Multiculturalismo e Direitos Humanos - Aula 1

E aí [Música] [Aplausos] [Música] a educação a distância mudando realidades e [Música] [Aplausos] [Música] o Olá querido aluno querida aluna eu sou a professora Kênia Freitas Esse é o meu sinal e agora eu irei fazer a minha áudio-descrição eu estou aqui no estúdio do ifro Porto Velho zona norte atrás de mim a uma parede branca com escrito e a de mudando realidades na cor verde eu estou eu sou não sou muito alta sou morena tem os cabelos castanhos escuros é curto encaracolado utilizo óculos meus óculos são azuis eu estou com uma camisa verde uma saia

Florida e um sapato creme bem carinho Ok vamos então agora para a nossa web aula 1 e da disciplina multiculturalismo e direitos humanos hoje nós vamos ver na web aula 1 identidade diferença e diversidade sociocultural os africanos afrodescendentes no Brasil colonial independente e contemporâneo e vamos falar também sobre alguns movimentos sociais e vamos primeiramente ver o que é identidade identidade tem uma definição um Conjunto de características que é comum a grupo ou mesmo próprio demoníacos e que o torna uma espécie singular dentro da sociedade ou sistema o conjunto destas identidades e o a multiplicidade desses

seres formam o que se compreende por diversidade aí a palavra ou compartilhamento de diferenças no âmbito tudo relacionamento então aquilo que uma pessoa é aquilo que um grupo é isso é a identidade faz com que esse grupo essa pessoa seja diferente às vezes de outra pessoa ou o grupo seja diferente de outro grupo vamos continuar o nosso vemos nessa nessa na atual sociedade uma crise de identidade porque essa crise de identidade Às vezes as pessoas ficam pensando quem eu sou É o que que eu tô fazendo aqui e às vezes ele não consegue saber chegar

a uma resposta por isso a crise de identidade essas crises de identidade são características da modernidade tardia e que sua centralidade atual só faz sentido quando vistas no contexto das transformações globais ou seja as coisas vão se transformando tão rápido que as pessoas começam a se perderem falar quem eu sou o que que eu tô fazendo aqui e é uma característica da vida contemporânea e a identidade a diferença são criações sociais e culturais não só da sociedade Mas também da cultura não podem ser compreendidas fora dos sistemas de significação Nos quais adquirem sentido elas estão

em Estreita conexão com relações de poder ou seja aqueles a sociedade né a sociedade quando nós falamos uma sociedade mais rica ou uma cultura diferente da outra e às vezes uma sociedade acha que a cultura dela é melhor tem mais poder é melhor do que a outra E isso nós vamos ver que não é assim as culturas são diferentes continuando vovó a diversidade agora falando é sobre cultura sócio-cultural se refere a coexistência de dois ou mais grupos com culturas diferentes no mesmo território para que esse fenômeno existe é necessário que haja um certo grau de

aceitação entre as duas culturas Olha a palavra aceitação que desse modo realimentam e toma emprestado elementos uns dos outros a diversidade sociocultural pode aparecer Por muitas razões desde invasões históricas até a imigração atual é é e pensa no Brasil em muitas culturas né Nós vamos na verdade durante essa disciplina falarmos sobre o negro a cultura afro-descendente e indígena então é essas culturas elas vivem e se desenvolvem juntas no mesmo lugar ou seja vamos falar aqui do nosso país do Brasil e elas devem estar juntas harmoniosamente tá bom continuando vamos lá é necessário que haja uma

aceitação ou seja uma cultura deve aceitar a outra e vice-versa e não deve brigar entre si Ok continuando vamos lá e a identidade cultural é o mesmo tempo desigual o e diferente Ah pois ela é permeada por relações de poder e legitimidade EA eles coloquei aqui alguns exemplos países fortes versus fracos governo Nacional versus Internacional entre outros Dessa forma não é possível falar em unidade na diversidade Especialmente quando se tratar de problemas para os quais ainda não há respostas unidade na diversidade Será que países fortes é conseguem conviver com países fracos o que normalmente acontece

quando eles entram em choque né pensa assim se você colocar aqui uma cultura é mais forte do que a outra Apesar que isso não deve existir mas sim uma cultura se acha melhor do que a outra ou é mais forte do que a outra o que que vai acontecer o choque e não vai haver unidade bom continuando é a expressão diversidade cultural busca compreender as diferenças entre as várias culturas existentes que fazem parte do que se chama identidade cultural Então essa expressão diversidade cultural a música compreender as diferenças entre as várias culturas e fazer com

que essas culturas consigam conviver no mesmo local coloquei aquilo nosso país né Brasil e a gente ver alguns exemplos de culturas diferentes tô falando um pouco agora sobre os afro os africanos afrodescendentes no Brasil colonial Vamos então agora passar um pouco para a história do dos afro-descendentes o que acontece os colonizadores portugueses achavam que eles precisavam de pessoas para trabalhar que eles falavam assim olha os indígenas não estão mais é querendo trabalhar isso na verdade por vários fatores né os indígenas começaram a se rebelar e daí eles falaram a gente não consegue mais dominar os

