Ladislau Dowbor - Rumos da Educação - 23 min.

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Ladislau Dowbor
Continuamos a ver a educação essencialmente como aquisição de conhecimentos básicos na fase inicial ...
Video Transcript:
olá eu sou professor ladislau dowbor o seu professor de economia é formado em diversos países com formação de diversos lados porque economista a gente pensa imediatamente em de que lado está mas eu sou basicamente o um pragmático hoje sou aposentado das nações unidas trabalhei na áfrica trabalhei na mongólia aqui muito longe trabalhei da china ele tivesse os países e hoje eu estou de volta ao brasil se a gente quiser comparar o brasil com o resto do mundo a gente tem que comparar eu acho com as duas vertentes que são mais avançadas uma e da finlândia
onde eu diria é uma educação essencialmente formadora de uma capacidade de elaboração então não é aprender física aprender a história coisa do gênero existem as aulas do que a gente é eles têm um professor para cada seis alunas e alunos tradicional de transferência de conteúdo você tem uma relação personalizada com cada aluno em que as curiosidades que surgem na criança vão sendo enriquecida as lojas que vende os instrumentos em função do que ele está construindo então eles reduzem a divisão por disciplinas e trabalho muito mais por construção de problemas e o conceito é de uma
educação onde é o protagonismo do educando é central o professor tá ajudando ele a construir o seu conhecimento isso é muito forte porque a gente sabe que a pulsão da criança por adquirir conhecimento bem natural vem com força e tem um livro da vantagem na parede né que chama a paixão de conhecer o mundo você dá um caminhãozinho para o moleque né em duas homens destino caminhãozinho porque ele quer entender lá dentro como funciona dizer você capitalizar o interesse da criança em entender as coisas e dar os caminhos para isso isso tem resultados absolutamente impressionante
como as na finlândia importado redução disciplinas redução de horas de aula e redução de alunos por professor nós temos a outra vertente que por exemplo da coreia né a coreia é o massacre muita hora muita disciplina muita o decoreba funciona não funciona com ninguém meu de competição o nível da criança se sente extremamente contabilizado assim com todos os resultados naquele nível e que tá levando inclusive a e número do sul é de jovens em dia adolescentes e particulares né eu acho que esses esses nesses dois modelos eu claramente opto pela visão da finlândia porque é
nós estamos indo cada vez mais para a capacidade criativa porque a repetição o acesso a conhecimentos práticos o o estoque de conhecimentos o computador e cada vez mais os algoritmos e a inteligência artificial estão aí para resolver isso olha o brasil é por desgraça tem uma educação os muito o que aconteceu uma indicação para pobre ou seja a massa da população está excluída a digamos de um sistema efetivamente produtivo quando você tem um professor que ganha mal que tem pouca formação e que tem que enfrentar uma classe de 30 ou o e interessar redes pelos
destinos de dom joão sexto dona carlota joaquina francamente o saco cheio fala mais forte do que tudo isso os moleques não estudar vão vão fazer uns exames né mas o que isso eu acho que é simplesmente pré-história tá e termos de de uma visão moderna da educação agora os grupos mais ricos você tem grandes grupos internacionais que estão entrando aqui inclusive experimentais com aulas pequenas e vim muito personalizado já na visão mas mais moderna mas postando tipicamente 8.000 10.000 reais por mês só as minorias podem se permitir é tão educação e o que estamos fazendo
na verdade é uma reprodução de elite e aprofundamento da desigualdade e olha que se a gente estuda as prioridades da educação no brasil a gente tem que se atualizar primeiro na mudança dos processos de desenvolvimento em geral pense que é hoje o principal fator de produção não é mais matéria-prima nem trabalho físico é conhecimento incorporado certo nos produtos o meu celular pode ter cinco porcento de trabalho físico de matéria-prima o valor dele é conhecimento incorporado ou seja o primeiro ponto é que educação não é um luxo não é um gasto concedida diz aqui porque é
