UMA REFLEXÃO SOBRE O PRAZER | Mauricio Marsola

e em que medida o prazer é a felicidade algumas pessoas ainda hoje e sobretudo atualmente defendem essa ideia de que a felicidade é constituída pelo prazer imediato pela satisfação imediata de todos os nossos desejos então nós temos que fazer de tudo inclusive ganhar dinheiro e fazer todos os esforços é possíveis para que nós possamos ter quanto mais prazer e quanto mais imediato possível e [Música] em alguns filósofos na antiguidade defendiam também essa tese portanto já desde a antiguidade o prazer é um tema essencial da ética filosófica mas nós temos que refletir em que sentido em

que medida o prazer é a tomado como um conceito filosófico em que medida ele tem uma relação com a felicidade e um bom filósofo para nos ajudar nessa reflexão é epicuro porque o próprio epicurismo ele foi normalmente entendido no sentido vulgar como uma espécie de hedonismo radical ou seja a a ideia de que a nossa felicidade é dada pela satisfação de todos os desejos e pelos prazeres mas se nós formos interrogar o texto de epicuro nós vamos ver que não é bem assim no início de uma carta que ele escreve a um dos seus discípulos

chamado mini seu que ficou conhecida depois como carta sobre a felicidade epicuro diz o seguinte e exorta o seu aluno seu discípulo a a prática da filosofia porque ele disse que nunca se é jovem demais nem velho demais nunca é muito cedo nem muito tarde para praticar a filosofia por quê porque nunca é cedo demais nem tarde demais para entrar no caminho que conduz à felicidade então com será feito esse caminho justamente epicuro dará uma série de conselhos para o seu aluno que depois outros tipos de epicuro é passaram a chamar de quatro remédios quais

são os quatro remédios de epicuro e dentro desses quatro remédios na reflexão sobre esses quatro remédios nós vamos encontrar uma reflexão sobre o prazer e nós vamos ver que o prazer para e ficou não é necessariamente esse uso e regrado do prazer que normalmente foi entendido ao longo da ah e hoje mais do que nunca as pessoas querem a se dizem algumas epicuristas no sentido justamente que é tudo é imediato tudo termina com o uso das coisas ea satisfação imediata de todos os nossos a impulsos quais são esses quatro remédios que epicuro aconselha ao seu

alo em primeiro lugar epicuro diz é necessário ter uma veneranda opinião sobre os deuses o que significa isso na época de epicuro havia uma ideia de que os deuses interferiam na nossa vida e muitas vezes também depois que as pessoas morriam elas seriam recompensados ou castigados pelos deus olha o que dizer ficou não é necessário tratar os deuses como deuses ou seja que que são os deuses prefiguro somente idades eternas as cidades que vivem numa bem-aventurança eterna e que não tem absolutamente nada a ver com a vida dos homens os deuses não estão preocupados com

a vida humana que se ele se rebaixar sem para cuidar da vida humana eles não seriam mais deuses na mitologia grega tradicional os deus então sempre intervém né na vida humana basta nós lemos por exemplo a epopeia de homero a ilíada ea odisseia nós vamos os deuses é interferindo o tempo todo na vida humana e guiando até mesmo vestindo das pessoas e ficam vai dizer não o destino das pessoas é constituído por elas não há nenhum tecido prévio do nosso destino somos nós que construímos o nosso destino e o nosso destino poderá ser bom ou

não de acordo com a nossa prática de vida e é por isso que é necessário a filosofia hora então os deuses não intervém ao contrário os deuses devem ser para nós um modelo modelo de divindade que também a prática da filosofia vai realizar na nossa vida prática da filosofia a forma de divinização mas pelo exercício justamente da nossa sabedoria humana logo os deuses não podem ser causa de temor então primeira coisa é necessário eliminar o temor da alma e parar de transferir a entidades transcendentais e transcendentes aquilo que é da nossa responsabilidade e aqui cabe