indígenas precisamos de pessoas para trabalhar né escravos na verdade eles falavam né precisamos de escravos para trabalhar então como ele já haviam Realizado a exploração e dominação do litoral africano o que que eles fizeram vamos lá então pegar esses os africanos já que a gente já Dominou a ao litoral vamos trazê-los para a mão de obra escrava Oi e aí eles vão Então ocupar os postos de trabalho principalmente aqui na na época da cana-de-açúcar eles falaram vamos buscar os africanos eles Então vão trabalhar para nós na produção de cana-de-açúcar já que os indígenas não querem

mais trabalhar nela estavam se rebelando não queria mais trabalhar como escravos claro né o historiador Stuart Schwartz afirma que entre os fatores que explicam o início da escravidão de Africanos estava o fato de os índios se rebelarem com trabalhos da lavoura eu já tenho trabalhado muito na lavoura é os Jesuítas começaram Oi a paz e contra a escravidão de a escravização dos indígenas e eles achavam também que os africanos eram mais forte que os indígenas e eles eram então melhores trabalhadores e Ah e eles começaram então a priorizar o africano Ah e eles então vieram

né para o Brasil e começaram a trabalhar nas lavouras a gente naquela no slide anterior tem uma foto né dele trabalhando na lavoura e a gente sabe muito bem como eles eram tratados como é que eles chegavam aqui nas próximas aulas nós vamos falar um pouco mais sobre a história do africano da chegada dele aqui no Brasil tá ok então agora nós vamos para e eu já africanos afrodescendentes no Brasil independente é muito antes do grito de independência ou morte às margens do Ipiranga a população negra africana escravizada no Brasil já lutava pela sua emancipação

Mesmo trabalhando como escravos ele já tentavam se emancipar do seu senhores e eles lutavam pela própria liberdade mas foi sempre silenciada quando se trata de protagonismo Se nós formos ver na história nós temos pessoas negras que lutaram pela independência dos negros mas quase não se fala infelizmente vamos continuar e em 12 por exemplo em 12 de agosto de 1789 1791 oito a conjuração baiana faz um movimento emancipacionista Pioneiro do Brasil e aí visando do que a independência da coroa portuguesa bom e levar todos a igualdade mas os ideais de liberdade do da população negra só

vão ser concretizados no século depois 1889 quando a gente sabe que foi assinada a lei Áurea então eles tentaram na conjuração baiana tentaram fazer alguma coisa mas infelizmente não conseguiram temos quatro líderes que não participaram do movimento da Independência mas ajudaram a plantar o germe são homens negros que participaram da conjuração baiana e olha só eles foram enforcados e esquartejados para dar exemplo para a população preta porque para que eles não é continuar sem com isso E aí eu nós temos aqui os quatro tá João de Deus o Lucas Dantas o Manuel vai Faustino e

Luís Gonzaga das Virgens quase não se fala deles mas eles foram homens que participaram da emancipação Negra e os africanos afrodescendentes no Brasil Contemporâneo bom e depois da Abolição né alguns escravos foram para as cidades só que eles não tinham onde morar o que que eles foram fazer morar com as pessoas mais pobres a sociedade e aí o que que o governo não gostava deles porque falar Eles estão enfeiando a cidade nós não queremos esse povo aqui e eles falaram assim olha Vocês precisam ir para um lugar melhor melhor entre "tá E aí os negros

foram para os lugares lá eram lugares mais pobres lugares sem energia Ah e eles então foram colocados o governo colocou todos eles um lugar tipo assim vocês vão ficar aí caiu lugar melhor entre aspas que não era melhor nada e Mas eles falaram nós não queremos que vocês fiquem aqui uma coisa que eu achei interessante Olha só o bairro da Liberdade que inicialmente era um bairro negro Viu para quem não sabia que o bairro da Liberdade em São Paulo foi inicialmente no bairro negro eles não tinham moradia não tinha um emprego não tinha escola nem

não tinha educação lá no roteiro eu gostaria que vocês quando forem olhar o roteiro tem um vídeo que fala bem sobre isso como é que foi ele sair Eles não eram mais escravos e só que eles não tinham trabalho aos filhos não podiam estudar na mesma escola que os brancos e eles eram marginalizados então tem um vídeo Preste bastante atenção e o vídeo muito muito muito bom não deixe de assistir tá bom eles foram excluídos e socialmente e economicamente e intelectualmente eles não podiam ficar com a sociedade eles não tinham dinheiro e nem trabalho e

também não podiam estudar porque eles não eram aceitos nas escolas nas dos ditos brancos e o Brasil nunca quis escutar o que o negro tinha a dizer eles tiveram passado roubado perderam o seu futuro e eles moravam bem eles estavam na África foram trazidos para cá como escravos e tipo apagaram tudo aquilo que eles trouxeram toda a cultura que foi trazida para o Brasil o preconceito fazia o negro ser tratado como escravo em muitas regiões mesmo após a abolição da escravatura tá caso você não saiba quanto mais o racismo crescia mas o negro era excluída

