh e entender essas dimensões o o livro do Gessé Souza o pobre de direita a vingança dos Bastardos é uma leitura obrigatória para todas e todos nós
que queremos entender mais profundamente o Brasil entender as contradições do Brasil entender a chave de distinções eh e de configuração de autoestima porque são fatores afetos fundamentais paraa sociologia weberiana com a qual o Gessé Souza dialoga vou explicar isso a vocês e aí a gente tem uma chave importantíssima de compreensão do Brasil e Mais especificamente do Brasil Contemporâneo então eu quero fazer uma aula aqui remontando aspectos basilares eu estou aqui eh eh eu terminei a leitura de o pobre de direita do gess Souza tô eh Fiquei bastante eh impression com o livro muito interessante recomendo
a leitura para vocês quero dizer a vocês que eu deixei aqui embaixo na descrição desse vídeo o link via Amazon para vocês adquirirem o livro O Pobre de direita Então quem quiser comprar o livro pode clicar aqui no link que tá embaixo desse vídeo na descrição do vídeo aqui tem o pobre de direita a vingança dos Bastardos da editora civilização brasileira de autoria do gess Souza vocês podem clicar no link comprar aqui embaixo do vídeo tá bom antes de mais nada gente eu quero pedir a todas e a todos vocês que deem um like aqui
no vídeo que curtam o vídeo que disseminem esse vídeo pelas redes sociais para que nós possamos dialogar com cada vez mais e mais pessoas aqui embaixo do vídeo tem a tecla seja membro vocês podem se tornar membros humanistas do canal tem também a tecla Valeu para vocês poderem fazer uma contribuição financeira tá passando aqui ao pé do vídeo no banner Azul rotativo a chave do pix para vocês poderem fazer um pix aqui pro meu canal Flávio Ricardo vassoler a chave do pix é nomad pedit @gmail.com Eu repito nomad pedit @gmail.com quem estiver aqui no chat
do YouTube pode mandar um super Sticker que é uma saudação paga e ou um super chat que é uma pergunta paga e eu vou agradecer muito a vocês acessem também o site tá passando aqui embaixo ó www.flavioprimo.com.br [Música] é parte com que autores ele tá dialogando e fundamentalmente entre outros autores o GC tá dialogando com o Max Weber com o Axel honnet que é um autor ligado ali à chamada escola de Frankfurt e Diferentemente de características eh de uma leitura marxista de uma leitura marxista clássica que considera o fator de base econômica dos ganhos econômicos
do pertencimento econômico para perceber a situação de classe para perceber numa dimensão de Perdas e Ganhos relativas às demais classes como é que uma pessoa se fundamenta politicamente e para achar que quando a pessoa não percebe o seu real interesse de classe não tem consciência de classe ela passa por um processo pernicioso e trágico de alienação essa é uma leitura eh que virou até leitura de senso comum que vem da das hostes do Marxismo o Gessé vai para uma a chave de discussão weberiana considerando que estar em sociedade implica valorações Morais implica a dimensão de
percepção de si de distinção de si entendendo se na sociedade em que se está existem laços de distinção que pressupõe a humilhação que pressupõe a competição voraz ou então que pressupõe mais base de estar com o outro e estar em solidariedade em em poucas sociedades mundiais como eventualmente por exemplo sociedades escandinavas né Suécia Noruega Dinamarca Finlândia você tem mais rede de proteção social isso obviamente No sistema capitalista não implica que não haja competição voraz e tudo mais mas as pessoas tendo direitos universalizados tendo cidadania universalizada estão mais umas com as outras do que umas contra
as outras agora numa sociedade como a brasileira o Jessé parte claro também anal os Estados Unidos para ver a formação da Extrema direita de lá e a sua influência para cá não vai ser a minha chave de discussão aqui a minha chave vai se circunscrever mais ao Brasil mas sempre lembrando que o GC em determinado momento do livro faz todo um escurso na formação da nova direita americana percebendo como é que eles eh eh como é que eles entenderam que era preciso fabricar produzir consentimento reacionário para manter a dominação ao invés do entrechoque da luta
de classes eh eh reito direto e tudo mais eh é importante dizer que numa sociedade como a brasileira com o horror de 350 Anos de Escravidão com esse crime que as classes dirigentes brasileiras perpetraram contra as camadas populares no Brasil contra os negros no Brasil a chave é a chave da da a lógica da distinção a lógica da humilhação sobretudo a humilhação que além de ser física além de ser material além de ser Econômica é uma humilhação simbólica Cultural de haver uma concentração de Capital econômico para as classes dirigentes que são proprietárias que concentram as
indústrias que concentram capital financeiro que concentram capital midiático e os a sua guarda pretoriana que o gess chama de classe média real que tem mais acesso historicamente à formação do Capital cultural cursos universitários pós-graduação estudos de língua considerando-se sempre a posição subalterna historicamente do Brasil em relação aos países de Capitalismo Central nós temos aí 80% da população que ah fazem parte das camadas populares desses 80% nós temos Ah uma população que o gess já estudou como ralé que o Gessé usou esse termo que é um termo que e linguisticamente historicamente traz conotação pejorativa mas é
a forma pela qual essas pessoas são vistas humilhadas vilipendiadas prostradas marginalizadas pessoas com trabalho desde sempre precarizada pessoas à margem de uma formação escolar e universitária mais condigna portanto não conseguindo reverter capital cultural parco que não tem em capital econômico e agora vem o campo de estudo por Excelência desse livro do Gessé sobre o pobre de direita que é aliás é é a é o contingente populacional de classe populacional de onde eu venho que é o pobre remediado Eu já falei muitas vezes que eu venho da classe trabalhadora de São Bernardo do Campo pois quando
