LGBTfobia na escola: documentário Depois da Tempestade

101.21k views3346 WordsCopy TextShare
Bendita Geni - Jornalismo LGBTQIA
DEPOIS DA TEMPESTADE: A LGBTFOBIA NA ESCOLA | A escola ainda não está preparada para acolher as dife...
Video Transcript:
a polícia apresentou hoje cinco pessoas que foram detidas suspeitas da morte do travesti dandara dos santos segundo as investigações da área foi espancada apedrejada e executada a tiros gostou de homossexual ninguém gosta que ninguém gosta gente suporta imagens flagraram o momento em que uma travesti foi agredida por um policial militar em porto alegre o filho começa a ficar meio assim meio gayzinho leva um couro e muda o comportamento dois dias antes de ser morto e tabelou zanno denunciou na internet que era vítima de preconceito por parte da própria mãe desculpe mas aparelho excretor não reproduz
vamos ter coragem nossos maioria vamos enfrentar essa melhoria um protesto contra a homofobia aconteceu hoje no bairro nova benfica zona norte de juiz de fora não existe homofobia no brasil um homem ficou com graves queimaduras depois de ser vítima de um ataque homofóbico no centro de curitiba porque respeitamos sexual eles é que têm que respeita ao encontrar uma travesti conhecida por rose foi morta a pauladas no bairro do bessa na capital o movimento glbt se levanta como uma uma doutrinação nacional uma ditadura gay e eles forçam as pessoas pensam que eles querem uma manifestação contra
a homofobia parou a comercial da 307 sul noite passada escola lugar da banda criança aprender física química matemática português negativo tarde em sinal aberto que cheguei é normal e legal não [Música] porque às vezes eu me achava tão estranha porque tinha alguns pensamentos que me surpreende nessa estava porque eu ficava tão desconfortável por sentir as coisas que eu sentia pensar nas coisas que eu pensava e ria sozinha envergonhada não tinha com quem falar sobre o que se passava comigo que tinha mesmo a minha tinha medo estava confuso e não via a saída não queria ser
como eu era que não sabe o que fazer para não ser ser lgbt lésbica gay bissexual travesti ou transexual não é uma escolha cada um simplesmente efe só que esse processo de se descobrir sempre gera uma série de questões e o pior é quando a gente ainda está na escola por isso para muitos lgbts a escola costuma ser um território hostil eu falei que não tinha algo que me enquadrava dentro da normalidade dos outros que não era muito normal ativo sempre foi aquela criança que não sabe o chão churrasco da família entender então a gente
fica meio questionando o que está acontecendo foi uma criança que sempre detestou das meninas da minha idade né enquanto as meninas tinham as barbies as suzys e assim por diante eu tinha comandos em ação não é eu que este filme do rambo ea questão do que eu era do de como eu me sentia essas essas questões veio mesmo na adolescência que eu acho que é por causa dos hormônios então eu me via diferente dos outros meninos mv diferente das outras pessoas não sei se serei eu certo e dizem se então a dúvida veio aí opa
todas as minhas amigas gosta do menino do terceirão e eu gosto da minha amiga entendeu e aí as coisas foram ficando um pouco mais de si 6 pra mim porque eu não sabia lidar com eu não sabia o que estava acontecendo só sabia que eu era diferente eu sei que é uma pessoa que eu tentava entender o que era eu desde o começo a de ensino fundamental eu ouvi uma vez um certo olhar pelas pessoas assim uma certa recriminação e até mesmo na escola do apelido nesse período questão de apelidos os boletins né então faleciam
então acho que eu sou de nessa época então tá sou gay mas isso é errado isso não pode então eu relutava contra isso eu falava flamengo eu falava e depois teve 14 anos eu comecei a ficar mais desbocado e não falar mesmo entendeu é mais assim a família não sabia então fazia escondido entender então só mesmo daí fazer o que não é lá essas coisas e encarar mesmo dia que a conta essa aí a partir do momento que eu comecei a falar foi o time parou de falar que eu era foi um pouco traumático porque
eu nunca tinha colegas nem amigos porque ninguém queria se aproximar de mim eu sempre foi visto como o esquisito da da turma no registro é francês le a yo os moleca a molecadinha tanto meninos quanto meninas mesmo colocaram o apelido de infância game então essa nossa não gostava arrepiava mas eu ficava quieta eu não fui reto talvez muito discriminado também não talvez não sofri muito bullying por ter crescido época um pouco mais repressora porém eu segurava a questão de ser gay de ser homossexual comigo para evitar também tudo isso mas em algumas situações sempre acontecia
