e o tema e a ser abordado hoje né ele foi definido em função de um certo recorte né aliás tem um psicanalista francês chamado Jaco Lacan e no final do ensino ele dizia que ele queria elevar a psicanálise ao estatuto do gesto cirúrgico de cortar e ele usava essa analogia né que que ele tava querendo dizer com isso assim pelo menos a meu ver e é não dá para você vai pegar trabalhar a história toda a história de vida toda de um sujeito durante um processo de análise é preciso cortar né mas é preciso cortar
certo como na cirurgia né se você corta errado que que acontece não tem efeito terapêutico nenhum a e se bobear vai ter um efeito iatrogênico a mesma coisa um processo analítico no processo didático É Preciso Saber cortar né a qual foi o recorte que eu fiz então tema infância e adolescência são temas amplos né daria para gente ficar discutindo a É uma disciplina inteira ele não é esse objetivo essa disciplina é aplicada é então eu fiz esse corte aqui Eu presumo ser cirúrgico assim modestiaparte né dê a enfim se entrar na relação mãe-bebê né porque
primeiro porque é o que a psicologia com recorte na psicanálise tem a ofertar e segundo porque essa disciplina aqui tem um enfoque relacional tudo que a gente viu até agora fala de um enfoque relacional Hum fala de vínculo fala transferência fala de relação né então eu resolvi dar esse esse recorte ao tema falando sobre a relação mãe-bebê a gente já comentou algumas coisas e no na primeira parte da disciplina antes do recesso acadêmico e das férias coletivas Ah mas eu queria agora tá aprofundando um pouco mais Então eu não vou falar nada aqui propriamente novo
mas votar em certa forma aprofundando alguns aspectos para além do que a gente já viu tá bom então como eu falei né O tema é a relação mãe-bebê Mais especificamente no que tange a relação mãe-bebê eu vou falar sobre aspectos psíquicos cá então eu vou falar sobre aspectos biológicos e nem sobre aspectos sociais pelo menos não diretamente a então é o recorte do recorte a relação mãe-bebê aspectos psíquicos ok e há muitos autores assim sobretudo O Felipe é aqui que é esse altura aí que escreveu o livro história social da Criança e da família que
é esse livro aqui tá acho que tá dando para vocês verem né ele foi muito difundido aqui no Brasil sobretudo na área da pedagogia e da Psicologia também ele traz uma tese de que esse sentimento da infância é recente O que que significa um sentimento da infância a tese dele é que a infância tal como a gente conhece a emergiu recentemente na história é da cultura da civilização até as ideia Central é de que a idade média diz conhecia o que vinha a ser a infância tá é isso não significa é que a infância não
tenha é digamos assim é é um certo aspecto biológico específico um certo aspecto psíquico específico Tá mas só que esses aspectos biológicos e esses aspectos físicos Eles não eram levados em consideração pelas pessoas daquela época aqui que desconheciam a infância como uma parte específica do desenvolvimento humano né Então as crianças eram tratadas como adultos em miniatura sobretudo porque eram sociedades rurais e nas sociedades rurais é o indivíduo quando conseguia ficar em pé pegar numa enxada ele já começava a trabalhar nas sociedades rurais ainda hoje né ainda hoje E aí o e aldeias assim rurais né
pelo mundo afora você percebe isso não se dá muito valor ao que se chama de investimento nessa fase fundamental da nossa vida que a infância porque a pessoa tem que se mostra fisicamente é a resposta ela já é colocada para trabalhar nela lá fulano Esse é o Felipe RN tinha tinha ele tem essa tese né já tem um século 12 a criança zero representa ele foi observando arte né da pintura em si e ele percebeu que nessas telas as crianças eram representadas como adultos em miniatura a usavam as mesmas roupas é não havia então distinção
entre uma criança e um adulto tá é no avião traços específicos né no avião não havia uma representação iconográfica específica da infância foi isso que ele percebeu até o século 12 é a partir do século 13 e as Crianças começa a ter representações e coreografias específicas né então elas são desenhadas menores as bochechas rosadas aquelas uma Faces mais infantil né é tentando [Música] a importar o certo nível de ingenuidade né E por aí vai diferente dos adultos né e entre os séculos 15 e 16 ele percebe que as crianças passam ser representadas em cenas da
vida cotidiana é inclusive brincando é e e ele percebe que o filho morto começa a ser representado nas famílias nessa época é que é uma tentativa de você constituir a memória daquele filho que que morreu né porque a e até de kills no século 15 e 16 se começou a ter um apego pelo em fazer Porque até então assim morria tanto na infância as crianças Mundial também índice de mortalidade era tão grande tão alto que praticamente as famílias não têm um apego os seus filhos porque parte-se do pressuposto de que muitos iam morrer mesmo era
natural daquela época né que muitas crianças morressem com o controle maior assim embora houvesse ainda muitas mortes né efetivamente mas um controle maior assim da das taxas de mortalidade na infância começou-se a se construir esse Apegos tipo de apego né e o e o tipo de pesar né passa a ser representado aí na iconografia do século 15 e 16 isso que eu morto ele começa a ser representado no intuito das famílias constituírem uma certa memória né é daquele que se foi tá ir no século 17 as crianças passam ser apresentadas sozinhas né Imagem cultivada pelas
famílias então é começa então essa a confiança é esse tipo de culto ao porta retrato da criança sozinha em casa né que de certa forma é perdura até os dias de hoje tá então o que o clipe é ele está tentando dizer aí é que é na verdade a infância uma descoberta da infância né ou numa descoberta da Infância os séculos 15 e 16 e 17 tá e o que o mundo medieval e praticamente desconhecida essa essa fase do desenvolvimento é tá É porque eu tô falando isso porque isso é muito difundido no Brasil é
