Olá sejam todos todos e todas bem-vindos e bem-vindas a mais uma live do Senat Boa noite eu sou Adel estarei conduzindo essa Live aproveito já esse momento para que né vocês possam estar colocando no chat De onde vocês são né Qual a profissão de vocês pra gente ir se localizando aí de quem tá aqui participando da Live essa Live de número 74 que tem como título apoio matricial em Saúde Mental entre Caps e atenção básica a nossa convidada especial para conduzir o momento é a lar kfer que é psicóloga graduada pela Universidade Federal do Paraná
é mestre em Saúde Mental e atenção psicosocial pela Universidade Federal de Santa Catarina e atualmente é doutoranda do programa de pós-graduação em saúde coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina a Lara ela também atua como psicóloga Clínica no Caps infanto juvenil de Araucária no Paraná antes da Larissa iniciar a fala dela eu queria só passar dois recados importantes aqui para vocês O primeiro é em relação ao seminário que vai ter próxima semana né aqui do senate também pelo YouTube é um seminário online totalmente gratuito e com certificação e vai falar sobre saúde mental na atenção
básica E aí vai ser discutido em relação a a rede de cuidado em Saúde Mental a clínica da atenção psicossocial e o diagnóstico também na atenção básica vai ocorrer ocorrer nos dias 10 e 12 da próxima semana começando às 19 horas quem tiver interesse pode estar se inscrevendo através do link né que tá disponível aqui na descrição do vídeo o outro recado em relação às inscrições da pós-graduação da atenção primária eh de saúde mental na atenção primária à saúde né que tá com as inscrições abertas abertas é uma pós--graduação do Senat em parceria com aens
Peg totalmente online né 100% online ã com aulas síncronas né ao vivo ali com o professor né a gente tem um corpo docente que tem uma experiência né Muito boa na na área de saúde mental nas temáticas que estão ali dentro da Matriz do curso caso você perca né a aula ao vivo a gente também consegue colocar nessa aula gravada na plataforma para você consiga né assistir posteriormente ou até reprisar né mesmo assistindo no ao vivo o link também tá disponível aqui na descrição do vídeo caso você tenha interesse em estar fazendo essa sua inscrição
na pós-graduação é uma pós reconhecida também pelo MEC né certificado pelo assenso Peg com reconhecimento do MEC ã laressa seja bem-vinda fique à vontade a gente vai ter um momento de Hora deação de Live n sendo uns 45 50 minutos PR sua fala e a gente reserva O momento final para o pessoal mandando perguntas né então já instigo também a quem tá aqui assistindo mandar suas perguntas inquietações pelo chat para o final da Live a Larissa respondendo Lar bem-vinda muito obrigada pela apresentação obrigada também ao convite deer eh é um tema que que me é
me é bastante caro assim né Acho que tanto pela pela parte do estudo teórico mas principalmente pela prática porque é uma prática muito desafiante então preparar essa fala me me mobilizou a pensar nesses desafios também né da prática eh eu vou começar aqui falando então sobre na verdade minha apresentando um pouquinho eh mais da minha trajetória profissional para situada onde que eu falo né Eh então eu tenho essa essa formação acadêmica que tá indo pro por esse caminho assim que começou da na saúde mental e foi para agora paraa saúde coletiva então comecei estudando dispositivos
né da da atenção psicossocial e eh o processo conjunto do do meu estudo acadêmico e da prática quando quando eu comecei a a trabalhar na atenção primária me levaram pra saúde coletiva Então hoje tô na na epidemiologia estudando desigualdades em saúde eh e partiu disso de ter tido essa experiência na na atenção básica então trabalhei tanto em caps trabalhei em caps adulto em em Curitiba um Caps eh álcool e Outras Drogas depois eh Trabalhei na na atenção primária um tempo que para mim foi uma uma surpresa muito boa do quanto eu eu gostei de de
trabalhar com isso e agora retorno para atenção psicossocial no num CAPS Infantil então tive bem recentemente nesses dois lugares da da rede né nessas duas acho que dá para falar duas pontas eh tanto da atenção social quanto da atenção primária e foi bem interessante de de visualizar de Partir desses dois lugares né Quais que eram também os os desafios e as potências do do trabalho naquele serviço e principalmente do bú do Trabalho em rede eh então entrando no tema do do matriciamento eh Nessa fala eu vou tentar percorrer então tentar apresentar né O que que
é o o matriciamento essa definição eh mas principalmente de situar isso dentro do do conjunto das práticas da da saúde coletiva dentro do SUS e da atenção psicossocial eh de processos de trabalho de ferramentas de dispositivos que a gente tem e da da rede que a gente tem também né e pensando bem no no que que isso significa na eh ali no no fazer da da prática né da produção da da Saúde da atenção psicossocial então o que que é o matriciamento matriciamento é uma ferramenta da saúde que ela é muito utilizada na saúde mental
então ela não é exclusiva da Saúde Mental eu acho até que que recentemente ela tem sido usada para eh outras outros especialidades assim outros outros Campos também então Eh saúde do idoso eh acho que principalmente na questão de linhas de cuidado e doenças crônicas o matriciamento tá aparecendo bastante como uma ferramenta importante para pensar o cuidado longitudinal que vem junto justamente nessa ideia de rede das redes de atenção que elas já estão estruturadas aí a um pouco mais de uma década eh mas que alguns dispositivos eles estão Eh agora só ou se desenvolvendo ou então
sendo botados em prática né então esse dispositivo do matriciamento ele é até bem anterior as redes de atenção Ele é da política nacional de humanização pnh essa foi uma política que ela teve em vigor eh talvez uns uns 10 anos aí mais ou menos 2004 não sei exatamente quando que que parou ali se foi final da da década de 2010 mas hoje em dia a gente tem naquela rede humaniza SUS se vocês pesquisarem no no Google vocês encontram esse site humaniza SUS que tem muitos relatos assim de experiências do SUS mas de produção como núcleo
técnico nos últimos anos não não tá tendo mais né Eh mas então tem esse esse documento aí mais antigo depois eu vou falar um pouquinho mais de de documentos que que eu recomendo eh de 2004 que que lançou alguns dispositivos né e a e o matriciamento que ali é chamado de apoio matricial equipe de referência é um deles então juntamente com isso tem dispositivo também da do projeto terapêutico singular e a classificação de risco e acolhimento eh então o matriciamento é uma eh é um dispositivo e ele tá relacionado a diretriz da clínica ampliada da
