Atemporalidade e sintoma neurótico- Curso Freud do Zero: Aula 9

8.31k views2628 WordsCopy TextShare
Saulo Durso Ferreira
Curso de introdução ao pensamento e clínica de Freud, baseado no livro de Jacques Sedat: Compreender...
Video Transcript:
olá pessoal e seu frágil do zero ao número 9 seguir aquele livro jacques e da importante que sigam no livro vai poder acompanhar a aula entender mas são menos para onde estou falando e hoje aqui nós vamos falar do capítulo 5 sobre a questão da temporalidade um conceito muito interessante complexo né freud constrói o jacques e da consegue fazer uma leitura assim bem é bem ampla do que dá para fazer com isso quem vai dizer então que a dimensão tem pronta presente desde o começo da obra e foge desde o começo da psicanálise de freitas
a idéia aqui na questão do judaísmo é que vai dizer assim foi somente após a destruição do templo visível o invisível difícil do judaísmo pôde ser construído e que quer dizer com isso ele vai dizer assim fulano parágrafo assim foi de evidência desse modo que o fator temporal prevalece sobre o elemento espacial tanto no funcionamento da sociedade como uma construção do indivíduo o fato de que uma religião não se enraíza na terra como é o caso do paganismo e das religiões na antiguidade greco romana mas sim na memória na celebração é da memória da história
corresponde para floyd a metáfora da psique pois será se que organiza o corpo um corpo marcado através da construção das diferentes etapas do corpo a história de sua elaboração quem está dizendo aqui de muito importante então que não é necessário você ter a coisa no concreto ali na a a religião sefaz mutango a religião se faz na história que é contada aqui é repassada que é celebrada como se a própria pessoa carregar se a sua experiência é religiosa por exemplo lembra muito quando você pega um pouco emprestado raciocínio do ine code quando ele vai dizer
que o destino do objeto tradicional no fim das contas acaba sendo incorporado no próprio indivíduo então a transnacionalidade na própria pessoa capacidade de criar e de se criar na em inúmeras vezes que vai trazer aqui que ele vai dizer que a capsi que vai ser responsável por uma continuidade temporal tão raro assim muito interessante que trazem então o que ele vai falar aqui são essas as religiões pagãs legiões branco romanas mais antigas você tinha muito mais a celebração ea memória o que de fato precisa até ali os templos e tem aquela coisa enraizada na terra
e vai dizer assim é a mesma coisa pois só por ser a psique que organizará o corpo um corpo marcado através da construção das diferentes etapas do corpo a história da sua elaboração ele vai dizer mais embaixo aqui a história da elaboração de cada corpo é absolutamente singular e não se parece com nenhuma outra ela é marcada por angústias por abandono das separações exigíveis que conduzem a capacidade de entrar em relação com o trem ao mesmo tempo em que entra no relativo pois não há relação se não no relativo e só relativa na medida em
que a relação então já fez uma das aulas lá no começo que vai dizendo assim que mesmo o corpo para a psicanálise nesse corpo real aqui no corpo físico mas é um corpo funcional lembra aquela porção que a pulsão a escutava base da sexualidade a sexualidade é uma construção que é feito aos circuitos funcionais prazer de fazer e como ele fala do corpo a quem está dizendo isso também que o corpo não existe na elaboração desse corpo e esse corpo é constituído por uma história de angústias abandono separações as coisas todas é muito interessante que
é esse corpo que tem que ser tomado na clínica quando você vai atender você escuta a pessoa falando desse corpo mostrando esse corpo mas eu colocar construído historicamente a yoki interessante para completar o raciocínio ea memória da psique a memória da psique que poderá assegurar uma continuidade entre o tempo vivido eo espaço habitado e não uma estrutura exterior o sujeito observando uma criança que aprende a andar pode se perceber que ela avança lançando-se desajeitadamente de um ponto de apoio a outro até o próprio processo de andar né lembro de um professor com o tio jack
do que dizia que nós andamos porque caímos então você está assim é pra não cair você coloca um pé na frente para não cair você coloca outro para não cair você fazendo essa continuidade ela vive o espaço como disco contínuo como curvas e angustiante angustiante entre os pontos de apoio graças às quais ela existe pois ela só vive agarrada à ordem espacial da terra então o tempo todo o que associam muito bacana que está trazendo então nem se andava mostrando assim e se lançasse e se lançar sempre procuro vazio e alguma coisa então vai ter
que aparecer para que não se caia nesse por vazio ele vai dizer assim será se que entre esses pontos de apoio separados no espaço então você tem aqui a criança com o seu próprio corpo no espaço você vai ter o corpo do outro que é um outro lugar no espaço ea psique como aquilo vai possibilitar uma ligação entre uma coisa e outra não ser a psique que entre esses pontos de apoio separados no espaço organizará para ela uma continuidade temporal por meio de sua atividade e psíquica entende então isso é bem interessante como vai mostrar