o Gessé faz um recorte de classe primeiro econômico para mostrar que é uma classe que tem que ganha de dois a cinco salários mínimos era justamente aí e é justamente nesse lugar em que minha família estava lá em São Bernardo do Campo ou seja nós não morávamos por exemplo numa comunidade numa favela numa comunidade não gan a família não ganhava de zero a dois salários mínimos mas estávamos nessa posição que nos alija e nos colocava entre a massa enorme da população brasileira e o fato de eh estarmos entre a classe média e os mais ricos
dos quais nos distanciá-lo [Música] da do meu bairro e no contraste por ter convivido na escola particular Então vou conseguir trazer relatos para vocês e vou dar até um exemplo clamoroso que foi muito importante para mim para vocês entenderem que eu convivi com uma dimensão no meu bairro e na minha escola eu estudei em escolas particulares eu vou vou contar o meu caso peculiar que é um erro do capitalismo brasileiro Mas é interessante para para para compreender esses fatores de que o Gessé Souza fala porque eu estudei em boas escolas particulares por outro lado vocês
vão ver como a minha família não tinha condições disso mas o meu pai biológico que pertencia à classe média custeava esses estudos mas eu convivi com pessoas que eram ou brancos pobres como nós que o Gessé chama de classe pobre remediada que não ganha de zero a dois salários mínimos ou pessoas negras pobres negras pardas misti como o IBGE considera E aí dá pra gente entender essa tessitura pro Gessé não é o fator de pertencimento de classe em termos econômicos que baliza o estar do indivíduo em sociedade e sim o fator da autoestima da forção
da identidade relacional com o outro no Brasil como é uma sociedade muito desigual muito violenta muito perniciosa muito elitista e muito racista porque o racismo pro Gessé é a chave para compreender a luta de de classes no Brasil é a dimensão do ressentimento dos brancos pobres e segundo Gessé uma tentativa de embranquecimento dos negros mais pobres E aí o Gessé faz críticas terríveis ao neopentecostalismo a gente vai ver isso que dá a chave para uma adesão desse Campo que antes havia votado em Luís Inácio Lula da Silva mas com as políticas de criminalização do Campo
Popular ah em termos históricos com o a a com a migração do racismo aberto que a partir o Gessé data a criminalização do racismo no Brasil ou a sua o seu impedimento no discurso público com as ações do Getúlio Vargas o Gessé tem muita eh admiração pela pela figura do Getúlio Vargas e diz que com o Casagrande sem zala do Gilberto Freire pela primeira vez na história do Brasil essa é uma interpretação do Gessé houve uma positivação houve uma a uma apreensão positiva da herança do negro do mestiço do Pardo na história do Brasil até
então discriminado houve então uma apropriação e o racismo foi proibido o Gessé vai mostrar que o racismo se traveste para continuar a alijar a maior parte da população brasileira das benesses civilizat de cidadania em termos de saúde habitação sobretudo educação pra conversão de Capital cultural e melhor oportunidade Econômica o Gessé vai falar que o racismo se transveste em discurso da corrupção e ele vai até o pai do Chico Buarque o Sérgio Buarque de Holanda para falar dessa construção do homem cordial brasileiro que não seria capaz de racionalidade que não seria capaz de disciplina que não
seria capaz de trabalho escorreito e correlato h a diferença do homem Digamos anglo-saxão que tem com o caráter missionário protestante isso é muito importante ó A Ética Protestante o Espírito do Capitalismo do Max Weber um sentido racional e disciplinado para gerir a sua vida que esse tipo de preconceito que atinge as camadas populares brasileiras ao invés de ser um racismo Franco e aberto que passou a ser criminalizado e passou a ser alijado do espaço público pela intervenção culturalista do Getúlio Vargas Ele usou outras vestes outras roupagens então ao invés de falar mal do do das
camadas negras pardas e mestiças da população brasileira se fala do homem da mulher cordiais que não teriam esforço disciplina que seriam preguiçosos horrores também se criminaliza como corrupto o povo que vota em candidatos do campo Progressista que quando chegam ao poder são corruptos povo é corrupto esses candidatos são corruptos e aplicam-se golpes de estado para alijar esse campo popular de estender a cidadania pro conjunto da população brasileira Olha gente é uma engenharia social complexa dura triste que nos afeta a todas e a todos que alija a maior parte do povo brasileiro e que precisa ser
compreendida se nós não conseguirmos dialogar com a o o branco empobrecido e de cujo seio vem a minha própria família e com as camadas das da população brasileira também empobrecida de negros misti e pardos que estão aderindo nesse grupo mais remediado remediado relativamente ao mais pobre porque certamente muito pobre em relação à classe média mais estabelecida e sobretudo em relação aos donos do Poder aqui no Brasil se não conseguirmos conversar com essas pessoas que formam a maioria do Brasil Enquanto houver eleições vai haver migração cada vez maior pro campo da Extrema direita vocês estão vendo
o resultado eleitoral aqui e pode haver Inclusive a suspensão do contrato social eleitoral teria acontecido isso se o 8 de janeiro de 2023 tivesse dado certo mas se não houver punições se não houver a percepção de que é preciso politizar essa camada da população para entender Quem são os reais adversários da sua cidadania se nós Não mudarmos essa lógica aí gente o Brasil caminha realmente para narcoestado miliciano e teocrático tá é esse é o preâmbulo que eu faço aqui então vamos pegar aqui os pressupostos do gess vamos entender isso com exemplos concretos vai ficar mais
fácil para vocês poderem entender aqui ó só para colocar um uma uma mensagem importante da Telma ó na próxima quarta-feira dia 23 aqui quarta-feira agora depois de amanhã às 19 horas o GC Souza estará no aljan que fica na Rua bar eh da Resistência Palestina aqui em São Paulo que fica na Rua Rui Barbosa 269 para mais um lançamento do livro indispensável eh o pobre de direi a vingança dos Bastardos que sai agora saiu agora pela pela Editora civilização brasileira tá bom obrigado Telma Muito obrigado aqui pela mensagem Querida então vamos entender aqui como a
