O Contracolonialismo de Nêgo Bispo

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PecasRaras
Esta é mais uma edição especial em que compartilho uma entrevista na íntegra. Desta vez o convite é ...
Video Transcript:
[Música] peças [Música] raras Olá tudo bem Hoje eu vou compartilhar os bastidores da entrevista que realizei com o contra Colonial nego Bispo a conversa foi gravada para o podcast de Educação do Instituto Claro e uma edição dela com 8 minutos foi publicada no site e nas plataformas de Podcast em 21 de Março deste ano Então vamos lá em cursos universitários com destaque para os de formação de professores a perspectiva decolonial já é uma realidade a proposta é a de questionar a hegemonia de uma cultura eurocentrada mais recentemente tem ganhado espaço também o ponto de vista
contracon o termo foi cunhado pelo quilombola poeta e escritor Antônio Bispo dos Santos mais conhecido como o nego Bispo vivas vivas porque todas as vidas são necessárias então eu sou registrado em cartório como aor Bispo dos Santos mas sou conhecido como nego Bispo velho bispo e as pessoas vão me chamando da maneira que convém a elas eu vou respondendo da maneira que me convém sou quilombola eh no quilombo eu pratico a agricultura a lavoura sou lavrador para manter a minha sobrevivência e na luta no quilombo eu hoje discuto muito mais Os Protocolos de licenciamento quando
os grandes Empreendimentos chegam nos quilombos mas também discut nossas pautas como regularização territorial como criação do nosso povo a partir das nossas trajetó do nossos nego Bispo para começar como é que surge essa ideia de eu fui adestrador de animais para serviço e adestrando animais eu percebi que adestrar e colonizar é a mesma coisa o método é igualzinho mas também eu atuei no movimento sindical no movimento partidário nos movimentos das lutas sociais nos movimentos das lutas sociais eu percebi em determinados momentos que os repertórios eram os mesmos a direita e a esquerda trabalham com mesmo
repertório Mas como eu aprendi na condição de adestrador que o adestrador a primeira coisa que ele faz é nominar porque quem nomina domina arte de nominar é arte de dominar eu percebi que os colonialistas também fazem a mesma coisa a primeiras coisas que os colonialistas fazem é nominar lugares pessoas e gestos E aí percebi que a gente precisava ter uma guerra das denominações E aí foi pensando na na gu das denominações que eu comecei a denominar também os gestos os modos dos colonialista E aí nessas denominações eu percebi que você lutar contra o capitalismo é
você lutar contra um instrumento mas não é você lutar contra a causa desse instrumento você lutar contra várias questões que estão fragmentadas na sociedade e você lutar contra os efeitos e não contra as causas aí eu compreendi que a grande causa das maiores mazelas que nós temos no mundo hoje é o colonialismo então o que que eu pensei se você tem um veneno você precisa ter um antídoto Então qual é o antdoto do colonialismo o contra colonialismo então o contracon ismo chega Nessa situação é uma denominação que eu utilizo para ninar as nossas trajetória a
trajetória dos quilombola e a trajetória dos povos indígenas então o contracon realismo não é uma teoria é uma trajetória é uma prática é um modo de vida é uma experiência de vida então quando eu escrevi sobre o contracon realismo eu nem sabia que tinha alguém tinha escrito sobre a decolonialidade bom e eu já ouvi Também quem critica né o contracon dizendo que o decolonial já daria conta de tudo Então eu queria que você explicasse por mesmo assim você defende esse conceito do contra Colonial nigo Bispo Quando essas duas denominações se encontram começa a haver alguns
atritos e consequentemente alguns conflitos e as pessoas começam a me pressionar para dizer que já Mara o descolonialismo se já tá discutindo descolonialismo já é suficiente não precisa trazer um termo novo porque trazer um termo novo é fragmentar um termo que já estava se consolidando E aí o que eu começo a argumentar é que é o contrário cabe a decolonialidade e cabe o contracon realismo por quem é que vai fazer a decolonialidade é quem de fato foi colonizado se você foi colonizado e isso te incomoda você vai precisar lutar para se descolonizar e descolonizar os
seus e iso é a função da decolonialidade eu sou quilombola eu não fui colonizado porque se eu tivesse sido colonizado não seria quilombola eu seria um negro incluído na sociedade brasileira e eu não sou um negro incluído então no meu caso que eu não fui colonizado eu tenho que contracon isar e o que é contracon isar é Contrariar o colonialismo é impedir que ele aconteça Então essa hoje Hoje ele continuou acontecendo o colonialismo é perene tem umas pessoas que fala de pós-colonialismo essas pessoas estão navegando nada não existe o pós-colonialismo o colonialismo tá aí vigente
