[Música] o lixo a água a polícia o ladrão o carro a bicicleta o picho o raio gourmetizador na ocupação chamada São Paulo tem sempre uma pergunta que não quer calar [Música] [Aplausos] [Música] o refugiado não é um migrante a ONU o reconhece como um perseguido em seu país de origem de acordo com uma convenção de 1967 ele tem direito à saúde e ao trabalho e seus [Música] praticamente dobraram eram 4218 em 2011 e chegaram a 8400 em 2015 são 81 nacionalidades diferentes os mais numerosos são os sírios seguidos por angolanos colombianos congoleses e Libaneses mais
de 12.000 pedidos de refúgio aguardam julgamento O Brasil é signatário dos principais tratados internacionais sobre o assunto ainda assim é o caso de se perguntar o refugiado tem vez numa cidade como São Paulo a questão migratória ela tem muito a ver com uma questão de interesse econômico e político no meu modo de ver né então eu só vou permitir que gente entre dentro do meu país se para mim se pro meu país isso for interessante na primeira noite em São Paulo é comum que um refugiado Vá bater a porta da casa do migrante que tem
esse nome justamente porque recebia migrantes do norte e do Nordeste quando funcionar em 1978 ligada à Paróquia Nossa Senhora da Paz no Glicério ela abriga hoje uma maioria de refugiados africanos que não tem onde morar Padre Paulo tudo bom Como que prazer Este é o padre Paulo Paris pároco da igreja responsável pela casa do migrante você você gente de tudo quant é lugar né ah é em geral o primeiro lugar onde a pessoa chega né chegou no aeroporto de alguma maneira alguns deles são encaminhados para cá né Eh aqui você tem hoje que tipo de
de população de onde que vem as pessoas como é que é então num ano passa de 80 a 90 nacionalidades aqui neste lugar tem alguns que chega através do porto de Santos escondido nos navios sei isso de maneira especial do Congo ele chega 18 20 dias de viagem e este não escolhe o destino eles entram no navio importante é fugir e descobre de estar no Brasil quando o navio chega no porto de Santos Caramba então tem cada história incrível então podemos dizer que tentamos de desenvolver uma série de serviços para olhar o ser humano de
uma maneira Global aqui tem o espaço do abrigamento alimentação momentos de lazer estudo do português e do outro lado eh muito perto aqui a poucos 20 m aqui tem outros serviços de documentação advogados assistência médica psicológica encaminhamento para cursos profissionalizantes trabalho então tem uma série de serviços que completam este aqui e outro enorme problema é quando eles saem destas estruturas de acolhida para alugar uma casa Aquele é um drama muitos deles acabam morando em ocupações eu diria do ponto de vista de documentação São Paulo dá uma oportunidade é relativamente fácil conseguir a documentação o problema
é o restante a inserção na sociedade arrumar emprego Aí sim que começa os problemas quero a vida sempre assim quero a vida sempre assim com você com você perto de mim perto de mim até até apagar V apagar da velha chama da velha chama e eu que era triste e eu que era triste F crente desse mundo dis crente desse mundo ao encontrar você ao encontrar você eu conheci eu conheci o qu o qu felicidade felicidade meu amor meu amor foi bom né Foi bom o Imigrante também conhecido como Imigrante econômico é aquela pessoa que
teve uma uma uma questão Econômica que fez com que Ele saísse por exemplo um brasileiro que vai para Londres para praticar o seu inglês uma pessoa que vai pra França para praticar o seu seu francês eu vou para fora para estudar para trabalhar para tentar uma vida melhor né o refugiado é um imigrante também mas é um imigrante forçado né ele foi forçado a sair do seu país de origem Por uma questão de perseguição ou fundado temor de perseguição no caso de um Sírio por exemplo né Eu moro numa região onde cai bombas várias constantemente