gente vive numa sociedade de herança escravocrata e Como o racismo infelizmente esse horror esse crime não foi superado o que o Gessé tá propondo é que a familiaridade com a soleira da Casagrande em Mana a pessoa de prestígio e autoestima sociais então quando a gente olha para esse recorte de sociedade do chamado pobre remediado de dois a cinco salários mínimos é o é é o é o é o recorte sociológico com com o qual o Gessé tá trabalhando a gente percebe uma característica fundamental o Gessé vai dizer que é preciso entender a constituição étnico regional
no Brasil primeiro gente eh os imigrantes europeus que chegaram ao Brasil entre os quais os meus ancestrais eles chegaram a partir ali de 1880 Inclusive eu sei que eu sei o nome do vapor por Carlo R em que o meu trisavô dipe chegou com meu bisavô David no dia 15 de março de 1889 ao porto de Santos saindo ali do Norte da Itália pessoas Miseráveis analfabetas que vieram trabalhar na roça no interior de São Paulo tá muito bem esses Imigrantes chegaram porque as classes dirigentes eugenistas e naz do Brasil não queriam empregar como trabalhadores assalariados
os escravos recém-libertos ou em vias de serem libertos do horror da escravidão eram formavam uma cúpula dirigente altamente eh eu tô usando o termo nazista antes do prazo mas para vocês entenderem ou seja altamente racista eugenista e quiseram embranquecer o país com esses Imigrantes saindo da Europa saindo do oriente médio vamos nos lembrar ali de que o império otomano estava se desagregando eh em meio à primeira guerra mundial então no começo do século XX povos eslavos e também eh povos eh do extremo oriente Uma colônia enorme de japoneses e japonesas aqui no Brasil muito bem
o que que acontece gente o Gessé vai mostrar que em São Paulo e na região sul do Brasil existe uma maioria de brancos e entre esses brancos eles Peg ele pega por exemplo os dados da região sul do Brasil os 70% brancos da região sul dentre os 70% de brancos de ascendência europeia na região sul do Brasil 50% são pobres 50% e ele vai mostrar que nas regiões norte e Nordeste existe uma preponderância de população negra mestiça e parda o racismo gente o horror do racismo é crime no Brasil então o gess vai mostrar que
existem como eu já falei a vocês roupagens para esconder o racismo por exemplo o preconceito Regional Ah porque fala mal das pessoas do Norte e aqui em São Paulo um horror fala mal do Nordeste fala mal das pessoas do nordeste o Gessé vai mostrar essa é uma forma velada de falar de exercer o racismo o que que se ouve muito pela direita reacionária pelo reacionários aqui e em São Paulo ah o nordestino não gosta de trabalhar o nordestino gosta de viver às custas do estado tem o bolsa preguiçoso que é o bolsa família esses horrores
que são ditos pelos conservadores reacionários aqui em São Paulo agora a gente vai saber quem são essas pessoas segundo Gessé Souza isso tem a função de fazer com que haja e o GC também associa a racismo o discurso da meritocracia com que haja uma percepção para o branco pobre de que houve um fator meritocrático de que por seu esforço ele não é tão pobre quanto o negro e de que se a pessoa se dispusesse a trabalhar se dispusesse a estudar se dispusesse a vingar na vida ela conseguiria o que se perde aí completamente e o
a pro Gessé a meritocracia ela simplesmente mascara o racismo mais Franco colocando roupagem é que sem a mediação de políticas públicas de Educação de saúde sem a mediação familiar de oportunidade de emprego empregos mais condignos e do planejamento estruturado de uma vida estruturada para o planejamento do trabalho e do estudo se perdem as mediações que fazem com que o indivíduo imante de afeto positivo o estudo a jornada de trabalho a preparação pro futuro eu vou exemplos bem concretos o meu pai biológico primeiro marido da minha mãe era médico um homem da classe média de Santos
para você fazer medicina no Brasil você teve privilégio A não ser que você tenha eh eh participado de um programa de mediação de política pública e você venha das camadas populares e esse programa Tenha vindo obviamente dos governos progressistas que houve no Brasil para você chegar a uma faculdade de medicina o meu pai fez uma fez faculdade de medicina inclusive na PUC do Paraná é uma faculdade privada e nós sabemos que as faculdades de medicina são muito caras no Brasil né meu pai estudou Medicina na década de 60 Ele nasceu em 1948 estudou acho que
em fins da década de 60 né então meu pai vem da classe média o que que o meu pai João Olavo Que Deus o tenha viu o meu avô fazendo meu avô meu pai era um intelectual hoje hoje nós temos médicos acionistas médicos pelo amor de Deus não é a classe médica como um todo pelo amor de Deus mas muitos médicos negacionistas pessoas que não t uma formação cultural aprofundada que pouco conhece para além do seu campo específico de Formação felizmente não era o caso do meu pai eu digo felizmente porque isso influenciou determinou boa
parte da minha trajetória intelectual o meu avô era um médico então tem uma tradição de médicos na família do meu pai e e meu avô era muito lido e lido num sentido histórico literário filosófico e isso influenciou muito o meu pai e os irmãos e irmãs do meu pai os meus tios então eles viram o pai deles lendo em silêncio demandando como Patriarca silêncio em casa para ele poder estudar o a dimensão de boas notas na escola e numa escola que preparava pra dimensão do vestibular e de formação de um capital cultural para angariamento de
bom emprego fez parte como só e acontecer tradicionalmente na classe média para essas pessoas E aí gente o meu pai então hantou de afeto uma atividade de formação de pensamento abstrato de cognição do mundo de se situar no mundo de entender a realidade quando eu morava em São Bernardo eh e aí minha mãe já tinha separado do meu pai nós morávamos meu minha mãe minha irmã meu pai Tadeu minha mãe marineusa meu pai Tadeu minha avó Antônia três proletários lá de São Bernardo do Campo que tinham vindo dos interiores do Brasil minha mãe e minha