a gente não vai ter aqui no enfoque sócio-históricos que seria esse falar da infância de uma perspectiva sócio-histórica né mas sim de uma perspectiva psíquica Ok mas existe esse é esse entendimento de que é o que a gente entende por infância mente sempre foi assim tá e que essa fase do desenvolvimento precisou ser descoberta aqui das Crianças precisarão ser a descobertas como pessoas que que demandavam né Cuidados específicos diferente dos adultos é isso o outro autor que também tem esse e esse tipo de entendimento é Lloyd the Mouse é que escreveu esse livro aqui que
não há traduzido a história da infância né Oi e ele vai trazer Então espera um pouco mais Ampla que a torre é mas concordando com ahi ele fala que da antiguidade ao século 4 depois de Cristo infanticídio era muito comum né então quando a gente por exemplo lê na Bíblia que o rei herod Se não me engano era o rei Herodes tá se alguém aí que seja mais versado me corrija por favor se eu tiver errado quando vieram antes mandou matar todas as crianças para tentar matar é o possível sucessor dele no trono né é
ele me morder não foi suicídio morte de crianças eu acho que naquela época era relativamente comum cidade Romana era uma sociedade extremamente violenta aí o rei como representante de Deus na terra ele tinha poder de vida e morte sobre os seus súditos então isso para a gente pode ser um absurdo toma naquela época era era algo considerado comum né comum sentido a frequência né Não no sentido do valor do que deve ser tá a do século 4 ao século 13 ele coloca como sendo o maior do abandono é isso as crianças são adultos em miniatura
se sobreviverem bem se não sobreviverem Amém é praticamente essa lógica assim um certo desconhecimento dessa fase do desenvolvimento o século 14 ou 17 era a equivalência o que falência quando você tem assim é dois sentimentos opostos né amor e ódio e e esses dois sentimentos opostos ele se manifesta é porque nós estamos sujeitos divididos Consciente e inconsciente A então a relação que se construiu com a infância nessa época era uma relação de ambivalência né ou seja uma relação mais é pautada numa uma paixão pela permite dita sentimento enquanto uma paixão do que propriamente numa racionalidade
é a partir do século 18 começa a seguir que ele chama de um transmissão quando se começa a certa forma a tentar criar uma racionalidade né em torno da infância que até então não existia né o século 19 até meados do século a época da socialização é é isso perdura até hoje vocês pararem para pensar na atual pandemia de coronavírus né E covid-19 que a gente vive uma das preocupações principais com as crianças é o desce Dede socialização né então o que que vai acontecer a porque as crianças estão isoladas em casa contendo somente com
os pais quando muito né é enfim essa é uma preocupação que surgiu aí nessa época né e a partir de meados do século 20 se estabelece isso que se chama de apoio de Amparo né da infância como uma época uma fase do desenvolvimento pautada na vulnerabilidade na susceptibilidade genética que a infância tal como a gente conhece hoje é pela criança ela precisa de apoio é e ela é um ser desamparado é que precisa de Amparo de uma pessoa que cuide dizer essa função materna de cuidados e pé tudo isso é certa forma a construção século
20 tá Então apesar dessa abordagem é historiográfica né é de certa forma sempre ouvi né independente da das épocas históricas é é aspectos específicos biológicos e psíquicos da Criança e eu pretendo aqui me focar nos aspectos psíquicos tá é quando você cria o e o clima de vigilância sobre a criança né Eu não tô dizendo que você é ruim não tá tô dizendo que mas quando se criam um clima de vigilância de você saber o que você deve esperar das Crianças em determinadas fases e que se ela se atrasa um pouquinho você já fica com
uma pulga atrás da orelha quando você cria toda uma psicologia do desenvolvimento e essa Psicologia de desenvolvimento passa a pautar o que tem assim a normalidade e o que foge essa normalidade acaba sendo entendido como patologia você costuma ampliar muito mais esse espectro do patológico Oi e aí a entrando Mais especificamente nos aspectos Six Gum é eu já já comentei para já comentei com vocês isso existe um livro do René Spitz na ele foi publicado 65 do século passado que se chama o primeiro ano de vida e o que que o René Spitz Qual foi
a pesquisa que ele fez né a que Ele estudou aí no primeiro ano de vida dos bebês e percebeu que a partir do 2º mês de vida rosto humano passa assistir o meu preferido do bebê entre vários objetos né não que o rosto humano seja um diário mas em que Dentre os vários objectos disponíveis não é um mobile que tá em cima do gesso ursinho de pelúcia então a uma preferência pelo rosto humano tá é isso foi algo que ele ele recebeu e ele fez uma observação de dois ah ah é o primeiro eram bebês
privados da mãe criados coletivamente para enfermeiros no orfanato então eram bebês abandonados ou a bebês órfãos de pato né os pais haviam morrido e e nesse tô falando cada enfermeira cuidava de sete bebês então era uma uma gestão coletiva de bebês tá cada enfermeira cuidava de um grupo não havia uma relação então individualizada de cuidado certo e e e outro grupo era de bebês que não foram privados na mãe pelo menos não completamente a criados no presídio feminino a durante o uma duas horas por dia a esses bebês eram colocados na presença da mãe o
Enfim então a uma privação na relativa né Talvez ele acompanhou esses dois esses dois grupos Lembrando que ambos os grupos receberam alimentação e cuidados físicos adequados à é o que que ele percebeu então o que a separação precoce da mãe né a carência afetiva prejudica o desenvolvimento Global da criança se para gente hoje em dia pode ser senso comum né a mais em um 965 ainda não tava muito bem estabelecido ver ele percebeu isso que você quando não alma na figura é que venha prover os cuidados da Criança é isso prejudica tremendamente o desenvolvimento Global