política nacional de humanização e mais de modo mais geral a princípio da integralidade do SUS que é a ideia de que o cuidado ele tem que ser eh integral porque a gente tá tratando pessoas a gente tá cuidando de pessoas eh sujeitos que são inteiros e que não tem eh sentido fragmentar o cuidado né que é o que às vezes acontece na super especialização então o definindo o matriciamento o que que é matriciamento é o suporte técnico que o equipe da atenção especializada nesse caso que a gente vai falar hoje da atenção psicossocial oferece a
equipe de referência do território do usuário ele se efetiva por meio de diferentes ferramentas como as interconsultas e os projetos terapêuticos singulares eh Então esse é apoio técnico e daí a gente tem já algumas ideias de como que a gente faz esse apoio como que a gente faz esse esse diálogo que eh se chama matriciamento justamente porque ele não se limita apenas uma consultoria né ou apenas a eh apenas uma uma pergunta um referenciamento mas ele é um um processo que é eh mais complexo que isso e tem uma uma via de de Mão Dupla
né eh no caso da atenção psicossocial é importante a gente perceber também que a gente tá falando do do da demanda de saúde mental da demanda de saúde mental na atenção primária e quem vai fazer esse referenciamento de especialidade não é simplesmente uma especialização em Saúde Mental é a atenção psicossocial que já direciona qual que vai ser a abordagem desse Cuidado então vou falar agora um pouquinho eh de quais que são os dispositivos da política nacional de humanização porque eles vão ser importantes para entender o matriciamento eh e mais importante do que isso de Ender
esse cuidado integral porque esses processos esses dispositivos eles não fazem sentido se eles não tivessem estiverem Aliados a Esse princípio que é um Norte de como vai ser o o cuidado e assistência no SUS né que nesse caso aqui É principalmente a integralidade Então a gente tem eh três dispositivos da pnh que eu acho que tem muito a ver com isso né que vou vou especificar mais agora que é o Projeto terapêutico singular o acolhimento e classificação de risco e a equipe de referência e apoio Matriz real que é literalmente o tema de hoje então
Começando aqui pelo projeto terapêutico singular ele é uma ferramenta para para a gestão do Cuidado que deve ser centrada no usuário suas necessidades eh e daí a gente fala de necessidade ou demanda e não de transtorno doença isso tem a ver com essa palavra aqui no no final né que é o singular Então essas três palavras são importantes o o projeto porque ele Oi pode falar desculpa interrompe rapidinho a tela do slide Não tá passando Ah tá hum deixa eu ver pera aí agora Mudou alguma coisa sim tá no PTS Ah tá eu vou vou
voltar tá voltando sim ah beleza Eh então só para vocês verem aqui que eu tive um Fiz todo um um design aqui de figurinhas Eh esses aqui então são os os dispositivos da da pnh que eu vou falar no PTS acolhimento classificação de risco e equipe de referência apoio matricial então aqui o o PTS né Eh então eu tava falando disso da eh da diferença né de você tratar necessidades e demandas e não de um transtorno ou uma doença eh então o o projeto ele dá essa ideia de que a gente tá falando não de
uma coisa única mas que a gente tá falando de de uma construção de algo que é mais complexo o terapêutico ele fala do Objetivo né Qual que é o o fim desse projeto e o singular ele valoriza que isso é centrado na na pessoa naquele sujeito eh então quando a gente fala de escolhe usar necessidade ou demanda e não de não transtorno doença a gente tá valorizando isso do do singular e do eh da subjetividade então que não é algo que pode ser destacado da pessoa né uma doença que tem uma uma classificação uma olia
própria mas a gente está falando de uma pessoa que vai ter necessidades ou demandas E para isso é importante a gente entender então qual que é a diferença entre queixa e demanda então a queixa ela pode se apresentar muitas vezes pela própria pessoa ou externamente eh acho que um exemplo bem bem clássico assim né e bem bem fácil de entender é da demanda de e da questão da clínica de álcool e Outras Drogas drogas né que acho que a a queixa mais óbvia vai ser eh bebo demais quero parar de beber eh uso droga quero
parar de usar droga Então isso aí a gente tá ali no no nível da queixa né Eh a gente tem na clínica com as crianças também a queixa que vem em nome de Em Nome de outra pessoa então a uma queixa comportamental muito dificilmente vai ser a criança que queixa Esse é a criança que vai ter a queixa Ah eu não tenho eh eu não aceito limites dificilmente vai vir uma uma criança endereçando isso né é uma queixa que vem da escola é uma queixa que vem da família eh E se a gente se prende
Às vezes a gente até supera o a ideia do do diagnóstico né e do transtorno mental doença mas às vezes a gente fica preso ainda na queixa né então se a gente fica preso na eh na queixa que é pode ser eh um comportamento que é indesejado um um sintoma que é causa sofrimento ou que incomoda outras pessoas a gente não olha para pra demanda e daí eu acho que necessidade talvez é uma palavra que pode até ser mais adequada do que eh do que demanda porque diz de de algo que o eh tem uma
funcionalidade Naí né Tem uma um motivo tem uma naquilo que que se produz de de sintoma seja isso de de comportamento seja isso de eh sintoma no corpo mesmo assim né no corpo ou ou no psiquismo eh então o sintoma ele entra nisso também né Eh Às vezes ele é muito colocado eh nessa identificação com a doença né então a doença é algo indesejado a saúde É é eliminar doença então o o lugar do do tratamento eh tirar o sintoma por que isso importante porque que isso porque isso vai dar o norte pro pro projeto
terapêutico Então se a gente eh enfoca ali uma uma queixa um um que a gente vai pode traduzir como um transtorno ou um sintoma que a gente pode nomear como um transtorno eh o norte do Projeto vai ser um né vai ser no caso do primeiro exemplo que eu dei do eh do abuso de substância vai ser Ah então o que é desejável é que se pare de beber é que se Pare de usar drogas vai ser esse o norte vai ser esse o objetivo se a gente consegue eh Isso não é um processo fácil
né isso bom é um processo isso não depende apenas da da nomeação da pessoa ou apenas da nossa leitura porque se fosse isso a gente não PR precisaria nem do do atendimento daquele serviço especializado né se a pessoa conseguisse extrair isso eh isoladamente ou se a gente conseguisse fazer uma uma Interpretação para além eh eh quer dizer independente da da pessoa mas esse processo a gente conseguir extrair né O que que é a necessidade o que que é demanda da queixa é algo que não é simples mas vai passar por entender Qual que é a
