Videoaula 3: "A escola do século XX: ideais e desafios"

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Essa aula contextualiza a história da educação no complexo século XX enfocando as concepções, conqui...
Video Transcript:
E aí E aí E aí [Música] o Olá pessoal tudo bem Vamos estudar um pouquinho sobre a escola do Século 21 século mais complexo que compõem o nosso plano de estudos não é a nossa disciplina é um século bastante desafiante no sentido de compreendermos os seus traços Gerais e o papel que a educação exerceu não é e que Esperamos que ela exercesse nesse século tão importante então nossa aula de hoje está intitulada com mais Cola do século 20 ideais e desafios então como eu falava o século 20 é o século mais contraditório não é talvez
mais dramático e mas difícil de estudarmos uma vez que ele concentra uma série de processos muito conturbados guerras mundiais duas guerras mundiais Além de muitas guerras localizadas disputas ideológicas da Guerra Fria enfim o século bastante complexo são contradições quando eu coloquei disputas ideológicas guerras é um século que foi marcado basicamente pelo menos até um grande parte dele pela contradição ou pela disputa entre dois blocos não é socioeconômicos políticos e culturais que foram o capitalismo socialismo E o próprio fim das experiências socialistas no final do século 20 ao mesmo tempo um século marcado por lutas por
democracia e ao mesmo tempo por vários regimes totalitários por ditaduras então houve Talvez um traço marcante em termos políticos do século 20 foi uma luta por democracia e esses vários regimes totalitários e inclusive nazi-fascistas que nós é que o mundo enfrentou não é que marcou tão dramaticamente a nossa era é mas ao mesmo tempo é um século também de conquistas né séculos de conquistas de direitos e de vários direitos né até dos animais da ecologia enfim é um século marcado por conquistas e novas emergências na educação talvez pudesse sintetizar essas novas emergências na mulher e
na criança né são dois novos protagonistas digamos assim que ocuparam centralidade nas lutas por educação do século 20 as tendências iniciais do século elas foram marcadas basicamente por uma continuidade do período anterior que nós estudávamos na Já estudamos a respeito das revoluções burguesas e a tendência que vem de lá para o século 20 é a tendência da autoridade do estado do tanto do poder político poder público sobre o aparelho escolar portanto no século 20 uma tendência marcante é agradar ti a substituição do poder que mantém e que cria as escolas basicamente nós iremos superar toda
aquela grande trajetória milenar da igreja sobre os aparelhos escolares e o século 20 a tendência marcante é que o Estado o Estado Nacional aquele estado edificado pela burguesia se o estado como aparelho político da sociedade ele é que passe a construir EA manter escolas essa é uma tendência que marca definitivamente o século porém ao mesmo tempo é a escola que foi construída pelo poder burguês uma escola como sabemos já Pelas nossas leituras não é e por tudo aquilo que conhecemos na história da educação uma escola é o que convencionou-se chamar escola tradicional e cujo traço
principal consistia no seu na sua forma autoritária de tratar os alunos as crianças os jovens então a escola que damos da as revoluções burguesas ela tinha dois duas características basicamente negativas uma é que ela ainda se restringiu as elites embora ela proclamasse o direito de todos e o segundo aspecto negativo era a sua metodologia sua forma de tratar os alunos as crianças os jovens de forma tradicional de forma autoritária né conservadora centrada Na Autoridade do mestre e muitas vezes o aluno sem nem nenhuma possibilidade de se expressar como protagonista do processo educacional Então esse com
traço bastante negativo que marcou a escola construída pelas revoluções burguesas e uma outra tendência O que começa a marcar o século 20 é o esforço de escolarização é promovido pelos países que passaram a adotar o sistema socialista né Ou pelo menos as experiências né Que nós conhecemos para o socialismo real enfim países como a Rússia por exemplo vários países que que deixaram de compor o bloco capitalista tiveram que fazer um esforço enorme para superar altíssimos níveis de analfabetismo porque eles não tinham tido uma revolução burguesa tal como aconteceu a revolução burguesa na França na Inglaterra