avó do interior de São Paulo meu pai do Norte do Paraná e minha irmã morávamos lá em São Bernardo num determinado momento o meu pai queria construir uma parte de cima lá em casa eu até mostrei em fotos das minhas redes sociais aquela parte que meu pai construiu porque eu voltei a essa casa recentemente não é mais nossa é de uma outra família mas tá como meu pai deixou e ele contratou meu pai fazia o trabalho meu pai Tadeu fazia o trabalho de pedreiro em parte mas ele contratou um pedreiro chamado Israel que eu espero
que esteja bem Manda um grande abraço para ele onde ele estiver o Israel morava numa comunidade muito pobre lá em São Bernardo do Campo ou seja Era mais pobre do que nós e o Israel eu me lembro como se fosse agora disso o Israel ele a a a a esposa do Israel era empregada doméstica e o Israel eles tinham um filhinho e não tinha tin com quem deixar muitas vezes o filhinho então o filhinho do Israel muitas vezes o acompanhava no trabalho isso aconteceu durante os meses em que ele trabalhou lá em casa tava fazendo
serviço de pedreiro e o que que eu via às vezes eu subia para ver o Israel trabalhar eu tinha voltava da escola ficava vendo Israel trabalhando o filhinho dele brincava com quê gente ele brincava com livro ele brincava o pai dele contava história sobre o mundo o pai dele tinha viajado o pai dele falava como era ser médico Engenheiro advogado com que que o filhinho do Israel brincava com a pá de mexer o cimento com a vassoura brincava com a brocha de pintar Às vezes o pai deixava ele fazer ele ele eh ele eh cobria
a parede ali com massa corrida para brincar então o que que o que que tava acontecendo ali Diante de Mim Claro que eu não sabia disso era uma criança mas hoje interpretando isso sociologic Sci psicologicamente eu entendo esses aspectos o filhinho do do Israel tava sendo preparado o Felipe que era o filhinho do Israel estava sendo preparado para ter uma imantação do trabalho concreto aí vocês vão falar Flávio é um trabalho Digno sem sombra de dúvidas é um trabalho Digno honesto bonitoa ajudando a construir uma casa só que nós sabemos que na sociedade brasileira Esse
trabalho é extremamente mal remunerado e além de mal remunerado mal prestigiado Então você tem o Israel ele trabalhava por exemplo ele tentava achar jornadas de trabalho aqui e ali só que nem sempre tinha trabalhos garantidos então o filho foi crescendo entendendo que era matar um leão por dia era fazer o trabalho para garantir a comida hoje para garantir a comida semana que vem não tinha uma prospecção e uma Projeção de trabalho regrada disciplinada não porque a eles pelo amor de Deus características inatas de disciplina isso É racismo puro quem afirma isso É racismo puro é
discriminação étnico social pura quando a pessoa ela tá inserida num contexto que lhe permite projetar programar e planejar a vida aí você tem uma dimensão de romper a lógica de precarização a lógica do bico do hoje para projetar um caminho de trabalho de formação de uma família de formação de uma de um capital de um patrimônio para se aposentar e ter tranquilidade na vida percebem gente por isso o GC mostra muito eh eh muito importantemente como o discurso da meritocracia ele fantasia o racismo porque ele joga para digamos a classe média para classe média real
e para as elites uma dimensão de esforço individual que na verdade tá toda mediada por uma formação histórico pessoal uma formação de classe uma formação com vetores de Prestígio que estavam ausentes tradicionalmente historicamente nas camadas populares perceberam gente aí a gente tem uma questão importante vamos pegar a chave do eh Branco pobre Vejam o branco pobre diz o Gessé Souza de dois a CCO salários mínimos que é pobre tá não está na classe média mas sente certos pertencimentos à soleira da casag grande o Gessé Souza diz o branco pobre se sente um ser humano por
quê Porque ele se contrapõe ao negro porque no Brasil tamanha violência que sofre contra a sua identidade contra o seu corpo aliás muitas vezes reduzido a um corpo a ser alvejado pela polícia a ser massacrado pela polícia o negro muitas vezes precisa redobrar e a gente vai falar segundo Gessé sobre os aspectos da tentativa de embranquecimento do negro para poder sobreviver em contraposição a essa posição terrível pela qual passa o o o negro pobre que está aderindo à extrema direita a gente vai entender isso já já nós temos aí o branco pobre que por ser
Branco sente uma contiguidade com aqueles que formam historicamente a classe dominante e a classe média que é a guarda pretoriana que vai servir de diretores gerentes administradores eh eh digamos eh ceos de fundos de investimento não vão ser os grandes proprietários de meios de produção e Meios financeiros mas vão ser a guarda pretoriana né esse Branco pobre ele sente um ressentimento profundo por não ter conseguido eventualmente tendo oportunidades educacionais ou lhe faltando muitas vezes essas oportunidades educacionais por não conseguir se igualar seja aos grandes donos de meio de produção seja a sua guarda pretoriana só
que comparativamente ao negro pobre e sobretudo aquele conjunto social chamado de ralé sociologicamente porque são os marginalizados os miserabilidade Brasil ele tem a dimensão do que eu vou chamar de salário psicológico e a lógica é a lógica do ressentimento em relação à sociedade em relação aos de cima a lógica do ressentimento e da humilhação é uma pessoa fustigada é uma pessoa esmagada só que vejam vocês por causa da da disseminação acadêmico midiática do racismo seja do racismo mais escorreito e direto seja do racismo travestido de de formas cordiais racismo Regional e racismo meritocrático esse Branco