da sociedade e mais o racismo crescia gente isso aqui é uma frase assim demais e quanto mais o racismo crescia mais o negro era excluído da sociedade e mais o racismo crescia muito forte né Muito forte mesmo nossa sociedade avançou muito mas isso não quer dizer que o racismo acabou a escravidão Foi algo tão cruel que criou uma dívida histórica impagável Até hoje ainda há resistências quando se fala de políticas públicas para o negro Aí eu pergunto a sessão acabou de vez em quando a gente assistir alguma coisa é algum vídeo que não é montagem

que a gente vê que realmente aconteceu a gente vai que elas isso não acabou e tudo que eles trouxeram de bom para a sociedade tudo que eles têm de bom muita gente nem não vocês não servem vocês a cultura de vocês no cérebro vamos pensar bem está continuando e vamos para alguns movimentos sociais e durante a escravidão já tinha já tinha resistência muitos fugiram né e não para os quilombos nós temos aqui um dos líderes que é muito conhecido Zumbi dos Palmares tá os escravizados utilizavam se dá quilombagem o que é isso fugas para os

quilombos e outros tipos de Protestos protestos e do bandoleirismo Guerrilha contra povoados e Viajantes para rebelar-se contra a escravidão eles faziam sem alguma coisa tá aí eles ficavam é só trabalhando Coitada sofrendo não eles fugiram para os quilombos Eles brigavam ele faziam guerra contra os povoados como contra Viajantes faziam sim alguma coisa Pena que muitos não conseguirão resultado nenhum e após a lei Áurea de Treze de Maio de 1888 a população negra então inicia um novo desafio a luta contra o preconceito e desigualdade social então a lei Áurea a nossa agora com a lei Áurea

todos um ser Livres não vai ter mais escravidão não vai ter mais problemas A então começa a luta tá contra o preconceito EA desigualdade social ao final do século 19 durante uma grande parte do século 20 eles começaram a fazer alguns alguns livros alguns periódicos aberta alguns jornais no início e qual era o objetivo só discutir a vida da população negra em geral promover alguns assuntos interessantes e tal Na verdade era só pra população negra era esses periódicos depois eles começaram a denunciar atos praticados contra os negros Então não é só não era só de

informação começaram a falar olha tá acontecendo isso isso isso o negro está passando por tal dificuldade nós estamos tendo problemas que a gente não consegue estudar a gente não consegue lugar para viver para morar então no começo esses periódicos eram só informativos e depois eles começaram a ser atos de denúncia contra as coisas os atos praticados contra o povo negro e em 1931 é fundada a frente negra brasileira esse movimento depois se tornou um partido político e após o estado novo esses grupos começaram a se organizar e formando entidades importantes na história como por exemplo

coloquei aqui a união dos homens de cor e são dois União dos homens de cor e o Teatro Experimental do Negro já na época de 60 da década de 60 surge movimento dos direitos civis nos Estados Unidos EA luta africana contra a segregação começou nos Estados Unidos Mas é claro que repercutiu aqui também no Brasil né E aí a gente vai para Décadas de 70 e 80 os jovens negros se junto para denunciar o preconceito Nós temos muitos protestos Há muitos atos públicos das mais diversas formas chamando a atenção da população e do governo para

o problema social por exemplo aqui eu coloquei um exemplo no Teatro Municipal de São Paulo o que resultaria na formação do movimento negro Unificado coloquei um outro também a marcha zumbi em Brasília em 95 contou com a presenta de 30 mil pessoas bastante gente foi um movimento bem bem grande isso já na década de 70 80 e 90 O porém a instauração de medidas práticas passa a ser realizada após a conferência Mundial contra o racismo conferência Mundial contra o racismo discriminação racial xenofobia e formas correlatas de intolerância isso em 2001 são criados programas então de

cotas sociais que a gente já conhece e vai estudar também um pouco durante essa disciplina iniciativas estaduais e municipais e em 2003 e a secretaria especial de políticas de promoção da Igualdade racial da presidência da república então eles começam a pensar um pouco no negro a gente vê as cotas raciais é coisas que vão auxiliar o negro para que ele continue sendo um membro da sociedade mesmo sendo Talvez uma cultura diferente da sua da nossa tá bom Continuando hoje em dia o movimento Negra negro Rei vindica compensação por todos os anos de trabalho forçado EA

falta de inclusão social após a abolição ou seja antes trabalho forçado e depois falta de inclusão social e a falta de políticas públicas destinadas a maior presença do negro no mercado de trabalho também nos campos educacionais a efetiva aplicabilidade das leis que buscam a criminalização do racismo EA plena aceitação e respeito à cultura herança histórica Então isso é que luta o movimento negro tá aceitação da cultura respeito pela cultura do negro nós temos aqui as nossas referências e espero que você tenha gostado na nossa aula e aproveitado bem lá no roteiro nós temos alguns vídeos

que eu gostaria que você assistisse algumas páginas também que seria interessante você lê e Espero você na próxima web aula até mais é E aí [Música] [Aplausos] [Música] E aí E aí [Música] E aí a educação a distância mudando realidades