função daquele sintoma do daquele comportamento daqu aquilo que tá acontecendo que tá eh produzindo sofrimento para aquela pessoa então os objetivos eles são do do paciente do usuário né e não do profissional que o atende eh ou ou da família ou quem ou quem às vezes eh direciona né pro pro atendimento eh eu acho que isso vai ser comum nas nas três clínicas que a gente atende na atenção social que é pensando nas modalidades de caps né alco e Outras Drogas infantil e e transtorno mental até pensando na no nível de gravidade que às vezes
se associa com uma perda de autonomia do usuário então onde vão ter outros que vão falarem em nome dele vão eh vão colocar necessidades né que que não tem necessariamente a ver com eh O que que é a necessidade daquele usuário né e falando de necessidade num sentido eh também subjetivo do que que aquela pessoa precisa eh subjetivamente para para se manter existindo para produzir sentido para eh para conseguir ser um sujeito né e e o que é necessário para isso Eh vai precisar ser centrado nessa pessoa vai ser singular não vai depender de de
uma de uma nosologia da do transtorno mental ou ou ou do que do que é diagnosticado né conforme o que se apresenta eh e daí quando a gente fala de PTS a gente fala também de de território né Que recursos então Eh que existem para alcançar esses objetivos Eles não estão apenas no Serviços de Saúde Mas eles estão principalmente no território e daí que recursos são esses vai depender então do do território né então quando a gente fala de de até de de saúde coletiva e de saúde como um processo determinantes condicionantes de saúde a
gente tá falando disso também que eh O que é possível de se produzir de saúde depende não só de de recursos individuais ou que a gente tem como ferramentas clínicas mas de eh do que que a pessoa vai ter acesso de condições de vida mesmo assim em níveis diferentes em níveis de eh mais estruturais né de por exemplo eh de de gênero de raça de classe e de níveis mais Eh mais de condições de vidas mais locais né Qual o bairro que mora Se esse bairro tem eh as tem mobilidade urbana se esse bairro tem
calçada para você andar e você eh poder passear se tem um parque perto se tem eh armazém da família se tem acesso a alimentação se tem acesso ao saneamento básico você tem acesso à escola é então esses recursos mais macro e e recursos mais mais diretos também né de por exemplo Ah tem uma uma rede ali de eh serviço socio assistencial bem organizada eh tem possibilidade de grupo de convivência então o que que a rede oferece e recursos que a pessoa vai acionar da da sua comunidade que daí não tem eh também só a ver
com recursos do Estado né então por exemplo a família os amigos eh igreja outros grupos sociais que a pessoa possa frequentar tudo isso são recursos que eles podem ser mobilizados para pensar no na efetivação do projeto terapêutico singular e daí um caso ele pode ser um indivíduo ou pode ser um coletivo de pessoas como uma comunidade ou um serviço normalmente a gente pensa o PTS para um único sujeito mas pode ter contextos que faz sentido até pensar isso de de esse caso de que seja um um coletivo de pessoas né não seja apenas um indivíduo
então agora a gente vai pro próximo que é acolhimento e classificação de risco que é outro dispositivo que a gente vai usar bastante no matriciamento eh então ele tem a ver com o lugar do CAPS na rede de atenção psicossocial eh então a rede ela não funciona eh ela não funciona de forma fragmentada né os serviços não funcionam sozinhos e o caps inclusive e acho que isso é algo que a gente tem que tem que combater mesmo talvez no no Caps Dois eu acho que é o que é mais comum de acontecer até uma cronificação
não sei se tem algo a ver com até o período que a gente tá que a gente não tá eh há tantos anos assim afastado da da reforma psiquiátrica a gente ainda tem usuários que passaram por todo o processo de institucionalização eh mas eu ar risco dizer que a gente hoje em dia produz novas cronifica também então que não é difícil que o caps vire um servo eh de de permanência e não não é isso que é eh que é a proposta de uma de uma rede né e de um e de um serviço de
atenção psicossocial mas o caps ele é um serviço transitório Então essa característica importante para evitar essa essa cronificação e a institucionalização de pessoas eh que não é uma hospitalização Mas ainda é uma uma institucionalização então ter um ou outro diagnóstico não determina a inserção no Caps mas a avaliação deve ser feita para o caso como se encontra no momento que que isso significa uma pessoa ter um transtorno Psicótico não quer dizer que ela precise nesse momento ser atendida no Caps ela pode ter um um quadro Psicótico que está estabilizado Ela pode ter um eh uma
questão com com uso de substância que eh não traz um prejuízo psicossocial que faça com que seja necessário ela ser atendida num num Caps eh Então essa avaliação ela tem que ser feita do caso e e daí não apenas né aquilo lá do do sintoma em si mas que isso que que lugar que vocêo tem na vida da pessoa e que prejuízo psicossocial que isso traz então por isso que essa essa avaliação ela é é é complexa e ela não é única né então ela vai passar por eh entender a o modo de vida dessa
pessoa né as possibilidades de vida então primeiro lugar não tomar um padrão como ideal para daí a partir desse padrão dizer se tem prejuízo ou não né mas entender como que é a a funcionalidade o funcionamento dessa pessoa para fazer essa avaliação daí uma ferramenta que a gente tem para isso é a estratificação de risco em Saúde Mental ele não é um instrumento que é nacionalmente padronizado mas ele é utilizado de formas diferentes pelos municípios estados e eu acho que não tem todos os estados Mas a secretaria de saúde dos Estados produzem seus próprios instrumentos
né então a ideia da estratificação de risco não é da Saúde Mental também então acho que isso é inclusive mais comum em outras áreas né Principalmente urgência e emergência mas daí é um um instrumento que é que é emprestado paraa Saúde Mental para ter principalmente essa ideia de eh de níveis de atenção e pensando os níveis de atenção não necessariamente da complexidade porque os Casos eles vão ser complexos mas do tipo de eh de tecnologia e de de tipo de assistência que é prestada então um caso que vai precisar ser atendido na na na unidade
de saúde ou no Caps ou na emergência ele vai ter a ver com o quadro sim né Principalmente nesse caso do Risco mas ele vai ter a ver também com o que que o o serviço oferece de de recurso e bom ele é um instrumento eh eu acho que é não quero colocar como se é bom ou se é ruim acho que ele é um instrumento que é que é importante de se conhecer acho que ele eh não substitui o o raciocínio Clínico não substitui o a riqueza que se tem né no no atendimento mas
ele é um instrumento que existe que que acho que é importante ser conhecido depois eu vou vou mostrar eles inclusive eh junto com com algumas outras coisas e daí a gente chega no no último dispositivo que é o que é o O que é o tema central de hoje né que é a equipe de referência e apoio matricial eh então a vem esses é muito legal que esses dois conceitos venham juntos porque ele traz justamente essa ligação entre a equipe que tá ali no no no território cuidando do usuário e a equipe de apoio matricial