pobre usa Tais características para criminalizar os negros para criminalizar os mais pobres e para criminalizar o campo Popular justamente porque querem dar oportunidades para aquelas pessoas que são seriam segundo esses reacionários preguiçosas encostadas nos estado que não tem o pendor da disciplina do trabalho e que por isso se escoram na riqueza produzida por quem é do Sudeste e do Sul do Brasil é isso que o GC tá mostrando vamos entender aqui essas pessoas esses brancos pobres não estão entendendo que primeiro são vítimas da sociedade brasileira também se não tiveram educação condigna educação pública se não
tiveram saúde condigna saúde pública é porque o grande Lobby privado O que que a grande mídia faz vamos partir aqui da discussão acadêmica antes de chegar à mídia o GC ele vai mostrar que a produção de consenso fabricado vem da Universidade vem dos centros intelectuais no Brasil ou fora do Brasil chegando até o Brasil por meio das da da grande mídia e no Brasil Gessé Coloca o livro Raízes do Brasil do Sérgio Buarque de Holanda como um livro paradigmático para independentemente de posturas eventualmente mais progressistas mais centro esquerdistas do Sérgio Buarque de Holanda criar uma
figuração do homem cordial brasileiro e aliás o Macunaíma do Mário de Andrade faz muito disso também falando do Ai que preguiça do do antih Herói festivo da pândega não gostando de pegar no batente não tendo planejamento disciplina racionalidade sendo muito mais emotivo não sendo propenso à universalidade de procedimentos da burocracia racional moderna querem um exemplo disso pessoal eu acompanho o futebol desde que eu me entendo por gente e toda vez que a seleção brasileira mesmo com Tim perdia perdia aí nós tínhamos o seguinte tá vendo por exemplo em 98 por exemplo em 2006 dois timaços
que a seleção brasileira teve nós sabemos que a maior parte dos jogadores da seleção brasileira a maior parte da Seleção Brasileira formada por jogadores negros mestiços e pardos aí a mídia esportista a a crônica esportiva brasileira majoritariamente formada por homens branc falava o seguinte tá vendo o Brasil não tem respeito a esquema tático é cada um querendo fazer improvisação é cada um não tem respeito Olha lá olha aquela falha ó faltou a marcação ali sempre se falava da falta de apego quando o Brasil perdia da falta de apego ao esquema tático a racionalidade do esquema
tático e a dificuldade de ensinar pro jogador brasileiro o apego de um de um esquema tático moderno do futebol e quando ganhava Ah é a inventividade é o drible é a improvisação é a genialidade do futebol brasileiro Vocês estão entendendo essa noção do homem cordial ela tem matizes que são positivados ou negativados em função por exemplo no futebol do resultado da seleção Mas elas mascaram a dimensão de que o Alemão é capaz da racionalidade e não o brasileiro só que porque o racismo é criminalizado e felizmente ele é criminalizado ele e ele ainda existe Porque
mesmo sendo criminalizado o racismo da desigualdade ainda não acabou não há cidadania paraa maioria do povo brasileiro Portanto o racismo não acabou e aí o Gessé vai mostrar esse racismo que ainda existe e é disseminado ele encontra outras roupagens outro vocabulário outra gramática outra outro viés de expressão Olha que interessante vocês estão percebendo E aí esse voltando aqui pro exemplo esse jog esse eh jogador ó esse Branco pobre segundo Gessé que vai ocupar aí esse figuração Econômica entre dois e cinco salários mínimos sendo majoritariamente habitante do sul e do sudeste do Brasil ele vai dizer
tá vendo ele não entende que faltaram a ele vrios vetores da da Cidadania que ele também é vítima só que acontece o seguinte ele vai olhar por exemplo para políticas sociais como bolsa família que acontece na região sul do Brasil também acontece na região sul do Brasil e beneficia famílias brancas ainda mais pobres mas ele vai olhar Olha tá vendo isso aí é para pessoas que não querem trabalhar gente Bolsa Família envolve pessoas que estão na miséria miséria R 600 por mês é uma situação de miserabilidade essas pessoas estão vinculadas ao estado essas pessoas eh
eh eh não querem exercer segundo esse reacionário um trabalho e contínuo para melhorar na vida isso vem de um consenso midiático que mostra a cordialidade suposta que é pseudo pseudocientífica pseudo conceitual porque não tem força na realidade e e a mídia os os grupos de mídia os o Gessé usa os termos do think Tanks né as os grupos universitários depois chegando a mídia que é a guarda pretoriana por Excelência dos valores de Elite a mídia corporativa brasileira dissemina esses mesmos valores tá vendo ó o estado é patrimonialista Ou seja a política é corrupta Na verdade
o que a mídia não mostra porque tem todo o interesse em privileg os grandes os grandes corruptos privados das empresas privadas nacionais e internacionais que fazem Lobby junto ao estado para que seus interesses econômicos sejam privilegiados em detrimento das camadas populares para que falte saúde educação moradia cidadania saneamento básico eletrificação condições mínimas e condignas de cidadania e aí sem entender esses aspectos querendo melhorar de vida querendo não só melhorar de vida economicamente mas melhorar a sua autoestima melhorar o seu pertencimento social não pela comunhão não pela Fraternidade com os demais mas pela humilhação passada adiante
contra os demais se distanciando dos negros se distanciando dos ainda mais pobres coloca que o povo é corrupto vota em corruptos e aqueles corruptos criminalizados pela lava-jato criminalizados pela mídia golpista criminalizando o partido dos trabalhadores e o campo Progressista eles criam uma legião de pessoas que são cooptadas politicamente que são indolentes que são preguiçosas e que não tê interesse em progredir na vida quando chega uma gramática de extrema direita que se mostrou permeável à população e que angariou o ressentimento desse Branco pobre que não consegue se prestigiar se autoi temar e ganhar para estar na
classe média ou ainda entre os mais ricos mas que precisa desses aspectos para se diferenciar dos do dos negros pobres e dos ainda mais pobres ele vê olha lá tem aqui Um maom Man o dito Capitão que fala mal das mulheres que fala mal dos negros que fala mal dos dos pobres que fala mal dos gays todos esses grupos historicamente marginalizados postos à margem em relação aos quais o branco pobre tinha a possibilidade de sentir menos estigmatizado menos o voto vai pra Extrema direita perceberam gente pensem eu infelizmente Conheço pessoas Olha que com quem eu