uma coisa realmente idiota tá é o investimento nas pessoas você investir no conhecimento da população das suas capacidades de trabalhar a ciência de serem criativos inclusive em artes nas mais diversas áreas toda essa e digamos fez utilizar nascapas a máquina das pessoas dela essas ferramentas esse é o grande eixo então o primeiro ponto em termos de brasil é priorizar a educação ela tá sendo risco como o gasto e nós jogamos muito mais dinheiro para pagar juros para grupos financeiros do que para formar a futura geração isso não faço absolutamente nenhum nenhum sentido não se temos
para pensar a educação brasileira também que pensar a mudança radical das tecnologias o conhecimento não estamos mais na cabeça das pessoas está banhando o planeta naturalmente se trata não só de priorizar a educação se trata também de repensar os seus mundos o conhecimento não é mais uma coisa esse tocada na cabeça mais tocada em livros a gente tem que virar rato de biblioteca e coisas do gênero o conhecimento hoje e imaterial ele banha o planeta e tá se multiplicando de maneira exponencial porque por exemplo meus livros são produzidos em parte na china não tinha nenhum
pedaço nigéria custo adicional para mim os chineses leem os meus livros e escutar gerando um processo mundial colaborativo de construção de conhecimento que com os tradutores modernos que já são razoavelmente sérios qualquer pesquisa qualquer conhecimento desenvolvido em qualquer parte do planeta hoje pode ser acessível gratuitamente por qualquer pessoa em qualquer parte do planeta isso significa que é muito mais importante do que absorver conhecimentos e aprender a navegar nesse mar de conhecimento aprender a cruzar conhecimento de maneira a criar bom então é isso um desloca radicalmente a educação de uma visão de estocagem de conhecimento para
uma visão de articulação criativa dos conhecimentos que estão sendo desenvolvidos em qualquer parte do planeta significa que a gente não pode mais pensar a educação brasileira no sentido estrito porque a construção do conhecimento é planetária eu não vejo porque é o pessoas que são de origem africana e afro no brasil não pesquisar nem por exemplo como é que está se desenvolvendo angola ou quais são as culturas dos 203 neles na ponta do dedo né então na verdade isso permite junta a dimensão criativa do conhecimento não é com a o símbolo das pessoas perceberam que elas
acham interessantes né isso essa maneira muito mais do que ensinar é a gente dá ferramentas para os alunos as mudanças na educação brasileira passam evidentemente por uma coisa elementar qualquer sala de aula e é baratíssimo é ridículo como investimento tem que ter acesso ao wi-fi local o gratuito amplo os moleques tem que ter acesso ao que há de mais moderno de laptop coisas do gênero eu contribuir com esse negócio que a gente desenvolveu por exemplo da cidade de piraí no rio de janeiro levo piraí digital né que seria um contexto em que se assegura que
qualquer criança mesmo idade baixa possa acessar cruzar conhecimentos porque inclusive você sai da coisa que no livro você onde é essencialmente você lê a palavra você pode hoje tem um acervo de filmes e por exemplo desenvolvido pela onu que é da fao oms reta que são absolutamente espantoso entendo que capacidade de geração de conhecimento de certa maneira a escola tem que passar a trabalhar em rede uma construção colaborativa e interativa interinstitucional e se essa coisa de esperar que se escreva um paper que vai ser publicado numa revista indexada e vai sair daqui dois anos e
que ninguém vai ler não tem o mínimo sentido a capes aqui tá na pré-história né nós temos que gerar um sistema colaborativo de livre acesso o chamado o planeta excesso o openacs está se generalizando o em marketing hoje trabalha com o pênis where ou cw toda a produção dos professores em disponibilizados online gratuitamente em poucos anos tiveram mais de 50 milhões de pesquisas científicas do remate acessados gradualmente no mundo imagina aqui bom então planetária disso eu tive na china estudando esse processo eles lá tem um cor que orna o pedro só se tu for education
toda a produção científica do professor todos os atritos são imediatamente colocados online gratuitamente disseminadas e gera-se um tipo de um processo interinstitucional de colaboração no qual os professores passam assistente de outro planeta porque eles são no processo planetário de construção de conhecimento e como conhecimento tá no centro da construção das economias eles não são mais um verniz que vai ensinar dom joão sexto o pedro segundo os moleques eles são tantos ferramenta para o futuro delas isso muda inclusive toda a motivação do sistema educacional o básico é o seguinte o conhecimento é de acesso gratuito universal