Bélgica em toda a Europa ocidental e essa região do leste europeu não passou por esse processo de revoluções burguesas clássicas Então as experiências socialistas é que tiveram que enfrentar o altíssimo nível de analfabetismo que eles herdaram desses estados absolutistas teu Clã a ver em fim né Como foi o caso da Rússia por exemplo que a gente vê nessa figura que eu selecionei para vocês muito emblemática é muito significativa o esforço de alfabetização na Rússia Soviética Observe aqui nessa fotografia os pés desses meninos desses dois meninos que estão sentados à frente aqui do banco escolar se
vocês observarem perceberam que eles não tem calçados eles estão com os pés em fechados Por que a Rússia Soviética EA Rússia que que fez a revolução socialista a conta o grau de desigualdade entre uma nobreza aristocrática e o povo era tão grande que grande parte desse povo morria de frio por exemplo né o país era essencialmente camponês era uma população majoritariamente que vivia no campo e eles não tinham nem sequer abrigos né RO a quadra para enfrentar o rigorosíssimo inverno que a Rússia sempre teve então esses meninos por exemplo vocês vem na fotografia que eles
estão com os pés enfaixados para poder frequentar a escola porque eles não tinham calçados ou seja uma situação que nossa muito bem esse contexto né do início da Revolução mas que no entanto poder soviético fez todo o sim penhor enormemente para resolver esse problema é que foi herdado secularmente mais um outro aspecto que eu gostaria de chamar atenção nessa fotografia nessa figura é a própria fotografia que vocês vêm acima nela parede da da escola é a fotografia de Lenny o líder da Revolução bolchevique na Rússia essa fotografia era no sinaliza para algumas práticas interessantes não
é da cultura escolar que é de certa maneira pros a gestação ou aquilo que alguns poderiam chamar o culto à personalidade tanto nos países capitalistas burgueses a uma crítica de fazer da escola um determinado aparelho ideológico de estado mas aqui também nós vemos uma prática de estar presente no ambiente escolar a figura do líder da própria revolução né então fica assim como elemento cultural e político para nossa reflexão a respeito do papel da escola na difusão de valores e também de símbolos e o debate pedagógico em torno da Educação no século 20 foi riquíssimo nunca
chegou a um nível de sofisticação e de complexidade tão grande quanto chegou no século 20 esse debate porque porque a própria realidade é mais concreta é aliás é mais complexa e quando quanto mais a realidade é complexa a sociedade são complexas Mas elas exigem elaboração de ideias para superar o para resolver problemas tão complexos então neste momento surgem várias concepções e teorias sobre a educação que vão ou questionar a escola que foi construída pela pelo Estado burguês e que também vão oferecer alternativas a essa mesma escola esse debate pedagógico em linhas Gerais nós poderíamos aqui
é ilustrar pelo menos em síntese não é com o nome de é o maior educador uma ó pedagogo diremos do século 20 O norte-americano que foi o criador da escola nova né do método da escola nova que se opôs radicalmente ao método da escola tradicional que método era critica foi essa crítica ao caráter autoritário da escola tradicional construída no século 19 no século anterior uma escola centrada na voz do professor na figura do professor e no conhecimento do professor e basicamente numa transmissão muitas vezes de maneira inadequada do mestre ao aluno principalmente no que diz
respeito a criança então Dill e ele vai elaborar o princípio da escola nova poderíamos sintetizar nesse lema do learn by doing ou seja aprender fazendo que pressupõe que a criança Deva aprender por meio da sua própria experiência então a e está baseado numa interação é em uma participação da criança na construção do seu próprio conhecimento e a partir disso também nós vamos ter uma série de interpretações construtivistas que vão ser derivadas dessa corrente que se convencionou chamar escola nova e que teve muitos teóricos em torno da sua própria construção uma outra concepção que marca muito
ao debate pedagógico do século 20 é a tradição marxista a tradição marxista ela marca no sentido de que no sentido em que ela indica uma necessidade de superação do capitalismo e da formação do Homem completo aquilo que nós falávamos numa aula anterior que é o ideal da formação omnilateral Ou seja a formação intelectual profissional tecnológica e física para todas as crianças e jovens sem distinção de bom então a distinção aqui é que a concepção de Max Ela escreveu uma Superação do capitalismo enquanto que na perspectiva de Dill e a sua maior preocupação a reforma da