convivi anos e anos pessoas Graças a Deus não da minha família menor mas da digamos do núcleo maior da família que são assim tinha uma pessoa na minha família obviamente não vou dizer quem e Graças a Deus não é meu pai Graças a Deus não é minha mãe mas existe deve haver na família de vocês também uma pessoa que em festas dominicais de Natal ano novo e assim por diante essa pessoa que ganhava um salário mediano tava sempre com o canto da boca torto era o signo era o signo fisionômico do ressentimento nessa pessoa essa
pessoa ela passa tava boa parte do churrasco tomando e olhando pros outros e zoando se um tava com a barriga maior zoando a própria esposa zoando por exemplo um primo meu que uma vez furou a orelha colocou brinco o a a possibilidade preciso dizer em quem essa pessoa vota hoje em quem ela votou em 2018 em quem ela votou em 2022 é difícil saber em quem ela votou tão percebendo gente agora um fenômeno né Eh eh um fenômeno importante pra gente aqui compreender as contradições é a questão do negro pobre e para o Gessé evangélico
tá eu tô pegando alguns momentos essenciais do livro para trazer para vocês algumas teses eh eh fundamentais tá vale muito a pena a leitura do livro O Pobre de direita a vingança dos Bastardos do Gessé Souza aqui embaixo desse vídeo na descrição do vídeo eu eu deixei o link pra Amazon para vocês comprarem o livro tá aqui embaixo só vocês clicarem tá aqui embaixo vocês podem comprar o livro tá Vejam o negro no Brasil é caçado é perseguido é morto os movimentos afro-brasileiros denunciam todo santo dia a violência policial nas comunidades pobres o racismo não
acabou no Brasil infelizmente tá long de acabar Gostaríamos que essa chaga não houvesse mais isso só vai acabar gente com cidadania cidadania plena oportunidades equânimes não é isso justamente que a classe dominante que também se estrutura roubando vejam quando a classe dominante fala de roubo ela é a pirata a a ladra por Excelência por quê Porque esses roubos da iniciativa privada do mercado dos financistas não querendo que haja auditoria na dívida pública com essa coisa de de de cortar gastos do Estado Para justamente continuar com uma Seli alta para pagar títulos da dívida tudo isso
gente é apropriação privada do público isso é corrupção mas não corrupção precisa ser seja contra o Getúlio seja contra o João angular seja contra o Lula seja contra a Dilma seja contra o Lula de novo só estão esperando para tirar mais uma desculpa para dar mais um golpe corrupção é do campo Popular que é cordial que não é racional que não trabalha e do campo segundo esses reacionários e do campo Progressista que chega ao poder para tentar estender a cidadania para todos e a mídia faz o papel de divulgar os lugares comuns racistas e preconceituosos
segundo gess Souza para abduzir a população agora Vejam o negro ele tá ele tem a sua existência física é ameaçada a cada dia então o Gessé vai mostrar que na lógica da humilhação e do ressentimento A negação da própria identidade é um fator que vilipendia essa pessoa a cada momento o Gessé vai mostrar que a imantação de religiosidade eh neopentecostal que se desvia das religiões eh históricas afro-brasileiras inclusive as discrimina porque o neopentecostalismo tem um problema muito sério muitas vezes com as religiões afro-brasileiras por exemplo Candomblé e a umbanda sabemos disso Isso tem a dimensão
de tentar embranquecer o negro para separá-lo do estigma Ultra racista de que o negro seria criminoso bandido indolente traficante e assim por diante são os racismos horrorosos são os estigmas horrorosos e a tentativa de embranquecimento é uma tentativa que vai no sentido de pertencer a uma não amputação a uma não criminalização a uma não a um não extermínio por parte da polícia dos esquadrões de extermínio e fazer com que essa pessoa possa ter alguma inserção social imantada de branquitude na religião a honesto é temente a Deus não rouba não trafica e assim por diante perceberam
gente e aí quando em meio ao conservadorismo dos valores populares absorvendo esses valores hegemônicos que são eh eh digamos ironizados pela gente vocês vocês acham mesmo que as classes dirigentes são conservadoras em termos comportamentais vocês estão de brincadeira e festinha em grandes mansões eates com bandejinha de prata vocês sabem o que que tem nessa bandejinha de prata não Pessoal pessoal sabe não O que que é a bandejinha de prata em festa de elites orgias iate fazendas que que é a bandejinha de prata que vai passando Será que alguém sabe qual coloque aí no chat Quem
sabe eu não vou falar aqui o que tem é champanhe é vinho né Tem parece que tem pó de estrela também né eu tô dando dica que tem pó de estrela parece né que tá chovendo no céu e tudo mais gente ah os estigmas são muito fortes e na sociedade brasileira a gente tem essa dimensão do racismo como chave fundamental quando justamente nós temos agora uma mudança histórico-estrutural do capitalismo que desemprega em massa a classe trabalhadora que fere de morte os sindicatos como entidades representativas que vai destruindo a CLT a consolidação das leis do trabalho
vai tornando o emprego cada vez mais informal vai fazendo com que a acadêmica e mediaticamente a lógica do empreendedorismo seja vendida por charlatães seja propugnada como a maneira efetiva de ganhar dinheiro nós temos mais uma vez mais um setor que é desprotegido que tá à margem das políticas públicas dos direitos sociais econômicos do trabalho e setor esse que no Na tentativa de embranquecimento Na tentativa de burlar o estigma do racismo o estigma do do racismo classista tenta se mantar de prosperidade a linguagem da Teologia da prosperidade linguagem teológica e econômica se intercambiam E aí você