qualquer moleque tem no bolso a capacidade de encontrar qualquer pesquisa sobre qualquer problema a parte do mundo inclusive com tradutores competentes a conectividade entre as pessoas é gratuita a multiplicação desse conhecimento para outras pessoas não gera recursos adicionais né então na verdade há um deslocamento um tipo de um inseto mundial da do conceito de conhecimento e isso exige por parte da escola repensar de maneira sistêmica as suas funções as novas tecnologias têm que ser vista de maneira sistêmica nos temos a coletividade planetária o conhecimento ele é hoje e material portanto viagem da velocidade na dulce
no planeta as pessoas têm os equipamentos não só de capitais conhecimento como os algoritmos e a inteligência artificial para selecionar nós somos inundados por conhecer para selecionar tudo que é necessário para construir o novo ou seja para inovar isso qualquer moleque pobre ou rico que seja a cor ele tem a mesma capacidade de inteligência de criatividade né para mim um drama ver tanta gente sobre tunar na massa da população privada do acesso dessa desse ferramental do seu no seu próprio desenvolvimento então temos que ver de maneira integrada né ou seja o conjunto dos conhecimentos tem
que ser de acesso aberto tem que trabalhar multicultural ou seja bem que tá fazendo na frança e nos estados unidos na china e na coreia do sul e hoje é perfeitamente viável ou seja a gente organizar participação no processo planetário de construção do conhecimento agora nós temos opções que são da linha do dia a dia da educação por e eu estudei na escola o comprimento do nilo né é muito importante para mim hoje saber o comprimento de um livro francamente não é o essencial para para o meu cotidiano mas as pessoas não sabem eu tinha
em contamina o córrego que corre ao lado da casa dele e que está gerando doenças então na verdade tem todo o eixo muito interessante que é casar o sistema educacional com os conhecimentos locais nós temos isso por exemplo na na universidade porta do órgão dos estados unidos né é que a universidade e utilizada para elevar o nível científico tecnológico da comunidade para transformação da comunidade nós temos isso hoje em santa catarina eu participei desse processo em que a gente criou o programa minha escola meu lugar e quando o moleque passa entender a problemática do seu
microcosmo que ele conhece concretamente pela vidência mas a esposa abstratos hygrapha em cima do conhecimento concreto dele esse estudo abstrato gera uma âncora extremamente poderosa ele gera uma capacidade analítica incomparável por exemplo de se estudar qual é o comprimento do vidro que ele nunca viu pela frente e certificação um homem da cabeça dele então o conceito de articular o conhecimento local com sistema de educação capitalizar os conhecimentos concretos que a pessoa tem do seu entorno excessivamente forte tem uma dinâmica que eu vejo é essencial que o seguinte não pode a pessoa esse lugar tem 18
anos ou 13 22 anos na só no mundo da escola está só na sala de aula depois desaba no real do que o mundo do trabalho isso não funciona é só por exemplo já desde o secundário você pegar uma vez a cada duas semanas você tem uma visita de uma empresa de um hospital de uma ong né de um de uma delegacia de polícia né e você fazer no retorno para a escola a discussão porque não com os pais que trabalham nessas áreas uma discussão de como é como se articula quais são os problemas quais
são as tensões né ou seja você o romper essa visão de que primeiro gente estuda e depois a gente trabalho depois a gente se aposenta meus exames articular no conhecimento com processo permanente da nossa vida né o jogo enche o que me parece muito importante é a gente trabalhar de outra maneira as áreas quantitativas eu tenho aluno na pós graduação mas eles são professores de outras universidades eu fico abismado com quantas pessoas tem um tipo de um choque quantitativo qualquer fração qualquer progressão geométrica ficam completamente perdidos ele sempre balançou a cabeça que sim né eu
sempre esse mês que não entenderam de roupa né mas na verdade é o ensino da matemática que simplesmente burro até porque você decorar como se resolvem equações não resolve agora se você por exemplo parte das aulas de matemática você vai fazer o professor de matemática junto com o professor de português vamos fazer análise estatística de texto é muito interessante bom descobrir um monte de coisa ou fazer é um o estudo de como se faz por exemplo no na escola djalma em nova york você fazer o estudo do bairro por isso tudo do bairro eles vão