como nós nós vamos cantando narrativas dos relacionamentos como os outros entre esse abismo que há entre outros como placa sempre diz dizia que esse abismo entre outros nós construímos narrativas dessa proximidade então a gente pode pensar assim que uma clínica os pacientes estão contando os seus relacionamentos que a forma como eles conseguem criar uma continuidade temporal entre o corpo num espaço e outro corpo numa outra parte do espaço ele vai fazer uma interessante apontamento que a gente já falou aqui um outro momento sobre o forno da cal famoso jogo do carretel queridos assim quando fred
observa o jogo do for dada ao qual se dedica seu neto ele obtém a confirmação dessa passagem libertadora na dimensão espacial para consideração da temporalidade com efeito quando sua mãe está ausente o pequeno é nesse joga com raiva para longe os objetos para longe disse a companhia no seu gesto com som de uh é o de formação infantil de fora né que significa longe também que puto da vida ea remessa e aí eles mas o que essa atividade gel centrista responde a uma pulsão básica destruir os objetos para exprimir seu furor por não mais ter
a mãe ao seu lado destruir os objetos para esse primeiro furo por onde tem mais amanhã seu lado então o homem está vivendo a experiência de afastamento da mãe ele pega um objeto e arremessa tá longe com raiva que de alguma forma ele passa essa experiência de maneira passiva quando a mãe se afasta então eu meio que replica a cena ele completa é depois ele descobre outro aspecto do jogo graças a uma bobina que foi amarrada à sua cama como um fio ele joga bobina para longe dizendo fora então traz de volta dizendo dar pois
aqui assim ele pode controlar o afastamento do objeto e de sua mãe repetindo ao infinito esse jogo de ausência presença certa ele obtém assim a capacidade de ausentara-se mesmo objeto isso é muito interessante não é de elaborar a própria solidão sem vê-la como uma ameaça de ausência definitiva então esse texto aqui que está no mais além do princípio do prazer esse trecho do for dar isso tem uma implicação clínica assim tão grande gigantesca tanta coisa bem simples exemplo que estava sendo assim é óbvio que a fama de primeiramente desses copos no corpo da criança e
da mãe como uma coisa extensiva uma extensão da outra é o espaço da coisa misturada não tem intervalo entre eles e é necessário que esse intervalo aconteça então dos dois lados vai ter tanto afastamento da mãe porque ela retoma seus interesses e ea criança também tem suas necessidades de afastamento para que ela possa então se desenvolver só que ao mesmo tempo é uma força contrária mas não querer afastar e do filho também não ter esse afastamento porque tem essa ameaça de cair nesse vazio mas ele vai dizer que nessa experiência de ameaçar e puxar ele
está fazendo uma elaboração como se fosse criando uma narrativa ou traduzindo insignificantes uma coisa que é invisível então quando ele faz isso e foi aqui ó ele assim obtém assim a capacidade de ausentara-se mesmo objeto elaborar sua própria solidão porque a solidão não é algo ruim desde que tenha previsão de que é possível um retorno assim como também a presença sem nunca tenha afastamento é extremamente angustiante então ele porém sem revelar como uma ameaça de ausência definitiva ele recitou o objeto só qualidade aleatória e torna possível o encontro ulterior com este no eixo de um
temporal vetorizado futuro então você vetor isa temporalmente e pode então se afastar do objeto que assim a previsão de que você vai encontrar este objeto futuramente então aí você tem a possibilidade da temporalidade está na experiência então conta inicialmente essa relação funcional da criança com a mãe a temporalidade o tempo a 0 ali né e é justamente a possibilidade de esse afastamento é você começa a criar a apontar esse esse abismo que tenta o outro e vai também não bastaria só esse afastamento que seria um vazio sem fim mas esse jogo da construção significante a
construção da linguagem a construção de uma narrativa ainda que rudimentar para fazer justamente um elo de ligação e poder fazer o afastamento do objeto reencontro do objeto é torna suportável e até mesmo prazeroso afastamento então a dimensão temporal ela passa se incluída nessa nessa relação da criança com a mãe num sujeito com seus objetos ou com outros assim você preferir tanto é você tem textos bem interessantes aliás se você colocar no google temporalidade esquizofrenia se não me engano há dez dias e tem uma reflexão bem interessante sobre essa questão da experiência de temporalidade que é