que pode também estar cuidando diretamente do usuário Então esse usuário pode est ali no Caps eh mas ela vai ser essa equipe de apoio então tem a ver com essa ideia do cap ser um serviço transitório e que quem tem a responsabilidade do paciente sempre é a atenção primária então o usuário nunca deixa de ser usuário da atenção primária porque ele tá sempre no território e essa é a riqueza né da da nossa rede do que a gente eh conseguiu conquistar do do Cuidado em liberdade do cuidado de base Comunitária é que sempre vai ter
no território então eh nunca vai se perder de vista que que esse usuário ele continua sendo da atenção primária seja para para paraa Saúde Mental para outras questões de saúde que ele vai continuar tendo também eh Então esse é um cuidado longitudinal é um Cuidado que ele vai acompanhar o o usuário todo o tempo que ele reside ali naquele território e daí isso tem tem a ver com os processos de organização as esencial eh que vão ter na atenção primária e e daí isso agora eu falo até da da da experiência mesmo acho que eu
tive oportunidade de est em unidades de saúde de equipe de atenção primária e de saúde da família eh e daí tá no Caps se relacionando com com unidades que tem essas modalidades diferentes também e e eu acho que fica muito Evidente a diferença que se dá na qualidade do trabalho eh e um dos pontos principais para isso é do quanto que você tá organizado de uma ou outra forma facilita ou não o vínculo E no caso da Saúde Mental o vínculo é o nosso principal instrumento de trabalho eh então a gente usa muito de de
nós mesmos né a gente não usa eh eh exames laboratoriais eh ex de imagem testes a gente usa a gente a gente usa a nossa escuta eh e e o vínculo ele é o que o que permite isso né o vínculo é o que faz com que uma intervenção tenha ou não tenha efeito tenha ou não tenha sentido e o a organização do de um modo de de assistência ela vai ter muito Impacto nisso né então a gente tem já faz aí alguns anos a gente tem estratégia de saúde da família que ela era até
pouco tempo atrás a a principal eh estratégia né estratégia orientadora e prioritária em 2017 teve a a reforma da atenção básica então a gente tem a política da atenção básica primeiro acho que é 2007 daí teve uma revisão 2011 que daí ali onde aparece o nasp também né vai vai refinando algumas coisas e a de 2017 ela representou um certo retrocesso no que se tava sendo colocado ali de princípios de de saúde coletiva eh e e disso da da priorização da Saúde da Família então foi eh foi se oficializado assim essa essa possibilidade da equipe
de atenção primária que é uma equipe que daí não segue esses moldes da saúde da família que é a de eh dividir em equipes menores né que conheçam o você divide o território você divide equipe e aquela equipe cuida daquele território menor então o usuário ele vai passar sempre com com com a mesma enfermeira com a mesma médica eh os agentes de saúde né E daí tem tem processos que que facilitam isso assim né que são garantidos que é por exemplo você ter as eh você ter as reuniões ali que você consegue discutir as ações
do território tem os grupos eh então isso Isso facilita muito o vínculo e E faz diferença na assistência que é prestada e daí faz sentido falar de equipe de referência porque daí se a gente fala de uma unidade de saúde que o usuário vai sempre passar com um profissional diferente daí nem sei se dá para falar de equipe de referência mesmo né então Eh parece que é uma uma política assim que ela ela funciona quando ela tá ligada aí com esse esse funcionamento da atenção primária também ali mais próximo da Saúde da Família e daí
o apoio matricial eh quando é colocado ali na política de humanização ele se pensa eh não necessariamente no Caps mas ali também o que depois vai ser criado ali do nasf né que são ali as especialidades que vão dando aquele apoio técnico Mas funciona muito bem para pra ideia de de depois ali de matriciamento também do CAPS e daí para isso é importante também que a gente conheça a nossa rede né eh não sei se existe um município que existe uma rps completa que exista eh serviço Residencial terapêutico que exista centro de convivência que exista
Caps em todas as modalidades eh eu desconheço se isso existe eu chutaria que não então é importante que a gente conheça a rede que a gente tem quais os recursos reais que a gente tem o que que a gente pode acionar e e daí a gente saber na prática mesmo né quem que vai se envolver no Cuidado daquele daquele usuário e quais que são as possibilidades para cada serviço Então faz muita diferença né se a gente tem um Caps que é três um Caps que é 24 horas que tem leito ou se a gente não
tem então muito de eh acionar serviço de maior nível de complexidade né ou de ou de pelo menos modalidade diferente né como como UPA até internação hospitalar pode ser evitado se a gente ten um Caps TR por exemplo eh então vínculo né como já falei com condução por cuidado e daí talvez eu podia ter feito essa diferenciamento antes mas eh tudo isso acho que desemboca numa mudança de compreensão pra gente começar a falar mais de cuidado do que de tratamento então o tratamento ele tá mais ligado essa essa noção né de de doença de transtorno
e o cuidado ele é voltado pra pessoa e ele não tem um uma um objetivo necessariamente uma perspectiva curativa porque talvez não seja nem disso que se trate né então a gente vai daí chegar em outras compreensões né de de redução de danos por exemplo não só pro pro campo do do apuso de substância mas eh acho que todo para todo Campo da atenção psicossocial também e daí tem esses dois conceitos né que estão tão muito ligados com com matriciamento também que é a transversalidade eh que daí tem muito a ver com a ideia da
da equipe e do trabalho multiprofissional que daí até transversal uma palavra que é mais escolhida porque para dar a ideia não de algo que é apenas uma soma de contribuições diferentes de conhecimentos diferentes mas de um atravessamento de algo que eh atravessa todos esses esses conhecimentos e Tod da técnica eh para para produzir algo que que que não é só a um recorte de cada coisa mas que que há uma produção de de algo integrado e a clínica ampliada que também uma ideia que vai surgindo ali na nessa época ali da da política nacional de
humanização eh que é sair desse foco assim de de apenas uma uma doença uma quecha um sintoma que tem que ser tratado mas de de pensar nas eh Nas condições de vida de tudo que ultrapassa o consultório e que vai na direção do do território e daí agora acho que para para como última parte né dessa fala Eh quero falar Então como que a gente efetiva o matriciamento Então a gente tem eh duas ferramentas assim principalmente que são descritas para para fazer acontecer o matriciamento que é a interconsulta que tem várias modalidades e que é