dela tá Oi e aí ele cunhou o termo hospitalista Esse é o termo do Renê Spitz é e o que que o que que significa isso hospitalista né Ele percebeu que os bebês que eram privados né das mães no primeiro mês do separação o bebê se mostrava triste choroso e carente apegando-se a todos que dele se aproximavam né No segundo mês o bebê continuava triste porém com menos energia estabelecer apego aos outros não havia perda de apetite de peso e perturbações psicomotoras iniciavam aí algumas perturbações psicomotoras a partir do terceiro mês de separação então bebê
se mostrava ansioso e indiferente recusando qualquer contato se recusava também alimentos havia queda da imunidade Então os bebês adoeciam facilmente e um retardo psicomotor generalizado você já vi a perda da tonicidade no sentido os bebês uma conseguirem nem se sustentar minimamente sentados algum tipo de apoio esse e após o terceiro mês de separação ele percebeu enrijecimento da face olhar ausente Beber Não sorria não gritava e chorava ele tinha gemidos enquanto repetia movimentos estereotipados a isso sobretudo aquele primeiro grupo e então ele ele estabeleceu essa relação né Ele percebeu que é como nós somos seres relacionais
e isso desde o segundo mês de vida com essa preferência né É do bebê a pelo rosto humano dentre vários objetos à sua disposição num determinado ambiente ou seja isso fala de uma certa predisposição relacional né Na espécie humana quando essa relação de cuidado mede de amor não se estabelecia a o bebê se vira morrer né Edna missão como ele observou vários casos tá então nós somos seres relacionais no sentido de dependermos né o outro do Cuidado tanto quanto nós dependemos de alimento hum eh então a gente depende é do afeto e do amor tal
como dependemos do do alimento tanto que a gente já discutiu enfim um pouquinho na primeira parte da disciplina né esses casos e sem dos meninos selvagens né que eram criados o seu lado e tal e que não desenvolviam habilidades humanas linguagem afetiva cê tá o que que eram muito pouco tempo né todos eles então é isso fala de um é um certo é o suíço mina é o desenvolvimento Global dos seres I am Oi e aí nesses primeiros 18 meses então que existe os meus 18 meses de vida né A de um bebê existe uma
fusão uma fusão que é necessária a uma fusão entre mãe-bebê no sentido de que é no ar muito claro né É para beber onde termina o corpo dele começa o da mãe não é o enfim é como se fosse um estado funcional mesmo que é algo necessário é pelo menos nessa fase é para a própria sobrevivência como René Spitz percebeu ano sobretudo estudando o primeiro ano de vida é porque a mãe quando eu falo mãe eu tô falando de uma função função rock aí é um caráter invariável né então por exemplo é a função materna
é de quem cuida então se você não tem lá na aritmética no fdx a função é invariável é quem cuida o X é a variável então pode ser a mãe biológica pode ser o pai pode ser a tia pode ser o importante é que aquela criança tem alguém que exista essa função materna o DOC certo agora quem é que vai assumir esse lugar de variável no Exercício dessa função aí é Oi livre narração então eu que você conta o quê que a enfermeira que cuidava de sete crianças a primeira capital essencial à função materna ou
paterna É mas não era individualizada né bom então é é mais você pensar em mãe de gêmeos por exemplo eu entendi que você falou mas aí no caso de mãe de gêmeas também não é individuais nada né Não tanto que o caso que eu vou trazer hoje para vocês é de é de gêmeos né vou trazer o caso desse livro aqui e o Finn cuja a mãe tinha uma dificuldade em lidar com os filhos é não não quis isso eu faço colocar sempre tá não é nada disso mas assim é a essa essa questão mesmo
tudo fica um gênio é um a Constituição de uma fantasia de que um deles recebeu mais amor outro menos né desde Esaú e Jacó né e esse beijo da gente tem há relatos na literatura é de Gêmeos e da como é que essa disputa enfim e sobretudo quando são os gêmeos univitelinos né quando eles são e quase 16 são iguais porque que recebem atenções e cuidados diferentes não é uma questão aí ó Ah pois bem bom então a um dos primeiros 18 meses a essa fusão porque a gente nasce prematuro também já falei lá é
momento a gente nasce prematuro biologicamente né E afetivamente então a gente precisa é de um outro ser humano que cuide de nós não seja que fale por nós Até que a gente aprenda a falar né a gente não tá se falando então alguém tem que falar por nós e tentar interpretar o que a gente pede né porque a gente não beber é uma mãe não sabe o que ele tá pedindo ela precisa interpretar esse pedido né E ela vai interpretar a luz da experiência de vida dela né É então a gente já está imerso na
linguagem desde que nasci as relações entre mãe-bebê nunca são é sem a mediação da linguagem sempre passa por esse viet nam Oi e a gente nasce desamparada um desamparo né O que que é o desamparo é dependência relacional do bebê para com o outro é o grande outro é indica análise é quem exerce tem carna a função materna que enfim que são os cuidados afetivos tá então a essa essa dependência nesse primeiro momento da nossa vida todo mundo passou por isso tá é e quem não passou em que têm problemas né ou quem permanece nessa
relação fusional é que tem problemas né a sanidade Mental é justamente quando ocorre a separação né mãe bebê desse estado funcional certo Ah pois bem é Oi e essa separação ela ela não se dá sem angústia quem é é uma psicanalista chamada pira Langer escreveu esse artigo te desejo porque filho né E também é citado no livro A didático eu sugeria 16 ela fala de Desejo de maternidade desejo de ter um filho ela fala que essas duas coisas são diferentes e que vão gerar angústias também Diferentes né porque o que que é angústia o desejo
de maternidade é o desejo maternidade ciclo ela está relacionado ao aspecto narcísico dos pais que desejam filhos Clones de si mesmos né então se você deseja é se reproduzir né ah se clonar Eco termo e atualmente em voga né se você quer alguém que que siga não é uma linhagem que você começou e aí que dê continuidade né é a uma certa a um certo estilo de vida que você julga cedo O correto é quando quando não há essa liberdade né com relação ao filho quando essa fusão aí continua de certa forma colocada é é