cada vez mais sofisticado os europeus vieram aqui no início levaram para o Brasil hoje Estão levando o quê O sol o vento todos os grandes empreendimento de energia que ele chamam de energia é limpa limpa para quem limpa como vai nos quilombos Onde tem um parque de energia eólica e lá você vai ver o que que aconteceram com as outras vidas que viviam naquele espaço onde tem energia eh fotovoltaica Então não é tão limpa assim mas mesmo que fosse tão limpa assim quem é que de quem são esses pares dos europeus levando no para Brasil
Estão levando o sol tão levando o vento e os colonizados o povo de brasileiro colonizados festejando então nós contra colonialista estão disputando o sol estão disputando o vento com esse povo o sol é nosso o vento é nosso e vocês não podem levar tudo isso então contra col é uma luta concreta do cotidiano e eu não sou um Pensador eu não sou um escritor eu não sou um poeta apenas eu sou tudo isso dentro da luta contra colonialista Você acabou de dizer que quem nomina domina achei isso interessante pensando dessa forma quem teria criado essa
questão do decolonial e só para ver se eu entendi o que é um ponto de vista contra Colonial a escrevivência que é associada à Conceição Evaristo quando ela diz que escreve de dentro do quarto da empregada com o ponto de vista da empregada e não por exemplo eh o olhar de uma patroa para aquele quarto da empregada e eu eu não sei se eu estou entendendo direito né mas essa escrevivência da Conceição Evaristo seria um ponto de vista contra Colonial não sei se se faz sentido Não é isso mesmo assim a Conceição evarista ela pode
nem se dizer contra colonialista mas ela pratica o contra colonialismo embora ela não diga n bom E aí quando nós estamos dizendo que quem Nina domina quem Pou nas academi hoje porque o contracon realismo hoje é Irreversível é um conceito dentro da academia é uma trajetória é uma prática na na vida cotidiana os que bola sabem o que que é contra colonialismo se você perguntar pro pros quilombola principalmente o IM o que que é contra colonialismo eles te diz mas se você perguntar para eles o que que é de colonialidade eles não sabem como eu
também não sei eu tenho perguntado aos decoloniais Então qual é a trajetória de vocês que questão no mundo vocês resolveram A partir dessa nominação diga um modo de vida que vocês pode chamar de um modo de vida decolonial ele não tem porque a decolonialidade é uma teoria não é uma trajetória quem denominou quem trouxe esse tema esse conceito deé Colonial foram os acadêmicos parte deles indígenas parte dele da América do Sul mas os europeus também gostaram os europeus também então a decolonialidade de novo virou um repertório comum se é um repertório comum não tem contradição
ou se tem contradição mas não tem contraposição até tem contradição mas não tem contraposição qual o incômodo hoje no n alguns setores da sociedade colonialista é que quem pautou o contra colonismo foram os que a primeira pessoa que escreve e a cança academia com essa denominação contra coliso foi um trum chamado n biso então Isso incomoda incomoda porque o contra colonialismo é um conceito que não bola é um conceito Preto é um conceito afr pinor que os indígenas também eh concordaram os indí também ho boa parte deles estão usando o conceito contra colonialista por exemplo
um grande eh companheiro nosso da luta que é o cacique babal Cacique babal e o povo tupinamba tiveram uma sacada extraordinária por exemplo enquanto MST de reforma agrária e todo mundo de reformada que que retomada aí a direita não concorda aí o colonialismo não concorda aí isso é contra colonialismo porque é uma nominação diferente então enquanto nós dissemos contra colonialismo os ind disseram retomada e nós estamos juntos outro dia conversando com babal isso foi lindo eu perguntei para ele que babal eu digo que não somos afro-brasileiros nós somos afro pendor Amico porque quando eu falo
de África eu falo de um lugar quando eu falo de Pindorama também não falo de um F eu falo de um lugar porque quando os colonialistas chegaram aqui os povos originários chamava aquele lugar onde chegaram de Pindorama Terra das Palmeiras então aqui é Pindorama aqui não é Brasil para nós aqui é Pindorama e nós viamos de África então encontro a confluência entre africanos e povo pendor é en contra o afo pendor aí eu perguntei pro babau babau a gente pode mesmo dizer isso porque eu tenho sido questionado porque senão são vários povos indígenas não são
