Você sabe qual o propósito de Deus para sua vida? Saudações a todos, mais um vídeo do canal Vai na Bíblia, e hoje vamos falar sobre chamado e dons motivacionais. Mesmo antes de existirmos, Deus já havia estabelecido um propósito específico para cada um de nós.
E durante nossas vidas, há um determinado momento em que Ele nos chama para viver este propósito. Através da pregação do Evangelho, nós, que estávamos separados de Deus e condenados ao inferno, somos convidados para a reconciliação e salvação que há em Jesus Cristo. Por isso e para isso fomos chamados.
Quando aceitamos esse convite, espiritualmente, nascemos de novo. Sendo assim, todo novo convertido é como uma criança, iniciando um processo de crescimento, até atingir a maturidade espiritual. E uma das características mais importantes desta nova vida é a total dependência de Deus.
Assim como um recém nascido depende do cuidado e da provisão dos pais, ao nascermos de novo, precisamos confiar que, em Deus e na sua Palavra, temos tudo o que é preciso. Mesmo assim, ainda será difícil discernir o certo do errado, pois a verdade bíblica substituirá aos poucos os conceitos errados que adquirimos durante toda nossa vida. Trata-se de um tempo onde, normalmente, teremos que renunciar muitas coisas.
Contudo, passar por essa fase é fundamental para se alcançar a maturidade. É o tempo em que desenvolvemos humildade, paciência, perseverança, fidelidade e, sobretudo, obediência. Principalmente, pelo fato de que poucos reconhecerão o valor daquilo que estamos fazendo.
É o que a Bíblia ensina sobre ser fiel no pouco para ser colocado sobre o muito. Foi assim com os grandes homens de Deus. José, por exemplo, antes de governar o Egito, passou anos cuidando da administração de uma casa e de uma prisão, quando ainda era escravo e prisioneiro.
Moisés, mesmo já sendo sábio e poderoso, passou quarenta anos no deserto apascentando ovelhas, antes de libertar o povo da escravidão e conduzi-los à Terra Prometida. E Davi, que antes de se tornar rei em Israel, liderou e cuidou de homens endividados, que não tinham nada de valor para lhe oferecer em troca. Todos eles puderam identificar e desenvolver o dom que receberam de Deus, antes de atuar no chamado.
E em nossas vidas, guardadas as devidas proporções, Deus faz da mesma forma. Com o tempo, todo aquele que está em Cristo, perceberá que recebeu de Deus um dom, que fluirá de forma natural, através da ação do Espírito Santo. E apesar de nos depararmos com diferentes listas de dons ao longo do Novo Testamento, sejam eles espirituais ou ministeriais, é no livro de Romanos, que encontramos os dons responsáveis por impulsionar nosso chamado, conhecidos como dons motivacionais.
São sete. O primeiro deles é o dom de profecia. Que consiste na capacitação dada por Deus para revelar sua direção e seus propósitos.
É o dom que identifica o erro, alerta sobre suas consequências e traz o direcionamento correto. Edifica, exorta e consola. A testificação de que temos esse dom, pode tanto estar na constância com que recebemos a direção de Deus para entregar determinada mensagem, quanto no resultado causado por essa instrução, quando a mesma é colocada em prática.
Quem atua no dom de profecia, não pode deixar com que sua eloquência ou sabedoria se tornem motivo de orgulho. E deve sempre se lembrar que o poder de persuasão não está em seus próprios métodos, mas na ação sobrenatural do Espírito Santo. O segundo é o dom de serviço.
Trata-se da habilidade em dar atenção e suprir as necessidades da igreja. Concentra seus esforços em tarefas organizacionais, no cuidado com as pessoas e na assistência às famílias. O que testifica o dom é a alegria ao executar tais tarefas, a facilidade para descobrir necessidades das pessoas e da igreja, e a percepção de que, na maioria das vezes, se fez exatamente, o que precisava ser feito.
Quem atua no dom não deve se vangloriar de suas obras, e muito menos, ficar ressentido com falta de reconhecimento. Um outro cuidado importante a ser tomado, é o de não ignorar a necessidade de leitura e estudo da Palavra. O terceiro é o dom de ensino.
Que consiste na habilidade em pesquisar, organizar e ensinar a Palavra de Deus de forma clara, didática e compreensível. Explicando o seu significado, seu contexto e, principalmente, sua aplicação na vida das pessoas. Duas situações podem testificar este dom: a primeira é conseguir explicar algo com certa facilidade, mesmo quando se teve dificuldade em aprender; e a segunda, é perceber a ação de Deus em todo o processo, desde a fase de preparação e estudo, até o momento do ensino.