tem a dinâmica da imantação de prosperidade o capitalismo de prosperidade o capitalismo uberizado e essas pessoas tentando se imantar de uma característica para além do pobre O pobre que é estigmatizado com racismo com classismo isso foi absorvido pela extrema direita isso gerou uma sintaxe uma gramática da Extrema direita absorveu a absorveu o Imaginário dessa camada de ressentidos amedrontados angustiados ados e criminalizou o estado o estado é corrupto ineficiente o estado é um valhacouto que quando representado por eh por políticos das camadas populares ou que se dizem de esquerda são corruptos e eleitos por corruptos ali
se esconde o racismo então é preciso propugnar pelo mercado o mercado é racional o mercado a iniciativa privada não rouba é idônea gera emprego gera verdadeira riqueza é racional perceberam gente o jogo que faz com que justamente as pessoas que mais precisariam da mediação das políticas públicas cotas muito mais do que cotas né escolas públicas competitivas bem formadas pra pessoa entrar numa bela faculdade pra pessoa estruturar uma nova carreira uma nova vida justamente essas pessoas votam contra seus próprios interesses econômicos porém o GC mostra essa chave não dá conta de compreender o alívio ou a
tentativa de alívio da sua humilhação da do seu achincalhar a autoestima com ressentimento em relação ao ainda mais estigmatizado ao ainda mais eh eh marginalizado que estaria recebendo vetores de políticas públicas que esse grupo não estaria recebendo aí quando se fala de cota social a pessoa as entrevistas que já a pessoa começa a gaguejar porque a cota social benef beneficiaria também o branco pobre cota étnica cota social percebem gente então aqui vejam eh eu eu tenho passaporte italiano tá minha irmã também eu sou italiano sou brasileiro eu me tornei italiano porque o direito da Itália
permite que ancestrais tenham não importa de distância no caso da Itália Ten o passaporte perguntem pro italiano se eu sou italiano Talvez um italiano humanista Bem educado diria que sim o italiano fascista ou nazista diria que não esse xenófobo que vota na Georgia Melone falar isso aqui é um Latino que que ele tá fazendo aqui se o ancestral dele foi embora problema é dele foi embora da Itália por quê foi embora lá de vasola foi embora de salgareda porque não tinha um tustão furado lá tava todo mundo na miséria por isso que saíram de lá
mas perceberam agora muitos no Brasil sequer se identificam com o Brasil Por que não se identificam com o Brasil porque o Brasil é um país majoritariamente negro e o racismo odento faz com que haja grupos no sul do Brasil secessionist que querem separar do Brasil que culpam o Nordeste não falando abertamente do racismo étnico mas usando a dimensão Regional ó tá vendo o Gessé entrevista pessoas gente tá ele entrevista as eh eh pessoas que falam assim olha o voto do Sul tem que valer mais do Nordeste ou a gente se separa Eu quero entrar no
nordeste com passaporte As praias são bonitas só que a questão é a seguinte eu não quero estar no lugar que determina para onde o meu país vai teve gente nas entrevista teve Branco sulista entrevistado pelo Gessé que disse isso Brasil tem que se separar aliás houve representantes da bancada da bala quando eh eh a Dilma russeff venceu em 2014 pessoas da Ultra direita no Brasil do nazi-fascismo brasileiro que disseram Exatamente isso ou seja gente o gess fala uma coisa uma coisa fundamental para nós ou nós conseguimos dialogar com esse setor da população para mostrar que
olha o branco é pobre então você precisa de mais estado não é de menos estado você precisa de políticas públicas que auxiliem a impulsionar o seu esforço porque tudo bem mas o esforço ele é construído socialmente não é inato gente tem uma eu mostrei para vocês exemplo de construção tá eh por exemplo lá em casa como Branco pobre de São Bernardo eu tinha um quarto meu eu tinha privacidade eu tinha o vetor de estudar meu pai ficava martelando na minha cabeça olha Flávio Obrigado aqui ao Mateus Fialho pelo super Sticker muito obrigado meu pai que
era de médico de classe média fala ficava falando para mim assim vai estudar vai estudar você é pobre você é pobre tem que estudar tem que estudar tem que fazer USP tem que fazer USP então eu não vou pagar faculdade para você Você vai estudar ficav falando isso para mim Qual que é sua nota estudou fez lição de casa eu via meu pai lendo meu pai médico tinha prestígio na sociedade as pessoas queriam ouvir o que meu pai tinha dizer não só por ser médico minha mãe ficava falando Poa pessoas que eu que eu sempre
amei e ainda amo olha teu pai consegue ver o futuro então isso influenciou profundamente eu passei a gostar muito de ler vendo meu pai conversando sobre vários temas eu falava pai eu quero entender o mundo como você então você vai ler meu filho agora se você mora numa favela Você não tem o seu quarto você não tem privacidade você não tem silêncio não há livros na sua casa os aparelhos público público culturais bibliotecas estão longe como é que você faz Gente o que que é prestigiado você não tem exemplos ao seu redor Vocês estão entendendo
então é preciso explicar pras pessoas como se forma a disciplina a a prospectivo o planejamento o estudo por isso gente o branco pobre e o negro pobre precisam precisam de mediação do Estado porque essa clivagem não vai ser superada porque os em cima formam um privilégio de angariamento do Capital cultural melhores universidades cursos de língua pós--graduação e grupos clãs pro pertencimento a empresas privadas ou setores públicos ou não tem entrevistas faz de entrevistas em concursos públicos da alta magistratura e muitas pessoas falam Olha tem certos vieses tem estudos gente sobre famílias e famílias que vão
para determinados cargos do do do alert de estado sem falar da questão ali do do do dos escritórios de advocacia das empresas e assim por diante ou nós conseguimos primeiro fazer o Brasil crescer eleger governos representativos e populares como o partido dos trabalhadores ou outros que possa ver no campo da do do espectro da centro esquerda ou da esquerda e ou conseguimos politizar esse grupo para mostrar olha nossos adversários do campo popular são os donos de meio de produção são aqueles que produzem o racismo travestido de regionalismo travestido de meritocracia travestido de de perversão do