só P Pindorama não é um povo Pindorama é um lugar como África não é um povo África é um lugar denominado também por ele e Bal disse negro Bispo nós est é junto é confluência na retomada confluência na retom seria a união dessas ideias mesmo com origem diferentes que T uma mesma questão que é o contra Colonial exato então o que que ocorre o contracon realismo hoje Ele traz vários conceitos dentro dele e isso é que deixa ele Irreversível porque dentro do contra colonialismo você tem a confluência dentro do contracon Realismo você tem a biotera
dentro do contracon Realismo Você tem o Saber orgânico e o Saber sintético Você tem o Saber linear e o Saber circular e dentro do contracon ismo você tem a cosmofobia que é a doença dos colonialistas Então são vários conceitos que se encaixaram dentro da nossa trajetória tanto dos quil como dos povos indígenas hoje nós temos pessoa maravilhosa como a Nunes que é uma contra colonialista ferren de uma língua super afinada de uma escrita sem medida sabe nós temos nosso grande amigo ao canque que embora ainda não use muito esse tempo mas a prática dele a
língua super afinada e Os questionamentos por exemplo você diz humanidade ele diz florestamento floresti dades então nós estamos nessa disputa de narrativa e nós estamos ganhando nego Bispo você disse que o cacique babal fala em retomada daí a gente pode imaginar que não faz nenhum sentido dizer descobrimento do Brasil então se eu for professor e na sala de aula utilizar achamento ou invasão de Pindorama em vez de de descobrimento do Brasil eu estarei sendo contra Colonial aliás qual seria o termo contracon para esse momento da nossa história o termo contra Colonial é retomada já que
o Brasil não foi descoberto ele foi atacado invadido ele foi tomado dos seus povos originais como ele foi tomado o conceito é retomada está em figou porque a retomada não trata só da retomada da terra trata da retomada dos modos de vida retomada das línguas a retomada das águas dos Ventos de tudo é a retomada mesmo valendo a retomada dos saberes Ou seja a chegada do Povo quilombola e do Povo indígeno nas universidades com cotista fez com que hoje nós que não fizemos a academia eu não fiz eu estudei só até a oitava série pela
linguagem escrita então o nosso povo entraram pelas cotas e Nós entramos pelos encontros de saber pelas outras maneiras e hoje nós estamos botando conteúdo ou seja até pouco tempo atrás se discutia nas universidades teoria se discutia eh várias questões eurocris monoteísta várias questões escritur ou seja como era o debate daí Até recentemente você primeiro escrevia para depois falar e depois você falava para escrever de novo o que que mudou hoje primeiro se fala para depois escrever e depois se escreve para falar de novo a oralidade é a matriz é a base pulsante das dos debates
das Universidades Então hoje se fala nas universidades se fala em cosmologias cosmogonia antropoceno e e e enfim mudou totalmente de debate então para falar de tudo isso precisa de quem dos povos indi do F E e nessa questão você estudou até a oitava série pelo que eu li você foi o primeiro a se alfabetizar na sua família eh Quando você estava na escola eh numa escola que eu imagino que não era contra Colonial né você se sentia ofendido com o que estava ali nos livros o que você aprendia na escola como é que você lidava
eh com isso eh os livros didáticos de certa forma eram ofensivos a sua maneira de de ser de pensar eu nem me senti ofendido e nem me senti empolgado porque não deu tempo porque a nossa comunidade não me largou lá sozinho o que que ocorria eh de segunda a sexta eu ia pra escola e no sábado e no domingo a comunidade me cercava me convidava uma horaa de conversa trazia tudo quanto era de papel que encontrava para que eu lesse pedaço de revista is que eles achavam tá aí qualquer coisa mula de remédio qualquer coisa
que tivesse escrito dizer lei O que é isso e diga para nós O que que você tá entendendo pelo que tá escrito aí eu lia e dizia aí ele dizia pois não é assim não quem escreveu isso aí tava pensando naquilo ali e queria nos enrolar naquilo lá ou seja a escrita para nós ela veio com a quebra dos contratos orais os contratos que são as escrituras as escrituras V para quebrar os contratos orais e para quebrar o nosso saber e aí a minha comunidade não deixou acontecer isso comigo eu passava o final de semana