uma coisa extremamente saudável pra a constituição do sujeito ele falou exemplo de novo da elizabeth bom é da base ela não conseguia andar ela apoiou vivia sem o saber desculpa vivia sem saber uma sutura entre seu corpo e de seu pai que lhe atribuíam lugar na cola não podia sair um filho e um amigo para ele que tinha apenas tido filhos e ela disse quando encontra fred não posso avançar não posso deixar esse lugar lugar que havia sido imposto por seu pai a yoki interessante é mais embaixo é ele vai dizer assim esta na área
e evidencia precisamente que as palavras podem fixar em uma residência em um lugar geográfico que impede o sujeito de se desenvolver a sua história isso é muito claro na clínica assim na sua previsão passou a enxergar muito fácil você atendendo você pode chegar fácil quando você tem uma fixação lugar geográfico atemporalidade ali não existe o vetor temporal futuro então a pessoa fica fixada numa cena a de infinito fica naquela cena depois que diz assim ó até está fazendo uma uma uma reformulação da famosa frase que as histéricas sofrem sobretudo de reminiscências que ele diz fred
inaugura com essa simples observação uma nova concepção do homem o homem é um sujeito em sofrimento sofrimento ligado à sua memória ea sua história e aí vem uma das máximas aqui o sofrimento de subjetivação legado à sua memória não estou precisá dá certo então você tem uma memória mas essa imóvel mora não está está precisando não está integrada de forma temporal a sua experiência subjetiva ele vai dizer mais embaixo aqui ó nossas observações para o ocidente as lembranças daquelas que provoca o aparecimento de fenômenos histéricos conservam um extraordinário frescor e durante muito tempo seu pleno
valor emocional no entanto é preciso salientar como um fator notável que essas lembranças contrariamente a muitas outras não ficam à disposição do sujeito então são lembranças que tem lá um lugar geográfico um lugar atemporal lugar nos precisado que não estão à disposição do sujeito isso coloca floyd atrás da pista de um inconsciente que há uns exemplos atemporal isto é que está em um tempo não vetorizado historicamente se você já está um pouco de psicanálise já viu lá na interpretação dos sonhos que uma das cartas características do inconsciente a atemporalidade dizendo esses elementos as lembranças que
levam o fenômeno histérico tem a ver com essas lembranças atemporal né atemporais isto é que estão em um tempo não vetorizado historicamente bacana isso né é do mesmo modo na saída do complexo de édipo tal como fred a procurar posteriormente o que está em jogo para a criança em relação ao investimento e à identificação com seus pais é saber que o lugar ela poderá ocupar um lugar geográfico um lugar psíquico que bacana isso ela vai dar diz mais embaixo que eu vejo uma atitude egocêntrica geocêntrica que consiste em tentar ocupar o lugar do pai ou
da mãe tão comum e isso a criança são colocados ocupar o lugar do pai ou da mãe por conta de um convite até de um desejo da criança inicial que devia ser frustrado mas não é ela é colocado no lugar do pai ou da manhã a alinhando-se na lugar de outro outrem a passagem para o tempo como fator essencial identificação de saída do edinho é o momento em que ela pode pensar que é capaz de criar seu próprio lugar então ok legal sair na clínica ainda mais clínica infantil serviço tem toda uma coisa criança tentar
ocupar o lugar da mãe do pai outra coisa o victor é o vetor temporal entrar ela pode dizer assim quando eu for grande eu serei tão ao empregar o futuro a criança entre o tempo é mais retroativo e sim vetorizado por seu próprio tempo por sua própria temporalidade psíquica eu vou parar nesse ponto tem um pouquinho outras coisas pra falar aqui mas acho que isso é tão importante que você refletir na clínica uma das coisas que a gente sempre faz quando vai escutar na clínica é escutar se a pessoa de fato não tem um lugar
né vetorizado temporal ou se ela fica como substituto de alguém nessa história é um livro muito legal durval checchinato chamado psicanálise de paz que tem um capítulo sobre a relação triangular que vai mostrar estruturas familiares em que você tem lugar a mãe do pai na função materna e paterna lugar do filho tendo mais em situações você tem o pai e você tem por exemplo mãe não só com a mãe mas também como filha desse pai porque ela tem uma questão como édipo ainda não resolvido ou você tem por exemplo a mãe a esposa aqui você
vai ter o marido que funciona como um filho também ou casais que são pai e mãe da criança mas eles ainda estão presos àquela cena infantil então é o pai foi utilizado é a mãe foi utilizada e o filho acaba sendo o irmão da história então essas variações para pensar certo então a gente pode pensar nessa idéia tanto na questão da clínica com crianças a importância da dcv temporal para o futuro e dizer quando for grande eu serei e tirasse um alívio você não sei isso agora e futuramente a outra coisa é mesmo uma clínica
adulto do sujeito poder estou precisar essa lembrança então deixar de ficar uma repetição infinita certo então acho que é isso bons estudos e até a próxima aula
Related Videos
Psicanalistas são Putas - Curso Freud do Zero: Aula 10
18:45
Psicanalistas são Putas - Curso Freud do Z...