muito mais difícil separar né E aí ela coloca a questão desejo de ter um filho velho o que que seria o desejo de ter um filho é diferente o desejo de ser mãe né A e o desejo de ter um filho implicaria renúncia narcísica dos Pais em prol das singularidades dos filhos é é a mãe saber que esse cerco saiu o corpo dela e que certa forma no primeiro momento é uma extensão do próprio corpo dela é em algum momento necessita seguir no caminho que a singular Ou seja que é dele é preciso haver essa
essa separação para que haja essa separação é preciso haver essa renúncia na física é é enfim eu me lembro só para dar um exemplo assim que me ver a cabeça agora é para esse exemplo mas na época do Caetano tava fazendo 50 anos negue publicou o livro verdade tropicais Caetano Veloso tá gente cantor quando ele tava fazendo 50 anos Ele publicou um livro e tal e deu várias entrevistas e e ele tinha o acabado de ser pai né dos filhos que ele teve a Paula Lavigne e num determinado momento ele falou Olha os meus filhos
Eles vão vão ser o que quiserem quando crescerem não é porque perguntaram a ele cinco se ele é de certa forma o que é que os filhos trabalhassem com música tal como ele colônia tá com medo e a tia né Maria Bethânia e aí falou assim olha eles vão ser o que eles quiserem de fato os filhos é acabaram sendo músicos né então eles fizeram recentemente o recital uma live e tal mas os filhos deles são evangélicos os dois filhos que ele teve com a Paula Lavigne e diz o Caetano que eles foram de certa
forma é e seduzidos pela babá né no sentido de se tornarem religiosos que é antítese né do que o Caetano acredita é o Caetano xingando o cara dos orixás Asus né mas eu tô eu tô demonstrando isso para vocês perceber aqui mesmo seguindo a mesma carreira do pai a ou elemento de cinco qualidades nele né que difere né que fala de algo que é diferente né de algo que é deles e que de certa forma não foi transmitido pelos pais né mas sim pelos acasos né dos encontros a que a vida proporciona ao logo ao
longo do nosso desenvolvimento a se alguém queria falar alguma coisa o Rogério eu gostaria de fazer um comentário dia cheguei a um tempinho é esse desejo de maternidade ele pode ser verificado Por exemplo quando os pais impõem seus ideais de eu né os seus ideais para os filhos a é exatamente Oi e aí muitas vezes sufoca né é a vida se torna irrespirável e tem um filme Sociedade dos Poetas Mortos tem justamente sobre isso é o filme da tarde já avisamos 90 Mas é bom porque mostra isso que é o é essa sensação de não
conseguir respirar né porque do que é viver sob o peso de um ideal É sim a mãe e ainda é um desejo que ficar muito patente né na adolescência quando sujeito revive seus conflitos bélicos e eu tô filme né já que você citou uma Cisne Negro a libra também também Cisne Negro belíssimo e mais recente né talvez mais empolgante também é mas é isso aí bom obrigada professor não quis bom então a e a nesse processo de separação entra em jogo a O que Freud chamou de f*** separação mãe bebê tá entra em jogo isso
que o Freud chamou de for dar né que são termos em alemão a porta ele ele observou o próprio neto é neste momento por volta dos 18 meses estava brincando com o carretel de linha e e o que que ele percebeu que o Ao jogar o carretel de linha para longe e o carro até o sumido campo de visão dele do bebê e vocês sabem que o bebê não tem conservação de objeto Então se o objeto foi para fora do campo de visão dele objeto desapareceu né não A Conservação sumiu escafedeu-se e ao Jogaram o
carretel de linha ele estava segurando a linha é como se fosse mesmo pescaria nela e se segura a vários joga a linha enfim mas aí ele segurou a linha jogava o carretel para longe gritava ó né Aí ele puxava linha o carretel reaparecia no campo de visão e ele falava então ó a o Freud interpretou como Ford e são dois termos em alemão que significam Belford é lá né e o da aqui né ou seja lá aqui ou seja lá aqui e ele percebeu essa brincadeira podia tá falando de angústia de separação do bebê da
mãe daí que o bebê reproduzir repetir essa brincadeira no sentido de elaborar essa angústia de separação né transformando então a sua dor em prazer né na verdade é a brincadeira é infantil e se o lúdico é justamente a transformação da dor em prazer né e e ele então percebeu né recebeu isso que a está presente nas crianças né e ele percebeu que por meio da simbolização da ausência materna BBC para se efetivamente da mãe a divina como ser independente dela porque o que que significa hora é e o que que é o símbolo o símbolo
é justamente a representação de uma coisa que está ausente Hum quando eu falo para vocês árvore vocês mentalizam né O que vem a ser a árvore Vocês não precisam estar diante de uma árvore para me atualizar ou para aprender isso que eu tô falando né pros percebeu que o bebê ele estava simbolizando a ausência da mãe a simbolização é de uma ausência Olha que interessante já que o símbolo é sempre a representação de algo que está ausente então ele percebeu que esse momento do Ford Car né dessa brincadeira é Onde o bebê tenta repetir essa
angústia de separação da mãe com determinado objeto que ele brinca e aí pode ser uma toalha né seja para que os bebês adoram né essa brincadeira de esconde-esconde você escolhe o rosto com uma toalha ou ímpar e a baixa né esconde de novo e abaixa ou seja para o bebê ele tá lá rindo então de certa forma tá é falando dessa angústia de separação né e da transformação disso é numa em algo lúdico né em algo da Ordem da brincadeira do prazer né então final de percebeu que que essa brincadeira é com esse dia junta
justamente pela entrada do bebê no mundo simbólico já que nós somos seres de símbolos Então essa brincadeira que e conhecido com essa entrada um simbólico tá com com a e quando a dizem um ser a separado da mãe ser de linguagem né o ser falante né é a gente só fala né por necessidade né É para endereçar um pedido alguém se esse alguém se antecipa aos nossos pedidos a gente não não precisa falar né É justamente porque a uma falta instaurada que a gente passa a falar é justamente porque a minha mãe não vai me