alguma ofensa alguma alguma palavra ruim o menino é que era mais afinado que não tinha como e se esconder que todo mundo estava com ele lembro que eu tentei alguns contatos com ele mas ainda não era o contato eu conversava com ele como não vi ninguém era uma coisa tipo porque você tinha uma certa tipo é é um medo de cair naquele time também o medo de virar chacota também fiquei né a única referência ao humorístico que as meninas não gostava que entrava no banheiro ficava me apontando dizia que eu era um moleque que tinha
aqui no bairro dos meninos então assim era é muito difícil nessa primeira infância né saber que tivesse um r 1 mas eu sou uma menina quando na medida que eu pratico bullying eu me coloco como fora daqui lugar eu tenho poder uma relação de poder não tem poder inclusive nos não ser aquilo inclusive poderá apontar aquilo né então acho que passa o mesmo uma perversão pessoal e sim de um valor social se não fosse o problema ártico a pessoas e sim em uma pessoa transita na escola e isso não seria motivo de ser xingado e
você fica o que eu sou mas por que eu não posso ser isso que eu sou será que eu realmente sou tanto que teve tempo que eu até parei fiquei tipo não gosta de homem não gosta de homem ficava falando pra mim mesmo não gosto de homem e tentei gostar de uma menina e aquilo e era um sentimento falso porque não era real nem sair para o intervalo eu gostava de ficar sentado na carteira pra que ninguém notasse porque às vezes quando eu o só o fato de levantar a carteira e demonstrar alguns trejeitos que
os gays têm é já era motivo de ser humilhado e xingado e agredido tanto verbalmente como fisicamente então eu sempre quis e invisível e pra mim sempre foi uma tortura e pra trás pra escola chegava a sexta feira ela se nossa que alívio a sexta feira vou ficar em casa da equipe chegava o domingo à noite o coração já fazia assim já ficava meu foods tem que ir pra escola tem que passar por tudo isso as brincadeiras que incomodavam essas coisas no colégio que eu estudava em colégio de freira e eles de quando descobriram isso
me mandar o psicólogo ligar chamar minha mãe para ir ao colégio mandar psicólogo que era uma freira e ao invés de ela me encaminhar a uma auto ajuda pra eu me encontrar ela acabava me botando mais para baixo quando você conheceu esse homem como você sabe que você gosta desse homem você sabe que deus não é deus sempre falou que o homem com homem mulher o homem com homem aberração mulher mulher aberração e ela pesava muito a minha mente por deus e da igreja tem crescido dentro da igreja aquilo me dava medo e fazia eu
me questionar sobre tantas pessoas no mundo porque eu tenho que seu desgosto da família as pessoas só me diziam que eu deveria andar de uma determinada forma que não era que eu andava ou falar de uma determinada forma do modo como eu deveria falar ou a minha voz quer o problema não era meu modo de falar né então na verdade tudo era o problema porque o problema estava na minha transexualidade né [Música] teve uma que mais em mim marca até hoje quando eu fui no banheiro e alguns meninos me humilharam de tantas maneiras entre elas
até o abuso sexual eu já pensei várias vezes me matar já tentei as pessoas falam 'você não tentou porque se você tenta você consegue mas não é tão simples porque chega na hora você pensa em milhões de coisas tem a família tem os amigos aí você quer sair dessa dor você pensa não minha família vai sentir falta mas mesmo assim eu tô pensando na minha família seria muito mais fácil eu acabar com tudo isso e eu tô livre minha família está livre e eu quase concretizei isso porque eu não aguentava mas toda essa violência que
estava passando então para mim é morrer era a melhor alternativa seria um refúgio pra acabar com todo aquele sofrimento e eu adoeci muito tive uma crise depressiva eu com 13 14 anos já tomava dois comprimidos por dose pra fazer efeito de 100 é r 50 mg de de tarja preta até porque eu tinha medo de sofrer mais violência e na época é eu me via como o errado também da situação eu me sentia como o merecedor de toda a violência que eu estava passando a emissora de uma travesti disse carlucci contando dela quando ela tinha