lendo carta escrevendo carta fazendo contabilidade de bqu e de açou de macharia de tudo e traduzindo o escrito para oralidade e eles analisando essa tradução e me ajudando a analisar Então eu fui criado para isso que eu tô fazendo até hoje até hoje eu faço isso um Umbro quando chega um um emprendimento nos quilombos da nossa região dizendo que quer discutir protocolo de licenciamento que quer discutir estudo de impacto ambientais a comunidade me chama para ajudar traduzir o eim e só depois que a gente tem uma conversa preliminar é que o empreendimento entra agora eu
fiquei curioso para saber se existe alguma escola hoje no Brasil que seja contra Colonial realmente nesse momento existe tem várias era isso que eu quia te dizer pronto hoje nós temos aqui no Complexo do Alemão a escola quilombista Dandara de Palmares é uma escola contra colonialista onde as pessoas de manhã em um turno vão pra escola colonialista pra escola convencional aprender a linguagem colonialista aprender o jeito de pensar colonialista mas na no outro Turno vão pra escola da comunidade que é informal aprender o jeito de viver na favela e aprender o jeito de pensar contra
colonialista Então essa é um das escola nós temos uma outra Grande Escola contra colonialista que é o o quilombo telon D é que fica inv Valência na Bahia que tem como um dos coordenadores o mestre cobra mana da Capoeira Angola o quilombo t d tem uma atividade anual chamado Cosmo Angola que é uma mistura da do cosmogram de bacongo com a capoeira Angola e aí é onde a gente pensa o mundo a partir das nossas cosmologia e das nossas pares das nossas trajetórias então tem várias experiências hoje acontecendo tem uma escola na Bahia tem Várias
escolas então nós temos Várias escolas contra colonialistas que nós estamos chamando de escolas próprias essas escolas fazem basicamente o que acontecia com você quando estava sendo Alfabetizado né você ia escola depois quando chegava na sua comunidade tinha ali a roda de conversa eh os saberes orais que eu acredito que ressignificado da leitura a aquela escolarização vamos chamar assim né então algumas pessoas pensam que o quilombo é universal não existem vários Quilombos dentro do mesmo kilombo não existe out não existe um kilombo igual a outro e dentro de cada quilômetro existe vários quilômetros nós somos a
diversidade é por isso que nós ainda existimos que se todos os quilômetros fosse iguais os colonialista Só precisava de uma pontaria mas como todos são diferentes e como são m eles não deram até hoje o jeito de atacar um quil não serve para atacar o outro então o que que ocorre nós temos por ex quil costaneira município de paquet no Piaí quem puder visitar esse lugar visite é uma pérola não tem nada parecido por onde ol é um quilombo pequeno onde tem reisada Umbanda candomblé São Gonçalo festejo de Nossa Senhora e e vai to MS
tem uma festa lá e você tem a geração avó você tem a geração mãe e você tem a geração neta tudo participando de tudo você tem uma menina de 7 anos que já cordena uma roda de leiro você tem um Men de 7 anos que já cendo um risado então é no cotidiano é na vivência do dia a dia que esses saberes vão eh se reeditando vamos dizer assim sim porque na verdade a escola para nós ela não é um espaço fixo que a gente tá chamando de escola para poder eh contextualizar mas nos quilombos
a gente não tem educação a gente tem criação é o jeito de criar a pessoa a pessoa é a gente diga assim a educação vem do beço Ou seja é todos os viventes fora o o o ser humano eles são criados vocêes não são educados e depois de criados eles já sabem viver os pássaros só precisam de perman só dependem do do pai e da mãe enquanto estão no ninho quando quando eles começam a voar Eles já sab tudo que eles precisam para viver todos os vivent só quem quem chega até os 40 anos estudando
é o Humano que se acha inteligente então o só o coitado do humano é que os outros não os outros aprendem muito rápido então oquil vai a gente aprende no cotidiano por exemplo a minha neta a minha neta em 5 anos resolveu que queria ser vaqueira ganhou o primeiro animal cavalar de presente e começou a montar com 5 anos aí a minha neta chega pega o animal dela e sai da comunidade todo mundo da comunidade cuida dela se ela tá mal montada Ei Mara se ajeita melhor faz assim faz assado Olha esse arreio táo colocado
tudo noina não tem só uma pessoa agora tem a mestra o mestre que que faz o aperfeiçoamento do examento que dá aquela aquele toque final mas todo mundo H opinião e a gente poderia chamar isso de visão afr pindor ou seja confluente com a o que pensam os povos indígenas também sim isso é confluente porque a gente se comunica com com as outras vidas que é isso que os colonialistas não conseguem assim só os colonialistas só os colonialistas se comunicam pelas escrituras os outros viventes não precisam né das escrituras nós por exemplo que lora nós