eu não vou esperar cair uma bomba em cima da minha casa para eu migrar o sociólogo e cientista social Marcelo aidu é fundador da ONG ados Instituto de Reintegração do refugiado um dos grandes especialistas do tema no Brasil fala-se muito de que o o africano o haitiano ah estão vindo aqui para roubar os nossos empregos eles estão vindo aqui na realidade e são assim importantíssimos inclusive para suprir carências nossas de m de obra interna né os brasileiros isso a gente ouve da boca de um monte de empresários né não querem mais trabalhar com limpeza não
querem mais trabalhar com caixa de mercado enfim E essas pessoas embora tem uma qualificação muito boa na sua grande maioria são essas vagas que eles estão estão ocupando no Brasil eles estão vindo aqui para pouparem as suas vidas agora se integrar plenamente serem valorizados isso éo que nós não temos visto de forma alguma conhecendo mais de perto essas pessoas a gente vê que muitos de eles eram referências no seu país nos seus países de origem não por acaso foram perseguidos lá gente que era contra o posicionamento dos governos e por conta disso foram perseguidos né
então assim Diferentemente do que muita gente pensa ah estão vindo coitadinhos eh pro Brasil muito pelo contrário é muita gente boa com uma qualificação muito boa e gente que que sabe pensar e eh que poderia ir pode contribuir muito pro crescimento do nosso país além da dificuldade com a moradia o refugiado no Brasil custa arrumar trabalho por aqui seu diploma e sua experiência valem nada ou quase nada é o caso do Sírio Anas rafz Que Chegou há do anos com esposa e filhos fugindo de uma guerra que já matou cerca de 500.000 pessoas o camarada
aí do lado dele é o camau um Libanês tradutor que poderia ajudasse a língua do Anas começasse a enrolar Anas eu quero saber o seguinte eh você tem uma uma formação você é sírio e tem uma formação e profissional uma formação acadêmica assim interessante na Síria né O que que você fazia lá antes de vir para cá sim eu eh sou profissional de logística eu tenho experiência 10 anos eu sou muito estudo eh e é eu mas meu experiência em logística é supply chain eu sou certificado supply chain analist Sim certo e hoje você tá
aqui você tem tido dificuldade de trabalhar com com isso com essa profissão pra qual você se formou lá na Síria né Qual que é a dificuldade eu estou procurando por do anos ainda aa não não fez uma entrevista sei sei quer dizer a sua formação é muito boa sim mas as empresas aqui não tem reconhecido isso né talvez talvez porque eu não falo muito bom português para isso eu cada dia eh estudo para melhorar minha língua portuguesa mas eu o Tino eu tinto cada dia eu eu tente ele tenta eu tento S eu tento Como
que você tem ganhado dinheiro aqui no Brasil sim eh eu eh algumas vezes eu particip em eventos eu faço caligrafia árabe ó Anas você eh tem você tem esperança de de voltar a exercer a sua profissão eh a que você tinha como né lá na Síria lá em Damasco Ou você já não tem mais esperança e o seu se futuro nessa arte cidade ocupada doa do conu pao recomear a [Música] vida um dos símbolos da dramática situação dos refugiados sírios foi o menino aan cd de 3 anos encontrado morto numa praia na Turquia nesse Episódio
eu tava em busca de uma resposta o refugiado tem vez em São Paulo para formar opinião eu precisava saber como estavam vivendo as crianças sírias que ao contrário de ailan deram a sorte de conseguir chegar aqui nesse fim de mundo uma delas é mohama de sária de 9 anos aluno do quarto ano da Escola Municipal Infante Dom Henrique no Canindé [Música] tudo bem esta é shazad da cque mãe do moham d Maas a filha mais nova Mohamed tá com 8 anos anos 9 anos anos ele tem ele ele guarda viu traumáticas ass na sria hoje
aqui no Brasil assim ele lembra muito né dos episdios que Ele viveu l sria e hoje quando el escuta bombas aqui jogo de futebol qu que se motivo el fica assustado el tem medo sejais então com traumas vi mortes de crian sria antes de ela vi presou muita cois e as crianças também então o filho viu e lra a menina não lembra você teminis muçulmanos que muita gente acha que qualquer muçulmano é um você aqui [Música] emão fou não vioe precito diz que o povo que as pessoas estão sempre respeitando ela foi assim desde quando