11 anos ela nem saber que ela produza bem estava acontecendo com ela ela foi abusada no banheiro por oito anos enquanto os meninos encaminhamento dessa história é que quem foi expulso da escola foi ela naquela época era bem complicados a temática não estava sendo discutida era patologizar dado então sendo patologia havia cobrança de paz que diziam que seus filhos podiam ser contaminados não tinha toda uma questão assim bem e hipócrita e preconceituosa com a convivência de pessoas diferentes né eu era a única pessoa diferente da escola então eu acabava sofrendo e toda essa pressão esse
bullying é eu era aquilo que não poderia ser que não deveríamos então eu acho que é isso com a mensagem que passou pra ela você tem você não tem esse direito não tem direito a saque a all não tem amparo não têm a proteção a manter não sei que você vai fazer o que no lugar de titi humilha só fazer um governo que num lugar que não tinha não não tinha jeito né nós éramos expulsas né porque o agente muitas vezes é tinha que se é passar por muita coisa muita humilhação é pra poder permanecer
nesse espaço desde a lista de chamada next que te faz você se constrange com seu nome de registro até possíveis agressões e e então eu acho que é difícil a gente queria estar ali né a maioria da da evasão escolar acontece porque esse processo educacional acontece no mesmo período em que a gente transita entre várias todas as violências não é questão de comparar a violência mas pensam por esta base que a atenção do nome é uma questão do reconhecimento do outro então é por isso que é muito forte a evasão a expulsão escolar de pessoas
trans porque assim o enfrentamento que uma transição então vou ter que fazer para a escola é maior nesse sentido e principalmente nesse momento é um momento que eu nem sei foi então a negação de direitos é o assassinato social né é não é um suicídio gente não se silva socialmente a gente é assinada nem quando temas como a transexualidade por exemplo não podem ser discutidos [Música] o que eu passei tanto tempo da minha vida calado e hoje eu vejo que quando eu falo eu sou de certa forma a voz daqueles que estão em silêncio daquelas
crianças que estão em silêncio e torna a dizer me dói saber que nas escolas o local onde deveria se ensinar o respeito é é não está sendo não está sendo concretizado a gente tem que criar uma educação uma forma de educar aqui que humanize entender porque a gente desde cedo que iria para o mercado de trabalho queria pra pessoa ser alguém e não fiquem ela é eu acho muito difícil achar um discurso muito complicado de se colocar numa escola a gente já restringe desde pequeno que é que fica um caminho que a pessoa às vezes
não escolhe se você quer realmente educar as pessoas para serem bons humanos têm partir desse princípio porque é que se tenha uma educação é ter uma educação branco educação o cristo como muitas escolas de educação cristã é isso que existe o que existe é a educação apenas para essa parte o resto tem que se encaixar ou fica fora a partir do momento que você define um padrão de normalidade você coloca sobre a margem tudo que não se encaixa dentro desse pra desse padrão a escola é um exemplo disso entendeu a partir do momento que a
gente deixa é que a genitália tipo interfiro na no direcionamento que nós vamos dar a educação das nossas crianças acaba sendo emblemático que a gente acaba atingindo elas que a gente tem agora são pessoas profissionais reivindicam ano o direito de falar sobre isso de uma maneira ética eu acho de uma maneira é uma cepa torta humana isso a gente tem mais hoje mas a escola sempre falou à sexualidade mesmo não falando não falando ela falou ela falava que não isso não é importante não falamos sobre e é ela falava isso existe né esse tipo de
amor não existe eles esquecem o papel que o professor ele somente o professor ea professora somente um mediador uma mediadora o aluno e traz os seus conceitos e o seu conhecimento próprio seja da sala de aula das experiências vividas na escola seja da casa seja da família seja do percurso que ele faz todo dia da casa para a escola a gente tem que parar de tratar as nossas crianças como se elas fossem copos vazios e aí o primeiro que foi lá encher um líquido é aquilo que ela vai ser o restante da vida não é
uma questão de você ir lá e doutrina alguém ou ensinar alguém o que é ser pessoa transmite de você trabalhar a existência plena e o direito dessa pessoa de estar ali né presente naquele espaço né porque se você não pode falar dessa pessoa essa pessoa também não pode existir se você não fala sobre isso no colégio você vai escutar na rua na rua que você vai escutar a maioria das vezes é que o é vagabundo que vai pro inferno que vai contra todas as leis de deus que é uma abominação nós somos filhos de gays