dar tudo é justamente porque eu me separei dela é justamente porque eu vi essa separação dessa fusão Inicial necessária é que eu preciso falar né E aí tem aquela marchinha de carnaval Quem não chora e tem não fala não mama né se você precisa verbalizar alguma coisa no sentido de você endereçar o seu pedido ao o que vai satisfazer isso que você tá pedindo tá então é é mais ou menos por aí ó bom e que isso isso que eu tô falando para vocês de modo bem simples é o que se chama de complexo de
castração é que fala da Constituição do sujeito então Lacan né Que que foi psicanalista francês fazendo uma releitura do froid ele é assinala que a mãe né E aí a mãe quanto função de quem cuida tá essa mãe ao desviar o olhar do seu bebê né então quando ela passa olhar outra coisa para além de Se Beber ela transmitia esse beber a sua falta ser demonstrando que seu desejo está para além dele né É aquele momento no qual a mãe deixa o bebê no berço Olha eu tenho que trabalhar um pouquinho né ou seja ela
tá desviando o olhar dele olhando para uma outra coisa que ela também deseja né É se faz com que é o bebê se diz complete como é objeto de desejo Supremo dessa mãe né quer dizer ele é um dos objetos de desejo dessa mãe mas não o objeto desejo exclusivo é o significa que que a sua mãe deseja algo para além dele então bebê ele não complementa mãe não há uma relação de complementaridade entre mãe e bebê né o bebê não Supre né todas as faltas dessa mãe digamos assim né porque essa mãe deseja também
algo para além dele como sim qualquer pessoa saudável né não vai se satisfazer com um objeto só né é que o objeto Supremo já te específico né a gente tem vários interesses vários e a desejos né pois bem então é assim que a indispensável fusão Inicial mãe-bebê se dissolve tá com desvio de se olhar e a gente tá falando de um olhar né porque o olhar ele tem valor de objeto pulsional né pro bebê é o olhar é diferente da Visão tá então o Lacan no seminário 11 ele vai falar que há uma cisão uma
né uma o corte né A visão é que algo da Ordem do Imaginário do campo perceptivo da atividade sensorial da atividade de órgão né e olhar o olhar é aquilo que está para além da Visão é que fala de um real né você gente um campo pulsional do campo da satisfação né o campo do Prazer isso aqui é o campo funcional né e a brincadeira do Forró da fala disse que o funcional da criança tentando via fantasia transformaram uma experiência ruim separação da mãe algo prazeroso é dominando é quando a criança domina então é a
separação né transforma separação em algo prazeroso bom então o olhar né fala desse Campo pulsional que tá tem a ver com a demanda que aquilo que você pede que você interessa o outro né Eu desejo que é o objeto que você é enfim se movimenta corre atrás né OK Oi e a pasta trazer coisas do livro tá do livro didático não é que fala também um pouco de forma um pouco mais tangencial de se olhar como objeto funcional né então o que que é o olhar né o olhar é aquele que define o pedido de
uma mãe quando por exemplo ela deixa o filho são os cuidados de outra pessoa e fala Olha e fala assim né Olha o meu filho até eu voltar é e nessa frase olha quanto o significado tem olha o meu filho até até um voltar falamos de um olhar que cuida né de olhar que percebe diferenças e necessidades Ou seja é um olhar que exerce essa função materna tá então a gente está falando de um olhar que tem um olhar de investimento né é praticamente o primeiro investimento que se faz sobre um beber o olhar né
ele sentir olhado é se sentir desejado é se sentir querido sentir Amado são praticamente sinônimos né bom então a ainda não é molhar como objeto pulsional a gente teria aí três momentos né no primeiro momento quando o bebê nasce ele necessita ser olhado por quem exerce a função materna né então é indispensável para sua saúde mental que ele tenha sido desejado é um bebê ele tem que ser desejado é quando o bebê não é desejado a gente tem alguns problemas né justamente porque não há a incidência de se olhar sobre ele né é quer dizer
esse bebê Ele Pode ocupar em vez do lugar de um objeto precioso média o casal seja hetero homo ou independente Mas em vez de ocupar esse lugar de objeto precioso ele ocupa o lugar do dejeto né o lugar da do lixo aquilo a ser dispensado da volta e se encontra a literalização disso a quando se encontra um bebê na lata do lixo literalmente isso ainda acontece infelizmente né e a notícia em telejornais a gente fica sabendo né se coloca dentro de uma caixa de sapato é um bom lugar né E por aí vai então esse
esse bebê ele ele é ele precisa ser desejado justamente para ocupar esse lugar de objeto precioso é de alguém que vai ali exercer essa função materna tá isso tanto para filhos biológicos para filhos adotivos então uma das questões aí a serem investigadas na no processo de adoção s.a. desejo né dos pais adotivos por esse filho né se é ou se é uma relação narcísica é é um bom então né altos entrada narcísica ou a desejo efetivamente né de cuidado é enfim tá no segundo momento então é o segundo momento começa no instante em que o
bebê se torna responsivo a esse olhar mostrando-se aberto a relação intersubjetiva mãe beber e se isso acontece já se descarta uma disfunção Como por exemplo o autismo então autismo é justamente né um desses transtornos a invasivos do desenvolvimento Nos quais essa esse jogo do olhar né que é um jogo de sedução entre mãe e bebê né a mãe que olha mãe que investe o bebê que responde né o bebê que tá aí mostrando que é tá gostando né Desse investimento afetivo no autismo isso não não acontece né o olhar sim passado né um pouco como