a nós exercemos tudo bem segundo o conselho a morte não é nada para nós isto muitas vezes foi entendido como um conselho é do rícino né por parte de muitos filósofos antigos epicuro isso também está presente no estoicismo mas em que sentido é e fico diz que a morte não é nada para nós é que nós vivemos temendo a morte e nos esquecemos de viver ou seja nós esquecemos de cuidar do nosso presente que nós estamos projetando o temor da morte e quando a morte chega já é tarde demais para nós sermos felizes logo é

necessário eliminar esse segundo temor da alma é o temor é um grande gigante que as e a nossa aula você sabe eliminar esse segundo elemento quer dizer a morte não é nada para nós porque diz epicuro é a morte a sensação a a sensação de toda a sensação e quando a morte está nós não estamos logo não é necessário temer a morte mas é necessário cuidar do nosso presente do nosso dia a dia no exercício da filosofia da sabedoria terceiro remédio terceiro conselho a dor não é uma realidade epicuro também vai dizer olha é claro

que as pessoas temem a morte por causa da dor que acompanha a morte mas a dor não é uma realidade porque ou a dor é uma realidade que é passageira ou seja ela é um estado extraordinário e não ordinário da nossa vida ou ela é crônica mas se ele é crônica nós nos habituamos com ela então a cada momento de dor nós temos os recursos a nossa inteligência da nossa alma que por exemplo como a memória e nós podemos recordar e opor a esses momentos de dor justamente aquilo que é o estado normal da nossa

vida o nosso estado habitual é o estado justamente de adequada a fruição da nossa sensação e do prazer e aí então nós chegamos a ao quarto remédio o que é o que picur vai dizer que o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz em que sentido justamente não diz epicuro com a entendem já na época dele havia uma incompreensão acerca da sua doutrina como entendem os nossos adversários que dizem que nós estamos aconselhando um prazer desregrado desmedido não é o prazer por exemplo da mesa farta o prazer venéreo não é nada

disso o prazer é simplesmente ajusta fruição dos nossos sentidos e muitas vezes então pão e água comida a idade dos com fome com sede eles serão mais prazerosos do que um grande banquete portanto o prazer é essa fruição que se soma a uma um elemento fundamental para o exercício da sabedoria para epicuro que é a prudência não é qualquer prazer que é de fato prazer mas é necessário saber ter prazer ou seja é necessário usar o prazer com prudência o uso do prazer somado a reflexão isso já é uma ideia que platão havia desenvolvido no

filippo a vida boa é um misto de prazer e reflexão então o prazer somado a sabedoria ao exercício da prudência deepcool essa palavra que ele uso ele possibilitará que nós tenhamos uma vida equilibrada justamente um uso adequado dos nossos sentidos e o prazer então não é esses grandes prazeres os prazeres violentos não são os prazeres mais contidos os prazeres mais refletidos os prazeres é mais voltados também para internet que são mais duradouros e nesse sentido o que que é o prazer poder acordar tomar café e trabalhar por exemplo isso já é um estado digamos habitual

na nossa vida e nós não percebemos que isso é um grande prazer porque nos de fato tanto nos habituamos com isso que nós somos perceber que isso era de fato um prazer quando a dor interrompe esse estado habitual então o que que é o prazer é justamente esse uso do prazer dado na vida porque viver o ato mesmo de viver já é o maior prazer então é o prazer não é esta a esse desregramento dos sentidos mas ao contrário é a moderação o exercício da sabedoria moderação em relação aos nossos desejos depois também é necessário

educar os nossos desejos por exemplo uma taça de vinho bebida junto com os companheiros de escola o famoso jar o curso e um figo colhido ali na hora e comido com mel é muito mais prazeroso do que um banquete à mesa de um rei não é virar depois um discípulo de epicuro e portanto isso é o verdadeiro prazer e assim também que nós a exercendo né essa vida é prazerosa aqui é a vida cotidiana nada mais do que isso nós não temos que buscar prazer em coisas extraordinárias mas o prazer está nossa mão porque o

prazer é o próprio ato de viver ele termina a carta dizendo vivendo assim praticando esses conselhos viverás como um deus entre os homens gostou desse vídeo então aproveite porque tem muita coisa boa te esperando aqui inscreva-se e e aí e aí