escola do seu interior das suas práticas da sua metodologia da relação professor-aluno no interior da própria escola sem estar a colocado em questão a superação ou não do capitalismo Ou seja é uma adequação da escola ao próprio sistema que está edificado e na visão de Dill e muito bem edificado nos Estados Unidos Bastando A escola está acompanhando esse desenvolvimento técnico e industrial porque na sua concepção a escola estava defasada em relação ao próprio capitalismo norte-americano então na visão de Dill é essa essa adequação e ao mesmo tempo um aspecto importantíssimo Que Dios sempre destacou que
é o papel da escola na formação democrática então eu tô concepção a própria escola deveria funcionar como uma comunidade democrática colaborando assim para a própria construção da sociedade democrática é uma terceira Talvez uma terceira área que nós pudéssemos indicar de contribuições para a discussão para o debate pedagógico no século 20 São exatamente as teorizações que não provieram da Europa ou dos capitais dos países do sistema capitalista Central né porque falarmos de e por exemplo cujo cenário norte-americano a tradição marxista já ela está mais ligada a um contexto europeu e agora falaremos um pouquinho de teorias
formuladas fora desse eixo eixo não-europeu Então são teorizações que nascem no século 20 tipicamente em países que estão o construindo iniciando a construção dos seus sistemas educacionais não é ou com problemas na identificação de sistema e países que enfrentam ou enfrentavam grandes desafios para a construção de sistemas é sempre o caso do Brasil com Paulo Freire que é é e foi o educador o único educador brasileiro que alcançou projeção internacional com a criação de um método criado elaborado especificamente das condições brasileiras mas cujos traços são universais do que diz respeito à alfabetização de adultos então
Paulo Freire se torna um nome é importante no vamos dizer assim no conjunto dessas teorizações sobre a escola e sobre a educação no século 20 que alcança grande projeção em todo o mundo é estive agora um ano como professora visitante na universidade de Londres e fiquei muito orgulhosa numa turma de alunos que eu compartilhei com um colega em inglês de mestrado em história da educação ao ver que uma das suas bibliografias obrigatórias Era exatamente o estudo sobre Paulo Freire então a nossa nosso teórico alcançou uma projeção com uma elaboração fruto tipicamente das condições históricas brasileiras
muito bem tudo esse debate de certa forma conforme o século 20 avança EA suas contradições ao mesmo tempo de conquistas e também de grandes desafios né e de grandes problemas na internacionais a a uma preocupação e torno da Alma preocupação guiando o debate pedagógico que nós poderíamos sintetizar nesta Pergunta a escola pode mudar a sociedade porque essa pergunta é tão importante porque ela de certa maneira ela vai sinalizar as concepções de educação que marcaram o século 20 no sentido é que indique aquelas que tem o potencial e defendeu uma mudança na educação e aquelas teorias
que ao contrário são convencidas o de que a escola é um aparelho ideológico do estado e que a educação não tem potencial para a mudança o momento importante desse dessa compreensão o dessa desse Grande Debate nós poderíamos situar no movimento juvenil de 68 né que foi o movimento um momento emblemático da história do século 20 e que marcou também a história da educação é um momento em que nós poderíamos dizer que os estudantes falaram na primeira pessoa o que que eu quero dizer com isso que os estudantes falaram por eles próprios então eles romperam e
desafiaram um sistema de uma educação autoritária centrado no poder exclusivo do professor não é de outras autoridades externas mas que não estava sem o que não estavam centrados na valorização do próprio estudante então Os estudantes se rebelam e coloca em xeque nesse movimento ao movimento de estudantes universitários que colocam em xeque a desigualdade do sistema educacional e os estudantes compreendem nesse movimento de rebelião né que marcou a França a Itália vários países os Estados Unidos na luta contra o racismo que os jovens se colocam contra essas desigualdades também lá e também no Brasil que vivia
uma ditadura militar é então é um movimento que tem uma abrangência Internacional e um movimento que propicia aos jovens estudantes compreenderem que a desigualdade social era fruto da desigualdade os melhor a desigualdade Educacional era fruto da desigualdade social Então os estudantes tomam consciência desse fato de que uma desigualdade era relacionada na verdade a desigualdade econômica e social bom então para democratizar a educação teria que haver uma democratização nesses outros setores da vida Econômica social e política Então nesse nessa contestação juvenil nos anos 70 nós vamos ser como uma das grandes teorias que marcam a história