o PTS que é um dispositivo que que eu já já falei bastante né então começando pela interconsulta então o o mais básico do matriciamento é a a interconsulta paraa discussão ou construção do caso nessa modalidade a gente vai est reunido a equipe de referência e a equipe de apoio matricial eh ou às vezes é só um profissional às vezes são dois eh a equipe de referência idealmente nesse modelo de Saúde da Família participa toda a equipe de referência eh em unidade de saúde que eh a equipe de atenção primária dificilmente Isso vai acontecer né então
vai ser provavelmente ali vão ser algumas pessoas que vão conseguir participar mas aí a gente faz essa essa interconsulta para eh conversar sobre os casos seja para pensar eh referenciamento né referência ou contra referência seja para eh pensar no compartilhamento de cuidado e daí eu coloquei uma eh uma alternância aí né da ideia da discussão e da construção do caso então a discussão do caso ela vai acontecer com muita frequência eh seja para para trocar informações que às vezes tem um serviço tem informação outro serviço não tem a gente pode fazer essa troca Mas ela
é diferente da construção do caso eh então tu essas duas coisas vão acontecer né e elas têm lugar mas a a construção do caso ela vai ser necessária quando a gente vai pensar daí ali nesse outro essa outra ferramenta que é a do PTS que daí vai envolver um um processo diagnóstico que daí vai envolver um planejamento de um eh vai envolver um plano de cuidado então pra gente pensar isso a gente não pode ficar só na na discussão no sentido de só troca de informações a gente vai ter que chegar no ponto da construção
do caso eh eu vou falar mais um um pouquinho dela eh daqui a pouco porque eu quero daí entrar agora nesses outros que esses outros vão ser necessários para gente chegar na conção do caso então além da desse momento né de reunião em que as duas equipes se reúnem para para conversar tem também a consulta com conjunta que é quando a gente reúne o profissional da atenção primária com o profissional da atenção especializada para fazer um atendimento em conjunto E isso tem dois objetivos tem o objetivo assistencial eh e tem o objetivo pedagógico também então
é uma forma de eh de de se aprender você fazendo junto eh você e isso acontece na na construção do caso também mas no atendimento eh o profissional ali matrici ador ele não vai conseguir participar de todos os atendimentos né senão até perde o sentido do do matriciamento eh não vai ele atender todos os pacientes na atenção primária mas fazendo esses alguns atendimentos Talvez os casos mais complexos ou talvez de de um caso que eh seja de uma questão que se repita bastante isso tem uma uma qualidade formativa pro profissional da atenção primária que vai
ali pegando um modo de fazer um modo de de fazer um raciocínio Clínico que daí vai instrumentalizar esse profissional para fazer os seus atendimentos de saúde mental então um instrumento bem uma ferramenta bem importante também eh e daí a gente tem que ter um cuidado aí tanto na consulta conjunta quanto na discussão que o objetivo disso não é ampliar o olhar para coletar mais informações e para assim chegar numa eh numa compreensão que tem a ver com preciso de mais informação para chegar na verdade que vai ser esse o o diagnóstico eh tem mais a
ver com com a compreensão do caso né com ali a construção do caso do que com coletar informações do paciente eh e isso talvez pareça Óbvio Mas às vezes não é porque eu acho que existe um risco real de eh atendimentos assim virarem um interrogatório pro paciente Principalmente quando a gente chega em momentos de discussão de caso e vê conflito de informação eh quando a discussão de caso ela não é a construção né do que tá acontecendo que vai incluir elementos contraditórios mas ela como se fosse quase uma uma acaria do paciente Ah mas ele
falou isso para mim mas ele para mim ele falou diferente então o que será que é verdade então é eu acho que é um risco real que às vezes você tem de de cair nesse lado né daí a gente tem a visita domiciliar conjunta também que acho que no mesmo molde né na consulta conjunta quando a gente faz uma visita domiciliar seja porque o paciente não acessa o serviço e essa forma que que a gente tem de de ofertar o atendimento ou seja Porque é importante eh eh conhecer um pouco mais ali do da vida
eh mais concreta ali do desse usuário e o contato telefônico que que acho que é importante nomear que isso existe né não fingir que a gente não faz o nosso trabalho uma boa parte por hoje em dia bem menos telefone muito mais por WhatsApp pelo grupo de WhatsApp grupo de matriciamento acho que é importante a gente nomear isso até pra gente ter é claro Quais que são os contratos disso né para não eh não não virar um trabalho que eh não é prescrito que acontece mas que não é não é explicitado e dessa forma vira
um um trabalho fora do horário de trabalho ou um trabalho não reconhecido não remunerado mas é importante reconhecer que é algo que tá aí no nível de institucionalizado já né mas que tem que ter ali o o seu o seu tempo e os seus limites bem bem definidos mas que vai ser às vezes o o mais rápido para fazer um encaminhamento de urgência para tirar uma dúvida para passar uma informação mas aí sempre pensando nisso da da rapidez e da e da pontualidade né não é um espaço para para fazer grandes discussões de caso e
eh e e definições de de condutas e e reuniões mais complexas eh então agora falando né enfim da da construção do caso então a construção do caso diferente da discussão é quando a gente tenta eh congregar esses elementos e e não por uma busca de o que que é verdade o que que é mentira mas uma um um um esforço um exercício de compreensão de todos esses elementos que a gente falou até agora né então de quais que são eh qual qual que é a necessidade do paciente o que que o que que daquele sintoma
o que que daquele sofrimento que ele expressa eh diz dessas necessidades e desse modo a gente consegue entender o caso e não apenas saber se eh algo foi factualmente dito ou feito eh e e construir significado nosso né e sem sem ser pelo paciente mas a gente consegue eh congregar esses elementos que inclusive podem ser contraditórios e daí é a partir disso que a gente consegue montar um projeto terapêutico que eu acho que é um grande desafio assim que eh Sinceramente eu vejo acontecer muito pouco na na na prática que a gente conseguir montar mesmo