nos comunicamos pelo cheiro pelo gosto pelo gosto de uma comida a gente começa a imaginar o que que a outra pessoa tá sentindo n outro lugar quando come aquela mesma comida pelo cheiro pela sonoridade quando a gente escuta o pássaro cantar Qual a vibração que que gera dentro da gente a gente o canto daquele passa a gente imagina que o outro irmão da gente também tem aquela mesma vibração e e tem Parecida então a gente se comunica pelas diversas formma de linguagem e por todos os sentidos por todos os sentidos só os humanos se comunicam
pela pelas escrituras Vamos tentar entender um pouco desse conceito dessa cosmovisão afrormosia pela tradição oral ela alcança todo mundo então como uma escola pode fazer uso desta maneira de transmitir saberes na sua opinião pronto não vamos nem dizer uma escola vamos dizer uma criação como é que uma criação afr panorâmica porque a gente não tem a intenção que as pessoas sejam iguais e que as pessoas sejam a mesma coisa a gente não tem isso tanto que as nossas arquiteturas as arura do porto BOL elas são parecidas mas não são iguais cada um tem um toque
diferente porque nós sabemos fazer as nossas casas com material do local Então as nossas arquiteturas são parecidas mas tem um toque diferente mas eu vou te contar aqui uma uma coisa que para nós é fantástica no período da pandemia o meu neto que tá hoje com 15 anos que disse que vai fazer medicina desde cedo como a minha filha a minha neta disse que vai ser vaqueira desde cedo é hoje a minha neta tá com 11 anos e tá lá é Mont na sua égua e o meu neto tá com 15 anos e passou para
fazer o ensino médio no instituto federal ou seja cada quem tá dando conta de seguir a sua trajetória mas durante a pandemia o me disse olha eu tô muito triste isolado não tenho nada para fazer mas por que que você não tem nada para fazer pois é a escola eh tá fechada eu falei mas você não disse que quer ser médico disse quero eu quero ser médico então meu querido médico que não sabe cozinhar não é médico sabe vendedor de remédio de laboratório ele é é ele é um compositor de receita o médico que é
médico sabe cuidar da vida e nada melhor para quem cuida da vida do que a comida todos os animais no mundo no R animal resolve seus problemas de saúde através da comida só quem toma remédio é sero o não precisa de tomar remédio que homem aquilo que resolve Então você que quer ser o médico aprenda primeiro a cozinhar eu não cozinho muito bem mas a sua vó cozinha muito bem então você Aproveita enquanto a Mara tá indo comigo pra roça com sua vó pra cozinha e a p cozinhar o moleque foi tá cozinhando divinamente bem
cozinhando muito bem e aí agora nós temos um estabelecimento lá que a gente chama roça de Quilombo que é um espaço de entretenimento mas aí para poder se manter a gente comercializa algumas coisas e ele agora já virou o gerente desse espaço porque ele é um cara que sabe cozinhar e agora ele tá aprendendo a vender ele vai ser médico ele continua dizendo que vai para nós Essa não é a grande questão a nossa grande questão é que quando ele chegar ao 18 anos ele tá com 15 Quando ele chegar no 18 anos ele já
pode decidir a vida dele sozinho quando ele chegar a 18 anos ele já pode diz olha eu não quero mais estudar eu vou cuidar dessa dessa estrutura ou eu não quero mais Cuidar dessa estrutura eu vou contar estud para é tranquilo a minha neta a mesma história Minha neta dis Olha eu não vou mais estudar porque eu já sou uma vaqueira uma vaqueira ganha muito dinheiro uma vaqueira não sei o que e tal aí eu disse para minha querida você tá cheia de razão você é vaqueira ponto ninguém vai interferir na sua vida para impedir
que você vaqueira agora tu imagina uma vaqueira campeão não sabe matemática não sabe interpretar um contrato quem que vai ganhar dinheiro na hora que tu assinar o contrato uma vaqueira com a égua mais bonita sabe da região mas a tua égua precisa de um laudo veterinário para entrar na pista E aí quem é que vai assinar o laud do Veterinário quem é que vai ganhar dinheiro ela voltou para cá Mamãe eu tô só de brincadeira eu vou estudar então assim a nossa relação é assim é de dar suporte não é de sabe de de determinarem
não somos nós que resolvemos o que que as nossas crianças vão fazer as nossas crianças nos traz uma proposta e a gente apoia aquela proposta até o dia que ela mantiver então esse o problema é que é a criação contra colonialista não é eu dizer para você vai ser médico porque médico n é dinheiro não você quer ser médico porque Quero ser médico porque você vai ser se for para dinir depois vai ser pagadin mas a nossa ideia é que as nossas crianças são gestoras das suas trajetória des ser agora indo um pouco mais a