ela chegou ela não sentiu uma diferença você sente assim também aqui ou você por você usar eu senti depois doos atentados da França Aí sim a professora soria elsif é muçulmana nascida no Brasil e tava me ajudando na conversa com sharazad Primeiro as pessoas eu passo as pessoas ficam fazendo bu na minha no meu ouvido né como se eu fosse tivesse algum explosivo comigo e recentemente também numa loja né eu tava entrando e quando terminei de pagar saindo da loja me encontrei com uma mulher n ela entrando Eu saindo Ela Ficou desesperada fez GES tipo
eu tô rendida Muito obrigado muito obrigadoir você sabe que tem uma shiraz famosa no Brasil bras falando da novela não é uma jornalista a atitude dos Vingadores é até compreensível a turma tava todaa toda gritando mamed [Risadas] [Aplausos] [Música] [Aplausos] e esse aqui são seus brinquedos ainda tem aqui aqui deixa eu ver dentro aonde dentro das Caixas tudo brinquedo aqui aqui aqui aqui aqui e aqui você já tá comendo a comida daqui já sim de arroz feijão é é e qual que você prefere arroz e feijão Mas você prefere a comida daqui ou comida de
lá lá de lá né É velho eu gosto de uma comida árabe viu e velho e agora que que você vai fazer aí de tarde tô esperando minha irmã min escola tchau Mohamed Mohamed tá pelado Valeu velho até mais até já então tchau tava conversando com a sua mulher e eu perguntei PR ela se se ela gostava do baiar verdade eu tava me referindo ao ao ditador né Sírio e E aí acho que ela não entendeu Acho que ela achou que eu tava me referindo a você né você gostava do bachar sim né gosto do
meu marido bachar gás é o marido da sharazad pai do pequeno mohammad está um ano e meio no Brasil e é um fudo na Mesquita do Pari momento medo na família lá na Síria tem lá na Síria Mita Guerra tem muita bomba também sei sei lá não tem vida nada nada não tem energia não tem água tá bom não tem nada nada o que que aconteceu com a sua casa o que porque vocês vieram para cá e abandonaram tudo né E você era um comerciante vendia tinta né ela me falou tinta Sim sim e o
que que foi feito da sua casa da da sua loja do seu carro o que que sim eu eu lá na Síria eu tem gênero muito gênero na mais ou menos tudo vida vida normal tá bom bem estabelecido mas isso tem tem tem casa lá tem loja também tem carro tudo tudo normal mas agora tudo quebrou lá tudo quebrou tudo quebrou porque foi destruído tudo isso isso por por por por bombardeios tal sua casa sua casa também é todo na Chau agora bachar e com relação aos meninos né aos seus filhos tem alguma coisa que
você lamenta por ter vindo para cá e tem alguma coisa que você sente que eles perderam que eles estão perdendo por não tá na na na na terra natal deles na Síria é sim é muito difícil né Muito difícil que [Música] fala apesar das dificuldades que enfrenta no Brasil bachar conseguiu vir para São Paulo com a rapa toda e se aqui é um bom lugar ou não eles vão decidir juntos o congolês omana peten não teve a mesma sorte ele perdeu o contato com sua família por mais de um ano e agora que conseguiu localizá-los
tá fazendo uma vaquinha para importar mulher e Filhos para São Paulo grande humana como vai tudo bem não sou humana eu sou go sou professor também FR eu sou go prazer go obg Você também é é do Congo também exatamente eu sou do Congo República democrática do Congo e você é refugiado também tá em guerra quanto tempo o cono o cono hoje eu já há mais de 20 anos que Congo tá na guerra na época do antigamente Presidente muto uhum e 1994 aí já Tina guerra até agora como tá na guerra e portanto e a
comun internacional tá lá mais de 18 anos mas essa guerra não acaba não sei porquê Ah para eu falar comana podemos ir vamos subir vamos subir aí Opá Obrigado velho Rio janeir PL anners woo só L jornalista que vê omana uana omana como vai ah agora sim esse é o omana um importante ativista dos Direitos Humanos preso mais de 20 vezes em seu país de origem Por que que você escolheu São Paulo para VI para vir morar a cidade tá careta né cara tá Por que que você não foi pro Uruguai por exemplo onde a