aquilo que o René Spitz percebeu a das crianças é privadas né da presença da mãe né é um olhar assim inexpressivo né olhar e se não comunica né enfim é um olhar que montar para além da visão a gente pode dizer que é o olhar que se reduz não é o campo perceptivo a atividade de órgão e tal mas não tenho né o enlace afetivo aí de costura essa relação tão necessária né a no primeiro momento da vida Oi e o terceiro momento a esse momento inicia-se quando o bebê reage a ausência do Olhar materno
que experimentou buscando ativamente ser olhado por outras pessoas substitutos da mãe chamando eles atenção então é a tia da escola né sim a babá é é a irmã o irmão é é quando o bebê aí já castrado o termo da psicanálise né Ou seja quando ele já experimentou a ausência do Olhar materno quando ele tá sabe que ele não complementa a mãe né que a mãe faltou se por sua vez ele também né então ele precisa buscar ativamente ser olhar por outras pessoas geralmente são as outras pessoas do Círculo familiar né é que é quando
o bebê começa a querer chamar atenção E aí aí chamar atenção biritando mordendo enfim é é o momento no qual ele se coloca como centro das atenções do Fred tinha uma expressão para falar desse momento ele ele chamava de Sua Majestade O bebê é um momento no qual o bebê assumir o reinado da casa né e praticamente tudo gira em torno dele é impressionante como com o filho da senhor pequenos você vive em função dele é a casa adquire uma dinâmica completamente diferente que tinha antes da chegada é esse esse bebê é um Ah pois
bem a bom então se esses três momentos ocorrem esse bebê terá os instrumentos psíquicos que lhe garantem No mínimo a capacidade de lutar porque seu lugar no mundo capacidade de luta que denominamos bases nas físicas constituídas né nessa questão narcisismo ela é fundamental no primeiro momento de vida é o problema é quando isso persiste né na idade adulta ser narcisista na idade adulta é um problema agora nos primeiros dois anos de vida é uma necessidade né e uma cana voltando a ao psicanalista Jacques Lacan ele denominou de estágio do estádio do espelho justamente o que
vem a ser a Constituição do eu né porque sem Isso se chama de Eu a gente viu já é aparelho psíquico tanto isso é fruto da construção é o que se dá a partir de uma relação de interação mãe-bebê né É não é algo inato a gente fiz a construir né o eu tá É ele percebeu que entre os 6 e os 18 meses de vida ao momento de jubilo julgue não é quando você tem orgulho né um enfim é uma espécie de sensação assim muito boa né no qual o bebê reconhece sua própria imagem
no espelho é isso fala de uma peculiaridade da espécie humana Já que no Reino Animal não há reconhecimento a si próprio no espelho né então é é um momento claro que você vai variar e beber para beber ocorre entre 6 e 18 meses mas é o momento no qual ele se reconhece aí ele tem aquele aquele júbilo né aquela sensação boa assim fim né nasci nasci como eu né Eu sou um ser independente do outro né eu tenho uma constituição que é própria é não estou mais nesse estado funcional que é o momento no qual
se passa da experiência do corpo Despedaçado que quando a gente é muito pequeno assim primeiros meses a gente não tem essa sensação ainda da integralidade do próprio corpo né é a gente tem que adquirir isso e na própria relação entre mãe-bebê por exemplo vocês já devem se você já deve ter cuidado de bebês mas é quando você tá passando a mão na barriga e nomeando nos braços é os passinhos a barriga as perninhas a cabeça você tá de certa forma transmitindo a esse bebê a possibilidade de lhe fazer essa hein é essa preensão da sua
própria autoimagem corporal é como algo integral e não ter passado né É digamos que esse momento diante do espelho é o momento de integração disso que antes era Despedaçado e em algumas patologias como por exemplo na esquizofrenia é você tem essa vivência do corpo Despedaçado e alguns de milhos né Sem anestésicos relacionados ao próprio corpo é então literalmente a pessoa acredita que engoliu a própria laringe esôfago que não tem mais coração o que colocar o coração de pedra o quê então eu faria muito né o conteúdo desses pênis mas é sempre uma crença com relação
ao próprio corpo né que traz de volta essa vivência do corpo Despedaçado que o indivíduo não superou né e não superou justamente porque ele não teve essa apreensão da integralidade da autoimagem corporal tá ou seja não houve essa Constituição do eu né que é indispensável para a saúde mental tá é da mesma forma a gente vê outros fenômenos que falam dessa fenômenos patológicos que falam dessa deturpação da autoimagem corporal como nos casos de anorexia né é onde o indivíduo anorexia nervosa né aonde um devido o mais magro que esteja quando ele se olha no espelho
desse de gordo né bom então é poder ouvir aí a um certo déficit nessa Claro que não é o mesmo da esquizofrenia né mas há um certo déficit na apreensão da própria autoimagem corporal né quando o indivíduo é quando essa discrepância entre né A forma como ele se percebe e EA forma como eles idealiza é um é a Então nesse momento o sujeito assume uma identidade alienante né porque a identidade É meia-noite porque fala de uma alienação a esse outro que exerce a função de cuidados né é e que tá articulada o outro parental geralmente
é os pais né mas não necessariamente mas a e articulada outro dos cuidados pode seus pais ou não né então é porque são eles que vão nos transmitir né é alguns significantes algumas palavras de certa forma que vão nos definir né é enfim esse momento de alienação aí ele é ele é necessário né mas permanecer na ilha-nação é complicado né E pode se tornar até patológico é aquele certa forma uma separação é essa essa série aí é alienante indispensável para nossa sobrevivência e é a Então tudo isso que eu tô que tô aqui me referindo
fala da entrada no mundo simbólico já que nós somos seres de símbolo né de linguagem de palavra então é quando a mensagem corporal irá se tornar linguagem verbal na medida em que a criança ingressa em um mundo simbólico a busca de ser olhado por uma pessoa que Ele atende irá se transformar na busca de um lugar social então falamos da busca de valorização e reconhecimento tá essa isso que que foi impresso em germe lá na infância nas investimento desejante na criança olhar né a criança com esse investimento desejante Isso vai ser vai estar presente até