da educação e que tem ainda muita muita força nos debates ainda hoje a teoria construída pelo for um filósofo francês né Louis althusser que define a escola como aparelho ideológico de estado e a várias derivações dessa compreensão em síntese nós podemos dizer que essa compreensão ela está centrada numa uma ideia de que a escola reproduz as desigualdades e as contradições do sistema capitalista sendo o sistema capitalista EA sociedade capitalista governada por uma classe dominante que tem determinados interesses esses quem serão os interesses que prevaleceram na escola e nada que a escola faça irá mudar essa
correlação de forças em síntese a escola atuaria como uma transmissora ideológica desses interesses do Estado burguês do estado capitalista então de certa maneira a conclusão que se chega ao estudar a escola como aparelho ideológico do estado é que o tanto o movimento de professores conta de alunos e o própria a própria forma como se dá a construção do conhecimento não teria o potencial nenhum para operar Qualquer mudança no próprio estado na no próprio entorno na sociedade e que nós vivemos porque a escola meramente a reproduziria ela não teria força para mudar absolutamente nada em contraponto
o mesmo na tradição marxista como foi a compreensão anterior também estava de certa maneira respaldada numa interpretação do Marxismo nós vamos ter um contraponto também nessa tradição do maior Historiador da história da educação inglesa que foi Brian Saimon e esse Historiador ele fez durante toda sua vida estudos sobre a história da educação e seu país estudando todas as a composição EA desigualdade que se a desigualdade sobre a qual esse sistema estava edificado principalmente com uma escola secundária para as elites de uma escola profissional para as demais camadas sociais e com esses estudos né da história
da educação da metodologia e dos enfim não é da da vida escolar no seu país Brian Saimon sempre concluiu que mesmo com limites e mesma escola transmitindo valores ideológicos o ônibus de uma determinada sociedade mesmo assim ela tem algum potencial para a mudança então a escola pode mudar a sociedade e na visão desse Historiador a sociedade capitalista não será mudada se a própria escola também não mudar então não haverá uma mudança da sociedade para que depois da escola mude a escola é um dos elementos A escola é uma das é um dos veículos dessa mudança
então cabe aos educadores e cada todos os protagonistas dessa escola fazer com que ela atue com que ela seja um espaço para a mudança e não um espaço para manutenção dos valores predominantes hegemônicos na sociedade capitalista em síntese na visão de Braga sai uma escola ela tem que fazer um papel de construção de uma nova hegemonia ela não pode se omitir nessas circunstâncias então o debate foi foi premiado no século 20 básica E essas compreensões as tendências finais do século nós podemos indicar algumas delas né talvez a principal seja um contraste entre o fato de
que a escola se expande no século 20 não é ela de certa maneira atinge limites nunca antes atingidos nesse movimento né de extensão da escolaridade como um direito mas ao mesmo tempo a um decréscimo na sua centralidade o papel que a escola exercia no século dezenove até o começo do século 20 como uma instituição Central no coração de todas as comunidades ela ela começa a perder essa importância a partir da segunda metade do século 20 Então nós vamos perceber uma diminuição da centralidade da escola no conjunto das instituições e da sua importância na sociedade não
é isso está aí tá ligado à questão da revolução técnico-científica da sociedade de consumo da indústria cultural e de todas essas manifestações não é uma segunda a tendência é a desigualdade Mundial dos sistemas escolares enquanto países conseguiram construir um Sistema Nacional de escolas baseado na total universalização da escola primária e secundária para todas as crianças meninos e meninas independentemente de credos religiosos e ideologia classe social etc a países e muitos deles ainda que não conseguiram o que não se empenharam nessa universalização e o caso brasileiro se inclui aqui até hoje nós passamos ao século 21
sem termos resolvido uma tarefa do século 19 que era alfabetização EA do século 20 que era universalização da escola primária e secundária para todas as crianças então o Brasil ingresso no século 21 é uma tremenda defasagem No que diz respeito ao ensino médio para todas as camadas sociais brasileiras para todas as crianças e jovens e uma outra tendência como eu coloquei indiquei ali no primeiro momento é justamente a crise da escola nessas sociedades a tecnologia da mídia da indústria cultural que vão ofuscar nessas fenômenos atuais que nós vivemos ofuscam o papel que a escola havia