fundo a gente pode dizer que ser contra Colonial também é uma forma de sobreviver né pensando que se os colonizadores continuam existindo eles também continuam matando explorando enfim e e ser contra Colonial neste caso seria uma forma de se manter vivo é isso sim porque o que que ocorre nós não queremos matar os colonizadores não não querem matar ninguém os quilombola nunca nunca foi da nossa índole matar Palmares chegou a ser maior do que recif se Palmares quisesse teria destruído o recif Palmares nunca atacou recif nós somos da diversidade a gente acha que os rista
pode continuar vivo agora continua vivo nas suas condições os europeus podem continuar vi maravilhoso lá na Europa não precisa de vir para cá eles não são bom não são inteligente eles não são o primeiro como é que vai sair do primeiro mundo para vir buscar condição de vida no terceiro mundo não pô se mantém ah deixa em seim ten aqui você tem uma uma personagem aí chamado Boaventura Souza Santos que eu não sei mas me parece que ele se auto intitula também decolonial em alguns momento ou alguém o intitula como decolonial me parece acho que
tá correísmo ou Aventura su tem que fazer meu esse papel de mas fazer onde lá em Portugal o que que é o teu dito o Boaventura Souza Santo tem que ensinar aos netos dele a não atacarem os meus netos se ele fizer isso ele feit foi muita coisa porque mesmo que ele ensine aos netos dele a não atacar o meu neto Eu ainda vou ensinar o meu neto a se defender do neto dele porque eu não acredito neles de forma alguma porque eu S eu fui adestrador então quando eu olho para um branco aí eu
não vou usar a palavra branco mas quando eu olho para uma pessoa de pele amarelada que nem vocês é que vocês não são Branco essa história de branco é é sacanagem ficção pô não se uma pessoa a pessoa que mais se aproxima do branco é o o sarará que a gente chama de Albino mas o que mais próxima do Branco a gente chama de Albino e não chama de branco então o povo de pele amarelada que é assim que eu vejo eles eu quero que eles vivam muito bem mas quando eu olho para uma pessoa
de pele amarelada é como eu olho para uma onça eu sou deixa quando eu olho pra onça eu vou observar o vazio dela como que tá se ela tá com as de alimentada ou de não alimentada se ela tiver com aspecto de alimentada eu sei que ela vai demorar um pouco para me atacar então eu vou me relacionar com ela de um jeito mas se ela está com aspecto de Não alimentada mesmo que ela tenha sido adestrada eu sou presa para ela aí meu querido é outra relação então qualquer pessoa de pé de amarelada eu
vou olhar primeiro se ela tá com fome ou não porque para elas do ponto de vista da lógica colonial eu sou presa ela eles vão me atacar na primeira oportunidade que tiver mas se a pessoa tiver alimentada aí é outra relação alimentada neste caso Imagino que possa ser de saberes tua chada por exemplo povo da academia não há ninguém mais colonialista do que academia aqui nesse momento nós est sabe na referência máxima do colonialismo a nada mais colonialista nada mais racista do que isso aqui bom mas aí eles gostam do que do que vivem os
acadêmicos de escritura então quando uma pessoa de pele amarelada se aproxima de mim ela quer ler ou quer escrever eu deixo ou leio ou escrevo que você você quer um podcast faça o podcast aí eu mas tem gente ganhando dinheiro as curs nos Podcast nas palestras tem tem gente que ganhando dinheiro eu sei não sou não sou criança mas a a vasilha de dar é a mesma de receber sempre que eu possa também pego um pedacinho desse dinheiro e quando eu não posso eu pego um pedacinho da divulgação quando eu vejo que eu não pego
nada eu não entro quando eu entro é porque eu sei que ali eu vou também tirar um pedaço Ou pelo menos eu vou te alimentar para tu não me atacar mas de alguma maneira eu eu tô na defesa agora eu queria pensar um pouco nas escrituras a gente está conversando aqui na USP que valoriza os livros tem até uma estante atrás de você com um monte deles e e tem os seus livros eu queria saber o que da sua literatura a gente pode levar para o ambiente da escola outras maneiras de professoras e professores passarem
os saberes o que a gente encontra no seu livro e como você ou seja o que a gente encontra no seu livro e como você acredita que ele po po ser importante para professoras e professores como é que tem acontecido o nosso livro hoje e físico foram impress duas TRS 4500 unidades que estão todas distribuídas em colonização quilombos mdulos e significações esse livro tem 4500 exemplares físicos circulando mas quando ele começou a repercutir e eu vi que esse livro ele estava fazendo uma coisa muito bacana que era dando suporte pro nosso povo cotista que estavam