Saulo Durso Ferreira
8,039 views
O que é "recordar, repetir e elaborar"? | Christian Dunker | Falando nIsso 199
10:13
O que é "recordar, repetir e elaborar"? | ...
Christian Dunker
204,076 views
A pulsão e a sexualidade infantil - Curso Freud do Zero: Aula 6
23:55
A pulsão e a sexualidade infantil - Curso ...
Saulo Durso Ferreira
34,698 views
O verdadeiro e falso self na teoria de Donald W. Winnicott
6:06
O verdadeiro e falso self na teoria de Don...
Instituto Nebulosa Marginal
16,216 views
Escritos e Escrita de Freud - Curso Freud do Zero: Aula 1
20:09
Escritos e Escrita de Freud - Curso Freud ...
Saulo Durso Ferreira
19,187 views
6 Hours Mozart for Studying, Concentration, Relaxation
6:04:15
6 Hours Mozart for Studying, Concentration...
HALIDONMUSIC
29,689,000 views
Relaxing Jazz Music - Background Chill Out  Music - Music For Relax,Study,Work
3:33:09
Relaxing Jazz Music - Background Chill Out...
Cafe Music BGM channel
108,643,594 views
Recalque e Zeitgeist - Curso Freud do Zero: Aula Menos 1
27:03
Recalque e Zeitgeist - Curso Freud do Zero...
Saulo Durso Ferreira
59,255 views
A negação da diferença sexual - Curso Freud do Zero: Aula 7
21:12
A negação da diferença sexual - Curso Freu...
Saulo Durso Ferreira
11,178 views
The Best of Mozart
1:56:02
The Best of Mozart
HALIDONMUSIC
265,140,638 views
Uma criança é espancada - Curso Freud do Zero: Aula 14
19:04
Uma criança é espancada - Curso Freud do Z...
Saulo Durso Ferreira
14,894 views
Como era Freud no início (1895-1905) - Curso Freud do Zero: Aula 0 (Parte 1)
20:49
Como era Freud no início (1895-1905) - Cur...
Saulo Durso Ferreira
37,111 views
Por que repetimos os mesmos erros? - Curso Freud do Zero: Aula 13
21:24
Por que repetimos os mesmos erros? - Curso...
Saulo Durso Ferreira
18,521 views
Da Vinci, Picasso e a sexualidade infantil - Curso Freud do Zero: Aula 8
19:12
Da Vinci, Picasso e a sexualidade infantil...
Saulo Durso Ferreira
9,970 views
O infamiliar, entre a realidade e a fantasia - Curso Freud do Zero: Aula 12
16:36
O infamiliar, entre a realidade e a fantas...
Saulo Durso Ferreira
13,696 views
A formação de Freud- Curso Freud do Zero: Aula 2
27:35
A formação de Freud- Curso Freud do Zero: ...
Saulo Durso Ferreira
13,775 views
Abuso ou fantasia de infância? - Curso Freud do Zero: Aula 5
12:38
Abuso ou fantasia de infância? - Curso Fre...
Saulo Durso Ferreira
10,851 views
A necessidade de estar doente e a necessidade de sofrer - Curso Freud do Zero: Aula 17
22:39
A necessidade de estar doente e a necessid...
Saulo Durso Ferreira
9,944 views
November Jazz: Sweet Jazz & Elegant Bossa Nova to relax, study and work effectively
November Jazz: Sweet Jazz & Elegant Bossa ...
Cozy Jazz Music
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com