desempenhado até o começo do século 20 quando ela era a única Difusora do conhecimento a um único espaço responsável pela transmissão do conhecimento e mesmo da informação e hoje isso não é mais verdadeiro bom então nós vivemos uma crise de civilização no final do século 20 não é alguns ideólogos chegaram até a proclamar o fim da história e com isso querendo dizer que o fim das experiências socialistas o fim do bloco socialista né como queiramos denominar essa experiência é teria levado também a uma vitória total do capitalismo Portanto o capitalismo não teria mais rivais uma
vez que o capitalismo não teria rivais isso sinalizaria para o fim da história porque a história não teria mais contradições seria a Vitória absoluta de um sistema isso vai provocar uma série de e quitações um ambiente acadêmico no mundo das ideias e isso também chega-se a proclamar até o fim das ideologias né com a vitória do neoliberalismo do estado mínimo e fim da diminuição do papel do estado na garantia das políticas públicas e do estado do bem-estar Social como acontecia na Europa por exemplo o que vemos A partir dessa crise de certa forma emergir um
novo modelo antropológico o que que nós temos dizer para o modelo antropológico modelo de ser humano de quem nós somos é que modelo antropológico é esse é um ser humano o que de certa maneira roupa e as suas Pontes com o passado uma vez que o passado passa a ser desacreditado porque ele não é portador de nenhuma esperança para o futuro né e só tem valor e significado próprio presente com aquela ideia que indiquei antes do fim da história que de certa maneira seus ideólogos que acreditavam nessa ideia né pregava que não havia mais perspectivas
de uma sociedade mais justa e igualitária então não havia perspectiva os cultura era só o aqui eo agora então esse novo modelo antropológica ele está centrado nessas ideias e valores o presente e como expressão de só o presente a importante só existe o presente e o presente compreendido no aqui agora só vale para mim só vale para você sua vale para todos o que acontece aqui agora o passado eo futuro não tem mais importância não tem mais valor não tem mais peso na vida da humanidade um modelo baseado na sociedade de consumo de acumulação de
bens e de acumulação de experiências e de relações também Observe que no nosso mundo nós estão sempre Quanto mais a revolução técnico-científica avança nós estamos cada vez mais em relação uns com os outros né buscando relações construindo relações tão de certa maneira os limites se apagaram né fronteiras para essas relações se apagarão tão isso compõe esse novo modelo antropológico que tem elementos positivos e tem elementos negativos e no campo das ideias nós vamos observar é uma correlação Entre esses aspectos né e uma crise de valores das ideias uma crise das próprias ideias que passa o
ser compreendidos entre zero e novos paradigmas os velhos paradigmas seriam aquelas ideais concepções filosofias que ainda acreditam o que acreditavam na possibilidade da construção ou de superação do capitalismo de uma sociedade mais justa de uma sociedade não baseada na exploração de um pelo outro e não na divisão de classes e os novos paradigmas seriam justamente os paradigmas mas digamos concatenados com esses valores e com essa fluidez e com essa rapidez que esse novo modelo antropológico indica nessa essa importância do presente e de certa maneira isso vai o é também uma fragmentação do próprio conhecimento a
uma consequência muito direta no campo da história da educação que passa a ser vista como um campo e trabalhada né como um campo fragmentados em uma ideia que dê sentido a própria história da educação porque o próprio sentido da história foi colocado em xeque conforme eu indiquei anteriormente e há uma tendência ao predomínio de Visões pontuais na história da educação visões localizadas sem relação com o contexto mais Geral com o contexto político social econômico e cultural mais visões parciais e localizadas EA perda de abrangência interpretativa no próprio Campo da história da educação como também outro
mas aqui nos interessa compreender o campo da história da educação que passa a ser tal como outros um campo estilhaçado em vários objetos ou micro objetos particulares e fragmentados É nesse contexto todo de crise ao mesmo tempo de conquistas do século 20 ainda é necessário uma escola se sim que escola é essa que escola temos de que escolas têm temos ainda necessidade eu diria sintetizaria aqui algumas ideias não é que vem dando eixo a a nossa disciplina de História da Educação e eu sintetizaria primeiro numa escola única de tempo integral escola a única de tempo