um PTS que seja de compartilhamento de cuidado que seja feito em conjunto eh e acho que isso tem muito a ver com processo né com condição de trabalho de eh na unidade básica de saúde serem eh né são são milhares de pacientes para para cada equipe de referência no Cap são dezenas de de usuários para cada técnico de referência então é é muito difícil fazer com qualidade montar um projeto teraputico eh mas tem uma mas ele chega numa nova qualidade né quando a gente consegue montar esse projeto terapêutico baseado numa construção de caso eh de
um trabalho que vem de de rede de de compartilhamento de cuidado que isso inclusive amplia redes e possibilidades então o projeto terapêutico ele vai ter eh essas etapas né vai ter do esse momento de de Diagnóstico ele vai ter das suas ferramentas para isso Eh vai ter de Plan ento vai ter ali depois de eh como se fosse né monitoramento e ele vai ter esse eh esse essa consequência de objetivos de de ampliação de vínculos de promoção de contratualidade eh que é talvez recuperar ou produzir novas formas eh de seja de relação seja de subjetivação
mesmo então não apenas eh nov noos lugares novos papéis que que essa pessoa possa desempenhar mas eh novas formas de ser que que daí vão ter eh que daí eu acho que puxa muito para isso do do singular né que não é apenas o que que a gente considera de de ideal ou de de funcional ou de produtivo mas que eh coloca ali a possibilidade de de outras formas de eh de se colocar no mundo e de e de construir sua própria identidade e subjetividade eh então nisso a gente fala assim do do cuidado de
uma forma geral né da atenção psicossocial de uma forma geral eh porque não tem como falar de um dispositivo sem falar do outro mas o o matriciamento ele tem essa acho que principalmente então né fazer essa uma síntese final eh ele tem esse esse objetivo de fazer essa integração desses dois pontos de atenção que os dois vão est responsáveis pelo pelo cuidado do usuário mas que eh a gente não pode perder de vista esses objetivos e esses outros dispositivos porque no fim é é isso ali que tá em jogo né não é a não é
a reunião pela reunião a discussão pela discussão mas é o cuidado com o com o usuário e daí aqui por fim queria apresentar para vocês algumas sugestões de materiais eh eu selecionei três principalmente esse primeiro ele é muito bom ele é um Ah eu não coloquei o ano aqui mas eu acho que dito que ele é 2011 ele chama guia prático de matriciamento em Saúde Mental do Ministério da Saúde eh eu vou Daí até brevemente mostrar para vocês depois esse segundo aqui é o esse primeiro documento de 2004 da pnh equipe de referência apoio matricial
ele ali tá bem bem inicial assim mas eu acho que vale a pena ler também e esse último é o as diretrizes lá de estratificação de risco de São Paulo eh eu ah no Paraná a gente tem uma própria Mas eu particularmente não acho ela tão legal essa de São Paulo acho mais interessante eu acho que vale bem a pena dar uma lida nela também até porque ela ela tem toda uma parte teórica que é muito legal né Eh eu vou rapidamente mostrar para vocês esses dois e daí quem tiver interesse depois pode pode procurar
para para dar uma olhada eh aqui eu coloquei meu e-mail também caso vocês queiram anotar e porque daí Se alguém quiser né perguntar e tal pedir não achar quea quiser que eu mande eu mando sem problemas mas vou aqui mostrar rapidinho para vocês então esses dois eh eu vou interromper aqui o compartilhamento para fazer um novo Então esse aqui é o guia eh de matriciamento em Saúde Mental e assim ele é ele é muito legal acho que seria primoroso se a gente conseguisse nos nas nossas redes ler esse documento porque eh tá tudo aqui assim
tem muita coisa que que daí as pessoas ficam eh com dificuldade técnica mesmo de Conduta e e não precisa Reinventar a roda tá tá muito bem descrito aqui então ele vai falar dos papéis da da atenção especializada e da atensão básica eu acho que aqui tá pequenininho né Vou tentar aumentar então vai falar aqui da elaboração do do ptest interconsulta consulta conjunta vai falar de ferramentas pra gente fazer um processo diagnóstico e montar o PTS o genograma o ecomapa vai falar o que que dá para fazer na atenção para atenção especializada vai falar dos principais
questões que aparecem eh então ali do os desafios pro pro matriciamento mesmo e daí tem um Cadê tem um ponto aqui que é um capítulo que é muito interessante também que é é das intervenções farmacológicas Que ele vai colocar eh assim quase um protocolo mesmo assim de eh de uso de fármacos na atenção primária para eh questões de saúde mental que é é muito interessante também porque é algo muito comum de eh se existe um Caps na cidade né ou às vezes até ambulatório qualquer caso de Saúde Mental é encaminhado para sanção especializada eh sem
ter esse cuidado Inicial na na atenção primária Então esse aqui é o guia Recomendo muito assim é o material que que eu eu que eu conheço assim eu acho mais completo sobre o matriciamento e daí tem esse aqui também que é o o Esse aqui é do secretário Municipal de Saúde de de São Paulo orientações sobre atenção às crises em Saúde Mental e acompanhamento longitudinal dos casos na rede de atenção psicossocial daí claro que é pensado paraa rede deles né mas eh ainda assim é muito interessante de ler até às vezes para para municípios que
tão tão pensando né em alguma forma de tentar tentar organizar assim né o o fluxo da rede então então eles descrevem assim né O que que são casos não apenas para nível de atenção mas para para cada serviço que eles têm e daí na parte em si de da estratificação Ela é bem breve porque eles fazem um eh mais fatores de risco e proteção para pensar o que que eh o que que adiciona ou o que que eh o que que segura assim né os casos para para pensar no nível de gravidade então ele é
um documento bem recente de de 2023 eh e daí acho que já acho que consegui falar o que o que eu queria e principalmente já já deu o horário né que a gente tinha pensado para para fala então vou passar pro para dar uma palavra né para para esse segundo momento aí de eh provocações reflexões perguntas Obrigado Larissa né Por você ter trazido aí tanto T tanto conhecimento enriquecido tanto essa Live de hoje a gente tem sim perguntas aqui o pessoal foi enviando né eu fui selecionando algumas eh antes de falar as perguntas eu queria
né falar pro pessoal que tá assistindo Se quiserem aprofundar na temática senate lançou agora essa semana um podcast H que tem como título o cotidiano e organização de trabalho no Caps Então é só pesquisar no Spotify né cenat que vai estar encontrando o nosso podcast lá no Spotify que vai ter todos os episódios eh disponíveis né e um deles é o cotidiano e organização de trabalho no Caps se estiverem gostando também da Live né eu peço também para deixar um like um joinha no vídeo para que outras pessoas consigam né encontrar com mais facilidade ao