chegando na pós--graduação então quando o nosso povo cotista chega na pós--graduação só tem os livros dos coladores só que agora estão encontrando nos nossos livro me ao clen da conceção evarista e de de várias outras mulheres iso na escola isso não não isso na escola também então isso tá cont contracon porque tá trazendo um outro jeito de esr porque se você for olhar o nosso livro O nosso livro não cita ninguém nosso livro cita fatos nosso livro cita acontecimentos mas não cita pessoas até cita gerações mas é um cuidado que nós temos o nosso livro
não personaliza não personifica os fatos e quanto este livro pode ser fundamental para professoras e professores que não tem ainda um contato com essa perspectiva contracon o que e professores usufruem com a leitura do seu livro Olha o jeito oral de escrever primeiro eu falo Depois escrevo então a minha escrita ela é uma escrito praticamente oral é poética e não é autoritária eu não escrevo dizendo o que que tem que fazer eu escrevo dizendo como eu vi aquilo ser feito por mim ou por alguém por exemplo eu narro uma pescaria como era uma pescaria na
minha infância mas eu não cito o nome de ninguém naquela pescaria eu cito os fatos eu eu narro uma casa de farinha e quando eu faço isso eu tô ativando a memória das pessoas aí todo mundo vai lembrar da sua infância e todo mundo vai lembrar de alguma coisa que pode contribuir pro momento atual é é a grande contribuição do nosso livro é que ele é como se fosse uma roça onde eu plantei palavras e essas palavras plantadas nasceram quando você leu quando você lê o nosso livro A palavra que você pronuncia lendo é a
palavra que que Eu Plantei é a letra que era uma semente tipo assim a cada letra é uma semente quando você ler ela se gerina em palavra e quando você acumula várias leitura ela vira uma ideia na sua mente uma floresta uma florestinha Então é isso é isso é uma literatura que a gente pode chamar de orgânica Então queria propor Um Desafio eu queria que você pensasse em algo que você trouxe da oralidade levou paraas páginas do livro e que você com consegue contar agora sem estar com o seu livro em mãos Olha é possível
Primeiro as poesias qualquer uma das Poesias que estão no livro eu eu declamo sem l o livro qualquer uma na ordem que tá escrito porque porque cada uma dessas poesi aquele esse livro ele é ele é vivo porque ele é um capítulo uma imagem uma poesia um capítulo uma imagem uma poesia 2015 então assim as poesias As poesias tem a ver Por exemplo eu fiz uma poesia que é para minha roça mas quando eu fui falar da Bio interação antes de contar o que que é a bio interação eu declame eu escrevi essa poesia é
uma poesia que parece pequena que ela é assim de repente um cheiro um cheiro vadio um cheiro de seio cheiro de tesão de repente um cheiro um cheiro úmido de Corpos fecundos choveu no sertão porque eu vivo na Catinha então quando dá uma chuva na Catinha todas as vidas entram no C todas as sementes crescimento vai nascer é um movimento os pássaros canta é é uma coisa mais linda do mundo é o coo das vidas em geral é o sul da terra e de todas então assim eu as pescarias que são coisas que eu vivi
eu escrevi lá na pescaria o que que eu escrevi eu escrevi dizer como é que a gente chega no Rio quando é que a gente gente começa fazer os trabalhos de pescaria com as pessoas vão tirar os zenturo de dentro do poço outros vão arrendar o antar Rafa outros vão fazer café outros vão servir uma cachaça outros vão carregar pá que era região do Babaçu para fazer as tapagem no Rio para prender os peixes e aí quando chega um determinado momento o mais velho ou a mais velha cheguei pessoal tá na hora de começar a
pescar E aí a gente começa a pescar outro tem tarrafa outro não tem um vai guardar os peixes out Ali vai acompanhando tirando os peixes da tarrafa colocando umas coisas e vai e tal aí daqui a pouco mais velho diga assim Levanta aí sua infira que é um uma corda um barbante com os peixes A gente levanta infira não vamos pescar mais aí ele fala Ei levanta aí tem infira aí levanta levanta tu levanta o Gu véa dizendo isso aí quando to mund a vamos parar a pesaria aí eu lembro de mim eu escrevi isso
que eu geralmente reclamava vai parar agora agora que tá bom Agora que eu comecei a pegar o peixe aí o m vai dizer é por isso mesmo que você vai parar é porque você já pegou o peixe suficiente nós devemos pegar apenas os peixe que nós vamos conseguir comer até a próxima pescaria porque o melhor lugar de guardar o peixe é no Rio que no rio continua crescendo continua ser reproduzindo então para a pescaria todo mundo parava daí qual era a próxima cena linda aquela pessoa que te serviu o café ela não pegou nenhum peixe