o final da vida é nessa busca de reconhecimento era que é justamente o quê e é nos torna seres simbólicos né de sermos reconhecidos pelo outro que não é mais o outro familiar né o outro parental nós passa a ser o outro social né em alma uma certa equivalência e da forma é a gente busca ser reconhecido pelo outro social da forma como fomos reconhecidos pelo outro familiar e outro parental daí é importância né do investimento na criança é fica para que ela é tem aí base simbólicas sólidas para que possa é se colocar no
mundo é tá se colocar como como um ser que buscar um certo lugar tá um lugar aí que fala de um reconhecimento é é de uma relação que subjetiva tá então isso a gente não é a gente não perde Luca AM o índice canalize né a gente fala que a criança é o sintoma dos pais então é um sintoma da da estrutura conjugal né dos pais como eles se relacionam entre si ia vim sua nota sobre a criança de 69 Lacan sinal aqui o sintoma da criança se encontra no lugar de responder ao que há
de sintomático na estrutura familiar então a criança ela pode representar a verdade do casal parental ou a fantasia da mãe nesse caso aqui o trouxe um exemplo caso mina né que eu falei para vocês desse livro A criança e nós tá Sônia Campos Magalhães é uma psicanalista lá de Salvador tá é é é o caso de uma criança que está de certa forma capturado aí pela fantasia da mãe minha mãe teve filhos gémeos né E vamos passar então ao caso e depois a gente abre para as discussões só Ah pois bem é o caso menina
então né ah é uma menina de 5 anos ao nascer com apenas sete meses de gestação e ela não vem sozinha com ela chega também um irmão E é assim que seus pais que já tem uma filha de três anos se deparam para confirmação da surpresa que os tinha tomado um mês antes ao saberem que chegariam gêmeos Ah e ainda respeito dessa questão é ainda respeito desta questão e o casal vai falar quando cinco anos depois me é feito o pedido de tratamento para essa segunda filha a então menina tem cinco anos né quando é
feito o pedido de análise pelos pais e nesse caso a irmã mais velha tem oito e o irmão a mesma idade que ela obviamente já que eles são gêmeos E aí E aí e a mãe se sente muito aflita ela disse que fica sufocada sem ar quando pensa na situação em que esta menina a Coloca ela relata que a filha nem mesmo sabem brincar e o que mais a irrita a ela mãe é a procura que a criança atende seu olhar é como se ela ficasse o tempo todo não só a exigir a sua atenção
como também que o olhar de sua mãe acompanhe o filme pare né algo aí daqueles três momentos aos pais eu me referi há pouco que não se estabeleceu né que a gente também te buscar ser olhar e por outras pessoas que são substituídas da mãe a esta forma de se sentir exigida pela filha tira o fôlego da mãe e ela vai então se lembrar de que aos 6 meses de gestação apesar de não ter engordado muito nem ter ficado com a barriga muito grande e começou a sentir o que lhe parecia ser uma sensação de
opressão como se algo estranho estivesse acontecendo consigo a dirigir o seu médico pedindo que descobrisse o que havia e insistiu no pedido pois médico achava que tudo ia bem em qual a ultrassonografia é constatada a vinda de gêmeos é um mês depois ainda no sétimo mês da gravidez nascem as duas crianças e a sensação de desconforto continua diz a mãe o que é um sufoco ter dois filhos de uma vez só e o pai vai falar da o pai também vai falar da filha como de alguém que exige dele o tempo todo o segundo ele
muitas vezes ela é agressiva perde o controle e chama atenção de todos na família pela agressividade que revela Sobretudo com a mãe E é verdade que com ele o pai é diferente ela é carinhosa e o escuta mas está sempre ansiosa querendo tudo ao mesmo tempo e quando a criança tem me diz que não sabe fazer as coisas direito e olha em torno senta senta desenhar faz traços garatujos pedaços de desenhos esses bossam e são postos de lado com não prestou está feio e diz que não sabe desenhar quem sabe é o pai e tem
até um lugar em casa para desenhar e fazer Quadros em suas primeiras tentativas para falar em sua questão estão marcadas por não prestou e ela risca borra rasga joga fora e às vezes ela faz desaparecer as pontas das canetas ao riscar ou bater por força no tampo da mesa e nas folhas de papel que até se rasgam as vezes dirige-se ao banheiro e volta com papel molhado e tenta limpar a mesa coberta de traços a cantarolar uma canção se repete muitas vezes era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada e começa a
falar e diz que é bom ir para o lugar sozinha sem o irmão sem a irmã e reivindicam o lugar mas descobre que ali também a outros e ela quer saber quem são tu quer ver o que suponha Verde outro descobre que pode dizer que pode desenhar e passa a exigir ao sair e seus desenhos permaneçam onde é a luz coloca na sala no consultório né desespera-se ao voltar e não encontrá-los expostos é mas os encontra muitas vezes quer mostrar algo ao pai que a leva a sessões abre a porta e o chama na porta
entre aberta ela fica no pé dentro e outro fora balança e nesse movimento oscilante olha-me e pergunta posso ir mas vai ficando e vai fazendo suas descobertas quer saber se pode se sentir acolhida nesta família que não se preparar para sua vida nem para surpresa de um a mais E daí Porque se sente resto jogado fora Oi bom dia sua mãe pede para vir sozinha e ela me diz que continua preocupada com a criança e esta menina diz coisas estranhas e me diz algo que me horrorizou "é a fala da mina quando eu morrer aí
sim você vai chorar e a fala da Nina endereçada a mãe dela e" né a minha mãe retoma né tenho medo de que algo aconteça diz a mãe e se cala é assim que a questão do desejo é introduzida na mãe através da interpretação da criança no entanto se a criança toca no ponto de angústia a mãe disto nada pode dizer é a questão ainda é colocada na filha e o trabalho com a criança prossegue ela agora já sabe escrever seu nome e o Escreve muitas vezes escreve eu sou e o seu nome próprio no