pesquisarem essa temática também pessoal ficou perguntando se a Live vai ficar gravada ela vai ficar gravada sim aqui no canal do senate não tem certificação essa Live vai ter certificação o seminário da próxima semana que vai ser dia 10 e dia 12 a partir das 19 horas o link de descrição tá disponível aqui também na descrição do vídeo Lara uma das perguntas é é deixa eu selecionar aqui para te mandar também é da deixa eu ver aqui direitinho psicologia pmbc que colocou em permanência dia no Caps em seu PTS o usuário tem que ser acompanhado
na pd com profissional de nível superior e com oficineiro e a ducilene Machado colocou Precisava saber se esta estratificação de risco pode ser utilizada no Caps para triagem e no acolhimento claro que todos t t que ser acolhidos mas um instrumento ajudaria muito eh a o que que seria pd Eu também tentei identificar eu não não consegui pensar permanência no Caps PTS tem ser acompanhado uma permanência permanência dia Ah tá isso eh Olha eu acho que que em termos de de legislação eu acredito que não eu acho que sempre o o acolhimento dia ele vai
ser pensado no caso a caso né Eh o que é difícil também né porque é difícil a gente conseguir pensar numa numa proposta terapêutica para para um dia todo eu acho que exige bastante do serviço em termos de de organização e de e de né mas a gente tem um dispositivo no Caps que é muito rico e eu acho que é o principal para para casos de acolhimento dia que é o da ambiência né que é a ideia de que a gente pode tornar o a permanência o ambiente terapêutico eh sem necessariamente ser uma atividade
pré-programada do serviço mas acho que parte da ideia de que é um serviço que se adapta as necessidades do usuário né então para aquele momento aquela necessidade agora o que que a gente pode oferecer para esse usuário às vezes vai ser eh uma conversa às vezes vai ser eh fazer uma uma atividade manual Operativa às vezes vai ser dormir eh às vezes vai ser descansar às vezes vai ser fazer alguma atividade que Produza prazer seja eh uma atividade que seja mais física ou seja mais intelectual às vezes vai ser se desligar de uma atividade intelectual
eh então eh eu acho que não não é necessariamente precisa ser um profissional x ou Y né Eh eu acho que daí todos os profissionais estão habilitados para fazer isso seja o nível superior ou seja o oficineiro eh acho que o o a proposta do do da permanência dia né do acolhimento dia ele é importante que seja discutido Tem a participação do técnico de referência que na maioria dos lugares vai ser o profissional de nível superior eh mas da da equipe que tá cuidando né Desse usuário mas o a execução acho que é de de
toda a equipe mesmo acho que talvez o planejamento ele dependa mais do desse técnico né que tá pensando o PTS mas o o executar ali durante o acolhimento dia acredito que é da responsabilidade da equipe obgado é mesma pessoa que pergunta des certificação de risco não outra né não é outra né justamente uma que eu vou te perguntar agora que é a pergunta da thí né a thí Colocou se a classificação de risco tem alguma validade né pois ela vê que é feit em diversos serviços usuário passa por diferentes profissionais e cada um com um
valor diferente e às vezes deix tua muito e aí também ainda nessa vertente da classificação de risco eu queria já te perguntar também aqui sobre a indagação da Cláudia que ela colocou Com que frequência o PTS precisa ser revisto ou atualizado Uhum Então falando da classificação de risco né que tem aí na tem pergunta da ducilene e da thaí eh eu não sei se é isso que a quis dizer a validade a validade de científica mesmo assim será de de teste no sentido de eh estar tem consistência né estar medindo o que se propõe a
medir eh se for replicado vai dar o mesmo resultado eu não sei se essa se é um instrumento validado eh também já tive essa curiosidade esses tempos de pesquisar e esqueci mas eu frutaria que não que ela não é validada no sentido de ter um estudo científico que que valide que é justamente para isso né para que seja filho Digno Para que eh tenha o mesmo resultado se pessoas diferentes aplicarem eu também tenho essa essa impressão empírica de que eh pessoas diferentes podem chegar a resultados diferentes mas eu eh não sei se esse é um
problema do instrumento ou da aplicação eu acho que é um problema mais da aplicação que daí pode ter a ver mais com a eh a capacitação né né para aplicar Esse instrumento que daí já pode dizer um pouquinho do instrumento também né então se é um instrumento que precisa de muita capacitação para para aplicar Talvez ele em alguns contextos perca o sentido porque daí se você precisa de de toda uma formação daí não substitui então o o raciocínio Clínico por exemplo né a avaliação que você vai fazer eh mas daí eu acho que vai do
uso que você faz do do instrumento também né então por exemplo o do Paraná ele dá uma pontuação Talvez seja esse que você conhece também ele vai dando uma pontuação e daí tem uma faixa de pontuação que diz qual nível de atenção eh você deve encaminhar o paciente no caso desse de São Paulo que eu mostrei ele a única parte da pontuação é para ver vulnerabilidade e proteção porque quando é para ver eh qual que é o serviço mais adequado para encaminhar ele faz uma descrição qualitativo e daí é uma descrição qualitativa e que ela
é mais suscinta eh então talvez seja mais interessante e e dist estou e menos também eh daí a pergunta da ducilene foi sobre ser utilizado no Caps para triagem no acolhimento eh eu acho que pode ser um instrumento sim para para dar um Norte mas se você já tá no Caps Talvez seja mais importante isso já tá impresso no no teu raciocínio né você já ter esses critérios mais claros então talvez eh não necessariamente aplicar o instrumento de uma forma objetiva mas a leitura você ter noção de quais são os os critérios né quais são
Eh esses critérios de inserção que daí esses documentos ajudam a basear mas no serviço é muito importante discutir isso também discutir com a equipe eh para todo mundo ter isso alinhado e daí talvez o instrumento ajude com isso ou o próprio instrumento que você internaliza ou que você escreve para um roteiro que te te ajuda a se orientar daí eu acho que pode ser a a ferramenta que te ajuda eh mas para quem já está no Caps eu penso que talvez seja mais interessante isso assim fazer essa discussão conjunta com a equipe ler os materiais
basear e pensar juntos nos critérios E se for necessário escrever junto um roteiro de entrevista eh algo que não vire para para não virar também algo como um checklist assim né formal que daí qualquer coisa que escapa disso você acaba se perdendo e obrigado laressa a gente tem mais perguntas a gente chegou no horário só que vou fazer só esse último bloco de perguntas que eu tô achando bem interessante principalmente porque o pessoal que tá assistindo tá n colocando elogios aqui para você no chat eh aproveito também né para pedir o pessoal que não é