estado que é tido como patrimonialista essencialmente corrupto contra a iniciativa privada e deific e mostramos que essas políticas públicas são importantíssimas E acabamos com essa lógica da humilhação e do ressentimento mostrando que todas as pessoas eh de todas as etnias de todos os pertencimentos religiosos de todas as as afetividades não importando o gênero são dignas e criamos o Consenso dos Direitos Humanos não só simbolicamente mas política social e economicamente no Brasil ou então gente a cooptação dessa camada dessas camadas populares para a Extrema direita vai levar o Brasil para o militarismo uma uma neod ditadura
narcomilicia e teocrática é esse o futuro que eu diviso inclusive eu li essa semana no intercept Brasil irmã Larissa mandou essa reportagem de um rapaz que líder comunitário numa região pobre da Periferia sul de São Paulo se eu não me engano posso estar enganado Talvez o Grajaú o rapaz que era do ligado ao PT agora tem diálogo com centrão se disse de centro eu agora sou centrão está fazendo um podcast na comunidade está com as emendas de relator Olha o que você não tá fazendo ele está se capilarizado atendendo a demandas da comunidade e fazendo
os votos migrarem pra direita olha o que a gente tá vendo nas eleições municipais Olha o resultado das emendas de relatório eles estão entendendo como solapar as bases eleitorais o que eles estão querendo é transformar o voto sobretudo da região Nordeste que tem sido que tem salvado o Brasil do nazi-fascismo historicamente mas se conseguirem reverter o voto da esquerda do do campo democrático do campo da esquerda para a direita aí não dá mais porque eles já sabem que no sul no centro sul brasileiro o o Consenso reacionário produzido acadêmica e mediaticamente tá consolidado ou ao
menos tá consolidado agora vocês estão percebendo gente Então pessoal eh é uma discussão inescapável se tem um livro para compreender a história do Brasil para compreender as tensões do Brasil para compreender as contradições do Brasil e que precisa ser lido urgentemente é o livro O Pobre de direita a Vitória dos Bastardos bastardo gente é aquele filho fora do casamento né muitos casamentos nessa lógica machista patriarcal hipócrita haviam bigamia trig amia tetraga quantos quanto quantas Gami vocês quiserem E aí eram uns filhos que eram tidos fora do casamento o bastardo é um ressentido é aquele que
não tem a a a ailia escorreita reconhecida às vezes não tem nem o nome do pai no RG coitado é uma tragédia S um horror né um grande estigma então o sentimento é muito interessante pensar eu e com formação em Ciências Sociais ao invés de o Gessé faz uma polêmica com os marxistas com os liberais dizendo que não é o cálculo utilitário de Perdas e Ganhos o cálculo de classe o cálculo econômico que determina o pertencimento social se vocês lerem o do lulismo do André Singer ele já parte que é cientista político analisou o lulismo
ele parte de uma matriz mais marxista para entender o voto no Lula com pertencimento de classe mas isso tá se exaurindo e a vertente weberiana Da Da Lógica do da da identificação social pelos pelos valores morais pela valoração pela distinção social e numa sociedade Brasileira uma distinção social competitiva e De Humilhação em relação ao outro esses fatores são muito interessantes el lógica da tentativa de reconhecimento nós podemos nos reconhecer com os demais num pertencimento de grupo num pertencimento de sociedade ou contra os demais geralmente pela condição humana com e contra e o contra infelizmente sendo
mais forte mas no caso do Brasil Com tamanha desigualdade o contra a humilhação o estigma a marginalização e o ressentimento para quem mesmo não sendo de todo marginalizado como Branco pobre ainda assim tem uma posição de demérito em relação aos de cima querendo ser como os de cima já aparecendo etnicamente mas não sendo econômica e de prestígio social não tendo capital cultural é aquela coisa gente sabe quando vocês estão no lugar tem aquela pessoa que estudou meno na família pensem na família de vocês vocês têm uma reunião de família se a família de vocês for
grande Sabe aquela pessoa que estudou menos é aquela pessoa quando ela pede para fazer um brin ninguém dá pala para ela ninguém quer ouvir agora você pega o cara que é mais estudado mais inteligente tem mais capital cultural ou ganha mais esse é que vai ser ouvido é interessante pensar sobre isso no no mais terro no mais microcósmico né Então pessoal Leiam o livro O Pobre de direita a vingança dos Bastardos do Gessé Souza sociólogo brasileiro aqui embaixo desse vídeo na descrição do vídeo de dei para vocês o link da Amazon para vocês comprarem o
livro quem quiser adquirir o livro por meio do link tá aqui embaixo vou falar muitas e muitas vezes ainda sobre esse tema tá provavelmente vou fazer um programa da filosofia do cotidiano na TV 247 essa semana sobre esse tema vou fazer e pensem reflitam Leiam o livro tá eu aqui peguei essência do livro vou trazer outros aspectos para trazer discussões com vocês mas ficamos por aqui nessa aula e mais essa aula ao vivo com vassoler peço que vocês deem um like aqui no vídeo curtam o vídeo disseminem esse vídeo pelas redes sociais para que nós
possamos dialogar com cada vez mais e mais pessoas aqui embaixo do vídeo tem a tecla seja membro vocês podem se tornar membros humanistas do canal tem também a tecla Valeu para vocês poderem fazer uma contribuição financeira tá passando aqui ao pé do vídeo no banner Azul rotativo a chave do pix para vocês poderem fazer um pix aqui pro meu canal Flávio Ricardo vassoler a chave do pix é nomad pedit @gmail.com Eu repito nomad pedit @gmail.com e se inscrevam aqui no canal e toquem a c netinha Para poderem receber as notificações ó acessem também o site
da wavi Ricard vassoler pcom.br tá bom gente finda Mais uma aula com vassoler taca vinheta produção [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] Tchau pessoal até a próxima
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