maconha tá liberada o aborto casamento gay não na verdade eu escol Brasil Hum porque na minha passo eu ai que na minha ideia eh eu achei que Brasil e está uma poento eu sou refugiado poento sim sim mas culturalmente eu não sou refugiado aqui no Brasil a história da fuga desse cara dava um filme omana foi preso e torturado levado com outros 40 presos para uma floresta a cerca de 100 Km foram algemados fuzilados e jogados dentro de uma grande cova omana foi um dos primeiros a cair no fundo do buraco acordou embaixo daquela montanha
de Corpos com um tiro na barriga e o intestino para fora foi ajudado por um soldado que tinha sido seu aluno na escola caminhou até Uganda o país vizinho ficou em por 12 dias salvo pelos Médicos Sem Fronteira que o ajudaram a chegar ao Kênia de lá veio pro Brasil por um ano e meio não teve notícias de sua família soube depois que a filha mais velha tinha sido morta e a casa deles incendiada com tudo que tinha dentro Ô mana e desde então desde que você tava na casa e a sua família saiu pela
por aquela passagem pro vizinho que você não viu mais a sua família viu não viu não viu minha família quando minha família fui també minha esposa tambm não sabia eu sei posi da minha família sou naanu aqui em [Música] [Música] janeiro se fho minosa Alô meu filho PR meu filho Ah sim bom Ju bom Ju hoje passado esse tempo que você tá aqui em São Paulo você tá feliz aqui é aqui É aqui mesmo que você quer estar ou você acha que você errou na hora que você escolheu São Paulo meu meu Idea ficou verdade
confirm você tá feliz se confirmou você tá feliz em São Paulo fiz estou feliz na São Paulo estou muito feliz bibicha tchau bibicha tchau vai omana parecia mais entusiasmado com São Paulo do que eu um refugiado Caviar vindo de Minas Gerais o fato é que muita gente de fora conseguiu sim dar a volta por cima nessa cidade ao mesmo tempo cruel e Generosa é o caso do vietnamita taang que chegou aqui com uma mão na frente e outra atrás dedicou-se aos pés e acabou por empreender um império das sandálias fui conhecer sua história e achei
que ela podia ser inspiradora pro Anas aquele Sírio que estava numa dificuldade danada para se manter em São Paulo tud bem como Tha tinha 21 anos quando fugiu do regime comunista do Vietnã em 1979 num pequeno barco de pesca depois de três dias a deriva foi encontrado por um navio da Petrobras e trazido ao Brasil morou na casa do imigrante e foi vendedor na 25 de Março formou-se na USP e hoje é dono da gooc uma importante marca de sandálias e bolsas feitas com pneus reciclados Eu lembro que eu choro bastante chorava chorava mesmo você
vê muita solidão muitas coisas é pior eu falo a pessoa eu era su m c porque eu não end nada portuguesa Eu também não não não não fala português também eu também não conheço ninguém uma comunidade bamita ou sir Lian ninguém aqui sou o primeiro bamita que chegar aqui como refugiado Você tem uma história de refugiado tanto quanto o Anas né e mas você tem uma história bem sucedido em São Paulo né você conseguiu dar a volta por cima né Uhum o o refugiado tem vez numa cidade como São Paulo queria que você respondesse essa
pergunta pro pro Anas quer dizer um cara como ele tem vez num lugar como São Paulo aqui você tem você cresce você é muito amigável você cresce pela sua capacidade aqui muito aberto pessoa muito aberta pessoa aqui muito bom coração quando nós fos refugiado a gente sai de um lugar por quê porque alguma coisa não tá certo is Você vai no outo lugar M aqui no Brasil no caso meu caso eu não aguento comunista lá sabe eu não tenho Liberdade aqui no Brasil concordo mesmo não tem nada mas eu tenho liberdade liberdade que maior valor
que [Música] Ten o refugiado tem ver assim numa cidade como São Paulo não vai ser fácil aqui é tudo meio Tabajara estilo Bangu ftam de ego e morad mas tem aquilo que a gente só se D conta quando um gringo fala nós EA povo para ser gente fina brasileiro que patrimônio isso aí né um patrimônio mundial da humanidade Tomara que a gente saiba preservá-lo e que a intolerância vá se refugiar bem longe daqui Se você precisar de um de um rapaz de logística tem aqui apresentar [Música] som oh som som