caso mina e no terceiro momento a mãe vai voltar para dizer algo reticente e devagar ela lembra que um dia chegar em casa e se dera conta de que sua segunda filha não estava tinha ido para a casa dos Avós e observou então a diferença da casa com ausência da criança e percebeu que poderia tranquila dirigir-se para o seu quarto e cuidar de si e descobriu também que experimentar uma sensação de conforto e alívio E referiu-se então a vergonha que sentia ao falar disto este horror e agora elas implicava na questão ao deparar-se com a
fantasia que a filha e apontar era a criança continua o seu trabalho ela me diz que aprendeu a escrever outro nome mamãe se escreve com todas as letras mamãe em seguida seu próprio nome e eu leio o que ela escreveu para que ela mesma ouça leio mamãe Nina e continuo é junto perguntou eu ela me olha toma folha e com firmeza e introduz entre um e outro nome uma pontuação: mamãe: mina bom e foi assim que ao escolher um título para este trabalho pensei neste que aponta o que a criança fizer era mostrando o momento
em que um sujeito surge como produto de uma operação o sujeito que emerge tal como nós brincadeiras de criança e o sujeito antes oculto escondido Espera um momento a hora de aparecer eu posso ir a mamãe posso ir mamãe: posso ir o que eu quis trazer aqui para vocês é o seguinte aqui nesse primeiro momento primeiros momentos de vida quer sobre enfim é o que é psicanálise tem ofertar eu acho que demais assim importante seria isso os melhores momentos dessa fusão é indispensável mas a separação também Quem é E aí você percebe no caso uma
filha que faz um apontamento para mãe né horas quando eu morrer aí sim você vai se importar comigo né alguma coisa assim de sentido quer dizer ela mesma conta para mãe o objeto dentro de dejeto que ela é perante a fantasia dessa própria mãe né é e perante Talvez uma fantasia inconsciente aí a de que ela estaria melhor na ausência da filha né É e quer dizer corta filha na tivesse presas nessa enquanto ela fosse esse objeto dejeto né a empresa uma certa fantasia da mãe de É sim a fantasia de morte né acho que
a gente tem que falar com o todas as letras aí o que tava acontecendo E que provavelmente para essa Mãe essa fantasia era é algo extremamente doloroso que permanecerá recalcada né e E então retirado da consciência jogada por inconsciente né e qual era o sintoma sintoma era tratar essa criança como objeto né e como algo não desejado como algo a relação dessa mãe peça filha era uma relação problemática nesse sentido não havia esse investimento do olhar a tanto quero que a filha demandava dela ser olhada né I e II bom E como que isso pode
ser mudado né como que isso é é algo reversível né e a partir do enfiar a partir desse mamãe posso ir a Age veio alguma outra coisa aí que já era já era algo diferente né do que aquela criança O que representava o deserto aí é algo não quis tu algo que não era bem-vindo né a própria mãe fala há algo errado comigo vai no médico o médico fala não tá tudo certo faz um ultrassom são gêmeos E no mês seguinte ela tem um impacto no sétimo meses os principados bom né filha o percebe né
ou será algo aí fique o que comparece na antecipação desse parto e no tratamento que se dá é a essa filha não quista né então você tem uma filha mais velha você tem um casal de gêmeos o filho né fala assim muito pouco aqui no caso mas muito provavelmente adquirir um lugar de objeto precioso né e a filha adquirir esse lugar de objeto objeto para esse casal parental EA filha então se comportava como tal é como sintoma da fantasia dessa mãe a não separação entre mãe e bebê a se a gente pegar a oposição clássica
que existe entre duas estruturas para a psicanálise que são neurose EA psicose Esse é um final neurose e seria o que a gente conhece normalidade de vamos assim né é o sujeito que faz laço social que entra na cultura na civilização e compartilha de códigos comuns né então seria a neurose haveria separação mãe bebê então a gente falou aqui é do processo desenvolvimental neurótico né quando há essa separação quando não há essa separação entre mãe-bebê quando continua no estado funcional aí a gente tá falando da Psicose que é o que se aproxima do que se
convencionou chamar de loucura né então São pessoas que e de certa forma tão fora do laço social Por que não compartilham dos códigos comuns assim Delírio que é uma produção da Psicose né é uma crença uma convicção de mirante em alguma perseguição etc é é a construção de um homem só né não é não é compartilhado com outros e tal então É da esquizofrenia sendo uma Psicose fala dessa não separação entre mãe-bebê desse estado funcional né eu presento é isso já já tem mais de 20 anos aí quando eu tava ainda no estágio a gente
estágio Clínico Na graduação eu atendi uma adolescente sicótico né Esse rapaz ele é Eu tentava promover essa separação que não aconteceu né é de forma artificial digamos assim conversando com a mãe dele é tô conversando com a mãe dele e enfim entrevistas nas quais ela ela ia sozinha ela me contava assim olha eu não sei se isso tem influência no estado atual do meu filho mas é quando ele era bebezinho e tal eu ficava amamentando ele 16 horas por dia da 14 e 16 horas por dia ora levando-se em conta que a isso que ela
tá me falando é a realidade psíquica dela que pode não coincidir com a realidade objetiva mas ela tava me dizendo que ela tinha uma relação fusional a velha quer dizer que ela não olhava para além daquele bebê e que aquele bebê de certa forma a complementava tanto que ela ficava com ele né Muito tempo mesmo que não seja literalmente às dezoito horas por dia mas ela passava boa parte do dia com ele então isso fala de da transformação desse desse bebê a no objeto de desejo né único exclusivo Supremo é que vem complementar essa mãe
né E isso de certa forma impede que esse sujeito é Adivinha como ser independente dela bom então na esquizofrenia por ser uma Psicose não é essa separação entre entre entre mãe e bebê