integral foi a escola a única escola capaz de promover uma igualdade Educacional nos países que realmente se empenharam em construir o Sistema Nacional de escolas democrático nenhum outro sistema deu certo escolas em que as crianças ficam apenas três horas na sala de aula escolas com alta rotatividade de turnos escolas para ricos e para pobres elas vão redundar no fracasso e e por exemplo que é o caso típico do Brasil Então escola única de tempo integral para todas as crianças desde o da infância até a conclusão do secundário é uma escola que integra os dois momentos
formativos intelectual e profissional e que não não que forme a elite para governar tal como era a premissa de Aristóteles na Grécia antiga e muitos para o trabalho né A maioria não segue para a universidade apenas a elite intelectual é que vai seguir então nós precisamos de uma escola que integre esses dois momentos e não que privilegia uma pequena Elite uma escola crítica que faça a crítica todo esse sistema no qual vivemos né EA toda a sociedade complexa em que nós estamos imersos humanista e democrática a escola tem que ter se forte elemento de humanização
e democratização e as conclusões para nós fecharmos agora não é essa aula Poderíamos dizer que um século é interessante essa conclusão que eu quero apresentar para vocês é que nós chegamos né a uma compreensão em comparação com os séculos anteriores em que o processo era longo e demorado ao contrário o século 20 nele mesmo num século só o sistema escolar se expandiu se democratizou e ao mesmo tempo houve a condenação da própria escola com aqueles movimentos que desacreditaram da escola e que pregaram a desescolarização da sociedade então é um século e que vive esses três
momentos expansão e democratização Porque mesmo com limites da escola do século 20 atuou no sentido democrático e ao mesmo tempo o terceiro movimento é a condenação da escola ou seja é a crença de que ela não tem potencial para a mudança então segue-se disso uma teoria que prega a desescolarização da escola a segunda conclusão já é entendida é a contradição entre a difusão do conhecimento EA perda da centralidade da escola no âmbito daqueles aspectos que nós indicamos anteriormente da sociedade técnico-científica a terceira conclusão é ao mesmo tempo conclusão e desafio inclusive para vocês que serão
professores né que são professores e muitos que irão lecionar história da educação essa terceira conclusão eu sintetizo assim Educar para mudar ou descrença no papel da escola se nós acreditamos que a escola pode mudar alguma coisa mesmo com limites nós teremos uma atuação dentro da escola se pelo contrário Nós acreditamos que ela não tem papel nenhum e força nenhuma para mudar nada na sociedade nós teremos um outro papel dentro da escola então cada um de nós precisa se localizar nesse debate o Educar para mudar se sim então nós vamos colocar todo nosso empenho a nossa
dedicação a nossa criatividade para mudar mesmo com limites mas se não achamos que a escola não muda nada então nós teremos um papel de passividade Diante do sistema e da própria educação a minha postura obviamente é acreditar na primeira possibilidade e finalizando com a uma ideia que nós começamos o nosso curso que foi foram os dois momentos formativos que marcaram o início da escola na sociedade ocidental que foram os dois momentos formadores né de uma elite Platão teorizando por uma educação unilateral ou seja educação completa apenas para as elites e para as classes trabalhadoras adestramento
e no século 19 Max contradizendo essa filosofia que ele é da mas supera e o que não que teríamos que lutar por um ideal capaz de formar nos dois sentidos os dois momentos formativos para todas as classes sociais para todos os grupos para todas as crianças e jovens então ainda permanece como um desafio teórico e formativo essa grande e dualidade que nos acompanha desde o princípio da escola da história da educação Platão ou Max formação unilateral ou formação omnilateral estão com isso eu termino essa aula sobre a educação no século 20 sobre a escola no
século 20 solicitando que vocês sentem e buscar aprofundamento sobre todas essas questões teóricas sobre esses movimentos e sobre todos esses aspectos que eu trouxe procure aprofundar os seus conhecimentos lendo a nossa bibliografia que está recomendada e disponível no ambiente do mundo que vocês frequente contem comigo e contem com seus tutores para isso me E nada e até a próxima agora E aí [Música] E aí G1
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