inscrito no canal aqui do senate do YouTube clicar em se inscrever para est recebendo né sempre novidades que o senen coloca aqui no no YouTube então não deixem de se inscrever eh a gente tem aqui Lar uma pergunta do André Lucas que ele colocou se poderia usar a interconsulta para os grupos E aí o Rafael Pinheiro ele colocou eh que você o que você acha da estratégia de solicitar ao usuário que antes de buscar acolhimento no Caps procur a atenção básica para referência referênciar ele e a zenia colocou qual estratégia ela pode usar para conseguir
sensibilizar a atenção primária para iniciar o matriciamento eh eu primeiro eu quero pedir desculpas que eu sei que eu não tô respondendo todas porque é é bastante assim teve umas que foram faladas não consigi responder mas essas duas últimas eu fiquei com mais vontade de responder acho que principalmente essa do do Rafael eh porque são coisas que que eu que eu vejo muito assim na prática mesmo acontecer eh eu acho que uma das maiores enganações que a gente tem que a gente que começar a admitir é que o caps é porta aberta eh eu conheço
poucos municípios né trabalhei assim em Curitiba e Araucária que é região metropolitana não sei se tem algum lugar que o caps é de verdade porta aberta mas acho que a gente tem que começar a admitir que não é assim ou fazer ser ou admitir que não é porque essa fala é muito comum mesmo então de eh você fazer o usuário passar pela atenção primária que tem toda a sua importância né por causa disso que eu falei do monidade do Cuidado eh O Ali questões de dados assim né cadastro e tal mas a gente tem que
eh reconhecer que isso gera barreira de exesso em muitos casos acho que tem uns que isso é gritante assim por exemplo o caso de abuso de substância você pedir pro pro pro usuário eh que faz uso abusivo de de droga vai primeiro na unidade Faz um cadastro acho que a chance dessa pessoa voltar para atendimento de verdade já já vai chegar quase no zero né se se é um caso de grande gravidade eh Então acho que a gente tem que assim minha defesa na verdade que a gente tem que ser porta aberta de verdade assim
talvez não vai ser necessariamente marcar uma tipo na hora que a pessoa chegar fazer um atendimento de 40 minutos mas pelo menos dar uma colhida pelo menos escutar eh pelo menos entender minimamente o que que é a necessidade da pessoa e e daí às vezes a gente consegue já ter uma noção né até falando de classificação de risco eh essa essa mini triagem assim que a gente faz ali na na recepção a gente tem essa noção de se é um caso que pode voltar outro dia ou se a gente tem que atender agora e se
a gente vê que é grave a gente tem que parar tudo que tá fazendo e o como serviço né e dar atenção para um para um caso que é urgente eh e daí a pergunta da zenia nossa muito difícil né conseguir sensibilizar atenção primária para para iniciar o eh o matriciamento uma uma coisa que eu acho que às vezes acaba sendo vai fazer a coisa vir de cima então a gente basear assim olha não sou eu que tô pedindo não é vontade minha não fui eu que inventei da minha cabeça disse diretriz do ministério da
saúde e muitas vezes isso tá no plano anual de saúde do município pode ser uma coisa interessante para para ver se se de repente isso já não tá no planejamento de saúde no no plano anual porque Se isso for uma meta que já tá estabelecida no município ou se não tá no município pegar do estado usar isso para para se fundamentar né de de ter que acontecer e daí acho que vem de dois lados precisa do da legitimação institucional precisa que que o gestor né aceite que isso é um processo importante porque é ele que
vai controlar a agenda que vai permitir ou não que que a equipe eh separ um momento do do seu dia de trabalho para isso e precisa do convencimento dos profissionais porque só fechar a agenda não é suficiente pro pro matriciamento com ser e daí esse eu acho que que é um trabalho que a gente precisa sensibilizar paraas eh paraas pessoas pelo menos aceitarem fazer essa aposta e daí a gente fazer a aposta também que que vai ter resultado né que vai ser um resultado que vai ser visível que vai ser palpável que as pessoas vão
sentir que isso tá qualificando o trabalho e qualificando cuidado Obrigado Larissa né por responder as perguntas do pessoal E eu queria agora abrir o espaço para você deixar uma mensagem final pro pessoal que te assistiu eh eu quero agradecer todo mundo que que assistiu e ficou né a a a fala inteira e eu abri agora aqui a o YouTube para para dar uma olhada assim e vê que muita gente colocou pergunta comentário até depois que que encerrar eu vou eu vou dar uma lida eh então obrigada por por terem se envolvido é legal que ver
um um tema que eh desperto esse esse engajamento porque eu acho que diz muito de de uma talvez angústia que a gente compartilha como como profissional de saúde que acredito que é a grande parte desse público né Eh então acho que isso é legal também desses espaços de a gente eh ter esse momento para poder refletir sobre a prática e eh e tecer essas eh novas formas de de fazer né Não só baseado no que tá prescrito mas no que que é possível também na na troca de experiências acho que eu falei muito de um
de um lugar específico assim da política mas também do que eu tenho de experiência eh e e os lugares são as experiências são muito muito diversas né Muito eh muito variadas de acordo com a rede que tem de acordo com com a região que tem então espero que que tenha contribuído para eh para quem escutou e vou vou ler os comentários depois também que tô curiosa para ver Imagino que as pessoas tenham contado suas experiências também e então obrigada todo mundo que assistiu comentou Desculpa não ter conseguido responder todas as perguntas Eh meu e-mail projetei
ali mas eh Sei lá posso vou projetar de volta aqui para Se alguém quiser quer quiser anotar e muito obrigada o o senate também pelo pelo convite e pela oportunidade Larissa o pessoal tava perguntando se vai ser disponibilizado o material eh do teu e-mail também né como a Live vai ficar gravada no canal o pessoal pode voltar um pouquinho né e ter acesso ali à parte que você mostra o o e-mail E aí podem estar entrando em contato contigo né solicitar algum material mais específico que você também foi citando eh no decorrer da Live Então
agora eu queria agradecer em nome do senate essa sua participação aqui na nossa Live n agradecer também o pessoal que acompanhou a Live que passou por aqui em algum momento né durante a sua fala agradecer a todos e todas eh a gente se encontra próxima semana no seminário né aqui na descrição do vídeo né eu volto a falar tá o link tanto do seminário né que vai ser gratuito aqui pelo YouTube como também o link da pós--graduação de saúde mental na atenção primária que já estão com as inscrições abertas Então quem tiver interesse pode est
Entrando nos links né para ter eh mais informações mais uma vez obrigado laressa boa noite boa noite pessoal tchau tchau obrigada boa noite m