ter que ver a aprovação da população vou ter que estudar a arquitetura ea geometria da daquele bairro e depois no gente como você pode também em geografia eu fico a mesma no dia de dar um curso de economia agrária e pergunto para as pessoas o que é que é um hectare e não sabe o que é que eu hectare ou seja você juntar um professor de geografia com o professor de matemática e fazer o estudo da dimensão quantitativa do território certo ou do planeta entender porque que significam os graus graus por exemplo geográfica tudo isso
permite ao permitiria você articular o estudo das ciências quantitativas exames é um ações de aplicações repetitivas e quando a pessoa sentir um problema tá busca das soluções e o professor dá um instrumento que vai resolver o seu problema isso entra na cabeça da pessoa e isso não sai mais então na verdade são formas de abordar o ensino que exigem também pensar matéria por matéria formas muito mais ricas e muito mais interativas de ensino olha para um jovem não daria muitos conselhos ou seja estuda bastante de maneira diversificada a entender a escola ea universidade como um
ponto de apoio sendo que muito mais leitura as dele trabalhar online fontes científicas pegar documentários científicos pelo planeta fora ou seja numa escola que vai resolver o problema dele é apenas uma base estruturação organizacional para ir tocar nas coisas mas a construção de e em grande parte dele mais eu acho que o jovem que se forma ele tá muito preocupado com o que vai acontecer nós temos estatísticas estudos recentes da organização internacional do trabalho do banco mundial muito um seguros contra o futuro das profissões então nós não temos mais uma uma dinâmica que eu escolhi
uma profissão para alguma assim médico uma coisa assim muito especializada tudo bem mas no geral as pessoas tem que adquirir uma capacidade porém valente de damos assim né que ele prepare para as várias para as áreas de mantas agora isso é do ponto de vista do aluno do ponto de vista de pensar políticas de educação e políticas de emprego a gente tem que mudar radicalmente de damos um os rumos né uma que conforme se reduz o a dimensão do emprego formal né eu queria lembrar quem é apenas é 31 33 milhões de pessoas têm emprego
formal declarado setor privado tá é 31 por cento da da mão de obra então a gente reduzir a jornada para espalhar mas o trabalho é fundamental segundo é que não são transitando para novos empregos e não se pode deixar uma situação em que uma família nessa transição perde a sua capacidade de renda sua capacidade de sobrevivência indígena desespero ou seja tem que ser assegurar a renda básica de cidadania foi chamada para que as pessoas no pior dos casos é teriam sempre coberta nós temos amplamente um dinheiro para isso eu queria lembrar que o que produz
o brasil pode de bens e serviços da 11 mil reais por mês por família de 4p e se a gente reduzir um pouco as desigualdades dá para todo mundo viver de maneira digna e confortável né é para esse mundo que a gente tem que preparar renda básica de cidadania sem dúvida a renda básica consiste em você é segurar o básico de sobrevivência das chamadas necessidades básicas para qualquer pessoa para qualquer família independentemente de raça cor idade coisa do gênero onde funcionou nós temos especialmente por exemplo o o bolsa família foi um estrondoso sucesso no brasil
tirou 36 milhões de pessoas da miséria encostou 0,5 por cento do pib só as fraudes em notas fiscais das multinacionais no brasil a gente tem uns dados representam três por cento do pib então de que que a gente tá de que a gente tá falando né e agora a experimentação tá se fazendo em todo o planeta de você a segurar essa renda básica simplesmente indistinta porque a gente pensa que jaracuçu isso não gera custo porque na base da sociedade esse tipo de renda gera demanda a demanda gera atividade empresarial o empresário não precisa de discurso
ideológico precisa de mercado para ter tem que vender e juros baixos para poder investir daqueles funcionar quando funciona a demanda das famílias dinamiza a atividade empresarial aumentam tanto os as receitas do estado sobre o consumo e também é imposto sobre a produção ea conta fecha é assim que funciona a coreia do sul na china no canadá na suécia na alemanha é só ter bom senso e acompanhado que efetivamente funcione
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