Quem atua neste dom precisa ter cuidado para não se orgulhar do seu conhecimento e nem achar que já sabe o suficiente. Também não deve se sentir intimidado ao ser contrariado ou confrontado em seu conhecimento. O quarto, encorajamento ou exortação.
É o dom que motiva e traz ânimo àqueles que estão passando por tribulações. Os que possuem este dom conseguem conduzir pacientemente as pessoas através das dificuldades, para que amadureçam espiritualmente, ao invés de desistirem. Algumas das evidências de que temos este dom são: o forte desejo em auxiliar pessoas em adversidades; a alta disposição para um relacionamento individual e mais próximo; e ser constantemente procurado por pessoas em busca de aconselhamento.
Contudo, é preciso cuidado para não considerarmos o crescimento espiritual de uma pessoa, como mérito próprio, nem se sentir frustrado quando o mesmo não acontece. Também jamais deve se permitir que alguém se torne dependente de seus conselhos, e abandone a busca pessoal pela direção de Deus. O quinto é o dom de contribuição.
Trata-se da habilidade espiritual para identificar e suprir necessidades financeiras de pessoas, grupos ou instituições, que atuam na pregação e expansão do Evangelho. Normalmente, quem possui esse dom, não contribui por constrangimento ou para ser reconhecido, mas o faz de forma espontânea e reservada. Se sente movido a contribuir, não com o que sobra, mas com valores e bens que lhe seriam de grande utilidade.
Quem atua no dom, deve ter o cuidado para não ser guiado pela emoção. Precisa buscar sabedoria em Deus para discernir reais necessidades. Afinal, nem sempre quem está passando por adversidades, precisa de recursos financeiros.
O sexto é o dom de liderança. Consiste na habilidade em coordenar, administrar e auxiliar um grupo a perceber e realizar um propósito de Deus. Consegue mobilizar e motivar as pessoas a alcançar determinado objetivo através do trabalho em equipe.
As evidências de que possuímos este dom são: a capacidade com que percebermos necessidades organizacionais e encontramos soluções; a facilidade com que reconhecemos qualidades nas pessoas e delegamos tarefas; e o fato de sermos naturalmente reconhecido como líderes. Quem possui esse dom, precisa ter o cuidado para não se aproveitar das pessoas em benefício próprio, e também, para não se considerar mais importante do que os outros, devido a sua capacidade de liderança. O sétimo é o dom de misericórdia.
E consiste na capacidade de expressar compaixão e interesse pelos sentimentos dos outros. Trata-se de alguém que proporciona apoio e conforto, para aqueles que estão passando por momentos de dor. Seja ela física ou emocional.
A testificação de que temos este dom é a alegria com que exercemos o ministério, a habilidade em sentirmos a dor do próximo e a naturalidade com que visitamos ou acompanhamos pessoas em hospitais, casas de recuperação, prisões ou funerais. Quem atua no dom, jamais deve exigir que outros tenham a mesma sensibilidade ou indignar-se com aqueles que parecem ser indiferentes ao sofrimento dos outros. Identificar qual é o nosso dom, definitivamente, não é uma tarefa fácil.
Pode parecer que temos mais do que um, ou nenhum, ou que precisamos de todos. Na maioria das vezes é preciso tempo e dedicação em vários dons, para perceber qual deles prevalece sobre os demais, e conta com a testificação do Espírito Santo. É óbvio que não iremos deixar de visitar pessoas em hospitais, aconselhar ou assumir posições de liderança, simplesmente porque "não possuímos o dom".
O dom é uma habilidade para exercer uma determinada função, e não um impedimento para exercer outras. Por vezes, seremos capacitados por Deus para atuar fora do nosso dom, mas ainda sim, dentro daquilo que Ele nos chamou para fazer. O chamado de Deus para nossas vidas, jamais será uma missão individual, dependendo apenas de um único dom.
Afinal, estamos ligados uns aos outros como membros do Corpo de Cristo. Contudo, identificar nosso dom, abre o caminho para conhecermos o chamado de Deus, nos faz compreender melhor a importância de pessoas que atuam em diferentes dons, e tira o peso que carregamos por não gostar ou não realizar bem determinadas funções. Toda recompensa eterna terá sempre com como base aquilo que faremos com o que nos foi confiado.
Não é pelo tempo de igreja, tamanho de ministério ou quantidade de vidas alcançadas. Mas pela dedicação em cumprir o propósito de Deus, a partir do momento em que fomos chamados. Vai na Bíblia fica por aqui, Se você gostou do vídeo, deixe o seu "like", se inscreva no canal.
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