mas tu chegava e já tirava um pouco de peixe para ela todo mundo tirava tin às vezes que ela levava mais peixo do que quem pescou Por que que ela levava peixo mais peixo do que quem pescou porque a família dela era maior aí você medi o tanto de peixo que você levava não pelo tanto que você pensou mas pelo tamanho da sua família Então isso é é é orgânico isso eu escrevi mas isso eu conto a mesma coisa aconteceria na casa de farinha a mesma coisa aconteceria na roça de todo mundo a mesma coisa
aconteceria no no no engenho Então porque isso é são relatoria é isso é relatoria de vida e O legal é que podem ser transpostos para qualquer estilo de vida em qualquer contexto quando eu falo da minha pescaria tu vai pensar na tua aí por tem tudo a ver também pescava era assim não me dado conta parecida é por exemplo a a a a confluência eu fui ministrar uma aula na UFMG aí pessoal nós vamos começar a aula cada um apresentando uma imagem de confluência aí olha um um um sinal de trânsito uma esquina de qualquer
rua uma O Encontro dos Rios aí cara foi um monte de coisa assim e tal que o povo apresentou como conferência então a palavra chave é conferência Então nós vamos começar aqui vai ser um mês e durante o mês quando terminar o mês nós não queremos saber quem foi aprovado no curso porque podia reprovar mas nós queremos saber quem confluencias é um dos conceitos mais citados do nosso livro pegando esse conceito para fechar o que define a confluência num ambiente em que as pessoas não estão acostumadas a ouvir isso vamos ver se eu entendi a
confluência seriam modos de vida que mesmo quando diferentes possuem aspectos em comum é isso ah pronto então olha só e a confluência é o encontro de vidas que se movimentam em direções palestas simplesmente isso o Tero de confluência ele foi reeditado toda vida se falou em confluência eu só ritei eu trouxe para relações porque quando você diz eu encontrei Fulano por coincidência pô Como assim vocês se encontraram porque vocês estavam andando se você não tivesse andando você não se encontravam então não tem coincidência quando você discute a coincidência Você tá escondendo a origem dos acontecimentos
você Tá negando a autoria dos acontecimentos você tá colocando para o destino para o mundo do dos Milagres e quando você discute a confluência Aí sim você tá apresentando a origem dos acontecimentos a altoria dos acontecimentos tivo dos acontecimentos então e todas as pessoas por mais diferentes que elas sejam Elas têm um ponto em comum então o a grandeza da confluência é essa porque ela ela vai aproximando as pessoas aproximando você é uma pessoa de pele amarelada tem muitas coisas que eu falo que você não gosta mas tem uma que você gosta Aí quando eu
percebo que você gostou daquela aí eu vou trazer tudo o que está ao redor daquilo que você gostou e aí a gente pode ao invés de ter um conflito ter uma confluência Eu costumo dizer que a confluência é a arte de transformar eh os conflitos as divergências em diversidade muito interessante eu ficaria aqui o dia todo mas você tem um evento agora aqui na USP Então queria que você deixasse uma última mensagem para quem ficou até agora conosco eu a mensagem que eu deixo para todos nós é que ao envés de falarmos dos defeitos dos
outros vamos falar das nossas qualidades e quando nó não tiver qualidade para falar então vamos construir essas qualidades nós vamos falar de nós ou até dos nossos efeitos é melhor nós falarmos do noss defeito do que nós falamos dos defeito dos outros ou seja primeiro vamos consertar nossas vida quando cada um e cada uma consertar a sua vida todas as vidas estarão consertadas é isso [Música] Vista com o nego Bispo foi gravada por mim em vídeo uma gravação amadora mas vale a pena conferir e você encontra alguns trechos dessa conversa no perfil do Instagram do
nego Bispo que é o @ roçade quilombo Vale passar por lá e conferir porque é bastante emocionante o que ele diz e com toda a carga né que ele traz Aí da oralidade bom eu deixo o convite para você acompanhar muitas outras conversas como essa no POD do Instituto Claro você pode acessar os episódios no site [Música] institutocasagrande.com pensamento e Foi incrível realmente essa conversa e é isso cada conversa dessa cada entrevista faz com que a gente aprenda bastante e e e olhe por outras perspectivas então eu espero você numa próxima quando eu volto aqui
com mais peças raras para você até lá
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