meus pais são héteros entendeu-se homossexualidade bissexualidade e transexualidade enfim fosse ensinado né eu seria hétero fracasse ela seria hétero tem que ter um trabalho de escola porque o que não dá para fugir disso mas está na internet está na novela está nos filmes estão na história está no dia a dia não tem mais como voltar atrás não dá mais para voltar e disfarçar então quanto mais cedo você trabalha na escola você consegue direcionar isso não tem como esta possa ocorrer não tem mais peneira na repressão dentro do ambiente escolar a não funciona ela regride ela
cria um robô e nós não somos robôs não existe ainda um robô que pensa ele ele repete aquilo que você programa seres humanos não são isso seres humanos sempre abraça conversa s college [Música] várias situações já me perguntaram eu cheguei o que eu respondo sim sou e essa é uma resposta ou então o que muda na condição de eu ser gay e se o professor certo no meio da mata eu estudei para esta disciplina sobre essa disciplina eu posso te ajudar vou ser gay ou não um empate comandar não tem nada a ver com o
que eu tenho pra poder ensinar eu trabalho há muito tempo aqui nesse colégio nunca foi pedido por nenhuma direção que trabalhou nunca tive nenhuma conversa com é pedagogos e pedagogia ela sob orientação sexual porque é muito aberta é muito tranquila hoje a gente tem uma geração acho até que o efeito dessas aberturas que tem tido essa tem tido mais coragem de se colocar mesmo colocar como corpo político fazer essa política do cotia não sabe sou as outras o coelho só não sei que sou eu lá e tem falado professor que me respeitar eu gostaria de
ter tido a coragem de kristen quando eu tinha 15 16 anos que eu ficava de lado eles não ficam de lado eles vão ninguém né entendeu ela é diferente ninguém me chamava para alguma coisa hoje não existe mais isso eles são chamados a participar pode até maceió sou sim e daí josiane joão li na e e maria os caminhos deles se cruzaram no final de 2016 quando participaram do movimento de ocupações secundaristas os 4 estudavam em colégios de diferentes regiões da periferia de londrina comecei a me policiar mais de como eu poderia ser na escola
então eu tentava entender se alguém chamava de lado nos estranha de mão de alguma coisa assim eu achava para a minha mesmo então tinha que mudar isso então consertava então eu comecei a ficar um pouco menos só que de vida sofri um pouco por por jeito né porque não tem como se esconder o seu jeito dentro da escola não tem como você quando você acaba sendo muito ele acabou saindo alguma coisa né justamente por eles estarem falando e arrumando brigas com essas palavras comigo e eu não ia ficar quieta então eu cheguei falei com o
diretor olha não vou aceitar isso ou a senhora tomou uma decisão ou eu vou ter que chamar pensa porque isso é crime eu tenho direito de lutar pelos meus sonhos e os meus objetivos e eu tenho muitas metas na minha vida e pra mim terminar o ensino médio foi uma conquista muito grande pra que então eu via muito das pessoas que eu não ia conseguir porque já tinha passado tempo que eu nem consegui a minha vida eu fui mostrar essas pessoas que eu posso e que eu sou capaz então as pessoas elas querem saber ou
elas não querem mais a gente tá falando essa mudança é tá sendo recorrente dentro das escolas porque já é um assunto que tinha então os alunos a gbta eles estão se colocando então não tome vendo nesse assunto eu quero me ver já que é o futuro pra mim eu quero me ver nesse assunto então eu quero que falem sobre mim eu acho que uma escola ideal seria mais uma educação um pouco mais conservadora não de fato que seja você copiar as coisas e pensar que mostrou uma moto onde acaba o sistema de nota que você
tem que ser nosso voto notem que a nota do vestibular nota só na escola ideal pra mim será um espaço mais aberto a qualquer pessoa sem nenhum tipo de preconceito é você organizar essas pessoas e você ter consciência de que a gente não é apenas tipo assim uma pauta a gente não teme não ter mãos a gente é essa somos pessoas assim que têm as suas vontades dos seus sonhos suas esperanças e tentar trazer esse espaço que a gente convive há ainda um longo caminho até que a temática lgbt saia do armário na escola lésbicas
gays bissexuais travestis e transexuais precisam aprender a enfrentar o ódio desde muito cedo é uma jornada desafiadora mas muitos lgbts não se sentem mais tão sozinhos no horizonte aos poucos surge com arco íris o arco íris depois da tempestade [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música]
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com